Introdução à Filosofia Africana - Aula 1

8.62k views11081 WordsCopy TextShare
AfroPensar
Neste vídeo a jurista e filósofa Vanilda Santos introduz o tema da Filosofia Africana em sua primeir...
Video Transcript:
saudações a todas as pessoas sejam todos muito bem-vindos você está no curso de introdução as filosofias africanas eu sou Vanilda Santos professora deste curso eu sou graduada em filosofia e direito mestre em filosofia social e política pela Universidade Federal de Uberlândia e atualmente sou doutoranda em Direito pelo Universidade Federal de Santa Catarina este nosso curso nós estamos no primeiro módulo que é composto por três aulas e esta é a primeira delas vamos dar início Então a nossa primeira aula do curso de introdução as filosofias africanas inicialmente eu gostaria que vocês dessem molhada na imagem tá
sendo exibida para vocês que a imagem do memorial de estão vendo essa imagem Belíssima na sequência uma outra imagem dá início a nossa parte introdutória essa imagem é do povo do ritual do Povo visualizar um vídeo de divulgação do governo do Senegal [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] bem como vocês puderam ver no vídeo é um vídeo de divulgação do memorial de correr é um projeto que foi pensado em 1975 e um contexto que tem toda relevância para que nós vamos tratar Acerca das filosofias africanas e do objetivo do nosso curso Ele foi lançado
pelo ponto cedar senhor homenagear a África né e a ideia do memorial de governo parte do de uma ideia mais Ampla que é entre passado e futuro que foi pensado intelectuais artistas intelectuais africanos eles tiveram presentes muito atuantes durante o coloca do Cairo realizado em 1974 e alguns desse intelectuais nós vamos tratar durante o curso bem que contexto era esse é isso que nós vamos tratar também durante o curso a ideia do memorial partícula como eu já disse uma ideia de é uma ponte entre o passado e o futuro né Ou seja a memória em
homenagem à África aos povos africanos as vítimas do tráfico Transatlântico e o desenvolvimento e ao mesmo tempo o desenvolvimento da Ilha de correr a partir do prisma da economia e do desenvolvimento por isso a ideia de entre o passado e o futuro o que eu utilizei essa imagem inicial E também o vídeo para que nós tenhamos uma ideia do que é o Memorial de morrer porque eu penso que simboliza muito bem né a problematização que nós intencionamos fazer a partir deste curso que é um curso introdutório né é o memorial ele foi idealizado é por
muitos conforme eu já disse dos intelectuais expoentes das filosofias africanas das quais nós vamos falar E tem praticamente 45 anos com tudo Ele ainda não foi concluído ainda está do projeto em fase de construção e com diversos debates sobre Esse empreendimento Alguns são a favor da construção do término outros não no contexto da idealização desse projeto conforme eu já disse quem sabe intelectuais políticos e artistas muito importantes daquele contexto né ele ganhou muito deu fôlego o contexto histórico daquele momento para que viria ser é o projeto de história geral da África que é a referência
básica para os estudos de história da África e que inclusive o professor Flávio Muniz trabalha em seus cursos de história africana alguns desses intelectuais de grande relevância para filosofia africana estavam presentes no bloco do Cairo por exemplo Shaker e Teófilo benga que são filósofos e estiveram atuantes durante o coloca do cargo bem e todo esse contextos e temas que tem relação Direta com a filosofia desenvolvida durante o século 20 por isso a imagem foi exibida Porque durante o curso nós pretendemos né discutir justamente essa relação entre o passado e futuro e que lugar que ocupa
as filosofias africanas nessa relação é o parto agora então para explicar um pouco do que é o nosso curso de introdução as filosofias africanas os objetivos são inicialmente abordar de forma introdutória as filosofias africanas desenvolvidas na África subsariana ou seja algumas delas em diálogo com a história africana que estão elas são correlacionadas e integram o que nós denominamos de estudos africanos bem é uma justificativa para essa proposta se justifica na medida em que é possível contribuir para romper com uma certa visão única de filosofia que excluiu o pensamento filosófico de origem não ocidental sobretudo de
origem africana fundada naquilo que nós denominamos de racismo epistêmico bem e pretendemos então articular os eixos históricos os eixos históricos temático problemas e métodos por se tratar de um curso de introdução as filosofias mesmo que em relação com a história africana A ideia é partir inicialmente de um de uma questão Qual é a questão que nos move e a questão que estou propondo nesse momento é a seguinte como a filosofias africanas influenciaram ou influenciam ou influenciam as visões que nós temos sobre a África O que é então filosofia antes de adentrarmos é especificamente nas filosofias
