ROBÔ SELVAGEM - Das melhores animações de sempre! | Crítica

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PH Santos
Robô Selvagem (The Wild Robot, 2024) Uma robô muito avançada que cai em uma ilha deserta. Como não ...
Video Transcript:
tem uma frase Clichê da crítica de cinema da qual eu sempre tento fugir mas eu acho que dessa vez não dá não tem algo que define melhor esse filme do que dizer que ele tem um coração gigante um coração do tamanho do mundo é impressionante desde Como Treinar Seu Dragão eu não me deparava com animação que olha com tanto carinho pros seus temas é que coisa linda cara eu sou Peg Santos crítico de cinema e no vídeo de hoje trarei uma análise de robô Selvagem filme da Dreamworks com direção e roteiro de Chris Sanders que
inclusive veja só também dirigiu e roteirizou Como Treinar o Seu [Música] Dragão A história desse filme é sobre uma robô muito avançada que cai em uma ilha aparentemente Deserta Deserta de humanos tá como não chegou ao seu destino e portanto não pode cumprir as suas diretrizes de ser assistente de uma família humana ela passa a procurar naquele ecossistema uma missão qualquer coisa para se apegar até que encontra quando começa a cuidar de um filhote órfão de um ganso o roteiro constrói aqui meio que uma fábula contemporânea só que as avessas né ou seja ele vai
construindo essa fábula de trás para frente e faz isso abordando o tema de robótica e inteligência artificial que é muito comum hoje em dia só que se desviando de um certo Progresso pessimista Ou seja a inteligência artificial vai destruir tudo a robótica né os avanços da gente vão destruir tudo até que vão só que o filme me faz uma outra proposta propõe um ponto de vista que valoriza a vida a partir dessa chamada evolução e curiosamente esse olhar até parte de um ponto trágico da morte no caso a dos Pais ali do Pequenino Ganso que
ocorre justamente pela aparição daquele ser estranho na ilha que é a Ross daí já vem o primeiro tema né o treco que foi construído pelos humanos vem destrói algo mas depois reconstrói a partir de uma bondade que inicialmente não foi programada para ter mas vai adquirindo com entende ali o meio no qual está inserida E aí a narrativa se transforma na tal fábula justamente quando as decisões dessa Inteligência Artificial se mostram mais sensatas e carinhosas do que as da Inteligência humana que a fizeram ao se colocar ou se conectar com a inteligência dos animais ou
seja com o ecossistema Ross encontra propósito encontra dor também mas encontra vida se o robô de lata de e o mágico di os busca um coração eu posso dizer que robou selvagem aqui a Rose né distribui um coração que nem sabia que possuía tão pouco o tamanho que era embora eu tenha criado a dicotomia entre Inteligência Artificial inteligência humana e inteligência da natureza vou chamar assim Tem uma pegadinha no filme Rose ela tem diretrizes vinda de nós dos humanos e ao aplicar essa sede de aprendizado e entendimento do mundo naquela realidade a personagem passa a
representar os resquícios do que ainda há de bom em nós porque enfim Nós criamos aquela inteligência então isso serve para mostrar aqui a gente não tá necessariamente no pior caminho porque estamos propondo uma evolução constante um progresso absurdo o filme revela isso quando Ross né a inteligência lá criada por nós consegue encontrar e se conectar com bons caminhos que aparentemente nós ao fazê-la estamos perdendo e aí nessa linha a animação é esteticamente deslumbrante é um desbunde aquele contexto cheio de vida nos é apresentado como uma espécie de Aquarela que vai se espalhando no papel Você
já viu como é que pinta Aquarela você coloca no papel e ela vai ali ó se perdendo e meio que também se encontrando em formas só que no filme essa Aquarela ainda é uma abordagem artificial né mas por se tratar de uma animação digital que no máximo simula esse efeito a ao misturar 2D e 3D ele não é o filme animação quer que seja 100% orgânico e esse embate estético se conecta diretamente a temática Central aqui da história a animação começa mais rígida com menos cores e à medida que Ross vai interagindo com a natureza
e se misturando as cores também vão dominando não só isso as formas ficam mais suaves mais fluidas como uma aquarela de Fato né E como se essa Aquarela estivesse aí sim tomando conta da tela tomando conta do Papel noutras palavras o 2D vai dominando o 3D o 2D vai dominando a noção de digital que nunca é perdido nunca sempre está lá mas mas vai se transformando em algo cuja percepção vai para um lado um pouco mais natural a animação reflete portanto essa luta entre o artificial e o orgânico algo que acompanha a jornada inteira da
