Oi pessoal eu sou a Dra Maria Fernanda sou médica psiquiatra hoje eu tô de volta com mais um vídeo para vocês no meu vídeo anterior eu falei um pouquinho sobre o quadro clínico do TDH que é o transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade nesse vídeo agora eu vou falar um pouquinho para vocês sobre as outras características desse distúrbio em relação ao diagnóstico o TDH antigamente o pessoal acreditava que ele tava relacionado aos fatores sociais ou familiares Ah foi mãe que não deu limite que mimou deais o filho mas hoje em dia a gente sabe
que não tem a ver com isso o TDH para ele acontecer ele tem a ver com pequenas alterações na região que a gente fala frontal do nosso cérebro que é responsável pela inibição do comportamento e pelo controle da nossa atenção a criança ela já nasce com a doença tanto que pra gente fazer o diagnóstico no adulto que aparece aqui no consultório eu preciso investigar como foi a evolução dessa criança lá atrás lá na infância sendo assim primeiro passo pra gente fazer o diagnóstico vai ser levantar uma história obter o máximo de informações possíveis em relação
à infância como o adulto era quando ele era ele ia pra escola se a professora reclamava que ele tinha disciplina ou não se ele era desorganizado se era expulso da Escola se fazia lição mal feita se tinha o caderno solto se ele era muito bagunceiro e nem sempre é fácil a gente conseguir essas informações então muitas À vezes na entrevista a gente tem que chamar família ou tem que ligar e pedir a informação pros amigos ã da época de quando ele era criança até então a gente tinha uma ferramenta que era utilizada muito pro diagnóstico
do TDH no adulto que é o srs1 é um questionário mas que funciona mais como uma triagem é um ponto de partida para levantar ã os possíveis sintomas do TDH além da CRS a gente tem que ver a história de vida como eu disse no vídeo anterior o quanto isso influencia no dia a dia da pessoa o quanto isso traz o prejuízo e a quanto tempo a pessoa apresenta esses sintomas a boa notícia é que nós temos um novo questionário que ele foi lançado recentemente chamado Diva é um questionário Holandês e ele sim é a
primeira entrevista estruturada que a gente tem para diagnóstico do TDH nos adultos é importante a gente hã manter atenção no fato que assim hoje em dia nós temos muitos estímulos é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo além do celul a TV as coisas que estão acontecendo a velocidade tá muito rápida então é comum das pessoas reclamarem de que não estão rendendo no trabalho de que não estão conseguindo se concentrar nas reuniões que não tem paciência pros encontros e a gente tem que saber distinguir o comportamento por conta dessas atribulações da vida e o que de
fato exige tratamento Vale destacar que no adulto a dificuldade e as queixas vem geralmente quando são relacionados ao TDH elas já vêm desde a infância não foi algo que começou porque eu mudei de emprego ou porque eu tô mais fragilizado porque eu Terminei um relacionamento então assim quando mais velho o quadro fica um pouco mais definido então a pessoa começa a se comparar com os colegas de trabalho e ele percebe que os colegas fazem o mesmo trab trabalho que ele mas na metade do tempo ou então que ele esquece muito mais compromissos do que os
colegas do trabalho ou que eles não atrasam o tanto de vezes como ele se atrasa e não são coisas que acontecem de vez em quando são coisas que acontecem sempre e eles passam pro indivíduo que que comete esses erros uma sensação de fracasso constante de rendimento inferior né a capacidade que ele pode de fato produzir em relação à incidência na infância o TDH ele é mais diagnosticado nos meninos do que nas meninas geralmente porque chama mais atenção dá um pouco mais de trabalho muitas vezes já no adulto a incidência entre homens e mulheres é praticamente
a mesma já em relação à causa sabe-se que é assim a gente tem um componente genético importante no TDH quando a gente rastreia a família de um paciente geralmente a gente tem outras pessoas que tinham sintomas da doença na família do portador do TDH mas a gente sabe que só a genética não é a única causa como eu sempre falo o diagnóstico psiquiátrico ele é multifatorial então estima-se que o ambiente as causas ambientais também influenciem ã no diagnóstico e na manifestação da doença quem tem TDH com muita frequência Vai ter outras doenças correlacionadas que é
o que a gente chama de comorbidade estima-se que 75% dos pacientes com TDH tem comorbidade com alguma outra doença os transtornos comórbidos mais frequentes com TDH são os distúrbios do Sono os transtornos de ansiedade de depressão os transtornos de dependência e abuso de substâncias o transtorno bipolar e os transtornos de personalidade por isso é muito importante que o paciente com TDH passe por uma avaliação psiquiátrica porque vai ser investigado Ah se tem alguma doença que está junto com o TDH as síndromes e os transtornos mais frequentes Associados por isso que fechado o diagnóstico TDH é
muito importante examinar se não tem outras doenças correlacionadas com o TDH no caso do adulto a ansiedade e a depressão são muito frequentes e o tratamento vai depender de como esses fatores se combinam o tratamento medicamentoso com a medicação associado a uma abordagem de terapia é o tratamento ideal que vai ajudar a controlar melhor a doença no caso das medicações o mais comum é nós prescrever as medicações que a gente chama de psicoestimulantes que vão ajudar no TDH e os antidepressivos já em algumas semanas ã o paciente quando ele usa os psicoestimulantes ele já consegue
sentir os efeitos benéficos do tratamento e ele começa a perceber uma melhora tanto no rendimento dele no trabalho ele começa a notar que ele não tá produzindo os mesmos erros que que ele cometia antes em relação à terapia a terapia ela serve não para tratar tanto a doença e sim ela foca mais o indivíduo com TDH porque o indivíduo com TDH na fase adulta ele tem uma tendência a tá com uma autoestima pior ele se sente geralmente inferior as demais pessoas ele teve muitos prejuízos por conta dessa desorganização dessa dificuldade de cumprir prazo deles então
a terapia ela vai ajudar mais no sentido de fortalecer a autoestima e o o bem-estar desse paciente bom pessoal é isso espero que eu tenha ajudado eu hoje falei um pouquinho sobre o diagnóstico tratamento do TDH eu ainda vou falar um pouquinho mais sobre TDH num próximo vídeo mas aí dando algumas dicas para que o paciente com TDH tenha uma melhor qualidade de vida eu espero que eu tenha ajudado vocês Se tiverem dúvidas coloquem aqui no nosso canal e nos vemos num próximo vídeo até mais