milionário arrogante humilha a empregada e diz solte meus filhos mas ele não imaginava que ela fosse capaz de fazer isso Gustavo Silveira um homem de negócios influente e Milionário vivia rodeado de luxo e poder Sua mansão localizada no topo de uma Colina era a personificação de sua fortuna mármore reluzente cobria o chão da entrada principal e lustres de Cristal pendiam imponentemente no grande salão Gustavo estava acostumado a ter tudo sob controle tudo ao seu comando seu tempo era dedicado apenas ao que realmente importava para ele aumentar sua riqueza e manter sua reputação Impecável no mundo
dos negócios ao Caminhar pela sala de estar ele observava com indiferença os empregados que limpavam a casa para ele eram figuras invisíveis meros elementos que garantiam o bom funcionamento de sua vida Laura a empregada que estava ali há anos era uma dessas figuras uma mulher humilde com seus 30 e poucos anos sempre discreta de fala baixa mas atenta a cada necessidade da casa ela passava despercebida mesmo que fosse ela quem mantivesse cada detalhe da mansão em perfeito estado naquele dia específico Gustavo recebia dois sócios para uma reunião casual sentados ao redor da mesa de jantar
conversavam sobre investimentos enquanto Laura servia o café a postura de Gustavo era de pura autoridade ele gostava de exibir sua riqueza de maneira Sutil mas constante me diga Daniel como andam os negócios com a expansão da filial perguntou Gustavo com um tom calculado enquanto pegava uma xícara de café estamos em fase de negociação Só precisamos alinhar alguns contratos respondeu Daniel um dos sócios tentando manter a conversa leve mas Gustavo era Implacável em seus questionamentos ele sempre ia direto ao ponto sem se importar se deixava alguém desconfortável Laura enquanto servia os convidados manteve-se silenciosa ela sabia
exatamente como se comportar naquela casa olhos baixos mãos rápidas nenhum movimento que pudesse chamar a atenção mas ao terminar de servir seus olhos se encontraram por um breve momento com os de Gustavo e naquele segundo ele a dispensou com um gesto de mão sem sequer dizer uma palavra pode laur disse Gustavo com desprezo na voz para ele ela não passava de uma peça funcional as emoções necessidades ou qualquer vestígio de humanidade de Laura não faziam parte de Sua percepção ela deixou a sala sem questionar como sempre fazia no andar de cima Pedro e Letícia os
filhos de Gustavo estavam em seus quartos brincando sozinhos Pedro com 8 anos e com se est acostumados ausência constante do pai Gustavo raramente tinha tempo para eles e quando o Fazia era apenas para dar ordens ou passar lições sobre como se comportar em público seu único legado em sua visão era prepará-los para seguir seus passos no mundo dos negócios Letícia sentada no chão fiava um livro de histórias infantis enquanto Pedro montava um quebra-cabeça ambos estavam em silêncio aguardando o momento em que Laura subiria para levá-los para o almoço para eles Laura era a única constante
em suas vidas enquanto o pai vivia imerso em suas reuniões viagens e eventos era Laura quem os vestia os alimentava e os colocava para dormir ela era a única que se importava com as pequenas coisas como a tristeza nos olhos de Letícia quando seu pai não apareceu em sua última apresentação da escola mais tarde quando os sócios se despediram Gustavo foi até o escritório ainda pensando em estratégia para o próximo investimento o barulho do relógio de parede ecoava pela mansão vazia mas ele não se incomodava com o silêncio para Gustavo era apenas mais um dia
normal ele não tinha tempo para distrações sentimentais Laura após um longo dia de trabalho arrumava a cozinha quando ouviu o som de Passo se aproximando era João outro funcionário da casa que cuidava da segurança e da manutenção ele sempre se certificava de que todas as portas estavam trancadas antes de se retirar Como foram as coisas hoje perguntou João enquanto conferia as fechaduras tranquilo como sempre respondeu Laura com um sorriso fraco tranquilo com o chefe por perto não parece fácil para mim João sorriu tentando trazer leveza à conversa Laura Balançou a cabeça compreendendo o que ele
queria dizer mas sabia que aquela era sua rotina Gustavo mudava e a frieza da mansão já era uma parte dela enquanto João terminava seu trabalho ela olhou ao redor sentindo o peso do ambiente as luzes da casa começaram a apagar-se gradualmente e o silêncio se instalou mais uma vez na manhã seguinte a luz suave do Sol invadia a mansão através das imensas janelas mas o ambiente permanecia frio indiferente ao calor lá fora Laura estava na cozinha preparando o café da manhã o aroma de pão fresco e ovos mexidos se espalhava pela casa mas o silêncio
reinava como de costume era um novo dia mas para Gustavo isso Não significava mais do que mais uma oportunidade de ampliar seus negócios enquanto Gustavo se preparava para sair para uma reunião importante Laura subia às escadas para acordar Pedro e Letícia ao entrar no quarto de Pedro ela o encontrou ainda enrolado nas cobertas os olhos fechados mas um sorriso escondido nos lábios Pedro Acorda meu querido o café já está na mesa disse Laura suavemente enquanto se aproximava da cama C minutos Laura ele resmungou com um sorriso preguiçoso mas ao ouvir a risada de Letícia no
corredor ele saltou da cama sabendo que a irmã já estava acordada e cheia de energia Laura riu vendo como as crianças eram a antítese da rigidez da casa elas traziam uma leveza que Laura no fundo se esforçava para proteger Letícia como sempre já estava pronta e Radiante ela corria pelo corredor com uma tiara de borboleta as meias desencontradas e uma risada contagiante Laura posso tomar suco de laranja hoje perguntou ela com os olhos brilhando de expectativa Claro minha linda o suco já está esperando por você respondeu Laura Com ternura no café da manhã as crianças
conversavam Alegremente contando a sobre os planos que tinham para o dia elas Falavam sobre a próxima aventura no Jardim como se fosse um parque de diversões e imaginavam o que fariam se pudessem viajar pelo espaço Gustavo no entanto não estava presente para ouvir essas histórias ele já havia saído para sua habitual rotina de reuniões Será que o papai vai almoçar com a gente hoje perguntou Pedro com uma pontada de esperança embora soubesse que a resposta seria a mesma de sempre Laura hesitou por um momento mas respondeu gentilmente eu não sei querido mas se ele não
vier estaremos juntos como sempre certo Letícia do alto de sua inocência virou-se para Laura com uma pergunta que a Pegou de surpresa Laura por que o papai nunca brinca com a gente aquela pergunta ecoou em sua mente e Laura sentiu uma dor silenciosa por aquelas crianças que tinham tudo materialmente mas que faltavam no essencial o amor e a presença de um Pai ela sabia que não poderia responder a verdade por completo Então se abaixou ao nível de Letícia e disse com um sorriso Talvez o papai não saiba o quanto isso é importante para vocês mas
