E aí [Música] e nesses últimos 30 anos eu escutei algumas coisas que eu jamais teria imaginado escutar quando essa jornada começou eu ouvi pessoas cuidando de crianças foram queimadas pelos próprios pais de dentro do pneu eu escutei anoréxicas brilhando nos palcos escuros da masculinidade e eu vi também mulheres implorando para voltar para aqueles maridos que usavam batiam xingavam essas mesmas mulheres Olá meu nome é Christian dunker sou psicanalista o professor do Instituto de psicologia da USP Hoje eu tô aqui para fazer com que essas cenas que eu escutei não fiquei perdida o tempo e da
memória e quando eu tinha 13 anos talvez 14 a assistir um filme me marcou muito chamasse Blade Runner O Caçador de Andróides e eu usei para introduzir a minha fala o perfil foi muito marcante para mim a geração o filme foi impactante mas eu não sabia Exatamente porque quando eu assistir e naquela época a violência doméstica é um assunto assim distante a não ser para mim que vivia isso em casa eu vou assistir aquele filme não apareceu para mim umas peças de repetição o que tinha uma diferença finalmente e eu que dia de uma família
de alemães eu quero assistir o filme de guerra onde sempre nós pelo gelo e eu que aquela época me perguntava porque só pode haver esse tipo de herói só pode haver um tipo de herói bom e foi assim que eu a partir desse filme cheguei na ideia de que desistir assim uma masculinidade eroica por trás daquilo tudo e por trás da da imposição de que para você ser um homem você tem que ser violento bélico agressivo você que você comedor você tem que ir assim correr muito im&c tem que beber você tem que Ostentar sua
masculinidade sempre que possível e isso é prensa para ir em casa e se aprende os filmes só precisa os livros e sei que ver com uma única possibilidade de contar sua história e foi neurônio ou não em que termos você foi capaz de Seu Herói da sua própria vida e refletindo sobre isso mas sempre será que a violou duas regras fundamentais sobre ser homem a primeira é que todos os homens são iguais é isso significa que adoro informes zero adora uma trajes que os identifiquem no grupo o último de futebol o clube São iguais significa
produção igualmente igual agido Por essa grande regra a segunda regra e existem exceções com essas ações se dividir em dois tipos assim foi exceções e aqueles que não chegaram lá só aqueles que estão tentando só que eles que a gente põe para fora do Clube é só que a seguir a conversa de bar a gente disse são fracotes e vamos em cima nossos valentões eu vou do lado também existem exceções Mas elas são as superstições as suas ações que não choram são as Sensações se que a gente vemos filmes são as exceções são cima da
Lei e que fazem as vezes a justiça com as próprias mãos fundo a história básica de alguém quer se tornar um homem nessa cultura é como um uma infecção se torna uma superstição resultados Vingança resultado A Grande Virada resultado você que foi sempre humilhado uma hora torna-se humilhador você que foi sempre oprimidos se torna o grande opressor eu acho que as histórias herói elas são muito importantes para todos nós a seleção mitologia como qualquer outra é uma menina já com a Bavaria como a medieval o histórico e e os porque os nossos Stories essas que
estão aí estão disponíveis a gente só consegue ver esses dois tipos e dentro desses tipos a gente vai ter aquele que é o a exceção e volta né que vive sozinha e vivia quarto e vive como uma espécie assim de de masculinidade na caverna ou como um errante solitário e quando ela volta ela volta só para depredar ela volta para prenda pela volta para consumir a natureza ela volta para destruir o outro e depois continua a sua Saga Solitaire é a segunda forma de internação desse desse mito neurótico contemporâneo e quer dizer se assim já
que eu não sou uma superação e eu vou diminuir o tamanho do mundo eu vou construir meu próprio latifúndio eu vou criar o meu reino onde ali sim toda violência único idade uma tirania que eu aprendi nascer homem vai ser praticada esse pequeno reino vocês podem me chamar de a família E a família tá Call voltamos depois e nos comportarmos com o absoluto dos Carneiros e ovelhas doces o trabalho na vida social na vida política na Vida Universitária seguidores de regras Afinal todos os homens são iguais mas não quando voltam para o seu domínio seu
latifúndio ali todas as espelhos refletem alguém que não foi um super excepcional herói em função disso passa a praticar aquilo mesmo o que restou dessa operação Que agressividade O que quer dizer por menor que seja se reino ele é meu as mulheres são minhas os filhos são minha extensão e haja ciúmes e haja fronteiras viaja muro para combater defender erigir e o homem o homem branco o homem macho branco heteropatriarcal que nós construímos como heróis em Tá bom mas aí veio veio expansão do mundo veio a internet EA globalização bem o contato com outras mitologias
