Esse é o PIOR tipo de lixo que existe

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Ciência Todo Dia
No vídeo de hoje, vamos abordar a questão dos microplásticos, o impacto ambiental do lixo eletrônico...
Video Transcript:
Existe uma bomba relógio pronta para explodir o mundo inteiro nesse exato momento. Nós não sabemos exatamente quando ela vai explodir, mas sabemos que um dia vai. E o pior, nós sabemos desse problema há muito tempo, mas todos fazemos questão de ignorar coletivamente.
Falando desse jeito, você pode até pensar que esse vídeo vai falar sobre guerras nucleares ou então alguma outra grande ameaça à população mundial, como alguma nova doença que começa a se espalhar. Mas não. Esse vídeo é sobre algo que você cria todos os dias.
E ao contrário dessas outras ameaças que são reais, mas estão fora do seu alcance, nesse vídeo você é parte do problema, mas também é parte da solução. Você sabe o que acontece com as coisas que você joga no lixo? Essa pergunta é simples, mas se você parar pra pensar, o que parece uma poça na verdade é profundo como um oceano.
E na nossa busca por respostas nós vamos nos deparar com um mercado bilionário escondido de nós, nós vamos descobrir defeitos negativos no corpo humano que só começamos a entender recentemente e ao mesmo tempo vamos ver que vários problemas modernos são os mesmos problemas de antigamente, só que com roupa nova. Se você assistir esse vídeo até o fim, você vai acompanhar de perto uma história que começa com os resíduos que os nossos ancestrais deixaram pra trás, passa pela criação de um material que parece mágica, mas ao mesmo tempo contamina quem nem nasceu ainda, e chega na história de como nós viramos uma civilização que depende de circuitos pra avançar tecnologicamente e resolver os seus problemas, ao mesmo tempo em que cria o lixo mais perigoso e tóxico que existe, o lixo eletrônico, que inclusive é o tipo de lixo que mais cresce todos os anos. Eu espero que esse seja o vídeo mais interessante sobre lixo que você vai ver.
É fascinante o tanto de coisas que nós podemos descobrir sobre uma população apenas olhando para o que é rejeitado. Uma consequência natural da existência de seres humanos é que nós deixamos coisas para trás, como ferramentas, ossos cortados ou restos de comida. O que em algum momento da história já foi considerado indesejado por alguém e escondido anos no passado, no presente vira um verdadeiro tesouro para que arqueólogos nos ajudem a decifrar nossa história.
Percebam que eu não chamei esses itens descartados de lixo, até porque mesmo atualmente nós não temos uma boa definição de lixo que sirva para todos os casos. Ainda assim, cada pessoa viva hoje produz, em média, 740 gramas de lixo por dia. Em 2016, um total de 2 bilhões de toneladas de lixo foram produzidas por todos nós.
E esse número não para de crescer ano após ano. Estima-se que essa quantidade gerada todo ano vai quase dobrar até 2050. Mas esses números não representam o que realmente está acontecendo.
A quantidade de lixo gerada varia muito de país para país, principalmente entre os países desenvolvidos e os desenvolvimentos. Cada cidadão nos Estados Unidos gera, em média, 2,21 quilos de lixo por dia, enquanto aqui no Brasil, nós geramos metade disso, cerca de 1 quilo. E na África subsaariana, cada pessoa gera metade do que um brasileiro, apenas 460 gramas de lixo por dia.
E o tipo de lixo também muda. Quanto menor for a renda média de um país ou região, mais o lixo é orgânico, como comida e plantas. Mas conforme a renda aumenta, aumenta também a porcentagem de papel e plástico.
Nós literalmente somos, ou pelo menos algum dia fomos, o que nós jogamos fora. É ao mesmo tempo assustador e fascinante a quantidade de informações que nós podemos obter apenas analisando o lixo produzido em cada país. E ainda assim nós parecemos saber muito pouco sobre o lixo em si.
Eu repito a pergunta. Você sabe o que acontece com o que você joga no lixo? A maior parte das pessoas não faz ideia.
E se nós quisermos ir além e entender de verdade o problema que nós estamos enfrentando para que a gente consiga ir além de soluções simplistas, que como nós vamos ver muitas vezes não funcionam, nós precisamos olhar para o nosso lixo com o mesmo interesse que nós temos por saber como o universo surgiu ou como algum equipamento eletrônico de última geração é feito. Para entender como isso virou o problema gigantesco que é hoje, nós precisamos ir para o começo, quando você ainda era um bebê. Durante a maior parte da história da humanidade, o termo descartável não significava muito.
