[Música] Boa noite meu nome é Antônio e moro no interior do Ceará acompanho o canal há algum tempo e ouço Os relatos aqui da minha terra e gosto muito eu gostaria de contar um relato que o meu avô me contou desde que sou menino note ele contou para o meu pai e toda a família meu avô se chama Ademar eu vou contar como vejo o povo contando aqui no canal como se fosse ele realmente fica melhor dessa forma e faz a gente entrar na história vamos lá a partir de agora será como se fosse ele
contando se a vida é difícil hoje em dia imagina naqueles tempos não tinha esses poços artesianos que o governo fez hoje em dia não era catinga de riba baixo água só nos Açude onde os animais também bebiam naqueles tempos o povo não rezava para ter carro ou casa não rezava por água para que chovesse enchesse os açudes no dia do acontecido os potes e baldes estavam quase vazios Na época eu tinha mulher e filho pequeno então deixava a mulher com os afazeres e eu mesmo ia buscar e estava no dia de ir o poço mais
próximo e que nos era permitido pegar água ficava nas terras do fazendeiro conhecido como coroné Bezerra havia alguns açudes mais perto desse poço mas estava tudo seco e com carcaça de animais As pessoas só buscavam água nesse poço quando não tinha outro opção ele era afastado um caminho cheio de mato e galos secos após a lida no roçado cheguei em casa Beirando a boca da noite comi e me aprontei para ir peguei um facão que sempre levava comigo baldes e um Candieiro para iluminar a noite o sertão tem os seus perigos cobras onças e coisas
que podem matar um homem num piscar de olhos mas eu sempre fui um cabra Valente tinha medo de nada que Deus criou que raste ou andasse sobre essas terras secas mas para o que eu encontrei não pode ter sido criado por Deus Eu segui boa parte uma trilha que cortava a estrada principal era melhor porque eu conseguia ver bem as coisas depois que tive que entrar mais no mato denso para chegar na fazenda O ruim é que eu ia ter que pegar esse caminho de volta no escuro quando cheguei na fazenda já havia escurecido Aquilo
sim era um cenário da moléstia dava até dó um Casarão daqueles largado caindo aos pedaços uma ruma de mato tomando conta sorte minha que não vi nem sinal de bicho por ali como a caminhada havia sido muito longa eu me assentei um tronco Peguei uns Galhos acendia uma fogueira para me esquentar estava uma noite muito fria então peguei na bolsa uns Licuri e um bu que encontrei no caminho para quem não sabe Licuri são pequenos cocos de uma palmeira típica do Sertão podem ser consumidos Cruz ou torrados e um bu pode ser encontrado em arbustos
e um buzeiro bom eu fiquei ali um tempo descansando e olhando em volta o poço ficava perto do Casarão abandonado do finado coroné Bezerra era uma das casas mais bonitas daquela região e agora estava ali sendo destruído pelo tempo e pelo abandono mas após um breve período eu fui fazer o que tinha ido fazer fui até o poço e comecei a puxar água estava tudo bem não tinha tido problema nenhum por enquanto mas foi aí que lá nesse meu esforço de trazer a água eui um estran vindo do Casarão primeiro eu ouvi passos e depois
ouvi alguma coisa batendo nas paredes puxei o balde para cima e já fui Enchendo os outros baldes eu imaginei que poderia ser alguém que viu o local abandonado e resolveu passar a noite ali mas como disse tenho medo de nada que ande nessa terra então continuei pegando minha água dos baldes após acabar me virei para poder ir embora quando eu estava me virando vi um vulto saindo da casa e indo em direção ao mato não deu para ver direito mas me chamou atenção de longe era uma figura sombria e misteriosa parecia estar em volta de
uma névoa ou de sombras o que dificultou para ver ele direito era uma criatura muito alta e esguia com longos braços e pernas e deu para notar que os seus olhos brigavam porque se destacavam na escuridão eu pensei se tratar de uma visagem do espírito do coroné Peguei meus baldes e trote de rumo para casa após andar uns metros um grito muito alto medonho e apavorante tomou conta do lugar mas rapaz parecia uma trombeta do apocalipse de tão alta e aquilo vinha em uma força que mexia até os Matos parecia que seu grito gerava uma
