[Música] Olá tudo bem Estamos aqui no radar lefosse nosso local de análise e discussões do mercado brasileiro e hoje estamos aqui para discutir o setor de energia elétrica estou aqui com dois grandes convidados Pedro Dante meu sócio na área de energia e Camila Ramos a Camila tem um currículo super extenso que ela nos permitiu aqui dar uma pequena resumida porque senão a gente vai passar aqui quase todo tempo falando sobre dela que é sensacional vamos lá a Camila é CEO e fundadora da cela ela é conselheira na bolar ela é conselheira também na Hair Earth
é consultora especializada em MN e estratégia financeira focada em energias renováveis e tá aqui com a gente hoje para falar sobre hidrogênio mna financiamento no setor elétrico e transição energética bom gente para começar nosso papo aqui já vou começar falando sobre hidrogênio Camila primeira pergunta que a gente tem para você aqui acho que todo mundo quer saber a sua opinião como é que são as perspectivas do hidrogênio no Brasil e como a forma que você entende que o hidrogênio vai ser utilizado no Brasil agora nos próximos anos eh não fico surpresa que essa sua primeira
pergunta né sobre hidrogênio Verde hoje em dia eu vou conversar com meus clientes sempre o primeiro tema hidrogênio verde né E por quê Porque o potencial realmente é de um mercado muito muito grande né é um é um setor Novo que tá vindo aí é muito forte no mundo e com o Brasil com potencial bem interessante para ser aí protagonista né com um impacto muito positivo seja pra Economia em geral seja pro setor de energias renováveis uma vez que o hidrogênio Verde ele é feito a partir de fontes renováveis então eu diria em termos de
de de perspectiva eu diria que a primeira coisa que eu queria mencionar é o potencial que o Brasil tem e o potencial que o Brasil tem é basicamente resultado né da gente ter tantas renováveis né especialmente a eólica a solar mas não só a gente tem também a a a biomassa né a gente tem CO2 biogênico vindo aí do setor Agro também para pra gente fazer esse hidrogênio renovável então Eh e de forma competitiva né então renováveis abundantes de forma competitiva acho que seria esse o grande potencial do Brasil mas eu eu queria também mencionar
um outro ponto que faz com que a perspectiva seja muito positiva pro Brasil que é o mercado interno né diferente de alguns outros países tipo aqui na América Latina um outro país que tá sendo tá avançando bastante no no desenvolvimento de de regulação e de potenciais né projetos é o Chile mas é um país que vai ser basicamente produtor né de hidrogênio se for é pra exportação né aqui no Brasil a gente tem esse diferencial de ter um mercado interno aí para diversos usos e eu acho que a terceira perspectiva né que eu queria mencionar
para você é a questão do de players né estarem engajados eh A Gente Tem trabalhado lá na cela é bastante eu sempre falo isso para meus clientes a gente já fez 12 projetos de hidrogênio verde para os nossos clientes e curioso que começou Rafael com os geradores de energia renovável sendo meus clientes buscando entender esse mercado melhor e como a energia renovável os projetos deles de energia poderiam encaixar bem ou desenhar uma solução de energia renovável bom para desenvolver um projeto de hidrogênio e depois passei atender eh clientes no que vão eh produzir eh esse
hidrogênio Então são empresas já com uma pegada mais industrial para produção do hidrogênio Verde Então a gente tem feito muita modelagem financeira de análise de investimento mas nos últimos M A Gente Tem trabalhado bastante que é que mostra o desenvolvimento do setor que é com off taker quer dizer Os compradores eh potenciais desse desse hidrogênio Verde também para entender qual que vai ser o custo qual que vai ser o preço para eles poderem negociar e entender Em que em que usos esse hidrogênio Verde pode fazer sentindo acho que essas são algumas das perspectivas que eu
queria passar para vocês excelente Camil então basicamente a gente tem todo a a o sistema toda a conjuntura ideal pra gente poder ser um protagonismo E e ter realmente o drogênio verde aqui com uma com um mercado bem forte no Brasil você falou dos clientes e é uma questão que a gente vê aqui no escritório nossos clientes principalmente internacionais estrangeiros eles vêm para cá e ficam um pouco inseguros porque a gente não tem ainda uma regulação não tem uma legislação muito incipiente E aí aproveitando sua experiência internacional O que que a gente pode ver no
cenário internacional como aprendizado tanto daquilo não fazer do que fazer o que que a gente pode suprir de curva de aprendizado olhando o que tem lá fora e não tentando inventar a roda Ah é Ótima pergunta Rafael sabe eh aqui no Brasil a gente apesar de ter esse grande potencial a gente não tem nenhum arcabo regulatório aprovado vocês sabem disso melhor do que eu né a gente tem trabalhado aí vocês eu também tenho trabalhado bastante institucionalmente para desenhar né ajudar a desenhar e ajudar a no education mesmo né do no no no senado na câmara