eu vou estar aqui para brincar sempre que vocês quiserem as crianças a abraçaram forte para elas Laura era muito mais do que uma empregada ela era quem as colocava para dormir com histórias quem as Ava quando tinham pesadelos e quem sempre fazia o possível para que suas vidas fossem leves e felizes apesar da ausência constante de Gustavo enquanto brincavam no jardim mais tarde Pedro e Letícia deslizavam pela grama fingindo que estavam em Uma Grande Aventura Espacial Laura os observava de perto rindo com suas travessuras o Jardim cercado por altas cercas vivas era o único lugar
onde eles se sentiam realmente Livres Eu sou o comandante da nave gritou Pedro correndo com os braços abertos como se estivesse voando e eu sou a princesa do espaço respondeu Letícia seguindo-o com passos curtos e rápidos João o segurança apareceu pela lateral do Jardim ajeitando o boné enquanto olhava as crianças brincando eles têm uma imaginação e tanto não é disse ele se aproximando de Laura sim João são incríveis a energia deles me faz acreditar que o mundo poderia ser um lugar mais leve respondeu Laura com um toque de nostalgia na voz e o patrão Nem
sinal dele hoje de novo João perguntou sabendo a resposta ele já saiu para as reuniões não sei quando volta respondeu Laura sem surpresa mas com um toque de tristeza essas crianças precisam de mais do que brinquedos caros precisam de tempo algo que o dinheiro não compra João comentou dando um olhar preocupado para Laura ela concordou silenciosamente sabendo que João estava certo Gustavo não percebia o valor das coisas simples como as risadas de seus filhos os momentos de brincadeira e as histórias que eles criavam em suas mentes o dia passou rápido entre risadas brincadeiras e conversas
inocentes no final da tarde Laura já estava na cozinha preparando o jantar Pedro e Letícia haviam desenhado um grande cartaz para o pai cheio de estrelas e Planetas que eles haviam visitado em suas aventuras espaciais eles esperavam que Gustavo o visse quando chegasse será que ele vai gostar perguntou Pedro com uma ansiedade que Laura tentou acalmar com um sorriso eu tenho certeza de que ele vai adorar respondeu ela ainda que no fundo soubesse que as chances de Gustavo prestar atenção eram pequenas quando a noite chegou e Gustavo finalmente entrou pela porta da frente as crianças
correram para ele com o cartaz nas mãos os olhos brilhando de expectativa papai olha o que fizemos para você Gustavo no entanto estava exausto e imerso em pensamentos sobre os negócios ele pegou o cartaz deu uma olhada rápida e murmurou bonito agora vão para a cama amanhã é dia de escola e sem mais uma palavra ele subiu às escadas deixando Pedro e Letícia de olhos arregalados segurando o cartaz que agora parecia sem importância Laura que assistia a cena de longe sentiu o coração apertar ela sabia que aquelas crianças mereciam mais do que Gustavo estava disposto
a dar mais do que qualquer brinquedo ou luxo elas precisavam de amor e atenção e por mais que tentasse Laura sabia que ela sozinha não poderia preencher esse vazio o dia amanheceu nublado como se o próprio clima refletisse o peso que pairava sobre a mansão do Silveira Gustavo havia saído mais cedo que o habitual mergulhado em suas responsabilidades e a casa Voltara à rotina silenciosa Laura como sempre estava lá cuidando das tarefas do dia enquanto Pedro e Letícia brincavam nos seus quartos cercados pelos brinquedos luxuosos que no fundo não preenchiam a ausência do pai naquele
mesmo dia Gustavo com a arrogância de quem controla tudo e todos decidiu algo inesperado voltaria para casa sem avisar ele queria observar como as coisas realmente funcionavam em sua ausência afinal ele pagava bem e esperava que seus empregados mantivessem tudo Impecável o que ele não esperava era presenciar uma cena que mudaria completamente Sua percepção chegando em casa antes do previsto Gustavo abriu a porta principal sem fazer barulho um movimento incomum para alguém tão acostumado a anunciar sua chegada ao entrar o som de Risadas ecoou pelo corredor ele franziu o senho intrigado quem ousaria estar tão
relaxado em sua casa sem sua permissão movendo-se silenciosamente seguiu as vozes até a sala de estar ali ele viu algo que o fez parar na entrada incrédulo no chão da sala Pedro Letícia e Laura estavam em um momento de pura alegria as crianças estavam fantasiadas rindo alto Enquanto pulavam nas almofadas Laura De Joelhos no meio da bagunça brincava com eles como se fosse uma amiga e não apenas a empregada ela era a própria imagem do carinho e da descontração Letícia com uma coroa de papel declarava eu sou a rainha das almofadas enquanto Pedro ria e
dizia e eu sou o Cavaleiro que protege o castelo Laura ria junto deixando de lado a formalidade que sempre Manteve na presença de Gustavo a as crianças estavam felizes e isso deveria ser suficiente mas não era mas o que está acontecendo aqui a voz de Gustavo cortou o ar como uma lâmina as risadas cessaram de imediato Laura se levantou num pulo assustada enquanto Pedro e Letícia se esconderam atrás dela encolhidos com a expressão Furiosa do pai Gustavo avançou pela sala com passos firmes sua presença impôs um silêncio pesado no ambiente solte meus filhos agora Ele
ordenou com a voz grave e repleta de desprezo você está aqui para limpar não para brincar com eles quem você pensa que é continuou olhando para Laura com frieza Laura com a voz trêmula mais calma tentou explicar senhor eles estavam apenas se divertindo um pouco eu só queria eu não quero desculpas Laura interrompeu Gustavo mais irritado a cada palavra você está aqui para trabalhar eu não pago você para ser amiga deles ou para assumir um papel que não lhe cabe Pedro com os olhos marejados apertou a mão de Laura como se sentisse que ela estava
sendo injustamente atacada mas o que Gustavo não esperava era a resposta que viria a seguir Pedro com a voz embargada e uma coragem que vinha do coração gritou a gente não gosta de você papai você nunca está aqui só a Laura cuida da o silcio que se seguiu foi sufocante Gustavo ficou paralisado chocado com as palavras do filho ele sempre pensara que sua ausência era compensada pelo dinheiro pelos brinquedos caros Pela Educação de Elite que estava proporcionando nunca imaginou que seus filhos pudessem se ressentir dele Letícia ainda escondida atrás de Laura murmurou com lágrimas escorrendo
pelo rosto você não nos ama papai só aura Gustavo deu um passo para trás como se tivesse levado um soco no estômago as palavras de seus filhos o deixaram sem reação ele o homem que sempre tivera controle sobre tudo agora se via incapaz de controlar até mesmo o afeto de seus próprios filhos a dor e a surpresa estavam claras em seu rosto mas ainda assim sua arrogância não o deixava ceder isso é absurdo disse ele tentando retomar o controle da situação Vocês são meus filhos e tudo que eu faço é para o bem de vocês