a africanas amor a sabedoria que é o filosofar ele é um processo né que almeja Sempre buscar a sabedoria não um amor de posse aquilo que se tem como posse mas a busca utilizarmos aí digamos uma metáfora da busca a metáfora da caça né E isso implica sempre é um sujeito que busca esse saber e quem é esse esse sujeito é uma pergunta muito importante de ser feita Principalmente quando estamos falando de filosofias africanas veremos o porquê nós iremos a abordar conforme eu já disse algumas das filosofias desenvolvidas em África Subsaariana mas eu vou utilizar
aqui nesse momento o outro exemplo de um nome africano para filosofia que ela requete que é o termo utilizado no antigo Kennedy né que é hoje antigo no qual o termo que equivale a filosofia É requete bem a filosofia ela é um tipo de arte segundo o filósofo antigo do Kennedy que é optar ela é um tipo de arte que nos permite nos termos que o próprio que estava em suas máximas ela está sempre por fazer da palavra uma escultura e nunca se completa pois os limites da arte não podem ser alcançados e a destreza
de nenhum artista é perfeito portanto é uma busca constante isso esse é o significado do amor pela sabedoria e complementando um pouco mais em termos mais Digamos que contemporâneos né a filosofia pode ser entendida também como uma reflexão radical rigorosa de conjunto né que é o objetivo uma consciência filosófica Ou seja que além de estranhar duvidar questionar estabelecer correlações entre as coisas informações fatos indivíduos envolvidos e o contexto e essa reflexão ela parte também é de pensar os nossos próprios pensamentos e ações ou seja romper com uma visão às vezes de senso comum e também
é de armadilha de se levar pelas aparências ou seja sempre desconfiado aquele que busca né bem para o filósofo Renato Nogueira a filosofia deve ser entendida como uma disciplina também como uma disciplinar acadêmica com seus próprios métodos e princípios sobretudo quando estamos falando de filosofias africanas porque agora já é uma área consolidada mas há muito pouco tempo atrás e ainda se discute muito a legitimidade da filosofia africana ou filosofias africanas bem a filosofia ela possibilita o desenvolvimento conforme eu já disse de uma consciência crítica e não cair nas armadilhas das opiniões e das aparências e
essa consciência crítica ela é uma consciência crítica de si mesmo qual seria a função então né uma função crítica de relacionar a totalidade das coisas tentando se aproximar o máximo possível da Verdade o nosso curso ele se estrutura da seguinte maneira esse primeiro módulo introdução as filosofias africanas conforme eu disse tem o objetivo de trabalhar as filosofia algumas das filosofias desenvolvidas em África Subsaariana né ele se organiza em três encontros três aulas Este é o primeiro né E se baseia na obra referenciais de filosofia africana do filósofo moçambicano José Paulino Cassiano e na obra filosofia
africana das independências a liberdade do filósofo também moçambicano Severino Elias em Goiânia o curso de três encontros irá abordar dois desses referenciais na obra do José Cristiano ele pontua três referenciais o referencial da objetivação ou etno filosofia o segundo da subjetivação ou afrocentricidade com foco na atrocentricidade e o terceiro referencial que são os três momentos da filosofia africana para o Cristiano é a inter subjetivação esse terceiro ele não será abordado de forma mais aprofundada neste nosso módulo que ele demanda um tempo maior e nós já estamos preparando com o segundo módulo para tratar deste dessa
parte inclusive é uma área que eu pesquiso com um pouco mais de profundidade então nós temos como avançar e é preciso de um módulo especificamente para ir bem nesse primeiro módulo da objetivação será abordado hoje ainda é aula de hoje se dividir em duas partes essa que nós estamos que a parte introdutória e também da objetivação e a subjetivação iniciamos na nossa próxima aula e concluímos na terceira bem conforme eu disse a nossa grande questão né é entender como as filosofias africanas influenciaram ou influenciam nas visões que nós temos sobre África e nesse momento então
estabelece-se uma relação Direta com uma história africana Veremos no decorrer bem falamos um pouco do referencial que nós vamos utilizar que é do filósofobicano José Paulino Cassiano que é filosofia para ele filosofia Padre José Cristiano é o diálogo argumentativo Ou seja é a filosofia só ganha sentido e significado se ela for elaborada em um contexto de diálogo Inter subjetivo deve ter por base tanto diálogos escritos quanto orais cacheando valoriza a oralidade os textos orais devem ser escritas transcritos para incluí-los no diálogo argumentativo sem excluir os horários já de cara nós Já conseguimos perceber a relação
