Se você quer abrir um bom negócio, igreja, igreja virou um bom negócio. É o melhor negócio que existe. Por quê? Porque você vende o que você quiser e você não precisa entregar nada. Você vende o que você quiser. O pastor Mirin, ele não tá fazendo nada diferente do que os grandes pastores fazem. O que chama a atenção somente é que há adultos por trás disso e ninguém protege esta criança que foi objetivamente objetalizada. Ele se tornou um objeto de lucro. O que que é você ensinar uma pessoa a vender um produto ruim que não vai
dar resultado? é ser ladrão. O Deus que está sendo pregado hoje em dia não é um Deus espiritual, é um Deus materialista, extremamente materialista, porque é o Deus da prosperidade. Eu vi certo dia uma mulher dizendo: "O meu marido foi para o retiro dos legendários e voltou transformado. Ele agora me abraça." Eu disse: "Oi como assim? O seu marido não lhe abraçava. Fala galera, eu sou o Carlos Maf. Estamos aqui para mais um episódio do Plugado Podcast. Hoje episódio especial, vamos falar de manipulação emocional disfarçada de ajuda. Muitos coachs, muitos picaretas por aí querendo te
pegar, né? Para falar sobre isso, tenho aqui um convidado muito especial, pela terceira vez aqui no Plugado, do meu lado direito, Marcos Lacerda. Salve salveido, obrigado pelo convite e assim, não sei se talvez você não saiba disso, mas aqui foi o primeiro podcast que eu vim na minha vida. [ __ ] que honra, cara. É, e aí depois disso eu já fui em vários, tal, mas eu aprendi o que era fazer um podcast vindo aqui. Pô, que demais. Tava assim com muito, gente, são horas de conversa. Eu vou ter assunto para horas de conversa. Eu
fiquei na dúvida se era, porque eu falei: "Cara, eu não lembro de ter visto ele em nenhum lugar, mas eu apaixonado pelo seu conteúdo, como eu te contei lá, se vocês não assistiram, tem outros dois episódios aqui, depois você vai lá e assiste." Mas eu falei: "Eu não vi ele em nenhum episódio, cara, nenhum lugar, mas, meu, ele é muito bom, o conteúdo dele é muito legal". Não, não tinha. Depois de você aí eu já fui, acho que em todos os podcasts, mas quem abriu foi você. Olha que demais. E eu aprendi a fazer aqui.
Foi bom, pô. Que que honra. Obrigado. Obrigado por estar de volta. Maravilha. Ó, então a gente a gente tem muito que falar hoje, esse lance de manipulação emocional disfarçada de ajuda. Eu queria já entender de você, não é de hoje, né, que isso existe no mundo, né, esses projetos de dominação, tudo mais, tem como que você enxerga isso assim? É, é, é comum eh desde que o mundo é mundo é assim. Desde que o mundo é mundo é assim, mas há momentos em que isso se agudiza. Isso vai se agudizar sempre, máfia, quando a crise
fica mais acirrada. Sempre em momentos de crise, sobretudo sobretudo de crise econômica, isso é fermento para esse tipo de situação aparecer. Então, quanto mais necessitadas as pessoas estiverem, mais picaretas existirão no mundo. Por quê? Porque eles vendem fórmulas fáceis. E é preciso que você entenda que não existe fórmula fácil para nada. Eu sou psicólogo, tenho clínica há mais de 30 anos e hoje, como eu tô na internet, é muito comum eu receber centenas de e-mails aonde a pessoa narra uma história inteira e no final ela me pergunta: "O que é que eu faço?" Como se
eu tivesse a resposta. E se eu quisesse ganhar dinheiro em cima disso, seria muito fácil. Hum. Eu vendo a resposta, se eu vendesse a resposta, se eu vendesse cada resposta por R$ 1, eu era um homem assim milionário. Acontece que o que as pessoas precisam entender é que quem tem que construir a sua resposta é você. E não existe em psicologia fórmula pronta. Aquele povo que tá lá dizendo, olha, se você quer atrair alguém, você dê um descaso que a pessoa venha atrás de você. Para isso ser real, todo ser humano teria que funcionar da
mesma forma, não é verdade? Algumas pessoas, sim, se você der o desprezo, elas vêm. Outras, como eu, se você der o desprezo, nunca mais você me ver. É simples assim. Não há fórmulas. Eu é que tenho que descobrir. Então, sim, essa picaretagem existe faz tempo e hoje em dia ela se ancora em dois grandes pilares. Primeiro o da necessidade, quanto mais as pessoas precisam, e depois a estrutura social que a gente vive, que é a estrutura capitalista. Ah, ele é comunista. Não, não sou comunista. Olha pra minha cara. Não, não sou. Não é isso. Eu
só estou querendo dizer que a ideia de eu tenho que lucrar custe o que custar é uma ideia capitalista. Ela tá aí na base de tudo. Você tem que lucrar, nem que você passe por cima do outro, que você minta, que você engane, que você roube, você tem que lucrar. Uhum. Junta-se isso com estados de privação. Pronto. A esperança é um produto mais lucrativo que existe. A venda da esperança. A venda da esperança é lucrativo. Aliás, se você quer abrir um bom negócio e que virou agora um bom negócio, igreja, igreja virou um bom negócio,
né? Nossa, não à toa. As periferias estão lotadas. Outro dia eu fiz uma conta, em uma avenida tinha cinco. E assim, questão de 4 km lá perto da minha mãe, na zona leste, cinco igrejas em menos de 4 km. É, mas observe as igrejas, elas estão virando sobretudo as as igrejas de classe média, é área VIP, é não sei o quê. Tem todo um uma é, né? E tem todo a igreja church, né? Eh, church e parede preta. Eh, tem as paredes pretas, tem uma estrutura, lugar para vender lembrancinha, tem a área de tudo, tudo
em inglês, tal. Veja, é o melhor negócio que existe. Se você quer abrir uma igreja, é o melhor negócio que existe. Por quê? Porque você vende o que você quiser e você não precisa entregar nada. Sim. Não é? Você vende o que você quiser, você vende cura do câncer, você vende o que você quiser, rasga laudo, rasga laudo, mas você não tem que entregar nada, porque no final das contas, se o produto que você comprou não vier, a culpa é sua. É, vou chegar nisso. Porque Deus não quis por sua causa. Ou seja, o entregador
é Deus que vai cobrar a Deus, não a mim, né? Então, com a igreja eu posso vender tudo e não entregar nada. Aí tem uma coisa que as pessoas começam a não se dar conta, é que o Deus que está sendo pregado hoje em dia não é um Deus espiritual, é um Deus materialista, extremamente materialista, porque é o Deus da prosperidade. Ele vai lhe ajudar a prosperar, ele vai lhe ajudar a ter. O que tem de espiritualista nisso? Nada. Isso é absolutamente material. Então o que você tá dizendo no final das contas é: se eu
não tivesse nenhuma questão financeira, se eu não tivesse nenhuma ambição de chegar a tal posto, eu não precisaria de Deus, não é? Porque Deus é aquele que me dá, é o milagreiro, é aquele que vai fazer. Não é essa a função de Deus, ou não deveria ser essa a função de Deus dentro de uma estrutura social. Uhum. Absolutamente. Não deveria ser. você viveu, você tá há mais de 30 anos aí, né, na de profissão, né? Você viveu bons anos aí sem a internet. Uhum. Você diria que essa transição aí, a o fato da internet, das
redes sociais e tudo mais, isso fez, isso aumentou exponencialmente a as pessoas que oferecem esse tipo de soluções fáceis para problemas complexos? Aumenta porque aumenta o braço, né? Eu agora posso de dentro de casa fazer o que eu quiser. Antes não, antes dava mais trabalho, pelo menos dava trabalho. Dava algum trabalho. Você tinha que escrever um livro, você tinha que ir lá, você tinha que abrir, você tinha que ir na TV, cavar um espaço, né? ser aceito. Hoje em dia, qualquer pessoa com um celular na mão grava um vídeo, promete milagres, cria discípulos e muitos
dos discípulos no início são comprados, né? São atores disfarçados, tem atriz de culto. Sim, né? Então isso vai indo. Mas isso eh lucrar com a miséria já se lucrava antes da internet na TV, não é? Quanto Silvio Santos lucrou com a miséria? Telecena. Telecena, o baú da felicidade. Eu lembro de uma frase que Silvio Santos dizia que era o seguinte: "Quem não se individa não progride." Para você progredir, você tem que se endividar. Então, se você quer uma geladeira nova, você tá aqui o carnê, você paga as prestações, você parcela em 24 vezes. Veja que
isso é a mesma dinâmica levada ao expoente X por causa da internet. A internet tá aí para isso. Mas é diferente, né, a questão de da dessa facilidade tão grande e da possibilidade de você ligar o celular de onde você tiver. Você acha que tem como piorar do do que do nível que a gente tá agora, porque assim, a gente tá chegando inteligência artificial, que é uma outra ferramenta, uma outra grande evolução e que a gente vai chegar no nível de nem precisar mais essas figuras, essas personas para você cair em picaretagens, em golpes. Tá,
tá, tá piorando. Tá piorando, porque a gente também tem uma uma base cada vez com menos cultura, né? uma uma base social cada vez com menos cultura. Aham. Porque eu vi certa vez em algum videozinho desses de internet uma senhora dizendo, dando glória a Deus, como Deus é magnífico, porque tinha uma formiga tocando violão, feita por inteligência artificial, né? Então, nossa, olha só e o que Deus fez aqui e tal. E e aquela senhora acredita nisso, senhorinhas que acreditam em qualquer coisa que o político fala, né? Mas ela tá vendo. Aham. Ela tá vendo. Teve
aqui no, acho que foi no Brasil, não, não sei onde foi. Não, não foi no Brasil. Bom, seja lá onde foi, uma mulher que estava namorando com Elomansk e ela disse: "Era ele eu não tenho não, não era ele. Eu mandei ele puxar os cabelos e ele puxou os cabelos. Nossa, velho, que você bota a inteligência artificial para fazer o que quiser e a pessoa acredita e perde dinheiro com isso. Muito humilde. Agora, a gente também não se dá conta de que a estrutura tá posta a esse serviço, porque se você for num, e hoje
em dia está ficando cada vez mais comum, se você for num colégio de elite, tá proibido você usar telefone. Sim. Não pode usar telefone do celular, deixar na bolsa ou nem leva para casa ou nem levar para casa. Se levar, teve uma confusão que um dia desses confiscaram um celular de uma criança, não sei o que e tal. Não é, não pode, não pode. Mas se você vai pra periferia, todas as escolas públicas de periferia, tá lá o povo com a cara na tela. O que é que eu tô criando aqui? a classe que domina
e a classe que vai ser operária das telas e que vai estar submetida a mim. Isso é claro, isso é evidente. Então, a classe mais rica já começou a ver, pera aí, para eu mandar, eu não posso ficar hipnotizado por isso, meus filhos não podem. Deixo os outros lá fixados na tela enquanto eu tô livre. Assim, eu crio a nova classe operária, que vai ser a classe das telas, e a classe dominante, que é a que teve a cultura, que teve realmente acesso a outras coisas. Caramba, não tinha pensado por esse por esse caminho, né?
