Às vezes as histórias que leio têm um peso diferente como se carregassem consigo as marcas de quem as viveu intensas e profundas agora quero compartilhar com vocês um relato que não apenas retrata momentos de dor e superação mas que também nos faz refletir sobre os laços que nos sustentam e os mistérios que podem envolver a vida boa noite Quero compartilhar essa história não só para tirar um peso do coração mas para tentar encontrar sentido em tudo o que aconteceu é como se ao contar eu pudesse organizar o caos e quem sabe ajudar outras pessoas que
passam por algo parecido Meu marido trouxe outra mulher para o aniversário do nosso filho a criança tinha apenas do anos e nada era mais significativo para mim do que garantir o sorriso dele cercado por pessoas que em teoria o amava meu pequeno era tudo para mim embora ele provavelmente não se lembrasse dessa festa quando crescesse eu queria que fosse especial com direito a bolo confeitado brigadeiros coxinhas e balões coloridos desde o início dos preparativos senti algo estranho meu marido de forma insistente e atípica fazia questão de incluir essa mulher na lista de convidados ele justificou
que ela era esposa de um colega de trabalho alguém de quem eu nunca ouvira falar disse que seria Gentil convidá-la porque o colega o havia ajudado muito E além disso ela tinha um filho de 5 anos embora não parecesse algo comum ele insistiu tanto que acabei cedendo e escrevendo o convite que ele fez questão de Entregar pessoalmente ainda assim a postura dele me deixou inquieta nos últimos dias ele estava mais distante mergulhado em seus próprios assuntos e eu tentava não pensar muito nisso por que você faz tanta questão de que ela venha nem sabemos direito
quem ela é perguntei com a voz aparentemente descontraída embora carregada de desconfiança Ele respondeu com um tom de leve irritação é só a esposa de um colega não precisa criar um problema Achei que seria legal convidá-los para eles não se sentirem deslocados já que tem um filho pequeno a frieza nas palavras dele me incomodou mas não quis prolongar a conversa meu foco era não deixar nada estragar o aniversário no grande dia a casa logo ficou cheia de amigos e familiares entre os convidados lá estava ela a tal mulher que chegou sozinha com o filho o
menino parecia desconfortável no meio de tantos desconhecidos cumprimentei a rapidamente e voltei minha atenção à festa determinada a garantir que meu filho tivesse um dia inesquecível ainda assim notei algo estranho várias vezes percebi o olhar dela Sobre Mim de forma Quase disfarçada como se me anal não chegou a se aproximar de mim ou do meu marido tampouco socializou muito ficava sempre em um canto como alguém deslocada tentei ignorar atribuindo aquilo a timidez ou reserva mas algo dentro de mim não conseguia afastar a sensação de estranheza quando a festa já estava quase no fim e os
convidados começavam a ir embora ela finalmente se aproximou trouxe o filho junto e com um sorriso tímido disse seu filho é adorável tentamos conversar sobre coisas triviais a festa as crianças mas cada frase parecia carregada de tensão como se nenhuma de nós soubesse o que dizer o silêncio entre as palavras era quase sufocante após alguns minutos ela se despediu de maneira educada e foi embora o dia terminou e eu me senti aliviada mas ao mesmo tempo inquieta era como se houvesse algo inacabado algo que eu não conseguia entender a imagem daquela mulher ficou na minha
mente mesmo depois que tudo terminou um mês havia se passado desde aquela festa mas apesar de tudo parecer voltar ao normal havia algo estranho entre meu marido e eu ele estava mais distante do que o habitual era perceptível em como falava comigo nas raras vezes em que dividíamos uma refeição à mesa ou na forma como ficava alheio mesmo quando estávamos Sob O Mesmo Teto antes ele parecia apenas atarefado com o trabalho mas agora estava completamente ausente por vezes a imagem daquela mulher me vinha à mente sua presença na festa tinha algo de peculiar e o
comportamento do meu marido antes e depois do evento só reforçava isso ele nunca foi de insistir tanto para convidar alguém eu tentava afastar esses pensamentos focar na rotina e evitar criar desconfianças sem fundamento não queria ser esse tipo de pessoa no entanto a distância entre nós crescia com o passar dos dias ele parecia sempre absorto com algo escondido e nossas conversas se tornaram quase inexistentes uma tarde enquanto ele foi ao banheiro deixou o celular sobre a mesa algo em mim talvez intuição talvez pura inquietação me levou a pegar o telefone desbloquei a tela sem saber
exatamente o que esperava encontrar Foi então que me deparei com uma conversa vinda de um número Sem Nome salvo abri o chat e as mensagens foram Claras como um soco no estômago Não restava dúvida era ela a mesma mulher que estivera na festa do meu filho a troca de mensagens era recente cheia de assuntos que iam muito além do que seria aceitável entre conhecidos na última mensagem ela pedia dinheiro dizendo que o filho precisava de algumas coisas e que enfrentava dificuldades rolei a conversa meu coração disparando com cada frase que Lia ficou evidente que eles
estavam se encontrando há algum tempo e o teor das mensagens ia muito além de uma amizade em uma das mensagens ela havia até mencionado a festa sua esposa parece ser boa pessoa o impacto dessas palavras foi como um frio atravessando meu corpo ela não só esteve na nossa casa so pretextos falsos como também compartilhava algo profundo com meu marido algo que eu ignorava por completo meus dedos tremiam em quanto eu continuava lendo a certeza da traição estava ali Diante de Mim impossível de negar quando ele saiu do banheiro respirei fundo Tentando Manter o controle e
o encarei o que significa isso perguntei mostrando o celular ele congelou por um momento balbuceando não é nada aproximei-me segurando o telefone com firmeza Explique como essa mulher que deveria ser a esposa de um colega seu está te pedindo dinheiro para o filho dela quero entender ele me olhou dividido entre culpa e uma tentativa de justificar-se é complicado ela estava precisando de ajuda só isso convidá-la para o aniversário do nosso filho você acha que eu sou idiota que eu não perceberia ele suspirou baixando o olhar não foi algo planejado murmurou ela precisava de apoio e
eu só quis ajudar eu ri um riso seco e incrédulo já tinha lido todas as mensagens as evidências estavam ali escancaradas Mostrei mais trechos deixando claro que não havia espaço para mentiras a cumplicidade entre eles era inegável e as justificativas vazias de meu marido só intensificavam o peso da situação não houve brigas ou gritos não fiz mais perguntas nem exigências levantei-me em silêncio e caminhei para o quarto do meu filho buscando nele a única paz que me restava naquele momento ele dormia tranquil alheio a tudo que havia acontecido ao olhar para ele tão pequeno e
