Unknown

0 views9053 WordsCopy TextShare
Unknown
Video Transcript:
Vocês estão prontos para receber a palavra de Deus? Abraçamos a Bíblia em Primeira Tessalonicenses, no capítulo 5, no verso 19. Antes, lemos o texto; só quero recapitular. Começamos no domingo passado e vamos estender por todo o mês uma série de mensagens a respeito do Espírito Santo. Cada mensagem vai ter começo, meio e fim, de maneira que, se alguém não pegar todas na reunião em que ele está, tudo faça sentido. Mas, obviamente, se você conseguir somar não só o conteúdo todo, mas a sequência, vai ser melhor ainda. Então, caso você não tenha podido estar no
domingo passado, nós falamos sobre o Ministério do Espírito. Essa palavra já está à disposição, né? Para que você possa assisti-la pelo YouTube, no canal da Alcance. Enfatizamos aqui que, quando Paulo fala do Ministério do Espírito, o foco da Nova Aliança é nos transformar na imagem de Jesus. Mostramos que o Espírito nos transforma de glória em glória na imagem de Jesus, mas que esse é o produto final. Até chegar lá, ele começa o trabalho em nós, né? Com arrependimento, com a fé, com o novo nascimento, o processo de santificação e a capacitação para o serviço. Ou
seja, Paulo chama a Nova Aliança de um ministério do Espírito, porque o papel dele é predominante. Depois, em segundo lugar, destacamos que uma experiência com o Espírito Santo nunca foi tratada como opcional, nem no ensino de Jesus, nem nos apóstolos, na prática da igreja. Nunca foi tratado como opcional, e sim como algo essencial. Então, no terceiro ponto, nós fizemos bem rápido, corridinho, não meramente porque faltou tempo, mas porque, quando eu destaquei em terceiro lugar, a nossa responsabilidade era apenas uma introdução para o assunto de hoje. Hoje eu vou falar sobre a interação com o Espírito
Santo, né? A fundamentação começamos na semana passada e nesta vai fazer muito mais sentido a partir das duas próximas aulas ou pregações aqui nos domingos, onde nós vamos entrar num terreno bem mais prático do assunto do que até então. Então, a primeira questão do INSS, capítulo 5, verso 19, será o nosso ponto de partida. É um dos textos, um dos exemplos da Bíblia, mais fáceis de decorar pelo tamanho. Ele diz: "Não apaguem o Espírito". Só isso! Você pode repetir comigo? Diga: "Não apaguem o Espírito". Fala para algum vizinho aí ao seu lado, se puder, não
fazer acepção de pessoa e falar também para não ficar aquele problema. Você fala para os dois: "Não apague o Espírito". Bom, quando olhamos para essa declaração bíblica "não apague o Espírito", é evidente que isso não fala sobre a pessoa do Espírito Santo. Como Deus, ele é pré-existente, é eterno, não tem começo nem fim. Aliás, Hebreus, capítulo 9, verso 14, se refere ao Espírito Santo como o Espírito eterno. É impossível alguém acabar com a existência de Deus. Então, a Bíblia não está sugerindo que existe escondido em algum lugar um botão, uma alta tecnologia espiritual, se alguém
descobrir onde. Aí, apertar, o Espírito Santo deixou de existir. Quando a Bíblia diz "não apague o Espírito", está falando sobre a sua obra, não sobre a pessoa. Isso significa que a obra dele é semelhante a um fogo. Isso significa que, à semelhança do fogo, ele precisa ser alimentado, ele precisa, né, de interação da nossa parte. Ou seja, esse fogo pode aumentar à medida que nós simplesmente, né, tomamos a decisão de colocar mais combustível. Vamos falar do combustível mais conhecido de todos os tempos, que é a lenha. Quanto mais lenha, mais fogo; quanto menos lenha, menos
fogo. Ou é possível extinguir completamente o fogo. Com isso, a Bíblia está falando, né, que, obviamente, essa ação do Espírito Santo, que é tão vital, tão essencial para vivermos a vida cristã, não é uma obra lateral, não depende só dele, e nós temos grande responsabilidade nesse processo. É sobre isso que eu quero que a gente possa prestar um pouco a atenção. No ensino bíblico, todo o volume de informações que temos à nossa disposição, elas, além de nos orientar, quando eu digo que existe muita repetição, nós saímos do nível da informação para o nível da ênfase.
Significa que Deus quer que a gente preste mesmo atenção a isso. Então, eu quero chamar a sua atenção, né? E eu quero que você realmente observe comigo. Em primeiro lugar, eu quero destacar isso: o Espírito Santo não age sozinho. Em Romanos, no capítulo 8, no verso 26, nós temos uma declaração da Palavra de Deus que não pode ser ignorada quando o assunto é a obra do Espírito Santo. O texto sagrado diz assim: "Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós
com gemidos inexprimíveis." Quando a gente lê que o Espírito Santo nos ajuda, no meio da Revista Atualizada, essa palavra foi traduzida como "assiste". Né, fala de uma assistência. Eu acho que ela define até um pouquinho melhor a de ajuda, porque, quando a gente usa a expressão ajuda no português, nós podemos falar de dois aspectos distintos. Um deles é a substituição. Então, vamos dizer, né, que eu esteja atarefado, com muita coisa para fazer, e eu peço ajuda de alguém. "Pastor Padilha, me ajuda a mover esse púlpito". Essa ajuda pode ser a gente fazer junto ou, porque
eu estou atarefado, pode ser ele fazer em meu lugar, seria uma terceirização, uma substituição. Mas a natureza da palavra ajuda, e por isso eu gosto um pouquinho mais da expressão assiste, que a assistência é mais uma participação. Ela pode ser feita de outra forma. Vamos supor que isso fosse pesado, o que não é o caso, mas que hipoteticamente fosse, e que eu não desse conta de movê-lo sozinho e pedisse ajuda do Padilha. O meu pedido de ajuda seria ele pegar uma ponta do peso e eu pegar a outra ponta do peso. Aliás, essa é a...