no executivo né para para passar a importância da gente ter uma aprovação de um Arc bolso regulatório Para ter segurança jurídica eh para esse setor Mas eu também queria e e e nos países mais avançados já tem isso né a gente tem eh no no no nos Estados Unidos a gente já tem lá no Ira né um arcabo regulatório e e e e ligado a isso os incentivos né e eu não vou deixar de mencionar isso até porque aqui no Brasil a gente já né se começou a circular os textos que estavam lá no Senado
na Câmara e com um arcabo regulatório proposto porém sem os incentivos e agora estamos revendo para para tentar né eh eh emplacar também esses incentivos a aqui no Brasil por quê né e e e aí eu não quero falar né incentivos Porque queremos né eu comecei a minha carreira há 21 anos atrás trabalhando no setor sucroalcooleiro tínhamos antes na década de 70 era o proálcool em 2007 eu já trabalhava no setor eólico né Eh antes logo antes disso a gente teve para nascer o setor eólico proinfa né na solar a gente teve os leilões de
reserva de capacidade a gente teve na GD a gente teve a 482 e a 687 Então não vai ser diferente pro setor de hidrogênio não não faz sentido a gente esperar nascer sem eh nenhuma incentivo pros primeiros projetos né é uma tecnologia nova a a eletrólise né não é porém ela não é de em grande utilizada em grande escala então a gente precisa ter indústrias que vão ser criadas né investimentos que vão ser feitos para se ganhar a escala para ficar competitivo e nos Estados Unidos a gente teve né Eu mencionei o ra né o
com um incentivo aí de 3 por kilo até 3 por kgo para produção de hidrogênio Verde lá nos Estados Unidos que é um mercado que tá assim desenvolvendo muito rapidamente agora por conta dessa desse Arc bolso na na União Europeia né a gente viu o resultado essas pró nas últimas semanas é do primeiro leilão paraa compra de hidrogênio no longo prazo teve um volume era um volume pequeno né não era mas foi relevante a gente viu preços lá também eh com com e eh interessantes pra gente analisar o tipo de projeto que vendeu para Que
tipo de usos que foi vendido que foi para amônia tá muito para fertilizante eh eh lá na na União Europeia mas foi só para projetos eh de hidrogênio lá na União Europeia lá eles têm o o o hydrogen Bank quer dizer eles T um banco para financiar esses projetos de hidrogênio Então são lições que a gente tem que aprender aqui a absorver e não esperar nascer assim que o Brasil né e berço esplêndido né sem ter esse arcabouço aí esse esses incentivos adorei que você falou isso Camila porque quase eu apanhei numa aula que eu
dei semana passada porque quando eu falei que o hidrogênio também vai precisar de algum tipo de incentivo pessoal não não pode mas ter subsídio a gente concorda que tem muito subsídio hoje na tarifa mas eu acho que tem duas coisas certas na vida é a morte o fim do subsídio O problema é que o subsídio no Brasil mesmo que mais necess não morre e aí começa a acumular aí quando você tem uma nova fonte como você disse todas as fontes se desenvolveram com proálcool com proinfa depois com energia de reserva todas elas tiveram que ter
um impulso adicional para poder criar uma cadeia de valor você internalizar a cadeia produtiva você não pode achar que o hidrogênio vai nascer sozinho e vai se materializar então o que você precisa é ter uma racionalidade em relação aos subsídios que existem Será que ises são necessários mesmo Será que alguns ali já não supriram o papel deles queria complementar não só Concordo com você mas complementar dizendo que a a a toda a receita né e toda a economia né e e e receita que esse setor vai gerar essa conta vai se pagar rapidamente né porque
o tamanho desses projetos são en a possibilidade descarbonização em diversos setores é muito grande então é é um investimento tá é um investimento com certeza adorei que eu não tô sozinho Pedro e parabéns pela coragem né Camila realmente fato ter né a honestidade de chamar a atenção sobre esse tópico e bom saber que as discussões estão caminhando nesse sentido né quem sabe no PL 44 né que a gente tem essa racionalização dos subsídios a gente não começa a perceber que há espaço sim para ter incentivos para hidrogênio que certamente vai ser essencial tá parabéns pela
coragem tocar no tema e Pedro aproveitando agora que a gente falou aqui de incentivo e subsídios mas tem e a questão obviamente é hoje o capex é um grande desafio na conjuntura atual que a gente não tem a legislação não tem ainda o incentivo O que que a gente tem visto aqui nos projetos que a gente toca no escritório são justamente autoprodução sendo um aliado da ah do nascedouro desses projetos como é que você tem visto isso aqui como é que a autoprodução pode eventualmente auxiliar na estruturação doss projetos de hidrogênio no Brasil um bom