Laura saia da minha frente vocês dois vão para seus quartos agora mas Pedro e Letícia não se moveram permaneceram agarrados a Laura como se ela fosse a única coisa que os mantinha seguros Gustavo respirou fundo tentando conter a raiva e a frustração que cresciam dentro dele Laura agora mais firme falou com delicadeza mas sem hesitar senhor eles só querem sua atenção eles precisam de você não apenas do que o senhor pode oferecer materialmente Gustavo olhou para ela incrédulo era a primeira vez que uma empregada se atrevia a lhe falar daquela forma você está ultrapassando todos
os limites Laura isso não vai ficar assim você está demitida imediatamente disse ele comza cortante Laura abaixou a cabeça por um momento absorvendo o impacto daquela palavras mas ao levantar o olhar havia algo diferente em seus olhos não era medo mas uma tristeza profunda ela sabia que havia perdido o emprego mas o que mais a preocupava eram as crianças que agora soluçava em seus braços eu vou embora senhor mas eu espero que um dia o senhor entenda que o mais importante não pode ser comprado disse Laura com a voz firme mas carregada de emoção Gustavo
sem responder virou-se e saiu da sala deixando Laura Pedro e Letícia sozinhos as crianças choravam em silêncio ainda segurando a mão de Laura enquanto a figura do pai se distanciava mais uma vez das emoções que ele nunca soube lidar O silêncio que seguiu a saída de Gustavo era ensurdecedor Laura permaneceu ajoelhada ao lado de Pedro e Letícia sentindo o peso das pequenas mãos ainda apertando as suas as crianças não choravam mais mas os olhos marejados de Pedro e Letícia falavam por eles o vazio deixado por Gustavo era profundo e Laura sabia que para eles aquele
momento de rejeição era algo que ficaria marcado Ele não gosta da gente né Laura murmurou Pedro ainda com a voz embargada Laura tentou responder mas as palavras ficaram presas em sua garganta ela não queria mentir para os dois mas também sabia que a verdade por mais evidente que fosse não traria consolo ele ele só não sabe como mostrar o que sente Pedro respondeu Laura tentando acalmar o coração dos pequenos Letícia abraçada a Laura sussurrou eu queria que você fosse nossa mamãe Laura você cuida da gente ele nunca faz nada por que ele não gosta de
nós ouvindo aquilo o coração de Laura se partiu um pouco mais não havia como consertar essa ferida com palavras a única coisa que ela podia fazer era estar ali segurando-os oferecendo o carinho que eles mereciam o amor que sempre fora negado por Gustavo Mas mesmo com toda a calma de Laura Pedro estava cansado algo dentro dele havia se quebrado com a última ordem do pai ele soltou a mão de Laura abruptamente e em um impulso de raiva Correu para a porta Pedro Espera gritou Laura Mas ele já estava na escada correndo em direção ao gusto
Letícia tentou seguir o irmão mas Laura segurou gentilmente pelos ombros ajoelhando-se para falar com ela fica aqui querida deixa o Pedro falar com o papai Às vezes a gente precisa deixar que as pessoas expressem o que estão sentindo Letícia relutante assentiu com os olhos cheios de Lágrimas enquanto Laura subia às escadas atrás de Pedro no corredor do andar de cima ela já podia ouvir os gritos vindos do escritório você nunca está aqui eu odeio você a voz de Pedro ecoava pela mansão Laura apressou o passo ao abrir a porta do escritório ela viu Pedro parado
em frente à mesa do Pai com os punhos cerrados e os olhos cheios de fúria Gustavo estava de pé atrás de sua imponente escrivaninha olhando o filho com uma expressão que misturava surpresa e incompreensão era evidente que Gustavo Nunca havia se preparado para um confronto emocional tão direto com o próprio filho Pedro você não pode falar assim comigo disse Gustavo tentando manter a voz firme mas sem conseguir esconder a confusão em seu rosto por que não você nunca está aqui você só liga para o seu trabalho A Laura é mais nossa mãe do que você
é pai Pedro gritou as palavras saindo com uma força que nem ele sabia que tinha ele estava à beira das Lágrimas mas não deixaria seu pai ver isso não é verdade Pedro respondeu Gustavo em um tom frio e controlado tudo o que faço é para garantir que vocês tenham o melhor para que nunca falte nada você ainda é jovem demais para entender eu entendo que você não liga para a gente Pedro retrucou dando um passo à frente Laura observava em silêncio sentindo a dor e a frustração que Pedro carregava Gustavo ficou em silêncio por um
momento as palavras do filho perfurando seu orgulho ele sempre acreditara que sua presença material fosse o suficiente que bens luxuosos e um futuro seguro era tudo o que as crianças precisavam agora pela primeira vez ele estava sendo desafiado a ver Além disso você está sendo ingrato Pedro eu trabalho duro para você e sua irmã vocês têm tudo o que precisam disse Gustavo embora sua voz soasse menos confiante do que antes eu não quero coisas eu quero você Pedro gritou as lágrimas finalmente escorrendo pelo seu rosto quero você em casa quero que você brinque com a
gente quero que você ame a gente como a Laura ama a menão de Laura trouxe um silêncio constrangedor ao escritório Gustavo lançou um olhar furtivo para ela como se estivesse sendo acusado de algo que não sabia como contestar Laura deu um passo à frente tentando intervir Senor Gustavo talvez devemos acalmar as coisas dar um tempo para que todos possam respirar um pouco antes que ela pudesse terminar Letícia apareceu na porta sua voz pequena cortou o ar eu também não quero que você vá a Laura fica com a gente a gente ama você Gustavo olhou para
a filha com a mesma expressão atônita que tinha quando Pedro havia começado O Confronto ele estava completamente perdido as palavras dos filhos não eram algo que ele pudesse entender ou processar rapidamente tudo parecia desmoronar ao redor dele e ele não sabia como consertar Pedro ainda tomado pela raiva deu um último grito se Laura for embora eu também vou não quero mais ficar com você Gustavo deu um passo para trás atingido por essa última declaração pela primeira vez ele viu a distância emocional que havia construído entre ele e seus filhos um abismo tão grande que parecia
impossível de atravessar Laura percebendo o quanto a situação Estava à beira de explodir deu um passo à frente e se agachou ao lado de Pedro falando baixo mas com firmeza Pedro calma por favor isso não é o que você quer querido Pedro olhou para ela com os olhos cheios de Lágrimas ainda respirando com dificuldade ele Balançou a cabeça mas se permitiu ser abraçado por Laura ela olhou para Gustavo os olhos dizendo o que as palavras não precisavam você está perdendo seus filhos Gustavo paralisado pela tensão daquele momento apenas observava enquanto Laura acalmava Pedro ele sabia
