Webpalestra - Matriciamento em Saúde Mental na Atenção Básica

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Telessaude UFSC
Webpalestra realizada no dia 4 de abril de 2018 sobre o Matriciamento em Saúde Mental na Atenção Bás...
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[Música] [Aplausos] [Música] eu agradeço o convite olá eu sou fabiane boyle lentes ou médica psiquiatra trabalho na sede do município de são josé então vamos conversar um pouquinho sobre o matriciamento e saúde mental na atenção básica então aqui a minha apresentação o que é uma crise amento o apoio matricial é um novo modo de produzir saúde onde duas equipes ou mais estão construindo conhecimento e fazendo uma proposta de intervenção pedagógico terapêutica para aquele indivíduo então está se perdendo um pouco o foco no encaminhamento para a atenção especializada e sim está se tentando juntar à equipe
de apoio matricial com a equipe de estratégia de saúde da família para juntas acharem a melhor terapêutica encontrarem uma troca de informações para fazerem uma melhor terapêutica daquele paciente essa teoria do matriciamento do apoio matricial ela foi criada em 1999 por gastão wagner campos e ela ainda está sendo inserida na estratégia de saúde da família qual é o objetivo do matriciamento em saúde mental então é superar a lógica do encaminhamento indiscriminado para a atenção especializada e fazer uma co responsabilização entre as equipes de saúde da família e as equipes de saúde mental equipe matriciadoras então
essa junção de equipe de referência que a equipe de atenção básica com equipe de apoio matricial vamos falar um pouquinho sobre verticalidade e horizontalidade a verticalidade então é a proposta anterior é aquela que a gente está tentando superar que é dos encaminhamentos referência e contra-referência quais foram os problemas que foram surgindo nesse tipo de estrutura transferir responsabilidades muitas vezes a equipe que encaminha o paciente para especialista ela transfere toda a responsabilidade por um especialista e dali pra frente o paciente fica sem o apoio daquela equipe de referência à falha de comunicação que acontecem muitas vezes
tanto na referência né quando a equipe básica encaminha às vezes não tem os dados suficientes os sintomas suficientes como está o contexto da doença então chegava a um especialista já com dados faltantes quanto à contra-referência muitas vezes era incompreensível ou incompleta muitas vezes nem vinha esses dados não é ea equipe básica não conseguia dar uma continuidade do acompanhamento daquele paciente daquele indivíduo as longas filas de espera da atenção especializada então muitas vezes esses indivíduos eram encaminhados referenciados e ficavam meio ano ano às vezes aguardando essa consulta especializada e nesse meio tempo nesse caminho ele não
tinha uma assistência e muitas vezes o que ocorria em do corre é o perda do vínculo com o ps num momento em que encaminha para a atenção especializada né muitas vezes o paciente às vezes não acha mais que ele pertence ao ps como aquela doença já foi encaminhada para um nível especializado ele nem procura mais o ubs para tratar daquele problema ou a ubs entende como se agora daqui pra frente seria um caso especializado então é pra superar essas limitações da verticalidade que o matriciamento tá vendo com a horizontalidade então a proposta do matriciamento é
ter uma reta é a equipe de referência à equipe de saúde me a equipe de atenção básica tem uma reta guarda especializada na sua assistência então vai ser um suporte técnico e pedagógico a equipe de saúde mental ela é especializada em saúde mental mas ela também vai ter como função é ensinar capacitar esses esses profissionais da saúde mental da saúde básica para que eles consigam trabalhar melhor com saúde mental ela também vem com o para fortalecer o vínculo interpessoal e o apoio institucional no processo da construção coletiva quer integrar saúde mental com atenção primária então
matriciamento não é o encaminhamento ao especialista também ele não deve ser um atendimento individual pelo profissional de saúde mental então no momento em que se matriciana um caso não se encaminha para as para a equipe de saúde mental a equipe de atenção básica vai estar junto vai estar trabalhando junto do cuidado desse indivíduo e ele é uma intervenção psicossocial coletiva ele e não pode ser realizado apenas pelo profissional da saúde mental ele tem que ser coletivamente realizado quem são os profissionais matriciadoras em saúde mental psiquiatras psicólogos terapeutas ocupacionais fonoaudiólogos assistentes sociais enfermeiros com experiência e