ponto e aqui no escritório a gente acaba sendo o termômetro né dos projetos né A autoprodução há anos né ela vem viabilizando esses relacionamentos de longo prazo tá então a gente deve continuar com essa com essa tendência e quando a gente olha de hidrogeno verde a Camila já citou né a palavra mágica off taker né então não basta só o gerador né tá com com intencionado viabilizar o projeto mas a gente tem percebido parceria incluindo já off taker nesses projetos em locais estratégicos tão só para produção para consumo local ou também para exportação e bem
naquelas estruturas de equiparação projetos maiores mas uma tendência que a gente tem percebido também é o é a retomada do conceito original da autoprodução é autoprodução local né então justamente e esses investimentos paraa construção de ativos estratégicos junto com consumidores geradores em localidades estratégicas que deve ser realmente os primeiros projetos a serem viabilizados a gente tem percebido realmente que essas discussões estão acontecendo superada essa questão do capex talvez com incentivo né que é isso que deve acontecer no curto prazo mas deve ser o primeiro tipo de projeto de hidrogênio tá incluindo off takers autoprodução e
local deve ser a tendência tá perfeito eu acho que isso tem muito a ver também com a questão que Camila trouxe aqui da cadeia produtiva e de valor que o hidrogênio pode trazer com o hidrogênio tem visto um Player que estava um pouco fora do mercado de autoprodução por exemplo voltar que são as hidroelétricas hidroelétricas sendo destiados Você tem uma questão de uma demanda que pode vir com hidrogênio é 24 por7 é a nossa bateria natural mais valiosa e a gente tem agora bateria também podendo entrar nesse mercado de autoprodução muito interessante bom Já começamos
começamos a falar de dinheiro Temos que falar de financi abilidade no setor Camila ao que faz eu e o Pedro aqui perdemos os cabelos que a gente não tem é a questão onde com a queda dos leilões de energia a gente sabe que mudou a forma de bancabc de um leilão no ACR Vou botar aqui 60 70% da minha Usina 30% eu comercializo no ACL bancabc no BNB e resolvi minha vida hoje com a queda de demanda das distribuidoras distribuidoras sobrecontorno e o pós eh grandes leilões de energia que ainda tem mas são mais escassos
o nome do jogo mudou no setor elétrico né Rafael agora é o cliente então a gente tá falando de novo mundo um novo mundo de Mercado Livre quando a gente começou esse movimento né dos players eh se posicionando no Mercado Livre os geradores eram contratações normal muito mais comum contratação naqueles leilões de semig de Copel né para essas grandes distribuidoras foram os primeiros projetos foram assim hoje não é mais isso né hoje quem tá comprando essa energia eh do gerador tá sendo o consumidor final né a a cela faz um estudo anual de ppas no
no mercado livre de óleo kit solar onde a gente eh entra em contato com todos os geradores eles passam pra gente eh os dados detalhados dos ppas que eles assinaram no mercado livre nos últimos 12 meses e a gente depois faz uma análise agregada desses ppas hoje a gente já tem uma base de dados de 140 ppas assinados de longo prazo né então quer dizer a partir de 10 anos eh de eólica e solar e fazer uma análise do perfil do waker eh agora é a indústria o número um contra contratante em volume de energia
né até porque o volume da de energia contratado na indústria né do consumo da indústria de energia é é desproporcional em termos então não em números de ppas mas necessariamente mas em volume de energia contratada inclusive Esse foi o primeiro ano onde historicamente agora a a indústria já é o maior contratante Porque ano a ano a indústria começou a ser mais relevante na contratação de energia desses ppas mas agora ela já é historicamente né no valor acumulado maior contratante no no Mercado Livre e a tendência é a gente continuar nessa nessa perspectiva de contratação Direta
do Consumidor até por conta da abertura do Mercado Livre né cada vez maior para para clientes né com perfil cada vez mais próximo de um consumidor varegista E aí no futuro né a visão né Eu e você vamos poder comprar aí negociar a nossa própria energia é do fornecedor que a gente escolher Então tá sendo a a contratação direta no Mercado Livre e trazendo a conversa paraa autoprodução solar o ano passado 100% dos ppas assinados de energia solar de acordo com o estudo que a gente fez foram assinados na modalidade autoprodução né E pra eólica
eh foi 90 por volta de 90% eh foi também na modalidade de autoprodução e na autoprodução e vocês sabem melhor do que eu né na a modalidade mais comum hoje né em volume é a autoprodução por equiparação Porém esse ano a gente viu um volume assim bem relevante eu acho que foi por volta de 24% da energia e na modalidade de autoprodução eh por arrendamento também eh Então acho que é isso que tá né garantindo a financi abilidade dos projetos e no final o o prazo desses contratos ele e e ele é de longo prazo
