Identificação - Psicanálise: Conceitos em Freud - 35

bem vindos ao nosso canal no youtube nesta série é intitulada teoria psicanalítica conceitos em freud dirigida aos alunos da universidade que coleciona puc minas com material de apoio ao estudo neste vídeo a gente vai tratando do conceito de identificação identificação não é um conceito que foi de sistematizou muito mesmo no final da obra ele chegou a escrever que ele não estava muito satisfeito com tudo o que tinha falado sobre identificação mas é um conceito uma noção muito importante né então está presente desde o princípio então no estudo sobre se teria freud já trata dessa questão

de identificação na formação do sintoma histérico é ele trata a identificação como se fosse se colocar no lugar de agir como se fosse alguém ou como se fosse um outro né é um dos exemplos disso é na sua paciente elizabeth bom r que é o nome fictício que foi de de o paciente que é um dos casos apresentados no estudo sobre se seria ele vai falar sobre como ela se colocar no lugar de filho ou amigo do pai né na construção do seu sintoma é outro exemplo interessante também do início taag justamente na interpretação dos

sonhos é nesse nesse livro que foi descrever o que é o marco inicial da psicanálise diz que tem um sonho que ele é como um famoso nos canalize é comentado por pós foi de anos também que ficou conhecido como o sonho da bela açougueiro né é esse sonho é fica muito claro que essa pessoa que sou essa mulher ela se coloca no lugar de uma amiga de quem ela não queria realizar o desejo né então um sonho quem aparece não conseguir realizar um certo desejo seu é a própria pessoa mas no deslindar da análise é

a amiga que ela não queria realizar estava identificado essa amiga então estava no lugar dessa amiga aí uma questão que foi a chama de identificação histérica né é então ele vai até laboral essa questão de identificar se com um desejo que não vai ser satisfeito enfim tem outras elaborações posteriores sobre decisões sobre a questão da histeria mas não vou entrar nesse detalhe aqui porque a gente está tratando da identificação né aliás é dos sonhos é um fenômeno interessante que acontece é o fato de que muitas vezes os personagens que compõem o sonho nem as pessoas

com as quais a gente lida muitas vezes são traços seus que você é no sonho é tratada como se fosse outra pessoa outras pessoas né desejos traços características sofrimentos que são identificados em algumas pessoas no sentido cotidiano no som e aparecem ali como se fossem essas outras pessoas na verdade você pode ter uma série de personagens som e todos serem você mesmo é uma forma também de falar de identificação nesse sentido que a gente está tratando inicialmente e esse e essa noção de de se colocar no lugar de identificar se com a agir como se

permanece importante na obra de freud durante muito tempo a gente pode encontrar por exemplo uma das suas conferências introdutórias a psicanálise o exemplo de uma paciente a neurótica obsessiva que é o seu sintoma tinha relação com o fato de se identificar com o marido e realizar aquilo que ele não conseguiu realizar justamente em relação a ela não é alguma coisa que dizia respeito à sua intimidade com o marido então o sintoma era uma forma distorcida sempre distorcida nós já falamos de defesa de recalque de realizar aquilo que o marido não tinha conseguido realizar com ela

mesmo é um outro exemplo de desde dessa forma de identificação de se colocar no lugar dia está realizando o desejo do outro ou desejo do outro que diz respeito a você mesmo uma segunda questão em relação à identificação aparece no texto de fred sobre o nervosismo uma introdução que nós já trabalhamos também outros vídeos sobre racismo mas retomando aqui dizendo respeito a identificação o que fred vai está é preocupado nesse texto é justamente a formação do ego a formação do eu né ea formação do euro para floyd é acontece quando é o sujeito então investe

libidinal mente uma representação de si essa representação de si esse traço que vai construir um núcleo do euro e depois dos outros identificações que verão também em torno de seu e se a representação de si o sujeito trouxe o outro ele identificou um traz um outro identificou-se com o traço do outro com traços do outro trouxe para si e isso vai formar o seu então este investimento objetal né no objeto este investimento de medina o objeto é é por uma série de frustrações de questões relacionadas à a a a não realização da demanda do desejo