As pessoas queriam era o contrário disso. Ferramentas e utensílios que duravam praticamente a vida inteira eram comuns e significavam menos gastos adquirindo eles. Mas tudo mudou por volta de 1943, quando fraldas descartáveis foram inventadas graças a um novo material revolucionário, o plástico.
Dependendo da sua idade ou de onde você é, você, seus pais ou seus avós provavelmente usaram aquelas fraldas de pano, que precisavam ser lavadas constantemente por motivos bem nobres. Com a invenção das fraldas descartáveis, o próprio conceito de descartável começou a ter uma conotação positiva. Se antes um pai ou uma mãe perdia horas do seu dia lavando e trocando seus filhos, agora todo o processo era feito de uma maneira muito mais prática.
Era só descartar a fralda usada e colocar uma nova. Beb susam algo entre 4 e 6 mil fraldas até aprenderem a usar o banheiro. Não é muito difícil fazer as contas e ver que isso deu início a um mercado altamente lucrativo, que em 2023 movimentou mais de 60 bilhões de dólares.
Mas a ideia de coisas descartáveis não parou nas fraldas. Movidas por esse novo material mágico e barato, o plástico, de repente ser descartável virou uma característica de desejo entre os consumidores, justamente pela ideia de praticidade e facilidade. Pegue garrafas de plástico, por exemplo.
Anualmente, mais de 480 bilhões delas são vendidas no mundo inteiro. E em um mundo em que até a nossa comida é embalada em plástico, não é à toa que ele sozinho corresponde a 12% de todo o lixo gerado no mundo. E é aqui que nossos problemas começam.
Pra onde todo esse lixo vai? A resposta também depende de país para país. No Brasil os destinos mais comuns são os lixões e entender a diferença entre eles e os aterros sanitários é extremamente importante.
Em um lixão todo resíduo é despejado no solo sem nenhum tratamento ou planejamento e esse é o pior destino possível para os resíduos. Existem quatro tipos principais de resíduos. O seco, como plástico e papel, o úmido, como o almoço que você deixou no prato, resíduos perigosos, como baterias, e rejeitos, que geralmente não são reaproveitáveis.
Cada um deles tem um impacto diferente no ambiente e entendê-los é extremamente importante para sabermos o que fazer em seguida. Os resíduos úmidos se decompõem e no processo emitem diversos gases. Um deles é o metano, que é 100 vezes mais eficiente em absorver calor do que o gás carbônico.
Estima-se que a contribuição desse metano emitido por matéria orgânica em decomposição equivale a 5% de todos os gases do efeito estufa emitidos por humanos. Isso é mais do que o emitido por toda aviação e ainda assim nós ouvimos falar mais sobre o impacto da aviação nas emissões de carbono do que do descarte incorreto de resíduos orgânicos. Além dos gases emitidos durante a decomposição, um líquido escuro vai se formando, o chorume.
A exata composição do chorume varia conforme o lixo encontrado no local. Conforme a chuva vai penetrando nas camadas de lixo, o churume pode ficar ainda mais contaminado. Remédios descartados incorretamente, ou até mesmo equipamentos eletrônicos, eu vou falar mais deles daqui a pouco, podem acumular substâncias tóxicas e metais pesados no churume.
Como lixões não têm uma estrutura pensada para lidar com isso, na verdade eles não têm estrutura nenhuma, o churume é absorvido pelo solo, fazendo ele ficar contaminado, e pode até penetrar e chegar em lençóis freáticos, contaminando a água que muitas pessoas e animais dependem. A história muda quando falamos de aterros sanitários, que é a versão planejada e estruturada do descarte de lixo. Em um aterro sanitário, o solo é preparado com uma camada impermeável para impedir o churume de penetrar e contaminar a região ao redor ou até mesmo de chegar nos lençóis freáticos.
Eles também contam com mecanismos para remover o metano e os gases produzidos durante a decomposição dos resíduos. Em alguns aterros, esse gás é usado para gerar energia. O problema é que, no Brasil, quase metade dos resíduos acabam em lugares inadequados, como os lixões.
E isso é verdade para praticamente todos os países em desenvolvimento. Construir a estrutura adequada é caro e as pessoas não se importam tanto assim com o lixo a ponto de exigir aos responsáveis que o destino final dos seus resíduos seja o melhor possível. E honestamente, podemos culpar essas pessoas?
Essa é a hora de ser realista. Nós estamos falando de países como o Brasil, em que quase metade da população ainda não tem coleta de esgoto. Muitos de nós que vivemos em áreas urbanas não fazemos ideia da realidade do resto do nosso país, muito menos de todo o resto do sul global.