né Tem PPA de 10 anos tem PPA de 15 tem PPA de 20 e esse ano a gente a gente né do ano passado o ppas do ano passado a gente viu os os mais longos que a gente já tinha acompanhado que foi eu acho que um de 21 anos e um de 25 anos também sensacional e aproveito aqui para fazer a propaganda gratuita da desse relatório de de ippas da cela que é muito bom tô H 25 anos no setor e e teve muita informação ali que surpreendeu a gente eh aa mais uma indústria
brasileira que eu acho que é o setor da economia que mais anda de lado infelizmente até tá recuando agora infelizmente você vê que a indri indústria ganhando protagonist na parte de celebração de PPS longo prazo vê realmente uma tendência imagina quando a nossa indústria finalmente quem sabe começar a a explodir e começar crescer como deveria estar crescendo H tantos anos então muito bom Parabéns aí por esse material que é riquíssimo deix aproveitar Rafa saber que tema de abertura de mercado a gente gosta né da época da CCE a gente sempre vislumbrava isso no futuro e
está acontecendo né Camila é com o modelo de varegista né um modelo que realmente inicialmente não não deslanchou e muito vem deslanchando agora por uma necessidade também né É isso que a gente percebe mas para até onde você acha que vai essa abertura Camila você acha assim grupo A agora né já Janeiro de 2024 70.000 e consumidores eles estão migrando né estão indo no varegista Mas qual que a sua visão de realmente do grupo B A gente vai realmente ter essa possibilidade de comprar e vender energia eh pessoas físicas como é que você enxerga essa
essa evolução olhando o Brasil esse tamanho nosso Continental né olha eu é uma pergunta muito legal E aí uma dica que eu dou para todo mundo de uma coisa que eu faço muito quando eu comecei em 2007 a trabalhar com eólica eu comecei numa empresa internacional assim global e eu tinha colegas que estavam trabalhando na China colegas que estavam trabalhando na Europa colegas que estavam trabalhando nos Estados Unidos e eu brinco que eu eu meio que olhava eu tinha uma janela pro futuro como brasileira sabe e eu Eu sempre gosto de est olhando para esse
futuro que são mercados mais desenvolvidos né Eh talvez não tão desenvolvidos em algumas frentes em outras mas assim em geral em termos de tendência para renováveis eh eh tem sido interessante e e esses mercados né são abertos e eu eu acho eu sinto e eu de forma muito forte que não vai ser diferente aqui né a gente tá vendo o como o quando a gente já ouviu de 2028 a gente já ouviu de 2030 eu acho que é uma questão de tempo eh pra gente ter todas essas possibilidades isso vem entender né se a gente
falar de macrotendências mega tendências do mundo né a gente tá falando eh de de empoderamento do Consumidor né a gente tá falando de digitalização a gente tá falando de de de Inteligência Artificial a gente tá falando eh de descentralização né que são tendências que não são eh exclusivas do setor elétrico o setor elétrico ele é influenciado por essas tendências eu acho que uma hora a realidade se impõe né não tem jeito a gente sabe que e e eu acho que é uma questão tão forte que a economia acaba prevalecendo que a vontade política acaba que
ela vai ter que acompanhar a gente sabe que a 12 anos atrás a gente tinha um programa de governo que era acabar com a CCE estava no programa de governo estava escrito acabar com a CCE e CC não acabou CS cresceu saiu de na época de 20% hoje estamos com 40% Independente de vontade política ou não então pode ser que postergue um pouquinho mais um pouquinho a menos temos ver como é que faz isso acontece de uma forma mais eh com maior segurança possível mas a gente concorda 100% com você vai acabar acontecendo e eu
queria falar uma outra coisa eh assim pensando nessas tendências todas se a gente pensar no setor elétrico brasileiro como uma caixinha quadrada ou preta até tá a gente não pode esperar que todo todas as essas grandes tendências todas as novidades as tecnologias etc né E aí falando de várias tenham que elas serem moldadas para caber na caixinha preta Quadrada não né a gente vai ter que adaptar o nosso setor elétrico para absorver né É então fazer isso de forma organizada né perfeito e aqui eh passando para você agora Pedro já que a Camila já deu
pra gente a a a deixa para falar sobre autoprodução novamente Acho que mais um ramo aqui que a gente tem que verificar como é que você vê que autoprodução tem colaborado com a financi abilidade desses projetos eu acho que a questão do off taker aqui Camila trouxe é super importante como é que você tem visto esse movimento não ela tem sido Vital né Rafa assim eh são projetos com uma matriz de risco muito complexas mais estruturados tá a gente consegue né Fazer o relacionamento de longo prazo a venda futura então a autoprodução enquanto né a
