Queriam me derrubar. Só esqueceram que eu era o alicerce. E puxei o chão com gosto.

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No dia em que o filho do meu chefe assumiu o cargo de diretor geral, fui chamada na sala dele. Ele n...
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o escritório estava em silêncio quando cheguei naquela manhã um silêncio estranho carregado como o instante que antecede uma tempestade eu já havia percebido sussurros nos corredores os olhares trocados as portas que se fechavam depressa demais assim que eu me aproximava mas naquele dia havia algo diferente a tensão era palpável como se o prédio inteiro soubesse de algo que eu ainda não sabia trabalhei ali por mais de 15 anos entrei como assistente administrativa quando a empresa ainda operava em uma sede modesta com paredes descascadas e mesas de segunda mão vi tudo crescer fui promovida assumi projetos
carreguei prazos impossíveis nas costas mas nunca reclamei porque apesar de tudo eu acreditava naquela empresa acreditava no que construímos e acima de tudo acreditava que lealdade significava alguma coisa estava organizando os relatórios de desempenho do trimestre quando a secretária do novo diretor bateu na porta e disse com a voz contida: "Ele quer te ver agora" subi com os papéis na mão achando que se tratava de uma apresentação talvez uma reunião de alinhamento quando entrei encontrei Gabriel o filho do dono recém-nomeado diretor geral de pé com as mãos nos bolsos e um sorriso presunçoso no rosto
ele usava um blazer caro que não combinava com sua postura de garoto mimado "pode sentar Mariana" disse ele gesticulando com Disney sentei-me tentando manter a neutralidade no rosto eu vou ser direto não vejo motivo para manter você aqui o que faz não é essencial na verdade é um peso e nós não guardamos peso morto por aqui a frase me atravessou com a violência de um soco mas minha expressão permaneceu firme eu não implorei não questionei não chorei apenas respirei fundo e disse: "Está certo só peço que envie os documentos da recão para meu e-mail." Ele
pareceu desconcertado com minha calma esperava talvez uma cena um apelo um escândalo mas não teve nada disso eu me levantei ajeitei minha bolsa no ombro e saí da sala com a mesma dignidade com que entrei no elevador respirei fundo e encarei meu reflexo no espelho havia tristeza sim havia uma pontada de humilhação mas acima de tudo havia algo que ele não conseguia ver certeza a noite foi longa recebi mensagens de colegas a maioria em tom de surpresa alguns sinceramente revoltados outros com aquele tipo de pena vazia que não alimenta ninguém mas não respondia a nenhum
deles jantei em silêncio com o celular desligado e antes de dormir reli pela última vez o contrato que havia assinado com o pai de Gabriel anos atrás um contrato que ele ao que tudo indicava jamais leu na manhã seguinte eu ainda estava tomando meu café quando o telefone tocou era recepcionista do prédio onde a empresa funcionava a voz dela estava trêmula mariana o Senr eduardo chegou aqui e bem ele está fora de si sorri sozinha eu sabia que esse momento chegaria desliguei o telefone e calmamente fui até a janela da sala o céu estava limpo
o sol nascendo sem pressa por entre os prédios aquela manhã seria diferente muito diferente para eles na sala da diretoria o clima havia virado de euforia para causa em menos de 24 horas eduardo o patriarca da empresa um homem de presença imponente e temperamento volátil entrou no prédio esbravejando assustando recepcionistas e fazendo os funcionários se entreolharam tentando adivinhar o que havia acontecido "onde está ele?" gritou ao subir as escadas sem esperar o elevador "cadê o idiota do meu filho?" Gabriel estava na sala de reuniões revisando os primeiros passos da sua nova gestão moderna quando a
porta foi escancarada com o empurrão "você perdeu o juízo?" berrou Eduardo "me diga que é brincadeira por acaso leu o acordo de permanência dela antes de assinar a recisão?" Gabriel levantou-se num salto pálido "que acordo?" Eu ela era inútil pai uma relíquia só ocupava espaço reliquia é a sua capacidade de pensar eduardo atirou uma pasta pesada sobre a mesa isso aqui é o que você deveria ter lido antes de agir como um moleque mimado foi ela quem sustentou essa empresa durante as crises foi ela quem manteve os projetos vivos quando todos os gerentes fugiram e
foi por isso que quando assinamos o contrato de retenção dela coloquei cláusulas específicas gabriel pegou os papéis e começou a foliá-los à medida que lia seus ombros afundavam como se cada linha pesasse mais que a anterior "ela tem direito a bônus de performance retroativos" murmurou incrédulo "a participação societária temporária cláusula de exclusividade multa por quebra unilateral." Eduardo cruzou os braços cerrando os dentes você acabou de dar a ela meio milhão de reais um bônus de saída e a liberdade de levar todos os projetos que criou incluindo aquele que o conselho estava prestes a aprovar sem