Natureza da palavra empregada pelo Apóstolo Paulo no original grego: "corineu" (grego antigo). De acordo com os léxicos, a palavra que aparece no original palavrão, no sentido, é "grande". "Sunant lambenomais" é a composição de três palavras: "som", "anti" e "lambando". O "mãe" é a conjugação da terceira pessoa no verbo depoente. Não faço ideia do que eu tô falando, mas decorei isso para impressionar vocês, e eu estava indo bem, porque alguns estavam olhando com a cara de "uau", só que eu não lembrei o resto que eu decorei. Decorei sua metade: é o "Mike", tem a ver com
a conjugação "som", "anti", "lambando". São três palavras que significam "pegar firme contra alguma coisa juntamente com alguém". A palavra "anti" é mais fácil da gente reconhecer, porque o uso dela é muito frequente nas línguas latinas, significa "contra", né? "Lambando" significa "pegar" e "som", "junto com alguém". Então, essa palavra significa "pegar a outra ponta do peso", e ela passou a ser usada no sentido de "trabalho conjunto", né? Tanto que, assim, talvez a definição mais rápida, sem explicar todo o processo, você já... "trabalho conjunto". Quando a Bíblia fala do Espírito Santo nos ajudando, significa que nós não
podemos nada sem ele. Nós não podemos nada sem a ajuda dele. Aliás, já falamos na semana passada aqui em João 15:5, Jesus disse: "Sem mim, nada podeis fazer". Sem a obra do Espírito, nós não vamos a lugar nenhum. Mas o Espírito Santo não age sozinho, não age de forma unilateral. A ação dele não substitui a nossa responsabilidade de interação com ele. Então, é muito importante que, quando a gente olhe para o desenho bíblico, e quando eu falo "desenho bíblico", é a doutrina, é a soma, é você juntar as peças do quebra-cabeça e entender a ideia
de parceria, de cooperação ou de interação com o Espírito Santo. Então, na semana passada falamos em obras vitais, como que a fé e o Espírito Santo têm participação. Então, por exemplo, quando falamos de arrependimento, Romanos 2 diz que a bondade de Deus conduz ao arrependimento, significa que há uma obra que se inicia em Deus. Em João, no capítulo 16, no verso 8, Jesus, falando sobre a vinda do Espírito Santo Consolador, diz: "Ele convencerá o mundo do pecado". Então, não existe arrependimento sem uma obra que proceda de Deus. Agora, isso não significa que o arrependimento é
uma obra unilateral divina, como alguns acreditam e ensinam por aí. A mensagem de Jesus, em Marcos, capítulo 1, versos 14 e 15, ele chega dizendo: "O tempo está cumprido, é chegado o Reino de Deus" e diz: "Arrependei-vos e crede no evangelho". Nós temos dois imperativos: "Arrependam-se" e "Creiam". Agora, não nos seriam mandados arrepender se o homem não tivesse responsabilidade, se é Deus que determina unilateralmente o arrependimento. Você não precisa mandar sem fazer, é só deixar que Deus faça. Agora, quando a Bíblia ordena que nos arrependamos, significa que tem a nossa parte. O problema é que,
às vezes, alguns grupos pegam o imperativo e dizem: "É responsabilidade humana". Os outros pegam: "É o Espírito Santo que convence". A bondade de Deus diz: "É Divino". E de vez em quando, alguém me pergunta, e eu falo: "Gente, a Bíblia nos conta isso". Não é um ou outro, é tanto um quanto o outro, são ambos. E a única forma de você equilibrar os dois é entender que Deus faz a parte dele, mas nunca sozinho, e o homem precisa corresponder com Deus. Nós chamamos isso de interação. Então, o Espírito Santo também é chamado, em 2 Coríntios
4:13, do "Espírito da Fé". Mas nos é ordenado crer. Efésios, capítulo 2, diz: "Pela graça sois salvos mediante a fé; não vem de vós, é um dom de Deus". Então, tanto a graça que salva como a fé, que Romanos 5:2 diz que dá acesso à graça, procede de Deus. Romanos 2 diz que ele repartiu uma medida de fé com cada um de nós. É evidente que a fé procede dele, mas a minha responsabilidade de usar os recursos que me são oferecidos e de corresponder é inquestionável, porque temos participação humana. Nós podemos falar sobre o que
vem depois da conversão. Gálatas, capítulo 5, verso 16, um texto que eu citei semana passada: "Andai no Espírito e jamais satisfareis a concupiscência da carne". Então, é uma ordem que nos é dada, logo, nós temos a responsabilidade. Agora, precisamos entender o seguinte: Se o Espírito Santo fizesse tudo sozinho, não precisaria nos ser mandado andar nele, caminhar nele. Mas só nos foi mandado porque nós temos responsabilidade. Romanos, capítulo 8, verso 14, diz: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus". A palavra traduzida "guiado", um dos seus sentidos e possibilidade de
tradução, é "ser tomado pela mão" e "ser conduzido até o destino final". Esse assunto será o tema das nossas conversas nos próximos domingos. Mas, quando a Bíblia diz que o Espírito guia, é importante entender que a Bíblia não diz que ele arrasta. Dá para entender a diferença? Então, ele não força, ele não te obriga. Eu quero que a gente possa olhar isso não só na perspectiva da vida cristã. Eu quero que a gente possa, né? Quando eu falo da vida cristã, no sentido de salvação, de santificação, de desenvolvimento daquilo que é pessoal, quando falamos tanto
da obra do Espírito Santo em nós, no sentido de experiências, como falamos da maneira como ele deseja nos usar: a operação dos dons, a unção, aquilo que diz respeito ao serviço e vai tocar a vida de outros, que eu quero chamar e classificar em segundo lugar agora de "promover do Espírito Santo". Isso também tem a natureza de interação. Eu gostaria que você abrisse comigo a sua Bíblia em Ezequiel, no capítulo 47, e nós vamos ler primeiro do versículo 1 até o 5. Depois, na sequência, nós vamos ler do 6 ao 12. Seria interessante você deixar,
né? A Bíblia aberta ou o texto aí marcado e a gente precisa entender uma visão que está por trás do livro de Ezequiel. Ezequiel profetizou durante o tempo do cativeiro, quando a nação, tanto de Israel quanto de Judá, ambos reinos divididos, tinham chegado ao clímax, ao apogeu da apostasia, que é o pior momento, espiritualmente falando, da história da nação. Logo no capítulo 3, Ezequiel tem uma visão da glória de Deus se retirando do templo de Deus, dizendo: "Por causa dos pecados de vocês, eu estou fora! Não brinco mais, estou abandonando vocês." São palavras duras de
juiz, mas lá no final do livro começa todo um tom e uma conversa sobre restauração. O capítulo 37, por exemplo, Deus dá a Ezequiel a visão do vale de ossos secos. Ele vê um vale com muitos ossos sequíssimos, e Deus pergunta para ele: "Esses ossos podem voltar a viver?" Ezequiel dá uma resposta bem vazia de: "Senhor, Tu sabes." Tipo assim, "eu é que não me arrisco a falar sobre isso", porque está olhando algo que, humanamente, é impossível. Mas, de repente, na visão, ele vê que os ossos começam a mexer, aquela barulheira de cada osso se
ajustando ao seu osso, os esqueletos se organizando. Daqui a pouco, começam a parecer músculos, tendões, e, logo, eles começam a encher de carne; a pele os reveste. Mas, ainda assim, o que ele tem é um exército de cadáveres. E o Espírito diz a Ezequiel, na visão: "Profetiza; vento que vem dos quatro cantos, sopra sobre eles." E é o que sempre precisamos parar para entender: é quanto à ideia de vida que está relacionada à ação do Espírito. E aí, quando ele começa a profetizar, a Bíblia diz, o Espírito entrou neles e se levantou um exército poderoso.