gente tivesse a distorção do pld baixo e o gerador não conseguir vender energia no preço mínimo né para conseguir fazer um projeto eh eh sair do Papel a autoprodução ela é essencial tá Eh esses projetos continua acontecendo é que a gente sempre fala né a janela de oportunidade essa janela vem fechando Então vamos acompanhar nessas reformas do setor né justamente como é que eles vão enxergar a autoprodução por toda essa discussão polêmica também do subsídios que são essenciais justamente Imaginem né se a gente não tivesse conseguindo viabilizar esses projetos há 5 anos como é que
a gente ia tá a questão de de geração de energia a gente não ia tá conseguindo fazer tudo que o Brasil tem tem fazer Então continua essa tendência e é muito acompanhar né Essas alterações que podem acontecer e qual que vai ser o impacto mas a autoprodução ela continua sendo um dos principais produtos que a gente vem trabalhando perfeito Camila Vamos falar agora a gente famos de financiamento de hidrogênio emni emni agora que a célula também abriu uma uma uma uma célula agora só para poder atender o mna que a acho que é um uma
não digo não uma cultura Mas é uma vertente do setor elétrico as companhias do setor elétrico elas são pródigas em sempre fazerem mens por quê Porque a troca de ativo acaba fazendo parte da troca de portfólio a parte de geração de caixa das empresas a gente repara historicamente que independente da economia do país se algum setor tá com mais Eh mais transacional ou menos o setor de energia ele mantém quase uma curva flat em relação aos MNS mas obviamente que que essa característica muda um pouco com com essas novas fontes novos mercados o novo momento
agora do off taker como é que tem visto agora pra gente não trazer uma curva tão tão longa pro segundo semestre desse ano agora considerando economia esse momento como é que você tem visto agora o movimento de mna para para esse ano agora até o final do ano eh emna Super relevante né nesse momento a gente até soltou tem um relatório até gratuito no site da cela de mapeamento de EMS em eólico e Solar dos últimos 5 anos eh e a gente conseguiu mapear em volume acho que foi uns 50 60 bilhões de reais mas
só dos valores divulgados né Tem muita transação que os valores não são divulgados e não estão lá só de quem participou com a gente com os dados confidenciais mas a maioria assim grande parte das transações não tem valor então o valor é muito maior do que isso mas a gente fez esse mapeamento e o que eu tenho visto né dessa tendência é que com a dificuldade né na geração centralizada então primeiro com a dificuldade de se assinar mais ppas no Mercado Livre por conta do pld mais baixo né porém porém né fazendo aqui um disclaimer
realmente tá tendo também uma corrida para assinatura de ppas por lá por conta do em autoprodução né Por conta dessa janela de oportunidade mas mesmo assim o volume de PPA que a gente poderia estar contratando eh poderia ser muito maior hoje se o preço do Curto Prazo da energia no curto prazo não tivesse tão tão baixo uma oportunidade que as empresas estão vendo que não eh que não conseguem desenvolver tantos projetos porque não estão conseguindo assinar tantos ppas é através de aquisição de projetos né seja operacionais seja eh com ppas assinados mas ainda não construídos
então Eh assim a gente tem conversado com bastante dos playes trabalhando algumas transações de geração centralizada de empresas que que por conta dessa dificuldade deles e ainda mais esses maiores estratégicos talvez não tenham umas estratégias mais eh ágeis ou com com algumas inovações até mais né mais novas e tal na estruturação dos dos ppas não fazem eles mesmo então buscam adquirir isso de alguém que já fez o momento de aquecimento de emn que eu tenho visto também dessa demanda tem sido eh por conta eh desse setor eh tá com um valuation assim interessante para investidores
estrangeiros né Por Conta do câmbio Então acho que isso tem sido eh Uma demanda também e também uma um uma tendência que eu acho que tem a ver muito com geração distribuída também é é o tamanho das plataformas que a gente tá vendo né Eh a gente viu a transação a semana passada que foi super interessante da auren com a com a es né Eh eu acho que tem muito a ver também e na GD isso é relevante também algumas plataformas atingindo um tamanho legal para alguns estratégicos que só entram num cheque maior ou que
entram numa plataforma mais estruturada para encontrarem possibilidades de eh de de aquisição Então acho que isso e na GD isso para mim tá muito Óbvio sabe porque antes a gente vi Ah tem esse Player lá de GD ele tem 50 m em operação Ah ele é grande esse aqui tem 60 mega operação ele é grande então agora agora tem alguns mais robustos né já em operação do 200 Talvez um outro com 300 Então essa consolidação sem dúvida e deve continuar né então especi e na GD também por conta né desses projetos de gd1 sendo construídos