que as coisas não podiam continuar assim mas ainda não tinha ideia de como resolver o silêncio na casa tornou-se insuportável após o confronto Gustavo ainda abalado com as palavras de Pedro e Letícia se refugiou em seu escritório onde o eco dos gritos do filho ainda reverberava ele se sentia traído mas acima de tudo confuso como podia com tudo que oferecia ser tão odiado pelos próprios filhos a verdade era uma carga que ele não queria nem sabia Como suportar na sala de estar Laura tentava acalmar as crianças Pedro estava exausto emocionalmente os olhos ainda vermelhos de
tanto chorar Letícia permanecia agarrada a ela como se temesse que Laura desaparecesse a qualquer momento Laura apesar do turbilhão de emoções Manteve a calma que sempre a acompanhava mas no fundo sabia que aquele dia marcaria uma mudança Irreversível no andar de cima Gustavo estava decidido a retomar o controle ele não podia permitir que Laura continuasse desestabilizando a ordem de sua casa em sua mente ela havia se intrometido demais criando uma dependência emocional nos filhos que ele acreditava ser perigosa e se eles parassem de ver nele a figura paterna ele precisava cortar isso pela raiz ele
tomou a decisão com frieza Laura precisava ir embora Gustavo Desceu as escadas com passos firmes determinado ao chegar à sala encontrou Laura de pé com Pedro e Letícia já mais calmos ao seu lado ela sabia que aquele confronto era inevitável e seu olhar firme mostrava que estava pronta para o que quer que viesse Laura podemos conversar em particular disse Gustavo com a voz baixa mas carregada de uma autoridade que ele sempre fazia questão de exibir as crianças olharam para ela preocupadas Laura assentiu e seguiu Gustavo até o escritório ao fechar a porta Gustavo foi direto
ao ponto Laura eu aprecio o trabalho que você fez pela casa e pelas crianças durante esses anos mas acho que sua influência aqui chegou a um ponto insustentável você se envolveu demais na vida dos meus filhos e isso está criando uma divisão na família eu não posso permitir que continue você está demitida com efeito imediato Laura sentiu o golpe mas não demonstrou surpresa Ela já sabia que após o que havia acontecido Gustavo tomaria uma decisão drástica respirou fundo antes de responder mantendo a voz calma e sem deixar transparecer a tristeza que sentia Senor Gustavo eu
sempre fiz o meu melhor para cuidar de Pedro e Letícia não queria tomar o lugar de ninguém apenas garantir que eles tivessem o amor e o cuidado que toda precisa se acha que minha presença aqui é prejudicial aceito sua decisão Mas saiba que o que eles realmente precisam é de você Gustavo a olhou por um instante sem saber como responder parte dele sabia que ela tinha razão mas seu orgulho ferido não permitia que ele reconhecesse isso eles são meus filhos Laura eu sei o que é melhor para eles Laura assentiu lentamente suas palavras teri o
eito desejado então espero que o Senhor possa estar presente na vida deles como eles precisam isso é tudo o que importa com essas palavras ela se virou e saiu do escritório sentindo o peso da Despedida iminente a Descer as escadas e se deparar com as crianças que a esperavam ansiosas Laura sabia que a parte mais difícil ainda estava por vir letcia correu até ela agarrando-se a seu vestido vai embora não vai Laura Pedro mais calado olhava para ela com um misto de tristeza e raiva ele já sabia o que estava acontecendo e não estava pronto
para aceitar Laura se ajoelhou para ficar na altura deles segurando as pequenas mãos de Letícia sim meus amores vou ter que ir mas saibam que eu sempre estarei pensando em vocês e isso não muda o quanto eu amo cada um de vocês Pedro que havia permanecido em silêncio finalmente Falou a voz baixa mas cheia de uma dor que Laura não tinha visto antes a gente vai ficar sozinho de novo ele não se importa as palavras do menino cortaram Laura profundamente mas ela sabia que não havia nada que pudesse dizer para consertar aquilo vocês nunca estarão
sozinhos o papai de vocês ama vocês mesmo que ele não saiba mostrar isso agora eu preciso que vocês sejam fortes e lembrem-se de que o amor que sinto por vocês é para sempre com lágrimas escorrendo Letícia se agarrou a Laura com força sem querer soltá-la Pedro embora tentando manter a compostura deixou as lágrimas caírem silenciosamente Gustavo observava a cena de longe sem saber como intervir ele sentia que estava perdendo algo mas não conseguia admitir a profundidade daquele vazio que Laura deixaria antes de Laura deu um último abraço nas crianças prometendo a si mesma que de
alguma forma elas ficariam bem a porta da mansão se fechou atrás dela e o silêncio que se seguiu foi esmagador dentro da casa Gustavo ficou parado no corredor os ecos das últimas palavras de Pedro e Letícia reverberando em sua mente ele não se importa sozinho na mansão Gustavo subiu à escadas sentindo pela primeira vez que talvez estivesse errando de uma forma que o dinheiro não poderia corrigir o dia seguinte amanheceu silencioso na mansão do Silveira o céu coberto por nuvens cinzentas parecia espelhar o clima pesado que agora pairava sobre a casa Gustavo como de costume
Acordou cedo mas algo estava diferente ele desceu as escadas esperando ouvir as vozes de Pedro e Letícia como sempre acontecia Antes de irem para a escola mas a casa estava estranhamente quieta ele foi até a cozinha onde o café da manhã estava preparado pela equipe da casa mas nem sinal das Crianças Gustavo franziu o senho olhando ao redor talvez estivessem brincando no quarto ou no Jardim como costumavam fazer mas quando ele subiu até os quartos a porta de Pedro estava entreaberta e ao espiar dentro Gustavo encontrou apenas a cama vazia os cobertores desarrumados o o
mesmo aconteceu no quarto de Letícia as camas estavam desfeitas mas não havia sinal das Crianças uma leve sensação de desconforto começou a crescer no estômago de Gustavo ele desceu rapidamente chamando pelos filhos com uma voz que à medida que ecoava pelos corredores vazios revelava um crescente nervosismo Pedro Letícia onde estão vocês nenhuma resposta Gustavo percorreu todos os cômodos da mansão seu coração batendo mais R a cada passo o Jardim o salão de jogos a biblioteca nada as crianças simplesmente desapareceram ao retornar ao corredor principal ele notou algo que não havia visto antes um bilhete dobrado
cuidadosamente sobre a mesa de entrada suas mãos tremeram ligeiramente ao pegá-lo o bilhete era simples mas carregava um peso imenso a caligrafia familiar de Laura estava ali trazendo uma mensagem Clara seus filhos estão comigo eles estão Seguros Não se preocupe deixe-os escolher onde querem estar Gustavo ficou parado lendo e relendo aquelas poucas palavras por um momento o mundo ao seu redor pareceu parar a incredulidade o atingiu Como Uma Onda avassaladora Laura levou meus filhos o pensamento ecoava repetidamente em sua mente como um sino que soava cada vez mais alto ele tentou acalmar-se dizendo a si
mesmo eles ele sabia disso mas o fato de que ela havia levado Pedro e let sem seu consentimento o colocava em um estado de alerta Total sem perder tempo Gustavo pegou o telefone e fez a primeira ligação que veio à mente seu advogado quero que encontrem Laura agora disse com voz tensa aa manter o cont elus filhos sugerindo que ele reunisse mais informações antes de tomar qualquer atitude drástica Gustavo impaciente encerrou a chamada abruptamente não era só a raiva que o consumia mas também o medo medo de que pela primeira vez ele tivesse perdido completamente