personagem principal e eu diria até do ponto de vista mais íntimo possível que a gente pode ter com relação a esse filme inclusive sobre a maternidade dessa personagem sobre o qual não vou falar muito não sou mãe então eu não tenho os melhores predicados para falar sobre isso mas a reflexão que o filme tem sobre maternidade e uma maternidade adotiva nesse caso é muito interessante porque se pensarmos que a mãe orgânica né a mãe que realmente Deu luz à aquele menino ali é a mãe de fato mas que uma maternidade pode ser criada pode ser
enaltecida pode ser apreciada ou quer que seja mesmo que seja adotada Isto é que não seja tão natural como de uma mãe que de fato deu aquela cria o entendimento do filme vai para outro patamar de de de análise vai para outro patamar de percepção ao ver que talvez só talvez a gente precise adotar coisas que estão aí na natureza a gente precise adotar a natureza em si pra gente voltar a se conectar com esse negócio chamado mundo mas eu vou falar um pouco mais sobre isso adiante quero voltar pra Ross Ross ela começa a
sua jornada na ilha de forma arredia tanto em relação aos outros moradores quanto porque ela não consegue se encaixar ela não foi feita para isso né mas assim como a tá o Aquarela que se dissolve no papel ela vai se integrando aquela realidade vai Transform formando-se no amálgama vai virando uma junção quase inseparável com o meio e tanto como não é possível separar o 2D e o 3D lá pra frente do filme não dá mais para distinguir a nossa protagonista daquele mundo não dá mais para destacá-la ela é puramente artificial é uma máquina Mas esteticamente
cada vez mais orgânica cada vez mais natural a evolução visual de ros ao longo do filme inclusive reforça isso ela começa como um robô completamente destoante do ambiente peças coisas artificiais plástico quer que seja e termina o filme com partes de madeira no seu corpo com Galhos misturada folhas fazendo com que a sua imagem né ela seja uma coisa só com o ambiente no qual agora ela não só habita Como faz Total parte ou seja de uma robô que não conseguia cumprir as suas diretrizes colocadas lá por humanos ela se transforma em uma força motriz
de uma união com a ilha que humanos hoje não conseguem mais fazer ela nos supera E aí vem outro tema né as inteligências artificiais irão nos superar sim se elas conseguirem fazer conexões com o mundo com a realidade que a a gente cada vez mais tá perdendo que nós cada vez mais estamos deixando de lado e aí outros elementos da fábula são inseridos aqui no filme A Raposa esperta é um desses elementos ela aparece para mostrar como a vida natural é essencialmente Cruel ao tratar da cadeia alimentar mas ao mesmo tempo evidencia que Ross tirou
o pequeno no ganço desse ciclo e o recolocou no ciclo da vida uma vida plena ao prepará-lo para voltar a voar com os seus Ross Como eu disse assume o papel de mãe que cria o filho para literalmente se desprender migrar ganhar o mundo para enfrentar a sua vida de verdade né A vida que supostamente ele foi programado para ter mais programado por quem pelo natural pelo fluxo normal e caótico da vida e quando eu falo enfrentar essa vida que tá aí pela frente né é enfrentar de ver verdade o filme promove exatamente essa percepção
na jornada do pequeno ganso do filho de Ross ou que não seja filho da cria dela mas voltando pra raposa Porque apesar de ser a grande esperta ali daquele meio ela também aprende os valores que Rose vai deixando pelo caminho e se beneficia disso Ela come muito mais do que antes quando precisava caçar quando precisava enganar os outros animais e em vez de lidar apenas com a desgraça alheia ela começa a usufruir da presença do outro né dessa dessa permanência de uma amizade improvável que chega ao nível máximo de sobrevivência mas passa essencialmente por A
Jornada de um objeto de uma coisa que não sabia que tinha que cumprir aquela jornada ou seja Ross não só muda completamente mas ela também é mudança e isso nos leva a várias outras reflexões vamos lá a robô do filme é um ser que se distancia do produto do seu trabalho Inicial né ou seja ela foi criada por para algo mais não cumpre isso e quanto mais vai se distanciando dessa programação mais consegue se conectar a tudo que tá ao seu redor Então embora fale sobre tecnologia o filme também fala sobre a nossa humanidade sobre
o nosso modo de vida cada vez mais ligado à diretrizes números metas missões prosperidade enquanto cada vez menos a gente se conecta com o que já está posto a nosso ao nosso redor com que já existe aí e que convive conosco nesse negócio chamado mundo que são as coisas mais puras da vida digamos assim então Ross cumpre com o seu caminho de prosperidade para o qual foi criada justamente ao quebrar a Prosperidade que nós colocamos para ela que nós impusemos nela e nós que não somos robôs e tamp pouco artificiais nos distanciamos hoje em dia
