bom boa noite todo mundo como estamos feriado todo mundo morrendo de calor pra gente não perder Nosso Tempo então Eh hoje a gente vai falar sobre transferência e resistência eu vi na no nosso último encontro depois que a letrinha ficou muito pequeno para ler na tela mesmo uma tela grande não não ficou de fato possível de ler embora eu mandei o pdf para todo mundo e tal mas aí eu coloquei eu tava assistindo o debate dos presidenciáveis Argentina e colocando aqui no formato maior enquanto assistia torcendo para um certo surto que não aconteceu eh mas
não sei se vocês assistiram mas enfim eu coloquei aqui no para projetar deixa eu colocar aqui compartilhar tão vendo né Deixa eu ver se eu colocar reproduz acho que vai abrir a tela toda e some Vocês quer ver é some vocês odeio isso deve ter um jeito que eu não conheço porque eu não sou uma pessoa tecnológica de eu conseguir ver vocês e abrirem essa lateral como eu não sei porque eu não sou essa pessoa tecnológica alguém é e sabe não Ou eu abro tudo e não vejo vocês ou ele não tá ótimo assim vai
ficar assim mesmo né para mim tá né para mim eu acho que e dá pra gente aumentar aqui a tela Renato tá pelo menos no celular aí a gente consegue aumentar a a o que você tá projetando Vou colocar aqui letra F mai e Pronto acho que tá de bom tamanho dá pelo menos pra gente se ver e ver a tela aqui sim oi gente desculpa Olá tudo bem Tudo joi vocês tudo joia tava aqui apanhando da tela Mas vai ficar desse jeito mesmo pronto deixa essa lateral aqui eu não sei tirar ela então vamos
começar a conversar um pouquinho eh a gente vai conversar então um pouquinho hoje sobre transferência e resistência organizei aqui eh em slides para pra gente poder ficar um pouquinho maior Quando vocês forem ver depois então vou recomeçar bem só eh organizando alguns pontos Então veja termo psicanálise ele foi criado por Freud em 1896 4 anos antes da primeira publicação que é interpretação dos sonhos esse termo tava diretamente relacionado ao desenvolvimento de um novo tratamento pela fala como a gente já conversou no primeiro encontro a partir da regra fundamental da associação livre a partir da relação
transferencial né Eh que visava a partir dessa relação transferencial a investigação do inconsciente Então veja que quando a gente fala que a psicanálise chama psicanálise significa que ela analisa a transferência por isso inclusive não há outro modo de fazer um diagnóstico eh a não ser a partir da relação transferencial então não há como eh de outro modo seria análise selvagem como Freud mesmo disse eu preciso da relação transferencial para poder pensar o caso então mesmo quando a gente vai conversar sobre um caso em supervisão vejam que a gente pergunta sempre para quem tá atendendo primeiro
o que que ela escutou como ela escutou esse discurso Porque é ela que tá ali na relação transferencial eh quem tá escutando por exemplo na supervisão tá do lado de fora eh eh dessa relação transferencial bom e aí a gente continua assim em relação à transferência e resistência a procura pela análise já aponta paraa transferência E aí eu acho isso um ponto muito importante então a transferência ela começa no Encontro do analista e do analisando de modo algum a transferência ela já acontece Antes desse sujeito pisar no consultório e isso é muito interessante inclusive as
orientações que a gente dá no início do tratamento hoje são diferentes da época do Freud porque quando o Freud começou a atender ninguém conhecia psicanálise então ele tinha que explicar o método ele tinha que convencer de algum modo sobre o método não é o mesmo que acontece hoje hoje as pessoas procuram atendimento já tendo uma certa notícia do que é psicanálise a psicanálise ela já tá na linguagem das pessoas quando alguém fala uma coisa Ah isso Nem Freud explica Eh você tá recalcado enfim os termos da psicanálise certo ou errado não importa eles já estão
na linguagem se eles já estão na linguagem significa que a transferência com a psicanálise começa mesmo antes do sujeito procurar análise entende eh e mesmo a transferência com o analista na figura da analista também começa um pouco antes porque normalmente ele achou o seu nome de algum algum modo por encaminhamento ou indicação de alguém que já faz por alguma publicação que você fez online enfim de algum modo ele chegou até você e deu a você um certo lugar Um lugar que a gente vai falar de amor e de saber Vamos tentar entender que que é
essa relação entre amor e saber Então veja um sujeito munido de uma queixa de um incômodo de uma angústia e até mesmo de uma curiosidade porque não alguém pode procurar análise por curiosidade sempre tive vontade de fazer análise entrei no curso de psicologia e meu professor diz que todo aluno tem que fazer análise vocês entendem Nem sempre a pessoa procura movido necessariamente por um adoecimento às vezes é por uma curiosidade mas a procura de um analista é feita porque se supõe ali naquele lugar naquele consultório naquela teoria psicanálise naquele analista se supõe ali um saber
e se supõe um saber que aparentemente é necessário para dar conta dessa queixa dessa angústia desse incômodo E o que mais levou o sujeito lá então veja esse lugar eh esse lugar de sujeito suposto saber né é o lugar do analista e o lugar de suposto saber é o lugar da análise propriamente dita retiramos só o sujeito porque o sujeito tem alguma coisa ali a ver com analista esse lugar ele é autorizado pela transferência de outro modo esse lugar não existiria por isso Inclusive a transferência é anterior ao encontro com analista é justamente porque a
transferência é anterior ao encontro com analista que você pode 30 segundos depois de conhecer pela primeira vez uma pessoa que entra no teu consultório abrir a porta e falar me diga que que te traz aqui e a pessoa começar a contar a vida dela inteira ou seja nenhuma el ela não vai fazer isso 30 segundos depois de conhecer outra pessoa em outro lugar é naquele lugar e para aquela pessoa O que significa então que o lugar do sujeito suposto saber do analista ele é autorizado pela transferência e a transferência começa antes deste encontro se tiver
confuso me falam que a gente retoma então esse lugar isso é muito importante ele não pode ser constante ou contínuo eh a presença da analista na clínica tem que ser transgressiva e disruptiva a gente estava falando sobre isso no nosso encontro passado quando a gente estava falando de interpretação e ato analítico lembram Boa noite Zélia quando a gente falou de interpretação e ato analítico a gente estava justamente falando que a interpretação não Visa o consentimento do paciente a gente não quer no final das contas que o paciente balance a cabeça afirmativamente como se você fosse
um guru do conhecimento concordando com tudo que você fala pelo contrário quando a gente diz que a presença da analista precisa ser transgressiva e disruptiva significa que algumas intervenções precisam provocar reações ambivalentes vez por outra uma concordância vez por outra uma discordância vez por outra um afeto positivo vez por outra um afeto negativo ela ele precisa ir causando diferentes reações e respostas ao longo deste percurso entende diga zilá não mas Então mas autorizado pela transferência mas não quer dizer ele pode ter uma ideia que a gente tem um suposto de saber mas chegar lá e
e não bater né Então na verdade essa transferência não não tá tida como garantida só porque ele nos procurou né essa transferência vai se dar a posteriore não é isso até porque a palavra suposto acho que ela já meio que responde veja há uma suposição de saber eh Há uma suposição de encontro a uma suposição de amor a uma suposição de tratamento a uma suposição de inconsciente a palavra suposição acho que ela conversa com isso que você tá falando zilá eh então há uma suposição Olha me encaminharam aqui a zilá eu acho que ailar é