inocente senti um alívio breve dissolver o nó que estava em minha garganta deitei-me ao lado dele envolvendo-o com meus braços num abraço apertado buscando conforto na sua presença as lágrimas vieram sem controle durante a conversa com meu marido eu havia me mantido firme mas ali ao lado do meu filho toda a dor e a raiva emergiram de uma só vez Segurei o mais forte tentando não despertá-lo como chegamos a esse ponto como pude permitir que aquela mulher entrasse em nossa vida em um espaço que eu acreditava Ser Um Porto Seguro peguei meu telefone e comecei
a procurar nas redes sociais o suposto colega de trabalho do meu marido Após examinar várias fotos e publicações a verdade apareceu Ele era de fato casado mas com outra mulher completamente diferente não havia qualquer relação entre aquela família e a mulher que veio à festa meu marido não apenas me traiu mas fabricou uma mentira elaborada para esconder tudo quem já passou por isso sabe como é sentir o peso da Verdade desabando sobre nós o que mais me doía era pensar que ele havia trazido essa mulher para dentro de nossa casa no dia da festa do
nosso filho algo que planejei com tanto carinho a tomou minha mente estava confusa incapaz de processar tudo o que estava acontecendo duas semanas depois não consegui mais permanecer na mesma casa que ele peguei meu filho algumas roupas e fui para a casa da minha mãe no bairro simples onde cresci na zona norte de São Paulo quando cheguei minha mãe não fez muitas perguntas eu també tinha for para explicar eu prisa deo passo para me recompor e refletir sobre tudo o que aconteceu achei que estando com ela em um lugar familiar encontraria um pouco de paz
mas não foi isso que aconteceu poucos dias após a mudança comecei a me sentir mal era um cansaço persistente que não ia embora no início achei que fosse apenas o estresse e o peso de tudo o que tinha vivido mas algo estava errado uma manhã Notei uma pequena mancha roxa no meu braço pensei que fosse apenas um hematoma no entanto com o passar dos dias novas manchas surgiram nas pernas nas costas nas mãos o pior foi quando meu cabelo Começou a cair no início eram apenas alguns fios no travesseiro ou no chão depois de pentear
mas rapidamente piorou comecei a ver mechas inteiras de cabelo nas mãos na almofada no chuveiro era aterrorizante Eu sabia que algo estava errado mas a fraqueza tomava conta de mim a ponto de não ter forças nem mesmo para ir ao posto de saúde um dia enquanto tentava me distrair brincando com meu filho na sala Aconteceu algo que me deixou em choque ele como sempre brincava de mexer no meu cabelo enroscando Os Dedinhos em um desses movimentos puxou sem querer não senti dor só um incômodo estranho quando olhei vi que sua mão estava cheia de uma
grande quantidade dos meus fios meu pequeno com os olhos e entes e Curiosos olhou para mim sem entender achando que fazia parte da brincadeira fiquei paralisada olhando aquele punhado de cabelo em sua mãozinha respirei fundo e tentei sorrir para tranquilizá-lo retirando os fios dos dedos dele com cuidado enquanto dizia que estava tudo bem mas por dentro estava aterrorizada aquilo não era normal meu corpo estava falhando de forma assustadora e eu não fazia ideia do que estava acontecendo no meio desse caos o silêncio do meu marido era o golpe mais duro desde o dia em que
saí de casa ele sequer tentou entrar em contato não perguntou como estávamos nem demonstrou qualquer preocupação um dia Recebi uma mensagem Inesperada de uma amiga pensei que fosse só para saber como eu estava mas o conteúdo me fez congelar oi não sei como te dizer isso mas tenho visto seu marido com aquela mulher parece que agora eles estão sem juntos Sinto muito mas achei que você devia saber minhas mãos tremiam enquanto relia aquelas palavras ele sequer tentava esconder eu me sentia ainda mais vulnerável enquanto minha saúde piorava minha mãe ao ver as manchas roxas se
espalhando e meu cabelo caindo sem controle insistiu que não podíamos mais esperar fomos ao médico sem conseguir marcar consulta rapidamente no posto Mas conseguimos um encaixe numa popular no consultório o médico examinou minha pele observou meu couro cabeludo onde áreas de falha já eram visíveis e pediu vários exames esperei pelos resultados com ansiedade mas quando chegaram não havia respostas nenhuma doença aparente nada que explicasse Porque meu corpo parecia estar se desfazendo era como se eu estivesse sendo consumida por algo invisível conforme o tempo passava minha energia continuava diminuindo Foi então que acontecimentos ainda mais perturbadores
começaram uma noite depois de colocar meu filho para dormir deitei na cama tentando relaxar ao colocar a mão debaixo do travesseiro senti algo estranho era uma unha longa amarelada Grossa com aspecto de sujeira que me causou repulsa fiquei olhando para Aquilo em silêncio sem conseguir entender como foi parar ali no dia seguinte encontrei outra unha entre as cobertas depois mais uma sempre em lugares diferentes da cama eram unhas sujas de aparência doentia Pensei que talvez fossem minhas mas ao verificar minhas unhas estavam intactas mesmo assim tentei ignorar buscando alguma explicação lógica contudo era impossível afastar
a ideia de que algo ou alguém estava deliberadamente tentando me prejudicar as noites tornaram-se um fardo pesado e silencioso eu era assolada por pesadelos tão intensos que parecia que tudo acontecia ali mesmo no quarto onde eu estava sonhava com uma mulher sem rosto uma presença difusa e sombria que se aproximava devagar carregando algo perturbador a cada passo dela o ar parecia mais denso difícil de respirar mesmo sem um rosto havia uma sensação de zombaria em sua presença como se se divertisse o meu medo seus dedos longos e gelados tocavam meus braços e cada toque parecia
roubar algo de mim deixando-me esvaziada quando eu meus formavam como se essem sido realmente tocos e manchas escuras apareciam exatamente no Son ela meha mãe nota minha fragilidade crescente embora eu não Contasse a ela sobre os pesadelos ou as unhas que surgiam do nada ela percebia o medo que eu carregava havia algo sinistro me cercando e eu não fazia ideia do motivo Cada noite com a mulher sem rosto cada fio de cabelo perdido cada unha encontrada ao acaso parecia Sugar minha energia e esperança o que mais me dilacerava porém era a mudança no comportamento do