Qual era a mensagem? O Senhor diz: "A casa de Israel está dizendo: 'Acabou-se a nossa esperança.'" E Deus está dizendo: "Eu vou restaurar vocês." É nesse tom de restauração que está a visão do período pós-cativeiro. Temos a visão do capítulo 47, em que Ezequiel é conduzido por Deus a entender todo um mapa de um tempo da reconstrução do templo, que, no início do cativeiro, tinha sido derrubado. Mas há uma mescla entre toda a orientação que é natural e princípios que são espirituais e futuros. No meio disso tudo, a visão do capítulo 47 é a seguinte:
"Depois disso, o homem me fez voltar à entrada do templo, e eis que a água saía debaixo do limiar do templo e corria na direção do leste, porque a fachada do templo dava para o leste. A água vinha de debaixo do lado direito do templo, do lado sul do altar. Ele me fez sair pelo portão do norte para dar uma volta por fora até o portão exterior que dá para o leste, e eis que a água borbulhava do lado direito." O homem saiu para o leste, dentro da mão um cordel de medir, mediu 500 metros
e me fez passar pela água, que me dava pelos tornozelos. Agora, mais 500 metros, e me fez passar pela água, que me dava pelos joelhos. Mediu mais 500 metros e me fez passar pela água, que agora me dava pela cintura. Mediu ainda outros 500 metros e já era um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, eram águas em que se podia nadar, um rio pelo qual não se podia passar andando. Eu quero tomar essa visão, mas quero que a gente foque a informação que vem na sequência: por que esse rio? Dos
versos 6 a 12, nós percebemos que o rio faz coisas que só Deus pode fazer. Naturalmente, nenhum rio faria. Então, vamos ler dos seis em diante: "Então ele me perguntou: 'Você viu isso, filho do homem?' Então, o homem me levou de volta à margem do rio. Quando cheguei lá, eis que a margem do rio havia grande abundância de árvores dos dois lados do rio." Então me disse: "Essas águas correm para a região leste, descem ao vale do Jordão e entram no Mar Morto. As águas ficarão saudáveis." Que mar é esse? Olha a sequência: "Todos os
seres vivos que povoam os lugares por onde esse rio passar terão vida de novo." A ideia de vida é que haverá muitíssimo peixe, porque essas águas chegam lá. "As águas do Mar Morto se tornarão saudáveis, e tudo viverá por onde quer que esse rio passar." Você pode repetir comigo: "Diga: tudo viverá por onde quer que esse rio passar." "Os pescadores, junto a ele, se acharão pescadores, desde En-Gedi até En-Eglaim. Havrá lugar para estender e secar as redes. Os peixes serão de muitas espécies, como peixes do mar grande, mas os seus charcos e seus pântanos não
se tornarão saudáveis; ficarão deixados para o sal." "Nas duas margens do rio, nascerá todo tipo de árvore frutífera. As folhas dessas árvores não murcharão, elas nunca deixarão de dar o seu fruto; produzirão frutos novos todos os meses, porque são regadas pelas águas que saem do Santuário. Os seus frutos servirão de alimento e as suas folhas de remédio." A pergunta é: o que exatamente significa esse rio? Nos primeiros versículos, já houve um, nós vimos que o rio sai do Santuário. Mas quando você vai para o livro de Apocalipse, aliás, você vai perceber que João, no Apocalipse,
vai fazer citações de profetas, como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, e você percebe que muitas palavras que tinham um cumprimento literal para um tempo, outras para o futuro, têm paralelos que, de verdade, são aplicados para o plano espiritual e para o futuro. Agora, olha a similaridade de Apocalipse 22: 1 e 2. O apóstolo João disse: "Então o anjo me mostrou o rio da água da vida." Agora, não é um rio qualquer; estamos falando de algo que ele enxerga na cidade santa, Nova Jerusalém, que vem de Deus para a terra na consumação. De todas as coisas,
um anjo me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da praticidade, em um lado e do outro do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Ezequiel disse que, dos dois lados do rio, há uma árvore que dá fruto todos os meses; ele especifica os doze meses do ano. Ezequiel diz que os seus frutos serviram de alimento e as folhas, de remédio. Aqui
a Bíblia está dizendo que a árvore e as folhas da árvore são para a cura dos povos; não é meramente medicina natural para a carne, embora se use esse paralelo natural para falar de algo espiritual. Na visão de Ezequiel, o rio emana do santuário, do lugar da habitação de Deus. A visão de Apocalipse emana do próprio trono de Deus. Não só o rio emana dele, mas faz coisas que ninguém pode fazer. Na visão de Ezequiel, as águas desse rio tocavam o Mar Morto, e a Bíblia diz que estava saudável; iam vir enxames de peixe. Gente,
eu gosto de lembrar que o Mar Morto não é só morto; ele é matador. A razão pela qual se chama de "Mar Morto" é porque não há quase nenhuma forma de vida; muito poucas bactérias conseguem sobreviver, né, ali dentro, porque é um dos lugares mais baixos da Terra. A água desce para lá e não escoa para lugar nenhum; vai evaporando. À medida que a água evapora, os sais vão ficando. Um terço da água é sal. Por causa dessa alta densidade de sal, é que talvez você tenha visto, né, fotos ou ouvido de gente que está
lá, meio que sentada, boiando; você não afunda no Mar Morto. Agora, eu digo que o Mar não é só morto; é matador. Quando você chega lá, por exemplo, nas caravanas, não importa; se você vai no Mar Morto pelo lado de Israel ou da Jordânia, normalmente os guias dizem o seguinte: "Olha, tem uma notícia ruim e uma boa." Aí, a notícia ruim é que, se você tiver com algum ferimento no corpo, vai doer, vai arder muito; e eles normalmente dizem para as mulheres se preocuparem em depilar ontem ou hoje, porque vão sofrer mais. Mas a notícia
boa é que, se tiver micose no meio dos dedos, vai morrer tudo, né, porque o sal tem esse poder. Quando você era criança e ficava com dor de garganta, sua mãe usava o quê? Salmoura! Justamente por causa disso. Então eu brinco: o Mar não é só morto; ele é matador. Não há formas de uma água qualquer que chegue lá produzir o resultado que ele fala. Aliás, no Salmo 46, versículo 4, a Bíblia diz: "Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo." O rio sempre está relacionado com o
lugar da presença de Deus, e por onde passa, tudo volta a viver. É uma das figuras mais claras do mover do Espírito Santo. E por que eu estou pegando esse exemplo? Ezequiel é levado por um anjo; ele está de olho no rio. Aí o anjo disse para ele, na tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje, versão Mineiro ou Goiana: "Bora, bora para dentro do rio." Ele está com um cordel, uma vara de medir, e a Bíblia diz que ele mede mil côvados, que são aproximadamente 500 metros. A minha tradução já deu a medida em metros.