de dieta que tem então com a perspectiva da história africana que valoriza imensamente a oralidade a tradição oral que o filósofo e antropólogo amador denomina de a tradição Viva o outro elemento muito importante dessa abordagem do José Cassiano é a questão da de diálogo intersubjetivo que é a terceira parte da da sua obra que nós não vamos aprofundar mas iremos tratar minimamente até o terceiro dia bem e o que seria a crítica filosófica que é o que nós dissemos antes né Ou seja a filosofia objetiva essa reflexão crítica o que seria essa essência da crítica
filosófica para o caixão a apresentar sempre alternativas de interpretação de discursos sobre uma determinada realidade social cultural política e econômica a filosofia ela tem por um lado ela pode sim ser entendida como contemplativa mas ao mesmo tempo ela é ação prática isso é filosofia para José Paixão Qual é a relação de tudo isso que dissemos até agora com a história africana ou história da África o professor Flávio Muniz utiliza e eu gosto disso história africana nós vamos ver em algum momento do nosso curso porque isso faz toda a diferença bem segundo o filósofo moçambicano Severínia
o outro referencial importantíssimo para nós em cada momento histórico e em cada clima cultural o filósofo é chamado para fazer energia a fazer miratona a questão do sentido total e dinâmico das situações específica em que nós nos encontramos a vida ou seja o momento histórico em cada clima cultural então é muito interessante perceber o que é que eu entendo como uma formação incompleta estudar filosofia pesquisar filosofia africana sente fácil Se dedicar a compreender minimamente a história africana veremos o porquê que é incompleto por conta das Velhas dos diversos equívocos de abordagens que são feitas acerca
da história da África no Brasil abordagem que nós vamos fazer sobre as filosofias africanas e seus referenciais conforme já disse porque filosofias e não filosofia porque é uma pluralidade de manifestações filosóficas no continente africano são diversos países são diversos povos são diversas línguas nós vamos falar um pouco mais sobre isso no decorrer do curso mas a opção é por filosofias africanas bem tratar é um tema que é muito tratado é sempre muito bem tratado porque ainda é necessário porque ainda é questionada a legitimidade da filosofia África a outra abordagem que vai ocorrer durante o nosso
curso é a tentativa de contribuir para desconstruir uma ideia de uma história única de uma origem da Filosofia unicamente grega como já por vários autores né fundados em filosofias ocidentais que embasaram essas ideias né E também fizeram o mesmo em relação a história por exemplo a ficar filosofia da história de Hegel a filosofia de Heider bem e principalmente romper com o processo de desumanização de Africanos né zoomorização que é o retirar a humanidade dos seres africanos né dos seres humanos africanos o animalizar no sentido de torná-los não humanos né e com racismo epistêmico que é
a morte a eliminação dos saberes científicos filosóficos culturais históricos sociais jurídicos de povos na europeus sobretudo os africana por conta do racismo antienegro o Professor Renato Nogueira gosta Frisa essa questão do racismo Montenegro por conta de que há uma especificidade quando se trata de povos de origem africana e o genocídio no sentido do genocídio do negro brasileiro de Abdias Dona Nascimento que não é somente a morte do corpo é a morte da subjetividade é a morte de todos os elementos que compõem humano e a vida em sociedade com a natureza é o todo o todo
que compõe bem e é um faz uma abordagem a partir do filósofo é Nelson Maldonado Torres que afirma o seguinte que é muito importante para nós que estamos falando de um curso de introdução né a filosofias africanas filósofos e professores de filosofia eles tendem sempre afirmar as suas raízes numa região espiritual falas de Maldonado torto Torres descrita em termos geopolíticos quanto a geopolítica importante que que região é essa a Europa Europa e ainda é preciso falar sobre isso né é preciso dizer não é essa exclusividade do ocidente como aquele que regula as epistemologias né o
regulador epistemológico porque existem filosofias e não uma única filosofia e conforme eu já disse é um tema que ainda precisa ser tratado né Mas por que ele ainda precisa ser tratado porque nos cursos superiores de filosofia ou em cursos de áreas afins que trabalham filosofia porque é fundamentação é área de fundamentação teórica são as disciplinas de fundamentos né o que ah é o predomínio dos conteúdos isso ainda é a realidade essa ainda é a realidade bem eu cito aqui abro aspas o filósofo Renato Nogueira mais uma vez né que ele diz o seguinte uma pessoa
pode ter uma formação filosófica sem examinar nem de perto questões como as relações étnico-raciais racismo Montenegro a relevância da história da África para filosofia né os processos de subaterização das Produções africanas e afrodiaspóricas de conhecimento diante dos processos de do processo de colonização né e as relações assimétricas entre África e Europa né que foram sendo construídas durante todo esse processo Então nesse sentido um curso de introdução as filosofias africanas tem muita relevância assim como tem sido feito outros com cursos mais específicos né porque essa ideia tônica tanto nas universidades nos cursos de filosofias e em