meu filho no início pensei que ele estava apenas reagindo ao ambiente estranho da casa da minha mãe mas aos poucos Ficou claro que era mais quando estávamos sozinhos seu olhar para mim era diferente antes seus olhos brilhavam com carinho e confiança agora o que eu via era medo uma tarde ao tentar pegá-lo no colo para acalmá-lo ele começou a chorar de forma desesperada achei que fosse manha ou cansaço mas seu choro não parava ele olhava para mim com terror como se algo em mim o apavorar ele tentava escapar dos meus braços chorando mais alto a
cada da tentativa minha de acalmá-lo meu coração se partia eu sussurrava que tudo estava bem mas ele gritava ainda mais como se implorasse por ajuda minha mãe sempre aparecia quando ouvia o choro assim que o pegava ele se agarrava a ela com força escondendo o rostinho no peito dela em busca de proteção meu próprio filho parecia me rejeitar algo em mim o fazia sentir medo e eu não sabia o que era dali em diante minha mãe passou a cuidar dele sempre que eu saía do quarto quando ficávamos a sós ele só se acalmava quando ela
voltava Eu tentava esconder o quanto isso me devastava mas minha mãe sabia ela via meu sofrimento mesmo que eu fingisse estar tranquila as noites tornavam-se cada vez mais longas e sufocantes o cansaço tomava conta de mim mas o sono nunca era profundo eu acordava a qualquer barulho ou com aquela sensação gélida nos braços como se a mulher sem rosto estivesse ao meu lado o choro do meu filho e o medo em seu olhar só me empurravam mais fundo nesse Abismo de desespero em uma dessas madrugadas ins sones ouvi passos pelo corredor Imaginei que fosse minha
mãe talvez levantando por algum motivo fiquei imóvel observando pela fresta da porta entreaberta do meu quarto os passos se aproximaram E então A Porta Se Abriu por completo Minha mãe estava ali parada na penumbra olhando direto para mim mas algo estava errado ela parecia diferente quase irreconhecível com uma expressão dura e fria que eu jamais vira Você sabe porque tudo isso está acontecendo não sabe disse num tom cortante que fez minha espinha gelar é porque você não é uma boa mulher nem uma boa mãe por isso seu marido te traiu e te puniu assim você
mereceu as palavras foram como um soco nunca em toda a minha vida ela havia falado comigo daquele jeito com tanto desprezo fiquei congelada sem saber como reagir sentindo o impacto de cada frase olhei para ela incrédula tentando entender o que estava acontecendo o o que você está dizendo mãe consegui balbuciar com os olhos se enchendo de Lágrimas ela Manteve o olhar fixo distante como se estivesse falando com uma estranha seu filho sente isso também ele sabe quem você é de verdade por isso não quer ficar com você você não percebe Você está se destruindo porque
merece Depois disso ela não disse mais nada apenas virou as costas e saiu me deixando sozinha no escuro com as palavras ecoando na minha mente lágrimas escorriam pelo meu rosto sem controle enquanto as frases que ela pronunciou se repetiam incessantemente você não é uma boa mulher nem uma boa mãe era como se algo dentro de mim tivesse se quebrado para sempre toda a dor e angústia que Vivi de repente se transformavam numa confirmação daquilo e se ela tivesse razão e se eu fosse a culpada por tudo passei o resto da noite acordada incapaz de Dormir
toda vez que fechava os olhos via a figura dela na porta me encarando com aquele olhar carregado de desprezo sentia que tudo ao meu redor meu filho meu marido minha própria vida estava se afastando de mim tornando-se inalcançável quando o sol nasceu levantei com um peso esmagador não sabia como encarar minha mãe depois do que ela dissera saí do quarto com passos hesitantes e a encontrei na cozinha preparando café da manhã com cheiro de pão e café passado na hora a cena Parecia um contraste Cruel meu filho brincava com um boneco enquanto ela o observava
Com ternura o rosto cheio de carinho fiquei parada por alguns instantes sem saber o que fazer Bom dia filha dormiu bem perguntou com a voz Suave e doce de sempre como se nada tivesse acontecido olhei para ela confusa buscando qualquer vestígio da frieza da noite anterior minha cabeça girava mãe podemos conversar hesitei antes de continuar tentando juntar as palavras ontem à noite você entrou no meu quarto e disse coisas horríveis que eu não sou uma boa mãe que foi por isso que meu marido fez o que fez que meu filho não quer ficar comigo minha
mãe me olhou com surpresa e preocupação como se não entendesse do que eu estava falando filha eu não entrei no seu quarto ontem à noite nem sequer me levantei um calafrio percorreu meu corpo eu a encarei buscando algum indício de mentira mas sua expressão era de Total sinceridade mãe eu vi você você estava lá parada na porta e me disse aquelas coisas não foi um sonho foi real ela Balançou a cabeça garantindo que nunca me diria algo assim seu Tom não era de ofensa mas de cuidado como se estivesse preocupada comigo seus olhos me analisavam
atentamente como se tentasse entender o que estava acontecendo comigo permanecia em silêncio sentindo medo e confusão se misturarem era possível que minha mente tivesse inventado aquilo mas parecia tão vívido eu lembrava cada detalhe cada palavra cada ân do rosto dela naquela noite aquilo não podia ser apenas um sonho mãe eu foi tão real sussurrei quase para mim mesma os dias seguintes foram difíceis o cansaço já estava marcado no meu rosto E para piorar o estado do meu filho me alarmava cada vez mais no início achei que fosse algo passageiro minha mãe dizia que talvez fosse
reflexo de todo o estresse que ele estava absorvendo da nossa situação Mas então ele começou a dormir demais passava o dia na cama sem energia para nada tentava acordá-lo para comer mas ele estava fraco quase apático depois veio o vômito no início era esporádico mas com o tempo tornou-se constante o pouco que ele conseguia comer não parava no estômago e ele parecia cada vez mais debilitado minha mãe tentava me tranquilizar sugerindo que poderia ser alguma virose simples mas eu sabia que era mais sério algo estava errado o que mais me perturbava era outro comportamento durante
o dia ele coçava as mãos incessantemente como se algo Invisível o atormente coçava com tanta força que acabava machucando a pele abrindo pequenas feridas eu pedia quase implorava para ele parar mas era como se ele não tivesse controle como se fosse algo além dele passei a aplicar pomadas receitadas pelo pediatra mas não houve melhora o médico não encontrava explicações disse que podia ser uma alergia forte mas não fazia sentido em certos momentos eu percebia um olhar nele que me deixava inquieta um olhar profundo quase sério demais para uma criança tão pequena era como se por