especialização em saúde mental vai haver uma item interdisciplinaridade e um intercâmbio de conhecimentos para juntos esses profissionais conseguirem lo elaborar o melhor plano terapêutico conjunto para aquele paciente sempre lembrando que a interdisciplinaridade ela respeita o campo comum a todas as especialidades e as profissões e respeito a um núcleo específico de cada especialidade a profissão ou seja o núcleo é aquele de marcado numa área de saber e de prática profissional né então no momento em que estiver em uma equipe interdisciplinar cada profissional vai continuar tendo o seu núcleo de saber mas isso vai vai se misturar
num campo de conhecimento em que se misturam outros saberes para fazer uma abordagem mais geral mais integral daquele indivíduo quando que uma equipe de referência ou a equipe de atenção básica deve solicitar um matriciamento quando ela precisar de um auxílio para esclarecimento diagnóstico uma estruturação de projeto terapêutico singular ou quando precisar de um auxílio para abordar a família de um paciente também a equipe pode necessitar desse apoio para realizar intervenções psico sociais específicas da atenção primária com pacientes ou grupos de pacientes com transtornos mentais então principalmente quando surge um caso de saúde mental na atenção
primária e que gerou alguma dificuldade no manejo tanto no manejo clínico no manejo diagnóstico no manejo de condutas quanto no manejo psicossocial em que esse paciente está inserido um acrescimento em saúde mental então ele integra o nível especializado com atenção primária ele pode também apoiar a adesão de um projeto terapêutico dos pacientes que está sendo acompanhado pelo catus por exemplo que geralmente são pacientes mais graves que precisam de um cuidado mais intensivo e atenção primária precisa tá dando essa reta aguarda para esse paciente para ele conseguir fazer o projeto terapêutico dele do cap's então pra
isso matriciamento também pode servir como que nós vamos auxiliar esse paciente com que ele consiga freqüentar com que ele consiga participar de atividades é um outro apoio do matriciamento e também para apoiar dificuldades nas relações pessoais ou especialmente difíceis encontradas na realidade do trabalho diário muitas vezes a própria equipe entre a equipe de estratégia de saúde da família podem haver dificuldade de trabalho entre essa equipe porque o profissional tem uma visão de um tipo de profissional com uma visão diferente então o matriciamento em saúde mental ele pode auxiliar a equipe também a se encontrar falar
a mesma língua digamos assim quais são pontos importantes numa discussão conjunta então quando uma equipe de referência se junta com uma equipe de saúde mental né de matriciamento o que precisa quais são os pontos essenciais o motivo do matriciamento mel porque foi pedido matriciamento daquele caso quais eram culdades as dúvidas as questões eu preciso se ter informações sobre aquele indivíduo então quem ele é qual é a sua família qual é o ambiente onde ele se insere como que estão essas questões do ambiente e dele mesmo é quais são as dificuldades no manejo e na comunicação
com esse paciente com a sua família qualquer história do problema atual então é importante a equipe que está trazendo essa questão para o matriciamento que a equipe de referência ela saber quando que começou aquele problema por exemplo uma depressão há quanto tempo que essa pessoa está deprimida quais são seus sintomas principais ela já fez algum tipo de tratamento ela respondeu ela não respondeu ela tem apoio da família tem um familiar que a gente possa chamar para se inserir junto nesse cuidado então todos esses dados são muito importantes quando trace um caso para matriciamento é importante
também ter a configuração familiar é um instrumento muito usado no sus é um gênio grama que é o gráfico da família onde está escrito as doenças familiares as relações familiares as relações sociais no ambiente de trabalho no ambiente social então essa visualização facilita bastante com que se veja o indivíduo no todo em que ele está inserido também o quanto aquele caso refletiu na equipe é importante trazer cidade por matriciamento né quais foram as dificuldades gerou algum problema entre a equipe por causa desse caso quais quais estão sendo as principais limitações da equipe e lidar com