Mas imagina se alguma coisa nesta sociedade acontece que não seja com o intuito de manter quem domina dominando e manter quem é dominado dominado. Todo todas as pessoas que oferecem esses tipos de produtos, elas normalmente se baseiam em ruminações mentais. Como eu tava te falando recentemente, eu participei de um evento no qual para mim ficou muito claro o nível da picaretagem, onde chega e onde pessoas humildes vem de longe para consumir aquele tipo ali de baboseiro. Eu até fiquei pensando antes de fazer esse episódio, meu, será que eu faço algo destruindo esse evento que eu
fui ou tento fazer algo construtivo e escolher esse caminho da construção ao invés de ficar martelando, ó, o evento lá não vá e tal. Mas essas ruminações mentais existem, né? E eles ensinam a como você identificar essas ruminações e criar produtos ruins para pessoas que não tm inteligência, que tem um cartão de crédito na mão. Isso é sociopatia, psicopatia. Dá para dizer da do lado teórico, psicológico, o que que é você ensinar uma pessoa a vender um produto ruim que não vai dar resultado, porque do outro lado existem pessoas burras que vão comprar. Qual que
é o nível dessa? É ser ladrão. O nome disso é ladrão. É uma coisa que eu também acho que a gente precisa ter uma um certo pudor. Aham. Porque depois que os psicodiagnósticos caíram na rede, todo mundo agora diagnostica. Ah, meu marido é psicopata, não sei quem é borderline. Ai, porque tem tdah, porque esa lá, primeiro o diagnóstico tem que ser feito por um profissional. Uhum. Em segundo lugar, parece que deixou de existir quem não preste. Simplesmente aquela pessoa não presta. Ela é um ladrão. Ela não tem psicopatologia nenhuma. Ela está simplesmente roubando e ela
não se importa de roubar. O que também não há nenhuma novidade nisso. A gente se escandaliza muito com isso, mas é curioso que a gente não se escandaliza com Brasília. Mais do que se rouba em Brasília não é possível. Uhum. Né? Evidentemente não são todos os políticos que roubam, mas a gente tá cansado de ver isso. Explode o o escândalo de tal político. Explode, explode. E olha, para para pensar, essas pessoas quando roubam, elas não estão apenas roubando. Muitas vezes elas se tornam assassinas e elas não se dão conta disso. Na hora que eu tiro
verba, que seria pra merenda escolar ou que seria pra saúde, pessoas vão morrer. Sim. Vou morrer de fome, vou morrer por falta de Eu sou um assassino. Esse meu roubo indiretamente provocou a morte de uma consequência. Na hora que eu sou um cara safado, que eu vendo cursos aonde as pessoas, né, vão lá e vão acreditar, ou então o jogo de não sei das quantas que eu vou lá e fico usando o cartão de crédito. Teve gente que se matou por causa disso, porque não tinha como pagar dívida. Então essa pessoa, ela não é apenas
um ladrão, ela leva pessoas a situações trágicas de acabarem com a própria vida. Eh, eu vou chegar na na na mente desse cara, mas antes disso do cara que cai, que muitas vezes é um cara que se considera inteligente, né, e é um cara estudado. E mesmo assim ele caiu porque ele foi ali exatamente na ferida do cara, em algum problema que ele tem, seja com a família, seja na masculinidade dele. Existem várias ruminações, existem. E essa pessoa mesmo inteligente, ela cai. Por quê? Ela cai porque, bom, vou deixar a questão da cultura de lado.
Vamos pegar uma pessoa culta que cai, tá? Ela cai por dois motivos. Primeiro porque ela quer soluções fáceis e, em segundo lugar, porque na base ela é tão desonesta quanto quem tá querendo dar o golpe nela. Hum. Tem isso. Vamos pensar junto. Só cai no Você deve B, eu sou velho, mas você já deve ter ouvido falar naquele velha história, o conto do vigário, né? Caiu no conto do vigário. O que é o conto do vigário? Atalho, né? É. É o conto do vigário é quando a pessoa cai numa grande enganação. Quando a pessoa é
muito enganada, diz: "Caiu no conto do vigário." Sim. E aí eu trago uma questão curiosa. Só cai no conto do vigário quem quer dar o conto do vigário. Vou lhe explicar. Um caso absolutamente real. Isso não é, não tô inventando. Óbvio, antes de ter internet em 1800, não me lembro quanto, um cara vendeu a torre Effel. Eu acho que já venderam até o Cristo Redentor. Se for viar. Não, eu acho que em algum momento já venderam. Porque esse dado do Cristo eu não tenho, mas já devem ter vendido. Mas já venderam monumentos históricos. Vendeu a
torre foi como, olha, isso é da minha família, é um bem da minha família, apresenta documentos, a gente tá precisando do dinheiro, quer se desfazer desse bem, tal, tal, tal. Ora, a pessoa que comprou a torre Eel, ela caiu no no golpe porque ela queria dar um golpe, porque se ela fosse honesta, ela teria dito à pessoa: "Escute, você tá me vendendo uma mina de ouro, se sua família tá passando necessidade, você não precisa me vender isso. Você pode explorar isso e ganhar muito mais dinheiro do que você ganhará me vendendo." Concorda? É, então só
cai no conto do vigário quem quer dar o conto do vigário. Eu vou lhe contar uma coisa que aconteceu comigo, muito interessante. Eh, há, perdão, há muitos anos atrás eu lancei o meu primeiro livro, que foi um romance que me valeu o prêmio à época de melhor autor paraibano, que foi um estranho em mim. Depois disso, muitos anos depois, eu lancei Libélula, que me valeu um prêmio em Belo Horizonte, que recentemente virou peça e foi um sucesso de que também é outro romance. Mas vamos voltar para um estranho em mim. Na época, um estranho mim
por ter sido premiado, foi lançado aqui em São Paulo e eu vim pro lançamento e aí eu fui pra o lançamento e veio um homem nesse lançamento que era aberto ao público falar comigo e era um homem cheio de correntes e medalha e roupas brilhosas e não sei o quê. E o homem se apresentou a mim, disse que era um bruxo. Tô falando sério, parece piada, mas isso é verdade mesmo. Ele me disse que era um bruxo e que queria conversar comigo, que eu fosse à casa dele, não sei o quê e tal. Dis: "Tá
bom, vou". E aí no dois dias depois eu fui à casa dele, o endereço que ele tinha dado. Eh, quando eu cheguei lá, um lugar muito rico, muito sofisticado, me botaram numa sala de espera. Quando abriu a sala que ele tava atendendo, eu vi sair uma pessoa que eu conheci porque era um ator à época famoso da Globo. Quer dizer, o homem recebia famoso, né? Olha eu aqui, eu digo ponto. Eu eu que não sou nada, né? Quem sou eu na fila do pão? Entrei o homem lá, tal e foi e jogou os búzios para
mim. disse, e ele me disse o seguinte, ele disse: "Olhe, esse seu primeiro livro vai fazer muito sucesso, mas depois dele você vai escrever mais três que também serão sucesso." Mas para isso acontecer, há um caminho que está trancado e eu preciso abrir este caminho. Eu sou o caminho para É, ele é o caminho, né? Pois não. E eu Mas eu já disse que eu tenho que fazer, mas eu já disse a você que eu não cobro nada por isso, tal, mas para fazer esse trabalho desse caminho, de de de abrir esse caminho, aí eu
tinha que pagar tanto pelo material que ele ia usar, parará, parará parar. e que aí isso ia me dar muita prosperidade. Eu olhei para ele e disse ele o seguinte, eu disse: "Isso que o senhor tá me propondo é uma proposta muito boa. Eu não, eu não acho justa. Eu não acho justa essa proposta. Então eu gostaria de fazer uma outra proposta ao senhor que me parece mais justa, porque na medida em que o senhor vai abrir esse caminho para mim, eu vou ganhar muito dinheiro, eu vou ficar muito rico. Então o senhor abre o
caminho para mim e 50% de tudo que eu ganhar eu dou ao senhor. E ele ele parou porque ele não esperava, né? É. Então vamos ver. E aí desconversou para lá, desconversou para cá e me dispensou. Aham. Veja, eu fui, eu fui, eu, eu jamais cairia no conto do vigado porque eu não iria. Como você me oferece a possibilidade de eu ganhar fortunas com aquele livro e com outros que eu ainda iria escrever por aquela quantia só que eu ia lhe pagar para você abrir o caminho, eu lhe dou 50% de tudo que eu vou
ganhar. É seu. Fechou? Quer dizer, eu jamais queria no conto do vigário de ninguém. Porque eu não quero roubar ninguém, porque eu não quero ganhar em cima de ninguém. Então, se eu não quero ganhar em cima de ninguém, eu não vou cair nisso. Então, essa história de usa os pensamentos ruminativos. E para quem tá ouvindo a gente, o que a gente chama de pensamentos ruminativos, neste caso específico, são as feridas abertas que algumas pessoas têm. Eh, ah, eu não sou um homem tão bem-sucedido, eu não sou um, eu não sou tão isso, eu não sou
tão vitorioso, eu Ah, eu sou gordo, né? Uma coisa simples. Eu sou gordo, né? Eu sou gordo, eu quero emagrecer muito bem. Se eu emagrecer, o que é que eu vou ganhar com isso? Tudo o que eu vou ganhar com isso, eu divido com você. Pronto. Mas nesse caso, por exemplo, eh, eu entendo esse caso da prosperidade, mas tem as ruminações muito simples, né, que é quero emagrecer. Nesse caso, a pessoa não tá querendo, talvez ela queira um atalho, mas ela não quer. Mas qual, qual o atalho possível para emagrecer? O atalho é, por exemplo,
emagreça em s dias sem esforço, sabe? É nessas coisas que as pessoas caem, tá? Mas não cai. Isso daí é uma não cai a pessoa não entenda não. Eu me expressei mal. Eu não estou dizendo que a pessoa não embarque. Eu estou só dizendo que aí é uma motivação de desespero. Eu estou em desespero. Eu não acredito nisso, mas eu não tenho nada a perder. Então eu vou pagar para ver. É, né? Tá barato. Eu vou pagar para ver porque, né? Eu não tenho mais nada a perder aqui. Mas no fundo ninguém acredita nisso. Não,
não é possível. Porque ninguém, porque não é humanamente possível. Aham. Né? É, é tipo assim, eu fiz dieta sete dias da semana e aí no oitavo dia eu comi um McDonald's. Aí eu perdi os s dias de dieta que eu fiz. Não, isso não é real, né? A coisa não é assim. Não funciona assim. Como também eu passei, eu passei uma semana comendo tudo que não presta, aí no sábado eu fiz dieta. fez algum efeito? Nenhum. A gente sabe que não funciona assim. Nesse caso tá falando de desespero e as e aí sim o desespero
nos leva muitas vezes a torcer a realidade, a criar uma dissonância cognitiva. A gente torce a realidade dentro da gente. Não, isso não é possível. Mas e si? Uhum. Eu não tenho nada, se eu não tentar, como que eu vou saber, né? Eu não tenho nada a perder. Eu só vou ter que pagar R$ 100 a essa pessoa. Não vou perder tanto dinheiro assim, afinal de contas, falando do meu lugar, porque para algumas pessoas R$ 100 é muito dinheiro, né? Então as pessoas distorcem, mas eu insisto, se você não quer cair em conversa de ninguém,
primeiro não acredite em soluções mágicas, elas não existem. E em segundo lugar, não queira você dar o conto do vigário em ninguém. Não quero tirar vantagem de ninguém. Quando alguém lhe oferecer uma coisa muito vantajosa, ao invés de você receber divida com ela, vai ser muito mais negócio. Todo o lucro que eu tiver em função disso que você vai fazer, eu lhe dou 50%. Fique tranquilo, porque eu tô eu tô com 50% de nada. Uhum. Então é melhor ficar com 50% de alguma coisa. Lou 50%. Eu listei aqui algumas fraquezas que normalmente são usadas. Vamos
lá. E aí me diz se todas fazem sentido. Solidão, os problemas financeiros, baixa autoestima, pertencimento, esperança cega, medo, culpa, grandes perdas, cansaço mental e emocional, a busca espiritual e até conexão com Deus. A a mais potente dessas e que no final das contas rege todas as outras é culpa. Culpa. Culpa. Nada é mais eficaz do que culpa. Eu boto um revólver na sua cabeça e você é capaz de dizer: "Não vou fazer, me mate, não tô afim de fazer". Mas se eu fizer você se sentir culpado, Uhum. Você se ajoelha e pede para eu apertar
o gatilho. Porque o que se manobra as pessoas pela culpa não é brincadeira. Você perdeu essa pessoa porque você foi emotivo demais. A culpa é sua. Você perdeu esta pessoa porque você fez sexo no primeiro encontro. A culpa é sua. Você está na miséria porque você não acreditou o suficiente em Deus. Você devia ter acreditado mais e dado o pouco dinheiro que você tinha a ele. A culpa é sua. Isso. Aham. E por aí. Você é uma pessoa solitária porque você é insuportável. A culpa é sua. Isso não é verdade. Pegando até gancho na história
da solidão, eu escrevi um livro sobre isso. Tá aqui para você. Entrevistas sobre a solidão. Aí, caraca, que bonito, hein, velho. É porque a solidão virou uma epidemia. Floridinha. Aí, ó. A solidão virou uma epidemia. e uma epidemia que mata. Obrigado. Em acho que 2018 ou foi 2017, terminou em 2018, a Grã-Bretanha criou o Ministério da Solidão para dar conta do adoecimento que a solidão causava nos ingleses, de tão sério que tava a coisa. Então, se nós, japoneses também são os japoneses também, sobretudo depois da pandemia. Então, eh, solidão é um problema muito sério. E
aí, se eu lhe responsabilizo pela sua solidão, se eu lhe responsabilizo por você tá na condição financeira que você tá, eu lhe manobro. manobrar pela culpa, porque na hora que ele responsabiliza, a culpa é sua. Manobrar pela culpa é uma coisa muito, muito complicada e série que se faz o tempo todo. Por exemplo, as pessoas acreditam, por incrível que pareça, em meritocracia, né? Se eu fizer, se eu me esforçar, eu chego lá. Mas você não acredita em meritocracia? Claro que não. Basta eu mudar qualquer, porque para para haver meritocracia todo mundo teria que partir do
mesmo ponto, tá? Tem essa ideia, né? Eu tenho que partir do mesmo ponto na corrida. Basta eu mudar um aspecto. Bastaria eu mudar. Você está onde você está? Sim, você se esforçou, tudo bem, mas bastaria eu mudar um aspecto seu. Bastaria eu l mudar o cor a cor da sua pele. Uhum. Bastava você ser um homem preto. Isso faz diferença. Eu uso o termo meritocracia da forma errada. Então, muitas vezes, porque assim, eu acredito que as pessoas têm eh esse merecimento por pelo esforço delas. E muitas vezes eu falo assim: "Ah, você conseguiu, você atingiu