a pessoa para me atender e eu chego lá e de algum modo por algum motivo alguma coisa não funciona então a despeito da e da pessoa que encaminhou que encaminhou com a melhor das pções e não há garantia de que esse encontro vai acontecer como supostamente né então o suposto eu acho que ele responde bem essa pergunta a Jose perguntou aqui se a questão da transferência sofreria alguma alteração no atendimento online J se você quiser perguntar também com vóz pode perguntar tá eh a josilane pergunta sobre o atendimento online sim eh não significa que a
transferência no atendimento online não é possível mas a transferência eh ela acontece em todas as relações não só na eh no contexto da psicanálise Lembrando que a psicanálise aplicada ela ultrapassa os consultórios há muito tempo nós temos pessoas que vão eh nós temos consultório de rua atendimento em praças nós temos atendimentos em creias Cras hospitais vocês entendem que a gente já ultrapassou os consultórios há algum tempo né Eh o atendimento online ele também não é é exatamente uma novidade por exemplo a gente já atendia por telefone eh acampamentos quilombolas MST já há muitos anos décadas
Até porque não tinha muito outro recurso nem de deslocamento até lá e nem de outros recursos de atendimento eh quando a gente atende pessoas brasileiros que estão em outros países esse atendimento online já é feito há 15 20 anos desde que existe o Skype então ele também não é exatamente uma novidade ele já acontecia só que ele acontecia mais em caráter de exceção a gente caminhou com a pandemia que ele deixou de ser uma exceção e se tornou uma realidade né Eh só que à medida que ele se torna uma realidade ele é autorizado pela
transferência porque também nós mudamos a nossa relação com as telas por exemplo nós estamos nos Educando para conseguir assistir a aula online quando começou a pandemia por exemplo as primeiras aulas online que a gente deu foi uma tragédia os alunos eles não conseguiam abrir as câmeras eles não conseguiam assimilar conteúdo não sei se vocês se lembram disso mas isso foi de criança pequena a universitário inclusive pós--graduação uma dificuldade danada hoje no entanto a gente já consegue ter uma qualidade inclusive de ah de palestras de aulas online eh em que por mais que tem alguma coisa
que não funciona igual à presença física funciona ao seu modo então a transferência acho que vai nessa mesma direção josilan eh é possível a transferência no atendimento online Mas é interessante a gente pensar De que modo ela vai acontecendo por exemplo um sujeito mais paranoico pode ficar um tanto quanto perturbado com a ideia de que alguém vai invadir o computador ou de que o marido o sei lá quem o amigo eh está hackeado hackeou o computador e tá escutando tudo pode eh no atendimento online A gente tem com frequência uma preocupação da pessoa e nossa
também eh se a pessoa ela tem as condições de sigilo necessárias para poder falar livremente então guardada todos os problemas e dificuldades sim a transferência é possível mas é necessário manejá-la também com expd na clínica com crianças pequenas aí ela é mais difícil ainda mas a gente pode conversar isso num outro momento bom eh a transferência a Maria Luísa Fala pergunta se a transferência já existe com a própria psicanálise com o saber antes mesmo do analista o Freud vai dizer vou até passar aqui para para essa para esse slide quer ver ah depois eu volto
nesse aqui ó o Freud ele vai dizer isso daqu acho que isso Responde sua pergunta a transferência está presente em todas as nossas relações Entretanto a diferença da transferência em análise é que ela será evidenciada e transformada em ferramenta essencial no tratamento então a transferência Ela não é uma invenção da psicanálise a transferência não acontece só na relação eh da do do do analista e do analisando a transferência ela acontece em outros contextos em outras relações a diferença é o que que se faz com essa transferência no final das contas eh em outras ocasiões essa
transferência ela é ignorada ela sequer evidenciada ou na pior das das hipóteses ela é explorada E aí eu vou citar por exemplo a questão dos charlatões e dos ã como que eu vou dizer as pessoas que exploram a transferência para tirar algum benefício ou sexual ou financeiro ou de outra ordem o que não é ético de modo algum no sentido da psicanálise então a psicanálise ela só se preocupou de localizar que a transferência existe a potência que ela tem no discurso eh e transformá-la numa ferramenta essencial pro tratamento acho que isso Responde à sua pergunta
Maria luí então a transferência em relação à psicanálise já existe antes daquele analista e antes do tratamento começar e a transferência propriamente dita indiferente da da busca por um tratamento existe nas outras relações também né Eh elenir eu gostei da sua brincadeira de suposição de bater quer explicar pra gente um pouquinho essa brincadeira não é que a colega a zilar acho que foi que disse aí se chegar lá e não bater né E e aí eu pensei bom o paciente chega supostamente acreditando que vai bater e a gente também né exatamente eu mas eu achei
eu gost a língua portuguesa Ela é maravilhosa porque ela dá esse duplo sentido né a suposição de bater no sentido inclusive de você se autorizar intervenções duras e a suposição de bater no sentido de bater esse encontro né Eh é interessante interessante porque a a gente pode brincar até com os dois sentidos do bater Achei bem legal Então veja a anelice aponta se o conceito de transferência em Freud Lacan Ele é igual ele tem uma diferença mas ele tem uma um encontro eh e o da Resistência também tem uma diferença mas tem um encontro e
você vai ver anelice que no final das contas aquilo que tem de diferente em algum ponto se encontra isso é bem legal vamos voltar então aqui pro pros slides e a gente vai chegar nesse nesse ponto Então veja eh ainda nesse slide em que a transferência está presente em todas as outras relações também mas evidenciada e transformada em ferramenta eh pela psicanálise o Freud diz eh uma análise sem transferência é algo impossível não se deve crer que o analista cria a transferência e que ela ocorre somente na análise a transferência é apenas desvelada e isolada
pela análise então a gente faz o manejo da transferência para poder transformá-la em ferramenta Mas ela já está lá em outras relações só que não necessariamente ela vai ser manejada vou voltar um slide que eu tinha pulado que é esse daqui Então veja eh vocês lembram que eu tinha passado por esse lugar de sujeito suposto saber né E aí eh falei que tem que ser transgressiva e disruptiva a gente falou sobre isso no encontro passado sobre interpretação E aí eu vou para essa veja o sujeito então ele é convidado a falar essa fala é dirigida
ao analista porque a transferência permite esse endereçamento inclusive Quando a transferência não permite esse endereçamento a fala não vai bem por exemplo na supervisão da semana passada eh uma colega tava apresentando o caso de uma adolescente de uma criança na verdade e aí ela chama então o pai para falar o pai entra e fala eu vim aqui para não falar não falo de jeito nenhum ninguém me obriga a falar eu não preciso falar ou seja ele entra para dizer que ele não estará lá então não há obviamente como você colocar uma arma na cabeça desse