aquele caso e por fim fazer uma formulação de diagnóstico multi axial né o diagnóstico monte axial ele ele entra dentro dele está a formulação de um diagnóstico clínico dentro dos critérios do dsm onde se vai ver sintomas ea gravidade dos sintomas e se classificar aquele paciente dentro do a doença mas ele não é só isso a gente tem que ver o paciente como um todo indivíduo como um todo então se vai verificar o estilo de personalidade se têm algum transtorno de personalidade envolvido como que esse indivíduo é como eles esse indivíduo está inserido com problemas
sociais se é uma pessoa que quer muito isolada uma pessoa que acaba entrando muito em conflitos a avaliarem capacidade dessa pessoa se a pessoa está conseguindo realizar as tarefas básicas necessárias para aquele para aquela faixa etária e se ela tem outros problemas de saúde em geral saúde e clínica orgânica que estão sendo tratados ou que já foram tratados a gente também vai fazer a formulação do projeto terapêutico singular que é o pts o pts é é chamado de singular porque ele ele passa da esfera apenas do indivíduo eles ver o contexto em que aquele indivíduo
está inserido então a gente não pode simplesmente prescreveu um tratamento uma conduta terapêutica uma participação de grupos ou outros tipos de abordagem se isso para a realidade daquele indivíduo não vai se encaixar então isso vai formular um projeto terapêutico singular é olhar toda a realidade dele ver se ele vai ter uma família que vai conseguir pegar junto nesse tratamento se ele vai ter alguém que vai conseguir administrar as medicações ou conferir se está sendo bem administrado se alguém que vai trazer ele para atendimento em grupo para as outras terapias que podem ser indicadas para esse
caso se ele tem uma rede de comunicação comunitária por exemplo ele frequenta algum tipo de de grupo de esportes ou algum tipo de igreja religião alguma coisa que ele esteja inserido e que a gente possa precisar do apoio dessa rede para que ele consiga realizar mais inteiramente todo o plano que a gente vai fazer pra ele e lembrar que quando se está fazendo do pts a gente tem que dividir as tarefas entre toda a equipe e saber quem faz o quê ano não podemos simplesmente fazer um plano terapêutico amplo e sem direcionar quem vai ficar
responsável por qual etapa daquele plano né a gente só tem que cuidar quando faz o pts para evitar o excesso de auto-suficiência maternagem a gente não vai resolver todos os problemas nós vamos tentar tirar todos os obstáculos para que aquele plano seja realizado mas a gente sabe que existem os limites dos próprios indivíduos e também não tem um excesso de terceirização que seria o contrário disso se afastar muito da nossa responsabilidade sobre aquele tratamento então aqui sobre formular o pt sp é o plano terapêutico singular nessa sempre vendo o indivíduo no todo no contexto no
território na sua profissão se ele está estudando como que cá o desenvolvimento dele nessas etapas e criar um projeto terapêutico tendo em vista as limitações e os pontos positivos daquele núcleo outra ferramenta que o matriciamento dispõe é a inter consulta interconsult é uma das ferramentas mais utilizadas no patrulhamento e saúde mental porque ela permite com que se tragam casos em indivíduos ou situações que foram vividas pela atenção primária e sejam discutidos junto entre as duas equipes entre a equipe de atenção primária e equipe de saúde mental é uma prática interdisciplinar que visa a construção do
modelo integral do cuidado nessa discussão de equipe interdisciplinar então a gente vai poder ter uma visão ampla e multidisciplinar porque vão ter vários profissionais da equipe tanto da atenção primária quanto da equipe matriciadoras para poder trocar idéias e experiências e consegui dar o melhor suporte para esse paciente outro outra ferramenta presente no matriciamento é a cônsul conjunta a consulta conjunta ela vai reunir profissionais de diferentes categorias o paciente e se necessário à família desse paciente ou responsável por ele então vai ser uma consulta realmente esse paciente vai estar presente na sala né como o seu