Breves segundos ele fosse outra pessoa enquanto isso as unhas continuavam aparecendo sempre em minha cama à noite como se alguém quem as deixasse ali propositalmente as peças desse quebra-cabeça pareciam se conectar mas eu não conseguia ver o quadro completo eu estava no limite sentindo que perdia a sanidade uma manhã minha mãe entrou no quarto com uma expressão firme e disse nós vamos ver alguém que pode te ajudar perguntei quem era mas ela não deu muitos detalhes Apenas disse que era uma pessoa que entendia de coisas que a maioria não vê seu Tom era sério quase
apreensivo eu não tinha mais forças para questionar precisava de respostas Então concordei pegamos duas conduções lotadas e depois caminhamos até chegar a uma vizinhança simples na zona leste as casas eram Humildes mas bem cuidadas a que buscávamos estava no meio de duas outras construções pequena mas com um ar de respeito minha mãe segurava firme o meu braço e pelo jeito Nervoso como olhava ao redor dava para perceber que ela também não se sentia confortável ali ainda assim estava determinada a me ajudar ela bateu à porta com certa hesitação logo apareceu um senhor idoso que se
apresentou como seu Geraldo seu rosto marcado por rugas Profundas era sério e os olhos escuros pareciam enxergar além do que era visível ele nos convidou a entrar conduzindo-nos a uma salinha cheia de objetos que pareciam ligados a benzimento havia Ramos secos pendurados frascos com líquidos coloridos e figuras entalhadas em madeira sentamos e minha mãe segurou minha mão com força Como se quisesse me passar segurança seu Geraldo ficou em silêncio por alguns minutos apenas nos observando como se estivesse lendo algo em nossa presença por fim ele falou minha filha o que está sobre você não é
algo simples sinto uma energia muito pesada ao seu redor algo feito por alguém que deseja te prejudicar de minha mãe me olou com os olhos marejados apertando ainda mais minha mão eu sentia meu coração afundar seria possível que alguém estivesse fazend algo contra mim seu Geraldo como se lesse meus pensamentos Isso que lançaram sobre você não é queris é um trabalo carregado uma espécie de maldição para te destruir não apenas para incomodar mas para acabar de vez com você e com o seu filho aquelas palavras me atingiram como um golpe tentei controlar o medo que
crescia dentro de mim mas era difícil ele falava com uma seriedade que tornava impossível duvidar Às vezes a inveja o rancor ou apenas a maldade de alguém podem causar isso O importante agora é remover o que foi feito contra você olhei para minha mãe que tentava conter as lágrimas mas o pavor era Evidente em seus olhos seu Geraldo então começou a nos orientar sobre o que eu deveria fazer colocou alguns frascos e Ramos de ervas sobre a mesa explicando que seriam usados para preparar banhos e infusões você vai tomar esse chá de arruda Alecrim e
outras plantas toda manhã e toda a noite sem falhar é para limpar o seu corpo e enfraquecer o que jogaram em você ele descreveu as misturas anotando cuidadosamente as quantidades num pedaço de papel depois falou sobre o que eu deveria fazer pelo meu filho toda noite prepare um banho morno com essa Essência Bane cada parte do corpo dele com calma Principalmente as mãos e a cabeça enquanto fizer isso Reze e peça a proteção de Deus ou da sua fé precisamos limpar o mal que tentaram lançar sobre ele em seguida me entregou duas pequenas pedras e
uma figura entalhada em madeira Coloque uma no seu quarto e outra perto do berço ou da caminha do seu filho elas vão absorver parte dessa energia ruim assim Que sentir o ambiente pesado você enterra essas peças em um local seguro e volta aqui para buscar outras se precisar por fim ele me deu uma vela branca e ensinou uma oração Acenda essa vela todas as noites e enquanto ela queima faça a prece Peça proteção para você e pro seu menino concentre-se acredite em cada palavra antes de encerrarmos seu Geraldo olhou para mim com intensidade E descreveu
quem estava por trás de tudo é alguém que te conhece alguém que já esteve muito próximo de você e que por algum motivo agiu com maldade mas essa pessoa não está sozinha tem outra pessoa junto alguém que também sente inveja e reforça esse mal As palavras dele pareciam abrir feridas em mim saí de lá carregando os objetos e as instruções mas também um peso maior a certeza de que a ameaça vinha de alguém do meu convívio minha mente Voltou ao meu ex-marido e aquela mulher seria mesmo possível que eles tivessem envolvimento com algo tão cruel
doía ainda mais pensar que ele poderia prejudicar o próprio filho olhei para minha mãe e seu olhar indignado traduzia o mesmo questionamento de volta à casa da minha mãe Segui as orientações de seu Geraldo com disciplina preparava as infusões de ervas bebia todos os dias dava banho morno no meu filho passava as mãos nas ervas rezando e tentava manter a fé queria protegê-lo queria que ele se recuperasse apesar do medo de tudo aquilo parecer absurdo eu não tinha outra saída pouco a pouco meu cabelo parou de cair e os pesadelos foram Ficando menos frequentes o
rosto do meu menino voltou a ter alguma cor ele ainda estava mais quieto do que antes mas já abria um sorriso aqui ou ali um dia voltei ao seu Geraldo para agradecer-lhe contei Das melhoras do pequeno alívio que sentia ele me ouviu em silêncio e Então disse com voz Firme Se quiser podemos devolver tudo a eles podemos fazer com que sintam na pele o mal que te causaram por um instante a lembrança de tudo que passei todo o sofrimento subiu à minha cabeça pensei na traição na dor que me destruía por dentro Mas então recordei
do meu filho e de como ele ainda se recuperava senti uma calma Inesperada Me Dominar não quero fazer mal a ninguém seu Geraldo quero apenas ficar livre disso seguir a minha vida e proteger meu filho só quero paz ele assentiu com respeito está certo A escolha é sua mas saiba que se precisar se proteger de novo é só voltar saí dali pensando em tudo queria acreditar que de alguma forma a justiça divina ou o tempo cuidaria de equilibrar as coisas sem que eu precisasse sujar minhas mãos mesmo pensando na mulher e no filho dela percebi
que nenhuma criança merece carregar o peso dos erros de um adulto então preferia Apenas me libertar daquilo Já se passaram muitos anos desde aqueles dias tão sombrios As Memórias ainda vivem em mim mas hoje não me ferem mais optei por encerrar aquele Capítulo durante muito tempo a ideia de Vingança me consumiu mas entendi no passar dos dias que segurar esse rancor só prolongaria meu sofrimento e o do meu filho também busquei ajuda fiz ter Apia conversei com pessoas de confiança para cicatrizar a ferida de ter sido traída e enganada daquele jeito Cada sessão me ajudou