pelo seu mérito, então eu uso isso como meritocracia". Tá errado. Tá errado. Porque na verdade você teve uma série de vantagens que tão atrelados à sua história e à sua família. Que bom. Para você jogar fora até podia ser que você jogasse, você tinha que ser muito burro. E aí as pessoas pegam a exceção para justificar a meritocracia. Ah, mas eu conheço fulano que nasceu na comunidade não sei das quantas, trabalhava não sei quantas horas por dia, estudou e hoje é médico. Isso é uma exceção. Mas qual que é o termo que se usa? A
dinâmica não é essa. O quê? Para essa situação, porque eu sou uma situação dessa de quem vem de uma origem muito humilde, não tinha nada. E o que eu que eu conquistei hoje, que não é muita coisa, mas assim que é muito diferente da galera de onde eu saí, foi por mérito, porque é assim, ninguém me ofereceu nada de mão beijada. A sociedade lhe ofereceu sim. Você é homem, tá? Você é heterossexual, você é branco, você é um homem que tem a beleza, você tem um você é um homem que tem um porte atlético, você
tem uma série de conjuntos de fatores que abrem portas para você e que não tem nada a ver com seu esforço, tem a ver com o simples fato de você ser. Uhum. Se você fosse obeso, tá? você talvez não estivesse sentado hoje aí nessa cadeira e não tivesse saído da condição de pobreza. Então não é simplesmente eu me esforcei. A sociedade foi muito a seu favor, porque você não a sorte do universo não. Bastava você ser gay, a coisa tinha sido diferente, né? Bastava você não atender esse padrão. Então, quando a gente fala em meritocracia,
a gente tem que acreditar que todo mundo pode chegar onde você chegou, porque todo mundo partiu do mesmo ponto que Carlos partiu, tá? Acontece que você partiu desse ponto, tá certo? Mas o cara que tava aqui do seu lado, se ele era preto, ele já não partiu do mesmo ponto que você. Ele tava bem alguns passos atrás de você, tá? Se o cara era gay, ele não tava no mesmo ponto que você. Se era uma mulher, não tava no mesmo ponto que você, né? Então assim, se você pega e aí não tem nada de questão
de partido político, coisa nenhuma. Não era assim, não deve ter mudado, não sei o último IBGE, mas não deve ter mudado não. Se você pegar os dados do IBGE, era assim antigamente, ainda deve ser. Homem branco ganha mais do que mulher branca. Mulher branca ganha mais do que homem preto e homem preto ganha mais do que mulher preta em termos de renda social, né? Então você nascer mulher e preta no Brasil, ai eu tenho todas as vantagens e facilidades do mundo. Para quê? Para ser empregada doméstica, que é uma derivação da escravidão, né? Aham. Mas,
mas só de a questão de nomenclatura, se ela é uma mulher preta e que explodiu e que deu muito certo, qual é o termo correto para se usar por toda a conquista que ela conseguiu? Bom, se eu pudesse ser um pouco místico, Deus olhou por ela, né? Porque realmente, realmente Deus botou a mão, porque olha, 90% Aham. Não vai funcionar. E é nesses 90% preta e gorda, uma mulher preta, gorda, uma e e aí agora e isso a gente tá falando de mulheres gêneros. Eu não tô nem falando de mulheres transgêneros, que aí a coisa
vai complicando, né, a camada, porque o game ia ficar muito mais difícil, né, tipo, aí para você chegar lá vai ficando muito mais difícil. Aí o cara pega uma exceção e diz: "Ah, veja, máfia, ele saiu lá de não sei da onde e olhe só, qualquer pessoa faz. Se máfia fez, qualquer pessoa faz e joga a culpa em você. E joga a culpa em você. E aí eu lhe manipulo. Eu lhe manipulo pela culpa. E a culpa de você ser pobre é sua. A culpa de você não ter dado certo é sua. Olha, qualquer pessoa
sabe se parar para pensar um pouco que quem vive eternamente atrás do sucesso adoece. Porque sucesso é ser feliz. Via de regra, as pessoas estão atrás de ter muito mais do que elas precisariam ter. Abra seu guarda-roupa, você tem muito mais coisa do que você precisa e o planeta tá se acabando. E quem se importa? Por exemplo, ah, eu vi o seu vídeo recentemente falando de legendários e agora um dos assuntos do momento é o pastor Mirim. Uhum. E as pessoas caem nisso e as pessoas estão lá no culto atrás dessa desse falso profeta, né?
Cara, eu queria a sua visão sobre isso primeiro. A a visão de meu da psicologia dos dois lados, do pastor Mirim, dos pais, né, desse menino, porque o menino tem 14 anos, pô, tem os pais ali. Será que esse menino é um projeto desses pais? Qual a sua visão dessa história? Vamos separar, porque os legendários, eu acho que não se misturam com essa história do pastor Mirim. É, deixa o legendário para depois. Acho que bom. O pastor Miri, ele não tá fazendo nada diferente do que os grandes pastores fazem. O que chama atenção somente é
que há adultos por trás disso e me deixa muito surpreendido eh a justiça não intervir nisso, não é? Porque tem um menor de saída. Você tem um menor que tudo que ele tá fazendo e tudo que ele tá dizendo, ele aprendeu, né? Ele é espelho de alguém. Ele é espelho. Então assim, e ninguém protege esta criança, porque embora as pessoas ergam o dedo para acusá-lo e para dizer: "Ah, ele não presta, ele é isso, ele é aquilo, para mim ele é uma criança partida no meio. Ele é uma criança que foi objetivamente objetalizada. Ele se
tornou um objeto de lucro de quem? Não sei, não faço ideia. Isso não me cabe. Agora que eu vejo ali uma criança que precisaria ser protegida de quem tá no entorno dela e que precisaria ser protegida inclusive dela própria. Uhum. Sim. Porque ainda que houvesse algum profeta ali, tem hora para tudo, né? Tem hora para tudo. É preciso primeiro crescer, estudar. É preciso ter direito a uma série de É preciso ter direito a uma normalidade, ter discernimento do que é o mundo. Discernimento do que é o mundo, senão não é possível. Então, na contramão do
que as pessoas olham para aquele menino e dizem: "É um canalha, é um enganador, não sei o qu". Gente, é um picareta, gente. Mas é possível que ninguém olhe ali e se apiede daquela criança? Porque, por Deus, isso fica muito fácil de entender. Se eu fizer um comparativo, por é que é um absurdo um adulto fazer sexo com um garoto ou com uma garota de 14 anos de idade? Por que é que isto é absurdo? Isto é absurdo porque isso vai criar marcas psíquicas no garoto ou na garota. Agora vai criar marcas psíquicas. Por quê?
Porque uma pessoa de 13, 14, 15 anos, ela não tem o repertório psíquico de um adulto. Ou seja, se você hoje levar o fora de uma pessoa que você ama e for deixado por uma pessoa que você ama, você sofrerá, mas você administrará isso de uma forma muito diferente do que você administrava aos 14 anos. Por quê? A gag porque você tem repertório, né? a um repertório psíquico. Então, esse garoto aqui não interessa, ele só está no planeta há 14 anos. Ele não tem um repertório psíquico, nem para entender, nem para saber o que é
conceito de classe social, de coisa nenhuma. Ele não tem repertório psíquico, nem para saber qual era de fato a ideia revolucionária de Jesus. Uhum. Ele não tem, ele é um ventríloco. Ele é, eu nem sei como classificar. Eu só vejo ali uma criança violentada. Eu realmente vejo uma criança violentada e que eu digo: "Meu Deus, mas por que ninguém protege essa criança?" Sabe? E por que ninguém se apieda desta criança? Evidentemente, porque há outras questões atrás dele, porque eu não tenho nenhuma dificuldade em ter piedade quando eu vejo alguma criança da comunidade, crianças que a
gente vê isso em matérias carregando um fuzil. Você sente assim, gente, como se pode isso? É, ao mesmo tempo eu sinto muito, sinto um ódio de de Mas da criança, às vezes eu sinto que fala: "Pô, isso aí pode me matar no farol a qualquer momento." Ele pode lhe matar, mas ele é vítima. É, então, mas ele é vítima de uma coisa, mas a minha filha também pode ser vítima. E aí, aquela aquela disputa de quem que eu compre, eu compreendo que sua filha pode ser vítima, mas se sua filha for vítima, se eu for
vítima, se você for vítima, a gente tá sendo vítima de um sistema com o qual a gente é conivente. Uhum. Se você pega, por exemplo, Júlio Lancelote, que tá fazendo um trabalho na pastoral muito interessante, e eu vejo pessoas dizendo: "Você tá alimentando os pobres de manhã para eles virem me roubar à tarde. Mas escuta, aonde é que você não tá pensando que aquilo é um ser humano que tá na rua e que se ele vai lhe assaltar, ele tá sendo alimentado de manhã, vai lhe assaltar de tarde, é por uma estrutura social que precisa
ser repensada. Uhum. Mas tá todo mundo olhando pro umbigo, né? E eu entendo, eu entendo você, eu entendo também a minha dor. E eu entendo que quando você fala da sua filha, você olha pro seu umbigo. Mas não tá na hora da gente olhar pra estrutura social, porque tem uma estrutura social que permite que uma criança de 14 anos passe por esse tipo de violência publicamente, né? Em praça pública, né? Pente, né? em praça pública e e ninguém diz escuta, protege esse menino aí porque E aí vale a a frase do Cristo: "Perdoa, porque eles
não sabem o que dizem." Uhum. Aquele menino não sabe o que tá fazendo. Então aí eu me pergunto, os pais dele, será que eles não sabem? Será que eles são coniventes? O pastor da igreja, será que as pessoas da igreja, da própria comunidade que estão ali? Oh, rasgue o meu exame. As pessoas da comunidade acreditam porque diante do desespero a eloquência se sobrepõe e ele é, né? E ele é eloquente porque ensinaram ele a ser, mas ele precisava ser protegido dele mesmo. Então ele me parece esse caso. Os legendários é uma outra história e uma
história que a gente até pode fazer link com a do menino da seguinte forma: Os legendários é um movimento que foi criado porque os homens estão numa crise de identidade brutal. Deixa eu só te cortar, desculpa. acabaram de me mandar aqui. Ele acabou de ser proibido de fazer cultos. Saiu a notícia. Pronto. Então, a minhas palavras foram ouvidas em algum canto. Olhe. E pois se Deus existe, ele me ouviu. Pois é. Agora Deus acabou de obrar o milagre. Não pode mais. Não tem mais culto de pass eu roguei protejam a criança. Pronto, foi protegido. Que
bom. Que bom. Mas vamos lá, os legendários. Outra história aí. Aí tem que a ver com a masculinidade. Alguém, alguém teve sanidade, alguém protegeu a criança. Mas vamos lá. Os legendários é um movimento criado em função de uma grande crise que a masculinidade vem passando. Os homens, eles não tão mais sabendo o que fazer, nem como lidar com essa nova mulher. Então, a ideia é, vamos voltar a ser o velho homem de sempre e vamos ressuscitar o que há de pior no masculino. Eu vi certo dia uma mulher dizendo: "O meu marido foi para o
retiro dos legendados e ele legendário, legendado, já sou eu, legendários. Eh, e voltou transformado. Ele agora me abraça. Eu disse: "Oi, como assim? O seu marido não lhe abraçava. Ele precisou ir para um retiro, montanha com monte de pra montanha para aprender a lhe abraçar. Mas gente, como assim? Que marido é esse? Pois, pois é. Mas que marido é esse? E eu vou lhe dizer que marido é esse. É um homem que tá completamente perdido diante da transformação feminina. E isso fica muito claro, fazendo agora um link com a adolescência do menino que acabou de
ser proibido de tá lá e dando culto, pregando qualquer coisa. Ainda bem que alguém olhou por isso. Eh, a série adolescência. Você assistiu? Assisti. Pois é. bastante, hein? Aquela série fala exatamente disso, da crise da masculinidade, aonde você tem um menino adolescente e não tô dando spoiler nenhuma, porque isso nos 20 primeiros minutos de série, você sabe, um menino de 13 anos que vai lá e esfaqueia a colega e mata ela com 17 facadas na noite no meio da rua. Descobre-se depois porque ela fazia bullying com ele através da palavra incel, que é a história
do ser virgem. Sim. Então você é virgem, tal, essa coisa toda. Agora muita gente ficou, esse menino é um psicopata, esse menino é Não, não é, era só um menino partido numa grande crise de identidade no mundo aonde, porque veja, quando meu pai era criança, ele tinha certeza que quando ele crescesse, se ele quisesse, ele teria uma mulher e uma família. Isso era garantido para qualquer homem heterossexual do tempo de meu pai, ele teria uma mulher. Hoje em dia isso já não é mais garantido, tá? Hoje em dia as mulheres podem olhar e dizer: "Não
quero você". Sim. As mulheres podem inclusive fazer bullying com você. As mulheres podem ser jocosas com você. E isso fala de uma transformação do feminino. O feminino começou a dizer: "Eu escolho". Eu via por esses dias um amigo me dizer uma coisa que eu vi calado porque eu pensando, eu não vou debater com quem não sabe o que diz, embora pense que saiba, que saiba. E ele dizia: "Você tá muito enganado. mulheres hoje em dia, vá, se você for um homem baixinho, se você for um homem gordo, se você for um homem que não ganha
muito bem, se você for um homem que tem um pinto pequeno, se nenhuma mulher vai lhe querer. Então as mulheres estão dizendo que não tem espaço, mas elas têm. E eu pensando comigo, o que de diferente as mulheres estão fazendo do que os homens sempre fizeram? Os homens sempre escolheram as mulheres que eles iam querer e tinham aquelas que iam ficar para titia, porque não era escolhido por homem nenhum. Só que hoje em dia tem aqueles que não vão ser escolhidos por mulher nenhuma. E lide com isso, colega. E como é que você vai lidar
com isso? Compensando. Se você é muito baixo e por isso as mulheres podem não gostar de homens baixinhos, você vai ter que se superar na alegria, no bom humor, na inteligência. Se o seu salário é, pega teu ponto forte e dá um saque para cima no teu ponto forte. Não adianta você querer voltar no tempo e criar um grupo que vai pra montanha, porque quando eu voltar em casa, o papel da minha mulher é edificar o lar e o meu é comandar, é ser a lenda, não é ser a lenda, né? Legendários vem de lenda.