responsável com o seu familiar e dentro desse mesmo ambiente desse mesmo consultório vão ter profissionais tanto da atenção básica da atenção primária quanto da equipe matriciadoras saúde mental são os personagens participantes de uma consulta conjunta da atenção primária à saúde o médico de família ou outro profissional médico exercendo esse papel o enfermeiro dentista agente comunitário de saúde da equipe de saúde mental psiquiatra psicólogo enfermeiro terapeuta ocupacional assistente social ou outro profissional de saúde de nível superior com experiência saúde mental que seriam os profissionais matriciadoras ainda vão estar presentes usuários do serviço de saúde que é
o paciente familiar ou acompanhante e ainda podem estar presentes outros profissionais estudantes e estagiários então andré dá pra perceber que vai ser uma consulta com bastante gente dentro da sala é sempre importante com que a gente sempre peça para o paciente se ele está à vontade se ele não se importa de ter tanta gente tem atendendo eles juntos eles se importar a gente pede pra se retirar e ficarem só poucos poucos membros da equipe de atenção primária e poucos membros da equipe matriciadoras para não deixar a desconfortável e sempre importante lembrar do sigilo então quando
está reunindo muitos profissionais de diárias diferentes é bom relembrar o sigilo antes de chamar o paciente para consulta lembrar que o bom matriz se a dor é aquele que dialoga com a equipe de atenção primária com a equipe de referência solicita informações da equipe de referência do caso então é importante que o matrix a dor e estimula a equipe de atenção primária a saber informações completas sobre esse caso porque isso vai facilitar muito na terapêutica pergunte também a opinião sobre as suas condutas instigando a equipe raciocinar então o matriciadoras ele não tá ali como dono
da verdade né é importante que ele peça opinião dos outros que estão na sala quando esse paciente se retirar pode saber impressão dos outros sobre sobre aquele indivíduo e ele também está ali para ensinar e aprender porque é uma troca de conhecimentos a equipe de atenção primária vai ter muita coisa para trazer pro matre se a dor porque a equipe que a referência daquele indivíduo a equipe que mais conhece que o indivíduo no seu contexto então ele também está aprendendo a respeito daquela situação e ao mesmo tempo está transmitindo conhecimentos ensinando a respeito de saúde
mental agora um pouquinho sobre visita domiciliar que também vem comum como a ferramenta do matriciamento né ela geralmente ela é feita o pêlo catus por exemplo para segmentos domiciliares de pacientes com transtornos mentais graves e persistentes pela equipe de saúde da família para pacientes idosos acamados com necessidades especiais ou casos que necessitem de maior complexidade e psicossocial e ela vai ser feita pela equipe matriciadoras junto com a equipe de estratégia de saúde da família sempre que aí a equipe mas de referência de saúde da família achar necessário achar importante tiver algum alguma dúvida alguma limitação
é sempre importante que na visita domiciliar conjunta estejam as pessoas que têm o melhor vinculo com esses pacientes em que vão ser realizadas as visitas lembrando que pacientes de saúde mental muitas vezes estão desconfiados estão isolados ou não querem ajuda então é importante que pessoas que tenham uma maior intimidade uma maior proximidade com esse paciente esteja na visita domiciliar para que isso não cria uma resistência ou mal estar com esse indivíduo o agente comunitário de saúde têm um papel importantíssimo nas visitas domiciliares realizadas pelos matriciadoras e pela queda da equipe de saúde da família o
gênio grama vem também como uma ferramenta para visualização principalmente gráfica daquela família daquela situação vista num todo não é como eu já falei anteriormente é um gráfico onde está destacada as doenças daquela família ali a gente já pode ver a gravidade genética de algumas doenças que podem estar inserido naquele contexto também ver como é que são as relações daquelas pessoas entre elas e como que aquele indivíduo está inserido nesse contexto familiar os grupos terapêuticos também são muito usados o do apoio matricial no matriciamento né a equipe de estratégia de saúde da família ela pede o
apoio da equipe matriciadoras saúde mental para a realização desses grupos e é um recurso fundamental nas práticas de saúde desenvolvidas na atenção primária porque ele organiza os processos de trabalho ele amplia a capacidade assistencial sem ter perda de qualidade e ele evita aquele modelo clássico de transmissão de informações é o grupo terapêutico ele não é uma palestra educativa ele é uma interação entre indivíduos que juntos eles vão ter um acesso à terapêutica que aquele grupo está tentando inserir quais são os mecanismos terapêuticos de grupos neo porque o grupo é tão importante principalmente na saúde mental