a entender que embora eu não pudesse controlar as escolhas do meu ex-marido eu poderia escolher como reagir aprendi a deixar o passado onde ele pertence sem que ele dominasse o meu presente e o meu futuro houve momentos em que desejei que eles experimentassem a dor que me causaram mas acabei confiando que a vida cuida disso por si mesma de um jeito ou de outro hoje meu filho e eu seguimos em frente ele quase não se lembra do pai e eu me sinto mais forte e mais livre não me interessa saber o que aconteceu com meu
ex-marido ou com a mulher que ele trouxe para minha casa Naquele dia não desejo mal a eles mas também não quero ter nenhum vínculo apenas Espero que cada um colha o que plantou eu escolhi a paz por mim e pelo meu menino e isso é o que antes de irmos para o próximo relato se você é novo por aqui não se esqueça de se inscrever no canal e ativar o Sininho para receber as próximas histórias sua presença é importante e seu apoio é essencial bem vamos continuar a casa da minha avó sempre foi o ponto
de União da nossa família um refúgio acolhedor em uma pacata região de Goiás as paredes daquele lar guardavam Memórias de muitas décadas risos encontros e momentos inesquecíveis porém no verão de 2020 um acontecimento mudou tudo revelando Segredos profundos que carregávamos sem perceber com a pandemia acabamos todos reunidos na casa minha mãe meus dois irmãos minha avó e eu no começo parecia uma oportunidade de fortalecer laços mas logo coisas estranhas começaram a acontecer o ambiente parecia pesado à noite objetos surgiam em lugares diferentes e um silêncio opressor se espalhava pelos cômodos minha avó uma mulher que
sempre foi uma fortaleza mesmo com seus 80 anos foi a primeira a notar que algo estava fora do normal antes ela passava as noites lendo ou tricotando na sala Mas de repente parou esta casa já não parece a mesma de antes comentou certa vez olhando pela janela com um olhar distante a princípio achei que era apenas o impacto emocional da pandemia mas com o passar dos dias percebi que havia Algo mais algo que nos escapava meu tio Pedro o irmão mais novo da minha mãe era uma figura controversa na família conhecido pelo temperamento explosivo e
uma vida marcada por escolhas ruins ele acabou preso por envolvimento em atividades criminosas no Estado de Goiás embora estivesse cumprindo uma longa Pena em uma prisão de segurança máxima a presença dele ainda parecia pairar sobre a nossa família principalmente na casa da minha avó Pedro cresceu ali e minha avó dizia que ele passava horas sozinho no quintal refletindo sobre a vida mas havia algo que ela nunca nos contou claramente era como se aquele lugar guardasse resquício de um passado Sombrio o quintal sempre teve um pequeno Jardim que era especial para a família meu avô enquanto
vivo dedicava-se a plantar flores ali e minha avó mantinha o espaço sempre bem cuidado como uma forma de lembrar dele contudo ultimamente ela parecia desconfortável com o Jardim tentava disfarçar mas algo naquele lugar a incomodava profundamente uma noite durante o jantar meu irmão mais novo Lucas quebrou o silêncio com uma pergunta que nos deixou sem reação quem é o homem que está lá fora ele apontava para o Jardim pela janela todos nos viramos mas não havia ninguém apenas a escuridão levemente iluminada pela luz da lua não tem ninguém filho respondeu minha mãe tentando parecer tranquila
Tem sim ele está parado ali perto da árvore insistiu Lucas apontando para o abacateiro antigo que minha avó plantara décadas antes minha avó que não tinha dito uma palavra até então levantou-se devagar e fechou as cortinas não olhem para o Jardim à noite avisou com um tom tão sério que nos deixou perturbados resolvi investigar por conta própria o Jardim antes um espaço de paz agora parecia carregado de uma energia estranha uma noite com uma lanterna em mãos decidi explorar quando cheguei perto do abacateiro percebi que a Terra ao redor estava remexida como se alguém tivesse
Cavado ali recentemente meu coração disparou Lembrei das histórias que minha avó contava sobre Pedro especialmente sobre os momentos mais obscuros de sua vida histórias que minha mãe sempre tentava amenizar mas que agora pareciam fazer muito mais sentido do que eu gostaria de acreditar o que você enterrou aqui tio sussurrei quase sem acreditar no que estava fazendo cavei com pressa até que minhas mãos tocaram algo que me fez recuar gritando Diante de Mim est restos humanos uma visão que gelou meu sangue quando mostrei o que havia encontrado Minha avó ficou imóvel suas mãos tremiam enquanto tocava
os ossos e lágrimas escorriam por seu rosto eu sempre soube no fundo eu sabia murmurou como se estivesse falando consigo mesma naquela noite ela nos chamou para a sala e revelou o segredo que guardara por tanto tempo contou que Pedro em seus anos de envolvimento com o crime organizado trouxe corpos para a casa e os enterrou no Jardim garantindo que ninguém jamais os encontraria ela mesmo horrorizada nunca teve coragem de denunciá-lo o amor pelo filho foi maior que seu pavor ele me ameaçava dizia que se eu Contasse todos nós morreríamos mas eles nunca partiram suas
almas continuam presas aqui depois dessa confissão os acontecimentos estranhos pioraram o silêncio da noite foi substituído por sussurros palavras em uma língua que ninguém entendia as luzes oscilavam sem explicação e as sombras pareciam se mover por conta própria Lucas o mais sensível de nós passou a ter pesadelos frequentes ele descrevia homem sem rosto e móveis em seu quarto apenas olhando certa madrugada Acordei com seu grito corri até o quarto e o encontrei encolhido chorando enquanto apontava para o canto eles estão aqui querem ajuda para ir embora minha avó Sabia que não podíamos continuar vivendo daquela
forma na manhã seguinte nos levou a Seu Martim um curandeiro renomado na região Ela contou tudo o que Pedro fizera os restos no Jardim as Assombrações que nos atormentavam Seu Martim ouviu atentamente interrompendo apenas para balançar a cabeça como se já Esperasse por algo assim esses Espíritos não encontram paz porque que suas histórias não foram reveladas disse finalmente é preciso trazer à tona a verdade E purificar o local ele nos explicou que um ritual de purificação no Jardim poderia libertá-los mas que isso deveria ser acompanhado por uma denúncia formal do que havia sido descoberto segundo
