paciente Barnabé Junior 18 anos trazido pelos amigos depois de se afogar num açude numa chácara ele pulou Não sabia nadar os amigos acharam que ele tava brincando demoraram para resgatar ele da água mas trouxeram ele aqui para você atender ele tá tossindo bastante saindo um pouquinho de secreção aqui da boca mas ele tá consciente orientado E aí como conduzir paciente vítima de afogamento é sobre isso que eu vou falar nesse vídeo que você não pode perder Olá sou Erick Run e médico e professor e aqui no canal eu mostro para você médico e acadêmico de
medicina como atender as principais emergências médicas de maneira totalmente atualizada e com segurança se você se interessa por esse tipo de conteúdo já se inscreve no canal e ative as notificações a Organização Mundial da Saúde define afogamento como aspiração de líquido não corpólio devido à submersão ou imersão em outras palavras entrada de líquido dentro dos pulmões e esse paciente vítima de afogamento ele pode evoluir seis maneiras diferentes dependendo da gravidade da situação então a gente faz essa graduação do paciente que sofreu esse afogamento de um a seis grau 1 2 3 até o grau 6
Porque dependendo de cada um dos graus vai ter um tratamento mais específico e dessa forma você terá muito mais segurança realmente para conduzir esse paciente para saber se vai dar alta se vai internar se precisa entubar ou você precisa de algo a mais mas antes de falar propriamente desses graus e do tratamento específico para cada um deles é muito importante que você entenda que a patologia do afogamento porque isso vai fazer total sentido na sua cabeça na hora de pensar no tratamento quando a gente fala de afogamento de maneira geral a imagem que vem é
a presença da água lá dentro do pulmão e que ah tá impedindo a troca gasosa impedindo oxigênio de entrar tudo mais e realmente é isso que acontece nessa fase aguda mas não é só isso e o grande ponto que esse paciente que sofreu afogamento mas não foi suficiente para levá-lo epóxi e fazer uma PCR essa água dentro do alvéolo também vai trazer prejuízo Então olha só no momento do afogamento a gente tem o problema agudo que a entrada da água causando hipótese Mas dependendo se a quantidade não foi tão grande de água e esse paciente
foi resgatado aquela água dentro do pulmão passa a trazer um problema enorme não necessariamente pela própria água ali dentro mas pelas alterações que aquela água vai causar dentro do pulmão a principal delas ela lava o surfactante Além disso vai ter uma ocorrência de mudança da permeabilidade capilar dentro desse pulmão favorecendo broncoespasmo favorecendo a teleclectasia quer dizer a complacência pulmonar isso vai levar um quadro de edema agudo de pulmão não cardiogênico problema vai ser propriamente lá no parênquima pulmonar isso causando distúrbios do próprio organismo porque a gente sabe da interdependência da parte ventilatória com a parte
circulatória e todo o restante Então esse paciente que passa da parte aguda que é quando entra água mas que não é suficiente uma quantidade não suficiente para realmente fazer uma hipótese importante ipcr esse paciente vai acabar tendo um edema agudo de pulmão e quando ele chega para você no pronto atendimento a gente precisa entender Qual o grau de edemago do que esse paciente está tendo porque essa sim é a principal complicação do paciente que acaba chegando no local de atendimento e a partir disso você entendendo dessa maneira aí sim você vai ter condições de conduzir
melhor esse paciente e aqui cabe também um adendo aquele paciente que caiu lá na água e que acaba não se afogando esse paciente é só considerado como Resgate e não entra nessa classificação do julgamento ele caiu Se assustou não sabia nadar fica ela desesperado mas foi resgatado sentei inalado nada de água isso chama Resgate e não grau de afogamento graus de afogamento grau 1 que é o primeiro é quando entra uma quantidade já de água dentro dos pulmões Ou pelo menos na via aérea agora você poderia perguntar assim tá mas como é que eu vou
saber se realmente entrou se como que eu diferencio o grau 1 de afogamento para simplesmente Resgate e aqui que entra o grande detalhe que você começa a classificação dos pacientes vítimas de afogamento a partir de um sintoma muito simples que é a tosse Então olha que interessante o paciente caiu tá lá dentro do da água do rio do Lago é resgatado se esse paciente não tiver apresentando tosse ele não inalou nada de água então aqui não foi um afogamento e sim um resgate agora se esse mesmo paciente foi lá resgatado tá consciente orientado mas Está
apresentando tosse pronto pelo menos grau 1 esse paciente já é então a partir de hoje você vai estabelecer esses sintomas de tosse como divisor de águas para esse tipo de paciente chegou com tosse realmente Entrou água dentro da via aérea e agora sim a gente passa a classificar de 1 a 6 grau 1 é a quantidade mínima de água que entrou e esse paciente com estímulo de tosse com histeria essa água e essa água nem chegou lá propriamente no pulmão não causando então edema agudo de pulmão você vai auscultar esse paciente vai ter ausculta normal
