FUNCIONÁRIO de um RESTAURANTE Deixou GAROTINHA SEM TETO Cantar Por COMIDA Quando o DONO CHEGOU

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Histórias Emocionais
Um funcionário de um restaurante permitiu que uma garotinha sem-teto cantasse no restaurante em troc...
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o relógio na parede do restaurante marcava quase 10 horas da noite o movimento começava a diminuir e Lucas o jovem Garçom já sentia o peso do dia nos ombros seu uniforme estava amarrotado e seus pés doíam mas ele continuava a sorrir para os clientes mantendo sua dedicação mesmo após um longo turno mais um pedido depois disso acaba repetia para si tentando reunir forças para encerrar a noite do lado de fora uma brisa fria atravessava a cidade carregando o eco de vozes distantes e passos apressados foi nesse momento que Lucas a viu uma menina pequena e
descalça com cabelos emaranhados e olhos grandes espreitando pela porta de vidro do restaurante ela estava imóvel como se hesitasse entre fugir ou entrar Lucas sentiu um aperto no peito algo naquela garota despertava sua atenção um misto de fragilidade e mistério aproximando-se da porta ele a chamou com a voz baixa quase num sussurro Ei você está com fome a menina olhou para ele sem dizer uma palavra seus olhos expressavam uma mistura de desconfiança e esperança Lucas abriu a porta gesticulando para que ela entrasse eu posso te dar comida mas você precisa fazer algo por mim a
garota deu um passo hesitante para dentro os pés sujos contra o chão Limpo do restaurante contrastando com o brilho das as luzes Você sabe cantar perguntou Lucas ela acenou com a cabeça timidamente Então que tal você cantar para os clientes assim você ganha seu jantar ela permaneceu em silêncio por um momento avaliando a proposta era um acordo incomum mas algo nos olhos de Lucas lhe deu segurança finalmente ela assentiu e se Dirigiu para um canto do salão perto das Mesas enquanto ela se posicionava Lucas começou a preparar um prato de comida observando de relance os
clientes que ainda estavam presentes alguns casais uma família com duas crianças e um grupo de amigos que ocupava a mesa do fundo Riam alto e não prestavam atenção na nova presença no local Clara nome que Lucas acabaria descobrindo mais tarde Começou a cantar a princípio sua voz era baixa quase tímida mas rapidamente se transformou em algo Mágico a suavidade e o controle em sua voz fizeram o ambiente se acalmar as conversas diminuíram os risos foram cessando uma das crianças que estava com a família virou-se para os pais puxando a manga da camisa do pai papai
escuta só ela canta muito bem disse a criança os olhos brilhando de entusiasmo os amigos na mesa do fundo também começaram a notar Cara essa menina tem talento comentou um dos rapazes deixando de lado a cerveja para prestar atenção Lucas ficou parado atrás do balcão observando a reação dos clientes o restaurante nunca tinha sido tão silencioso àquela hora Clara embora visivelmente nervosa cantava com o coração cada nota reverberando nas paredes e nos ouvidos de quem estava presente não era algo planejado mas a atmosfera do lugar mudou era como se todos ali tivessem esquecido Por um
momento a correria da vida apenas para ouvir Aquela pequena voz após alguns minutos quando Clara terminou sua canção um breve silêncio tomou conta do local Então os aplausos começaram tímidos mas logo se tornaram mais fortes Clara abaixou a cabeça envergonhada mas havia um pequeno sorriso em seus lábios Lucas sorriu de volta para ela trazendo o prato que havia preparado você mereceu disse ele colocando o prato na mesa à frente da garota que parecia faminta mas ainda hesitante em aceitar Qual é o seu nome perguntou Lucas se abaixando para ficar à altura da menina Clara respondeu
ela quase num sussurro Lucas assentiu vendo o brilho nos olhos dela enquanto começava a Comer clara não estava ali apenas pela fome física havia algo muito mais profundo naqueles olhos a algo que Lucas ainda não conseguia decifrar a porta do restaurante se abriu novamente Mas desta vez com um som seco e firme o vento que entrou pela fresta carregava uma tensão que ninguém esperava Roberto o Dono dos sabores de rua surgiu no batente da porta com seu semblante rígido e Severo ele era conhecido por ser um homem de negócios impiedoso e detalhista alguém que não
aceitava falhas ou improvisos em seu restaurante seus passos ecoar pelo piso e os clientes mais atentos notaram imediatamente sua presença Lucas ao ver Roberto sentiu o estômago revirar ele sabia que seu chefe não aprovaria o que estava acontecendo tentando disfarçar a apreensão Lucas se aproximou de clara que ainda estava terminando de comer enquanto o dono do restaurante caminhava em direção a eles o som dos talheres nos pratos dos clientes Parecia ter diminuído e o burburinho de conversas foi substituído por olhares discretos na direção de Roberto O que está acontecendo aqui Lucas a voz de Roberto
era baixa mas carregava um peso que Lucas conhecia bem ele virou-se lentamente para o chefe sabendo que aquele momento poderia acabar mal ela estava com fome senhor começou Lucas tentando manter a calma eu pedi para que ela cantasse para os clientes em troca de um prato de comida os clientes gostaram Olha só ele gesticulou para as mesas ao redor alguns clientes ainda olhavam curiosos outros fingiam não estar ouvindo a conversa Roberto no entanto não parecia impressionado Ele olhou de relance para Clara que ao perceber o Tom Sombrio da conversa abaixou a cabeça e parou de
comer os olhos de Roberto ficaram fixos na menina por um segundo mas logo voltaram para Lucas carregados de uma Fúria controlada Lucas isso aqui não é uma casa de caridade você sabe que temos regras disse Roberto com os lábios apertados não podemos permitir esse tipo de coisa você trouxe uma mendiga para dentro do meu restaurante Já pensou no que os clientes vão achar que tipo de imagem isso vai passar Lucas tentou argumentar mas senhor ela só estava com fome e Roberto interrompeu com um gesto brusco erguendo a mão isso não é problema nosso não pago