ele apenas expondo os crimes é que as almas encontrariam descanso a orientação de Seu Martim nos deixou com mais dúvidas do que certezas minha avó agradeceu mas estava visivelmente dividida ela sabia que denunciar Pedro significava romper a frágil Harmonia da família e provavelmente prolongar a pena dele contudo também entendia que se nada fosse feito os eventos só pioraram à noite nos reunimos na sala o clima era pesado todos sabíamos que qualquer decisão alteraria para sempre nossas vidas tem certeza de que é isso que devemos fazer perguntou minha mãe com a voz hesitante minha avó sentada
na poltrona que era quase uma extensão dela respirou fundo antes de responder eles não pertencem a este lugar se Pedro os trouxe cabe a nós garantir que partam enquanto discutíamos a atmosfera ao nosso redor parecia mais densa as sombras antes contidas nos cantos agora se moviam livremente pela casa quando fui para o meu quarto vi algo que me fez parar uma figura esc estava diante da janela no corredor era alta magra com um formato quase humano mas sem rosto ou detalhes pisquei e ela desapareceu as luzes continuavam piscando e os sussurros que antes pareciam distantes
agora vinham das próprias paredes nos cercando de todos os lados naquela mesma noite minha avó nos reuniu no jardim ao redor do velho abacateiro ela havia disposto velas formando um círculo brilhante que parecia proteger aquele espaço carregado de memórias sombrias vamos fazer o que precisa ser feito disse com uma firmeza impressionante para seus muitos anos temos que pedir perdão e prometer que a verdade virá à tona formamos um círculo ao redor da árvore cada um de nós segurando uma vela minha avó começou a recitar uma oração que parecia ancestral carregada de peso e intenção suas
palavras chamavam as almas que ali implorando por paz e libertação enquanto o ritual avançava algo aconteceu as sombras começaram a se mover entre nós não havia hostilidade nelas Mas a sensação de sua presença era inegável senti um arrepio profundo quando uma dessas sombras parou diante de mim ela estava tão próxima que pude sentir um cheiro estranho uma mistura de terra úmida e ferrugem o silêncio foi rompido pelo choro de Lucas eles estão aqui estão aqui gritou apontando para a árvore olhei na direção que ele indicava e vi não eram mais sombras mas formas humanas translúcidas
como figuras feitas de fumaça três delas estavam lá Imóveis com olhos vazios uma delas mais alta estendeu a mão em direção à minha avó me perdoem sussurrou ela lágrimas escorrendo pelo rosto nunca quis fazer parte disso a as figuras não responderam mas começaram a desaparecer lentamente antes de sumirem por completo uma delas se virou para mim mesmo sem rosto senti que me observava então com um gesto lento apontou para a casa no dia seguinte decidimos seguir os conselhos de Seu Martim e chamamos as autoridades foi uma decisão dolorosa cheia de conflitos e lágrimas mas sabíamos
que era necessária minha mãe fez a ligação e em poucas horas policiais chegaram para investigar o Jardim o que era nosso refúgio tornou-se uma cena de crime os agentes começaram a escavar e o horror se confirmou não havia apenas um corpo mas quatro os restos foram retirados em sacos pretos enquanto assistíamos de longe tomados por medo e vergonha Pedro fez isso disse minha avó com um olhar perdido enquanto os sacos eram levados ele fez mas fomos cúmplices a ao silenciar mesmo com os corpos removidos o alívio que esperávamos não veio naquela mesma noite as sombras
retornaram com uma intensidade assustadora os sussurros se transformaram em vozes Claras e as figuras apareciam em cada canto da casa o peso de seus olhares era constante seus passos pareciam nos seguir não é suficiente disse minha avó quase chorando eles querem mais Seu Martim já havia nos alertado sobre isso segundo ele essas almas não precisavam apenas de Justiça mas de um reconhecimento profundo era necessário um ato público que resgatasse sua dignidade e expusesse sua verdade ao mundo com sua orientação organizamos uma cerimônia de libertação no Jardim convidamos vizinhos e parentes mais próximos explicando que era
uma forma de encerrar um ciclo não demos detalhes mas todos pareciam compreender a seriedade do momento naquela noite decoramos o jardim com fotos velas e cânticos Seu Martim conduziu a cerimônia recitando orações e Cantos que pareciam ecoar no ar carregado sentíamos as sombras ao nosso redor mas elas já não se mostravam claramente era como se estivessem ouvindo aguardando o encerramento de sua história após a cerimônia de libertação a casa finalmente ganhou um pouco de sossego as noites se tornaram mais leves e os susurros inquietantes cessaram no entanto minha avó nos alertou que isso não era
o fim os mortos encontraram certa paz mas o peso dos pecados de Pedro ainda está aqui enquanto ele não admitir tudo o que fez essa culpa Continuará nos rondar essas palavras trouxeram um desconforto que não conseguimos ignorar Pedro estava preso mas nunca havia confessado seus crimes abertamente durante os poucos anos de encarceramento ele havia trocado apenas algumas cartas com minha avó sem nunca mencionar os corpos no Jardim depois de algum tempo minha mãe decidiu que precisava confrontar o irmão planejou uma visita ao presídio de segurança máxima onde ele cumpria a pena com a esperança de
que um encontro pessoal pudesse trazer a verdade à tona o ambiente do presídio era pesado como se absorvesse as almas e os segredos de quem ali estava minha mãe e minha avó foram ao encontro de Pedro enquanto o restante de nós aguardava em casa nervosos quando elas voltaram O silêncio que carregavam era mais eloquente que qualquer explicação minha mãe com os olhos vermelhos de tanto chorar sentou-se na sala e começou a relatar o que acontecera ele sabia disse com a voz entrecortada sabia o que estava acontecendo na casa sabia de tudo Pedro admitiu que os
corpos enterrados no quintal eram resultado de ordens recebidas enquanto trabalhava para a facção criminosa escolheram o jardim da casa porque acreditavam que ninguém desconfiaria da família mas o que ele revelou em seguida foi ainda mais perturbador ele disse que não estava sozinho quando fez isso que algo o ajudava segundo Pedro durante o tempo em que servia a organização Começou a sentir a presença de uma figura que o seguia a princípio achou que era apenas fruto de sua mente cansada mas logo percebeu que a figura não era humana era alta magra Com uma sombra que parecia
se mover Independente de qualquer luz ele a chamava de a testemunha Ele disse que essa coisa Não era nem amiga nem inimiga mas uma espécie de vigilante algo que servia aos chefes para quem trabalhava explicou minha mãe visivelmente abalada Quando trouxe os corpos para o Jardim acreditou que a testemunha ficou lá apesar da remoção dos corpos parecia que a presença dessa entidade permanecia as sombras antes erráticas agora pareciam seguir um padrão surgiam sempre próximas ao jardim ou perto das janelas voltadas para aquela área da casa mesmo com o ritual sabíamos que algo ainda estava ali