Você consegue imaginar isso? Meio quilômetro de medição. Depois de 500 metros, a Bíblia diz que a água ainda dá no tornozelo. Eu nunca vi, em nenhum ajuntamento de água, em lugar nenhum do mundo, onde você pode andar meio quilômetro e a água ainda está no tornozelo, rasinho. Mas os dois não pararam ali. E a razão pela qual eles não pararam, aí me parece bem lógica, bem óbvia: porque não era hora de parar. Então, de vez em quando, eu vou perguntar se eles pararam, e você vai responder que não. E quando eu perguntar por que não,
você vai dizer: porque não era a hora de parar. Aí, agora medem mais 500 metros, num total de 1 km, 2.000 côvados; subiu o nível da água, mas a Bíblia diz que está dando no joelho. Mas não pararam ali. Por quê? Mais 500 metros ou mais mil côvados. Agora a Bíblia diz que a água dá pela cintura, tradução para "nos lombos". Eles pararam ali. Por que não? Agora, qual é a ideia? Até onde vai a medição? 2.000 metros, né? 2 km rio adentro. 4.000 côvados; a Bíblia diz que eram águas para se nadar. Não dá
mais para andar. E aí eles não vão a lugar nenhum porque chegaram ao lugar do seu destino. Então, me ouça com atenção: espiritualmente falando, Deus tem um destino para você. Esse destino são as águas profundas. Agora, preste atenção: nós estamos entendendo a interação. Porque tem crente que passa a vida inteira mais do rio, olhando para o rio; ele não vai a lugar nenhum e fica esperando o dia que vai dar uma enchente espiritual e o rio vai invadir a vida dele. Deixa eu te dizer uma coisa: não é o rio que invade a sua vida,
é você que tem que entrar no rio. E tem gente que fica a vida inteira esperando o rio fazer o que ele tinha que fazer; e essa rendição é progressiva. Quanto mais você entra, mais água tem. Quem está entendendo? Agora, água no tornozelo já é alguma coisa, mas não é o que Deus tem. Meus filhos eram pequenos; especialmente quando a gente ia para a praia, eles ficavam assustados com o mar, o barulho, as ondas. Normalmente, ficavam onde estourava a água, molhavam o pé e se divertiam ali. Estava a água em outro lugar, mas eu sabia:
à medida que crescessem, eles vão querer entrar um pouquinho. Mas e sabe, o rio fala de uma progressão. Daqui a pouco, tem mais água – água no joelho; daqui a pouco, tem mais água – água na cintura. Mas, daqui a pouco, são as Águas Profundas. Agora, preste atenção: nós precisamos mudar um conceito errado que nós temos. Efésios 5:18 diz: "Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito Santo." Aliás, semana passada, a gente apontou que "cheios" é autocontráctil; o verbo, a conjugação do verbo tem ato contínuo. Se a gente fosse traduzir
isso literalmente, ao pé da letra, seria "encher-se contínuo", "sem encher" e "nunca pare de se encher". Mas a ideia de ser cheio do Espírito Santo é confusa na cabeça da maioria dos crentes, porque a gente imagina que ser cheio do Espírito Santo é ter mais dele. E essa é a ideia que muitos levam para o rio. Não teve uma época da minha vida em que eu só tinha água no tornozelo? Depois, quase como o carro: "Vamos encher o tanque." Não, agora eu já estava um pouquinho mais, já estava com água no joelho. Não, agora já
estava com água na cintura. E tem crente que imagina: "Eu não vejo a hora de chegar à hora que der a tampa, à medida cheia." Mas nós temos um problema com isso, porque João 3:34 diz que Deus não dá o Espírito Santo por medida. Ou seja, Deus não vai dando um pouquinho mais do Espírito Santo, um pouquinho mais, um pouquinho do mar, até dizer: "Agora terminei meu parcelamento, finalmente você tem tudo." Ele não dá o Espírito por medida, até porque o Espírito não é divisível. Então, ser cheio do Espírito Santo não significa eu ter mais
do Espírito. A ideia de ser cheio é como esta caneca que estou usando, com água: não está totalmente cheia, mas a ideia de ser cheio significa que, na hora em que aquilo chega à borda ou até mesmo transborda, todo o espaço foi inteiramente tomado. Só que a gente pensa que, para ser tomado, tem que ter mais. E aí nós invertemos as coisas. O conceito bíblico de ser cheio do Espírito Santo não é você ter mais dele; é Ele ter mais de você, porque isso tem a ver com rendição no processo de interação. Então, quando eu
decido entrar no rio, se eu ficar parado na margem, eu não tenho nada do rio. Quanto mais eu entro, não apenas eu tenho mais do rio; o rio tem mais de mim. Porque isso é entrega progressiva. Não importa se você está com água no tornozelo, você está com água no joelho, você está com água no lombo. Enquanto dá pé, você está no controle, você está pisando, você diz: "Eu vou para cá, eu vou para lá." Só que a Bíblia diz que, quando chega água mais profunda, não dá mais para caminhar, porque a hora que o
pezinho sumir, que não der mais pé, que você não toca no chão, não é mais você que se governa; o rio assume o controle, é ele que te carrega. Então, há um momento onde o rio terá tudo de você. Mas se nós entendermos a dinâmica de interação e da entrega, nós não vamos a lugar nenhum. Agora vamos falar sobre o mover, experiências, né? A unção do Espírito, a operação dos dons, tudo está relacionado com a ideia e o conceito de interação. Atos, capítulo 2, versículo 4, no dia de Pentecostes, quando a promessa de Deus, feita
por meio de Joel e reforçada por meio de Jesus, se cumpre. O que aconteceu? Atos 2:4 diz: "Assim, todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falasse." Falar em línguas, que eu creio ser uma evidência física inicial do batismo no Espírito Santo, foi experimentada. Agora, eu não sei o que você pensa, mas quando começaram a pregar sobre isso, eu olhava para isso com um certo medo, com uma reserva. Eu achava que o Espírito Santo ia entrar em mim, queria pegar minha boca, que Ele é
que falaria, e depois eu ia ficar me perguntando: "O que é que aconteceu?" Mas não é assim que funciona. Se você olhar, quem falou em línguas? A Bíblia diz que as pessoas que foram cheias do Espírito passaram a falar em línguas. Quem fala em línguas somos nós; o que nós falamos, a Bíblia diz que é "segundo o Espírito lhes concedia que falassem". Então, Ele concede o que falar, mas quem fala é a gente. Nunca se trata d'Ele sozinho nem da gente sozinho; sempre é interação. Agora, nessa dinâmica, eu lembro que muitas vezes eu pegava as
