Em 2023, Brasil e China, gente, já movimentaram 150 bilhões de dólares em comércio. A China é hoje o nosso maior parceiro comercial, destino de nossas exportações e uma das principais fontes de investimento externo. Mas, Jean, o que que isso significa?
Será que estamos aproveitando de fato essa parceria estratégica ou construindo uma nova dependência econômica, ambiental e geopolítica? Porque, gente, não se trata só de vender soja e comprar eletrônicos. O que está acontecendo é muito mais profundo.
A economia brasileira vem sendo moldada pelos interesses dos chineses. E isso afeta o quê? O nosso comércio, a nossa indústria, a nossa infraestrutura, nossos bancos, até a nossa política externa.
Entender isso, gente, é essencial para saber onde o Brasil está pisando e para onde estamos indo. Ô, mas antes de começar, eu te peço um minutinho da sua atenção. Clica nesse link aqui abaixo ou aponte o celular nesse QRcode e vote no canal do professor de geografia no prêmio do YouTube Educação.
Todo prêmio, se eu for o primeiro colocado, será revertido em bolsas de estudos para alunos de escola pública. Isso mesmo. Os alunos da escola pública terão acesso à minha plataforma, o Gabarita Gel.
Eu vou reverter o prêmio para bolsas de estudo. Então você vai estar ajudando o canal a ser mais relevante dentro da plataforma do YouTube e estará ajudando alunos de escola pública na sua preparação para o Enem e para os vestibulares. É uma retribuição do seu apoio.
Dura 3 segundos, é rapidinho, fácil fácil de votar e, ó, você pode transformar a vida de muitos alunos. Gente, vamos voltar um pouco para entender isso, né? para construir a base, para entender o papel da China hoje na nossa economia.
Ó, quando a China começou a crescer forte, lá nas décadas de 90 e início dos anos 2000, ela se tornou a maior compradora de matériapra do mundo. E o Brasil com a sua produção agrícola gigantesca, com as suas reservas minerais, só lembrar do Serra dos Carajás, do quadrilátero ferrífero. E aí começa aquele momento que ficou conhecido como o boom das commodities.
O Brasil passou a vender soja, minério de ferro, petróleo e carne. O agronegócio explodiu, o setor de minerais também. Isso gerou empregos, trouxe divisas, impulsionou o PIB.
Em 2009, a China passou os Estados Unidos e virou nosso maior parceiro comercial e nunca mais saiu dessa posição até hoje. Aí vem a parte delicada da nossa análise. Com esse crescimento comercial, vem também a concentração perigosa.
Hoje mais de 80% do que a gente exporta pra China são commodities. Exportamos soja, ferro, petróleo. Isso é ótimo até o dia em que a China desacelerar, mudar a sua política de importação ou fechar acordos com outros fornecedores.
E isso é um risco real. A nossa economia tá diretamente ligada ao humor da economia chinesa. Em contrapartida, o que a gente importa da China são produtos de alto valor agregado.
Então, importamos celulares, computadores, máquinas, peças de veículos, produtos químicos, têxteis, eletrodomésticos. Isso gera um desequilíbrio. A gente exporta matéria-pra bruta, importa produto industrializado que emprega muito mais, gera mais valor, inovação, desenvolvimento.
é o famoso modelo centro da periferia que a gente conhece desde a época lá do período colonial, o pacto colonial, gente, fornecer produto bruto e comprar de volta produto pronto. E que que vai, isso vai resultar na economia brasileira? Desindustrialização.
A indústria brasileira vem perdendo força, gente, há décadas. E muitos analistas apontam a concorrência com os produtos chineses como um dos fatores principais dessa desindustrialização. Afinal, gente, como vai competir com celular chinês que custa a metade do preço e chega aqui em massa?
Ó, mas não vamos parar por aí. A China não tá só comprando, ela também tá investindo e muito no país. Desde a crise de 2008, o investimento direto chinês no Brasil disparou.
Começou com foco em garantir matériapra, mas hoje se espalhou para tudo. Onde você anda no Brasil tem coisa chinesa, ó. energia elétrica, então, geração, transmissão e distribuição, infraestrutura, portes, ferrovias, rodovias, sistema logístico, agronegócio e mineração e agora tecnologia e serviços financeiros.
Empresas estatais chinesas viraram donos de pedaços inteiros de setores estratégicos no Brasil. Por exemplo, a State Grid é uma das maiores operadoras de energia no Brasil. A China Communication Construction Company, ó, meu inglês não é um dos melhores, não.