a espreita uma noite enquanto eu tentava dormir ouvi um som suave na janela como se alguém a tocasse de leve levantei-me com cuidado e sem fazer barulho puxei um pouco a cortina Foi então que o vi uma figura alta e magra completamente escura parada junto ao abacateiro sua presença era esmagadora como se o ar ao redor ficasse mais denso não tinha rosto mas senti que me observava tentei gritar mas o som não saiu num piscar de olhos a figura desapareceu deixando no ar uma sensação de vazio que me tirou o sono pelo resto da noite
Seu Martim ao ouvir sobre os últimos acontecimentos disse algo que marcou profundamente a testemunha não está aqui para assombrá-lo está aqui para garantir que a verdade completa seja revelada não é um espírito ligado à facção como Pedro pensa é algo maior Pedro precisa confessar inclusive o que nunca disse sobre a testemunha minha avó embora tomada pelo medo transformou aquelas palavras em uma missão pessoal escreveu uma carta a Pedro explicando o que estávamos em enfrentando e implorando para que ele falasse mesmo que fosse apenas para nos trazer paz não importa onde você confesse dizia a carta
O que importa é que confesse enquanto aguardávamos a resposta de Pedro os fenômenos na casa atingiram um ponto crítico numa noite já tarde os sussurros voltaram Mas desta vez eram Claros altos como se uma pessoa estivesse falando diretamente ao nosso ouvido fui despertado por um grito era minha mãe corri para o quarto dela e a encontrei parada na porta olhando fixamente para o Jardim segui seu olhar e vi o motivo de seu terror a testemunha estava lá novamente Mas desta vez não estava sozinha ao redor dela várias figuras menores se moviam tão escuras e inquietantes
quanto ela Minha avó chegou segurando o amuleto que Seu Martim nos entregara na cerimônia anterior ela o levantou e começou a murmurar orações com uma força que parecia maior que ela mesma as figuras ao redor da Testemunha recuaram lentamente como sombras dissipadas pelo vento mas a testemunha permaneceu imóvel observando-os com sua presença esmagadora ele não vai partir enquanto Pedro não o libertar disse minha avó com uma determinação quase dolorosa a pressão se tornou insuportável as sombras já não atacavam mas sua constante presença era sufocante a testemunha não abandonava o abacateiro vigiando-a precisava ser concluído minha
avó continuava a escrever a Pedro mas os dias passavam sem resposta até que numa tarde o carteiro trouxe uma carta que mudaria tudo era de Pedro sua caligrafia estava trêmula mas as palavras eram contundentes ele havia decidido confessar A carta era longa cada linha carregada de anos de silêncio e e arrependimento Pedro detalhava como entrou para o crime organizado e foi obrigado a se desfazer dos corpos no entanto o que nos deixou sem fôlego foi sua explicação sobre a testemunha segundo ele a testemunha não era apenas uma figura que o seguia era uma manifestação física
de sua culpa representava as vidas que ele tirou e as escolhas que o levaram a cair na escuridão não era apenas um observador mas uma força que moldava sua ccia garantindo que ele nunca se esquecesse de seus atos ele me obrigou a enterrá-los no Jardim porque sabia o quanto aquele lugar significava para mim escreveu Pedro queria que toda vez que eu pensasse na casa eu fosse consumido pelo que fiz sabia que um dia eu enfrentaria vocês e teria que admitir tudo ele concluiu a carta pedindo perdão não só à vítimas mas também à família especialmente
a minha avó conhecia que não podia mudar o passado mas esperava que sua confissão fosse suficiente para libertar as almas que ficaram presas naquele lugar com a carta em mãos minha avó entrou em contato com seu Martinho uma última vez ele nos explicou que agora que a verdade fora revelada poderíamos realizar um ritual final para encerrar o ciclo e libertar definitivamente tanto os espíritos quanto a testemunha naquela noite nos reunimos novamente ao redor do abacateiro o amuleto de obsidiana foi colocado aos pés da árvore cercado por velas e Flores símbolos de descanso e paz eterna
minha avó com a voz firme apesar da emoção Começou a ler a carta de Pedro em voz alta como se as almas estivessem ali aguardando por cada palavra conforme a leitura avançava o Jardim pareceu mudar as sombras retornaram mas dessa vez havia algo diferente nelas não traziam ameaça mas uma presença humana como se nos escutassem pela primeira vez a testemunha se moveu deu um passo para trás hesitante e começou a se dissolver lentamente quando minha avó terminou a última frase da carta o ar Ficou mais leve quase acolhedor as sombras desapareceram uma por uma até
que apenas a testemunha restasse por fim ela também se desfez sumindo como se nunca tivesse estado ali depois daquela noite a casa nunca mais foi a mesma o peso que antes parecia impregnar cada canto desapareceu as noites voltaram a ser tranquilas e minha avó confessou que pela primeira vez em anos conseguia dormir sem a sensação de estar sendo observada o abacateiro antes um símbolo de tormento tornou-se um Marco de superação minha mãe voltou a plantar flores ao seu redor e elas florecem a cada primavera com uma beleza que parece ultrapassar o natural nunca mais mencionamos
testemunha em voz alta mas sua memória ficou gravada em cada um de nós sabíamos que sua presença por mais aterradora que fosse nos transformou de maneira profunda Pedro ainda na prisão continuou a enviar cartas à minha avó em suas palavras havia um misto de alívio e arrependimento ele admitia que mesmo carregando a culpa sentia-se em paz por finalmente ter confessado seus crimes o episódio com a testemunha e o se Segredos enterrados no Jardim nos ensinou algo que Jamais esqueceremos o passado sempre encontra uma maneira de emergir não importa o quanto tentemos enterrá-lo ou esquecê-lo a
verdade é Implacável mas também Libertadora hoje ao caminhar pelo jardim e observar o abacateiro sinto um misto de melancolia e serenidade a tristeza pelo que vivemos mas também um enorme alívio por termos enfrentado nossos medos embora a testemunha não esteja mas lá sua lembrança permanece como um lembrete de que a redenção é possível mas só chega quando temos coragem de encarar a verdade antes de irmos para o último relato Se ainda estiver por aqui Comente o horário que está assistindo gosto de saber quem assiste Os relatos até o final bem vamos continuar vou contar algo
