Olá tudo bem Eu sou Fábio Conceição professor de história da Escola Parque assessor do núcleo de diversidade de inclusão da Bahia educação e também coordenador do comitê de racista da Escola Parque estamos aqui apresentando a vocês o primeiro vídeo de uma série de três vídeos onde nós vamos trocar algumas ideias apresentaram algumas questões para vocês que dizem respeito sobre a luta do movimento negro protagonizada pelo movimento negro brasileiro contra o racismo no Brasil essa importante a gente refletir sobre isso não apenas no mês de novembro que é o mês da Consciência Negra mas é importante
levarmos em consideração Quanto que o racismo e a luta contra o racismo dizem respeito a história do Brasil Então nós estamos aqui para isso para mostrar para vocês que se tem racismo no Brasil também tem luta contra racismo no Brasil como diz como dizem né Fizeram por aí nossos passos vem de longe muito longe e também nosso nome é resistência fiz aqui Uma Breve apresentação para vocês para que a gente possa orientar né de um pouco de maneira um pouco mais didática essa apresentação aqui para vocês vamos aqui então iniciar essa apresentação aqui para vocês
lutas negras como sabemos e é importante sempre refletir sobre isso né é o racismo no Brasil não é coisa do passado não é coisa do passado entretanto o racismo no Brasil tem história e como eu já disse se o racismo no Brasil tem história a luta contra o racismo no Brasil protagonizado por negras e também tem história e é um pouco dessa história algumas reflexões sobre essa história que eu gostaria de trazer aqui para vocês né primeiro acho que é importante a gente levar em consideração e começar essa discussão apresentando né um conceito do que
que é o racismo no Brasil né é importante a gente lembrar que o racismo no Brasil não é uma questão de opinião o racismo não é uma questão de ordem apenas individual embora haja indivíduos racistas o racismo não é uma questão de ordem moral não é uma patologia o racismo no Brasil é sistêmico o racismo no Brasil ele é estrutural o racismo no Brasil como diz o professor Silvio Almeida ele é uma forma de organizar a sociedade e o racismo no Brasil funciona tão bem porque ele é naturalizado o racismo como diz o professor Silvio
Almeida tem a capacidade de estar presente se incorporar cotidiano de nossas vidas ele é está oculto ele é normal faz parte da ordem gosto muito também de uma avaliação da professora liar Wagner quando ela diz quando dizemos que o racismo é estrutural estamos dizendo que se tudo acontecer na normalidade o resultado será racista se tudo acontecer na normalidade o resultado será racista e tem sido assim ao longo da história do Brasil em especial ao longo da história republicana brasileira e evidente todos nós brancos negros devemos nos engajar nessa luta de racista porque a luta de
racista é uma luta civilizatória é uma luta humanitária Então vamos dar uma olhadinha nisso é primeiro eu gostaria antes de começar a dar uma olhada também né gostaria de fazer uma sugestão para vocês uma leitura eu já entendo essa leitura como uma leitura indispensável o livro da professora enaê Lopes dos Santos professora da Universidade Federal Fluminense Professor Doutora em História ela lança esse ano é racismo brasileiro uma história da formação do Brasil onde a professora inaê afirma né e com toda propriedade com toda razão impossível pensar a história do Brasil é sem pensar nas Relações
raciais sem pensar no racismo brasileiro né e Aproveitando os Ensinamentos da professora e naê eu digo também que é impossível pensar a história do Brasil sem a luta protagonizada por negros e negras contra o racismo é impossível pensar a história do Brasil sem levar enquanto racismo portanto é impossível pensar a história do Brasil sem levar em conta a luta antirracista e um pouco dessa muda de racista ao longo da história do Brasil que eu gostaria de trazer para vocês sabemos que a abolição da escravidão não resolveu o problema do negro evidentemente que não a abolição
da escravidão foi uma obra incompleta o negro livre não se tornou cidadão durante 380 anos da manutenção do regime escravista eu penso que a escravidão era a forma de manter o controle sobre a maioria da população negra sobre a população negra sem a escravidão o estado brasileiro desenvolveu é outras formas de manter o controle sobre a população negra o estado brasileiro após a abolição após 88 portanto fundamentalmente durante os anos da República desde os primeiros anos da República o estado brasileiro vem organizando um ação uma política para manter o controle sobre a população e nos