ele estabelece identificações comportamentos limitativos positivos então quando se está num grupo de saúde mental e um indivíduo conta o seu sofrimento está vivendo uma situação traumática uma situação de luto ou um transtorno de ansiedade um transtorno depressivo e outras pessoas tentam dá auxílio nesse ajudar esse indivíduo saí desse desse sofrimento outras pessoas se identificam com esse sofrimento então elas podem achar recursos para sair dele com a vivência do outro do outro indivíduo do grupo também são reproduzidas conflitos por se tratar de um verdadeiro microcosmo social permite uma elaboração mais direta e rápida de conflitos e
o desenvolvimento de novas formas de relacionamento e sua realização nos grupos também tem uma possibilidade de transferência do modo lateralizado as transferências inconscientes que os indivíduos fazem com grupos familiares primários com o papel maternal ou paternal às vezes são transferidas para outros indivíduos do grupo e consegue ser reelaborado naquele processo de uma forma mais madura o grupo ele também funciona como uma catarse e reale e realiza experiências emocionais corretiva no momento em que a pessoa está falando do seu problema do seu sofrimento ela já está colocando para fora um pouco daquela daquele sofrimento e ao
mesmo tempo ela já está elaborando melhor como que aquilo aconteceu os motivos como ela pode fazer pra pra melhorar em alguns aspectos nesse sentido o grupo também é um espaço muito importante de apoio social em que a troca de informações a participação ea discussão das dificuldades de todos e de cada um leva a uma aprendizagem interpessoal em um ambiente coeso esse ambiente coeso quem vai cuidar para que ele se mantenha coeso são os coordenadores e são os profissionais tanto da equipe de referência quanto da equipe matriciadoras que estiverem presentes nesse grupo se tenta estabelecendo grupo
uma mente grupal que reforce fatores existenciais humanistas e altruístas quando a gente participa de grupos terapêuticos a gente geralmente identifica papéis que alguns indivíduos vão assumindo dentro dos grupos é que eu citei os papéis mais comuns assumidos por participantes do grupo tem aquele que é o líder que se destaca que as pessoas ouvem muito que ele fala então às vezes esse líder é positivo e às vezes ele é negativo então vai depender se essa liderança dele está sendo benéfica para o grupo ou para o benefício pessoal ou não um cão também cabe ao coordenador quando
for uma liderança negativa a gente conseguir redirecionar esses papéis o monopoly monopolizador é aquele indivíduo que tende a trazer tudo pra si e não abre espaço para os outros então a gente também tem que tomar esse cuidado para não ser só uma pessoa que fala no grupo né os profissionais que ali estiverem podem redirecionar reencaminhar as respostas ou solicitar com que outra pessoa fale para que um outro monopolizador não tome conta do grupo o silencioso também aquele que às vezes ele está escutando e aprendendo está elaborando muitas coisas mas às vezes não às vezes eles
só não está falando porque o monopolizador está falando num lugar dentro é importante a gente identificar esses papéis o quê show zhu também aquele que rejeita a ajuda que muitas muitas dicas ou muitas orientações que são dadas ele fala que não sabe pra ele que para ele as coisas nunca dão certo e às vezes acaba desmotivando e passando uma sensação de impotência para o grupo como um todo é importante identificar o personagem que show pra gente conseguir redirecionar isso também agora vou falar um pouquinho só uma pincelada sobre os transtornos mentais no brasil né porque
é que entra bastante a importância da gente está falando no orçamento em saúde mental na atenção primária é porque os transtornos mentais eles estão presentes três por cento da população de geraldo brasil apresenta transtornos mentais severos e persistentes né aqui entrando doenças mais incapacitantes como sofreria por exemplo e nove e doze por cento dos brasileiros apresentam transtornos mentais leves a moderados que necessitam de cuidados eventuais dependência de álcool e outras drogas atinge cerca de 6% da população sendo que entre 12 e 65 anos de idade 9 11% das pessoas são dependentes de álcool na atenção