sujeito e dizer fala ele não se permite endereçar nem a análise nem a figura do analista essa fala e ele tá ali simplesmente porque ele foi obrigado a estar mas não obrigado a estar é uma coisa obrigado a falar é outra concordam quantas pessoas não não entram no consultório obrigado a estar adolescentes pais de de crianças e etc encaminhado por conselho tutelar Seja lá o que for entretanto A fala é de outra história obrigar a estar é uma coisa Falar é outra então essa fala não tem como ela ser endereçada a uma analista por outra
via que não transferência entende não tem como por coerção não tem como não tem outro jeito então essa fala portanto ela é endereçada a alguém que se interessa de fato por oferecer uma escuta mas também tem que vir de alguém que se interessa por de fato de oferecer essa fala entende aí tem que bater de novo né zilá tem que ter esse encontro em quem quer oferecer uma fala e quem quer oferecer uma escuta por isso também o início do tratamento às vezes é meio ruidoso né por isso inclusive o Freud propôs o ensaio de
análise a gente vai falar sobre esses momentos aí o ensaio de análise é justamente para ver se você tem as condições né para um tratamento então a transferência citação Ah agora acho que respondo a sua pergunta né Lise a transferência para psicanálise ela é simultaneamente Uma demanda de saber sujeito suposto saber para lacam e uma demanda de ser que é o amor transferencial em Freud mas Perceba como no final das contas esses dois se encontram quando o Lacan fala que a a transferência ela é uma suposição de saber eh e aposta na palavra suposição não
à toa por que não à toa porque o inconsciente é uma suposição eu consigo ferrar a cabeça de de alguém abrir e falar vou lá lá está o inconsciente não ele é uma suposição Por exemplo quando alguém tem um adoecimento de fundo emocional vamos supor que a pessoa tem Vitiligo psor eh fibromialgia e tantos outros adoecimentos de fundo emocional Vocês conseguem localizar exatamente qual é esse ponto emocional que causou a crise não e nunca vão conseguir esse sujeito ele vai ter uma melhora sem localizar Exatamente porque eu como que melhora o quadro geral desse adoecimento
fibromialgia Vitiligo PSI oriza etc mas ele nunca consegue localizar exatamente qual é o ponto é uma suposição então tem uma suposição de inconsciente uma suposição de saber uma suposição aonde que isso se encontra aí com Freud se vocês pegarem o seminário da transferência do Lacan vocês vão perceber que ele se dedica metade do seminário para falar sobre o amor trans dier encial e em nenhum momento ele diz que o Saber supera eh a demanda de ser mesmo porque ele vai localizar e juntar os dois em que sentido eh é uma demanda de saber que também
se localiza com uma demanda de amor amor pelo saber já ouviram essa né então o que que esse amor pelo saber eh o sujeito ele tem interesse de falar em análise e ele quer continuar falando porque ele ele tem um amor pelo saber ele se vê intrigado ele percebe um enigma de querer saber mais de amar saber mais entende e tanto que o sujeito ele fala entre uma sessão e outra Nossa não tava contando os dias para chegar aqui porque eu preciso falar sobre isso eu preciso entender tal coisa eu preciso ou seja Há ali
um amor pelo saber então no final das contas Anelise perceba que a suposição de saber e a suposição de ser pela via do amor transferencial elas se articulam mesmo porque por exemplo pegando a transferência em outros contextos eh Luciana com essa com esse exemplo porque eu dei na disciplina de psicanálise n segundas quando você procura por exemplo fazer uma formação em psicanálise ou fazer a Faculdade de Psicologia ou fazer uma faculdade de medicina Seja lá qual curso cada um vai fazer Na graduação ou formação eh você supõe ali uma uma busca por um saber que
te permite ser vou ser psicanalista vou ser psicólogo vou ser médico vou ser nutricionista vou ser engenheiro Olha que interessante eu busco saber para poder ser então a a a demanda de ser e a demanda de saber elas se encontram entende continuando aí ainda na nossa nos nossos slides ah a gente já falou sobre essa que não há transferência eh sem não há análise sem transferência E aí na a transferência nos Explicita isso é bem legal também a presença do passado na clínica Como assim a presença do passado na clínica muito simples ora o analisando
ele não atualiza na figura do analista as suas figuras primordiais inclusive digas passagem é muito importante você saber em que quem que você tá sendo atualizado e você tem notícia vez por outra em como que retorna a sua interpretação você diz uma coisa e o sujeito tu diz ah lá vem você mexer o saco igual a minha mãe lá vem você parece até que você Eu até tô escutando minha esposa falando ou seja você tem uma certa notícia inclusive em quem que ele tá te atualizando e ele te atualiza num mesmo lugar esse lugar se
mantém enrijecido também não entende figuras primordiais no plural Isso significa que esse lugar que na figura do analista se atualiza algo do passado eh do analisante não é enrijecido mas a transferência nos Explicita por essa atualização a presença do passado na clínica não à toa o sujeito entra e ele perfeitamente fala de repente de algo que aconteceu há 20 30 anos atrás e tem efeitos emocionais como se a coisa tivesse acontecido há do minutos como se estivesse acontecendo naquele momento Porque de fato há uma atualização bom e aí a gente tem uma cação do Lacan
que ajuda a entender tá nos escritos ele diz a transferência tem sempre o mesmo sentido de indicar os momentos gercia e também de orientação do analista o mesmo valor de nos convocar a ordem do nosso papel isso é extremamente importante então para que que serve a transferência para dizer como a gente deve trabalhar sem a transferência eu não sei a direção do tratamento veja é a transferência que me autoriza a intervenção lembra que a gente estava falando isso no encontro passado também pode Pode ser que eu já tenha uma interpretação mas eu tenho as condições
transferenciais para trazer essa interpretação naquele momento para fazer aquele corte aquela escansão e assim por diante então a transferência ela indica os momentos de errância ou seja deu certo ou não deu ou não deu certo não é um bom momento para fazer isso eh fiz isso supondo que o sujeito dava ponta de receber e não deu gerou mais eh resistência do que qualquer outra coisa e também orienta o analista de qual é o lugar dele de qual é o papel dele do que que aquele sujeito busca em análise inclusive isso é muito importante não é
você que decide eh qual é a função da análise daquele sujeito Esse é um motivo importante tanto que a gente pergunta né O que que te traz aqui E esse sujeito vai construir a própria demanda e você também não decide o que que é material de análise ou não E aí Tom cuidado porque vez por outra a gente escuta a pessoa falar assim Mas isso não é um material de análise agora isso é um material de análise mas pera aí quem decidiu o que que é material de análise o que que não é material de
análise Outro dia eu vi uma uma mocinha se queixando que ela levou sobre eh questão de que ela queria participar do movimento feminista não sabia de qual etc etc analista Deu um corte nela falou isso não é uma questão de análise Isso é uma questão para você resolver lá fora nos movimentos ô pera aí calma eu não sei se isso é uma questão de análise ou não é uma questão de análise quem quem decide se isso é uma questão de análise ou não se questões por exemplo raciais a questão LGBT se questões do de movimento