primeiros anos da República ficou muito Evidente ficou muito clara a intenção do estado brasileiro em promover o embranquecimento da população brasileira o estado brasileiro tinha um projeto um projeto oficial e nem tinha vergonha de deixar isso bastante Claro esse projeto oficial de embranquecimento da população brasileira de criminalização né das manifestações culturais do povo negro aqui no Brasil esse era bastante Claro por isso que o racismo científico né que na Europa vinha ganhando espaço na passagem do século XIX para o século 20 e vinha ganhando espaço para que se justificasse o avanço das potências europeias sobre
o continente Africano e sobre o continente asiático o racismo científico também teve seus adeptos aqui no Brasil vários intelectuais vários políticos brasileiros né figuras consideradas é de grandes circo e figuras sem nenhuma acima de qualquer suspeita brancos evidentemente é dialogaram né e fizeram valer as ideias do racismo científico porque estavam comprometidos em promover o embranquecimento da população brasileira né figuras como Silvio Romero Oliveira Viana Nina Rodrigues figuras que são homenageadas até hoje né nome de rua nome de Museu nome de instituições científicas E acadêmicas essas figuras deram uma colaboração enorme para consolidação do racismo científico
no Brasil e para consolidação também da política de enfraquecimento da população brasileira isso é importante levar em consideração tanto isso é verdade que eu gostaria de trazer aqui um exemplo para vocês em 1911 foi realizada em Londres o Congresso Mundial das raças 1911 em Londres né e o representante do governo brasileiro foi esse senhor que aparece aí na tela João Batista de Lacerda João Batista de Lacerda a época representando o governo brasileiro no Congresso Mundial das raças João Batista de Lacerda ele era diretor do Museu Nacional portanto reconhecidamente uma figura acadêmica uma figura importante dentro
da Elite política Elite intelectual brasileira lá no Congresso Mundial das raças representando o estado brasileiro era uma representação oficial O João Batista de Lacerda levou esse quadro do espanhol Modesto Broncos e esse quadro ilustrou a apresentação esse quadro ele tem o nome de A Redenção de que não tá muito famoso né Muito já estudado e o João Batista Lacerda leve esse quadro nessa nesse Congresso Mundial das raças para mostrar para aquela audiência né de qual era o projeto que o Brasil estava colocando em curso né para promover o embranquecimento da população brasileira né acreditava-se intelectuais
cientistas do Brasil acreditavam piamente eles tinham certeza de que a raça negra representava um atraso para a sociedade brasileira então era fundamental superar a raça negra né na república brasileira era fundamental eliminado negro e o João Batista de Lacerda teve lá nesse Congresso Mundial das raças para apresentar o que que é república brasileira estava fazendo ele foi lá apresentar que a república brasileira estava estimulando a miscigenação e isso iria levar o desaparecimento dos negros junto a isso a república brasileira também estava estimulando a imigração de europeus europeus como forma de melhorar a raça e esse
A Redenção de câmbio serviu né como ilustração na apresentação do João Batista de Lacerda né o João Batista de Lacerda inclusive naquela oportunidade chegou a dar uma data né ele afirmou que em 2011 graças as políticas de embranquecimento colocadas em prática pelo estado brasileiro em caráter oficial em 2011 portanto 100 anos depois a população brasileira seria majoritariamente Branca graças a o estímulo da miscigenação graças ao estímulo a imigração Só que não né senhor João Batista de Lacerda nosso nome é resistência e hoje 100 anos depois nós lemos e negras representamos 56 pontos por cento da
população brasileira né então não deu certo esse projeto e não teria como dar certo apesar de ter uma aparência específica né é essa aparência científica nada mais do que foi um Delírio dos racistas europeus um Delírio dos racistas brasileiros para justificar a ou para garantir o predomínio da sua branquitude dos seus privilégios né Além disso vale a pena observar também trago aqui um outro exemplo Como que o estado brasileiro na República Estava bastante preocupado em Manter o controle sobre a população negra Aqui nós temos um código penal de 1890 Código Penal de 1890 reparo vocês
esse código penal foi aprovado antes da primeira constituição republicana a primeira a constituição republicana ela foi provocada em 1891 ou seja antes do estado brasileiro ter a forma institucional constitucional as elites políticas já se preocuparam em criar um código penal para criminalizar as práticas culturais do isso é muito grave isso é muito sério e aqui eu apresento para vocês um trecho desse Código Penal Capítulo 13 por exemplo que fala sobre vadios e Capoeiras né era esse código penal criou né a ideia da vadiagem esse código penal de 1890 foi ele que criou a ideia da