você para tomar decisões desse tipo a última coisa que preciso é que meu restaurante se torne um abrigo para vagabundos a palavra vagabundos cortou o ar como uma lâmina e Lucas viu Clara encolher ainda mais em seu lugar nesse momento um dos figurantes um homem de meia idade que estava sentado perto da porta levantou-se ele não parecia disposto a deixar a situação passar em silêncio Ei cara a garota cantou bem e todo mundo gostou não tem nada de errado nisso disse o homem os olhos fixos em Roberto eu pago por um bom serviço aqui e
acredite a voz dessa menina melhorou muito à noite de todos nós comentou uma mulher de cabelos grisalhos em uma mesa próxima enquanto tomava um gole de vinho ela levantou sua taça recebendo murmúrios de aprovação de outras mesas Roberto olhou para os clientes com irritação mal disfarçada a resistência dos clientes era algo que ele não esperava no entanto sua preocupação com a imagem do restaurante era maior ele voltou o olhar frio para Lucas eu não quero mais ver essa menina aqui ela tem que sair agora Roberto disse sua voz carregada de autoridade Lucas olhou para Clara
que permanecia sentada segurando os talheres sem coragem de continuar a comer seus olhos encontraram os de Lucas e ele sabia o que tinha que fazer mesmo com o nó se formando em sua garganta o restaurante parecia mais frio naquele instante ele fechou os olhos por um breve momento reunindo a coragem que precisava eu não vou mandar ela embora disse Lucas com a voz firme encarando Roberto de frente o silêncio se instalou no restaurante até mesmo o tilintar dos talheres Parecia ter cessado Roberto estreitou os olhos descrente o qu se ela não pode ficar eu também
não fico respondeu Lucas com uma força que nem ele sabia que tinha o choque tomou conta do ambiente o silêncio no restaurante era palpável como se todos estivessem prendendo a respiração à espera do que viria a seguir Roberto piscou incrédulo ele nunca imaginou que Lucas o funcionário mais dedicado e obediente ousaria enfrentá-lo Ainda mais por uma menina de rua seus lábios se curvaram em um sorriso amargo quase desdenhoso você deve estar brincando Lucas disse Roberto cruzando os braços quer colocar o seu emprego em R por causa de uma garota que nem conhece Olha bem para
ela ela não é sua responsabilidade Lucas não desviou o olhar por dentro seu coração estava acelerado mas ele sabia que tinha que manter a firmeza Não importa se a conheço ou não respondeu ele a voz saindo com mais segurança do que ele sentia ela está com fome isso é o suficiente para ser minha responsabilidade pelo menos hoje Clara sentada observava a cena com olhos arregalados seu corpo ainda estava tenso como se Esperasse que a qualquer momento alguém fosse puxá-la e jogá-la de volta às ruas ela nunca tinha visto alguém fazer tanto por ela e a
sensação era tão nova quanto assustadora os clientes começaram a se mexer inquietos com o confronto o mesmo homem de meia idade que havia defendido Clara antes Balançou a cabeça e murmurou para sua esposa esse garoto tem coragem nunca pensei que alguém confrontar o dono desse lugar assim uma senhora sentada perto do balcão se inclinou e sussurrou para o casal ao lado ele está fazendo a coisa certa é difícil encontrar pessoas assim hoje em dia Roberto percebendo os olhares dos clientes sobre ele sabia que estava perdendo o controle da situação sua autoridade estava sendo questionada em
público e isso o deixava furioso ele se aproximou de Lucas parando bem perto encarando o jovem garçom com olhos duros você realmente vai jogar fora o seu emprego por isso a voz dele era baixa mas carregada de ameaça Pense bem no que está fazendo Lucas engoliu em seco sentindo o peso daquela decisão ele não tinha outro emprego e suas contas estavam acumulando a ideia de ficar desempregado o aterrorizava mas ao olhar para Clara ainda encolhida na cadeira algo dentro dele lhe disse que estava fazendo a escolha certa ele respirou fundo e olhou diretamente nos olhos
de Roberto sim eu vou Roberto deu um passo para trás quase incrédulo a raiva que sentia agora se misturava com surpresa ele passou as mãos pelos cabelos claramente tentando controlar seu temperamento Você é um idiota Lucas sabe disso se manda daqui então e leve essa garota com você Lucas Soltou o ar que nem sabia que estava prendendo ele virou para Clara que o olhava com uma mistura de alívio e medo vamos Clara disse ele estendendo a mão para ela ela hesitou por um momento olhando para a comida à sua frente depois para Lucas finalmente levantou-se
e segurou a mão dele seus dedos pequenos e frios os dois caminharam em direção à porta os olhares dos clientes acompanhando cada passo o grupo de amigos no fundo que havia se divertido com a canção de Clara levantou-se começou a aplaudir aos poucos outros clientes se juntaram o som de Palmas ecoando pelo restaurante Roberto ficou parado sem reação assistindo enquanto Lucas e Clara saíam pela porta quando a porta se fechou atrás deles o silêncio voltou a tomar conta do local as palmas cessaram mas a tensão ainda pairava no ar lá fora Lucas e Clara sentiram
o frio da noite envolver seus corpos mas pela primeira vez em horas havia uma S de liberdade Lucas soltou a mão de clara e olhou para ela sem saber o que dizer você está bem clara assentiu lentamente olhando para ele com um misto de admiração e Incerteza Por que você fez isso perguntou a voz fraca quase inaudível Lucas olhou para o chão por um momento tentando encontrar as palavras certas eu não sei admitiu depois voltou a olhar para ela acho que alguém tinha que fazer e hoje foi minha vez a garota não respondeu mas seu
olhar dizia mais do que qualquer palavra ela estava acostumada a ser invisível a passar despercebida ninguém jamais havia tomado uma atitude assim por ela agora ali parada sob as luzes da rua ela se sentia Vista Lucas suspirou e olhou para o céu vamos descobrir o que fazer a seguir a noite estava fria e o vento fazia os poucos transeúntes apressarem o passo pelas ruas da cidade Lucas e Clara caminhavam lado a lado sem rumo certo com as mãos enfiadas nos bolsos para se protegerem do ar gelado Lucas ainda sentia o peso da decisão que havia
tomado no restaurante Mas a sensação de liberdade que havia experimentado era inegável no entanto ele não podia deixar de pensar no que faria agora desempregado e com uma menina para cuidar a realidade começava a apertar Depois de alguns minutos de silêncio Lucas olhou para Clara ela caminhava cabis baixa os ombros pequenos encolhidos como se estivesse tentando desaparecer tem algum lugar para ir ele perguntou sua voz baixa e cuidadosa Clara Balançou a cabeça em negação sem levantar os olhos eles pararam perto de um banco na praça da cidade onde os postes de luz projetavam sombras Compridas