eh e e trazendo essa possibilidade desses dessas plataformas maiores e na GD eu vou trazer um outro ponto que tem fomentado o mna também que eu acho que é importante é a questão do custo do financiamento para esses projetos ele tá alto tá então uma forma esses players conseguirem eh eh financiar novos projetos tem sido através da venda de projetos atuais né Eh então acho que esse movimento também é relevante E aí tem umas outras uns outros drivers né de de empresas que estão focando o Ira Eu já mencionei aqui no tema do do hidrogênio
mas o r inflation reduction acts é um incentivo que é pra transição energética nos Estados Unidos né Então tá um mercado muito atraente nos Estados Unidos empresas que investem aqui e investem nos Estados Unidos vão olhar algumas vão olhar e vai falar hum um grande oportunidade nos Estados Unidos né talvez eu vou focar meus esforços lá então dá uma saidinha daqui temporariamente vai investir um pouco mais lá e e precisa de um capital para poder financiar esses projetos que eles né novos grandes investimentos que vão fazer lá nesse mercado tem alguns casos nesse sentido também
então acho que tem alguns drivers que vão tão fomentando E vão continuar fomentando muito forte transação é isso deixa eu só cumprimentar com o tema de GD eu gosto um pouco também né e quando a gente tá discutindo abertura de mercado não é abertura de mercado né mas a geração distribuída a tecnologia né que o pessoal de GD vindo até de outras áreas que não do setor de energia conseguiram simplificar para trazer esse consumidor pro centro da tomada de decisão é algo que está acontecendo e acontecerá muito rápido né então a gente percebe grandes players
marcas nacionais que não são do setor que tem o qu o grande ativo a base de clientes e isso tem fomentado inclusive o né sim porque grandes players que não tem esse nohow de um consumidor com perfil mais de varejo tão entrando nesse perfil de consumidor de mais varejo através da aquisição de empresas Ou projetos de geração distribuída né e conhecendo esse cliente se acostumando a lidar a reter esse cliente eh com esse perfil para no futuro tá pos aqui a gente não tá falando de milhares de consumidores a gente tá falando de milhões né
E aí realmente geradores com projetos grandes marcas essa financi abilidade destravando e essa oportunidade de negócio a geração distribuída né que é a Netflix setor de energia né que também é um pouco mal compreendida eh ela vem realmente com uma força absurda e certamente vai essa parte de mna vai ajudar a consolidar grandes players tá é um movimento que está acontecendo não com tanta publicidade mas acho que vem grandes novidades aí nos próximos anos é porque hoje eu eu tenho visto mais transações de ativos uhum né e e e grandes e e um número relevante
desse dessas plataformas que estão se consolidando elas já TM Elas já estão de olho numa estratégia de saída depois que esses projetos de gd1 já tiverem né implementados então a gente aí você falou vou quero falar dos próximos mêses mas para GD a gente tá falando aqui dos próximos anos aí que a gente vai tá vendo em termos de mnem excepcional acho que o ponto que vocês trouxeram aqui de consolidação eh muito importante tá muito atrelado com que a gente tem visto aqui no escritório aqui no lefo nós estamos há trê anos já liderando ah
em Dios de mna de energia no Brasil inclusive esse Dio que da s com a Nó também tivemos à frente e é justamente que a gente tem visto é uma mudança um pouco do greenfield pro brownfield a consolidação Então a gente tem vários clientes estrangeiros que eles vinham pro Brasil para adquirir eh uma outorga ou seja vinham aqui para adquirir um projeto greenfeld para poder construir depois operar E hoje eles sabem que vão ter um passo adicional hoje vão ter que construir achar o off taker plugar esse esse consumidor para depois criar valor e ter
uma uma boa modelagem financeira para fazer a venda então mudou realmente e a visão realmente desse investidor e de quem tá tá tá no byside desses projetos sim bom gente tá super interessante falar de mni mas vamos falar um pouco agora aqui de renováveis e segurança jurídica e aqui Camila a gente já falou um pouco de hidrogênio mas a gente tem aqui bateria tem offshore tem tudo o Brasil tem tudo para ser um protagonista na parte de renováveis no mundo a gente fala muito da nossa matriz energética mas a matriz de energia elétrica Nossa já