Eu disse isso por por esses dias. Eu disse isso e uma mulher disse que eu era um ignorante, que a palavra legendária não tinha a ver com lenda. Basta, senhor, perdoa, ela não sabe o que fala. Vai estudar, burra. Claro que legendário vem da palavra lenda. Inclusive em outras línguas é assim, la legenda, em francês é a lenda. É isso. Legendário. A, o radical vem do mesmo. É a mesma coisa. Procura lá no dicionário que vai ver que legendagem com outras coisas. É, com outras coisas. Não sei com o que é que ela tá confundindo,
não. Com a falta de leitura dela. Bom, mas é preciso que você entenda que você tem que ser uma lenda e você tem que mandar e você tem que ser e você bom. Sustenta-se esse papel péssimo do homem que não se sustenta mais. Sustenta-se uma estrutura social que cria essa porcaria que a gente tá vendo. Como assim? Bom, que eu saiba, o legendário é um grupo de homens de classe média, média alta. Uhum. Todos heterossexuais, todos com determinado nível. Parará, parará. E aí eu mantenho o patamar do poder e um evento high ticket, né? Não
é barato para você ir lá, não. Eu vi em algum lugar que tinha desses encontros que chegava a bear os R$ 80.000. Eu digo, gente, por Deus, para você se reencontrar com você, pega esses 80.000, divide por um ano numa boa análise que você vai aprender que a precisa ser assim. E é isso que a série adolescência põe em questão. Você quer ver uma coisa interessante? Isso entre homens heterossexuais ou homens homossexuais. Tanto faz, é homem do do de homem. A sexualidade masculina, ela é uma sexualidade que foi ensinada a ser muito excitada, né? Eu
tenho que estar comendo, eu tenho que estar pegando, eu tenho que ser o pegador, eu tenho que ser o que bate forte, eu tenho que ser, né? Não pode ser o que soca fofo, eu tenho, né? E essa, eu tenho que tá produzindo. Eu sou, eu sou. E é uma, é sempre uma sexualidade muito excitada essa coisa. Tá na hora dos homens serem ouvidos e começarem a poder serem mais dóceis. É, é, é possível descansar no colo da mulher que eu amo. É possível ser sensível? É, é possível um outro tipo de masculinidade quando há
um outro tipo de feminilidade hoje em dia, aonde as mulheres estão olhando pros homens de igual para igual? Não tão mais olhando assim não. Ohó, sim, senhor. Eu edificarei nosso lar enquanto o Senhor proverá tudo. Não. Outro dia eu fiz uma defesa parecida com essa num episódio que eu fiz aqui com o Júnior, que é de um canal Red Pill que eu trouxe. E aí ele me chamou de mangina. Eu falei: "Mano, que que é mangina?" Aí falou: "É o homem que defende a a vagina. Você não é um homem de vagina, mas vamos homem
de vagina." Eu falei: "Cara, pel tenho três filhas, cara. Eu tenho mãe, eu tenho sogra, eu vivo com rodeado de mulheres. Como eu não vou defender mulheres? Tipo, é, eh, mas veja, na defesa dele tem uma coisa curiosa, tem uma depreciação do feminino, ou seja, você é um homem menor e para lhe dizer que você é um homem menor, eu lhe comparo ao feminino. Será que essa pessoa não percebe o que tá fazendo? Ela tá apenas mantendo um estereótipo e um padrão social de poder. Uhum. Você quer ver como é que isso se apresenta também?
É começar a fazer piadinha dizendo que os legendários vão lá para o o alto da montanha, um bando de homem e aí, e será que esses homens não tão se pegando? Será que é? Será que não tá rolando lá um um uma pegação lá na montanha com esses homens? Mas veja, tudo bem. O que você tá querendo dizer é, se esses homens fizerem sexo entre eles, eles são menos, tá? Qualquer coisa que aproxime o masculino do feminino é uma tentativa de reduzir o masculino, como se ser feminino fosse menos. Vamos pro mundo gay. O gay
que tem passabilidade, que ele se parece um hétero, se for afeminado, mata, mata que esse não presta. É a [ __ ] né? É a [ __ ] É. E mas então, mas ninguém parece se dar conta que o que tá em jogo é uma luta de poder entre classes. A classe que domina é a classe dominante. Eu nunca ouvi falar, se existe, desconheço. Me digam. Eu nunca ouvi falar em grupo de extermínio de lésbicas, mas tem grupo de extermínio de gay. Uhum. Há pelo menos que se pensar, por que não há grupo de extermínio
de lésbicas e há grupos de extermínio de gays? Porque elas se aproximam dos homens. Então, porque elas se aproximam dos homens. Já um homem que nasceu no grupo dominante, assumir para si características do grupo dominado, isso é inadmissível. Ele tem que ser morto, ele tem que ser exterminado. Como é que você nasceu homem se passa por isso? Agora, uma mulher transando com outra mulher é até uma fantasia de muitos homens e ele ia ali pro meio daquela história tal. Pois é. Então, uma mulher que gosta de outra mulher é menos detestável do que um homem
que gosta de outro grupo. Como assim? Ele é, ele é do grupo dominante. Ele tá deserdando. Ele tá passando pro grupo dominado. Deserdando ou desertando. Agora não sei qual o verbo, mas ele tá passando pro grupo dominado. É desertando, né? Que é do desertor, né? É do desertor. Então ele tá passando pro grupo dominado. Vamos matar mata. Então observe que cada violência contra um gay é no final das contas uma violência contra o feminino. E os homens no final das contas têm muito medo desse feminino que há neles. Imagina em mim não tem feminino nenhum.