feminista se vai participar de movimento ou não quem decide o que é ou não é uma questão de análise entende então é é é muito importante ser extremamente ético em relação ao motivo pelo qual o sujeito procura análise e quais são as questões que ele traz até porque a associação Livre que é o primeiro tema que a gente colocou a regra do Freud é que o sujeito não selecione nada né perfeito an Elise tudo é linguagem Isso significa que a temática a questão que o sujeito traz não me importa qual é tudo é material para
análise Exatamente exatamente isso continuando então Eh o analista citação da Denise maurano no naqueles livrinhos da Jorge zaar excelente aqueles livros da George zar que tem sobre ética sobre dor sobre neurose sobre Por que que eles são muito muito interessantes eles são tipo um dicionário de psicanálise cada um daqueles tem uma uma descrição do conceito a partir de Freud e mais algum pós freudiano por exemplo Lacan Doutor e etc e ao final que é a coisa melhor do mundo referencial bibliográfico Ou seja te diz aonde estudar aquele conceito Então aquela coleção é bem bacana recomendo
bastante E aí a Denise maurano excelente livro ela diz o seguinte eh o analista é assim designado porque analisa a transferência foi o que a gente falou no primeiro slide para poder então trabalhar é fundamental que o analista saiba em que lugar está sendo colocado pelo analisando falamos isso agora a pouco e da posição que lhe é dada pela transferência que o analista pode analisar interpretar enfim intervir sobre a própria transferência então é justamente pela posição que o analisando dá o analista pela transferência fazendo uma atualização do passado na figura do analista é que o
analista vai poder analisar interpretar intervir sobre a própria transferência Olha que interessante a gente não intervém sobre o discurso ou sobre o corpo do analisando a gente intervém sobre a transferência isso é muito legal não sei se vocês tinham pensado nisso é sobre a transferência porque se a gente começa intervir sobre o discurso a gente começa a avaliar se esse discurso é correto é errado é bom foi bem pronunciado se essa palavra aí a gente começa a ir para aquele lugar de novo De qual é o material para análise é exatamente essa coleção Rosana a
coleção passo a passo Daniela Oi Renata Oi tudo joia Tudo bom olha sou nova aqui já assisti duas aulas suas tô gostando muitíssimo Parabéns seu material é maravilhoso sou didática é incrível e eu eu tinha duas perguntas aqui para você não sei se cabe agora mas assim eh uma essa questão da análise da transferência esse termo análise da transferência eu eu tô com dificuldade de entender isso eu li inclusive um artigo do do Henrique porge sobre análise online um artigo dele do início da pandemia que foi uma polêmica da da nada porque ele tava defendendo
que que existe uma perda na análise online né que tem a ver com Real enfim um artigo Super Interessante denso e difícil E ele fala justamente isso que a análise que que na análise online não é a a a a questão é que não dá para fazer a A análise da transferência ou que essa análise da transferência fica muito prejudicada Será que você podia falar um pouco disso porque eu acheo esse assunto perfeitamente eh tem um tem um ponto interessante eu lembro desse texto lembro da Polêmica que ele gerou é eh e aí tem vou
até começar com um ponto importante quando eh se questiona por exemplo a questão da da análise eh e começou a se questionar durante a pandemia é como se se ela fosse uma novidade Como se ela não existisse na verdade como eu comecei lá no início ela já existe há muito tempo há décadas segundo ponto que eu acho muito importante a psicanálise precisa sair de um certo lugar muito restrito nós temos 5700 municípios no Brasil Eh boa parte desses municípios tem uma população inferior a a 30.000 habitantes então será que você vai ter psicanalistas lacanianos em
todos esses municípios Daniela né Eh entretanto você aonde tem sujeito tem subjetividade aonde tem sujeito e tem sofrimento Então como é que a gente faz para levar a psicanálise para 206 milhões de brasileiros espalhados em 5700 municípios posso dizer inclusive por experiência que eu já tive que viajar muito para fazer análise tive que viajar muito para fazer tudo né Eu sempre Vivi na estrada por exemplo na época do meu doutorado Eu já dava aula aqui em Catalão na Universidade Federal de Goiás Regional Catalão na época morava em Goiânia fazia doutorado em Brasília eu dirigia 1000
Km por semana e fazia análise em Belo Horizonte ou seja eh eu tinha que só para viver e trabalhar rodar 1000 km e para fazer a análise rodar mais uns tantos uma noite inteira de ônibus fazer três sessões ao longo de um dia e uma noite inteira de ônibus eu vou te dizer que isso gerava uma resistência gigantesca e talvez uma dificuldade maior de transferência do que o tratamento online mas não existia naquela época nas instituições de psicanálise analistas lacanianos que tivessem topando de fato ainda eh a clínica online O que significa que os analistas
informação que vinham do interior tinham que topar correr risco na estrada ou seja e eh e é risco mesmo que as nossas estradas são terríveis tá eh aeroportos estradas e etc são terríveis então é uma formação cara uma formação difícil é um processo complicado dito isso né Eh o que eu vou dizer quase tudo eh no final das contas interfere na transferência se você é jovem se você é velho se você é branca se você é negra se você tem que fazer online se você tem que presencial se você é homem se você é mulher
se você é Cis ou se você é Trans no final das contas a transferência tem algo a ver com Imaginário não é amor transferencial o que implica no final das contas que muita coisa vai interferir a questão do analista é como ele consegue manejar essa transferência também analisar essa transferência em relação a essa questão do corpo e da presença física do corpo eh a presença física do corpo ela é imprescindível à análise eu diria que não eu diria que o que é mais importante para análise é o discurso é de algum modo a presença do
discurso entende então se eu consigo eh receber esse discurso e analisar esse discurso se eu consigo receber esse discurso e a sua velocidade a sua entonação os seus tropeços seus atos falhos suas entende se eu consigo receber isso é possível analisar a transferência porque no final das contas a transferência ela não Analisa exatamente o discurso mas como esse discurso me é oferecido né De que modo esse discurso é oferecido nessa relação transferencial inclusive se eu mudo de analista esse discurso ser oferecido de uma outra forma né e assim sucessivamente então eu lembro da Polêmica desse
desse desse artigo e eu coloco que esse artigo ele não condiz com a realidade no no sentido de que a análise online já existe Há muitas décadas eh e no sentido de que se a gente quer a ampliar a psicanálise para além de um grupo muito restrito de pessoas e para todas as condições financeiras porque eu realmente acho que a psicanálise ela é tão boa tão boa que ela não pode ficar numa classe econômica só entende eu acho que ela realmente tem que conseguir avançar a gente precisa viabilizar nesse sentido agora em relação a Maria
luí até coloca boa parte dos pacientes até morando na mesma cidade tem procurado atendimento online por causa do trânsito do deslocamento e assim por diante então por exemplo São Paulo São Paulo vão combinar que às vezes eu gasto menos tempo saindo de catalã chegando em São Paulo do que alguém dentro de São Paulo porque eu gasto Uma hora até Uberlândia pro aeroporto mais uma hora de voo então eu gasto duas horas eu acho que dependendo do trânsito em São Paulo alguém lá gasta mais tempo que isso entende então tem algumas coisas interessantes aí acontecendo não