em relação a esse outro é que frustra que castra o seu jeito então é roupa uma parte dessa relação traz um traço desse outro alguns traços e investe iv geralmente é assim que se forma o eu do ponto de vista da psicanálise e isso vai perdurar a vida toda não só na formação inicial e se precipitado inicial é como também nas identificações que vão acontecer durante a vida mas na primeira infância isso é fundamental por isso que o que que o modelo das primeiras identificações é um modelo ligada ao estágio oral ou seja incorporar do

outro alguma coisa em si mesmo e daí as fantasias por exemplo de canibalismo é interessante lembrar que nesse tempo a fraude já tinha elaborado um pouco mais sobre o complexo de édipo e é o mesmo modelo ligado à idéia da constituição da sua identificação sexual em relação ao objeto ou nação desejo amor no campo do amor mesmo campo e típico né porque em relação ao complexo sad que nós já trabalhamos também outros vídeos a gente pode pegando o modelo básico de fred que o modelo do menino no né do menino heterossexual vamos colocar dessa forma

só pra é é servir de exemplo que na questão da identificação então o menino deseja deseja tendo um desejo dirigido a mãe e também tem uma relação de amor ao pai significa que também tem um investimento libidinal no pai esse menino vai entender a impossibilidade de realização dessa demanda exclusiva de amor em relação à mãe por que o pai vai aparecer como esse a gente interditou neco que traz a castração simbólica então ele vai é abrir mão de seu objeto para dirigir a sua libido seu desejo para outros objetos do mesmo sexo da mãe né

mas ele vai romper essa relação de demanda é amorosa e até sexual com relação ao pai transformando isso em uma identificação então a identificação ao pai do menino nesse exemplo ele vem a partir de uma é mudança na relação original que é uma relação erótica uma relação de desejo em relação ao pai ela vai ser modificada numa identificação eu trago os traços desse objeto e passa a investir em mim mesmo e no eu essa é a digamos a saída de di no raciocínio freudiano do menino que é o principal exemplo eu estou usando aqui pra

gente entender um pouco essa forma de falar da identificação ea gente tem um um texto muito importante fred já depois de 1920 que 1920 mas com uma certa mudança na perspectiva freudiano introdução de novas elaborações né o texto de 1921 se chama a psicologia das massas e análise do eu ou contato produzido no estandarte é a psicologia de grupo e análise do ego não é o capítulo 7 desse texto é dedicado à ideia a questão da identificação e lá floyd vai falar sobre três tipos de identificação é a primeira delas seria justamente a identificação ligada

ao complexo de édipo essa que a gente acabou de falar de dar um exemplo a segunda seria o que ele chama de identificação regressiva e de certa forma estaria muito localizada pra ele não citou histérico né ele traz um exemplo de um caso há que também citou um caso clássico de fred é cuja paciente deu o nome de doura né e é o que ele diz é da identificação regressiva usando douro como exemplo é o fato de que um dos sintomas de doura era justamente a tosse não é é é um sintoma histérico porque era

uma identificação ao seu pai na leitura floridiana seria mais ou menos assim dora tinha um desejo dirigido ao pai uma demanda de amor um desejo uma fantasia que a questão indica sendo isso impossibilitado e não tendo uma saída que seria uma outra saída não sintomática pra frente dora então se identificam o traço do pai trânsito para si e passa a investir mesmo que ela trate como um sintoma como o sofrimento é um prazo paterno que era trás da impossibilidade da realização de um desejo com esse objeto é tem que registrar que as interpretações do caso

de dor até freud mesmo também faz algumas revisões disso são importantes mas as interpretações que vem também com os poços artesianos e fundamentalmente eu tô falando de lacan é que retoma esse caso de uma outra forma com outras com outros em foco é muito interessante mas para quê a identificação em relação ao texto que a gente está tratando isso é a suficiente nem para falar do capítulo 7 ea terceira forma de identificação que fred vai tratá-la é justamente o problema de identificação das massas a identificação a um líder né então o que fred vai dizer