O idiota. O meu lado feminino é gay. É meu lado feminino, né? É. O idiota. Deixa eu só te falar uma coisa. A forma era feminina, tá? Só para dizer não. E quando eu digo a forma, eu não tô nem falando da mãe, eu tô falando de você enquanto feto. Até um determinado momento, você vai sendo você vai sendo construído como se fosse para ser uma mulher. Uhum. E aí, de repente, ao invés de dois cromossomos X, tem um Y, aí a coisa muda. É por isso que você tem mamilo. Porque ninguém parece se perguntar
por diabo homem tem mamilo. Para quê? Verdade. Porque ele teria mamas. Sim. Se não tivesse o cromossoma Y. A forma é sempre uma forma feminina, que aí deriva-se para masculina ou não, mas a matriz é feminina. Tanto a matriz que gesta, que é a mãe, quanto a matriz do feto é feminina. E aí depois vai dando a transformação. Bom, lamento que os homens não consigam lidar com a própria feminilidade e com a própria homossexualidade, não no sentido sexual, mas no sentido afetivo. Porque homem parece que não pode gostar de um amigo, que não pode gostar
do pai com muita dificuldade. Olhe lá para falar, eu te amo, né? Para muitos é: "Nossa, falei como eu te amo, não é?" Pois é. Eu tenho uma coisa curiosa comigo. Cada tarde de autógrafo que eu vou dar ou qualquer coisa assim, eu tenho uma regra. Eu não dou autógrafo. Eu vendo autógrafo. Cada autógrafo meu custa um abraço. Então, se você quiser um autógrafo, você tem que me dar um abraço. E é muito, muito divertido. Dependendo de onde eu esteja, na região do país, os homens já vêm com a mão estendida. Eu digo, você tá
com a mão estendida. Por quê? Porque eu eu não vou apertar a sua mão. Ou você me dá um abraço ou não ganha autógrafo, ou você não ganha um autógrafo. E isso vira muitas vezes uma piada. E eu faço virar uma piada e nossa, mas é uma dificuldade para abraçar, porque meu Deus, o que é que vai acontecer aqui? Eu vou me excitar abraçando? Não, cara, é só afeto. O maior número de suicídios da nossa sociedade é de homens. E será que não tá na hora da gente repensar como essa sociedade tá montada? E não
é porque as mulheres e porque o feminismo, não. É porque é a estrutura patriarcal como ela tá posta, faz uma exigência tão grande dos homens. Você tem que ser, você não brocha, você não pode, você tem que vencer, você tem, você tem, você tem. É uma pressão tão grande que a pessoa acaba se matando. E quando ele tá em dificuldade, ele não consegue compartilhar nem com a companheira, né? que assim, nossa, meu, as contas estão apertadas, não vou falar porque é a responsabilidade é minha, eu que tenho que tanto o Red Pill quanto os legendários,
você vê aí eh uma questão de falta de autoconhecimento, de masculinidade frágil, uma masculinidade muito machucada e que precisaria ser escutada também. Os Red Peel, eles ficaram com muita raiva porque as mulheres agora escolhem e muitos deles não são escolhidos. E cá para nós, eu vejo uns red que eu digo: "Bom, não era para escolher mesmo, não?" E olha essas criatura, vamos lá, melhore. Vamos melhorar porque ninguém vai lhe escolher não. E fica com bronquinha, né? Também não quero. É, também não quero. Você não me quis. também não quero. P, mas é um resquício dessa
coisa do eu aprendi que sendo homem eu automaticamente diria. A gente aprende, a gente aprende que automaticamente a gente vai ter como as mulheres aprendem ainda hoje que as tarefas de casa são dela. Isso elas aprendem mesmo. E é e é quase que natural. Se você for eh, ah, vamos viajar quatro casais para uma casa que a gente alugou na praia, não sei das quantas, automaticamente as mulheres vão pra cozinha e vão guardar a feira e vão Mas isso não tem nada de natural, gente. Não tem natural não. Foi a natureza que pôs natural vem
de natureza. Mas tem o cuidado, né? Eu ve, por exemplo, eu vejo lá em casa o cuidado que as meninas têm assim, sabe? E por exemplo, eu não vou falar para elas cortarem a grama do quintal, eu vou lá cortar. Eu tipo, não vou falar para elas limparem a calha que tá suja de folha. Tipo, eu vou lá. Por quê? Porque elas é é pesado, entendeu? E e eu acho que eu que tenho que fazer. E aí eu vou e faço. Aham. E tem tipo, tem eu para fazer, mas tudo bem. Mas se não tivesse,
tudo bem. Por que você tá invalidando as essas meninas como se elas fossem mais frágeis? Se fosse um menino, você mandaria? É, depois de uma certa idade, sim. De 15 anos você mandaria. É, mas ajudar elas me ajudam, tipo assim, vem cá me ajudar. Só que aí eu tenho essa, sei lá, acho que talvez da da minha criação, né, de que eu que tenho que fazer essas coisas pesadas e naturalmente eu faço. É, eu conheço. Não que eu não lave uma louça, eu con eu entendo. Mas você não, mas você acha que não é natural
uma mulher fazer. Na hora que você acha isso, o que você está dizendo é há uma separação natural da natureza entre homens e mulheres. Sim. Da questão de força mesmo, sabe? De Olha, vai depender do homem, tá? Tem umas mulheres aí que eu não encaro briga não, negro com elas. É sim. vai depender, eh, porque se coloca de uma forma muito genérica e tudo bem que o, vamos lá, que o homem que a compleição física do homem tenha mais força para não dar muita polêmica, que tenha, isso não impede que uma mulher limpe uma calha
ou que ela limpe uma caixa d'água. Mas assim, aí é me coloco como pai, né? E que naturalmente eu acredito que essa é uma função que eu não devo delegar paraas minhas filhas, ó, vai subir a calha lá e colocar o seu pescoço em risco porque eu vou ficar aqui lavando uma louça. Sabe? Uma inversão de papel que na minha cabeça, tipo, não faria o menor sentido, sabe? Você separa as pessoas por cor? Não, segregação, né? É. Não, você não separaria elas por por cor, você separaria elas por por etnia, porque é japonesa. Por que
diabo se tá separando por sexo? Porque essa separação parece legítima e as outras não parecem. Que assim, eu não tenho um filho e uma filha para comparar, mas assim, entre elas que são crianças, né, uma adolescente já e eu fazer, a minha a visão mais óbvia é que eu tenho que fazer. Tá certo? Mas se isso fosse porque é arriscado para a idade, Sim, eu entenderia. É, mas é, né? Também tá certo também, mas não é por isso isso é é porque não é o papel de uma mulher. Eu tenho muita dificuldade com essa ideia
e acho que os conflitos sociais mostram que se precisa repensar a ideia de papel de gênero. A gente não tem papel de cor. Uhum. A gente não tem papel de uma série de outras coisas. Por que que tem papel de gênero? Esse gênero é para abordar. Este daqui não. Ah, não, isso não, né? Este daqui é isso. Esse daqui não. E se pega muito nessa questão da força muscular. Bom, eu lamento, tudo bem, os homens podem ter mais força, mas honestamente, se eu tivesse uma filha, eu diria a ela: "Minha filha é o seguinte, eh,
aprender a fazer aqui como é que se limpa uma calha, tal, para você não depender de homem nenhum, né? Porque você não precisa depender de hom, vamos trocar um pneu aqui. Já, já, já fiz, já fiz várias dessas lições com elas, né? Vamos trocar, chega aqui. Vamos trocar um pneu. Porque, deixa eu te explicar, não é porque você é mulher que você precisa de um homem, tá? você não precisa realmente chega que vem entender como troca o óleo do K, sabe? Essas coisas, eu vou passando para elas, mas as funções arriscadas, isso e sobretudo eh
ensina para ela o seguinte, que antes dela se casar com um homem, ela se case com a profissão dela, né? Como que é casar com antes de casar com o homem? Ela deve se casar com a profissão dela, ela deve ser uma profissional, ela deve ter um trabalho, tá? As pessoas deveriam entender o seguinte, as pessoas deveriam casar quando não precisassem casar. Sim. Para não depender. É, mas as pessoas casam porque eu quero sair da casa dos pais porque, ah, não, junto vai ser mais fácil a gente pagar uma casa. Não, casa quando você não
precisar mais. Casa primeiro com tua profissão, depois você casa com alguém. Isso vale para uma pra mulher, tanto faz. Mas as mulheres estão muito habituadas que é natural um homem ganhar mais e ela menos. Ou um homem está trabalhando e ela ainda igalgar os degraus dela, né? Então você não, minha filha, isso não é natural não, tá? Galgue seus degraus primeiro. Sabe por quê? Porque dinheiro é poder. Dinheiro é poder. E na hora em que eu me submeto a viver com alguém que objetivamente eu preciso desta pessoa economicamente, essa pessoa tem poder sobre mim. E
o essa sua fala é perfeita. Dinheiro é poder. A pessoa fala: "Eu quero ser poderosa, então preciso ter dinheiro". Então, aí entra o coach da prosperidade, aí entra o cara que vai trazer toda essa filosofia para todos os os universos que você frequentar até a igreja. Pô, se dinheiro é poder e você não tem dinheiro, você é um fracassado, você tá fadado a ser um problema pra sociedade. Depende. Eu tô falando de dinheiro, eu não tô falando de fortuna. Eh, você já deve ter ouvido essa frase que eu vou dizer. Às vezes a gente diz
assim: "Eu conheci um homem que ele era tão pobre, tão pobre, tão pobre, que a única coisa que ele tinha era muito dinheiro, né? Era dinheiro. Sim. Pobre, milionário. É, então porque assim, quando eu digo dinheiro é poder, é poder na medida em que me mantém vivo, tá? Eu preciso de dinheiro nesse nível. Eu preciso de dinheiro para comer. Eu preciso para ter uma boa moradia. Aliás, eu acho que as pessoas precisam do seguinte: ter moradia, alimentação, saúde e direito à férias. Se eu tiver dinheiro para essas quatro coisas, tá tudo bem. Zerou o jogo.
Zerou o jogo. Eu não preciso de uma bolsa de R$ 50.000. Desculpa, mas eu não preciso mesmo. Porque a única função de uma bolsa de R$ 50.000 é dizer: "Eu sou diferente de você. Sou exclusivo. Eu sou exclusivo. Sou cartão black. Não sou, gente. No final das contas eu sou uma porcaria. Se eu morrer hoje, amanhã esta camisa é de outra pessoa. Isso não vale nada. Agora a gente não sabe amar, né? Amar a gente não sabe não. A gente diz, usa essa palavra amor, finge que sabe amar, mas a gente não sabe amar não.
Porque amar necessariamente se opõe à justiça. E aí a gente não sabe amar. Eu acho que quando a gente diz eu amo alguém, a gente tá dizendo muito mais eu preciso de fulano. É porque o Mas escute, vamos lá. Não vou dizer muito provavelmente não tô dizendo nada de inédito, porque isso que eu vou dizer qualquer religioso já deve ter dito. Isso não é, não tô dizendo nenhuma novidade. Vamos pegar uma parábola bíblica para você entender o que eu quero dizer. O filho pródigo, o filho pródigo disse ao pai: "Vou esperar você morrer, não, eu
quero minha herança e eu quero o que é meu". E o pai então vendeu tudo, deu aos dois filhos o que cabia e o filho pródigo foi se embora e o outro ficou lá na labuta trabalhando com o pai, fazendo as coisas tal, tal, tal. Filho pródico foi embora, torrou o dinheiro todo. Quando tava passando necessidade, comendo no chiqueiro, voltou. E aí o pai o recebe, faz uma festa, dá cargo, dá dinheiro a ele, dá tudo. Isso é justo. Não, não, não tem nenhuma justiça nisso. Isso é amor. Isso é amor. É amor. Isso é
amor. É, você não vai fechar a porta pro seu filho. Isso não. é eu lhe dar aquilo que lhe cabe, aquilo que você merece. É justo que por fazer esse podcast você receba X no final do mês. Isso é justo. Justiça não tem a ver com amor. Justo eu lhe dou o que é seu. Amor tem a ver com Eu lhe dou não é porque você merece nem porque é justo. Eu lhe dou porque você precisa. Você precisa do meu amor e eu lhe dou o meu amor. Tome. Mas você precisa ou eu preciso colocar
isso para fora? Você precisa do meu amor. Eu lhe dou. Tome. Você não merece. Não é justo. Mas eu lhe dou. Você você precisa. Tome. Isso é amor. Agora a gente ama assim. Não ama. Ah, eu amo minha mulher. Se ela não me tra ela me trair eu já não amo. Mas né? Não tem. Não tem muitas condições aqui para eu lhe amar. Como assim? Ora, tem gente que tá botando como condição até a balança. Você subir uns quilinos aqui, eu já não l amo mais. Então, a gente diz que sabe amar, mas não sabe.