só geograficamente autorizadas então esse ponto é interessante a gente analisa a transferência e a gente intervém sobre a transferência esses dois pontos são muito importantes qual que era a sua segunda pergunta Daniela menina nem sei mais qual era a minha segunda pergunta vamos deixar por aí mesmo né você lembrar você fala tá Tá mas essa coisa da da análise da transferência é o manejo né ô é o manejo é o manejo e eu não tô dizendo que ela sempre vai ser possível por exemplo Às vezes a gente vai atender adolescente e de repente você vê
que o adolescente tá falando com você e jogando online ali um um fortnite né enquanto tá ali dividindo a tela Às vezes você nem tá na tela Então você percebe que por mais que você se esforce você não vai ganhar do fortnite E aí você vai ter que trazer esse atendimento pro presencial porque você não consegue competir entende então não tô dizendo que como pegando que a zilá falou que vai bater sempre às vezes não por outro lado também com os adolescentes o atendimento híbrido ou seja às vezes presencial às vezes online também tem gerado
resultados interessantes por exemplo o adolescente diz eh eu não posso ir porque não tem ninguém para me levar faltando 5 minutos você fala não se preocupe estou te mandando o link entra aí percebe então é interessante até para o manejo da Resistência aham é verdade não é legal isso é verdade eh continuando então hã essa questão do do crp eu não vou nem falar tanto sobre isso mas tá mais simples hoje em dia a documentação para atender como psicólogo pelo crp eles estão simplificando bastante continuando aí transferência e resistência E aí eu passo a pergunta
paraa próxima pessoa eh foi a partir então ah é a próxima já é sobre resistência deixa eu ver que que é a pergunta porque de repente alguém deix levantar a mão ah josilane vou fazer uma pergunta aqui que ficou um pouco comigo nos seus slides os primeiros é possível dizer assim que eh a transferência ela acontece independente da abordagem que a pessoa vai procurar possível tanto que ela acontece até fora da Psicologia entende por exemplo se você procura um médico nem é psic eh um cardiologista né eh Há uma relação transferencial ali agora o cardiologista
vai utilizar essa transferência como ferramenta aí provavelmente não mas continua sua pergunta é não porque eu fiquei pensando tem uma uma frase do Lacan que eu não lembro exatamente que contexto que é mas me ocorreu de que ele diz eu vou fazer assim bem freestyle ele diz que eh a terapia pode conduzir ao Pior né ou a psicoterapia eu acho que é alguma coisa assim eu fiquei pensando se se tem a ver com isso né com essa transferência e que e como isso pode ser usado né porque se acontece quando você vai buscar determinados tipos
de tratamento terapeutas muitas pessoas podem de alguma forma intencional ou não utilizar isso de alguma forma is pode ter um uso eh talvez não tão interessante né para quem precisa de ajuda dá para dizer assim e aí seria importante a gente localizar a questão ética porque o o uso a a a transferência ela precisa conversar com a ética do analista que é a ética do desejo que não é a análise não vai conduzir para onde eu quero mas para onde a o sujeito enlaça com a demanda que aponta pro desejo e assim por diante aí
a gente volta inclusive na na aula Se não me engano foi a dois que a gente falou sobre ética a analise fala uma coisa importante sobre usar a tecnologia A favor eh isso É bem interessante por exemplo usar tecnologia a favor na clínica com crianças e adolescent por exemplo é interessante essa questão de utilizar a inteligência artificial como uma das Ferramentas assim como a gente utiliza brinquedos jogos livros infanto juvenis e etc a gente precisa fornecer significantes a gente não pode oferecer os nossos próprios a gente então oferece significantes a partir de instrumentos eh e
hoje queira ou não queira o a inteligência artificial ela é um instrumento que está lá à mão então por que não utilizá-la como como ferramenta para colocar mais significantes então sem dúvida é necessário que a gente precise utilizar tecnologia a nosso favor né Vamos para pra resistência Então o próximo aqui é foi a partir então da consideração dos fenômenos da Resistência essa estação é bem legal que nasceu um dos pilares da doutrina psicanalítica das neuroses a teoria do recalque a gente falou isso no primeiro encontro então foi da Resistência que veio a associação livre é
justamente porque o método catártico gerava uma enorme resistência que a associação livre nasceu como uma tentativa eh de lidar com essa resistência de encontrar um modo de fala que não produzisse a resistência que o método catártico utiliz eh eh surgia provocava então era plausível então imaginar que as mesmas forças que então se opunham contra o material patogênico se tornasse consciente haviam se empenhado antes da mesma forma com sucesso preenchia se então uma lacuna na etiologia dos sintomas neuróticos eh Então veja a mesma resistência que o sujeito tem para contar uma história para apresentar eh uma
narrativa para se lembrar de um acontecimento Fica aí uma ideia pro Freud que essa resistência em dizer sobre aquilo eh eh Na verdade tem a ver com uma resistência daquilo que foi recalcado então a resistência parece apontar para o recalque então a resistência se torna um dos conceitos que permitiu no final nos toda a estruturação da psicanálise a resistência ela trabalha ativamente contra a associação livre percebemos isso pelas objeções críticas que o paciente tem contra os seus pensamentos que o leva a restringir o que ele dirá ao analista eh Então veja a resistência ela a
gente vai falar sobre as cinco formas resistência mas fundamentalmente eh ela funciona ativamente contra o próprio método Isso significa que o sujeito começa a selecionar o que ele vai falar ele interrompe o que ele tá falando dizendo não é bobagem Deixa para lá eh a resistência faz com que ele esqueci mesmo que que eu tava falando ah vamos mudar de assunto Ou seja a resistência trabalha ativamente contra a associação livre que é uma o ideal é óbvio que livre livre livre a gente nunca associa mas a gente tenta eh e a gente percebe isso pelas
objeções críticas Isso é uma bobagem Deixa para lá esqueci que o paciente tem dos seus pensamentos que leva ele a restringir o que que ele vai dizer pro analista citação do Freud 1933 ele diz a resistência é para nós o mais seguro indício de conflito é preciso haver uma força que quer expressar algo e uma outra que busca impedir essa expressão essa situação Ela é bem interessante eu coloquei ela aí pra gente entender que a resistência não é um problema da análise a resistência é na verdade o motor da análise se não houver resistência como
é que a gente vai saber qual é o conflito então se a resistência é o mais seguro indício de conflito a resistência nos dá notícia de onde se deve furar de onde se deve assinalar de onde se deve apontar de algum modo evidenciar um significante evid iar um acontecimento interromper uma sessão escandir uma palavra a gente tem uma noção disso por causa da Resistência porque a resistência dá um indício de que ali há um conflito Logo Ali há um conteúdo recalcado a ser investigado então é preciso haver obviamente uma força que quer expressar algo e
isso é legal então por que que a gente pode intervir ali aonde há uma resistência porque o Freud coloca Ora se tem uma força impedindo de sair É porque tem uma força querendo sair quando você faz uma intervenção você de algum modo interfere nesse conflito baixando esse impedimento que não deixa sair e viabilizando que esse conteúdo saia é bem legal essa ideia do Freud percebem então a resistência aponta o conflito O que que a sua intervenção pretende fazer diante desse conflito bom sua intervenção então supõe que há um conflito entre duas forças algo que quer