Então esse é o primeiro grau de afogamento tosse mas sem ausculta não tem crepitação não tem saída de secreção pela boca nada disso esse é o grau 1 simplesmente a conduta é você aqueceu paciente tranquilizar esse paciente muitas vezes ele tá muito assustado né pela quantidade de água que acabou engolindo antes mesmo de inalar acaba engolindo bastante água também então esse paciente geralmente chega muito agitado você simplesmente tranquiliza quer esse paciente e pode dar alta na sequência sem nenhuma outra medida agora o paciente que chega apresentando tosse e você faz ela escuta pulmonar ele tem
crepitações em base saída de uma secreção de espuma pela boca esse paciente é o grau 2 ele tá consciente orientado mas aqui já mostra para você que entrou uma quantidade razoável de água dentro do pulmão tanto que tá manifestando crepitação e está manifestando sair dessa espuma E por que que sai essa espuminha é o mesmo pensamento é o mesmo princípio do edemago de pulmão quando faz um edema agudo cardiogênico que é o mais frequente aí no dia a dia quando faz esse edema agudo é você imaginar que tá cheio de líquido dentro do pulmão e
que o pulmão é mais Esponja conforme a gente vai apertando essa Esponja com esse líquido que tá ali dentro e que esse líquido contém bastante proteína por conta da mudança da permeabilidade vascular ali dentro por conta desse movimento como se a gente fizesse isso com a esponja ele acaba gerando espuma e é por isso que o paciente exterioriza essa espuminha então grau dois é o paciente que tem crepitações em base e que já apresenta uma certa quantia ou apresenta uma certa quantidade de espuma saindo pela boca esse paciente vai precisar já ficar internado porque ele
pode ter complicações 24 48 Horas uma delas principal infecções por exemplo Então esse é o paciente que a gente vai fornecer oxigênio para ele 5 litros por minuto pode ser em cateter cateter paciente a quase não tolera 5 litros então pode ser em máscara não reina Land vai fazer vai monitorizar esse paciente e acompanhar por esse período e eu vou falar do antibiótico depois que pode ser uma medida ser introduzida para esse tipo de paciente mas então paciente grau 2 já começa a pensar em treinar porque esse paciente não dá para dar alta por conta
de possíveis complicações que ele possa apresentar e o paciente grau 3 no grau 3 a quantidade de água que entrou já foi maior levando ao edema agudo mais importante então é o paciente que já chega de saturando que ele já chega com muita tosse pode até já apresentar um pouquinho de sonolência por conta dessa hipótese não escuta tem muita creditação ou ele tá com saída de muita grande quantidade de espuma da boca então para esse paciente você já classifica ele como grau 3 e a conduta além da internação é forne oxigênio 15 litros por minuto
máscara não reinalante e você fica constantemente reavaliando para ver se vai precisar entubar esse paciente então o edema agudo de pulmão que esse paciente está fazendo que é não cardiogênico pode levar uma piora do quadro e que você vai ter que ficar reavaliando para ver se vai entubar esse paciente diferente de causas cardiogênicas que a gente faz vasodilatador que faz diurético e melhora aqui não tem como fazer vasodilatador não tem como fazer diurético porque não é essa causa foi mudança da permeabilidade capilar dentro do pulmão que tá trazendo essas consequências então não adianta fazer diurético
para esses pacientes aqui é a atenção máxima pode utilizar a venia vou falar de medidas adicionais ao final mas é o ponto é você ficar reavaliando se continuar saturando ruim precisa entubar esse paciente já no grau 3 grau quatro é aquele paciente que já chega com uma repercussão muito grande daquele edemago de pulmão geralmente vai estar com muita creditação muita secreção e o paciente já tá com alteração importante do nível de consciência e sem pulso periférico você pega no pulso radial tá fino às vezes imperceptível e o nível de consciência já bem rebaixado esse é
um paciente já muito mais grave fez um edema agudo muito importante que tá tendo repercussão na parte hemodinâmica também para esse paciente a intubação de imediato precisa já entubar não tem como e já precisa fazer também ressuscitação volêmica com cristalóide entrar com soro fisiológico ou ringue ela que tá preferencialmente aquecido lembrar sempre que paciente afogado evolui com certa hipotermia então Dê preferência utilizar cristalóide aquecido pena que não tem na maioria dos locais mas é algo que você pode lançar mão se tiver disponível ou soro fisiológico e vai reavaliando ela que tá o soro fisiológico que
vai reavaliando e aí é diurese é um bom parâmetro para avaliar a resposta o cristalóide que você tá fazendo vai estar entubado você faz a solução fisiológica ou rim elacto sonda paciente e acompanha Vai vendo através de sinais vitais também acompanha diurese que é um bom nessa fase 4 Então nesse grau 4 desse paciente afogado grau 5 é aquele paciente que chega com pulso mais em parada respiratória é difícil o paciente chegar nesse tipo de situação mas é a classificação simples se ele chegou não tá ventilando ou gaspeando ventilando muito mal mas tem pulso Central