filas de oração, vamos buscar o batismo do Espírito Santo. E eu digo que o problema não é alguém orar por você e você não ser batizado. Logo no começo, o ruim é quando da frente, é o de trás, é da direita, é o da esquerda, e você sobra. Às vezes, eu dizia para Deus: "Qual seria o problema comigo?" Aí eu lembro que eu ficava assim: "Gente, me ajuda, eu quero chegar lá." Aí, alguns pastores, às vezes, querendo explicar; hoje, eles não explicavam direito, a gente não tinha maturidade para entender. Eu lembro de um que estava
tentando explicar: "Olha, não é Deus sozinho, Ele vai te inspirar, mas tem a sua parte." E, para explicar isso, ele cita um texto que me deixou as coisas mais confusas: deste lado do livro de Salmos, onde Deus disse: "Abre bem a tua boca, e eu encherei." Ele está dizendo: "Tem sua parte e tenha d'Ele." E eu fiquei um tempão lá, acabando quando abri, doeu o maxilar e não aconteceu nada. Demorou para entender um pouco essas explicações. Espera aí, não é Ele sozinho; não, graças a Deus, também não é a gente sozinho. Também não! Quando falamos
sobre 1 Coríntios 12:2, o apóstolo Paulo diz com clareza: "Por isso..." Quero que entendam que ninguém que fala pelo Espírito de Deus profetiza, se não fica a falar por outro. Então, ele disse que alguém pode falar pelo Espírito, e significa que quem está falando é quem profetizou. Mas o que ele fala é concedido por quem? Pelo Espírito Santo. Segunda de Pedro, capítulo 1, verso 21, diz: "Porque nunca, jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falando da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo, quem falou? Os homens. De onde veio a mensagem da
parte de Deus? Porque foram movidos, inspirados, pelo Espírito de Deus." Em Primeira Timóteo, no capítulo 4, no verso 14, nós vemos o apóstolo dizendo ao seu discípulo: "Não seja negligente para com o dom que você recebeu, o qual foi dado mediante profecia, com imposição das mãos do presbitério." Aqui é Carisma, está falando das manifestações do Espírito, e as manifestações do Espírito, obviamente, não teriam esse nome se não procedessem dele. Mas não é algo que acontece isolado da nossa participação. Aliás, Paulo escreve e diz: "Em parte conhecemos, em parte profetizamos." Porque a profecia, a inspiração depende
do conhecimento; porque tem a nossa participação. Então, Deus nos inspira. Eu me lembro, alguns anos atrás, aproximadamente 30 anos, estávamos ministrando aqui em Curitiba, e eu vi um profeta dando uma palavra para outro pastor, que trabalhava muito, cuidando de outros pastores. Ele começou a profetizar e falar da crise que estava vivendo, sobrecarregado, desanimado, pensando em desistir. Enquanto estava a palavra profética, ele deu um exemplo a respeito do rim. Ele falou assim: "Olha, o rim é responsável por filtrar os líquidos do corpo, e ele tem que segurar as impurezas para fazer bem para o corpo. Mas
se ele mesmo não tiver um processo de hidratação que o limpe, ele sobrecarrega e vai entrar em colapso." Ele falou: "Não adianta Deus te levantar para filtrar tudo na vida de outros e você não se expor às águas da presença dele. Ou você entra no lugar que deixa as águas do Espírito tocar profundamente, ou você não vai aguentar o ministério." Eu fiquei pensando: "Meu Deus, nem na escola aprendi tanto sobre o rim como nessa palavra." Eu não sabia nada daquilo, ou seja, eu nunca daria uma palavra daquilo. Curioso que o profeta ali, Tomazukins, foi ele
quem falou isso. Eu fiquei olhando e pensei: "Eu nem sabia essas coisas do fígado e do rim há 30 anos atrás." Agora, o que acontece: Deus nos inspira dentro do conhecimento. Então, nós precisamos entender que o fluir dos dons nunca é exclusivamente nosso; nem a gente, sozinho, mas é uma parceria. E aí Paulo está dizendo: "Não seja negligente com o Carisma." Quem pode ser negligente? Timóteo. O que o Espírito Santo não vai ser. Mas nós, que interagimos com ele, podemos ser negligentes, e se somos, estamos atrapalhando a obra dele. Quem está entendendo? Segunda carta de
Paulo a Timóteo, capítulo 1, versos 6 e 7: "Por essa razão, venho lembrar que reavives o dom de Deus que está em você, pela imposição das minhas mãos." Agora, Paulo está parecendo falar de um dom diferente daquele que foi imposto por mãos de todo o presbitério, com profecia. Esse aqui foi eu mesmo que te transferi. Essa palavra traduzida "reaviva", em outras traduções, está "desperte". A palavra, no original, dá a ideia de uma brasa que está apagando, e alguém só a abana e ela reacende. Agora, Paulo não está dizendo para Timóteo: "Dobre o joelho e ore,
peça, implore para o Espírito Santo reavivar o dom." Ele diz que quem vai reavivar ou despertar o dom é você. O que ele está mandando Timóteo fazer? Despertar o dom, porque quem botou o dom para dormir foi Timóteo. Isso me lembra uma história que eu vi anos atrás, de um pregador que estava no meio do sermão e percebeu que um marido, na primeira fila, dormiu, deitando a cabeça no ombro da mulher e roncando. Ele, sentindo-se ofendido, desrespeitado, parou a mensagem e falou: "Minha senhora, a senhora pode acordar o seu marido?" Ela acorda e o pregador
diz: "Quem botou ele para dormir, que acorde!" E o que Paulo está falando para Timóteo é parecido: "Você que botou o dom para dormir, você que acorde!" Ou seja, nós não podemos olhar para o funcionamento dos dons. São manifestações sobrenaturais, que não podem ser realizadas sem o Espírito Santo, obviamente; mas dizer que o homem não tem participação e interação. Quem está entendendo, diga Amém! Então, tem muito crente que não tem buscado uma relação mais profunda com o Espírito, não está entrando no rio e, quando não tem experiência, se frustra. Um dia eu estava ensinando sobre
o assunto, e um cara veio e disse: "Tem mais de 20 anos que eu sou crente." Era evidente a frustração dele. Eu fui e disse: "Deus nunca me deu." Não, eu falei: "Primeiro, não é bom." Eu falei: "Segundo, a Bíblia manda buscar." Você está esperando que o dom corra atrás de você? Primeiro aos Coríntios 12, 11 diz que o Espírito Santo distribui os dons como lhe aprouver. Você lê só o versículo que significa "como ele quer". Você vai pensar unilateral: "A hora que quiser, ele vai fazer alguma coisa por alguém." Por outro lado, a Bíblia