no chão Lucas se sentou e indicou para Clara que fizesse o mesmo me conta clara como você veio parar aqui onde estão seus pais Clara mordeu o Lábio claramente desconfortável com a pergunta ela puxou as mangas de seu casaco puído cobrindo as mãos minha mãe desapareceu sua voz era baixa quase um sussurro ela foi embora faz alguns meses e nunca mais voltou Lucas sentiu um aperto no peito ao ouvir aquilo você estava morando com ela antes disso Clara sentiu ainda evitando olhar diretamente para Lucas ela trabalhava muito sempre estava fora então eu ficava sozinha em
casa até que um dia ela não voltou mais um silêncio pesado se seguiu apenas o som distante dos carros quebrando o ar entre eles Lucas observou Clara por um momento notando as olheiras so seus olhos o cabelo emaranhado e a expressão de cansaço que parecia ir além da sua idade ela não deveria ter mais do que 10 anos mas seus olhos carregavam uma tristeza que só se vê em quem viveu coisas difíceis você tentou procurar por ela Clara Balançou a cabeça negativamente não sei onde procurar e ninguém me escutaria Luca suspirou sentindo um misto de
indignação e tristeza como alguém tão jovem poderia já ter passado por tanta coisa escuta Clara disse ele inclinando-se para a frente não sei como mas eu vou te ajudar a gente vai achar uma solução Ok finalmente Clara levantou os olhos para ele e pela primeira vez desde que se conheceram Lucas viu algo diferente em seu olhar não era só desespero ou medo havia uma Faísca de esperança pequena mas presente ela deu um pequeno aco de cabeça como se estivesse aceitando ainda que com dificuldade que talvez alguém pudesse realmente ajudá-la de repente uma senhora passou perto
deles empurrando um carrinho de compras velho cheio de objetos ela parou por um momento e olhou para os dois sentados no banco vocês dois tão bem perguntou ela a voz rouca e arrastada Lucas se virou para a mulher e forçou um sorriso estamos sim obrigado respondeu ele embora sou que a resposta estava longe da Verdade a mulher a sentiu lentamente como se soubesse que havia mais por trás daquelas palavras cuidado com a noite fria disse ela antes de seguir seu caminho empurrando o carrinho que rangia com o peso Lucas voltou sua atenção para Clara você
tem um lugar para ficar esta noite perguntou mesmo sabendo a resposta eu costumo dormir perto da estação de trem disse Clara encolhendo-se ainda mais no casaco a a ideia de uma criança dormindo nas ruas fez o estômago de Lucas revirar ele não podia deixá-la voltar para aquele lugar não agora que sabia de sua situação você pode ficar comigo disse ele de repente Clara o olhou com surpresa eu não tenho muito mas a gente pode se virar até eu encontrar uma solução melhor Clara hesitou mas o cansaço em seus olhos revelava o quanto ela precisava de
ajuda Por fim ela aceitando a oferta eles se levantaram do banco e Lucas começou a caminhar na direção de sua pequena casa H poucos quarteirões dali enquanto andavam ele não conseguia evitar o sentimento de responsabilidade crescente que agora carregava Clara era apenas uma criança Mas sua presença já mudava o rumo da vida dele de uma forma que ele nunca havia previsto no entanto Lucas também sabia que a história de Clara estava longe de estar completa o desaparecimento da mãe dela a vida nas ruas tudo parecia cercado de mistérios que ele ainda não entendia mas ele
estava determinado a descobrir de uma coisa ele tinha certeza aquela menina não estaria sozinha mais quando chegaram à porta da casa de Lucas Clara hesitou por um momento antes de entrar era uma pequena casa humilde mas acolhedora Lucas abriu a porta acendendo a luz do do Corredor pode ficar no sofá eu pego umas cobertas disse ele Clara entrou devagar seus olhos percorrendo o espaço simples mas confortável enquanto Lucas procurava as cobertas Ele olhou para a menina que estava parada no meio da sala segurando a barra do casaco com força vamos conseguir resolver isso murmurou ele
para si mesmo mais como uma promessa silenciosa do que uma certeza ele sabia que a partir da aquela noite a vida dele e de Clara mudaria para sempre o amanhecer trouxe um céu Claro com a luz do sol entrando pelas pequenas janelas da sala de Lucas Clara ainda estava encolhida no sofá dormindo profundamente os traços de cansaço ainda visíveis em seu rosto mas agora parecendo mais tranquila Lucas de pé ao lado da mesa de café observava a menina por um momento refletindo sobre tudo o que havia acontecido na noite anterior ele sabia que não podia
deixá-la voltar para as ruas mas também não tinha ideia de como manteria essa situação o som de uma batida leve na porta interrompeu seus pensamentos ele franziu a testa surpreso por alguém aparecer tão cedo ao abrir deparou-se com Mariana uma amiga de longa data e também vizinha ela era enfermeira e costumava passar por ali antes de começar seus plantões Lucas você está bem soube que aconteceu algo no restaurante ontem à noite Lucas suspirou coçando a nuca ele sabia que as notícias se espalhavam rápido na vizinhança Entrei em uma situação complicada eu pedi demissão Mariana arregalou
os olhos surpresa demissão o que aconteceu perguntou ela cruzando os braços claramente preocupada Lucas hesitou por um momento mas acabou contando a história da menina que ele havia ajudado de como confrontou Roberto e do seu ato impulsivo ao deixar o emprego Mariana olhou para ele com uma mistura de surpresa e admiração Você sempre foi um cara de bom coração Lucas mas essa foi ousada até para você ela deu uma risadinha mas seu olhar logo ficou sério de novo o que você vai fazer agora e a menina ela está aqui disse Lucas baixando a voz e
gesticulando para o sofá Onde Clara ainda dormia eu não vou deixá-la voltar para as ruas mas não tenho ideia de como vou cuidar disso tudo não tenho outro emprego e ele parou o peso da responsabilidade caindo sobre ele mais uma vez Mariana entrou e deu uma rápida olhada em Clara ela parece Exausta pobre menina Então ela se virou para Lucas com uma expressão determinada você fez a coisa certa agora precisamos pensar em como resolver isso e a propósito Você não está sozinho nisso Como assim perguntou Lucas confuso eu posso te ajudar sei de algumas hues
