[Música] Olá pessoal eu sou a professora Mirele Costa soua professora de Literatura e o tema da nossa aula hoje será a literatura contemporânea mas antes não se esqueça se inscreva em nosso canal Fique atento ao Sininho para que você possa receber as nossas atualizações então moçada se pensarmos na sociedade da metade do século XX para o início do Século XXI tivemos importantes mudanças mudanças Profundas tivemos uma segunda guerra mundial final de uma segunda guerra tivemos uma guerra fria Além disso as relações mudaram no mundo o espaço mudou o espaço ficou mais Estreito as distâncias diminuíram
porque começamos a viver numa era globalizada dentro da literatura contemporânea Vamos trabalhar primeiramente com o conto uma narrativa curta enxuta voltada para os pequenos problemas individuais o conto contemporâneo ele segue uma divisão interessante dividido em três aspectos a fragmentação a velocidade e a intensidade a fragmentação ligada tanto ao sujeito esse sujeito contemporâneo fragmentado cheio de dúvidas e lacunas como no próprio texto que também o leitor vai percebendo lacunas que serão preenchidas por ele mesmo a velocidade tem a ver com o contexto em que esse homem vive a vida é muito rápida e o tempo é
efêmero fragmentação velocidade tá faltando agora falar de intensidade Sim esses pequenos problemas que não são tão pequenos assim na prática são carregados de subjetividade são carregados de dúvidas são carregados de incertezas por isso tudo é tão intenso por isso tudo é tão forte nessas pequenas narrativas dentro da modalidade conto Vamos estudar um cronista muito importante da literatura contemporânea Ruben Fonseca Ruben Fonseca jornalista escritor cronista e a sua literatura é muito voltada pro de ano para essas figuras que estão sempre à margem esses marginalizados por isso que ele trabalha muito com a temática da violência com
a temática da solidão e nós vamos falar especificamente de dois contos do Ruben Fonseca esses dois contos estão presentes numa obra muito importante Feliz Ano Novo obra publicada em 1975 o primeiro conto que abordaremos é o conto o outro neste conto temos um protagonista está muito atarefado no seu cotidiano Ele trabalha muito ele tem pouco tempo e o caminho dele de casa pro trabalho do trabalho pra casa é o grande passeio que ele faz no dia a dia só que nesse caminho ele conhece um rapaz e esse rapaz sempre o aborda para pedir dinheiro ele
dá dinheiro uma vez duas três isso passa a ser uma constante a coisa toma proporções tão grandes até que um dia esse rapaz pede dinheiro para o enterro da própria mãe e o protagonista acaba lhe entregando um cheque desesperado ele muda a rotina para ver se consegue fugir deste outro que o persegue e que o perturba é interessante nessa narrativa que o desespero vai aumentando de acordo com a leitura o leitor percebe esse desespero Claro que não vamos lhe contar o final do conto para que você possa fazer a leitura mas é pensar e agora
vamos pensar numa visão bem sartriana que o inferno são os outros chega um momento que é impossível conviver com aquela figura sempre seguindo o protagonista talvez a ideia que ele teve para ficar livre hum não tenha sido a melhor ideia como na imagem que nós estamos vendo de Gustavo colbert temos um personagem perturbado assustado an pensar que ele representa muito o homem contemporâneo essa dificuldade que temos de enxergar quem está próximo temos essa dificuldade porque o homem contemporâneo está voltado para si mesmo não enxergamos o outro não percebemos as dificuldades que o outro vive e
por isso fechamos numa redoma de vidro cada um com seu problema cada um com o seu cotidiano o segundo conto que abordaremos é outro conto do RU seca passeio noturno conto dividido em duas partes vamos nos dedicar a olhar a primeira parte mais uma vez temos um protagonista que trabalha muito ansioso uma vida tediosa marcada por horários rígidos fixos eu tenho que bater metas é a vida do homem de hoje ao chegar em casa a esposa sempre está muito ocupada jogando paciência os filhos cada um em um quarto cada um no seu mundo bem se
pensarmos nos dias de hoje vivemos isso cada um no seu micromundo isolado de todos então esse homem resolve fazer passeios noturnos com o seu Carrão esse Carrão que ele conquistou com muito trabalho esse Carrão que é importante para mostrar o seu status social nesse passeio noturno o inesperado acontece esse homem vai fazer coisas que deixam o leitor um pouco pouco assustado o leitor não espera essa conduta vale a pena a leitura de passeio noturno um e dois haverá a continuação o protagonista será o mesmo será inserida uma personagem nova uma mulher mas o desfecho é