cada vez mais desse modo de viver queremos ordem regra rechaçamos o caos natural da existência coisa que a nossa protagonista vai aceitando cada vez mais e por isso cada vez mais ganhando coração vida noção existencial propósito ou chame como quiser daqui surge o título do filme que é quase antropológico né Ele é uma tradução sem perda do inglês é robô selvagem mesmo no inglês é robô selvagem só que em inglês enfim você entendeu e esse é um nome que une duas coisas inicialmente dicotômicas Opostas contrastantes e em dada forma como encaramos a realidade também antagônicas
ora robô e e selvagem são coisas que não combinam é o artificial e o natural brigando pois bem a protagonista do filme joga nosso olhar para essas duas coisas antagônicas e sugere que elas sim Podem coexistir que não precisamos sacrificar o natural em prol da Ascensão do artificial bem como a gente não precisa impedir A Ascensão do artificial porque o mundo deve ser só e somente só orgânico a figuraa de Ross volta a repetir é exatamente isso né a robô enquanto produto máximo da cultura tecnológica encontra o seu caminho ao emergir nos processos naturais daquele
mundo isso revela a fragilidade da Nossa uma certa noção de progresso que a gente tem hoje em dia e aí o filme pergunta pra gente se a nossa busca incessante por controle e eficiência não nos afasta daquilo que realmente vale a pena isto é viver para ver uma pequena criatura voar uma pequena criatura que nasceu apesar da gente que tá aí apesar da gente e que mesmo a gente destruindo a realidade e o futuro daquela criatura se não dá pra gente se reconectar com ela tomar como um filho quem sabe e jogar pro mundo de
volta ou seja se vale a pena a gente por mais que nós humanos sejamos infratores ali do meio do meio ambiente Será que não vale a pena a gente em dado momento se conectar porque Ross mostra que não é tarde se dedicar direitinho vai dar certo se lá em Como Treinar Seu Dragão o filme colocou em cheque a noção de amizades impossíveis esse filme aqui robô selvagem coloca em cheque a nossa visão egoísta do mundo a ideia de que nossa Inteligência é a única válida é superior a ideia de que nos afastarmos das outras inteligências
que aí estão Nos fará prosperar não vai não é isso é uma fusão delas e portanto uma união com tudo que está posto que vai nos fazer aí sim evoluir ou como diria a Ilton krenak no livro A vida não é útil temos que parar de nos desenvolver e começar a nos envolver e eu acho que esse é o grande resumo do filme Quando Ross parou de se desenvolver enquanto robô começou a se envolver com a vida que já estava ali e assim repito ganhou um coração e sobretudo um motivo para continuar existindo mesmo que
a mecânica falhe mesmo que as baterias acabem dar-se um jeito a vida é bem maior do que aquilo que chamamos de limite e a gente precisa voltar a debater os nossos limites de ser humano de gente de um bicho que está dentro de um ecossistema Afinal o que que nos torna humanos nossa capacidade de raciocinar de sentir de tomar decisões que rompem com os nossos limites programados porque se for isso Rose está foi plenamente humana enquanto nós humanos nos tornamos cada vez mais artificiais mas enfim é isso tá eu nem risquei a tampa da superfície
desse filme Existem muitos signos e muita coisa a ser trabalhada aqui em robô selvagem e por isso eu coloco esse filme automaticamente ali do lado de grandes títulos como o Gigante de Aço e Como Treinar o Seu Dragão animações daquelas que revisitar as inúmeras vezes jamais serão esgotadas a simplicidade de alguns momentos do filme engana não há nada de simples na jornada de Rose é um filme muito emocionante Acho que mais do que isso é é um filme invasivo sabe ele invade a nossa noção de mundo a nossa noção de progresso e sobretudo a nossa
noção de vida é impressionante o tamanho do coração desse filme é tão grande que consegue ser dividido em vários um para cada pessoa que o assiste e se envolve isso principalmente não só que assiste mas que se envolve quem sabe a partir disso nos faz um Pou menos robóticos e um pouco mais selv portant mais Ross e mais naturais filme lindo maravilhoso assim sem palav de umin abso Fora do Comum isoo obgado por ter chegado até desse vídeo agora te peço um like aqui sua inscrição e também fica a minha proma dear falar sobre esse
filme muitas outras vezes aqui no canal a gente se vê um forte abraço em vocês e tchau n
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