que podem acolher a Clara pelo menos até você arrumar um emprego ou algo mais estável E falando nisso ela continuou o rosto iluminando-se como se tivesse acabado de lembrar de algo um dos meus pacientes tem um restaurante e está precisando de alguém para ajudar no turno da tarde nada grande mas pode ser uma chance eu posso falar com ele Lucas ficou surpreso com a oferta seu coração se enchendo de alívio sério você faria isso por mim perguntou ainda um pouco incrédulo Claro que sim você sempre foi um bom amigo e agora que está tentando ajudar
essa garota é a mínima coisa que posso fazer Mariana sorriu e Lucas sentiu um peso sair de seus ombros eu não sei nem como te agradecer disse ele a vóz saindo mais leve do que antes isso realmente mudaria muita coisa ela Balançou a cabeça sinalizando que ele não precisava agradecer a gente se ajuda é assim que funciona agora me dá o telefone que vou ligar para o Senor Ernesto ele vai gostar de saber que tem alguém disposto a trabalhar enquanto Mariana discava o número no celular Lucas observava Clara que agora começava a se mexer no
sofá os olhos piscando contra a luz do sol a menina abriu os olhos lentamente se virando para ver Lucas e a mulher des ao lado dele por um momento ela pareceu confusa como se não soubesse onde estava Bom dia Clara disse Lucas suavemente se aproximando Essa é minha amiga Mariana ela está aqui para nos ajudar Clara piscou ainda se recuperando do sono profundo mas logo se sentou esfregando os olhos com as costas das mãos Oi murmurou ela timidamente olhando para Mariana com desconfiança Oi Clara disse Mariana com um sorriso caloroso eu sou amiga do Lucas
e também quero te ajudar podemos encontrar um lugar para você ficar e ajudar a resolver as coisas Clara olhou para Lucas seus olhos grandes e incertos mas ele assentiu para ela com um sorriso tranquilizador você confia em mim lembra vamos encontrar uma solução para você prometo Mariana encerrou a ligação e virou-se para Lucas com um sorriso no rosto ele quer que você passe lá hoje à tarde para conversar acho que já tenho uma oportunidade te esperando Lucas mal pôde acreditar isso é incrível Obrigado Mariana de verdade ele sentia uma onda de gratidão tomar conta de
si tudo parecia estar começando a se alinhar de uma forma que ele não esperava Clara olhou para ele com uma expressão confusa você vai voltar a trabalhar perguntou ela talvez respondeu Lucas com um sorriso esperançoso se der certo eu vou ter um emprego novo e quem sabe a gente consegue um lugar para você ficar também Clara assentiu mas ainda parecia distante como se tudo aquilo estivesse além da sua compreensão no entanto Lucas notava que a garota estava começando a confiar nele mesmo que de forma cautelosa agora Clara disse Mariana se ajoelhando ao lado da menina
você se importa se eu fizer uma ligação para as pessoas que podem te ajudar eles vão cuidar de você se você quiser claro Clara ficou em silêncio por um momento seus olhos vagando entre Lucas e Mariana finalmente ela assentiu devagar tá bem respondeu com a voz quase inaudível Mariana sorriu e saiu da sala para fazer a ligação enquanto isso Lucas olhou para Clara sentindo uma esperança Renovada as coisas estão mudando Clara a gente vai resolver isso Eu prometo e pela primeira vez desde que a conheceu ele viu um pequeno sorriso aparecer nos lábios dela a
tarde chegou mais depressa do que Lucas esperava depois de deixar Clara sobre os cuidados temporários de Mariana ele se arrumou da melhor maneira possível e Partiu para o restaurante do Senor Ernesto Seu Coração batia acelerado enquanto ele caminhava pelas ruas a chance de um novo emprego era o primeiro passo para colocar sua vida de volta nos trilhos e mais importante garantir que Clara tivesse alguma estabilidade o restaurante de Ernesto era pequeno porém aconchegante situado numa rua movimentada da cidade o aroma de comida caseira flutuava pelo ar e ao entrar Lucas foi recebido por um ambiente
acolhedor com mesas de madeira e paredes decoradas com quadros antigos Ernesto um senhor de aparência cansada mas com olhos vivos estava atrás do balcão observando o movimento ao ver Lucas ele sorriu levantando-se da cadeira você deve ser o Lucas certo Mariana me falou de você disse Ernesto apertando a mão de Lucas firmemente Ela só falou coisas boas então já gostei de você Lucas sorriu de volta um pouco mais à vontade com a recepção calorosa Sim sou eu e sou muito grato por essa oportunidade Senor Ernesto realmente estou precisando Ernesto fez um gesto com a mão
como se quisesse afastar qualquer formalidade pode me chamar de Ernesto e claro Estamos precisando de ajuda Por aqui o trabalho é simples mas precisamos de alguém que saiba lidar com os clientes e manter as coisas fluindo acha que consegue Lucas assentiu prontamente Sim tenho bastante experiência com isso sempre trabalhei em atendimento então acho que posso ajudar enquanto os dois conversavam alguns clientes entravam e saíam do restaurante trocando rápidas palavras com Ernesto que parecia conhecer todos pelo nome Lucas observava como ele tratava cada um com uma cordialidade sincera algo que parecia vir de uma vida inteira
de experiência e Lucas Ernesto continuou interrompendo seus pensamentos Mariana me contou também sobre a menina Clara certo o nome de Clara fez Lucas se endireitar na cadeira ele não sabia como Ernesto reagiria à história sim Clara respondeu ele com cautela ela é uma menina que encontrei nas ruas estou tentando ajudá-la Ernesto Balançou a cabeça lentamente seus olhos vagando como se pensasse em algo distante a vida nas ruas é cruel especialmente para os pequenos Eu já vi muitos jovens perdidos por aí ele então se inclinou um pouco para a frente o tom de sua voz mudando
para algo mais sério O que você vai fazer por ela Lucas ficou em silêncio por um momento sentindo o peso da pergunta ele não tinha uma resposta definitiva Mas sabia que não podia abandoná-la eu não sei ao certo admitiu ele mas não posso deixá-la sozinha ela já perdeu a mãe não tem para onde ir vou fazer o que estiver ao meu alcance Ernesto o observou com olhos avaliativos então assentiu devagar como se finalmente tivesse tomado uma Deão eu gosto disso gosto de ver alguém disposto a se sacrificar por outro e por isso vou te fazer