primária em saúde oss até os pacientes atendidos têm uma prevalência de 22 a 38 por cento de transtornos mentais e lembrando que nesses números são só os transtornos mentais identificados nesses atendimentos sendo que muitos outros outras doenças como por exemplo um diabetes que não responde ao tratamento que a pessoa não adere a uma dieta adequada ou não consegue fazer o tratamento corretamente muitas vezes está permeado está mascarando um transtorno o mental transtorno psiquiátrico tão os mais comuns transtornos que aparecem na atenção primária são os transtornos de humor entre eles o transtorno depressivo aqui eu coloquei
o transtorno bipolar pra gente sempre lembrar de fazer o diagnóstico diferencial neto transtorno depressivo unipolar o bipolar o transtorno de ansiedade entre eles o transtorno de pânico tague toque os transtornos de uso de substâncias alcoolismo tabagismo dependência de cannabis cocaína crack e os transtornos psicóticos a esquizofrenia é sempre importante as as duas equipes a equipe de referência à equipe matriciadoras é definir em situações de risco pra conseguir é delinear suas prioridades de atendimento então cárcere privado uma situação de prioridade abuso ou negligência familiar suspeito de maus tratos abuso sexual de crianças e adolescentes violência entre
incra em situações de extrema isolamento social situações de grave exclusão social por exemplo idosos pessoas com deficiências situações de abandono população em situação de rua indivíduos com história de múltiplos múltiplas internações psiquiátricas e que não estão fazendo o tratamento extra hospitalar aqui a gente tem que interrompeu tentar interromper a porta giratória hospital casa sendo que esse paciente ele tem que conseguir hoje ele precisa conseguir o apoio extra hospitalar por seu tratamento em saúde mental e aquele paciente o indivíduo que está fazendo uso de medicações psiquiátricas por longo longo tempo e não está tendo a avaliação
médica adequada também problemas graves relacionados ao abuso de álcool e outras drogas as crises psicóticas né esse isolamento severo que muitas vezes ocorre de alguns indivíduos podem estar premiando uma crise psicótica então pode estar dando início a uma esquizofrenia esse indivíduo se isola se fecha em casa não deixa mais que ninguém acesse a ele então esse é um caso de prioridade tentativas de suicídio sempre levar muito a sério a gente sabe que os suicídios que se efetivam eles são eles bem am anteriormente a eles houveram tentativas a gente sabe que 90% dos casos dos suicídios
estão com algum transtorno mental então a gente tem como evitar e prestar bastante atenção em situação emocional materna pós-parto a depressão pós parto é um transtorno que ocorre é uma prevalência alta nas mulheres então quando há essa mulher veículos e pessoal consulta de puerpério para a sua consulta de puericultura com o bebê é importante ver como está a situação emocional dessa mulher dessa mãe que estratégias que a equipe de saúde mental ea equipe de saúde da família podem montar juntas construir projeto de detecção precoce de situações de sofrimento mental é desenvolver ações de prevenção e
promoção em saúde mental então aqui a gente já entra mais nas prevenções né como que a gente pode detectar antes que aquele problema se torne realmente um transtorno e que precisa de um tratamento mais efetivo fazendo palestras em escolas e educando professores pais e até alunos sobre como se prevenir o sofrimento das doenças mentais é enfatizando em profissões de risco por exemplo é policiais ou profissionais de saúde que são pessoas que adoecem mentalmente com mais facilidade a gente pode fazer capacitações palestras e até deixar um espaço aberto para que essas pessoas tenham onde procurar ajuda
quando elas estão iniciando algum tipo de sofrimento mental tentar ficar bem atento à área de vulnerabilidade violência área de tráfico de drogas área de tiroteios áreas de pobreza extrema que são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças mentais tentar fazer uma difusão de uma cultura solidária inclusive diminuindo o preconceito eo estigma então é o nosso papel também tanto da equipe matriciadoras junto com a equipe de atenção primária é diminuir o preconceito sobre as doenças mentais falar mais sobre elas tirar dúvidas inserir pessoas que têm esse tipo de transtorno na sociedade dentro das limitações deles