Ah, tem vários tipos de amor, amo ágape, o amoroso, não. Qualquer um deles a gente coloca condição. E por definição, amor condição e nem tem justiça. O amor não é justo. É porque você precisa e eu lhe dou. Porque se eu lhe dou porque você merece, não é amor, né? É qualquer coisa, menos amor. Você já merecia mesmo. Eu tô liando. Eu gosto do do que eu aprendi com você lá, do desamar, né? Amar, desamar e amar de novo. Isso para mim foi é muito sensacional do seu livro. É porque naquele livro meu que é
amar, desamar, amar de novo, se você observar é amar, amar, amar. A coisa só se modifica por uma partícula. Amar, desamar, amar de novo. Mas é amar, amar, amar. É preciso tentar amar. A gente consegue amar? Consegue não. Eu que tô falando consigo, consigo. Não é isso que eu te perguntava. Não, não, não, não sou nenhum iluminado, não. Mas eu tento me tornar, na medida do que posso, um ser humano melhor. Como é que a gente faz isso? Voltando por legendários e pro pastor, acessando e se permitindo acessar as nossas fragilidades. Eu não tenho nenhuma
nenhum pudor em ser frágil. Eu já chorei no palco diante de 100 pessoas numa palestra que tava dando. Já chorei em vídeos, já chorei em podcasts, já sorri, já Isso não é um problema. Eu não expor a minha fragilidade não me faz menos homem ou mais homem, apenas transparece a minha humanidade. Agora, eu também não regulo o meu comportamento em função do que o outro vai pensar, do que o outro vai achar, do que o outro Ai, mas as mulheres não querem um homem assim. Olha, não é o que eu escuto no consultório. O que
eu escuto no consultório são as mulheres dizendo que os homens estão cada vez mais próximo do bicho e racional, se é que há alguma racionalidade na gente, estão mais próximos do bicho e elas às vezes só estão querendo, sabe? Fica aqui, alguém mais tranquilo. Fica aqui. É, não, não precisa de tanta excitação o tempo todo. Fica aqui. Para que? Tanta brutalidade. É, fica aqui, sossega, bota a cabeça aqui, se entrega. Uma mulher botar a cabeça no peito de um homem e descansar é tão comum, mas um homem colocar a cabeça no peito de uma mulher
e descansar no sentido de dizer: "Nossa, eu tive um dia muito ruim. Tá tudo muito ruim. Me dá colo, um pouco de colo. Pode ser. E e fica e não, não precisa ter sexo, não precisa ter excitação, vamos ficar de boa, só vamos ficar aqui. Deixa eu escutar teu coração, né? Como eu escutava o de minha mãe quando eu tava na barriga dela. Só me deixa aqui. É isso. Eu separei algumas frases perigosas até no na questão de tentar alertar a galera. E aí, vamos lá também para para entender a sua opinião. Se você que
tá aí assistindo ouv isso aqui em algum lugar, fique atento ou corra. Uhum. Se não der dinheiro, não vai pro céu. Deus quer ver o seu sacrifício. E é para eu falar por causa da frase. Se você falar, tipo, melhor ainda. Mas tem algumas. Deixa eu te falar. Eh, eu tenho muita dificuldade com, bom, primeiro Deus não quer dinheiro, coisa nenhuma. Isso faz o menor sentido. Quem quer dinheiro é a igreja. Deus, Deus. Absolutamente. Mas entenda sempre o seguinte, eu tenho um certo ranço com a ideia de Deus querer me ver sofrendo. Sim. A penitência,
né? A penitência. Nossa, a penitência, pecados capitais. Olha, se se eu vou fazer uma promessa, se eu conseguir ir lá no plugado, eu vou subir as escadarias de joelho. Gente, que tal assim? Eu vou sair com marf para tomar uma cerveja e eu prometo a Deus que saio. E aí e aí Deus fica feliz com isso, porque essa coisa desse sadismo, ele é humano, ele não é divino. Porque se levar em última análise a construção do universo, a da natureza do planeta Terra, tudo é tão suave, tudo é não tem nada assim de, né? É,
é tudo é suave, ninguém tá esperando que a natureza faça grande. Não é, é tranquilo. Deus é tranquilo. Deus é de boa. Prove a sua fé. O quanto você está disposto a se entregar. Se não deu certo, é porque você não teve fé suficiente ou não quis de verdade. É, é uma boa forma dele manipular pela culpa. E culpa manipula mesmo. E quando você acredita que você foi insuficiente, sobretudo se você tá dentro de um de um grupo, tá? Uhum. Dentro de um grupo, isso tem um peso muito grande. Porque os você olha de gente,
mas todo mundo fez, porque eu não sou eu sou, será que só eu? Pois é, mas a questão é que tem n fatores que estão sendo desconsiderados aí, né? Fatores sociais, culturais, capacidade de absorção de conhecimento, capacidade física, o que quer que seja. Eu às vezes corro no Ibirapuera e gente, eu fiquei tão indignado porque certa vez eu pedi para filmarem eu correndo que eu queria fazer uma postagem no Instagram, né? E quando eu vi a postagem, eu disse: "Não, mas não postei". Eu disse: "Gente, mas por que filmou em câmera lenta?" "Não, mas não
tá em câmera lenta." Eu digo, "Mas não é possível. Para mim eu tô assim, porque aí passa, passa umas mulheres correndo por mim, maor estilo, nosso maior estilo, aquele cabelão balançando e lá vai numa velocidade e eu achando que tô a 10 por hora. E quando eu olhei a filmagem, eu digo: "Cara, apaga isso, eu não vou postar isso em nenhum. Como é isso? Pois é. Então não, não é porque você não teve fé, não é porque é sua culpa, não é, é porque aquela mulher que passa por mim correndo muito mais do que eu,
ela certamente teve uma outra história de vida e de relacionamento com a atividade física, diferente da minha. Quanto tempo ela faz, quanto tempo ela faz e também tem a genética, tá? Também conta, tem genética nessa história, tem gente que quer desenvolver partes do corpo que não desenvolve mesmo. Uhum. né? Eu posso malhar o que for. Ombro não desenvolve. Desenvolve o bíceps, mas não desenvolve o ombro. Então, o que é que eu posso fazer? Nada. Ó, esse é o método. Seguindo todas as etapas, não tem como errar, mas se você errou, você pulou alguma parte. Não
questione, só siga o método. A culpa é sua. Voltamos a cair, né? Eu lhe manipulo. A culpa é sua. E é isso. Eu vendo qualquer coisa e posso não entregar nada. A culpa nunca será minha, sempre será a sua. Ó, essa aqui, ó. Essa é a palavra. Não sou eu que tô dizendo. Tá na Bíblia. Tá tudo bem. Tá na Bíblia, mas tudo bem. A palavra tá na Bíblia, mas tá passando pelo crio da sua interpretação. Se você tivesse nascido na Índia, o que está na Bíblia significaria nada para você. Se você tivesse nascido no
Japão, o que está na Bíblia não significaria nada para você. Então, esta palavra que está na Bíblia, ela é santa dentro do contexto cultural que você tá inserido. Se você tivesse nascido em outro lugar, em outra família, bastava ter nascido numa família do do de Gienópolis. Basta na família de Genópolis, porque eu brinco dizendo que virou o o bairro dos judeus, porque só tem judeu em Genópolis, não é? Tem muito mesmo. Eu acho muito legal. Eles mantém as tradições. Eu gosto das da das tradições judaicas. Pronto, bastava você ter nascido numa família judaica, tá? A
palavra que tá na Bíblia não tá nada. Mas isso me incomoda muito, porque assim, a Bíblia assim tem, não vou entrar na de quem escreveu a Bíblia, a evolução da Bíblia e tudo mais, mas tudo que a pessoa, um pastor, um cara mal intencionado, quer falar e justificar que está na Bíblia, ele consegue pegar qualquer passagem da Bíblia e dar uma interpretação própria e justificar aquilo, ó, tá na Bíblia, cara. Não sou eu que tô dizendo, tá aqui. Então, tá, mas aí a gente faz o seguinte, a gente faz a seguinte análise. Eh, tá na
Bíblia de Jesus, porque se não for na Bíblia de Jesus, eu não quero conversa. Porque se você observar todas essas manipulações pentecostais ou católicas, cristãs, modo geral, cristão de um modo geral, igreja católica também dias eu fui, meu Deus, toda manipulação ela é feita em cima do Velho Testamento e não do Novo Testamento, porque com Jesus não tinha barganha. Jesus não trouxe a barganha. Jesus era o seguinte: "Vamos amar, vamos amar, vamos amar a prostituta, você vai jogar pedra?" Ué, seu telhado, não é de vidro, não, para você jogar pedra. Então, não dá para barganhar
com Jesus, mas com Velho Testamento dá. Se você pegar e for a qualquer culto dessas igrejas, não é citado o nome de Jesus. Jesus não entra na dinâmica. É Deus, Deus, Deus, Deus. E é o Deus do Velho Testamento. Jesus não entra na equação. Porque se Jesus entrar na equação, você não consegue vender, quebra os argumentos. Você não consegue vender, você não consegue discriminar, você não consegue manipular. Então, se alguém me diz, tá na Bíblia, eu digo qual é a de Jesus. Se for a de Jesus, a gente conversa. Se não for, entendi. Não me
interessa. Me interessa enquanto questão histórica de toda a vida judaica e de da vinda do Messias. Tudo bem. Enquanto contexto de entendimento, você tem os salmos. Legal. Mas em termos de eu orientar minha vida, vai orientar pela Bíblia, tudo bem. Oriento pela Bíblia de Jesus. Aí você não negocia. Aí não dá para negociar, não dá para fazer arremedo de eu lhe dou, você me dá. Eh, não, não, não, não é, eu sou mais radical, eu não quero nem saber de tanto faz o que tá escrito na Bíblia, que seja, mas aí não precisa, não precisa
fazer sentido para você o que tá na Bíblia. Uma coisa só precisa fazer sentido para você, a ideia de amar amar o próximo. Para mim, amar como se aqui amar o próximo como se fosse para você mesmo. Não, nem isso. Porque às vezes eu nem me gosto tanto assim. Eu tiro essa parte, eu paro no amar. Ama. Ah, porque às vezes eu até sou melhor com o outro do que sou comigo. Entendi, né? Então, ai o próximo a ti mesmo. Não, ama, tá? Porque às vezes você faz coisas horrorosas com você. Faça o bem, faça
o certo, né? Faça, simplesmente faça. Você não precisa acreditar em nada, não. Porque boa índole não tem a ver com religiosidade. Você encontra pessoas profundamente religiosas que são completamente ateias, mas são visceralmente religiosas no sentido de ter uma ligação, um religar com o outro, enquanto dizer, gente, é uma pessoa que tá aqui, eu preciso dar a mão aqui, eu preciso ajudar, eu preciso e com a natureza como um todo, né? Claro. Eh, eu já tive discussões profundas com amigos que tentaram me levar assim pra igreja. e tal, meu, padrinho de casamento, eu falava, meu, não
preciso ir paraa igreja, cara. Tipo, eu acredito, né, nessa filosofia, o mais próximo que eu cheguei de, ah, acredito assim, quero alguma coisa é o o Deus do Espinoza, que é a natureza para Espinosa, o Deus é a natureza. Sim, isso eu acho legal a filosofia. Deixa só continuar aqui as três últimas. Confie. Ah, essa aqui já vem relacionado com Bet. Confie na sua intuição para apostar. Isso aqui até virou slogan recentemente, tipo assim, a sua intuição é o que manda, então segue ela, aposta. É, o problema é que via de regra, quando a gente
se guia pela intuição, a gente tá se guiando pelo medo ou pela desconfiança, né? Então, aí eu tô tô com a intuição que eu estou sendo traído. Você tá com medo de ser traído e essa desconfiança é fruto do seu medo, né? Ou então eu estou com a intuição de que se eu apostar esse dinheiro aqui eu vou ganhar. Tá com intuição nenhuma. Você não, você tá com medo de não ter dinheiro e você quer mais dinheiro e você tá fazendo qualquer coisa. Agora você, pois é, mas aí você cai no pensamento infantil, que é
o pensamento mágico. Há uma fase da vida da gente, é onde a gente tem o pensamento mágico e muitas vezes a gente cresce e algumas pessoas continuam repetindo a ideia do pensamento mágico. Por exemplo, uma criança, você já deve ter visto isso, às vezes vai brincar de esconde esconde e ela acha que se ela fechar os olhos ninguém tá vendo. Sim, mágico isso e ou se eu fizer tal coisa, tal coisa vai acontecer. É um pensamento mágico. Isso às vezes se deriva na idade adulta para certas psicopatologias como toque, né? Se eu não bater três
vezes essa caneca antes de botar aqui em cima, algo muito ruim vai acontecer. É, se você não entrar no campo com pé direito, vai o jogo vai dar tudo errado. Vai pens é o pensamento mágico infantil. Isso daí também, a intuição muitas vezes fala do pensamento mágico infantil. E a gente tem muita dificuldade de se entregar a uma coisa que é muito curiosa, que é a imprevisibilidade da vida. A vida é imprevisível e eu me entrego a isso com muita tranquilidade. Eu não sei o que vai acontecer daqui a pouco comigo, com minha vida e
tá tudo bem. A gente quer saber muito, né? quer ter o controle de todas as etapas, né, de tudo, do passado, do presente, do futuro. Eu não, eu quero as surpresas. Para mim, o bom da vida é a chance da surpresa. Eu jamais iria a alguém que lê cartas para dizer o futuro. Bom, primeiro porque é óbvio que eu não acredito nisso. Óbvio não, porque há quem acredite, mas eu não acredito nisso. Mas em segundo lugar, ainda que eu acreditasse, por que diabo eu vou pagar alguém para ela me dizer uma coisa que eu vou
saber para te dar spoiler, né? É só esperar, cara. É só esperar que eu vou saber. É pior que tem muita gente que vai, né? Vai. Quem pensa demais nunca muda de vida. Não é sobre dinheiro, é sobre energias. Eh, e eu isso é completamente maluco, né? Porque eu tenho muita dificuldade com esse conceito de energia. Eh, você pensar, você vai atrair, vai acontecer. Lei de atração, que é a lei da atração. Eu ri muito quando saiu o livro, a época que fez muito sucesso, o segredo. Eu ri. Eu ri tanto quando saiu esse livro.