uma proposta Lucas endireitou-se ainda mais na cadeira sentindo o coração acelerar o trabalho aqui é seu se você quiser disse Ernesto Mas eu também tenho um quarto no andar de cima é pequeno nada de luxo mas é limpo se quiser você e Clara podem ficará pelo menos até as coisas se estabilizarem Preciso de muito apenas que você cuide bem do lugar e mantenha tudo em ordem Lucas Ficou sem palavras por alguns segundos era mais do que ele poderia ter imaginado um emprego e um lugar para ficar ele não esperava tanta generosidade e a oferta o
pegou completamente desprevenido eu eu nem sei o que dizer Ernesto respondeu ele com a voz embargada de emoção isso mudaria tudo para nós eu não sei como te agradecer Ernesto deu um sorriso mas seus olhos revelavam uma certa tristeza você não precisa me agradecer garoto Às vezes a vida nos coloca em situações onde tudo que podemos fazer é ajudar uns aos outros ele se levantou sinalizando que a conversa estava concluída venha comigo vou te mostrar o lugar Lucas seguiu Ernesto até uma pequena escada nos fundos do restaurante subiram em silêncio e quando chegaram ao topo
Ernesto abriu uma porta que dava para um corredor Estreito a porta à esquerda levava ao quarto de hóspedes um cômodo Modesto com uma cama uma mesa e uma janela que deixava entrar a luz suave da tarde não era grande mas era o suficiente Como eu disse é simples mas acho que será o suficiente por enquanto disse Ernesto enquanto Lucas olhava ao redor pode começar a trabalhar amanhã se quiser Lucas assentiu ainda impressionado pela bondade Inesperada do homem Obrigado Ernesto de verdade eu aceito o emprego e o quarto vou trabalhar duro e garantir que não se
arrependa de ter confiado em mim Ernesto deu uma leve batida nas costas de Lucas eu sei que você vai fazer um bom trabalho agora Descanse um pouco Amanhã será um dia longo Lucas Desceu as escadas com um misto de emoções a vida que até pouco tempo parecia desmoronar agora começava a tomar um rumo que ele não esperava o emprego o lugar para ficar tudo isso era mais do que ele podia sonhar naquela manhã ao sair do restaurante o sol já começava a se pôr e ele apressou o passo de volta para a casa de Mariana
onde Clara o esperava a cada passo a promessa que ele havia feito à menina parecia mais perto de ser cumprida na manhã seguinte Lucas estava de volta ao restaurante de Ernesto pronto para seu primeiro dia de trabalho ele ainda não acreditava que as coisas tinham se ajeitado tão rapidamente a sensação de alívio era nítida e ao olhar para Clara que estava ao seu lado ele sentia uma Renovada Esperança Ernesto havia permitido que Clara ficasse com ele no restaurante enquanto ele trabalhava até que ela pudesse ser encaminhada para um lugar mais adequado mas por hora Aquela
pequena e modesta vida começava a parecer mais estável Clara apesar de ainda tímida e reservada demonstrava um leve sorriso de vez em quando ela tinha passado a noite no quarto de hóspedes que para ela era um verdadeiro luxo em comparação às ruas onde costumava dormir Lucas percebeu que ela estava relaxando mas também sabia que o trauma do passado ainda a cercava como uma sombra o restaurante estava cheio Naquela tarde o fluxo de clientes era constante e Lucas corria de um lado para o outro atendendo os pedidos limpando as mesas e garantindo que tudo estivesse em
ordem Ernesto por sua vez ficava no balcão observando o movimento e de vez em quando trocando algumas palavras com os clientes habituais no meio do tumulto Clara estava sentada em uma mesa próxima à janela quieta mas com os olhos atentos a tudo o que acontecia ao redor em um momento de pausa Lucas se aproximou dela como você está se sentindo perguntou ele enquanto quanto se abaixava ao lado dela tentando esconder o cansaço na voz Clara olhou para ele e deu um pequeno sorriso estou bem nunca vi um lugar assim tão movimentado seus olhos brilhavam curiosos
Lucas riu suavemente sim Ernesto mantém as coisas agitadas por aqui ele fez uma pausa e então perguntou você gosta daqui Clara deu de ombros mas havia um brilho nos olhos dela eu acho diferente do que estou acostumada era uma resposta vaga mas Lucas sabia que para ela aquele lugar representava algo mais seguro e estável do que as ruas e isso por si só era um grande progresso o tempo passou e o restaurante começou a diminuir o movimento Ernesto que até então havia ficado calado se aproximou de Lucas Lucas estava pensando comeou ele com um tom
reflexivo o restaurante tem estado mais m ultimamente e acho que poderíamos Tentar algo diferente para atrair ainda mais clientes Lucas intrigado franziu a testa Como assim Ernesto olhou de relance para Clara que ainda estava sentada na mesa aquela menina ela tem talento lembra da vez que ela cantou no seu antigo restaurante por que não fazer algo assim aqui Lucas ficou surpreso com a ideia você quer dizer Clara cantando para os clientes Ele olhou para Clara que agora Parecia ter percebido que estavam falando dela exatamente respondeu Ernesto com um sorriso podemos organizar uma noite especial uma
espécie de evento semanal música ao vivo sempre atrai mais gente e acredito que as pessoas adorariam ver uma menina talentosa como ela se apresentar Clara ao ouvir isso arregalou os olhos eu eu não sei murmurou nervosa Lucas se aproximou e se ajoelhou ao lado dela colocando uma mão em seu ombro Clara você canta muito bem e isso pode ser uma boa oportunidade para você mas claro Só se você quiser ela mordeu o Lábio claramente Nervosa mas e se eu errar e se as pessoas não gostarem você não vai errar disse Lucas com um sorriso encorajador
e se as pessoas não gostarem isso não importa o importante é que você vai fazer o seu melhor e nós estaremos aqui para te apoiar Clara olhou para Ernesto que assentiu com um sorriso Gentil você pode começar devagar só algumas músicas e se não se sentir confortável tudo bem Não estamos aqui para te pressionar havia um silêncio enquanto Clara processava aquilo tudo era uma decisão difícil pois ela sabia o que significava cantar para pessoas desconhecidas mas ao mesmo tempo havia uma parte dela que sentia falta disso da liberdade que a música lhe dava como se