outras áreas que também tem a disciplina quanto também na Educação Básica partimos então para uma uma breve análise porque é muito importante entender o papel da antropologia na abordagem que nós estamos fazendo bem história de um lado e história como inventário do tempo né isso a partir do Severino do outro a etnologia como o inventário do espaço correto bem em relação a história enquanto inventário do tempo Severino vai nos dizer que Heródoto privilegiou Quem viu e não quem ouviu aqui já diz muita coisa porque a história dos europeus priorizou escrita aquilo que se vê e
não aquilo que se ouve eliminando em grande medida ou totalmente a oralidade as histórias sendo que a própria Grécia né os primeiros filósofos mais conhecidos né partiam da oralidade não da escrita bem enquanto a etimologia vai dizer que os não europeus ou seja são questões que estão se complementar a etnologia vai dizer os não europeus são os bárbaros são os selvagens né a história vai dizer que o civilizados você trouxe na ideia do desenvolvimento cronológico dos eventos e em reconstruir as etapas da evolução da tradição histórica e não considerou o que é aquilo que era
tido como o diferente aquele como que era tido como um outro alteridade né que você berimbanha vai questionar esse conceito mas nós não vamos adentrar nesse processo aqui agora somente no segundo módulo do curso né e os não gregos todos os não gregos né partindo dessa desse grande história como inventário do tempo vamos todos ser considerados à medida da Grécia a Grécia será a medida para os povos também veremos quando é que isso de fato começa a valer como é que isso vai acontecer mas isso será feito na próxima aula quando estivermos falando da afrocentricidade
especificamente tomate brenal Martin Bernardes A etimologia vai vai a partir da etnologia nós vamos ter o que o surgimento então da antropologia enquanto uma disciplina né e a ciência do homem né E que os na europeus né aqueles os outros né aqueles que vão ser julgados a medida segundo um em Goiânia da Grécia serão os exóticos sem história o sem história a antropologia dividiu né os homens os seres humanos em dois grupos e esses grupos foram tidos como ir reconciliáveis no tempo e no espaço europeus né predominantes porque serão modelo serão o que será universalizado
os demais serão específicos né E essa antropologia ela já nasce traduzindo a relação de poder Tendo sempre a Europa como ponto de partida a Europa dos são os Racionais os neuropeus são irracionais pensando no contexto de colonização e escravização os irracionais são aqueles que podem ser escravizados dominados e todas essas ideias né criaram também a parte tá filosofia política o ideal de bom selvagem e o mal selvagem E aí a gente consegue ver as filosofias políticas de Rousseau Jackson e Thomas Hobbes isso na análise e o modelo do nosso famoso Handel né e dos contratualistas
se torna então a medida da Europa O que é o modelo já mencionados europeus Racionais não europeus e Racionais e selvagens nós veremos algumas alguns trechos específicos de obras de alguns autores filósofos muito reconhecidos europeus em que essas esse embasamento está todo lá mas não são os únicos existem diversos outros bem na sequência outro alimento também na parte introdutória para que nós possamos entender a abordagem que estamos fazendo né que o elemento do racismo e da desqualificação dos saberes que é o que vai levar ao que nós denominamos de racismo epistêmico né ou Historiador Carlos
mour ele afirma vou conseguir o racismo Montenegro seria anterior aos processos de escravização de africanos e africanas iniciado pelos árabes aproximadamente do século 11 e por europeus a partir do século 15 ou seja o racismo para o Carlos Murilo existe Desde a antiguidade Clara clássica a maior parte das abordagens são feitas a partir da modernidade século 16 por conta do processo de colonização e escravização e no pós Abolição Nós também não vamos adentrar nos detalhes dessa questão mas é importante porque nós vamos tratar um pouco disso quando tivemos falando na segunda aula sobre cidade bem
qual a especificidade desse racismo Ant ienívoro conforme Renato Nogueira é a desumanização radical que se transforma em zoomorização sistemática e Isso só aconteceu na história a partir da relação com os africanos bem e aí chegamos então no racismo epistêmico que é a base né do que nós pretendemos desconstruir quando iniciamos né algum tempo ou seja e por outros Antes de nós né E tem sido intensificado os estudos em história africana e filosofias africanas né o Renato Nogueira vai definir o racismo da seguinte maneira como o conjunto de dispositivos práticas e estratégias que recusam a validade