diz: "Buscai com zelo os melhores dons." E as pessoas perguntam: "Mas é ele que decide que dom dar, ou eu tenho que buscar?" Os dois; eu decido buscar e, na minha busca, Ele decide o que é que Ele vai me dar. Sempre uma interação! Quem está entendendo? Então, é dito e esclarecido isso. A partir da semana que vem, nós vamos falar muito de um aspecto bem mais prático no relacionamento com ele. Eu quero chamar a sua atenção para o que eu vou classificar aqui de reações limitadoras que... Você podemos ações ou reações limitadoras que podemos
ter à obra do Espírito Santo em Atos, no capítulo 7, no verso 51. Estevão, pregando, foi o próprio Espírito que moveu, né, Lucas, a registrar isso e diz: "Homens teimosos, incircuncisos de coração e de ouvidos, vocês sempre resistem ao Espírito Santo. Vocês fazem exatamente o mesmo que fizeram seus pais." Ou seja, ele não está falando de um grupo que fez algo que era exclusividade deles; está dizendo que vocês fazem sempre de forma recorrente. Seus pais, as gerações, onde vocês fizeram, o que é resistir ao Espírito Santo. Este texto incomoda muito, especialmente um grupo teológico que
enfatiza uma visão de soberania de Deus onde Deus faz o que quer; ninguém pode pará-lo. Então, na cabeça deles, quem Deus quer que vá ser salvo, vai ser salvo, mesmo se não quiser. Aquele que Deus não quer que seja salvo não vai ser salvo, nem que queira, porque é Deus que decide tudo isso. É Deus que decide tudo. Como é que alguém pode resistir ao Espírito Santo? Se não há arrependimento sem o Espírito Santo e ele tenta me convencer do pecado e eu resisto, eu, você convencido? Se não, a fé que não procede de Deus
e da obra do Espírito Santo, eu posso resisti-lo e significa que eu vou ter fé só porque Deus quer? Essa obra é imparável, que ela é unilateral? Não existe um ângulo ou perspectiva bíblica que me leve a tratar, pelo menos, todas as escrituras com coerência que me leve a admitir que Deus está agindo sozinho. A Bíblia está dizendo que a obra do Espírito pode ser resistida, mas na cabeça deles, fala: "Não, se você resistiu a Deus é porque Deus não é soberano." Eu falo: "Pera aí! Deus decidiu dar ao homem o direito de escolha. Deus
decidiu que o homem iria interagir com Ele e Ele é soberano para fazer o que quer." Ou seja, Deus é soberano, pode ser soberano do jeito que Ele quer. Se Ele só pudesse ser soberano do jeito que você quer, Ele não é mais soberano, Ele é a sua marionete. Mas, de alguma forma, as pessoas tentam definir primeiro o que é, em vez de deixar a Bíblia dizer e depois têm que botar Deus dentro daquilo. Eu digo para alguns: "Por que, se o homem tem interação com Ele, Deus não é soberano? Se o homem só tem
interação, Deus é que é isso?" Como que isso afronta o conceito da soberania de Deus em lugar nenhum? Mas o problema é que não temos um único versículo; temos vários. Então, vamos continuar. Efésios, capítulo 4, verso 30: "E não entristeçam o Espírito Santo de Deus, no qual vocês foram selados para o dia da redenção." Não vou gastar tempo aqui porque esse assunto é da semana que vem, mas a ideia de entristecer aqui, na perspectiva de relacionamento, é afastar-se. E, escondidos, com todos os outros textos que vamos continuar lendo, Tiago, capítulo 4, versos 4 e 5,
diz: "Gente infiel, vocês não sabem que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus." Ou vocês pensam que em vão diz a Escritura: "Isso é com ciúme que por nós anseia o espírito que Ele fez habitar em nós." Então, o Espírito Santo pode ser resistido, ele pode ser entristecido e, de acordo com Tiago, citando a Escritura, ele pode ficar enciumado. Agora, qual a ideia de ciúme aqui? Quando ele diz "gente infiel", outras traduções já foram "adúlteros"; outras dizem "adúlteros e adúlteras" porque, no
grego, é "mochos". Fala de uma infidelidade específica, que é infidelidade conjugal. Então, ele está pegando a figura do marido e da sua esposa para falar de infidelidade, não de relacionamento entre homem e mulher. Então, a Bíblia apresenta uma ideia de Jesus Cristo como noivo e apresenta, do outro lado, a igreja como a noiva. O maior evento no calendário de Deus não é apenas Jesus voltando para, na sua vida, concluir a obra da redenção, mas essa conclusão é apresentada na figura de um casamento. Agora, o mundo é introduzido como se fosse a terceira ponta de um
triângulo amoroso. Então, tem Jesus, sua igreja do lado de lá, o mundo. A Bíblia diz que, quando eu e você começamos a ter olhos para o mundo e ter olhos só para Jesus, o Espírito Santo, que tem uma missão de nos preparar para o noivo, começa a ficar enciumado. E a ideia de ciúme, apresentada dentro dessa analogia... Ah, não, pastor, mas é um ciúme assim inocente que não tem nenhum tipo de prejuízo! Não tem! A Bíblia está dizendo que a amizade do mundo é inimizade contra Deus. Isso significa que você descambou para esse lado do
triângulo amoroso; você perdeu a conexão do lado de lá. Como é que não tem prejuízo? Não há outra forma de você entender o que Tiago está falando a não ser de algo que compromete sua relação com Deus, afasta o Espírito Santo que te ajudaria nesse processo e pode complicar as coisas. Você pode desligar-se completamente de Deus. Não vou falar disso ainda porque é assunto também para a semana que vem, mas Jesus disse: "A blasfêmia contra o Filho do Homem será perdoada, mas contra o Espírito Santo não." Por que se torna tão sério? O que, o
Espírito Santo é melindroso? Ou porque ele é alguém que se ofende e não perdoa ninguém? Não, nós estamos a entender que, quando alguém fala contra Jesus, ele tem o Espírito Santo para levá-lo ao arrependimento. Mas quando ele se desconecta do próprio Espírito Santo, como é que haverá restauração? As coisas podem escalar a esse nível de não haver perdão. E não é o único texto que fala disso. Hebreus, capítulo 10, versos 26 a 29: "Porque, se continuarmos a pecar de propósito..." De termos recebido o conhecimento da Verdade, já não resta sacrifício pelos pecados. Que significa isso?