sair algo que não quer sair quando a sua intervenção convida para esse esse conteúdo que quer sair sair de algum modo pelo sujeito suposto saber e a transferência instalada no processo analítico você autoriza uma outra possibilidade para esse conflito que não ficar parado nele é bem legal entende eh diga zilá mas a resistência também não leva o paciente a deixar a clínica depende do manejo E aí que vem uma coisa legal a do mesmo modo que há manejo da transferência há algo a se fazer com a resistência mas a gente conta com a resistência Vou
passar pros tipos de resistência que eu acho que vai ficar mais clara a sua pergunta mas eu gostaria só que se vocês tivessem entendido eh esse conflito eu acho muito bacana essa ideia Veja a resistência ela indica um conflito e o analista ele vai entrar nesse conflito com a intervenção E aí a suposição de saber ou seja o amor transferencial vai fazer com que o sujeito de algum modo se posicione nesse conflito entre o impedir e o falar falando né Eh é como seesse um inclusive na clínica com crianças né onde mais acontece né resistência
dos Pais enfim ou de quem cuida etc assim não sei se você vai falar isso mais na frente mais a gente depois vai falar especificamente sobre a clínica com criança mas agora muito importante isso essa resistência aqui a gente tá falando sobre a resistência do sujeito em análise então não estamos falando sobre os pais lembre-se que na clínica com crianças o sujeito em análise é também a criança então a gente também faz a análise da transferência né e da Resistência o manejo da da resistência na clínica com crianças na própria criança não tanto visando aqui
o os pais não mas a gente vai falar dos Pais faz em outro momento sobre resistência ainda existem cinco tipos de resistência eh pode falar Fabiola não eu só fiquei com uma dúvida na sua fala sobre a resistência se assim Obrigatoriamente a gente deve intervir na resistência ou algumas vezes a gente percebe mas Deixa fluir entendeu Ótima pergunta você não deve intervir em toda a resistência você é importante que você saiba de que resistência se trata E aí o Freud ele vai localizar e agora você bem freudiana a resistência quando ela vem do eu do
id e do superu do eu do isso e do super eu eh cada resistência que vem por ela vem nos diz se intervir sobre ela vai travar o tratamento ou vai fazer avançar o tratamento então é interessante também eu saber de que ordem de resistência é outra coisa muito importante e aí faz uma distinção entre a melan Klein e o Lacan a melan Klein ela fazia interpretação da Resistência o lacam propõe não interpretar a resistência no sentido de transformar eh você está com resistência por causa disso disso daquilo o lacam propõe eh assinalar na eh
resistência um significante e não interpretá-lo em texto Então aí já tem uma diferença inclusive sobre como é que se lida com a com a transferência modo que cada um lacando do modo melan cline de outro interpretou o que que o Freud quis dizer com interpretar a a resistência entende a mesmo porque o Lacan Quando você vai mais pro final da vida dele ele vai falar de construir a partir da resistência e não construir a resistência tem um um um jogo de palavras aí interessante pra gente brincar acho que se a gente analisar os tipos de
resistência vai te responder melhor mas você tem razão não se interfere em todas as resistências né né é necessário no final das contas ver qual que vai fazer com que o fluxo de fala avance e qual no final das contas vai impossibilitar o tratamento de seguir adiante Isso realmente é muito importante Então veja o Freud e aqui é bem freudiano ele localiza cinco tipos de resistência eh em resuminho uma ligada ao recalque que é aquela que a gente falou né então o que que é resistência ligada ao recalque ora o recalque tem um trabalhão danado
para manter um conteúdo recalcado obviamente que ele não vai sair de lá tão fácil então há uma resistência em relação ao recalque de manter o conteúdo recalcado recalcado entende eh eh não há interesse né do recalque liberar aquilo que ele teve tanto trabalho por colocar lá então tem uma resistência adinda do próprio recalque segundo ponto relacionado à própria transferência E aí é interessante a gente observar que a mais forte transferência pode se tornar na mais poderosa resistência então então a transferência ela pode se transformar numa resistência pode inclusive quando a aí vou voltar lá no
no segundo slide a presença da analista não pode ser constante e tem que ser disruptiva lembra que a gente falou isso se a presença da analista ela é constante amor amor amor amor amor amor amor amor em algum ponto Concordo concordo Concordo concordo Concordo concordo quando houver uma discordância ela vai ser tão forte tão inusitada tão única que vai inviabilizar o tratamento então é importante que o analista ele seja de algum modo não constante disruptivo Ou seja que haja ao longo do atendimento ambivalências entende ambivalências afetivas ambivalências de compreensão hora concorda h não concorda Ora
fica feliz Ora fica com raiva ora não quer voltar nunca mais ora acha que a semana tá gastando tempo demais para voltar entendem essas disruptives e inconstâncias são fundamentais aí ir pro funcionamento da análise para que a transferência a mais forte transferência Não retorne numa resistência impossível de prosseguir com tratamento terceiro tipo de resistência ligada a compulsão à repetição essa também liga ou seja compulsão a repetição é ligada sobretudo à pulsão né a e a gente fala muito sobre isso quando a gente for falar sobre as estruturas clínicas da pulsão ligada por exemplo a neurose
obsessiva a pulsão quer sempre se satisfazer lembram disso se a pulsão quer sempre se satisfazer porque Di abos eu vou abrir mão de alguma parte dessa satisfação se a pulsão quer sempre satisfazer é possível então que eu mantenha aquele sintoma para não perder a satisfação que advém Dele por exemplo então um sintoma por exemplo lavar as mãos lavar as mãos por mais que cause um enorme dano porque a pessoa ela tem que parar de trabalhar toda hora para lavar a mão por exemplo o lavar a mão também traz por exemplo para quem tem essa compulsão
a repetição uma satisfação ele lva Lava a mão e Ufa né Essa essa o lavar a mão traz uma enorme satisfação logo eh Há uma resistência enorme em abrir mão daquilo que repetidamente me traz uma satisfação tranquilo quarto ponto como preservação do ganho secundário Qual é o ganho secundário da doença quando a gente entra né na na o o Freud falar de entrar na neurose como ganho primário eh e o ganho secundário manter-se nela né o Freud vai falar de ganho primário e ganho secundário então ganho primário é a própria entrada eh na neurose por
exemplo num adoecimento eh e o ganho secundário é a manutenção desse adoecimento a manutenção deste estado eh esse estado de adoecimento ele traz algum lucro alguma vantagem algum ganho Não tô dizendo que ele não traz sofrimento mas o sofrimento vem sozinho não então as às vezes eu suporto o sofrimento para não perder o ganho que vem junto com o adoecimento entende quinto eh uma tentativa de recusa da regra fundamental que é da associação livre ou seja o sujeito ele se esforça enormemente para eh limitar o que ele vai dizer para não topar a regra fundamental