Mas você sabe porque eu ri? Pela porque o livro, a incoerência do livro já começa no título. Porque no meu tempo segredo era algo que nos contava. Se eu escrevo um livro, o segredo não é mais segredo. Tenha paciência, o negócio já começa incoerente. Daí então que fosse a revelação do segredo, tá certo? O segredo não, não é mais. Se virou livro, não pode mais sergredo, né? Então eu ri muito com essa ideia de o segredo, o segredo no livro, como isso é segredo? Não pode. Podia a revelação que fosse, não, não é. Não adianta
eu achar que só porque eu quero vai acontecer. Eu não terei tudo que eu quero e tá tudo bem. Sabe por quê? Porque as pessoas também precisam aprender a lidar com frustração. Uhum. É preciso que eu aprenda a me frustrar desde cedo. Isso eu aprendi muito rápido com minha mãe. Às vezes eu ficava muito irritado, mas eu quero tal coisa. Ela olhava para mim com muita tranquilidade e dizia: "Tá certo, mas vontade é muito bom porque dá e passa". Então suporte porque vai passar. Mas você não é, não acredita de, pô, vou fazer um pensamento
positivo aqui, vou entrar nessa vibe que vai, isso aqui pode ser que se concretize de alguma forma, eh, vou idealizar um projeto novo e esse projeto vai acontecer bobagem. Não, se você tiver esse tipo de pensamento, você provavelmente terá mais disposição e atitudes e mais ânimo para ter atitudes em direção a agora eu vou já imaginar aqui o cenário feito, tudo pronto, porque aí vai acontecer assim só porque eu imaginei, gente, não vai, não é assim que funciona. Tá se enganando, né? Mas escuta, dar um exemplo bem bem simples, bem plausível. Houve uma época, acho
que hoje não é mais, mas houve uma época que o galã da TV era Reinaldo Janequini. Sim. Acho que agora ele já tá um senhor, mas houve uma época que ele era o galã, ele era até casado com Marília Gabriela a época. Quer dizer que se quem quisesse aquele homem pensasse muito positivamente que ia transar com aquele homem, ia conseguir, né? Faça-me rir. Ele já tava morto essas alturas que ele não tinha dado conta. Não, mas eu vou aqui, vou ficar imaginando e a gente vai se encontrar num bar e vai e ele vai se
apaixonar por Não vai acontecer. As coisas não estão assim. Não é assim. Esse pensamento mágico, ele é infantil. Agora é bom eu pensar positivo no sentido de que isso me motiva, isso me deixa ter atitudes mais proativas. Agora eu vou pensar eh como é não, mas aí você foi muito específico, mas nem uma energiazinha boa assim você consegue atrair com essa força do pensamento, sei lá, de pô, eh, mas não será por isso, será? Vamos lá. Se eu acredito nisso, então eu me sentirei mais bonito. Eu botarei uma roupa melhor, eu mudarei minha postura, provavelmente
eu eu estarei de peito aberto e não aquela coisa encurvada, porque afinal de contas eu pensei positivo, então vai dar certo. E aí eu assumo a outra postura diante do mundo. Mas não é o pensamento em si mesmo, mudança de é a minha mudança de atitude, de visão de mim, de postura. Eu não tenho controle. sobre e a gente cai novamente no merecimento. Se eu acreditar que vou ser rico, eu vou ser rico. Não, não vou. Há uma injustiça social. Aliás, ninguém devia ser rico, tá? Começa logo daí. Porque ninguém precisa de riqueza. Para quê?
Eu quero. Eu não entendo quando uma pessoa tem bilhões de dólares. Porque para que? Para Por que alguém precisaria de bilhões de dólares, né? Mas tudo bem, cada um, cada um. Eu não vou ser rico mesmo, nem tô atrás de riqueza, eu tô atrás de viver. viver. Eu quero experiências novas. Eu quero. É que muitas vezes é a riqueza que te pode te proporcionar essa vivência de experiências, né? Tipo assim, a, por exemplo, você vai paraa Disney se você não tiver uma bela grana, né? E assim fala: "Não, não quero ser rico, só quero ter
boas experiências, só quero comer em restaurantes bons ou ter viagens fantásticas." Se você considera ir para Disney uma boa experiência, eu tô com pa de você. Mas é cara, agora se é uma boa experiência, aí fica por sua conta. Não, lamento. A Disney não é uma boa experiência. Aliás, via de regra, nada que você precise de muito dinheiro é uma boa experiência. Dá mais um exemplo. Um exemplo? É bom. A Disney é um exemplo. Ah, se você precisar de, ã, muito, eu preciso de muito dinheiro para salvar minha vida, não é uma boa experiência, tá?
Não é mesmo. E via de regra, eu preciso, eu preferiria não ter esse dinheiro para morrer com menos agonia, para morrer em paz, tranquilo em casa. Às vezes quem tem muito dinheiro prolonga muito a vida, não é? É muito dinheiro, não traz uma boa experiência, né? Eu vou salvar a minha vida, isso não é necessariamente uma boa experiência, não. Que mais? Eu vou ser muito amado se eu tiver muito dinheiro. Não é uma boa experiência, né? Não, porque não é você. Você é amado pelo dinheiro. Não, não vejo nada que o dinheiro possa comprar, que
precise de muito dinheiro para ser uma boa experiência. Quer ver uma coisa? Dá um abraço numa pessoa que você tem saudade custa nada, gente. Não precisa de dinheiro para isso. Não tem. Olha, eu daria fácil 5 anos da minha vida para dar um abraço em minha mãe. Nossa, como eu tenho saudade do abraço da minha mãe. Eu daria fácil 5 anos da minha vida para ter o abraço dela de novo. Uhum. Não há dinheiro que compre isso. Sim. Há dinheiro que compre eh a certeza de que eu sou um homem amado, mas não há dinheiro
que compre isso. Esse ano especificamente foi 17 anos de casado e a cada manhã que eu acordo, eu me sinto mais apaixonado. Eu não preciso de dinheiro para isso. Ah, mas é porque não é porque nada. Eu não vivo em Genópolis. Tô longe. Muito longe disso. Muito longe de qualquer luxo. Muito não. Não, nada disso. Nem carro tenho. Ando de metrô. Adoro. No trânsito de São Paulo. Metrô. Vim para cá de Uber. É porque você pagou. Senão tinha pego o metrô até perto. Não tem problema. Não preciso. Não precisa de grandes coisas. O que você
precisar de muito dinheiro para ser feliz não é uma grande experiência. Você me lembrou de uma música que fala que eu descobri que as coisas boas da vida são de graça, não custam nada. E eu vi essa música numa apresentação, tipo, quando a minha filha mais velha era pequenininha assim, cara, como eu me emocionei aquele dia, quanto essa música bateu assim, sabe? De pô, aquilo ali era ela cantando lá, uma coisa simples, sabe? Não precisa. Você poderia estar vivendo em qualquer casa. Se você tivesse com suas filhas, estaria tudo bem. olhava pro lado, minha esposa,
ah, se derramando assim, eu falei: "Nossa, sensacional". É isso. Ao ponto que se você tivesse no maior palacete e perdesse suas filhas, nada daquilo serviria. Os grandes prazeres não precisam de dinheiro, de muito dinheiro. Algum dinheiro talvez, mas muito dinheiro não. Isso não. Só concluir toda todo esse esse esse círculo da picaretagem, a gente chega nos altos níveis, assim, por exemplo, a gente falou do pastorzinho lá, mas que tem um alguém por trás e que tem alguém por trás e que sempre tem alguém por trás até a gente chegar no nível, pô, tem um grande
grupo, uma TV ou de um grande grupo de mídia ou alguma grande casa de aposta por trás que tem um banco e que tem um outro um outro processo ali de dominação ou até mesmo a onde a maioria dos caras querem chegar quando conquistam tudo e não tem mais o que conquistar. Quero ir pra política porque por mais que eu tenha conquistado aqui todo o dinheiro possível, eu ainda não tenho reconhecimento. Exemplo, Pablo Marçal recentemente se candidatando aí e tentativas de ser presidente e tudo mais. sempre vai ter um nível acima que essas pessoas querem
alcançar, seja por dinheiro ou por ego. É, mas é sobretudo pelo buraco. A gente tem um buraco interno que não fecha. A gente tem um vazio interior que não fecha. E a gente acha que vai fechar quando? na quando eu for rico, quando eu tiver um emprego, quando o que quer que seja aconteça, esse buraco não fecha jamais, porque desejo, por definição, não se realiza. Ah, eu serei feliz quando eu tiver tal carro, aí eu tenho tal carro. Ah, mas não, eu seria feliz agora quando eu tiver a minha casa. Não, aí eu tenho a
casa. Ah, mas quando, ou seja, o desejo ele não se sacia, ele não se realiza, ele escorrega para outro objeto, ele tá sempre escorregando. E neste sentido, nós somos seres de falta. Há sempre uma falta dentro da gente. Se você olhar para você, você em algum momento vai pensar, eh, nossa, eu tenho uma boa vida, eu tenho filhas que eu amo, eu tenho uma mulher que me compreende, porque eu me sinto meio vazio, meio triste. Não sei se isso já lhe ocorreu. Pois é, vai sempre se sentir. É assim que é. E quando a gente
entende isso, a gente entende que a gente consegue mais ou menos lidar com este buraco quando a gente estende a mão pro outro, porque eu me salvo no outro. Eu não me salvo no poder, eu não me salvo no dinheiro, eu me salvo no outro. É quando eu sou útil ao outro, é quando eu faço, aí eu tenho uma certa sensação de que o buraco foi minimamente apaziguado. Uhum. Querer apaziguar com poder é como se você quisesse eh ter paz criando um cão faminto. O poder é um cão faminto e sobretudo quando tá a serviço
da exploração do outro. Porque a gente vive numa sociedade onde a meta é explore o outro e ganhe mais. É, mas ninguém se pergunta por que tá precisando ganhar mais. Às vezes você ganha muito para gastar com remédio, porque você adoece com isso. Eu insisto, eu quero novas experiências, porque para mim a única coisa que eu quero e a única coisa que eu vou ter na hora de morrer são memórias. Ah, eu quero minhas memórias. Eu espero que a vida não leve antes de eu morrer. Eu quero minhas memórias. o que eu vivi, o que
eu fiz, o que eu experimentei e não, não precisa de muito dinheiro, não. Experiências que eu jamais terei. Andar no negócio do avião que deixa você sem gravidade lá, a experiência de não ter gravidade e flutuar milhões para você ir no tá bom, não preciso disso. Eu posso ter outras coisas, não precisa. Deixa eu compartilhar uma questão com você. Até já falei com com outras pessoas, com psiquiatra. Eu tenho um lance que é muito planejamento, acho que é por vir de produção e tudo mais. Então eu planejo muitas etapas. Então, pô, já imagino qual vai
ser eh o a o trajeto para atingir esses objetivos. E aí eu crio todos os planos, plano A, plano B, plano C. Se não der certo, eu vou preciso ficar melhor lá. E às vezes quando eu atinjo, né, muitas vezes quando eu atinjo as metas, tipo, não consigo ter a mesma sensação de comemoração, não vai ter, porque já tava tudo planejado, sabe? Não, não, não é por isso não. Não é por isso não. É porque não vai ter mesmo. Quando a gente conquista, perde a graça. Não faz sentido mais. E é é porque desejo, por
definição, não se realiza. Não é porque você planejou, não. Planejar é sua modo de funcionamento. Talvez você seja mais obsessivo e tenha que detalhar coisas. E tudo bem, desde que você saiba suportar a frustração de que não será exatamente como você planejou. É, aí eu queria planos. Tudo bem, né? Ainda assim, isso é um mecanismo neurótico e que não vai dar conta, mas o que quer que você consiga depois que você conseguir, você vai dizer: "Era só isso? Não importa o que seja. Não importa o que seja. Depois que você consegue, não tem mais graça.
Então, é por isso que eu tô dizendo, invista no relacionamento humano, porque isso é a única coisa que de fato consegue apaziguar um pouco esse buraco. Mas ai, eu quero conquistar a Miss São Paulo. Aí conquista a Miss São Paulo, aí eu descubro que ela é só uma mulher bonita. Aham. E nada além. Ela é só uma mulher bonita como qualquer outra. na sua visão. Então, independente da conquista, independente, nada vai ser da forma que você planejou lá e que você vislumbrou-se. Não será suficiente. Você só se salvará do seu vazio no outro, em outro
ser humano. Nunca vai ser num objeto, numa coisa, num posto, numa quantidade bancária que você tem. Não. Você se salva no outro. Trazendo de volta a questão das filhas, um dos grandes objetivos é ver as filhas formadas, bem de vida, estruturadas. Esse é um dos meus um dos grandes objetivos da minha vida. Você acha que nem quando eu chegar lá e tiver, pô, tô velho aqui, vi que funcionou todo o meu plano e que elas chegaram lá e que elas estão bem criadas, estão bem encaminhadas na vida? Mas não me deram um neto. Eu queria
um neto, um neto para eu ver minha descendência. Eu não queria morrer sem ter um neto. Aí tenho neto. Ai, mas eu queria era ver meu neto se formar e aí eu seria um velho feliz e poderia morrer. E sempre vai derivar. Agora só tem um cuidado, tá? Porque você fez um planejamento pra vida de suas filhas que pode ser que não seja o delas. É sim. Não, pode ser que não. Não, o planejamento, ó. Tô aqui, ó. Tipo, o que eu fiz aqui? Pode ser que diga, olha, formar. Não quero não, papai. Muito obrigado.