em outras formas de ser herói e ao contrário do que suponhamos o bico se fortaleceu e a violência aumentou e em vez de usarmos conta aqui que o básico não é mais suficiente Oi boa noite suficiente conter se comportar se apenas como alguém que não agride os outros e é preciso Reinventar o que seria o papel de herói uma função de herói uma mitologia capaz de criar outras modalidades de masculinidade E essas outras modalidades e ele fique passar por uma reinvenção do século valores valores que foram minha geração completamente oco o heróis music um herói
solidários o heróis capazes de chorar heróis capazes de compartilhar sua vulnerabilidade e nós precisamos desses heróis precisamos desses heróis teatro a música na dança na filosofia são os desses Heróis na internet a paz que sejam de fato capazes de como todo herói ultrapassar seu metro um museu os gregos cometeu hybris ou seja quebrar além e o que constituiu eu falei que te formou a regra de operação na qual você nasceu e se criou se você é capaz de fazer isso Olá eu sou ação de alguns Alguns Passos o primeiro deles se eu deixar de olhar
para um homem como uma espécie de o pênis Martinico governado por um cérebro alto gestor ou seja são os olhar para o fato de que temos um corpo e ela sofre e essa de forma e ela tem vontades e não é só a massa plástica ou então innern amorfa e a gente vai para o verde e não dá para continuar assim tem que ser outro corpo Olá eu sou um lugar e eu vou aqui ironizam A Celebridade é preciso reaprender o aprender a fazer a própria cama arrumar a sua cama o duplo sentido de cuidar
daquilo que está dentro da sua casa não é só que humilhante as tarefas domésticas Mas também de criar-se uma outra cama o tipo de prazer e tipo de ética e tipo de satisfação é possível inventar na cama daquela não seja mais o lugar e uma prática de reificação de identidades uma prática em que o gozo do outro não importa uma prática No Limiar da violência é preciso Reinventar a Sexualidade do macho em terceiro lugar Isso só vai ser possível se houver um novo vocabulário um outro léxico uma outra maneira de Oi bê conhecer a ser
reconhecido mais além das duas regras fundamentais é uma forma de estar com os outros e onde o heroísmo Olá seja aí no super heroísmo instruista seja medido pelo próprio tamanho pela própria extensão pelo território daquela vida e não de outras e os termos a felicidade possível e da infelicidade necessária para aquela vida e não de outras se você já nossos nossa relação com as imagens os nossos Ídolos por aquelas que nos causam admiração precisa mudar eu não pode mais ser de simples emulação imitação em que grandes celebridades funcionam uma espécie de manual de instrução para
o que que deve ser a vida e que devem ser as relações entre as pessoas e eu queria quê e esse filme Blade Runner e ele foi tão marcante para mim dá uma importante na trajetória da minha a masculinidade tóxica porque ele de uma forma não terão trazia uma coisa que os outros filmes não Brasil o seu herói no fim chora Olá tudo bem rústica rala um loiro germânico mas que não é um ano um replicante é o robô é o Android a fazer chora Mas chora o Finn this time to Dive hora de morrer
colocando em questão palco e não se mete a todos mas além da lei da masculinidade e foi isso que me fez a pensar e abrir possibilidade de que existam outras mitologias outras narrativas e não há compulsória e coercitiva narrativa do heroísmo masculino 1 e eu me lembro Ah e dessa vez é uma cachorra a chamada Meg Oi e o Setter Irlandês você já morreu e ela morreu no momento particularmente difícil dar a vida da minha família Ah e eu não sabia muito o que fazer ela morreu no fundo da da casa eu fiquei com ela
ali comecei a chorar o meu filho Mathias e cinco anos foi parelho aproximando se sentou ao meu lado a galinha eu senti uma coisa e depois eu me arrependi muito eu me perguntei Muito pouquinho sentir aquilo eu senti profunda vergonha se sente vergonha de tá sofrendo e fazendo meu filho sofrer por contágio com aquela reação de choro sim de impotência de não conseguir proteger nem a nossa cachorra lá e tava assim envergonhado e quando meu filho me disse o pai quando eu crescer eu queria chorar com você Oi e essa missão e ficou para tudo
sempre quando eu penso em masculinidade quando eu penso como a masculinidade se transmite a partir de mim quando eu penso como esses mitos podem ou não evoluir para uma masculinidade tóxica o meu filho ali me mostrou que é possível cuidar é possível compartilhar afeto e é possível fazer outra coisa não sei se criticar que é possível chorar junto e que o sentimentos aproximam e os transformam como transformou como Espero que transforme a vocês agora que eu vou dessa história compartilhe os fragmentos na minha vida é isso E aí [Música]