Não é só a infraestrutura de resíduos que precisa de grandes investimentos. É praticamente toda a infraestrutura. Nós ainda temos uma longa estrada pela frente.
E como se não bastasse, nós temos quem começou essa história. O plástico. Uma das melhores características do material que revolucionou a humanidade, a durabilidade, é também um dos maiores problemas.
O plástico descartado incorretamente pode ser levado pela chuva e pelo vento até rios, onde eles causam problemas para todo o ecossistema, e muitas vezes acabam nos oceanos. A grande porção de lixo do Pacífico é uma das consequências. Ela é uma região com cerca de 3 vezes o tamanho do estado de Minas Gerais, que acumula cerca de 80 mil toneladas de lixo, principalmente plástico, graças às correntes oceânicas.
Se você acha que os principais afetados são tartarugas, eu acho melhor você se preparar. Em 2004, nós descobrimos que a luz ultravioleta faz o plástico se degradar em partículas muito pequenas, os microplásticos. E eles estão se acumulando nos oceanos desde que esse material foi inventado.
Essas partículas conseguem entrar tanto nas nossas células quanto nas dos animais que compõem a cadeia alimentar. E nós mal começamos a descobrir o verdadeiro impacto que microplásticos têm na nossa saúde. Microplásticos entram no ciclo da água e literalmente chovem nos continentes, fazendo o problema sair dos oceanos e virar algo global.
E nós não fazemos ideia de como removê-los do ambiente. Eles estão até no ar que você respira. Mesmo os plásticos biodegradáveis, que muitas vezes são apontados como solução para esse problema, nem sempre se decompõem corretamente.
Alguns até podem virar microplásticos mais rápido do que o plástico comum. O impacto dos microplásticos é tão profundo que atualmente eles são detectados em amostras de sangue de praticamente todas as pessoas, incluindo fetos, uma vez que já foram encontrados até mesmo em placentas humanas. Pare e pense nisso.
Antes mesmo de saber se o seu filho é menino ou menina, você sabe que ele tem microplásticos. Mas calma, eu avisei que o assunto ia longe. Nós ainda precisamos falar do lixo mais valioso que existe.
Eu sei que lixo e valioso são duas palavras que você talvez não esperaria ver na mesma frase. Muito menos quando nós também podemos adicionar outras palavras para descrevê-lo, como perigoso e tóxico. Ano após ano nós estamos adicionando um tipo de lixo bem específico no ambiente.
O lixo eletrônico. Ele representa um perigo bem particular quando jogado no lixo comum, em grande parte por culpa das baterias. Tanto aterros sanitários quanto lixões são ambientes que acumulam gases inflamáveis como o metano e as baterias, conforme se decompõem, podem iniciar incêndios que são difíceis de serem apagados.
Fora que durante o transporte e o processo de reciclagem, baterias facilmente são perfuradas ou tem a sua proteção exterior danificada. Uma curiosidade, lítio, o principal componente das baterias, nunca é encontrado na sua forma pura na natureza. A razão é que ele é tão quimicamente reativo que ele acaba se juntando a outros átomos para formar compostos.
E é justamente essa reatividade que faz dele o melhor material que nós conhecemos para construir baterias. E que frequentemente também causa incêndios em lixões, aterros e usinas de reciclagem. É por isso que baterias precisam ser descartadas como lixo eletrônico e perigoso.
E ainda assim, todos os dias, muitas pessoas descartam pilhas e baterias de maneira incorreta. Talvez até por não entenderem que fazendo isso, elas estão colocando outras pessoas em perigo. E, na verdade, o descarte de lixo eletrônico causa problemas tão sérios quanto o do plástico.
Um celular moderno é uma tabela periódica ambulante. Eles podem conter mais de 70 elementos que vão desde o ferro, o ouro e cobre, até metais de terra rara como o neodímio, que é muito utilizado em níveis. Mas quando descartados incorretamente, os impactos são sérios.
Os metais se decompõem e corrompem com o tempo, e pouco a pouco eles vão se infiltrando no solo. Uma vez no solo, eles são absorvidos pelas plantas e bactérias que servem de alimentos para outros animais, vários deles que nós comemos, inclusive. Além dos metais, o lixo eletrônico também libera compostos altamente tóxicos, como os PFAS, conhecidos como Forever Chemicals, químicos eternos.
E o nome foi dado justamente pela estabilidade química deles. Uma vez no corpo humano, eles se ligam com as nossas moléculas e são tão estáveis que é praticamente impossível de eles serem removidos. Nós hoje sabemos que eles estão conectados a diversas doenças, desde câncer até obesidade.