Não, e se não formar também a questão é de serem boas pessoas, sabe? É nesse sentido. Sim. Mas claro que se formar melhor, né? Não sei. Ah, não sei porque talvez o emprego das suas filhas ainda nem exista. É, eu nem quero que elas sejam Não, mas eu entenda, é porque tem tanta coisa que vai surgir. É, quando eu me formei em psicologia, já nem não existia nem internet. Você imagina a ideia de atendimentos remotos online? Isso não nem nada. Então, né, uma e há muitas profissões que deixaram de existir, por exemplo, telefonista. Uhum. Né?
Eu fiz curso de datilografia. Sim. Porque você tinha que saber datilografar sem olhar pro teclado. Era sofrimento, né? Era. É, é. Você aprendia nos teclados sem letras, porque tinha um mapa das letras aqui do lado. Você tinha que olhar pro pro e digit que não era digitando, era datilografando. Nossa, eu lembro disso de pequeno vendo passando assim em frente à escolas que as pessoas falam aquele barulhão. Exatamente. E quando você fazia um concurso público, a última prova era da a de datilografia, que você tinha que datilografar um texto em tantos minutos. O texto aqui, você
aqui datografando o texto sem olhar pro teclado em tantos minutos e você não, acho que você tinha direito a ter um erro de ou era dois, não sei. Mas era história do É tipo hoje você tem que correr 12 km em tantos minutos, fazer tantas barras. tinha a prova da telografia ou o sofrimento de você aprender idiomas, né, que daqui a pouco você vai ter um sensor, você falou, traduziu automaticamente, meu, esquece, não vai ter esse problema. Não estamos longe, não estamos longe disso. Eu não sei se hoje em dia ainda se se ensina nas
escolas, mas eu sou do tempo que a gente tinha que saber a tabuada. Ah, ensina, ensina, ensina. Que bom. Mas elas ainda sofrem no fogo. Porque tem que decorar, tem que decorar. Mas ajuda quando a gente decorar, ajuda a fazer contas mais rápido, mas muitas coisas vão desaparecer, muitas coisas vão surgir. E eu vou lhe dizer uma coisa, se tivesse alguma coisa para eu dizer a alguém que tá se sentindo infeliz nesse momento, vai enxugar a lágrima de alguém que chora. Vá, olha, eu sempre tenho essa regra. A cada meio milhão de inscritos no canal,
vai aumentando o que? Então, quando foi 500.000, foi meia tonelada de alimento que eu doei. 1 milhão, uma tonelada. Tenho 2 milhões, foram duas toneladas. Agora eu doei há pouco tempo, há pouco tempo, foi ano passado, na Capadócia aqui em São Paulo, porque eu já tava em São Paulo, duas toneladas e meia de alimento. E aí eu faço um vídeo e passo em alguma live minha dizendo: "Olha, vocês vivem me agradecendo, dizendo que me devem, que eu fiz, que eu ajudei, que não sei o quê". Então me paga hoje. [ __ ] que legal isso.
Você me paga hoje fazendo o seguinte, só hoje você vai pegar um prato de comida e você vai dar a quem você encontrar. Agora não dê só o prato de comida, não. Você dê o prato de comida e diga assim: "Qual é o seu nome?" Uhum. Carlos. Carlos, é porque eu me lembrei de você que eu vim lhe dar esse prato de comida. E olha a quantidade de e-mail que eu recebo das pessoas, nossa, que vivência o senhor me deu. O nome do meu era fulano, o nome do meu era e aí duas toneladas e
meia vira outra coisa, né? Porque para pensar, ai nossa, mas 2 toneladas e meia você comprou do Eu pessoa física fui lá, peguei 2 toneladas e meia de alimento. É caro, é caro. Eu poderia ter feito uma viagem paraa Europa, poderia, mas nada paga o que é cada uma daquelas pessoas recebendo uma cesta ou uma comida. Agora acabei de teve um livro meu, um romance libélula, que foi para o teatro e eu espero que volte. a gente tá tentando ler Ranê, enfim, foi um sucesso de público. Todo tudo que eu ganhei com libélula, com a
venda do livro e com a peça, eu transformei em alimento e fui lá levar para padre Júlio Lancelote. E o que eu levei vai dar para uma semana, deu para uma semana de café da manhã. E foi lindo ficar na fila distribuindo aquilo demais. Sabe? E é isso. Então, e de fato com Libélula, o que eu ganhar com este livro e com a peça quando ela voltar, sempre será destinado para isso. Aliás, quem quer comprar o livro libéula, marcoslacerda.com.br, você compra libéula e o seu dinheiro vai para alguma ação social. Então assim, porque eu não
preciso máfia mais do que eu tenho. Eu não preciso, quando eu preciso ir pro médico, eu vou, eu posso ir pro médico. Compreende? Esse esse mês agora eu tô fazendo os meus checkups anuais. Eu posso ir no médico, então eu vou guardar mais o que? Para quê? Eu não preciso, eu posso tirar férias, isso já tá bom, isso basta. Eu tenho vivências, eu tenho experiências com as pessoas quando me encontram me abraçam. Eu não quero joias, eu não quero nada disso. Não precisa, não precisa. recentemente essa aliança, não, essa como eu tô fazendo 17 anos
de casado, era a mesma aliança, só que ela já tava muito apertada no dedo. Então eu mande e aí eu fui mandar aumentar. Aí a pessoa disse: "Olha, não dá para aumentar porque só dá para aumentar até dois pontos. Mais do que isso vai deformar, é melhor o senhor trocar a aliança." Sim. Aí vou trocar. Mas o senhor vai trocar por quê? Eu disse porque essa tá apertada e eu tenho que facilitar pro ladrão. É claro, mas lógico, porque se o ladrão vier e eu po do senhor pode levar. Faz questão disso daqui não. Isso
aqui é um símbolo. Isso aqui é um pedaço de metal. Isso aqui não vale nada. Nada. E tem pessoas que matam e morrem por isso. Talvez o rapaz esteja precisando para comer. Ah, não, ele tá precisando para craque, não é da minha conta, ele tá precisando. Leve, pode levar. Tá aqui. Afrouchei no dedo para ficar mais fácil para dar quando Então, se você é um bandido, tá assistindo, olha, pode agora, por favor, se for me assaltar, me assalto com educação. Não, não venha com Não precisa de grosseria de botar. Olha, eu vim buscar a aliança.
Pois não, já tá facilitado. Não é su problema nenhuma. Agora me deixe, né? Porque eu quero viver, eu ainda quero ter experiências, inclusive vou ter uma nova. Eu te perguntar exatamente isso agora. É com o sucesso de Libelo, que foi uma equipe fazendo tal, o diretor me chamou que ele é da nova geração dos grandes nomes aqui de de São Paulo, que é Lucas Pap e ele disse: "Marcos, eu tenho um texto meu que eu queria você fazendo". Aí eu disse ele: "Olha, já me chamaram de muita coisa na vida. coisas impronunciáveis, inclusive algumas com
razão, outras outras absolutamente injustas, mas de ator não. Isso eu não sou não. Mas aí ele foi sabido, ele me deu o texto, disse: "Leia o texto, depois a gente conversa e me ganhou no texto." E é a história de um psicólogo que tá na última sessão dele, terminou a última sessão, tá empacotando, encachotando as coisas dele, porque ele não quer mais atender. E por que ele não quer atender? Isso é contado no transcorrer da peça. E aí entra um rapaz que ele não conhece no consultório dele enquanto ele tá encaixotando as coisas e diz:
"Eu vou me matar". E aí ele se vê diante desse rapaz e de ter que dar conta dos conflitos desse rapaz e dos conflitos dele. E é uma trama muito interessante. E eu nunca fiz teatro. Tô absolutamente acostumado a subir em palco para dar palestras ou coisa assim. Mas teatro, amiga, é outra história. É outra história. É outra as marcações de palco. Marcação de palco, decorar texto, as deixas, né? Fazer escalada. Encontrar, fazer escalada pro outro, encontrar uma pessoa que não é você naquelas falas, porque aquelas falas definitivamente não são minhas. Eu não, eu não
diria aquilo daquela forma. E vai ser legal. E a gente estreia adrenalina, né? Adrenalina de Talho. Adrenalina. Então, e e que você fica pensando e mas aí eu soube que todo ator pensa isso, tá? Você sonha, você já comecei a sonhar que dá branco na hora e que você não sabe o que falar, né? E aí eu descobri que terror, né? É. E aí quando eu disse isso, todo ator diz que é isso, que todo ator pensa isso. E aí teve uma atriz que ainda piorou a situação, porque ela botou assim um triplex na minha
cabeça. Ela disse: "Marcos, eu não apenas tenho pesadelos que eu tô esquecendo a fala, mas quando eu tô em cena que o ator tá falando, eu fico, será que eu vou lembrar da minha fala?" E aí quando ele termina, a minha vem automaticamente eu não sei nem de onde veio. E aí eu digo, [ __ ] eu eu não precisava dessa informação. Eu eu não queria essa informação. Então, dia 6, 7, 8 de junho, no teatro do Morumbi Shopping. Que demais. É que tá um teatro lindo, foi reformado agora. Por que três dias? Porque a
ideia é viajar pelo Brasil com essa peça. Se eu não virar o novo cigano, Igor. Você que é jovem não sabe quem é o cigano Igor. Dê um Google que você vai saber do que é que eu tô falando. Mas não, eu não, o diretor não me deixará ser medíocre. Foi esse, foi esse o acordo. Você tá empenhado, né? Eu digo, eu tô empenhado, tô fazendo aulas, tô. E eu disse ao diretor, não me deixe ser medíocre. E ele de fato, ele é rígido, ele exige que é texto decorado. E eu levo paraa semana é
sem texto na mão. Tá bom. É sem texto na mão. Vamos lá. Pô, mas você já com a experiência do palco já deve dar um pouco mais de tranquilidade, né, de encarar as pessoas ali, não, porque é diferente quando eu dou uma palestra e sim, palco, câmera, não é um problema para mim, mas sempre foi eu me mostrando. Agora mostrar uma outra coisa que não sou eu e ter que saber aonde eu tenho que estar no palco a cada momento que eu estou dizendo aquela fala. Tá sendo um aprendizado totalmente novo. Nossa, mas então, e
isso não precisa de muito dinheiro. É, é só dizer, eu quero brincar de viver. Aham. E é bom. Imagina o quanto isso te motiva, né? Ah, me motiva e eu espero que as pessoas, aliás, já tá vendendo bem, já tá aberto no É família nós da questão do peso simpla. É, a família nós da questão não me abandona, mas já tá vendendo no Simpla. E só vai ser 6, 7 e 8 de junho no Morumbi Shopping, no teatro do Morumbi Shopping. Cara, só para fechar, deixa uma mensagem para essas pessoas ficarem um pouco mais atentas
assim que você puder deixar ali a mensagem de de esperança, seja lá o que for, para não caiam nessas picaretagens. Olha, para você que tá assistindo a gente, eu espero primeiro que você tenha se divertido. Agora, deixa eu lhe dar uma dica para você não cair em nenhum golpe. Não acredite em fórmulas mágicas, nem acredite em nada fácil. Não existe almoço de graça. Se você vai levar uma vantagem muito grande, se você vai conquistar, se você vai subir, é mentira. Porque a vida foi feita da forma como tá estruturada a sociedade, não a vida da
sociedade, para quem tá do lado de cá ter um lucro imenso em cima da sua tristeza, do seu desespero, da sua desesperança, da sua doença. Então, apenas se entrega à vida e diz: "Vida, me ajude a ter força para fazer como for preciso fazer, para passar pela doença como eu tiver que passar, para passar pela separação como eu tiver que passar, para passar pelo desemprego, me melhorando, me aperfeiçoando e conseguindo uns novos postos". Mas tudo é sempre muito lento na vida. Até para você se fazer enquanto ser humano foi preciso 9 meses. Por que é
que você acha que um cursinho deve dias vai mudar a sua vida? Não vai. Pense nisso. Para beber. Obrigado. Obrigado, querido. Grande demais. Obrigadão. Seja sempre bem-vindo aqui. Com certeza eu quero bater esse papo contigo e muitas e muitas vezes. Quando você me chamar eu tô aqui. Valeu. E obrigado a você que tá aqui até agora. Se inscreva no nosso canal, deixe seu like, siga lá Marcos Lacerda em todas as redes também. Qual, qual é @mrcoslacerda para o Instagram e no YouTube no canal Nós da Questão. É isso aí. Obrigado e até o próximo lugar
do podcast. Grande abraço. Valeu, [Música]