força tão grande capaz de movimentar os Matos em volta de repente vejo os Matos se mexendo como se ele tivesse vindo na minha direção eu nem pensei do vezes larguei tudo que tinha pote candeeiro e saí correndo todo Desembestado Pelo Caminho com um bicho correndo e gritando atrás de mim era a mata mais densa e eu me Arranhei todo desde as canelas até o rosto mas quando eu atravessei a cerca e peguei a trilha eu parei de ouvir os gritos e os passos mas mesmo assim nem quis olar para trás continuei correndo por aquela Estrada
feito louco após correr que nem um doido mesmo já não ouvindo mais os gritos de longe eu pude ver que a luz da minha casa estava acesa Eu já fui gritando para que minha mulher abrisse a porta por sorte Ela ouviu e quando cheguei já fui entrando e fechando sem nem pensar mandei que ela fechasse todas as janelas e perguntei como nosso filho estava e que não era para deixar ele sozinho de jeito nenhum quando terminamos sentei no chão para tomar fôlego e ela já veio preocupada perguntar o por que eu estava assim contei para
ela tudo o que havia acontecido principalmente dos Gritos e da aparência daquela coisa Eu mesmo não sabia bem o que era mas ela que sempre foi muito sábia com essas coisas de Sobrenatural me disse que só podia ser um tal de bradador a alma penada de um cabra que morreu seco e que era muito ruim em sua vida então ficava por aí zanzando à noite procurando algum desavisado para dar cabo eu já tinha ouvido falar dele algumas pessoas que moram no sertão mais profundo diziam que era até comum seus gritos as lendas da região falam
de um ser que se transforma aparecendo Como Um Homem Comum durante o dia e assumindo uma forma assustadora à noite quando começa a bradar dizem que geralmente foram homens bravos e cruéis durante a vida e gritam após a morte para mostrar que quem manda são eles geralmente eram fazend ou políticos das regiões pequenas quando não eram os dois Depois desse dia eu passei a evitar andar pelos lados do Casarão e passei a buscar mais água durante o dia para não ter o risco de passar por aquilo de novo eu nunca mais vi aquilo nem nada
do tipo mas com os anos eu fui escutando histórias bem parecidas com gente vendo a mesma coisa sei lá nesse mundo tem tanta coisa que a gente não pode nem imaginar bom Pessoal esse é o relato que meu avô conta ele tem quase certeza que era o bravador mesmo aqui na vila tem muitos outros relatos eu vou te contar um que o pai do meu amigo conta mas esse não foi daqui foi com um pai do meu amigo que morava no Maranhão também no sertão o nome dele era Zé Pereira o pai do meu amigo
contava assim certa noite voltando de uma pescaria no rio ele decidiu cortar caminho por uma triga pouco usada já que a lua alta leava o chão de terra batida era quase meia noite quando de repente o silêncio da Mata foi rompido por um grito Agudo tão forte que fez os pássaros lev em voo e desespero o seu Zé congelou no lugar o coração batendo acelerado ele conhecia as histórias do bradador mas nunca acreditou de verdade até aquele momento na frente dele emergindo das sombras entre as árvores Surgiu uma figura alta magra e quase esquelética os
olhos avam como Brasas e a boca larga demais parecia se estender de orelha a orelha soltando aquele Brado aterrorizante os pelos do Velho ciaram sem pensar duas vezes ele fez o sinal da cruz e começou a rezar baixinho com os pés cravados no chão o bradador avançou um pouco mais mas então parou como se algo invisível impedisse de chegar mais perto com o último grito a criatura se dissolveu na névoa que começava a subir do chão deixando apenas o eco do seu Brado naquela noite José não esperou para ver mais nada correu como nunca quando
finalmente chegou em casa trancou a porta e ficou rezando até o sol nascer jurando Que Nunca mais sairia a noite por aquelas bandas E assim a história de José Pereira e o encontro com bradador passou a ser contada por toda a redondeza também com cada pessoa jurando que era verdade mesmo que ninguém soubesse ao certo o que ele realmente viu naquela noite bom gente tem ótimos relatos dessa criatura são os que mais gostamos aqui em casa Espero que tenham gostado e Robert Obrigado por trazer relatos sempre são ótimos Durmo toda a noite ouvindo você consegue
levar a gente para dentro do relato o canal está ótimo Continue assim e uma boa noite para todos