E estudos nos Estados Unidos apontam que aproximadamente 98% da população americana já tem PFAS nos seus corpos. Se você ainda não está convencido do quão problemático é o lixo eletrônico quando descartado incorretamente, pare e pense no que acontece quando esses metais e compostos tóxicos chegam nos oceanos. Um estudo bem recente identificou a presença de metais pesados em todas as sardinhas enlatadas cessadas no Brasil.
Ele ainda vai além e diz que os resultados indicam que não é seguro consumir sardinhas enlatadas no Brasil. O estudo não relaciona diretamente esses metais com o lixo eletrônico, mas nós sabemos que os oceanos estão sendo contaminados com metais pesados e a culpa é nossa. Mas existe um lugar no mundo em que os impactos negativos do lixo eletrônico foram tão estudados que eles servem de lição e aparecem praticamente todo artigo sobre o tema.
A cidade de Guiyu, na China, é conhecida como a capital mundial do lixo eletrônico. E ao contrário do que você provavelmente imagina, a maior parte dele é importada de outros países. Ela já foi uma cidade produtora de arroz, mas depois de a importação de lixo eletrônico começar, a agricultura não funciona mais porque as plantações não crescem no solo tóxico e contaminado.
Um estudo de 2007 apontou que 80% das crianças abaixo de 6 anos de idade estavam sofrendo contaminação por chuma. Só que é extremamente importante lembrar que isso é uma consequência do processamento incorreto de lixo eletrônico. Não existia regulamentação na época e a maior parte dos trabalhadores operava sem nenhum equipamento de segurança.
E a motivação não é difícil de entender. Lixo eletrônico é considerado o lixo mais valioso que existe. Mas o que era feito em Guiyu não era reciclagem, era garimpo.
Tanto é que o governo chinês proibiu e fechou esses lugares posteriormente. O dado que eu vou falar agora parece mentira, mas ele é verdade. Por tonelada, o lixo eletrônico possui 100 vezes mais ouro do que o próprio minério de ouro.
E o mesmo é verdade para diversos outros metais. Se você não acredita em mim, olha só essa rocha, que na verdade é um minério de ouro de 860 quilos. Ela precisaria ser processada inteira para resultar nos 30 gramas de ouro que estão em cima do tecido vermelho.
E antes que você pense que é uma boa ideia abrir os eletrônicos que você tem em casa para extrair os metais você mesmo, foi exatamente assim que as pessoas de Gui e Yun se contaminaram com os químicos eternos e metais pesados. Reciclagem de lixo eletrônico é um processo muito mais complexo do que parece, e vai muito além de abrir um celular para pegar o que tem dentro. Você não vai conseguir fazer isso em casa sem se expor perigosamente a metais pesados e químicos altamente tóxicos.
Você precisa de tecnologia de ponta e licenças ambientais. Coisas que você não vai ter em casa. Mas mesmo sendo o lixo mais valioso que existe, só 22% do lixo eletrônico é reciclado.
E o destino dos 78% que faltam ainda é muito incerto. Nós não sabemos. Tudo que nós temos são estimativas.
No Brasil, uma boa parte do lixo eletrônico vai parar em lixões e aterros sanitários. Nós estamos longe de descartar corretamente os nossos eletrônicos. Faça um teste você mesmo, principalmente se você morar em um grande centro urbano.
Ande pela rua e veja quantas máquinas de lavar, geladeiras e televisões velhas você vai encontrar em terrenos baldios. Nós geralmente pensamos em lixo eletrônico como sendo apenas celulares e computadores. Mas tudo que possui plugs, fios ou baterias é considerado lixo eletrônico.
E aí entram desde fones de ouvido até geladeiras. A questão então é, como que nós podemos descartar esse lixo corretamente no Brasil? A Samsung tem um programa chamado Samsung Recicla.
E o diferencial é que se você tiver equipamentos eletrônicos de grande porte, como uma máquina de lavar roupas ou uma geladeira, que você quer descartar, eles vão buscar na sua casa. Uma vez descartado, o seu equipamento vai ser desmontado, processado e reinserido na cadeia produtiva. Uma das vantagens é que, além de evitar a contaminação do sol e da água, a reciclagem de lixo eletrônico também diminui o impacto de carbono.