el então ele vai na sessão para não aderir ao método no final das contas que é falar livremente oi Marcos oi esse item quatro é aquele local que às vezes a gente diz a gente mesmo quando tá fazendo a nossa a nossa análise devolva-me os meus sintomas prefiro estar com eles sim devolvo meus sintomas é o amor ao sintoma né a gente tem um amor aos nossos sintomas eh então por exemplo a eu sou uma pessoa muito acelerada isso é um sintoma ele gera dor de cabeça às vezes dificuldade para dormir acordo 5:30 da manhã
pá o olho eu queria dormir um pouquinho mais hoje era feriado gente eu acordei 6 horas da manhã que irritação Mas apesar disso eh provocar um certo mal-estar eu queria ter dormido até mais tarde acordei 5 hor da manhã 5:30 para ser exata ainda assim ele traz um lucro do qual eu não quero abrir mão eu consigo 5:30 da manhã o que que eu vou fazer prepará-la ou seja eh esse devolva-me meu sintoma então é um sintoma do qual você se queixa Mas você também não quer abrir mão dele ser acelerado é sempre uma desvantagem
não também tem uma vantagem você faz o dia tem 24 horas e ele dura 48 vezes por outra mas claro que com isso vem um cansaço uma fadiga etc etc é legal a gente realmente a gente é bichinho complicado né mas é legal essa esse funcionamento né a Rafaela pergunta aqui pode eh explicar e exemplificar a resistência da compulsão repetição o exemplo que eu dei de compulsão a repetição foi o sintoma do neurótico obsessivo não é o único mas eu acho que talvez seja o mais simples deles eh no neurótico obsessivo por exemplo a o
sintoma está ligado à pulsão é importante a gente lembrar que na histeria o sintoma está ligado ao desejo à falta e na neurose obsessiva o sintoma está regularmente ligado a pulsão então enquanto a falta aponta para um sintoma que é sempre apontando para uma insatisfação na neurose obsessiva marcado pela pulsão o sintoma aponta para uma satisfação que não quer perder nada né e eh ele quer sempre ganhar e ganhar mais então é diferente eh estar sempre em falta e querer sempre ganhar mais são dois aspectos diferentes em relação à compulsão à repetição veja se há
um sintoma por por mais que ele me cause um determinado dano Eh ele também traz eh pela repetição pela repetição pela repetição um certo lugar que eu já conheço um certo modo de funcionamento que eu já estou acostumado e do qual eu não quero abrir mão ora a compulsão a repetição me faz portanto não querer abrir mão de modo algum deles pode haver um encontro entre a compão a repetição e o ganho secundário pode lembre-se que essas elas podem em algumas medidas se encontrar tá não estranho que elas se encontrem Mas vamos avançar um pouquinho
por causa do tempo Olha só Freud 1924 temos que combater cinco tipos de resistência e aí vem a sua pergunta fabula combater como né temos que combater cinco tipos de resistência Lembrando que às vezes o combater deixar ela passar às vezes o combater com silêncio tá gente silêncio também é uma intervenção eh a as que provém de três lados do eu do isso e do super eu sendo que o eu é a fonte de três dessas formas então só peguei as cinco que estão em cima ali da citação do Freud Ah o eu a resistência
que vem do eu são de três formas eh cada qual diferente em sua dinâmica a primeira dessas três resistências do eu é a resistência Divina do recalque dela se distingue a resistência da transferência e também a resistência do eu vale a pena voltar no texto Freud e ler são só quatro páginas de explicação sobre resistência em que ele explica as quatro direitinho eu posso mandar para vocês a página direitinho que tá eh e também a resistência tá e o quarto tipo de resistência é a duid que é o que vimos como responsável pela necessidade de
elaboração e a quinta resistência a do superu conhecida reconhecida por último e a mais obscura mas nem sempre a mais fraca parece originar-se da consist da consciência de culpa e necessidade de castigo ou seja eu não posso melhorar eu não posso falar eu não posso contar isso eu tenho que manter meu sofrimento e assim por diante bom pra gente poder fechar porque faltam só dois minutinhos eh eu coloquei só ó tá vendo não vai dar tempo de tudo mas vamos tentar eh a superação que é a grande questão como é que se supera essas existências
a superação da Resistência é a parte do nosso trabalho e aí já é Freud um dos últimos textos da vida dele é a parte do nosso trabalho que exige mais tempo e maior esforço Isso significa que o trabalho da Resistência é o maior desafio da análise a gente precisa gastar bastante tempo e fazer bastante esforço nele Talvez nos conselo que a gente mais tem que estudar mas vale a pena Pois realiza uma vantajosa alteração no eu até porque três das resistências advent do eu então ao apontar para essas existências eu tenho notícia do eu olha
que interessante alteração essa que se conservará e se mostrará válida por toda a vida que que ele tá dizendo com isso a superação das resistências não leva muito a sério a palavra superação porque fica parecendo que assim uma vez tratada Ela desaparece completamente tá superação é a palavra usada assim como a associação livre a usada nem tão livre nem tão superado tá eh mas o tratamento das resistências o que ele tá dizendo é que mesmo depois que o sujeito interromper a análise a os benefícios advindos disso vai se manter pela vida toda mesmo depois que
a pessoa interrompe a análise Então se o analista Freud 38 ainda se o analista realizar as suas interpretações antes do paciente estar preparado para elas isso é perfeito a comunicação não teria efeito ou provocaria veementemente uma veemente interrupção irrupção de resistência que poderia dificultar e até comprometer a continuação do trabalho então a resistência ela nos dá notícia de quando é a hora tanto quanto a transferência perceberam então a transferência e a resistência me dão notícia de quando eu posso intervir sobre o que eu posso intervir pra gente fechar eh a resistência deveria ser contornada pelos
trabalhos da interpretação eh e por dar a conhecer os resultados desta ao paciente eh então um dos modos que o Freud propõe em 1914 mais pro início da teoria dele é que o quando um dos modos que ele propõe de interpretar a resistência acho que isso Responde um pouco Fabíola é quando ele diz que o quando o paciente ele está resistente ao tratamento por exemplo você o recorda Das melhoras que ele teve até aqui e ao recordá-lo Das melhoras que ele teve até aqui ele consegue continuar então baixar a resistência por exemplo em relação ao
método da associação Liv e continuar falando quando por exemplo o paciente eh eh que a resistência clássica nesse caso Ah eu tava pensando mesmo e não vim hoje eu não sei para que que eu tô vindo aqui etc etc o que o Freud vai dizer é nesse momento você pode dar a conhecer os resultados da análise pro paciente bom tem um motivo pelo qual você veio aqui X tem um motivo pelo qual talvez você permaneceu vindo até aqui y z talvez ainda falte mais alguma coisa além de Y Z para você alcançar e talvez por
isso hoje você veio aqui para dizer E aí o sujeito volta a dizer Deu para entender a lógica então uma das eh então ao invés de apontar paraa resistência ele maneja a resistência apontando para as melhores que advente quando ele baixa a resistência Essa é uma das intervenções que ele faz continuando deve-se dar ao paciente tempo para conhecer melhor essa resistência ao qual acabou de se familiarizar para elaborá-la para superá-la de novo superar A Palavra Forte pela continuação e em desafio a ela do trabalho analítico segundo a regra fundamental da análise então nessa intervenção que