das justificativas feitas a partir de referenciais filosóficos históricos científicos e culturais que não sejam esse detalhes conforme eu expliquei lá no início né e a filosofia Então ela passa a ser entendida como um fenômeno um fenômeno unicamente grego oriundo né de origem de um milagre grego ou de um longo processo histórico certamente muitos estão reconhecendo isso aqui porque é dessa maneira que estão na maioria que está na maioria dos livros sobre todos os livros didáticos né de Filosofia de áreas afins como a história por exemplo né ocorreu então o apagamento da história africana e da
e a história da filosofia Africana e Em algum momento do nosso curso especificamente na segunda aula nós vamos entender um pouco como é que isto ocorreu e qual é a relação que isso tem com a filosofia com as filosofias né Tem cumprindo que eu prometi agora a pouco né vamos ver um pouquinho do que diziam os filósofos alguns dos filósofos ocidentais sobre a África e africanos preparados é muito provável que o que eu vou apresentar aqui agora você já devem ter ouvido líder em algum lugar porque são citações muito famosas mas ao mesmo tempo permanecem
nos causando um certo espanto quando as Lemos né até porque são negadas muito negadas para alguns prepara-se aqueles que não conhecem preparas esta é no alemão Emanuel Kant e ele diz exatamente o seguinte sua obra observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime quando eu fui ler essa obra do Kant foi empolgada na estética lindamente de repente eu me deparo lá com seguinte fala os negros da África não possuem por natureza nenhum sentimento que se eleve acima do ridículo dentre os milhões de pretos que foram deportados de seus países não obstante muitos deles terem
sido postos em liberdade não se encontrou um único sequer que apresentasse algo grandioso na arte ou na ciência ou em qualquer gratidão ou em qualquer aptidão já entre os brancos constantemente a rojam-se encontram-se né aqueles que saídos da Plebe mais baixa adquirem no mundo certo prestígio por força de seus dons excelentes sim está lá no Kant em pleno século 18 né bem vamos ao famoso Hegel o rei da história que a África não tem história os cursos de história africana do professor Flávio Muniz começam com vídeo que eu assisti alguns anos algum tempo atrás a
África tem história suspeito que ele está respondendo ao rei lá veja bem o que que eu disse a principal característica dos negros é que sua consciência ainda não atingiu a intuição de qualquer objetividade fixa como Deus leis negro representa Como já dito o homem natural selvagem e Indomável neles nada evoca a ideia de um caráter humano ou seja não eram humanos os nossos antepassados não eram humanos não somos humanos entre os negros os sentimentos Morais são totalmente fracos ou inexistentes bem esta fecha o aspas né Essa citação revela aquilo que nós apresentamos lá no início
né o processo de desumanização zomofização como Renato Nogueira explica ou seja retirar dos africanos e seus descendentes toda sua humanidade e Por conseguinte tudo que decorre de suas Produções chegamos ao Iluminista Voltaire Esse é menos citado Quando é quando se fala de como os filósofos ocidentais viam a África e os seus e os africanos né os seus povos na obra do Valter Tratado de metafísica ele diz o seguinte examina um filhote de negro de seis meses um elefantezinho uma caquinho um animal que caminha sobre duas patas provido de um pouco mais de ideias ou seja
entre um filhote de negro em um animal que é naquele contexto era considerado irracional não havia diferença a suposta universalidade da chamada razão metonímia que é o que tomou a parte pelo todo que aquilo que eu expliquei antes tomou a experiência europeia a experiência ocidental europeia como toda a universalidade né E essa razão instrumental do Iluminismo e ela é branca e também é machista que nós não vamos tratar disso mas é essa característica bem e novamente eu já pontuei isso lá no início né Mas por que filosofias africanas aqui Eu aponto alguns conceitos né que
são importantes como o pluriversas e de polirracionalidade que o Renato Nogueira desenvolve o de polirracionalidade é tratado também antes pelo filósofo de umas mazuis através da universalidade da polirracionalidade e do reconhecimento da racionalidade de todos os povos dentro de uma perspectiva universal universal no sentido contrário a ideia de Universal que é uma experiência única que você é universaliza o que o Universal são diversas experiências a pluralidade né de todos os saberes que emergem em contextos culturais específicos Isto é adventos locais que por conta do seu caráter humano podem ser validados em outros contextos culturais Então
não é um relativismo mas é a ideia de que são Produções são criações e são experiências humanas portanto é possível universalizar as reflexões sobre essas questões a pura universalidade conforme eu já disse porque é o contrário de universalidade e a poli racionalidade é o reconhecimento de que todos os povos possuem racionalidade são diversas formas de racionalidade e não a racionalidade unicamente do ponto de vista europeu se nós não tratamos dessas questões conceituais inicialmente Os questionamentos serão muito rasos em as propostas de filosofias africanas que são apresentadas porque o referencial epistemológica é outro não é um