surpreendente se pensarmos nessas duas narrativas que falamos a tônica é a mesma são homens que vivem numa sociedade homens atarefados famílias desestruturadas homens infelizes um vazio um vazio existencial profundo um vazio que não permite enxergar o outro infelizmente é o quadro dos nossos dias a outra modalidade que iremos abordar é a crônica a crônica é um texto muito importante pro seu vestibular é um texto gente chamado de texto híbrido por quê Porque ela conversa com o texto jornalístico e ela conversa com o texto literário a crônica nasce no jornal e é interessante que boa parte
dos nossos grandes cronistas a semente tá lá no jornal são jornalistas escritores para falar sobre a crônica eu escolhi para vocês O importante crítico literário Antônio Cândido ó o que ele nos diz Diferentemente de outros gêneros a crônica não vai em busca do grandioso e do Sublime o que ela faz é pegar o miúdo e assim mostrar o que nele há de grandioso singular e inesperado a crônica é o olhar pro cotidiano eu pego o que há de mais simples e Vou extrair dali o que há de mais grandioso aquilo que há de mais importante
dentro da crônica nós vamos falar de dois importantes cronistas luí Fernando Veríssimo e Fernando Sabino dois nomes que não podem faltar na sua lista de estudos Luís Fernando Veríssimo filho do importante escritor Érico Veríssimo que olou tanto o caminho da crônica mas também o caminho do romance O Caminho da tradução e uma coisa Vale lembrar existe uma tônica que permeia a narrativa de Luís Fernando Veríssimo o humor o seu senso de humor muitas vezes debochado algumas vezes ácido mas o humor se faz presente no seu texto a crônica que vamos falar chama-se exigências da vida
moderna Olha que tema interessante paraa nossa aula literatura contemporânea é uma crônica em que o protagonista narrador ele vai dizer o que fazer para viver bem nos dias de hoje você deve tomar sol você deve comer fibras você deve comer frutas você deve dormir bem descansar enfim é tanta coisa que você deve fazer que você não tem tempo para viver direito sim o tempo é efêmero é passageiro temos moda moda a seguir para se viver bem mas muitas vezes executamos o modismo sem pensar de fato naquilo que estamos fazendo isso é comum no homem dos
dias de hoje dentre as várias obras de luí Fernando Veríssimo eu vou indicar para você meu aluno comédias para se ler na escola tem tudo a ver com esse ambiente que vocês estão tão acostumados Vamos falar agora de outro importante cronista Fernando Sabino jornalista Mineiro escritor Fernando Sabino tem obras primorosas e hoje eu escolhi para vocês uma crônica de uma sensibilidade que vale muito a pena o título é a última crônica qual é a situação desse texto professora temos o narrador personagem que vai escrever a sua última crônica então ele para num botiquinho E observa
uma família que chega pai mãe e filha uma família humilde é aniversário da garota e eles pedem um bolo um pedaço de bolo para comemorar esse aniversário quão Sublime foi essa cena o dia a dia a vida sofrida fez com que mesmo assim eles estivessem a sensibilidade de celebrar a vida a última crônica mostra a sensibilidade e a sutileza que deve existir no olhar do cronista essa crônica mantém de com o último poema de Manuel Bandeira vamos fazer a leitura do último poema de Manuel Bandeira para relacionarmos com a última crônica de Fernando Sabino assim
eu queria meu último poema que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais que fosse ardente como um soluço sem lágrimas que tivesse a beleza das flores quase sem perfume a pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos a paixão Dos Suicidas que se matam sem explicação o último poema de Manuel Bandeira busca a essência dessa poesia onde está essa Essência no cotidiano no dia a dia no sentimento nas coisas simples no olhar assim como a última crônica de Fernando Sabino então moçada encerramos mais uma aula com um tema tão
importante a literatura contemporânea sobre o olhar do conto e da crônica se você gostou da nossa aula não deixe de curtir compartilhar acessar os nossos links e nos acompanhar nas redes sociais até a próxima e faça a leitura a leitura sempre vale [Música] mais