o controle da situação depois de algumas horas de espera interminável Gustavo contratou um investigador particular ele sabia que Laura não tinha muitos recursos e que não poderia ter ido muito longe mas o fato de não saber onde seus filhos estavam o deixava à beira da loucura a mansão antes um símbolo de poder e controle agora parecia uma prisão vazia cheia de eco e solidão naquela noite enquanto se sentava em sua cama o silêncio era opressor cada detalhe da casa parecia lembrar-lhe das ausências não apenas físicas mas emocionais Pedro e Letícia que sempre estavam por perto
mesmo que ele mal prestasse atenção agora eram um vazio doloroso Gustavo Nunca havia se permitido sentir essa falta antes na sua mente ele sempre acreditou que dinheiro e status eram o suficiente mas naquela noite ele finalmente começou a perceber o quanto estava errado o bilhete de Laura estava ao lado de sua cama ele o leu mais uma vez sentindo uma mistura de raiva e tristeza como el tinha antes como havia deixado as coisas chegarem a esse ponto Laura com seu jeito calmo e discreto sempre cuidou das Crianças sempre esteve presente e agora o fato de
ela tê-los levado de uma maneira que ele jamais poderia prever o atingia com uma força esmagadora na manhã seguinte o investigador finalmente trouxe notícias Laura estava na casa da mãe em um bairro simples da cidade Pedro e Letícia estavam lá Seguros Gustavo respirou fundo sentindo uma mistura de alívio e frustração claro que Laura não os levaria para longe ela era boa demais para fazer qualquer coisa que colocasse os filhos em perigo Mas isso não diminuía o fato de que ele tinha sido desafiado em sua autoridade Eu mesmo vou buscá-los disse Gustavo ao investigador ele precisava
confrontar Laura pessoalmente precisava entender porque ela fizera aquilo o caminho até a casa da mãe de Laura embora curto pare uma eternidade cada quilômetro percorrido aumentava sua ansiedade e o vazio dentro dele só crescia quando finalmente chegou ao endereço indicado Gustavo parou o carro em frente à modesta casa o Jardim era simples com flores plantadas em pequenos vasos e uma cortina Branca balançava suavemente pela janela aberta ele saiu do carro e caminhou até a porta sentindo o coração bater descompassado no peito bateu a porta com força e cada segundo de espera parecia uma eternidade A
Porta Se Abriu lentamente revelando Laura ela não parecia surpresa ao vê-lo apenas cansada como se já soubesse o que estava por vir você veio disse ela calmamente eu vim buscar meus filhos respondeu Gustavo sua voz carregada de tensão Laura o olhou por um momento como se estivesse avaliando o homem à sua frente eles estão Seguros Gustavo mas antes de levá-los você precisa entender o que realmente importa para eles você precisa ouvi-los Gustavo deu um passo à frente sem conseguir disfarçar a frustração eu sou o pai deles Laura não cabe a você decidir o que é
melhor Laura suspirou mas Manteve o olhar firme Você tem razão Gustavo Mas cabe a eles escolherem onde querem estar e agora eles precisam de algo que o senhor ainda não soube oferecer antes que Gustavo pudesse responder as vozes suaves de de Pedro e Letícia ecoaram pela casa eles apareceram na porta seus olhares cansados mas aliviados ao verem o pai havia uma mistura de sentimentos nos olhos das crianças e Gustavo sabia que este era o momento mais importante de sua vida a visão de Pedro e Letícia à porta paralisou Gustavo por um instante eles estavam lá
há poucos metros dele e ao mesmo tempo pareciam tão distantes o alívio que esperava sentir ao vê-los foi rapidamente substituído por uma profunda insegurança a relação que ele havia negligenciado estava agora à sua frente nua e crua e ele sabia que dinheiro ou poder não poderiam resolver o problema dessa vez Pedro o mais velho observava o pai com uma mistura de desconfiança e tristeza Letícia ainda segurando a mão de Laura olhava para o chão como se evitasse encarar Gustavo diretamente Gustavo tentou reunir forças Mas pela primeira vez sentiu o peso do fracasso como pai ele
não sabia como começar aquela conversa Oi filhos disse com uma voz que soou estranha até para ele Pedro não respondeu imediatamente seus olhos tão jovens e já carregados de mágoa buscaram os de Gustavo por respostas Letícia ainda mais tímida deu um pequeno passo para trás aproximando-se mais de Laura gavo percebeu o movimento e a dor da rejeição cravou ainda mais fundo eu vim para levar vocês para casa continuou Gustavo mas a frase soava vazia como se ele estivesse oferecendo algo que eles não queriam Laura que observava silenciosamente finalmente falou Gustavo acho que você precisa conversar
com eles de verdade a voz dela não era de acusação mas sim de alguém que entendia o quanto ele estava perdido Gustavo olhou para Laura e por um segundo viu nos olhos dela uma compreensão que ele nunca esperou encontrar ela estava tentando ajudá-lo não derrubá-lo Pedro finalmente quebrou o silêncio Por que você veio papai perguntou sua voz trêmula mas firme você nunca se importa agora quer levar a gente para casa como se nada tivesse acontecido a pergunta o atingiu como um ele sempre pensou que provendo financeiramente estava fazendo o suficiente Gustavo olhou para o filho
mas as palavras fugiram de sua mente ele sabia que precisava responder mas como poderia explicar algo que ele mesmo não entendia eu eu não soube eu não soube Como ser um bom pai para vocês ele finalmente admitiu a voz baixa e cheia de uma vulnerabilidade que ele não se permitia sentir há anos Pedro olou para ele surpreso pela honestidade não era algo que ele esperava ouvir eu achei que estava fazendo o certo que dando a vocês tudo o que precisavam materialmente seria o suficiente mas eu estava errado Letícia ainda hesitante olhou para o pai mas
dessa vez havia algo diferente em seus olhos ela se aproximou um pouco ainda segurando a mão de Laura como se estivesse tentando entender se aquelas palavras eram verdadeiras você sempre vai embora disse em um sussurro a voz cheia de mágoa infantil você nunca fica para brincar nunca pergunta como a gente está o coração de Gustavo apertou ele não sabia como responder àquela dor sentia-se pequeno diante dos próprios filhos como se a máscara de homem de negócios sempre tão segura tivesse sido arrancada ele respirou fundo tentando encontrar alguma forma de consertar o que havia sido quebrado
eu sei que falhei com vocês e sei que palavras não vão resolver isso mas estou aqui agora e quero mudar isso quero ser o pai que vocês merecem Pedro ficou em silêncio processando as palavras do pai era a primeira vez que Gustavo admitia que tinha falhado e algo na postura dele parecia diferente mais sincero Laura olhou para Pedro e Letícia Com ternura sem interferir deixando que as crianças processem aquela nova realidade você vai embora de novo Letícia perguntou sua voz Suave mas cheia de temor não Letícia respondeu Gustavo com firmeza que ele mesmo começava a