é um exemplo pro mundo só que a gente às vezes vê alguns investidores estrangeiros com um pouco de receio do Brasil E aí aproveitando mais uma vez sua belíssima trajetória internacional a sua experiência que que você acha que falta pro Brasil trazer mais segurança e ser mais atrativo ainda pro investidor que que acha que ISO poderia melhorar ou qual é a visão do investidor hoje do Brasil uma coisa que eu sempre falei paraos meus clientes e agora eu tenho sido mais reticente é a questão do setor elétrico a gente não ter né mudanças retroativas intervenções
e infelizmente me parece que isso tá mudando né por conta de algumas mudanças que estão sendo ou discutidas ou que já foram implementadas inclusive retroativamente nos projetos né é seja aquele a questão do do benefício lá da do desconto da da tusd né que tá sendo questionado pro TCU Então são coisas que estão abrindo uns precedentes que eu entendo não ser positivo Então eu queria mencionar isso falando de investidores estrangeiros né Eh também eu acho que tem a visão do do investidor estrangeiro que já tá no Brasil e tá aqui no longo prazo já tá
há muito tempo e tem uma visão de longo prazo de Brasil e do investidor que eh tá vindo talvez olhar Brasil como oportunidade eu acho que para esse segundo segmento tá é um momento complicado para Brasil né por conta de incertezas eh e etc né essas mudanças acho que isso mas pro pro investidor que já tá aqui no longo prazo é diferente né aí vai ser caso a caso mas ele já tá mais acostumado com o Brasil mas eu acho que esses são alguns pontos que eu que eu queria mencionar aqui com vocês até ouvi
um pouquinho da opinião de vocês que trabalham também eh nesse setor elétrico aí há tantos anos e e eu e tá me deixando um pouquinho assim assustada e a e o último ponto que eu queria fazer que eu acho que tá faltando aqui no Brasil assim a gente diz né com muito orgulho todo mundo né os todos os brasileiros ah nossa Matriz é limpa Nossa Matriz é incrível mas a verdade é né a gente vem de um histórico de grandes hidroelétricas né por isso que a nossa Matriz é tão limpa e tão incrível né então
eu acho que a gente tinha que começar a valorizar isso de uma forma de olhando no futuro também né como é que a gente quer se posicionar como país e a nossa matriz elétrica e todo esse recurso que a gente tem aqui disponível e E assim a grande maioria para praticamente nenhum outro país tem é o que a gente tem eu acho que e a gente não tá fazendo isso né a gente tem ouvido muito um discurso de ah economia verde né o potencial verde do Brasil mas na prática eu acho que a gente precisa
trabalhar ainda bastante para garantir toda essa segurança e você mencionou as novas tecnologias por exemplo a gente não tem um arcabouço regulatório para remunerar sistema de armazenamento de energia por exemplo a gente Tem trabalhado muito nesse sentido as baterias vão ser muito importantes Rafael muito em breve você sabe disso a curva do pato né aquela questão do pico da geração da solar e depois o que que vai fazer com essa energia num num cenário de preço horário de tarifa horária né de de energia a gente devia estar correndo PR PR PR PR implementar esse cabolo
regulatório pras baterias né então eu acho que é isso perfeito Camila e eu vou jogar a bomba aqui pro Pedro porque quando a gente fala de segurança jurídica realmente é algo que também tá tem nos assustado eh eu acho que asas questões que você trouxe aqui de TCU de câmara e toda vez que eu vejo um decreto legislativo sobre uma questão da Anel SUSP eh tendendo a suspender uma regulação da Anel eu vejo isso de uma maneira assustadora porque quando você coloca a a teoria da regulação justamente para poder trazer uma agência reguladora técnica que
distante do poder político quando o poder político começa a suspender decisões técnicas uma hora pode servir para você ou paraa sua Associação mas outra hora vai destruir o setor elétrico porque o político por mais bem intencionado que seja ele não vai conhecer e quando você não conhece é que nem o juizz a gente brinca muito que às vezes a gente vai no judiciário a gente tem que em 30 segundos explicar para ele o que que é pgda MCP pld Ele olha pra gente parece que é uma saco de cotagem não sabe se é doce ou
salgado que a gente tá falando e ele tem que tomar uma decisão Então à vees se coloca no no sapato do juiz e fala assim ele teve alguma sensibilidade você não pode regular o setor elétrico com sensibilidade o que a gente vê agora é uma lacuna de poder porque lacuna de poder não existe né acaba que quando uma agência reguladora começa a se enfraquecer começa a ter atritos internos e começa a abrir espaço você vê o TCU aí você vê uma câmara e você começa a perder o que tem de mais valioso que é uma
que é uma regulação técnica e aí Pedro eh nesse nessa nessa visão de que realmente que a gente vê nossos clientes é segurança jurídica essencial a gente teve um ministro já que trouxe uma frase que eu lembro até hoje Que que eu boto nos pareceres que é cristalida importância da segurança jurídica pros investimentos Como é que os nossos clientes têm visto isso não é essencial acho que eu concordo com a Camila tá acho que o sinal amarelo tá em evidência né Camila então assim a gente percebe essa lacuna de poder uma agência reguladora enfraquecida Isso