por alguns minutos ela pudesse se desconectar de tudo o que já havia passado finalmente ela assentiu timidamente eu posso tentar Lucas e Ernesto trocaram um olhar satisfeito ótimo disse Ernesto batendo de leve nas costas de Lucas vamos organizar tudo para amanhã à noite vai ser um grande evento quando o dia seguinte chegou o restaurante estava preparado as mesas haviam sido reorganizadas deixar passo para Clara se apresentar e um pequeno palco improvisado foi montado no canto do salão o som das panelas e pratos sendo arrumados misturado ao burburinho de conversas criou uma expectativa no ar Clara
estava visivelmente nervosa suas mãos tremiam levemente Enquanto ajustava sua roupa simples Lucas que se preparava para ajudar Ernesto no atendimento se aproximou dela você vai se sair bem eu sei disso Disse ele com um sorriso Clara sorriu de volta embora ainda hesitante quando a noite finalmente começou o restaurante estava mais cheio do que nunca Ernesto havia feito um bom trabalho ao divulgar o evento e os clientes curiosos se acomodavam ansiosos para ver o que aquela Pequena Garota tinha para oferecer Clara ao subir no palco olhou para a multidão com os olhos arregalados seu coração batendo
forte mas ao ver Lucas e Ernesto a observando de perto ambos com sorrisos encorajadores ela respirou fundo fechou os olhos por um instante e começou a cantar sua voz no início tímida logo ganhou força o som suave preenchia o restaurante e aos poucos as conversas foram silenciando todos os olhos estavam voltados para Clara que cantava com uma paixão silenciosa como se estivesse se libertando de suas próprias amarras quando a música terminou o explodiu em aplausos Clara abriu os olhos surpresa com a reação ela não esperava tanto Lucas sorrindo de orelha a orelha aplaudia junto com
os outros o orgulho estampado em seu rosto Ernesto do balcão também batia Palmas com entusiasmo Clara sorriu e pela primeira vez em muito tempo ela sentiu que talvez as coisas estivessem Começando a dar certo para ela o suo da de Clara foi Além do que Lucas e Ernesto esperavam o restaurante ficou lotado nas noites seguintes e a voz Suave de Clara passou a ser o destaque principal do lugar os clientes voltavam regularmente ansiosos para ouvir a menina cantar novamente e os sabores de rua começou a se transformar em um ponto de referência na cidade Clara
ainda tímida mas cada vez mais confiante começava a se acostumar com a rotina de apresentações mas como tudo que cresce rápido logo surgiram complicações Ernesto encantado com o aumento das vendas e a popularidade do restaurante começou a pedir que Clara cantasse mais vezes aumentando a frequência das apresentações de uma vez por semana para duas depois para três no início Clara aceitou sem reclamar mas logo Lucas percebeu que a menina começava a ficar sobrecarregada naquela tarde Clara estava sentada em uma cadeira no canto do restaurante os olhos pesados de cansaço Ernesto que estava ocupado no balcão
se aproximou dela com um sorriso entusiasmado Clara o lugar vai encher de novo hoje à noite podemos contar com você para mais uma apresentação certo Clara olhou para ele mas não respondeu imediatamente o cansaço estava claro em seus olhos e Lucas que estava servindo uma mesa próxima observou a cena com preocupação ele sabia que Clara estava no limite mas parecia que Ernesto estava ignorando os sinais Senor Ernesto começou Clara a voz baixa eu não sei se consigo cantar hoje Ernesto parou os olhos estreitando-se por um breve momento Ah não se preocupe vai ser rápido as
pessoas estão vindo especialmente para te ouvir Clara é uma grande oportunidade para você Lucas ouvindo a conversa não conseguiu se conter mais ele se aproximou de Ernesto interrompendo Ernesto acho que a Clara precisa de um tempo ela tem cantado praticamente toda a noite e isso está começando a pesar não podemos forçar isso Ernesto olhou para Lucas claramente incomodado com a intervenção forçar eu não estou forçando nada Clara tem talento Lucas ela está crescendo a cada noite que canta aqui isso é bom para ela bom para o restaurante bom para todos nós Clara se encolheu na
cadeira sentindo ação aumentar Lucas respirou fundo tentando manter a calma eu sei que você está pensando nos negócios Ernesto Mas ela é só uma criança ela precisa de descanso isso pode ser muito para ela o rosto de Ernesto se contorceu por um segundo como se estivesse tentando conter uma resposta mais dura Lucas eu aprecio o que você fez por essa menina mas agora ela está sob minha responsabilidade também eu sei o que é melhor para o restaurante e esse é o melhor momento para ela se destacar você quer que ela desperdice essa oportunidade Lucas sentiu
o estômago revirar ele sabia que Ernesto estava sendo movido mais pelo lucro do que pelo bem-estar de Clara isso não é sobre oportunidades Ernesto disse Lucas a voz um pouco mais firme ela precisa de tempo para ser uma criança para se recuperar Não é justo pedir tanto Clara sentada em silêncio olhava de um para o outro claramente desconfortável com a situação ela sabia que Lucas estava tentando protegê-la mas também sentia a pressão de não decepcionar Ernesto que havia dado a ela uma oportunidade de se sentir valorizada Ernesto respirou fundo e deu um passo para trás
cruzando os braços escute Lucas eu gosto de você mas precisa entender que negócios são negócios elais est tudo bem mas saiba que isso pode mudar o rumo das coisas aqui eu estou fazendo o que posso para mantê-los vocês precisam de um lugar para ficar e o restaurante precisa se manter cheio Essa é a realidade Lucas sentiu a tensão subir ele sabia que Ernesto estava certo em parte eles precisavam daquele emprego e do quarto mas sacrificar Clara Pelo sucesso do restaurante era uma linha que ele não estava disposto a cruzar Clara O que você quer fazer
perguntou Lucas se voltando para a menina que permanecia quieta até então a decisão é sua você quer cantar hoje Clara olhou para Lucas depois para Ernesto a pressão dos dois lados pesava sobre ela mas havia algo no olhar de Lucas que a tranquilizou ela sabia que ele a apoiaria independentemente da Escolha eu acho que preciso de um tempo disse ela com a voz hesitante não consigo cantar todas as noites Ernesto franziu a testa claramente desapontado mas assentiu lentamente tudo bem clara se você acha que precisa de um tempo vamos te dar isso havia uma certa