A chance de perdão foi embora; pelo contrário, resta apenas uma terrível expectativa de juízo e fogo vingador, prestes a consumir os adversários. Ou pode alguém deixar de ser alguém que conheceu a Deus e entrar na classificação de adversário ou inimigo? Já chegamos lá. Guarda essa ideia aí. Ele fala no verso 28: "Quem tiver rejeitado a lei de Moisés morre sem misericórdia, pelo depoimento de duas ou três testemunhas." Imaginem quanto mais severo deve ser o castigo daquele que pisou o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança com a qual foi santificado e insultou o Espírito
da Graça. Outra tradução disso é "ultrajou o Espírito da Graça". Eu fico perplexo quando algumas pessoas tentam dizer que esse nível de distanciamento é para quem nunca foi salvo. Eu falo: "Pera, pera! Pecado de propósito não é algo que o ímpio que nunca foi salvo vive fazendo." Ele vai dizer que agora o cara decidiu pecar de propósito, como ele fez a vida inteira, e não tem mais perdão. Então, tinha perdão para ninguém? Salvação para ninguém? O verso 29 diz que ele profanou o sangue da aliança com a qual foi santificado. Como é que alguém pode
ser santificado pelo sangue, mas não teve uma experiência com Jesus? O texto está falando de gente que teve o conhecimento da verdade, teve uma experiência, mas em algum momento começa a se afastar de tal maneira que ele se desconecta plenamente. E como a história termina? O texto diz: "Insultou o Espírito da Graça." A palavra traduzida como "insultor" é muito parecida com a da blasfêmia. A diferença é que aqui, quando você olha o contexto, nós estamos falando de um insulto que não é linguagem verbal, é comportamental, mas que tem o mesmo peso de desconexão que a
blasfêmia, a linguagem verbal, tem. Ou seja, não dá para dizer que não há ações limitadoras ao Espírito Santo. E para terminar, vamos voltar ao texto inicial que diz que o Espírito Santo pode ser apagado. "Não apagueis o Espírito." Aqui nós temos estágios distintos: pouca lenha, pouco fogo; muita lenha, muito fogo. Eu posso ter tido um fogo alto e posso, de alguma forma, permitir que ele diminua, mas não significa que ele se extinguiu. Ou seja, existe um apagamento, uma diminuição que a gente pode chamar de parcial, até uma que a gente pode classificar como completa. Gênesis,
capítulo 6, verso 3, as pessoas aplicam esse versículo errado, como se estivesse ligado ao dilúvio, que acontece logo antes da narrativa do dilúvio. Gênesis, capítulo 6, verso 3, diz assim: "O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carne; e os seus dias serão 120 anos." Daqui a vários teólogos, comentaristas bíblicos, pregadores cegos, o tempo até o dilúvio não foi 120 anos; eu digo: essa conta não bate. Porque a Bíblia diz que Noé teve seus filhos no ano 500 da sua vida. Para começar, a Bíblia diz que Adão, o primeiro, viveu 930
anos. Você consegue imaginar quantas velhinhas no bolo no último aniversário, na hora de soprar? Quero viver quase um milênio. Matusalém viveu algumas décadas a mais e está no Guinness Book, no livro dos recordes, até hoje, como o cara que mais viveu. Se os caras viviam quase um milênio, Deus está olhando e diz: "O homem é carnal, ele escolhe andar na carne; meu Espírito não vai agir para sempre." Eu fico quase um milênio tentando, tentando, chamando, chamando, chamando, e eles escolheram andar na carne. Eu disse: "Ainda vão ter oportunidade, mas estou diminuindo a janela de tempo
de oportunidade." E aqui Deus está baixando o tempo de vida; Noé teve seus filhos no ano 500 da sua vida. Deus fala com ele depois do dilúvio, no ano 600. Não levou 100 anos para construir. Quando Deus diz: "Os dias do homem serão 120", ele está falando da duração da vida. A partir dessa declaração de Deus, o tempo de vida do ser humano vai despencar. Moisés, que registrou isso, viveu a medida cheia dos 120. Mas você vê que despencou porque Deus disse: "Eu não vou desperdiçar a obra do meu Espírito com vocês rejeitando Ele o
tempo todo." Então, evidentemente, quanto mais a pessoa resiste e se afasta, não só a janela de tempo, mas as oportunidades vão diminuindo. Quem está entendendo? Agora, estamos falando de um apagamento parcial que pode ser progressivo. Mas, pastor, a coisa pode chegar no final, sim. Isaías 63:10 diz: "Mas eles foram rebeldes e entristeceram o Seu Espírito Santo." Entristecer significa magoar, ferir. E contrastaram o Seu Espírito Santo; por isso, Ele se tornou inimigo deles e Ele mesmo lutou contra eles. Uma coisa é entristecê-lo ocasionalmente; outra é entristecê-lo com uma certa regularidade; a outra é entristecê-lo de uma
forma bem recorrente. E alguns podem entrar no nível de entristecê-lo permanentemente. Quando você lê do Espírito de Deus se afastando de Saul, que já tinha profetizado, tinha sido cheio, e agora passando a resistir a Saul, você entende um pouco que é o desenho. Aliás, Ele, não só o Espírito se afastando, mas Ele agora sendo entregue a espíritos malignos que o oprimiam. Você começa a entender o que é o desenho de um adversário, de um amigo, de um inimigo que passa a ser resistido. Então, se nós não entendemos o que a Bíblia fala sobre o assunto,
a pergunta a ser feita é: nós vamos conseguir não só compreender a informação e a doutrina, mas viver dentro do lugar correto? O que as aplicações de inimizade do Novo Testamento, como nós lemos no livro de Tiago, são semelhantes às aplicações de inimizade feitas no Antigo Testamento? E nós precisamos entender a responsabilidade que temos. Então, eu encerro aqui, questionando só que entendemos quão essencial é. O ministério do Espírito Santo que falamos na semana passada. Será que entendemos o quão vital é isso? Que não existe vida, muito menos uma vida profunda, se não houver uma exposição
forte à obra do Espírito Santo? Se nós achamos que ser cheios do Espírito Santo, até mais do que isso, depende dele e não da gente, nós não vamos a lugar nenhum. Eu creio que nós estamos vivendo um momento de Deus. Ele não quer só ajustar a compreensão, o ensino, a instrução; Ele está me chamando para dentro do rio. Ele não quer que a gente pare quando a água está no tornozelo. Ninguém parou lá porque não, não vamos lá. Vocês podem fazer melhor que isso. Por que não pararam lá? Eles também não pararam quando a água
estava no joelho; já era mais água do que antes. Porque não pararam quando a água estava na cintura, ainda que fosse mais água do que no joelho, mais água do que no tornozelo? Porque não é hora de parar quando você chega nas águas profundas. Quando nós estivermos totalmente entregues, rendidos a Ele, existe algo nessa vida no Espírito que não é só unção e dons. A submissão dia a dia é a liderança do Espírito Santo, que nós vamos falar mais sobre isso semana que vem. Eu quero que a gente encerre aqui se questionando: será que entendemos
não só o quão essencial é o ministério do Espírito Santo, mas pergunto: será que você, eu e você, já compreendemos a responsabilidade que temos de interagir com Ele para que esse processo seja efetivo? E se não assumirmos essa responsabilidade, nós não vamos longe. Fizemos a nossa parte; não há chance de você não ver Ele fazer a parte d'Ele. Feche seus olhos por um instante. Pai, nós temos clamado ao Senhor nesses dias que o Senhor nos permita, mais do que instrução, mais do que informação, mais do que alinhamento doutrinário. Nós temos orado e clamado ao Senhor
que a tua palavra seja vivificada em cada um de nós, que haja entendimento espiritual, que haja despertamento, e que possamos, ó Deus, de fato, entrar no lugar de resposta. Portanto, nós suplicamos mais uma vez em nome do Senhor Jesus: ilumine os olhos do nosso entendimento, leva-nos além daquele nível de compreensão meramente humana e racional, que a tua palavra provoca em nós. Resposta, não apenas a fé que necessitamos para dar os primeiros passos, mas que ela acenda dentro de cada um de nós uma determinação de corresponder com teu espírito, de interagir da forma de vida. Porque
nós não queremos viver às margens, do lado de fora do rio e nem no lugar de águas rasas. Pai, nós oramos por dias onde possamos entrar nas águas profundas, não apenas ter mais o teu espírito, mas entendendo a tua palavra, que o teu espírito tenha mais de nós; que haja mais entrega, que haja mais rendição, que haja mais interação, para que possamos viver a medida cheia e o propósito completo daquilo que o Senhor tem planejado para cada um de nós. Oramos por dias onde o teu espírito sopra com força e com intensidade sobre nossas vidas.