você vai partir para fazer ventilações de resgate cinco ventilações de resgate coloca a máscara coloca o angu e vai ventilar esse paciente cinco vezes e Observar se depois disso o paciente voltar a ter respiração espontânea Ok Vira a Cabeça de lado ou então melhor ainda deixar o paciente em decúbito lateral direito que é a posição de segurança para esses pacientes Então vira o paciente de lado para que ele continue a ventilação e vai ficar constantemente reavaliando esse paciente provavelmente vai precisar entubar boa parte das vezes vai depender de como ele vai voltar após esse quadro
mas esse então é o grau 5 que é o paciente que chega em ciência respiratória ou até em apneia grau 6 paciente que chega Esse é iniciar todo o protocolo de RCP então o paciente chegou não tem pulso inicia o RCP Porque você vai estar no local de atendimento geralmente longe ou que demorou até para chegar após o afogamento Então a hora que ele chega lá na unidade de saúde já deve ter passado um bom tempo você inicia RCP imediatamente esse para o grau 6 Então a partir de hoje você vai separar nesses seis graus
para poder conduzir o paciente da melhor maneira possível e aqui ao final cabe duas observações primeiro do que não fazer e segundo de medidas adicionais que a gente pode fazer medidas que não devem ser feitas nesses pacientes com afogamento primeira delas tentar Qualquer Custo tirar essa água do pulmão isso não deve ser feito não deve tentar aspirar apertar o estômago do paciente para ver se volta mais água apertar o tórax colocar em decúbito ventral barriga para baixo e apertar as costas isso não deve ser feito cabeceira mais baixo para tentar também fazer sair mais água
não isso não deve ser feito isso piora pode gravar ainda mais o quadro fazendo o paciente terbrom com aspiração então isso não se faz porque o pensamento que a gente fica é essa nessa sensação caramba mas tem que tirar aquela água lá de dentro e o problema maior já não é mais a quantidade da água em si Porque se o paciente não fez uma PCR porque a quantidade de água que entrou não foi tão grande assim ou se com a tosse com reflexo ele conseguiu eliminar boa parte dessa o problema é da fisiopatologia de lavar
o surfactante mudança da permeabilidade vascular já é outro problema então não fazer nenhum desse tipo de medida para tirar retirada dessa água e outra medida que deve ser evitada para esse pacientes é fazer corticoide o corticoide pode agravar pode predispor a fazer infecções secundárias por conta de bactérias que acabaram entrando junto com a água então deve evitar fazer corticoide também agora medidas que a gente pode fazer para complementar a primeira delas vem ni é uma boa medida pode ser feito ajuda ali principalmente pensando no edemago de pulmão não cardiogênico então vem é uma medida bacana
se tiver disponível pode fazer se o paciente estiver vomitando muito saindo muita água porque ele acaba engolindo muita água pode ser passado uma sonda nasogástrica para retirada de líquido de dentro do estômago até também ajudando a não deixar com que esse paciente faça broncoaspiração essa é uma outra medida paciente apresentando o brontos pasmo tá com sibilancia pode ser feito beta 2 agonista pode ser tanto puffzinho de salbutamol ou de fenoterol ou até mesmo nebulização salbutamol é o mais encontrado aí no dia a dia isso pode ser lançado mão uma outra medida que infelizmente não tem
no Brasil de maneira geral vai fazer surfactante para o paciente pode ser feito também mas infelizmente aqui na nossa realidade dificilmente você vai encontrar surfactante nos locais para poder administrar para o paciente mas então essas medidas complementares podem ser feitas também e por último antibiótico essa é outra medida também que deve ser instituída Principalmente nos pacientes com afogamento grau 3 e grau 4 é uma medida importante bacana para ser feito serve tradicione é uma boa opção e associar algum antibiótico sobre Germes anaeróbios exemplo Metronidazol então fazer Metronidazol em Associação com cftriaxone para esse pacientes é
uma boa medida também tá legal então a partir de hoje você sabe os seis graus de afogamento sabe a conduta de cada um deles O que não fazer e o que pode ser feito a mais e aí para o nosso paciente Barnabé chegou tá lá consciente orientado mantendo uma boa pressão com estabilidade hemodinâmica mas tá apresentando crepitações em base e saída de espuma da boca e aí qual que é a conduta do nosso paciente Barnabé que agora você sabe coloca para mim aqui nos comentários se vai dar alta para o paciente vai na ABS pode
simplesmente dar alta você precisa internar se você pensaria entubar eu quero ver o seu comentário aqui sobre a melhor conduta para o nosso paciente Barnabé e aproveitando que a gente está falando aqui de pulmão de parente meter Agudo Enfim no próximo vídeo eu vou trazer para você o passo a passo para atender pacientes que chegam com exacerbação de DPOC você não pode perder vou trazer doses medicações o pensamento ra Clínico por trás do atendimento esse para o próximo vídeo e se você gostou do vídeo de hoje não esquece de dar um like se inscrever no
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