é que as pessoas se identificam aos líderes é colocando esse líder no lugar do ideal do euro de cada um é ideal do eu também é um conceito que a gente trabalhou em outro vídeo né então esse líder ocupando o lugar de del de cada um ele tem de certa forma uma identificação vertical porque eu me identifico ao líder a esse lugar é idealizado que é o meu lugar de realização do eu e ao mesmo tempo tem uma identificação horizontal porque todos ali colocaram lhe têm lugar de del do eu então é eu me identifico

com os outros é uma certa irmandade é que se produza uma fraternidade em relação a esse líder é evidente que a loja estava é preocupado né tanto quanto outros autores e pesquisadores da época em 1921 que a gente está falando na europa é com a um início da formação de movimentos de massa que vão um pouco depois gerar por exemplo o fascismo o nazismo e de certa forma apesar de algumas diferenças aí o comunismo na sua vertente está no início a gente poder localizar melhor né mas é isso então fraude vai dizer que há o

que forma as marchas essa identificação a colocação do líder no lugar de del do eu é o que vem com o efeito disso é que normalmente o que acontece na formação dessa identificação de uma massa é que ela precisa era começar é preciso não ela começa a rivalizar com outros grupos cujo ideal do eu ou cujos ideais são diferentes né então que se reúnem de forma diferente são orientados por ideais diferentes ideais colocado nesse lugar que é um lugar de demanda um lugar de amor cada um que coloca o líder não ser um ideal do

eu espero que esse líder faça por ele alguma coisa boa que o que de certa forma o ame é uma demanda de amor tá ali por isso mesmo questionar um líder colocar nesse lugar é muito difícil porque é uma questão consciente é uma questão afetiva que não passa necessariamente pela racionalidade né ela pode até ser modificada por isso mas não passa muito por isso passa por uma relação afetiva em que eu espero desse líder uma certa realização de algo que fosse o meu bem né só que o problema é justamente a rivalidade com os outros

grupos a intolerância e é justamente a segregação que acontece porque eu vou reconhecer no outro é o rival aquele que não compartilha o meio ideal e que portanto é um problema para mim isso é uma uma elaboração que começa lá em fred tem um desdobramento depois que podem ser até interessante ler principalmente no contexto atual em que a gente está vivendo é esse contexto político desde a eleição passada no brasil né esse é o tema de outro vídeo talvez bem e para terminar dois pontos interessantes em relação ao processo de análise e identificação o processo

de análise faz vacilar as identificações do sujeito é o que se espera justamente ao se descobrir que parte desse eu ou parte daquilo que eu considerava tão um ritmo tão então meu veio do outro né veio do outro como desejo como demanda como trás e aí o que acontece também é que muitas vezes se descobre que aquele traço no outro aquela característica do outro que me incomoda tanto é justamente uma característica minha que eu quero negar em mim eu só consigo reconhecer o outro e aí eu tenho que combater eu tenho que questionaram eu me

incomoda mas muitas vezes alguma coisa própria que eu não consigo reconhecer que eu nego em mesmo né essa é um é um efeito interessante o segundo efeito interessante a gente reconhecer que parte daquilo do qual a gente se queixa a gente pode chamar aqui de sintoma é parte dele a identificação é alguma coisa própria minha e do meu próprio desejo que eu trato como algo é tão então particular tão tão característico meu mas que justamente causa por causa em parte o sofrimento qual eu me queixo agora se eu me encontro com isso é preciso uma

decisão ou isso é abandonado ou isso é assumido né e isso muitas vezes é fruto também de um processo de análise encontrar com essa parte desse que é justamente o fundamento de seu sofrimento e que aí é preciso tomar uma decisão num certo sentido e se relaciona com aquilo que freud dizia que as pessoas resistiam elas caminhavam até certo ponto e recuavam depois é tinham reações terapêuticas negativa 777 talvez seja esse momento em que o sujeito encontra com algo de si mesmo que é quase como se ele dissesse bom se eu mudar isso quem sou

eu a partir daqui né é uma questão interessante e que é no processo de análise pode acontecer e pode ter frutos muito importante também helicópteros que a gente tá aqui próximo de uma área que o exército está trabalhando em função da do rompimento da barragem pomadinhas né então a gente está lidando que com os barulhos do helicóptero do exército dois helicópteros do exército que vão e vêm há neste momento essa repetição de uma tragédia em minas e que tem como causa uma das causas principais justamente a ganância por lucros e o descuido com com a

vida humana é o desrespeito à vida humana e infelizmente tem se você gostou do vídeo deixa eu lhe que faça comentários destes sugestões e até o próximo