podem fazer muitas coisas então a gente precisa deixar isso aberto e mostrar para as pessoas que a gente deve fazer essa inclusão a gente deve ser solidário incentivar e apoiar a apoiar iniciativas de inclusão social pelo trabalho então aqui é estimular recurso mobilizar recursos comunitários buscando construir um espaço de reabilitação psicossocial na comunidade como grupos comunitários áreas de promoção de saúde oficina de geração de rendas e outras a minha mensagem final então é que a equipe de matriciamento ela precisa identificar situações em que a comunicação entre o paciente a equipe de referência pode ser melhorada
e dar as devoluções tvas construtivas por lá aperfeiçoamento dos seus matrice anos eu gosto muito dessa mensagem do yung conheça todas as teorias do mini todas as técnicas mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana obrigada aqui as referências e agora a gente vai abrir para as perguntas e respostas campo grande pergunta se a inter consulta seria então só entre profissionais a inter consulta elas está principalmente é quando a equipe de referência à equipe de atenção básica ela solicita a discussão de um caso então esses nomes essas nomenclaturas ela ainda elas ainda
não são tão usuais da nossa prática né mas a inter consulta seria assim essa troca de informações a respeito de um caso de vários casos entre os profissionais da equipe de atenção básica com a equipe de matriciamento da saúde mental em água doce o cap pode realizar o atendimento psicológico individual ou deve somente em grupo é esse tema foge um pouquinho do da questão do matriciamento né o funcionamento do cato geralmente na experiência que eu tenho em katz é que os atendimentos psicológicos eles tendem a ser mais em grupo para abranger mais pessoas né que
têm o mesmo tipo de sofrimento ou pelo menos semelhante os atendimentos individuais eles não são preconizados ou não é a prioridade do cap's mas às vezes em alguns casos individuais pode pode acontecer sim [Música] são injetadas de uso contínuo aí recorda que o nome ao álbum don't rondon nadal pode ser realizado pela atenção básica haja visto que o paciente relatado não pertence à área de estrita do besi é então não é porque ele é um paciente que faz uso de haldol o injetável que geralmente é o depósito ao decanato que ele não possa ser visto
ser atendido pela atenção primária atenção básica tá a gravidade do caso ela se dá muito mais pelo quadro de sintomas atuais de que se ele é um paciente indicados ou se ele é um paciente de outro tipo de atendimento ou se agora ele está estável com esse tratamento ele pode sim ser atendido pela atenção básica aí a questão de fazer parte do território não jael já é uma questão bem delicada de cada estratégia de saúde da família né a questão de território territorialidade rolândia quando deve ser realizada uma visita domiciliar conjunta então é a a
visitar domiciliar conjunta aquela em que envolve a a equipe de atenção básica mais a equipe de saúde mental é pra todos os casos em que a atenção básica achar necessário matriciamento achar necessário ver essa essa questão em conjunto com a equipe especializada então am por exemplo mais que sofreria em que aquele indivíduo ele não quer vir para o tratamento ele está paranoid a família não está sabendo como abordá aquele caso a família pode pedir que a atenção primária vai fazer uma avaliação é a gente incentiva é preconizado que primeiro a equipe de atenção básica vai
esse domicílio faça a sua avaliação veja qual é o caso e aí depois discutem matriciamento em ter consulta esse caso para ser agendado uma visita domiciliar conjunta se assim for visto como importante para as duas equipes na época as equipes envolvidas como realizar o atendimento caso o usuário de múltiplas drogas em estado de surto quando a equipe de uma crescimento realiza todas as tentativas e mesmo assim não tem resultados e o hospital geral do município não possui leitos psiquiátricos e os demais hospitais da região não aceitam internação voluntária é esse é um caso bem sério
bem importante ea gente levantar né em caso de surtos psicóticos em que a gente precisa muitas vezes do mãe de uma internação hospitalar para que diminua o risco desse paciente para si mesmo e para outras pessoas ou caso de dependência química em que a pessoa não está conseguindo é deixar o uso da substância com outros tipos de abordagem antão uma tentativa inicial é o cap álcool e drogas o que já é um nível acima da atenção básica onde o já tem profissionais especializados em tratamento de dependência química e quando ainda assim não é possível que