que aconteceu quando eu tinha 15 anos naquele tempo fomos ao rancho de uns tios nos arredores de San Luis acatlan no México não era um lugar onde costumávamos ir muito especialmente nós os mais novos nossos pais e avós iam com frequência mas eu pelo menos só tinha estado lá uma única vez eles sempre diziam que não havia nada para fazermos e que acabaríamos entediados mas da única vez em que fui com uns 10 ou 11 anos junto de dois primos lembro que nos divertimos bastante era um lugar lindo depois disso nunca mais tivemos a chance
de voltar com o tempo dois primos menores que deviam ter uns 10 anos na época começaram a pedir para nos levarem novamente tanto insistiram que nossos pais acabaram concordando marcando para irmos de sexta a domingo no fim de semana seguinte chegando lá em um daqueles ranchos isolados onde as propriedades ficam tão distantes que nem se vê o vizinho tínhamos espaço de sobra para jogar futebol enquanto isso nossos pais e tios ocupavam-se organizando as coisas para a noite ajeitando o jantar conversando e resolvendo outras tarefas quando caiu a noite nós os primos mais velhos éramos três
com idades entre 14 e 15 anos acendemos uma fogueira no pátio longe dos adultos que estavam entretidos em outro assunto as crianças menores já tinham ido para a cama fazia umas 2 horas e em breve seria a nossa vez também estávamos ali conversando quando minha prima que estava de frente para a casa começou a apertar os olhos como quem tenta enxergar melhor algo distante perguntamos o que ela estava vendo e ela respondeu nada achei que vi o Esteban ou o Diego andando por ali mas acho que me enganei o que eles iriam fazer escuro longe
de todo mundo ela mesma descartou a ideia e voltou a sentar Eu e meu primo também achamos estranho mas não demos muita importância sabíamos que nossos primos menores não tinham o hábito de andar sozinhos à noite e na verdade eram bem medrosos então deixamos o assunto de lado pouco depois quando apagamos a fogueira para ir dormir vimos meu tio andando apressado para o lado da casa justamente para onde minha prima Sofia disse ter visto algo antes de nos recolhermos passamos pelos adultos para avisar que estávamos indo dormir e aproveitamos para perguntar o que meu tio
estava fazendo naquele canto Disseram que ele tinha ido atrás de um animal que estava mexendo no lixo fomos então para o quarto assim que entramos confirmamos que nossos primos menores estavam de fato dormindo concluímos que só podia ter sido um bicho ou alguma confusão parecida no dia seguinte tudo correu normalmente não houve nada digno de nota até a segunda noite dessa vez ficamos dentro de casa porque estava muito frio lá fora já era tarde e as crianças pequenas haviam ido dormir mais uma vez meus tios e meus pais estavam na parte da frente do Rancho
junto à fogueira fazendo um churrasquinho Ali era mais protegido do vento com teto e apenas uma entrada nós os primos mais velhos ficamos na cozinha tomando chocolate quente com pão num momento levantei-me para levar a chícara até a pia a passar pela janela que dava para o pátio vi claramente uma das crianas menores caminhando para ladoo daa Não consegui identificar qual delas mas o que vi era inconfundível contei aos meus primos que tinha visto o Esteban ou Diego lá fora mas eles insistiram que não podia ser já que os dois estavam dormindo e nós tínhamos
acabado de verificar isso mesmo assim resolvi sair fiquei no pátio mas evitei me afastar para os lados da casa já que estava muito escuro e fazia bastante frio de repente minha prima gritou de dentro confirmando que os dois ainda estavam deitados no quarto voltei para a cozinha com meu primo e trancamos a porta reafirmei que tinha visto claramente um deles andando lá fora mas não consegui identificar quem era na família só eles tinham aquela altura foi então que ouvimos todos eu meus primos meus os tios e meus pais os gritos desesperados de Esteban e Diego
eles vinham do quarto e soavam como aquele choro que conhecíamos de quando eram pequenos e caíram juntos da escada algo grave tinha acontecido corremos para lá com meus tios chegando primeiro lá estavam os dois chorando e tremendo repetindo que um homenzinho baixinho de cabeça grande careca e sem dentes tinha tentado puxá-los pela janela ambos apontavam para a janela aberta dizendo que ele tinha fugido por ali meus tios fecharam a janela imediatamente era uma janela que só podia ser aberta por dentro e ainda tinha Grades do lado de fora não havia como alguém tê-la aberto de
fora mas lá estava ela escancarada a parte mais inquietante foi que naquela noite nenhum dos adultos tentou nos convencer de que tudo não passava de um sonho em vez disso nos reuniram na cozinha enquanto dois dos meus tios saíram apressados para o quintal demoraram para voltar e quando chegaram disseram algo que nunca havíamos ouvido o rancho tinha aquele clima estranho porque todos já haviam visto aquele homenzinho antes meus pais e tios explicaram que acreditavam que o tal velhinho era um doende lembro de uma das minhas tias sugerir que poderia ser o espírito de algum homem
que morreu por ali há muito tempo mas ninguém tinha certeza eles conversaram por um tempo tentando entender o que havia acontecido contaram então que meu tio já tinha suspeitado de algo na noite anterior quando achou que tinha visto algo semelhante andando no quintal aproveitamos para relatar o que tínhamos visto também os pequenos estavam inconsoláveis e nós os maiores igualmente assustados apesar de nossos tios tentarem nos tranquilizar dizendo que tudo estava sob controle nada naquela situação parecia normal naquela noite ninguém conseguiu dormir direito saímos do Rancho logo pela manhã sem olhar para trás passaram anos até
que voltássemos a aquele lugar dessa vez só os mais velhos tiveram coragem de ir meus primos menores já crescidos se recusaram completamente até hoje não sabemos se aquilo deixou de aparecer ou se simplesmente desapareceu não temos ideia do que era de onde vinha ou o que queria mas com base no que ouvimos sobre doendes acho que era um deles sempre dizem que esses seres fazem pequenas brincadeiras ou atuam como Guardiões de determinados lugares Mas e quando o comportamento deles parece mais sombrio quando mostram intenção de fazer mal ou até de levar alguém embora para onde
levariam essa pessoa e com qual propósito deixo essas perguntas para vocês refletirem o que acham que poderia ser ei pessoal obrigado por ouvirem clique no Sininho de notificações para ser alertado de todas as futuras narrações lanço vídeos novos todos os dias por aqui espero te ver nos próximos agora na tela vou deixar outros dois bons vídeos que sei que irão gostar te vejo por lá