acreditar eu vou estar aqui vou tentar ser o pai que vocês precisam mas eu preciso que me deem uma chance uma chance de provar que posso mudar Pedro olhou para Letícia como se Esperasse que ela tomasse a decisão Letícia por sua vez olou para Laura o olar silencioso entre as dizia muito era como se Laura fosse o Pilar emocional que Letícia precisava para se sentir segura finalmente Letícia soltou a mão de Laura e com passos pequenos aproximou-se de Gustavo ela hesitou por um momento mas então levantou os braços pedindo um abraço Gustavo surpreso e emocionado
ajoelhou-se e abraçou a filha sentindo uma onda de emoções que ele mal conseguia conter Pedro observando a cena respirou fundo e finalmente disse eu quero acreditar em você papai mas você precisa mostrar que mudou eu não posso mais ficar me sentindo assim como se você não ligasse eu sei filho respondeu Gustavo ainda abraçando Letícia eu sei que vai demorar para vocês confiarem em mim de novo mas eu vou fazer o que for preciso o momento foi interrompido quando Laura observando de longe deu um passo à frente Gustavo Pedro e Letícia precisam de tempo mas acho
que você está começando a entender o que é importante Gustavo olhou para Laura sentindo uma profunda gratidão pela forma como ela havia guiado seus filhos mesmo quando ele não estava presente sem Laura ele sabia que esse momento jamais teria acontecido Obrigado Laura disse ele a voz embargada eu eu realmente não sei como teria feito isso sem você o Laura sorriu um sorriso discreto mas sincero Eles são crianças incríveis Gustavo e tudo o que eles sempre precisaram foi de amor e atenção ainda dá tempo de você ser o pai que eles merecem Pedro ao lado do
pai agora ainda desconfiado mas com o coração mais leve olhou para Letícia e para Laura eles sabiam que a jornada para reconquistar a confiança não seria fácil mas pela primeira vez havia uma Faísca de esperança gavo também sabia disso e Enquanto ele segurava a mão dos filhos uma coisa ficou Clara Essa era sua segunda chance e ele não a desperdiçaria ainda assim havia mais a ser dito mais Pontes a serem reconstruídas mas naquele momento o simples fato de Gustavo estar presente tentando era o primeiro passo de muitos que ainda viriam quando Gustavo levou Pedro e
Letícia de volta para casa o silêncio durante o trajeto era pesado mas não desconfortável as crianças estavam absorvendo tudo o que havia acontecido enquanto Gustavo dirigia com o pensamento fixo nas palavras que Laura dissera eles só precisam de amor e atenção essas palavras ressoavam em sua mente forçando a encarar a verdade que há tanto tempo evitava chegando à mansão Gustavo percebeu como aquele ambiente antes opulento agora parecia frio e vazio a casa que antes ele enxergava como símbolo de e poder agora Parecia um reflexo de sua solidão Ele estacionou o carro e olhou para os
filhos no banco de trás Letícia já havia adormecido Exausta pelo turbilhão emocional do dia enquanto Pedro acordado olhava para fora perdido em pensamentos com cuidado Gustavo carregou Letícia nos braços até seu quarto algo que não fazia desde que ela era muito pequena o peso leve da filha contra seu peito trouxe uma lembrança muito enterrada de quando a segurava ainda bebê jurando a si mesmo que seria um pai presente e amoroso agora esse juramento parecia uma sombra distante após colocar Letícia na cama ele se virou e viu Pedro parado na porta do quarto o menino estava
observando seus olhos misturados entre a dúvida e a esperança Gustavo sorriu um sorriso cansado mas sincero ela vai ficar bem Amanhã vamos começar de novo certo disse ele tentando suar otimista Pedro ainda cauteloso apenas assentiu e foi para o próprio quarto sem dizer nada Gustavo observou desaparecer pelo corredor e ficou parado ali por um momento lutando contra o peso das expectativas que ele mesmo havia imposto sabia que estava longe de reparar os estragos que anos de ausência tinham causado mas aquele era o início de algo e isso era o que importava na manhã seguinte Gustavo
Acordou mais cedo do que de costume havia decidido que pela primeira vez em muito tempo Passaria o dia com Pedro e Letícia sem distrações sem reuniões ao Descer as escadas encontrou as crianças já sentadas à mesa comendo o café da manhã preparado pelos empregados Letícia sorriu ao vê-lo ainda sonolenta mas feliz em ver o pai ali enquanto Pedro observava com olhos analíticos ainda não completamente convencido Bom dia papai Letícia disse com a voz suave enquanto Gustavo se sentava à mesa Bom dia minha princesa Ele respondeu tentando suar mais animado ele se Serviu de café e
olhou para Pedro esperando algum tipo de interação tem algo que vocês gostariam de fazer hoje Pedro deu de ombros sem saber como reagir à repentina Mudança de comportamento do Pai a gente pode ir ao parque perguntou já comeando a imaginar as brincadeiras podia fazer Gustavo sorriu e assentiu claro vamos ao parque o dia é de vocês o parque não era um lugar que Gustavo frequentava com as crianças sempre ocupado com suas responsabilidades ele achava que deixar que eles fossem com a babá ou com Laura era o suficiente mas naquele dia ele fez questão de acompanhar
o sol brilhava e as risadas de Letícia logo ecoaram pelo local enquanto ela corria de um lado para o outro explorando cada canto do playground Pedro mais reservado ficou ao lado de Gustavo por um tempo você realmente vai tentar né perguntou ele sem olhar diretamente para o pai era uma pergunta carregada de desconfiança Mas também de esperança sim Pedro respondeu Gustavo a sinceridade em sua voz era palpável eu sei que não vai ser fácil para você confiar em mim de novo mas eu vou estar aqui todos os dias Pedro não respondeu de imediato Ele simplesmente
deu um aceno leve com a cabeça como se estivesse processando aquilo antes de sair correndo para brincar com a irmã enquanto observava os filhos Gustavo refletiu sobre o que Laura havia feito por eles ela fora A Âncora emocional dos filhos durante todos aqueles anos de sua ausência o alicerce silencioso e discreto que mantinha Pedro e Letícia conectados ao carinho e à estabilidade que ele como pai deveria ter proporcionado a cada risada que ouvia a cada sorriso que via no rosto de Letícia Gustavo sabia que havia alguém a quem ele precisava agradecer pessoalmente no final do
dia quando as crianças já estavam exaustas e prontos para dormir Gustavo tomou uma decisão ele precisava ver Laura precisava conversar com ela de verdade havia coisas que ele ainda não compreendia Mas sabia que ela era a chave para consertar sua relação com os filhos no dia seguinte Gustavo voltou à casa de Laura desta vez sem atenção da busca por respostas imediatas quando Laura abriu a porta e o viu parado ali com um semblante diferente do homem que havia Aparecido dias antes ela soube que algo havia mudado Gustavo disse ela surpresa eu vim eu vim agradecer