referencial europeu e aos poucos para quem não conhece ainda vai vendo como é que isso se coloca né bem e mesmo aqueles que sempre criticaram né que fazem duras críticas ainda ao processo de globalização e também é o capitalismo é isso permanece Refém dessa visão eurocêntrica que é a experiência europeia universalizada Então isso é muito comum bem o que que nós não devemos fazer para falar de filosofia filosofias africanas isso é muito importante porque não se trata apenas do que nós não devemos fazer em matéria de filosofias africanas mas também que não devemos fazer qualquer
estudo africano sobretudo sobre a história africana primeiro uma epistemologia essencialista ou seja sobre nós entre nós com episteme sobre nós sem diálogo que é o que o Severino que o José Cristiano vai chamar de diálogo intercultural que caracteriza o terceiro momento da Inter subjetivação que nós não vamos aprofundar e mas essa abordagem também é válida para a gente pensar as os tratamentos equivocados que são Dados às tradições de origem africana e a história africana que nós vamos ver ainda nesse referencial da subjetivação que é tornar a ideia a ideia de África como algo monolítico algo
único algo é fechado sem considerar a pluralidade é a diversidade e também as culturas afrodiastólicas é muito importante pensar nisso então é preciso partir do nós né mas não se restringia essa visão essencialista que é filosofar sobre um grupo fechado como se não está estabelecer-se em relações isso não é essa não é a realidade e o segundo o José castiano e o severíngue o foco dessas dessa reflexão filosófica deve ser o futuro nós vamos compreender isso também né E nesse sentido cada um de nós devemos fazer o melhor de si no lugar onde está seja
em África no continente africano seja na diáspora portanto é o pesquisador né o filósofo o historiador que está que está que volta suas pesquisas suas reflexões para os estudos sobre a história africana e sobre filosofia africana isso sem contar as demais áreas dos estudos filosóficos deve estar pautado nesse sentido né Fazer o melhor de si portanto compreender essas questões é muito importante mas a gente nós vamos tratar um pouco sobre essa essa postura e o que que importa para o severíngue é pensar é a possibilidade de pensar filosoficamente a realidade Então é isso que deve
ser feito e pensar filosoficamente a realidade implica conhecermos os contextos históricos né as grandes discussões e as questões que vão influenciar sobretudo a filosofia que vai ser construído naquele contexto bem e a filosofia africana então ela vai se dividir em três fases de elaboração estamos falando de filosofias africanas filosofia africana contemporânea né século 20 a primeira fase segundo essa abordagem nos anos de 1970 que por o lado seria uma crítica a reprodução das categorias coloniais por e por outro um argumento de um nacionalismo africano que seria uma que seria o mesmo que recuperar o supostos
valores africanos veremos como é que isso ocorre nos anos de 1980 e essa é a visão do Saveiro em Goiânia nos anos de 1980 os autores vão tentar desenvolver uma filosofia da Cultura em torno do exame das tradições africanas essa parte me interessa bastante quando estivermos lá eu vou pontuar alguns elementos em relação a experiência brasileira de filosofia nos anos 1990 né quando se dá se desenvolve um pouco mais a política do reconhecimento é do conhecimento como centro da reflexão filosófica né E que o objetivo é se esforçar para responder né as crises responder e
teorizar sobre as crises dos Estados africanos no contexto pós descolonização e É nesse contexto que a filosofia do severíngue vai ganhar um espaço muito relevante e dessa maneira então eu concluo aqui nesse momento a primeira parte que é a parte introdutória iniciamos então agora a segunda parte né Desse nosso encontro que é quando nós vamos abordar então o primeiro referencial apresentado na obra dos filósofos José castiano que é o referencial da objetivação ou etno filosofia Inicialmente vamos tratar das seguintes questão que tem a ver com que eu apresentei anteriormente sobre a antropologia né porque a
sociedades ocidentais produziram antropólogos né primeiro porque o outro né ou diferente aquele que já foi mencionado seria o pretexto para criticar-se a si mesmo e em geral essa figura no outro é a figura do bom selvagem Aquela aquele da filosofia política não sou bem vou lembrar caso alguém buscando esse referencial na filosofia política do Rousseau que ele é um contratualista que pensou lá no século 18 né os contratualistas vão elaborar a ideia de uma de uma de um estado de natureza no qual os homens viviam ainda sem antes da formação da sociedade civil e do