frieza em seu Tom como se ele estivesse cedendo por obrigação e não por compreensão Lucas Ficou aliviado Mas sabia que a situação não estava resolvida ele agradeceu a Ernesto com um aceno de cabeça e se virou para Clara colocando a mão em seu ombro está tudo bem vamos descansar hoje enquanto Lucas e Clara saíam do restaurante para dar uma volta e espairecer ele não pode deixar de sentir que algo havia mudado Ernesto que antes Parecia um aliado agora demonstrava um lado mais calculista e isso o incomodava profundamente a relação entre eles estava claramente abalada e
Lucas sabia que precisaria tomar decisões difíceis em breve quando chegaram ao parque Clara estava mais relaxada mas ainda preocupada eu não quero decepcionar o Senor Ernesto disse ela olhando para o chão ele foi bom comigo Lucas se abaixou na frente dela forçando-a a olhar nos seus olhos Clara você não está decepcionando ninguém você tem o direito de dizer quando precisa parar isso é importante não deixe ninguém te pressionar a fazer algo que você não está pronta para fazer Ok Clara assentiu mas ainda parecia conflituosa Lucas suspirou sabendo que a batalha interna dela não seria facilmente
resolvida ele sabia que Ernesto não era um homem cruel mas o dinheiro e o sucesso rápido estavam começando a corromper suas intenções e enquanto isso Lucas precisava decidir até onde estava disposto a ir para proteger Clara a noite caía lentamente e a cidade começava a se acender com luzes artificiais olhou para o céu tentando encontrar uma solução para o conflito crescente os dias seguintes foram marcados por um clima tenso no restaurante Lucas e Ernesto mal trocavam palavras e a presença de Clara ali Parecia um ponto de discórdia silenciosa o restaurante continuava movimentado mas a ausência
das apresentações de Clara começava a ser notada pelos clientes que perguntavam frequentemente por ela Ernesto embora mais calado não disfarçava sua insatisfação e Lucas Sabia que aquela situação não poderia continuar por muito tempo certa noite enquanto o movimento no restaurante diminuía A Porta Se Abriu e uma mulher entrou seu rosto estava coberto por um capuz e ela carregava um olhar exausto como se a vida tivesse lhe imposto muitas provações Lucas estava limpando uma mesa quando seus olhos se fixaram nela uma sensação estranha percorrendo seu corpo a mulher parecia familiar mas ele não conseguia identificar de
onde ela caminhou lentamente até o balcão onde Ernesto a observava com desconfiança Boa noite posso ajudar disse Ernesto tentando esconder seu desconforto diante da estranha figura que adentrar o restaurante a mulher ergueu a cabeça e quando o capuz caiu Lucas sentiu o coração acelerar o rosto dela era magro marcado pelo cansaço e pelo tempo nas ruas mas a al em seus olhos o fez parar tudo o que estava fazendo ela fitou Ernesto por um momento antes de finalmente falar com a voz trêmula eu estou procurando pela minha filha ela se chama Clara o restaurante que
já estava mais quieto pareceu mergulhar em um silêncio absoluto Lucas largou o pano que estava usando e correu até a mulher sua filha Clara a incredulidade em sua voz era evidente a mulher assentiu e lágrimas começaram a se formar em seus olhos Sim ela desapareceu meses atrás eu tentei encontrá-la mas a vida foi dura e eu acabei nas ruas eu nunca deixei de procurar por ela Lucas sentiu o choque percorrer seu corpo a mãe de clara que ele e Clara acreditavam ter desaparecido para sempre estava ali de pé no restaurante Ernesto que até então observava
tudo com descrença finalmente pareceu entender a magnitude do que estava acontecendo sem pensar duas vezes Lucas Correu para o andar de cima onde Clara estava descansando no quarto que compartilhavam ele abriu a porta ofegante os olhos arregalados Clara você precisa descer agora Clara ainda sonolenta olhou para ele confusa O que aconteceu é sua mãe ela está aqui disse Lucas a voz mal Contendo a emoção Clara piscou várias vezes como se não tivesse certeza se tinha ouvido corretamente mas ao ver a expressão séria no rosto de Lucas ela saltou da cama e correu para baixo o
coração acelerado quando Clara entrou no salão seus olhos encontraram os da mulher imediatamente a princípio ela congelou incapaz de processar o que via a mulher estendeu a mão trêmula lágrimas correndo livremente por seu rosto claro meu Deus é você Clara deu um passo hesitante à frente os olhos cheios de Lágrimas mãe a palavra mal saiu de seus lábios antes que a mulher a envolvesse em um abraço apertado as duas chorando abertamente no meio do Restaurante Lucas parado ao lado de Ernesto observava a cena com um misto de alívio e emoção ele não conseguia acreditar que
a mãe de Clara havia realmente voltado Ernesto por sua vez permaneceu em silêncio observando a cena com olhos arregalados ele não esperava esse desfecho algo em seu rosto parecia mudar naquele momento como se a realidade finalmente o atingisse a busca desenfreada Pelo sucesso do restaurante parecia pequena diante da reunião de mãe e filha o abraço durou alguns minutos até que Clara ainda com lágrimas nos olhos se afastou um pouco olhando para a mãe como se ainda estivesse tentando processar que aquilo era real onde você esteve todo esse tempo eu achei que você tinha me deixado
disse ela a voz embargada de dor e alívio misturados a mãe de Clara Balançou a cabeça as lágrimas continuando a escorrer eu nunca quis te deixar Clara nunca eu fui forçada a ir embora as coisas ficaram ruins e eu acabei nas ruas eu tentei voltar mas quando voltei você já não estava mais lá eu procurei por você todos os dias desde então Clara assentiu Ainda tentando conter o choro mas visivelmente aliviada por finalmente entender o que tinha acontecido as peças do quebra-cabeça estavam se encaixando e a dor de tantos meses de incerteza começava a desaparecer
Lucas observando de perto se aproximou de clara e colocou uma mão em seu ombro agora vocês estão juntas de novo e isso é o mais importante a mãe de Clara olhou para Lucas seus olhos cheios de gratidão Obrigada por cuidar dela eu não sei como te agradecer Lucas sorriu balançando a cabeça não precisa agradecer Clara é especial e eu faria tudo de novo para ajudá-la Ernesto ainda parado ao lado parecia perdido em seus próprios pensamentos ele Finalmente deu um passo à frente limpando a garganta eu não sabia que essa era a situação sua voz estava