comeou ele saber ex como expressar tudo o que sentia eu estive pensando muito sobre o que você disse sobre como Pedro e Letícia precisam de amor e atenção e eu percebi que você foi a única que esteve lá por eles quando eu não estive Laura o olhou vendo a sinceridade em seus olhos Eles são crianças maravilhosas Gustavo sempre foram só precisavam de alguém que estivesse presente ele assentiu eu sei disso agora e eu quero ser esse alguém mas também sei que eles vem mais do que apenas a empregada você foi a figura materna para eles
e eu nunca vou poder pagar o que você fez por minha família Laura sorriu um sorriso suave e respondeu não precisa me pagar nada Gustavo tudo o que eu fiz foi com amor porque eles merecem Eu sei disse ele emocionado mas eu quero pedir uma coisa quero que você continue fazendo parte da vida deles eles precisam de você tanto quanto precisam de mim eu não posso fazer isso sozinho Laura pegada de surpresa olhou para ele com cautela você está pedindo para que eu sim Gustavo interrompeu tentando conter a emoção em sua voz quero que você
seja como uma segunda mãe para eles eles te amam Laura e agora eu entendo porquê houve um longo silêncio entre eles Laura com lágrimas discretas nos olhos assentiu sabendo que apesar de tudo aquilo era o que ela também queria Pedro e Letícia precisavam de estabilidade de amor e acima de tudo de uma família completa ainda que de uma forma que ela jamais havia imaginado eu aceito disse Laura com a voz Suave mais firme e naquele momento ambos sabiam que o futuro dos filhos de Gustavo seria diferente com a decisão de Laura de continuar presente na
vida de Pedro e Letícia Gustavo sentiu como se um peso enorme tivesse sido tirado de seus ombros mas ele sabia que o verdadeiro trabalho estava apenas começando não bastava apenas contar com Laura ele próprio teria que se transformar e isso exigiria mais do que [Música] promessas os dias que se seguiram foram desafiadores mas diferentes de tudo que Gustavo havia vivido pela primeira vez ele começou a perceber a rotina diária que antes ignorava acordava mais cedo para estar presente no café da manhã levando Pedro e Letícia à escola pessoalmente mesmo que isso significasse atrasar reuniões importantes
cada gesto pequeno Como preparar o café para eles ou ajudá-los com o dever de casa parecia insignificante Em outro momento de sua vida agora cada minuto era uma conquista um passo rumo à reconquista da confiança dos filhos naquele dia específico Gustavo havia decidido fazer algo que Jamais pensaria antes levar as crianças para um fim de semana longe da cidade só eles três e se fôssemos acampar sugeriu ele durante o café da manhã a proposta saiu meio sem jeito já que Gustavo Nunca havia sido do tipo Aventureiro Mas sabia que Pedro adorava a ideia de estar
na natureza e Letícia sempre se empolgava com Novas Aventuras Pedro levantou os olhos surpreso com a sugestão acampar você tem certeza papai Nunca fizemos isso antes exatamente por isso Gustavo respondeu com um sorriso que revelava seu nervosismo acho que podemos começar uma nova tradição Letícia animada com a ideia quase pulou da cadeira Sim podemos fazer Marshmallows na fogueira e contar histórias de terror como nos filmes Gustavo Rio feliz por ver o entusiasmo de Letícia mas seus olhos se voltaram para Pedro que ainda estava hesitante O que você acha filho perguntou Gustavo esperando pela resposta mais
importante Pedro depois de um momento de silêncio deu um leve aceno de cabeça pode ser legal respondeu ele sem muito entusiasmo mas com uma pequena Faísca de esperança no olhar para Pedro o simples fato de o pai tentar já era algo significativo mas ele ainda não estava totalmente convencido os preparativos começaram rapidamente Gustavo sem experiência buscou ajuda em sites e lojas especializadas comprando barracas lanternas sacos de dormir tudo o que ele achava que seria necessário para tornar o fim de semana perfeito ele sabia que não seria fácil impressionar Pedro mas estava determinado a tentar o
dia da viagem chegou e com o carro carregado de equipamentos Gustavo Pedro e Letícia partiram para uma área de camping afastada cercada por montanhas e um lago cristalino a natureza parecia quase estranha a concreto e Ritmo Frenético da cidade mas a ver a anima nos olhos de Letícia e o olhar atento de Pedro ao redor ele soube que tinha feito a escolha certa a chegarem ao local Pedro foi o primeiro a saltar do carro e começar a explorar Gustavo observava à distância sabendo que aquele era o territo mais de umado Out enquanto gavo tentava montar
a barraca uma tarefa que se revelou mais complicada do que ele esperava a cada erro a frustração ameaçava tomar conta mas ele se lembrava de que estava ali por eles e não por perfeição deixa eu te ajudar papai disse Pedro surpreendendo Gustavo com sua iniciativa o garoto já havia observado como montar a barraca em vídeos na internet e com a ajuda dele o processo se tornou muito mais simples Obrigado Pedro disse Gustavo sorrindo para o filho que devolveu o sorriso mesmo que pequeno era um avanço a noite caiu e as estrelas apareceram no céu Limpo
algo que eles não viam com tanta clareza na cidade ao redor da fogueira que Gustavo finalmente conseguiu acender Pedro e Letícia se sentaram enquanto Gustavo tentava com certo cuidado assar Marshmallows sem queimá-los completamente então alguma história de terror perguntou Gustavo tentando entrar no espírito da noite Letícia começou a rir papai você não sabe contar histórias de terror deixa eu tentar ela então começou a inventar uma história engraçada sobre uma casa assombrada e mesmo que não fosse nada assustadora as risadas enchiam o ar deixando o ambiente leve Pedro sempre mais introspectivo ficou em silêncio por um
tempo observando As Chamas dançando na Gustavo percebendo isso decidiu deixar o silêncio ocupar o espaço entre eles Sem pressionar o filho a falar o simples fato de estarem juntos já era significativo finalmente Pedro falou com a voz baixa você está tentando papai e eu aprecio isso mas às vezes ainda parece que vai ser como antes que você vai se distrair com o trabalho e nos esquecer de novo respirou fundo sentindo o peso das palavras do filho sabia que Pedro tinha razão ele não poderia apagar o passado e as cicatrizes que havia deixado não desapareceriam da
noite para o dia eu entendo Pedro eu sei que falei com vocês por muito tempo mas tudo o que posso fazer agora é continuar tentando não posso mudar o que aconteceu mas posso prometer que vou continuar aqui todos os dias Pedro olhou para o pai alando suas palavras e depois deu um pequeno sorriso vamos ver então Gustavo soube que aquele era o sinal de um início não de uma reconciliação completa mas de uma nova fase ele sorriu de volta sabendo que a confiança era algo que levaria tempo para ser reconstruída depois daquela noite ao redor