esse indivíduo freqüente o cap que ele vá se tratar aí sim está indicada a internação é quando ele está correndo riscos para a própria saúde ou para outras pessoas né então nesses casos é é muito difícil mesmo a questão das vagas psiquiátricas a gente sabe que houve uma um desinvestimento em leitos psiquiátricos e agora isso está sendo revisto então que isso seja levado pra frente para os gestores para que seja incentivado também terá onde para onde encaminhar esse tipo de caso que as famílias ficam correndo riscos muitas vezes esse paciente está em risco e precisa
se te leitos para internação esse tipo de paciente é um caso realmente sério e de difícil resposta porque depende muito mais de uma boa vontade numa equipe né depende muito mais uma estrutura geral de saúde em relação aos encaminhamentos do médico do do sf para avaliação psiquiátrica a equipe multiprofissional do carro pode contra referenciar novamente ao sf sem avaliação do médico psiquiatra a entendia que também foge um pouco da questão matriciamento em saúde mental né ela está falando do encaminhamento do médico de saúde da família para o catus né uma pessoa poderia auxiliar nesse caso
o modelo sim com certeza se ouve se houve esse encaminhamento para o capuz provavelmente esse médico de saúde da família ele já já deveria ou já teria discutido esse caso e matriciamento com a sua equipe de matriciamento de saúde mental antes mesmo de está encaminhando para o cato que é um outro tipo de atenção especializada né então como ele tem o apoio matricial que não a equipe do catar é uma outra equipe que dá o apoio matricial para a atenção básica então ele já deveria ter discutido esse caso se juntos eles chegaram à conclusão que
esse caso realmente é o caso de ser encaminhado para o cade aí sim depois que ele chega no capuz cada capítulo tem o seu sistema de de acolhimento daquele paciente então o que geralmente ocorre é que aquele caso é acolhido é ouvido né é avaliado por uma equipe especializada do cato agora se necessariamente esse paciente tem que ser visto pelo psiquiatra do cap's antes de ele ser reencaminhado para a atenção básica não vou ter essa resposta com certeza o que o que eu sei da experiência que eu já vivi em katyn é que muitas vezes
a equipe ela já tem autonomia suficiente pra avaliar em conjunto junto com um psiquiatra geralmente que aquele paciente é ou não um paciente o placar pudesse ele exige essa atenção especializada ou se ele ainda tem condições de ser acompanhado na atenção básica aí o pessoal de nova serrana então gostaríamos que abordar as diferenças entre o apoio matricial realizado nasf pelo cacos em outras palavras né como eles podem se complementar van então isso vai muito também é da organização de saúde mental de cada município né tem muitos apoios no apoio matricial matriciamento que é feito só
pelas equipes do nasf é o mais comum é que o núcleo de apoio à saúde da família que realiza o apoio matricial e o capuz fique um pouco mais focado um atendimento de pacientes mais graves e aí sim de um atendimento mais fair um pouco mais vertical um pouquinho mais acima mas já existem estruturas alguns municípios que estão misturando um pouco esse apoio matricial do cap também que não só do nasf para a atenção básica aí vai de uma organização de gestão municipal mesmo de saber a importância que está inserindo essas equipes tanto capital quanto
nas que no apoio matricial é da disponibilidade enfim de profissionais para fazerem isso já é uma decisão mais mais individual dos gestores o pessoal de campo verde então é só que complementou a eles como falei que o processo de emagrecimento envolve a articulação anterior com a atenção básica e com os demais setores da rede eles cobram que esse contato anterior também é considerado uma cruzamento para fins de produção do bpp se esse contato com mata com a equipe de matriciamento será contado como tradição essa articulação anterior com atenção básica com os demais setores da rede
sim com certeza está fazendo um trabalho né tá se articulando uma terapêutica em cima daquele caso sim e também conta só agradecer a todos então que participaram que mandaram perguntas espero ter esclarecido e auxiliado em algumas questões tá boa tarde e tal
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