vadiagem né E era interessante que na época não se sabia exatamente o que que era vadiagem né E aí é depois de muita discussão chegar a conclusão que tudo aquilo que Lemos em negras faziam podia ser interpretado pela vadiar ou seja era uma forma esse código penal de criminalizar as culturas negras de criminalizar o povo negro de criminalizar as manifestações culturais do povo negro então além dos Capoeiras né é que eram criminalizados o Candomblé tudo isso era de acordo né com código penal de 1890 tudo isso era motivo para os negros e negras serem aprisionados
serem presos o que que nós estamos fazendo aqui o que que nós estamos então trazendo aqui né o estado brasileiro como prometido efetivamente em embranquecer né fisicamente a sociedade brasileira através da política de imigração através da política de através da política é de miscigenação mas o estado brasileiro também comprometido de enfraquecer a cultura brasileira desafiarizar as manifestações culturais brasileiras né é para vocês terem uma ideia essa esse código penal de 1890 ele teve efeitos né até os anos 40 até 1940 esse código penal profundamente racista ele teve reflexo até nos anos né muitos terreiros de
Candomblé aqui na cidade do Rio de Janeiro onde havia uma população negra muito numerosa terreiro de candomblé o invadidos as peças dos orixás eram levadas para a polícia militar para a delegacia E durante muitos anos essas peças apreendidas né roubadas dos terreiros de Candomblé muitos anos ficavam expostas do Museu da Polícia Militar né reparem aqui essa matéria só em 2020 isso mesmo senhores 2020 ontem portanto essas peças roubadas né até os anos 40 de terreiros de Candomblé daqui da cidade do Rio de Janeiro só em 2020 essas peças foram publisadas foram devolvidas foram reverenciadas e
hoje estão sobre a guarda do Museu da República aqui no Rio de Janeiro como vocês podem observar nessa matéria né mais de 500 peças religiosas foram retiradas de terreiros de um bando de Candomblé entre 1889 é o ano da Proclamação da República em 1940 e estava no prédio do antigo Docs hoje 7 da polícia federal e hoje né estão sobre a guarda catálogo inclusive uma cerimônia religiosa essas peças estão lá catalogadas no Museu da República né aí isso só demonstra o quanto que o estado brasileiro é racista né É no presente é racista né não
existe mais evidentemente como houve na virada do século XIX para o século 20 né não há mais aquela política de enfraquecimento flagrante né oficial no entanto ainda hoje o estado brasileiro bem construindo mecanismos para manter a população brasileira a população negra a maioria dos brasileiros e brasileiras marginalizado oprimidos isso é muito importante levar em conta o que eu gostaria de trazer aqui também e valorizar né É que na medida em que o estado brasileiro se organiza desde o início da República para manter negros e negros sobre controle para criminalizar as práticas culturais negro para criminalizar
o próprio negro e suas manifestações é ou dentro negros e negras também procuraram se organizar Como já viu se organizando desde na época da escravidão para defender seus interesses defender a manutenção de suas tradições e eu lembro aqui da maravilhosa genial Conceição Evaristo combinaram de nos matar nós combinamos de não morrer né e isso é absolutamente fundamental é de fundamental importância contar um pouco trazer alguns exemplos em algumas referências aqui das lutas do movimento negro brasileiro das lutas de negros e negras contra todas as formas de manifestação do racismo né é especialmente durante o período
Republicano no Brasil e eu gostaria é isso que nós estamos aqui é procurando apresentar para você de maneira resumida de maneira introdutória mas acho que vale muito a pena visibilizar na medida em que o racismo brasileiro vai sendo instituído vai sendo organizado até de caráter oficial o anti racismo protagonizado pelo movimento negro também é uma realidade e essa realidade precisa ser evidenciada né e aqui eu trago uma uma reflexão do professor João porque ainda hoje existe uma né uma certa discussão discussão saudável né que que é movimento negro movimento é uma coisa só são vários