mais suave do que o habitual quase arrependida eu agi pensando no restaurante Mas vejo agora que isso era maior do que eu imaginava Lucas olhou para Ernesto e por um momento pensou em tudo o que havia acontecido ele sabia que Ernesto não era um homem mau mas estava claro que o sucesso e o dinheiro o haviam cegado mesmo assim Lucas sentia que o perdão era a melhor resposta naquele momento eu entendo Ernesto todos nós estamos tentando fazer o que é melhor mas agora Clara precisa da mãe Ernesto assentiu lentamente como se finalmente estivesse aceitando que
o caminho que ele tinha seguido até então precisava ser reconsiderado a noite seguiu com uma sensação de alívio de uma paz silenciosa que pairava no ar Clara e sua mãe estavam Reunidas e o peso que Pareci sobrecarregar os ombros de todos ali finalmente havia sido aliviado o restaur ante agora vazio de clientes parecia ser apenas o cenário de uma história maior que envolvia amor perdão e uma segunda chance para todos Lucas Clara e sua mãe saíram do restaurante naquela noite e enquanto caminhavam pelas ruas tranquilas Clara olhou para Lucas com um sorriso sincero ela estava
finalmente em paz e o sentimento de estar novamente ao lado de sua mãe era algo que nenhuma outra experiência poderia substituir o frio da noite envolvia a cidade enquanto Lucas Clara e sua mãe caminhavam lado a lado afastando-se do restaurante A Emoção da reunião ainda pairava no ar mas agora havia algo diferente Uma tranquilidade uma sensação de que as coisas finalmente Estavam onde deveriam estar Clara com as mãos entrelaçadas as da mãe sentia uma leveza que não experimentava há muito tempo Lucas caminhava ao lado delas o coração desfecho que nunca havia previsto quando chegaram ao
pequeno apartamento onde Lucas e Clara estavam vivendo Lucas abriu a porta com um sorriso cansado mas satisfeito Clara entrou primeiro com os olhos ainda brilhando de alívio sua mãe a seguiu hesitante como se cada passo fosse um lembrete do tempo que passou longe de sua filha dentro do apartamento Lucas uma cadeira para a mãe deara favor disse ele gentilmente ela se acomodou claramente ainda afetada pela intensidade do reencontro não precisa se preocupar com mais nada agora vocês estão seguras acrescentou oferecendo-lhe uma xícara de chá a mãe de Clara olhou para Lucas com olhos marejados a
gratidão Evidente em cada linha de seu rosto eu não sei como agradecer a você por tudo que fez por ela disse ela a voz quebrada de emoção eu Achei que tinha perdido minha filha para sempre Lucas sorriu se sentando em frente a ela Você não perdeu e agora vocês têm a chance de recomeçar se de Clara ainda um pouco silenciosa sentou-se ao lado da mãe segurando a mão dela com firmeza era como se temesse que aquele momento pudesse desaparecer como se sua mãe fosse evaporar de novo eu senti tanto a sua falta murmurou Clara encostando
a cabeça no Ombro da mãe Eu sei querida respondeu a mãe acariciando os cabelos da filha eu senti a sua falta também todos os dias mas agora estou aqui e não vou a lugar nenhum O silêncio que se seguiu não era mais pesado ou cheio de incertezas era um silêncio de aceitação de conforto mútuo Lucas os observava satisfeito por ter cumprido sua promessa de ajudar Clara a encontrar a paz e o lar que ela merecia naquela noite enquanto a idade dormia Lucas refletia sobre tudo o que havia acontecido a vida tomou um rumo que ele
nunca teria imaginado do momento em que permitiu que Clara cantasse no restaurante até este desfecho cada decisão o levou a uma nova jornada ele sabia que sua vida mudaria para sempre após tudo o que havia vivido ao lado de clara e sua mãe nos dias que se seguiram Ernesto que assistira aquele reencontro emocional se aproximou de Lucas e de Clara de forma mais cuidadosa ele já não via a menina como uma atração para o restaurante mas como alguém cuja história ele havia compreendido com mais profundidade em uma conversa rápida com Lucas ele se desculpou com
a voz baixa mas sincera eu me deixei levar Pelo sucesso e acabei me esquecendo do que realmente importa disse Ernesto as mãos apoiadas no balcão enquanto o restaurante agora silencioso se preparava para abrir Mas eu vi como essa menina significa muito mais do que o dinheiro ou os clientes você fez a coisa certa Lucas e eu sinto muito por não ter visto isso antes Lucas aceitou o pedido de desculpas de Ernesto com um sorriso O importante é que você percebeu a tempo Ernesto todos nós cometemos erros e o que importa é o que fazemos depois
disso e assim Ernesto também passou a tratar Clara e sua mãe com mais cuidado e respeito garantindo que se precisassem de ajuda ou de um lugar seguro o restaurante estaria sempre de portas abertas para elas meses depois Clara continuava a cantar mas agora por Puro Prazer sem a pressão de antes ela e sua mãe se estabeleceram em um pequeno apartamento próximo ao restaurante reconstruindo sua vida uma etapa de cada vez Clara estava frequentando a escola algo que há muito tempo parecia impossível Lucas Sempre ao lado dela ainda trabalhava no restaurante de Ernesto que se tornara
mais do que apenas um emprego era uma extensão de sua nova família uma noite após o expediente Lucas caminhou com Clara até o Parque ela já estava mais forte mais confiante com um sorriso que agora surgia com mais frequência sentaram-se em um dos bancos enquanto as estrelas começavam a aparecer no céu escuro Clara olhando para o céu suspirou com um leve sorriso Obrigada Lucas disse ela sem tirar os olhos das estrelas por tudo Lucas olhou para ela e Sorriu de volta você não precisa agradecer Clara eu só fiz o que Qualquer um faria ela riu
suavemente balançando a cabeça não nem todo mundo faria o que você fez você me deu mais do que comida ou um lugar para dormir você me deu uma nova chance e nunca vou esquecer isso o coração de Lucas se encheu de orgulho e emoção a jornada de clara que começou com um simples pedido de ajuda agora tinha um novo rumo e ele sabia que mesmo com todos os desafios que poderiam surgir no futuro Clara seria capaz de enfrentá-los com coragem e determinação a vida com todas as suas reviravoltas e momentos inesperados havia mostrado a Lucas
Clara e sua mãe que às vezes o mais importante não é o que se perde ao longo do caminho mas o que se ganha no Reencontro e naquela noite sob as estrelas eles sabiam que o que realmente importa é quem se tem ao lado quando a jornada finalmente faz sentido e assim a história de Clara sua mãe e Lucas terminou em paz mas com uma nova vida que apenas começava [Música]
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