não é bom o ministério de Minas e energia com algumas tendências políticas isso também não é bom tá e a gente vai ter agora no curto prazo né a gente vai ter em tese né a própria questão do p44 segundo informações de ontem em agosto a gente já deve ter algo mais concreto e essa questão de renovação das concessões que é essencial a gente não pode falar de abertura de Mercado Livre sem definir o papel das distribuidoras que precisa mudar eh e me preocupa escutar que vão ter 20 condicionantes de como as as distribuidoras vão
ter que renovar sua concessão tá então acho que o sinal Amarelo está posto eh e acho que agora no curto prazo a gente vai ter acho que é algo mais concreto para realmente reavaliar se a gente começar a ter decisões retroatividade impacto em projetos já existentes é realmente de fato o investidor por mais que a gente receba algum aqui no escritório que olham né cam quando a gente olha o Brasil a gente é um pouco abençoado também né não tem guerra não tem desastres com exceção do Sul agora enchente né Eh e a gente tem
uma economia pujante ao contrário do Chile que tendência que ele fique ainda né do tamanho existente Então a gente tem tudo mas acho que a gente tá num momento realmente decisivo e o setor de energia apesar de tudo ele sempre foi pautado em segurança jurídica Então acho que agora chegou a hora da gente confirmar essa posição ou não retroagir o que é que a gente não espera tá E agora Camila querendo escutar agora seu feeling aqui aqui otimista em relação às Fontes a gente falou que a gente não tem a regulação do hidrogênio não temos
da da da bateria mas são fontes necessárias que vão trazer uma virada de página no Brasil em relação ao investimento a forma de você é tratar do setor energético como um todo temos também a olic offshore que é parece que ela tá quente tá frio tá quente tá frio às vezes tá todo mundo falando deic offshore tem o PL aí colocam várias eh emendas no PL aí esfria um pouco mas são fonte que a gente tem que tá Tá Atento e a gente tem que est preparado para receber todas elas fato é esse no seu
filho agora trazendo uma uma visão sua eh O que que você acha que a gente deve ter eh em primeiro lugar a gente deve conseguir com ess lão de capacidade por exemplo dar um incentivo e e a acelerar a regulação da bateria ou não acho hidrogênio é o que deve vir primeiro ou ela que chora ali com aquele PL vai por fora Qual seu f em relação a essas novas fontes aqui pra gente eh fechar aqui e ter algum otimismo e uma visão sua relção a isso olha não sei se vai gostar da minha resposta
porque ter o Feeling do que vai sair primeiro ou não é política sabe eu não vou saber o que eu vou te dizer é eu gostaria muito de ver todos esses né pls enfim eh aprovados pra gente começar a avançar nesses temas agora se eu né C tivesse a minha listinha lá do wish list eu ia falar vamos correr com o o Arc bolso regulatório para baterias uma vez que já bateu aqui vai vai virar um problema né e as baterias elas vão ajudar a gente eh eh ter um um um um uma segurança energética
muito melhor e e e o setor ser mais né mais assim fluído e mais e eh resistente eficiente ah e o do hidrogênio eu vou dizer que também eu tendo a a querer que que aconteça rápido por quê Porque esses projetos precisam começar em entrar em operação eh um 2029 Só que demora 5 anos para você construir esses projetos Então quem é que vai tomar a decisão de fazer um investimento né se a gente não tem desenhado e aprovado esse Arc bolso regulatório então é para agora né não é futuro o hidrogênio verde não é
pro futuro porque por mais que esses projetos vão começar a entrarem operação 29 30 eles demoram 5 anos para todo o processo então a do da eó sh é o que que eu acho eu acho muito legal que já está avançando porque é um segmento é um setor que está se preparando e se adiantando para estar pronto para quando essa tecnologia tiver mais madura ou competitiva aqui no Brasil aí para concluir eu diria que a bateria a o Arc bolso regulatório para bateria e para hidrogênio está atrasada aqui no Brasil e que a de offshore
está caminhando e deveria ser aprovada agora mas num momento num timing bom para o setor se estruturar para quando esses projetos come né forem ser implementados esse arcabo já tá definido antes então acho que essa aqui é a minha conclusão e eu adoreo a resposta bom gente com com essa terminando aqui falando sobre fontes e de energia a gente termina mais um radar lefosse eu queria agradecer muito aqui ao meu sócio Pedro Dante agradecer demais a Camila por ter aceitado o nosso convite ter noos brindado com seu conhecimento sua experiência no setor aguardamos vocês na
próxima edição Muito obrigado Um bom dia a todos obrig G [Música]