de movimentos negros né E sem querer esgotar essa discussão porque eu acho que é uma discussão bastante própria bastante significativa né vale a pena que a gente pensar o que que é movimento negro e o professor né Joel Rufino traz no meu entendimento uma das melhores definições do que que é movimento dele né todas entidades de qualquer natureza todas as ações de qualquer tempo são dados e promovidas por pretos e negros entidades religiosas assistenciais recreativas artistas inúmeros grupos de dança capoeira teatro poesia culturais centro de pesquisa movimento de mobilização política de processo antes discriminatório movimentos
artísticos literários folclóricos toda essa complexa dinâmica hoje tem sido vincubetas temporânea ou cotidiana constitui movimento negro qualquer ação de valorização das culturas negras qualquer ação de defesa da integridade moral física intelectual cultural psicológico emocional do negro é movimento dele eu considero essa definição mesmo que Ampla né talvez pouco precisa mas eu considero essa definição do Professor Joel Rufino bastante preciosa e é nela que a gente vai se Baltar para contar um pouco aqui é a luta do movimento negro brasileiro a o enfrentamento racismo no movimento negro brasileiro e eu trago aqui é uma pesquisa né
um trabalho que foi elaborado pelo professor petrônico eu vou fazer aqui uma leitura efetivamente do que aquilo que foi produzido pelo professor meu amigo estudando né a ação do movimento negro é na história do Brasil especialmente na história republicana brasileira e o professor Petrônio divide né no trabalho que ele apresentou que ele produziu o movimento negro em três fases a primeira fase vai de 1889 até 1937 é o que o professor petrônico diz ou seja dá proclamação da república durante aí pensando historicamente a chamada república velha né a República dos coronéis dos grandes proprietários que
vai de 1889 até 1930 1930 vamos ter uma mudança importante na vida política brasileira que é a ascensão de Vargas Getúlio da Neves Vargas chega o poder através de um golpe que passou para a história Econômica de Revolução de 30 é até 37 o governo Vargas no governo democrático a partir de 37 o Getúlio Vargas dá um golpe implantando a primeira da República Brasileira ditadura que nós chamamos de estado novo de estatura estado noviça então para o professor Petrônio domingo pretora Domingues a primeira fase do movimento negro se encontra entre 1889 e 1937 é algo
o trabalho do professor Petrônio revela algo absolutamente extraordinário a quantidade de eventos a quantidade de instituições né do movimento negro que é foram organizadas nesse período tiveram uma atuação destacada nesse período é bastante significativa né é o professor petróleo domingo aqui apresenta alguns clubes Clube literário Clube 13 de Maio centro cultural Henrique Dias Sociedade União cívica homens de cor né reparem Senhor e Senhoras que nós temos aqui instituições que foram criadas em 1902 1913 1915 temos instituições aqui como o professor petróleo na Ponta agremiação Negra mais antiga desse período é o clube 28 de Setembro
que foi constituído em 18 97 1897 então nós temos aqui organização negra portanto nós temos atuação do movimento negro uma atuação antirracista do movimento negro desde das primeiros anos do Estado Republicano né por isso que eu afirmo que é se não tem como e não tem mesmo pensar a história do Brasil sem pensar no racismo não tem como pensar a história do Brasil sem pensar na noite racismo protagonizado pelo movimento nessa primeira fase que que o professor Petrônio afirma o professor diz que essas instituições todas elas eram fundamentalmente tinham caráter assistencialista Recreativo cultural né É
mas tinham uma importância gigantesca porque conseguiu agregar né milhares e milhares centenas né de homens e mulheres negros e negras e absolutamente fundamentais para valorização preservação da cultura Negra e preservação da vida de negros e negras tão ameaçada por conta do racismo oficial instituído pela República Brasileira o professor traz um dado aqui que eu acho que é muito muito significativo havia 123 123 associações negras só em São Paulo entre o ano do ano de 1907 e 1937 repare senhores e senhoras 123 associações negras só em São Paulo só em São Paulo entre 1907 e 1937
será algo extraordinário negros e negras jamais na história do país deixaram de enfrentar toda sorte todas as formas de violência e opressão Jamais isso aqui é uma prova que acontece disso né Vale lembrar que também é havia associações estritamente formadas por mulheres apenas por mulheres né mulheres negras como a sociedade grega das princesas fundadas em 1925 São Paulo e a Sociedade de Socorro os mortos princesa do Sul criada em 1908 lá em Pelotas né No sul do Brasil O que que significa significa dizer que de fato é nosso espaço é vem de longe né significa