eu citei Olha você veio por causa de X já alcançou o y e z Será que tem mais alguma coisa vai pensa e se for o caso você volta a semana que vem ou seja se você decidir que Quer alcançar para lém de y e z a análise continua esse tempo que você dá para ele elaborar também sozinho e se familiarizar com a resistência que ele percebeu naquele momento entende Então também não adianta você apontar para a resistência que impede o tratamento e querer continuar lhe a o paciente vai precisar de um tempo para elaborar
a gente falou sobre isso no encontro passado sobre essa questão de que a construção e análise é você dá um pedacinho espera para ele construir um pedacinho aí você dá um pedacinho espera para ele construir um pedacinho e esse esperar é oferecer tempo para ele elaborar para então dar continuidade ao tratamento a resistência então designa todos esses fenômenos apresentados ou utilizados pelo paciente que visam perturbar opor ou impedir a continuidade da análise vocês vão ver que só faltou uma única um único slide que são as duas citações do Lacan então eu vou ler mas eu
acho que elas estão explicadas para trás existe Apenas não essa não tá explicada Essa é tão boa existe apenas uma resistência que é a resistência do analista que que eu tô chamando aqui de resistência do analista eh o dia eu recebi uma mensagem eu achei muito interessante uma mulher procurou análise e disse assim eh eu queria saber se eu sou analisável porque eu já tenho uma certa idade eh e Li em algum lugar que após uma certa idade você não é mais analisável e aí obviamente eu respondi paraa psicanálise sujeito ele não tem idade Ele
tem tempos né não existe essa tal pessoa não analisável né Eh e é interessante a gente apontar isso porque da onde que veio essa ideia de que existem pessoas analisáveis e não analisáveis conforme por exemplo a idade ol Que loucura né o próprio Freud disse isso num determinado texto O que é muito engraçado porque o Freud ele fala eh de pessoas da idade dele como inanis ora já pararam para pensar que essa Resistência é do Freud que ele próprio não queria se colocar na posição de analisando né eh e aí o o Lacan brinca com
isso apontando olha existe apenas uma resistência e essa resistência resistência do analista que pode inclusive inferir que alguém não é analisável por exemplo o analista resiste por não entender como eh com o que que ele tem que lidar por exemplo eu já vi várias pessoas não conseguindo atender pessoas em estado terminal pessoas a partir dos 90 anos de idade não é interessante por quê Porque se sujeito não tem idade S tempos por seria problemático atender uma criança de 3 anos ou um idoso 90 pela teoria não deveria haver um problema dessa ordem então o o
a De quem é a resistência então a resistência a resistência do analista o analista reside porque na verdade ele não sabe trabalhar ele não sabe trabalhar com aquele caso e não sabendo trabalhar com aquele caso ele supõe que aquele caso não pode ser atendido então ele não entende eh e aí eu vou vou brincar danela já que você levantou a mão com a análise online Será que a resistência do online é em relação à transferência ou não é uma resistência do analista em relação a ele próprio e tudo bem não tem problema não tem problema
mesmo eh a a resistência dele próprio em saber lidar com essa tecnologia com essa possibilidade então não entende com o que tem que lidar né e eh quando crê que interpretar é mostrar ao sujeito que o que ele deseja é tal objeto sexual engana-se o que ele imagina aqui como sendo eh objetivo é apenas pura e simplesmente eh uma abstração eh ele é que está em estado de inércia e de resistência olha olha que provocação a agora serviu danela que você colocou no artigo eh estado de inércia e resistência que que é estado de inércia
em cada época a gente vai ter que repensar a nossa Clínica correto veja durante muito tempo não existia atendimento de criança de repente atendimento de criança passou a existir durante muito tempo não existia atendimento de bebês hoje nós temos atendimento de bebês durante muito tempo idosos eram inan aquilo que não para de não se escrever e o que não para de não se escrever bom a vida né um outro um outro nome para dar pro real né Daniela então eu acho que essa questão da Resistência quando o lac insiste nisso né que Resistência é do
analista isso me faz pensar muito na questão do Imaginário simbólico que é o nosso grande desafio que é tentar separar né que Estar atento da dimensão simbólica no esquema L qu você tem né o esquema L lá e e e e a dificuldade que é Nossa natural do ser humano que a gente ouve a narrativa e a narrativa é a dimensão imaginária que a gente tem que descolar ali para chegar para tentar chegar nessa nessa estar sempre atento a essa dimensão simbólica do discurso do analista eu sempre penso nisso Será que o lac quando eu
fala a resistência sempre do analista é isso porque é o empuxo do Imaginário é um empuxo né você daqui a pouco você tá igual a Correnteza né oa a pessoa vai falando e você lá tentando né ali o eixo do simbólico o eixo do inconsciente tentar ir pontuando e aí daqui a pouco você quase que vai na correnteza ali daquela narrativa que é dimensão imaginária que a gente tem que se eh está advertido né então eu sempre penso não sei se tô pensando certo ou não mas eu me me faz pensar isso que essa Resistência
é essa nossa de como analista é isso essa essa o impulso do imaginário que que é um desafio para nós você não poderia ter dito melhor é impecavelmente correto é exatamente isso peja eh quando o Bruce fink no livro muito didático que a gente usa bastante aquele ele a o primeiro capítulo da técnica psicanalítica eh escutando e ouvindo ele vai dizer por que que nós temos tão pouco poucos ouvintes no mundo a gente falou sobre isso na aula de sobre a escuta eh porque a gente só consegue escutar pela Via imaginária então o grande desafio
é conseguir escutar para além da Via imaginária fora da Via imaginária uma outra via que via é essa E aí a gente vai falar sobre real a gente vai falar né mas escutar para além dessa via imaginária impecavelmente correto é isso mesmo bom vamos fechar porque nosso tempo estourou na quarta-feira que vem nós não teremos porque eu vou est na flip lançando meu livro eh então eu vou paraa Felipe na quarta-feira vou estar na estrada tô feliz muito feliz eh e na mas na outra quarta a gente tem normalmente Então a gente vai pular uma
qu chique gente sucesso Renata nome do livro um furacão Sutil um furacão Sutil podia sortear um livro assim de repente né aqui posso um furacão Sutil é um personagem vou eu escrevi um pouquinho sobre ele lá no Instagram depois dá uma olhadinha e aí na aí a gente terminou o primeiro grupo de conceitos fundamentais agora agora a gente vai pro segundo grupo tá eh Vou mandar oi já tá disponível para compra o livro Renata o ele vai tá disponível semana que vem tá Semana que vem eu vou colocar o link ó na na semana na
semana que vem a gente não tem e na outra a gente vai pro segundo agrupamento se vocês olharem no nosso textinho lá de conceitos fundamentais vocês vão ver que no final tem o o dois o dois é Então veja o primeiro foi esse que a gente viu aí o próximo vai ser inconsciente e sujeito a diferença de inconsciente para Freud sujeito para Lacan as formações do inconsciente x chat falho sonhos recalque sintoma as fases do desenvolvimento psicossexual Incluindo aí complexo géo complexo de castração zonas erógenas Então a gente vai dar uma mergulhada aí em Freud
em relação ao desenvolvimento psicosexual para poder pensar eh o sujeito lacaniano então a gente continua então Na próxima leva conceitos essas essas palavras tudo bem eu mando para vocês o resumo beijo para todo mundo obrigada para todo mundo tchau boa obg