O cobre, por exemplo, emite 65% menos gás carbônico quando reciclado do que minerado. Então se você tem um equipamento de grande porte para descartar, o link do Samsung Recicla está na descrição desse vídeo e eles também atendem por WhatsApp. Mas se você tiver coisas pequenas para descartar, como por exemplo baterias, e quer evitar que elas acabem em aterros ou lixões, o Samsung Recicla também tem pontos de coleta espalhados pelo Brasil e você pode achar o mais próximo no site deles.
O que a Samsung faz através do Samsung Recicla é a chamada economia circular, que é uma das promessas no tratamento adequado não só de lixo eletrônico, mas de lixo em geral. E falando em economia circular, ela é um dos termos mais comentados quando se fala em solucionar o problema do lixo eletrônico. Então, é bom que a gente saia desse vídeo entendendo exatamente como ela pode ajudar.
Durante a maior parte da história da humanidade, nós não nos importamos muito com a origem dos materiais que nós usamos para construir o mundo a nosso redor. E o impacto disso no ambiente fica cada vez mais claro. Em linhas gerais, a ideia da economia circular é manter os produtos e materiais em uso pela maior quantidade de tempo possível.
E existem diversas maneiras de fazer isso acontecer. E é lidando com o lixo eletrônico que a ideia de economia circular brilha. Você talvez já tenha sido introduzido aos três R's.
Reduzir, reutilizar e reciclar. Mas você sabia que eles estão em ordem de efetividade? Com a reciclagem de lixo eletrônico, como a que a Samsung faz através do Samsung Recicla, nós estamos atuando no último R, a reciclagem.
E com isso nós damos uma vida nova para materiais extremamente úteis que seriam descartados e desapareceriam da cadeia de produção. O que isso significa na prática é que reciclando nós também reduzimos, que é o primeiro R, porque nós estamos evitando que materiais como cobre, lítio e ouro precisem ser retirados da terra para serem transformados em novos produtos. E é aqui que a mágica começa a ficar clara.
Transformar o lixo eletrônico novamente em materiais que nós podemos usar, gasta menos energia e tem um impacto negativo menor no ambiente do que extrair os mesmos recursos da Terra. E aí sobra o segundo E, reutilizar, que é literalmente aumentar a vida útil de cada eletrônico que existir. Depois de você acompanhar eu falando sobre todos esses dados, é possível que o ponto do vídeo não tenha ficado claro.
A mensagem que eu quero passar é que não existe jogar lixo fora. Ele vai voltar até você, seja em microplásticos ou de algum outro jeito. E entender isso é vital para que a gente consiga encontrar maneiras de lidar com o problema, de verdade.
Nós geralmente escondemos o nosso lixo ou mandamos pra bem longe, onde nós não podemos ver, imaginando que aí ele não vai mais nos incomodar. Mas pra resolver o problema, nós vamos precisar conversar muito sobre os nossos impactos e nossos resíduos no mundo. Existem exemplos excelentes de o que fazer com resíduos, como a reciclagem de papel, que em alguns países já passa de 80%.
Para alguns outros tipos de resíduos, como o plástico, a solução parece ser um misto de reciclagem junto com a redução do uso dele. O plástico é um dos materiais que nos ajudou a construir o mundo moderno, e de fato nós precisamos dele para aplicações extremamente importantes como a medicina. Mas nós realmente precisamos embalar pilhas, brócolis e escovas de dente em tanto plástico?
Será que não existe uma outra maneira? Até no setor de mineração, o último lugar em que muitos de nós esperaríamos ver um exemplo positivo nesse vídeo, o cenário parece estar mudando aos poucos. Nós ainda dependemos da mineração de novos recursos, mas o cenário parece estar mudando.
44% do cobre usado hoje pela União Europeia já é reciclado. E se você acha que no Brasil nós estamos para trás, saiba que nós somos recordistas mundiais de reciclagem de alumínio. Nós chegamos a 99% de reciclagem.
Mas nós podemos fazer melhor em outros materiais. E nós temos que fazer melhor. Ao invés de varrer o problema para debaixo do tapete, vamos falar sobre ele.
Vamos tentar entender onde o nosso lixo realmente está saindo. Porque a cada dia que se passa em que nós escondemos o fato de que a quantidade de lixo que nós produzimos está aumentando, principalmente lixo eletrônico, que é o que mais aumenta atualmente, é um dia desperdiçado em que nós poderíamos estar fazendo a diferença. E eu de verdade espero que esse vídeo tenha sido tão fascinante para você quanto ele foi para mim enquanto eu estudava para escrever esse roteiro.
Qual que foi a informação que mais te chamou a atenção nesse vídeo? Digita para mim aqui nos comentários. Muito obrigado e até a próxima.
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