estado no caso de um sonho ele vai dizer que os homens nesse estado de natureza viviam de forma harmônica né que é que vai se caracterizar como o conceito de bom selvagem contrário de alguma maneira todas as maneiras né ao que vai pensar o Thomas Hobbes que segundo ele no estado de natureza os homens seriam viveriam né de forma em medo constante e voltos em muitos conflitos né E isso geraria um estado de insegurança que é o estado chamado de estado de guerra de todos contra todos e aquela fala também de que o homem é
o lobo do próprio homem que todos já devem ter ouvido em alguma medida né portanto a figura do homem estado de natureza como um mal selvagem e então o segundo ponto é que a sociedade ocidentais produziram então antropólogos primeiramente com esse pretexto né de compreender-se a si mesmo a partir de um referencial do bom selvagem e em segundo momento para descobrir os limites e os desafios desse outro desse diferente né e confrontar com a sua própria imagem e aí a figura do Mal selvagem teria um efeito muito importante para Essa sociedade ocidentais isso na análise
do José castiano e também se justificaria se justifica a criação né a instituição da antropologia a partir da necessidade de conservar tradições mas que na verdade vai se traduzir em conhecer para dominar bem e o que é então esse objetivo porque o referencial da objetivação porque aqui o José Cristiano vai falar dos períodos lei das filosofias que surgem no contexto africano é e ele vai classificar elas desse modo primeiro como referencial da objetivação conforme eu já mencionei segundo referencial da subjetivação e o terceiro da Inter subjetivação que é a sua proposta tanto é que a
obra é os referenciais de filosofia africana em busca da Inter subjetivação ele tem um caminho a seguir esse objetivar né No primeiro referencial que nós estamos tratando aqui hoje ele tem preenchidos primeiro tornar a sociedade primitiva é assim que foram definidas né a sociedades na europeias né Principalmente do partido do processo de colonização né tornar essa sociedades primitivas objetos de estudo aqui é o cerne da nossa reflexão nesse curso torná-la objeto de estudo Esse é o primeiro sentido o segundo sentido mesmo ela não existindo ou seja essa sociedade ou essa sociedades primitivas se elas não
existissem a antropologia tinha como função construí-la torná-la possível tornar ela real e objetiva ou seja criou ou crias ideias de sociedades elas existindo ou não a partir de quem Av de quem é studa de quem é Analisa né que é isso que nós vamos ver aqui agora eu cito aqui o José castiano para a gente entender o que é de fato esse referencial da objetivo a objetivação nasce da ideia de que como consequência da escravidão da colonização e da globalização o eu africano se alienou a si mesmo a ponto de se tornar estranho a seu
próprio corpo o discurso sobre a sua própria existência sua identidade enquanto africano é feito a partir do lugar que a história Universal na Perspectiva do ocidente reserva de forma mais amarrada a relação direta da filosofia das filosofias africanas com a história africana então a história Universal pensada lá pelos pelos ocidentais sobretudo a partir da visão de reiguel né segundo o qual a África não tinha história né se não tem história também não tem filosofia não tem nada então tudo é pensado a partir desse referencial qual é o lugar que fica ocupa nessa história e esse
eu africano a identidade do ser africana né Fala palavras do José Castiel então o que que é etno filosofia se o referencial objetivação significa tornar os povos africanos a sociedades africanas objetos de estudo e não sujeitos né e isso é sinônimo de etno filosofia O que é então a retino filosofia é a tentativa fundada na religião de explorar e sistematizar o mundo conceitual das culturas tradicionais do continente africano são feitas abordagens folcloristas pois tentam compilar a história natural dos Pensamentos Popular tradicional sobre as questões centrais da vida humana é aí que esse caracteriza enquanto Filosofia
mas não filosofia no seu sentido próprio mas etno filosofia porque porque parte do princípio de que aqueles seres humanos aqueles povos aquelas Nações eram objetos de estudo bem e alguns autores vão essa Chaves na Constituição dessa etno filosofia do século 20 relacionadas ao texto histórico daquele momento de colonização e de também descolonização emancipação dos países no continente africano que é o que vai permear né a história que vai permear toda a filosofia que é construída em África durante esse contexto por isso uma relação direta de filosofias africanas e história africana e Eu repito Eu só
comecei a compreender melhor as filosofias africanas que eu tenho lido partido o momento que nós começamos a nos preocupor que eu e muitos de nós né qual começamos a nos preocupar também com a história africana e não unicamente contexto daquele autor específico em determinado tempo e espaço como muitas vezes é defendido por alguns o primeiro deles nós vamos é alguns autores são temos muitos mas dado o nosso tempo e a proposta né que é introdutória nós veremos um pouco da filosofia de Place tempos a filosofia bantu que essa obra principal é a filosofia de Marcelo