Oramos por dias de experiências novas e maiores. Oramos, ó Deus, de uma nova percepção de relacionamento, tanto no entendimento da tua palavra como na resposta prática. E que em tudo isso o Senhor não apenas seja exaltado e glorificado, mas que nós possamos ser conduzidos a viver o teu propósito de forma plena, de forma completa. Nós oramos em nome de Jesus e para a glória do teu nome. Mesmo se você crê, concorda comigo: "Eu recebo em nome de Jesus". Talvez você precise olhar para dentro de você mesmo e se perguntar se há necessidade de algum ajuste,
alguma coisa que tenha que ser calibrada. Talvez o próprio Espírito Santo esteja tentando convencê-lo da necessidade de arrependimento, seja por entristecê-lo, seja por apagá-lo em alguma medida, ainda que não de forma completa, seja por estar entrando nesse lugar de inimizade, deixando-O não só entristecido ou enciumado. Nenhum de nós acorda uma manhã planejando afastar-se, assim como eu nunca acordei em 28 anos casados, pensando: "Hoje é dia de maldade; o que eu posso fazer para aborrecer minha esposa?" Mas, muitas vezes, mesmo não planejando, não querendo isso, eu falei ou agi de alguma forma que aferiu. Fiz isso
com os meus filhos, não porque quisesse fazê-lo, mas, graças a Deus, percebendo que sempre temos oportunidade de consertar, não só com Deus, mas com eles. E creio que o propósito dessas orientações não é que nenhum de nós saia daqui abaixo de culpa ou condenação. Cara, eu tô longe; a obra do espírito tá muito apagadinha na minha vida. É que a gente entenda o amor d'Ele, um anseio d'Ele dizendo: "Eu quero ter mais de você; vem para cá, para o rio. Não pare nas águas rasas. Entre no lugar profundo." É para que a gente entenda a
disposição d'Ele não só de nos chamar ao lugar do conserto, mas de restaurar profundamente as nossas vidas. Que o seu coração possa corresponder devidamente com Deus. Algumas decisões e algumas medidas você tem que tomar aqui, hoje e agora. Talvez você diga: "Pastor, eu tô chegando agora; eu acho que não posso nem dizer que tô convertido. O que eu preciso para ter o Espírito Santo?" Interessante é que quem te leva ao Espírito Santo é o próprio Senhor Jesus. Onde João Batista anunciou: "Ele os batizará com o Espírito Santo". Eu acho curioso que, no dia da conversão,
a Bíblia diz que todos nós, e uns só escritos, fomos batizados no socorro do Espírito Santo. Nos coloca para dentro de Jesus. Quando você sentou em Jesus, Jesus diz: "Agora eu te coloco para o Espírito Santo." Essas coisas estão tão relacionadas que você não pode simplesmente... Desconectar, e talvez seu primeiro passo seja dizer: "Eu preciso entregar minha vida a Jesus." Talvez você já esteja caminhando com Ele. Preciso de conserto. Talvez você diga: "Pastor, estou vivendo um tempo com o Espírito Santo como nunca antes. Nunca foi tão bom!" Mas talvez você só tenha saído da água
no tornozelo para o joelho, ou do nível do joelho para a cintura, e não significa que não haja mais. É muito importante que você saia daqui não só com uma boa teologia do Espírito Santo, mas que você entenda a ordem prática dessas instruções, para que a gente dê a devida resposta.
Related Videos
Como Deus Transforma a Tristeza em Alegria | Luciano Subirá
1:04:24
Como Deus Transforma a Tristeza em Alegria...
Alcance Curitiba
14,872 views
Guiados pelo Espirito | Luciano Subirá
1:19:15
Guiados pelo Espirito | Luciano Subirá
Alcance Curitiba
150,185 views
Apaixone-se Pela Palavra: Encontre Vida nas Escrituras-Luciano Subirá
58:17
Apaixone-se Pela Palavra: Encontre Vida na...
Pregação Poderosa
62,606 views
06/10/2024 - Começando de Novo, Luciano Subirá
51:45
06/10/2024 - Começando de Novo, Luciano Su...
Alcance Orlando
99,470 views
SENHOR ABRE NOSSOS OLHOS - LUCIANO SUBIRÁ
1:31:07
SENHOR ABRE NOSSOS OLHOS - LUCIANO SUBIRÁ
Cortes da Palavra
30,600 views
Desenvolva um Relacionamento com o Espírito Santo-LUCIANO SUBIRÁ
47:51
Desenvolva um Relacionamento com o Espírit...
Pregação Poderosa
59,932 views
Renovando as Forças | Luciano Subirá
1:00:43
Renovando as Forças | Luciano Subirá
Alcance Curitiba
370,242 views
Até que nada mais importe - Pr. Luciano Subirá / Alcance Portugal
1:22:46
Até que nada mais importe - Pr. Luciano Su...
Alcance Portugal
318,366 views
Surrender Conference I  Pr. Luciano Subirá | Igreja Diante do Trono
2:24:03
Surrender Conference I Pr. Luciano Subirá...
Igreja Diante do Trono
1,605,926 views
O Ministério do Espírito | Luciano Subirá
56:24
O Ministério do Espírito | Luciano Subirá
Alcance Curitiba
187,650 views
Luciano Subirá | GUIADOS PELO ESPÍRITO
1:16:16
Luciano Subirá | GUIADOS PELO ESPÍRITO
Luciano Subirá
132,645 views
BASTA SOMENTE CONFIAR - LUCIANO SUBIRÁ
49:06
BASTA SOMENTE CONFIAR - LUCIANO SUBIRÁ
Cortes da Palavra
96,510 views
Por Que Precisamos Morrer para Nós Mesmos para Viver o Evangelho LUCIANO SUBIRA
23:17
Por Que Precisamos Morrer para Nós Mesmos ...
DEVOCIONAL HOJE
112,552 views
O Batismo no Espírito Santo | Luciano Subirá
1:21:54
O Batismo no Espírito Santo | Luciano Subirá
Alcance Curitiba
146,531 views
A Liderança do Espírito Santo // Luciano Subirá
59:55
A Liderança do Espírito Santo // Luciano S...
Paz Church São Paulo
1,175,909 views
Luciano Subirá - A IMPORTÂNCIA DE AGRADAR A DEUS | FD#93
30:55
Luciano Subirá - A IMPORTÂNCIA DE AGRADAR ...
Luciano Subirá
42,238 views
Deus Está Agindo Mesmo Quando Você Não Vê: Confie no Invisível-Luciano Subirá
1:00:12
Deus Está Agindo Mesmo Quando Você Não Vê:...
Pregação Poderosa
80,766 views
MINISTRAÇÕES ADORANDO - LUCIANO SUBIRÁ - OS DONS DO ESPÍRITO
2:13:59
MINISTRAÇÕES ADORANDO - LUCIANO SUBIRÁ - O...
Adorando
174,024 views
BUSCANDO A SANTIDADE NOS TEMPOS ATUAIS  -  LUCIANO SUBIRÁ
55:27
BUSCANDO A SANTIDADE NOS TEMPOS ATUAIS - ...
Cortes da Palavra
81,570 views
CONFERÊNCIA PROFÉTICA | JUDA BERTELLI | 24/10/2024 - Comunidade Cristã de Curitiba
1:04:22
CONFERÊNCIA PROFÉTICA | JUDA BERTELLI | 24...
CCC BRASIL LIVE
4,816 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com