falar que por contrato ela agora está liberada para abrir empresa concorrente sem qualquer restrição "pai eu não sabia por que não leu?" gritou novamente empurrando a pasta contra o peito do filho você tem noção do que ela pode fazer agora mariana não é peso morto mariana é a espinha dorsal disso aqui enquanto isso do lado de fora eu estava em casa sentada à mesa com meu caderno de anotações revisando os rascunhos de um projeto que nunca tive permissão de executar dentro daquela empresa um plano que agora pertencia exclusivamente a mim um sistema de automação logística
que reduziria custos de transporte em até 38% eu havia desenvolvido nos últimos três anos nas horas extras nos fins de semana durante madrugadas silenciosas sem nunca receber um centavo a mais por isso mas graças ao meu acordo inútil aquele projeto agora era meu e ao contrário de Gabriel eu lia cada linha dos documentos que assinava aquele papel ignorado por tanto tempo agora era uma sentença para eles liguei para um advogado depois para uma amiga que trabalhava em uma empresa concorrente muito maior e com capital para investir em menos de uma semana eu já estava em
uma sala de reuniões apresentando os gráficos protótipos e estimativas de mercado que tantos anos atrás ninguém havia sequer olhado eles lá na antiga empresa tentavam remendar os danos mas era tarde demais porque peso morto não afunda sozinha leva junto quem pisa nela duas semanas após minha demissão sentei-me diante de uma mesa de mármore branca na cobertura de um prédio envidraçado diante de seis executivos atentos todos vestidos impecavelmente todos com olhos fixos nas projeções que eu apresentava e pela primeira vez em muitos anos eu falava sem ser interrompida cada argumento era ouvido cada ideia analisada cada
plano valorizado o projeto de automação logística foi aprovado por unanimidade um mês depois fui nomeada diretora de inovação daquela empresa uma gigante do setor que absorveu não apenas meu projeto mas também me deu carta branca para montar uma equipe do zero escolhiu os melhores muitos deles ex-colegas da antiga empresa pessoas que também haviam sido subestimadas ignoradas ou descartadas por Gabriel em sua tentativa cega de amodernizar aquilo que mal compreendia e foi com uma satisfação fria mas profunda que preparei os convites para o evento de apresentação do novo projeto no mercado um evento grandioso transmitido ao
vivo com investidores parceiros e a mídia no topo da lista de convidados estavam Gabriel e Eduardo claro que eles viriam na noite do evento vesti-me com elegância um vestido azul escuro sóbrio mas de presença minhas mãos tremiam levemente ao segurar o microfone não de medo mas da intensidade daquele momento quando subi ao palco vi os dois sentados na segunda fileira lado a lado eduardo estava tenso a mandíbula travada gabriel olhava para o chão evitando meu olhar sorri boa noite a todos antes de mais nada gostaria de agradecer aqueles que me subestimaram aqueles que disseram que
meu trabalho era dispensável que eu era apenas um peso morto foi graças a vocês que decidi seguir meu próprio caminho e foi ao deixar para trás o que me prendia que descobri tudo que eu podia ser a plateia aplaudiu meus olhos cruzaram com os de Eduardo e pela primeira vez vi ali um traço de arrependimento mas não era suficiente não depois de tudo não depois de anos sendo silenciada em reuniões ignorada em apresentações chamada de funcionária confiável apenas para ser usada e descartada gabriel por outro lado parecia encolher na cadeira cada palavra que eu dizia
e isso confesso foi uma pequena vitória pessoal mas ainda não era o fim após o evento durante o coquetel Eduardo se aproximou estendeu a mão mariana precisamos conversar olhei para a mão estendida depois para o rosto dele agora não estou ocupada demais vivendo aquilo que vocês sempre disseram que eu não conseguiria e me afastei naquela noite quando cheguei em casa abri uma taça de vinho e me sentei na varanda o vento soprava leve a cidade lá embaixo brilhava pulsante pensei em tudo que havia enfrentado para chegar ali cada reunião em que me cortaram cada proposta
ignorada cada elogio forçado cada palavra atravessada de desdém tudo havia me moldado mas não me destruído e o melhor ainda estava por vir duas semanas após o evento minha nova empresa começou a absorver parte da clientela antiga não por revanchismo mas por eficiência nossos relatórios de desempenho apresentavam melhorias visíveis e consistentes em menos de um trimestre superamos as metas previstas o projeto que um dia fora ignorado na gaveta da sala de reuniões agora era capa de revista do setor e foi aí que começaram as ligações primeiro vieram e-mails de consultores da empresa anterior tentando sondar