Atua pesado no setor de logística. A Huawei, Huawei, cara, disputa espaço no 5G. A Did Shining, pode ser assim que fala, é dona da 99 que concorre a Uber.
Bancos chineses como o ICBC ou Banco of China estão operando aqui financiando projetos e empresas. Ou seja, não é só comércio, a presença é grande, é controle. E outra coisa, a China virou fonte de financiamento pro Brasil.
Os bancos chineses, como o Banco de Desenvolvimento da China, já financiaram bilhões de dólares para projetos aqui. Um exemplo famoso, vou te dar exemplo, vou te dar exemplo, é a Petrobras que pegou empréstimo bilionário como garantia de fornecer petróleo pros chineses. Na prática é assim: você pega dinheiro, mas promete entregar a produção de petróleo por décadas.
Gente, além disso, os chineses ofereceram uma alternativa ao sistema tradicional de crédito ocidental, com menos transparência, menos exigências ambientais ou sociais, como FMI faz, mas também com mais alinhamento aos interesses deles, não necessariamente os nossos. Aí tem os bricks com o banco dos bricks sediado lá em Shangai. onde o Brasil também participa, mas grande volume do dinheiro vem da China.
E já se fala também de usar o real e o Iwan nas transações bilaterais para fugir do dólar, mas isso ainda tá claro, engatinhando, tá, gente? Tá, mas como tudo isso impacta a nossa vida? No agronegócio e na mineração, o lucro é alto, o recorde de exportação, mas também a pressão ambiental, gente, é absurdo.
Os chineses estão nem aí para meio ambiente. A demanda por soja, por exemplo, empurra o desmatamento do serrado da Amazônia. A indústria nacional sofre.
A participação da indústria no PIB cai ano após ano. Infraestrutura recebe investimento, sim, mas com problema. Falta de conteúdo local, contratos pouco transparentes, importação de mão de obra chinesa e não aqui nossa, impactos ambientais e sociais mal resolvidos.
E tem parte da política em tudo isso. O Brasil precisa equilibrar a relação com a China, com outros parceiros também estrangeiros, como Estados Unidos e Europa. Tá aí os Estados Unidos em relação a tudo isso, cara.
Eles não gostam nem um pouco dessa aproximação do Brasil com Pequim. Eles vem essa presença chinesa na América Latina como uma ameaça e isso cria uma pressão diplomática real. O Brasil ainda não entrou fortemente aí na iniciativa do cinturão da rota chinesa, né?
Tá meio assim, mas já se sabe que vai ter que uma hora aceitar. A questão é, estamos escolhendo nossos parceiros com estratégia ou deixando o vento levar? Então, quais são os riscos?
Dependência demais de um único mercado, desindustrialização acelerada, modelo econômico pautado em commodities, falta de controle sobre nossa infraestrutura crítica, problemas sociais e socioambientais crescentes, condições de investimento nem sempre transparentes. E a grande pergunta, quem tá ditando as regras do jogo? Porque se o Brasil não se posicionar melhor, a relação pode ser pode continuar sendo lucrativa a curto prazo, mais frágil e arriscada, gente, a longo prazo.
O Brasil precisa da China, claro, óbvio, mas também precisa de ter inteligência estratégica. A gente tem que parar de vender só o que sai do chão e começar a exportar valor, conhecimento, tecnologia. A relação com a China pode ser poderosa, mas ela tem que ser o quê?
Mais equilibrada. Porque no fim a pergunta não é quanto o Brasil exporta pra China e sim, quem tá se desenvolvendo mais com essa parceria. E você, que que você acha que o Brasil está se beneficiando ou está se vendendo para os chineses?
Comente aí, compartilha com quem curte Geopolítica, Economia, Atualidades, Geografia e já se inscreva no canal para ter mais vídeos como esse que faz assim com a sua mente pum. Porque entender o jogo primeiro é o primeiro passo aí para vir para não ser um peão no no tabuleiro de xadrez e sim o rei, a rainha, a torre, quem manda no jogo de fato, ó. E peço para você, cara, vote no Geografia lá no prêmio do YouTube Educação.
É muito fácil, demora 3 segundos e todo prêmio será revertido em bolsas de estudo para alunos de escola pública estudarem no gabarita gel ou a gente vai dar bolsa de estudo. Vale a pena ajudar o canal que faz um trabalho há mais de 10 anos aqui na internet e ajudar os alunos à escola pública. Valeu, pessoal.
Amos junto para cima deles. É gabarita gel.