dizer que de fato é a luta contra o racismo no Brasil uma luta histórica né se confunde com a própria história do racismo no Brasil né E aqui o professor é Petrônio Domingues vem apresentando outros né é a gente pode até depois encontrar uma forma de colocar essas referências para que vocês também possam ter acesso Sem dúvida nenhuma extremamente importante né vale muito a gente levar em consideração isso na década de 30 na década de 30 é uma outra construção política ideológica intelectual começa a ser desenvolvida é também né como uma forma do estado brasileiro
é encobrir a realidade e cobrir a realidade de negros e isso esse senhor que aparece aqui considerado por muitos o primeiro sociólogo da história do Brasil senhor Gilberto Freire deu uma contribuição enorme para essa essa lógica essa construção em 1933 foi lançado o livro Casagrande senzala e esse livro Serviu de base né para construção da chamada democracia racial é Para muitos é claro que nos meios acadêmicos sabe-se hoje que a democracia racial é mito nos meses acadêmicos de fato não há democracia racial no Brasil entretanto nas nossas relações cotidianas né Essa Ideia de que o
Brasil a democracia racial ainda persiste para vocês tremedeira o quanto que essa construção desse mito da democracia racial é importante esse senhor de Gilberto Freire começa a sua primeira obra Casa Grande Senzala publicada em 1933 teve aí sem dúvida é um papel tremendamente significativo né E aqui o Professor joabson Bernardino diz é o quão importante né para a permanência do racismo brasileiro a crença nessa lógica da democracia racial né Nós brasileiros fomos se socializados dentro de acordo com essa ideia né Nós aprendemos e crescemos a acreditar que de fato o Brasil não há problema racial
de que o Brasil é um paraíso né das raças né e o professor Joabe Bernardino vem trazer essa reflexão uma parcela expressiva da sociedade brasileira compartilha a crença de ter construído uma nação não caracterizada por conflitos raciais abertos em outras palavras ainda é fortemente difundida no Brasil a crença de que a cultura brasileira antecipa a possibilidade de um mundo sem raças né apesar das evidências dramáticas que nós temos na sociedade brasileira a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado né número esse né é que nem na África do Sul do Apartheid né Nem nos
Estados Unidos né durante a permanência da Dicró das leis de impro aquelas leis segregacionistas você tinha uma estatística dessa dessa monta né 20 a cada 23 minutos um jovem negro assassinado apesar dessas evidências né muitos ainda acreditam na democracia racial brasileira né é evidentemente né que negar a existência do racismo é isso tem uma funcionalidade Isso serve para a manutenção é do racismo Sem dúvida nenhuma isso é muito importante e precisamos aqui Sem dúvida nenhuma é desvelar esse mito não existe democracia racial no Brasil não existe democracia racial no Brasil e isso é preciso que
se diga de forma bastante na década de 30 ainda não há não existe a possibilidade de deixar de lembrar é a criação da frente negra brasileira a frente negra brasileira é considerado o primeiro primeira instituição de massa da história do Brasil primeira instituição negra de massa da história do Brasil fundada em 1931 páginas 1931 a frente negra brasileira é uma instituição que chegou a reunir aproximadamente 20 mil Associados 20 mil Associados à frente negra brasileira a frente negra brasileira nasceu em São Paulo mas tinha filiais no Rio de Janeiro Minas Gerais Espírito Santo Pernambuco Rio
Grande do Sul Bahia repare algo absolutamente extraordinário naquele contexto a frente Negra tinha uma banda de música tinha um grupo teatral tinha um time de futebol um departamento jurídico atendimento à saúde né é cursos de arte e Ofício de um jornal a frente negra brasileira chamada a voz da raça eu trago aqui uma imagem embaixo uma foto com a banda da frente negra brasileira né então senhores nós estamos falando aqui de uma instituição de massa organizada por negros frequentada por negros que chegou a ter 20 mil Associados nós estamos falando da frente dele a brasileira
que foi criada em 1931 extinta em 1937 como implantação da ditadura estado Vista a primeira ditadura da história do Brasil com a ditadura do estado novo Getúlio Vargas é impõe né O fim da frente negra brasileira né Entretanto a frente Negra existir oficialmente mas seu legado a sua história ainda serve como farol para muitos de nós mesmos e negras né saudemos aqui portanto a frente negra brasileira isso aí pessoal então aqui a gente encerra a primeira fase o primeiro vídeo apresentando a primeira fase do movimento negro curta aí se você curtiu acompanhe a gente nas
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