informações depois mensagens disfarçadas de parabenizações mas nada que me tirasse do sério até que certa manhã o próprio Eduardo apareceu na recepção da minha nova empresa sem aviso prévio mariana disse ele com o olhar abatido precisamos conversar a situação está fugindo do controle respirei fundo o que quer Eduardo gabriel ele está perdido os investidores estão pulando fora os clientes migrando as decisões dele estão afundando tudo e o projeto que você levou era o único diferencial real que tínhamos cruzei os braços ouvindo em silêncio quero fazer uma proposta um retorno a empresa é sua tanto quanto
nossa sempre foi ri sem esconder o sarcasmo não Eduardo ela nunca foi minha ela foi minha responsabilidade minha dor de cabeça minha carga mas nunca minha a única coisa que me deram lá foi o rótulo de peso morto ele engoliu em seco eu errei mas Gabriel Gabriel não errou gabriel mostrou quem sempre foi e você o colocou no meu lugar mesmo sabendo a responsabilidade não é só dele ele baixou os olhos só queremos salvar o que resta pensei nas noites viradas nos projetos descartados nas vezes em que fui chamada de exagerada por exigir reconhecimento lembrei
da sala em que fui demitida com frieza sem uma palavra de gratidão pensei na voz de Gabriel tão cheia de arrogância dizendo: "Não guardamos peso morto por aqui" então me aproximei mantive o tom firme sereno eu não sou salvadora de impérios falidos Eduardo sou fundadora do meu próprio vocês que arquem com as consequências das próprias escolhas viu o exato momento em que os ombros dele desabaram era como se finalmente tivesse entendido que perdeu não só a funcionária mais leal que teve mas também a chance de se manter relevante em um mercado que não perdoa erros
ele saiu sem dizer mais nada e eu voltei ao meu trabalho sem peso no peito na semana seguinte o anúncio veio a antiga empresa estava à venda gabriel havia renunciado ao cargo pressionado por dívidas e escândalos de magestão a imprensa noticiou o colapso de forma implacável e enquanto todos tentavam entender o que havia acontecido eu apenas sorri porque a ruína deles começou no dia em que ignoraram a única coisa que poderia salvá-los a notícia da venda da antiga empresa se espalhou como fogo em capim seco veículos do setor noticiaram com tons de tragédia corporativa especialistas
discutiam nos painéis de economia como uma companhia com tantos anos de mercado afundou em menos de se meses mas eu sabia a resposta e ela era simples quando você despreza quem sustenta suas bases a estrutura inevitavelmente desmorona eu poderia ter apenas assistido de longe em silêncio saboreando minha vitória com descrição mas não era isso que o momento pedia entrei em contato com a consultoria responsável pela venda marquei uma reunião quando entrei na sala envidraçada do outro lado da mesa estavam Eduardo pálido e desidratado de orgulho e Gabriel desivelmente mais magro olheiras profundas e o olhar
perdido parecia um menino castigado mas não havia arrependimento em seus olhos apenas o medo de perder tudo "você veio comprar?" perguntou Eduardo com voz baixa sentei-me com calma cruzei as pernas e deixei a minha pasta sobre a mesa olhei nos olhos dos dois o silêncio sufocava sim vim comprar mas não pelo valor de mercado e sim pelas migalhas que restaram gabriel bufou então é isso está aqui para se vingar sorri sem pressa não Gabriel minha vingança começou no dia em que você assinou minha recão sem ler o que estou fazendo agora é apenas por o
último prego no caixão abri a pasta coloquei sobre a mesa um documento de intenção de compra assinado a proposta incluí aquisição de ativos marca e banco de dados mas sem a equipe já que com exceção de dois gerentes todos os talentos que valiam a pena estavam comigo agora eduardo leu o papel com as mãos trêmulas sabia que era isso ou nada a empresa não resistiria mais um mês assinaram três dias depois a transação foi finalizada entrei no antigo prédio como proprietária os corredores estavam vazios cheios de caixas empilhadas e silêncios cada passo que dei até
a sala onde fui chamada de peso morto aoou como uma batida de tambor da justiça abri a porta a mesa onde Gabriel se sentava ainda estava lá com uma cadeira de couro e uma placa prateada que dizia diretorgeral tirei a placa joguei no lixo e substituí por uma que trouxe comigo sala de arquivo não jogue fora o que ainda pode ser útil a empresa não voltaria a operar sob o mesmo nome usei os ativos que me interessavam e dissolvi o restante aquilo que um dia meu primeira se transformou na base para algo novo algo verdadeiramente
meu na noite seguinte fui até a sacada do meu apartamento o vento soprava suave como se lavasse minha pele lá embaixo as luzes da cidade tremeluziam indiferentes ao drama de quem ainda não sabia perder fechei os olhos e respirei fundo fui chamada de inútil de peso morto mas foi o peso da minha ausência que afundou o império deles agora livre do passado e dona do meu futuro eu finalmente entendia o que eles chamavam de fardo era na verdade o alicerce e eu nunca mais deixaria ninguém pisar nele fim m
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