da fogueira o fim de semana passou Com mais momentos de conexão entre Gustavo e os filhos houve momentos de brincadeiras tropeços e até um pequeno acidente com uma barraca que desmoronou durante a noite mas cada uma dessas situações foi uma oportunidade para Gustavo mostrar que estava presente realmente presente quando voltaram para casa no domingo cansados mas felizes Gustavo percebeu que sua relação com Pedro e Letícia estava longe de ser perfeita mas também estava muito distante do abismo que ele mesmo havia criado ao estacionar o carro na frente da mansão Pedro saiu do veículo com um
ar mais leve e Letícia a sonolenta abraçou Gustavo antes de subir as escadas até o quarto naquela noite Gustavo se sentou no escritório onde tantas decisões de sua vida haviam sido tomadas mas agora sentia que estava finalmente tomando as decisões certas ele sabia que o verdadeiro desafio era manter aquele ritmo continuar sendo o pai presente que Pedro e Letícia precisavam Mas ele também sabia que com Laura ao lado dele essa Jornada seria possível Gustavo pegou o telefone e num impulso ligou para Laura quando ela atendeu ele disse eu queria te agradecer novamente Laura eles estão
bem por sua causa e eu também do outro lado da linha Laura sorriu eles precisam de você Gustavo e parece que você finalmente está entendendo isso Gustavo olhou para o Jardim da casa onde Pedro e Letícia costumavam brincar e pela primeira vez em muito tempo sentiu que aquele Era um lar e não apenas uma mansão as semanas que se seguiram foram marcadas por uma transformação contínua na vida de Gustavo Pedro e Letícia embora o ritmo ainda fosse novo para ele Gustavo estava começando a encontrar um equilíbrio entre suas responsabilidades profissionais e sua vida pessoal a
relação com os filhos ainda tinha seus altos e baixos especialmente com Pedro mas havia Progresso Gustavo se permitiu valorizar os momentos simples como as conversas no café da manhã o tempo que passavam juntos jogando ou assistindo filmes A Mansão outrora fria e impessoal começava a se parecer mais com um lar mas Gustavo sabia que ainda faltava algo ele percebia que por mais que estivesse fazendo o possível para ser presente havia um elo que mantinha a estabilidade emocional das Crianças Laura ela continuava presente ainda que de maneira mais discreta mantendo o carinho e o vínculo afetivo
que havia construído com ped no fundo Gustavo Sabia que não podia fazer isso sozinho foi durante um jantar em família com Pedro e Letícia rindo de uma Piada Interna que Gustavo teve a certeza do que precisava fazer a casa estava repleta de sons de felicidade algo que havia sido raro por tanto tempo mas ao observar Laura ajudando Letícia a terminar o jantar ele se deu conta de mesmo com todo seu esforço Laura Seme fora Oil de seus filos depois que as crianças foram para a cama naquela noite Gustavo chamou Laura para uma conversa na sala
de estar ele sabia que aquele era um momento crucial algo que poderia alterar de vez o futuro de sua família Laura começou ele a voz um pouco hesitante mas firme eu já disse isso antes mas preciso repetir eu nunca vou conseguir expressar o quanto sou grato poro que você fe por Pedro elesi hoje sem você e eu não seria o homem que estou me tornando sem a sua ajuda Laura sempre discreta sorriu com gentileza você está sendo duro consigo mesmo Gustavo os filhos são reflexo dos Pais você mudou e eles estão começando a ver isso
Gustavo Balançou a cabeça sabendo que embora houvesse verdade nas palavras dela havia mais a ser dito Ele olhou para Laura por um momento buscando as palavras certas eu quero pedir algo importante algo que vai além de apenas trabalhar aqui Laura franziu a testa ligeiramente confusa o que você quer dizer ele respirou fundo Pedro e Letícia te veem como muito mais do que uma empregada e eu também Você foi uma mãe para eles quando eu não estava presente e agora quero que você continue sendo isso para eles Laura olhou para Gustavo surpresa Gustavo Eu sempre estarei
aqui para ajud-los Mas você é o pai deles é você quem precisa estar presente eu sei respondeu Gustavo rapidamente não querendo que ela interpretasse mal suas palavras mas eu também sei que eles te amam Laura você é parte dessa família mesmo que nunca tenhamos dito isso em voz alta e eu estou te pedindo para ser uma segunda mãe para eles oficialmente eu não posso fazer isso sozinho eles precisam de nós dois Laura ficou em silêncio por um longo momento as palavras de Gustavo a pegaram de surpresa mas ela sabia que havia sinceridade nelas Pedro e
Letícia eram de fato como seus próprios filhos ela havia cuidado deles chorado com eles Rido com eles e agora eles estavam em um momento em que a estabilidade emocional era crucial Você tem certeza perguntou Laura a voz Suave mas carregada de emoção eu sempre fiz tudo com amor mas isso é muito mais do que eu esperava Gustavo assentiu tenho eu vi o quanto eles precisam de você Laura e mais do que isso eu preciso que você continue fazendo parte da vida deles da nossa vida não apenas como alguém que cuida deles mas como parte integral
da família Laura visivelmente emocionada lutou para conter as lágrimas ela nunca imaginou que um dia Gustavo o homem que uma vez a viu como uma simples empregada pudesse fazer tal pedido e agora aqui estava ele oferecendo algo que transcendia qualquer contrato de trabalho era um pedido de amor confiança e parceria depois de um momento de silêncio Ela respondeu a voz um pouco trêmula eu aceito Gustavo eu aceito continuar sendo parte da vida deles da sua vida eles sempre terão o meu amor e se é isso que você e eles precisam estarei aqui Gustavo sentiu uma
onda de alívio e gratidão a vida que ele havia reconstruído com Pedro e Letícia agora tinha uma nova Fundação sólida com Laura ao lado deles ele sabia que os erros do passado podiam ser superados e o futuro embora ainda incerto tinha muito mais esperança do que ele poderia ter imaginado na manhã seguinte quando Pedro e Letícia acordaram el perceberam a mudança na dinâmica da casa Gustavo estava mais presente do que nunca e Laura sempre amorosa e atenta parecia mais próxima o clima na casa antes tão frio e distante agora era de União Letícia enquanto tomava
o café da manhã olhou para Laura e disse você nunca vai embora né Laura Laura sorriu e respondeu não querida eu estou aqui para ficar Pedro com seu jeito mais reservado observava a cena e finalmente sorriu para o pai eu estou começando a acreditar em você papai Gustavo sorriu de volta sabendo que a jornada ainda era longa mas que agora com Laura ao seu lado e seus filhos começando a confiar nele novamente ele tinha todas as razões para acreditar que aquela família finalmente estava completa a mansão do Silveira que antes ecoava com o silêncio de
solidão e distanciamento foi preenchida com o som de Risadas e o calor do amor um amor construído sobre bases reais de carinho cuidado e finalmente União