o Deus da água diálogos com o gotomelli e do john beach religiões e filosofia África cada um desses autores e Suas Obras chega teve um papel fundamental Nesse contexto tanto de instituição de uma filosofia africana quanto na sua influência na visão que o mundo ocidental terá sobre África e os africanos E aí eu a intenção é que nós ao final do nosso curso possamos fazer uma relação com tudo isso né de tudo isso com a questão Inicial lá que eu propus né como as filosofias é influenciaram ou influenciam nas visões que nós temos sobre a
África e os povos africanos e com aquela ideia em conclusa né do memorial de correr bem a filosofia Manto É a obra a principal obra do belga placentas na qual ele elabora o que nós O que é denominado uma ontologia da força vital para se tempo escreveu essa obra foi publicada em 1945 e tem uma relação direta que eu não vou bordar exatamente aqui na minha fala mas Nós faremos essa reflexão e momento ou oportuno com a o contexto histórico de colonização da Bélgica em países africanos especificamente nesse caso no combo nessa obra do Place
tempos existe um pensamento demonstra ele demonstra que ele objetiva demonstrar né que existe um pensamento metafísico filosófico uma ontologia entre os povos bantos e a concepção de vida que ele vai demonstrar nesse seu nessa sua obra a partir das suas observações etnográficas né dos povos bancos existe uma concepção de vida centrada na força vital por isso uma ontologia da força vital essa força ela está Ela está em todas as coisas eu vou tentar explicar essa força essa concepção de força vital para Place tempos em sua filosofia manto a partir de uma experiência afrodiastólica a brasileira
a força vital conforme diz nessa força que está em todas as coisas que é Suprema e que que é o que move né que é o que da vida e é o que dá é o que possibilita a existência de todas as coisas ela está presente na nas tradições afro-bras né a partir da filosofia do Axé que é o significado é a força vital bem claro para esse tempo o conhecimento é se significa saber o poder influenciar a direção da interação entre as forças isso é conhecimento para bater bem Eu não disse mas para tempo
era belga e Era branco como é que ele contribuiu essa é uma pergunta interessante que eu fiz aqui para nós pensarmos né como é que tá esse tempo contribuiu com colonialismo exatamente no contexto de grande expansão né do da colonização no Congo porque a filosofia de placetempo ela vai atender a uma necessidade da Bélgica que estava naquele momento preocupada em dominar os povos considerados primitivos em África sobretudo no Congo e o que que passa esse tempo fará na sua obra ele vai explicar a estrutura do pensamento dos povos brancos então a filosofia bantu é uma
obra muito influente muito influente em que lá para esse tempo vai explicar e a questão é quando você explica a estrutura do pensamento de um determinado povo e o seu objetivo não é a promoção da Liberdade desse povo da Autonomia mas sim a dominação Então você está participando do projeto coronalista e aqui classe tempo se encaixa na objetivação que a ideia sim de tornar os povos africanos objetos de estudo com qual objetivo dominar por isso filosofia e não filosofia porque filosofia tem um compromisso com a liberdade Então a partir dessa dominação que vai ocorrer né
que Colonial que não domina apenas o físico não apenas os corpos mas também as mentes do Espírito a alma a alma e a mente e a filosofia teve um papel fundamental nesse processo estamos aqui estudando um pouco sobre as filosofias no continente africano mas nós fomos fazer essa análise no contexto de aspas não será muito diferente Bem e ele perguntava o seguinte olha só o que que o classe tempo tinha Audácia de pensar né ao objetivar o pensamento dos povos brancos ele dizia o seguinte com pessoas totalmente civilizadas podemos encontrar entre os nativos então toda
aquela visão objetificante destituir destituindo os povos africanos no caso específico do combo né no caso específico como de humanidade não são civilizados mas também não são humanos são primitivos bem abre aspas classe tempo somente se nós partimos da verdade do bem e do estável nos costumes dos nativos estaremos capazes de Guiar os africanos em direção mão a verdadeira civilização banca ou seja ao mesmo tempo que eles aderem A ideia é claro de inferioridade de racionalidade de insibilizar de Bárbaros né dos povos do Congo ele também observa e constrói toda sua Filosofia na perspectiva de munir
o colonizador de elementos para que devem ser inseridos né nas suas na sua forma de ver o mundo mas não com o objetivo de Digamos que inclusive ou de auto nomia mas com o objetivo de dominar ou seja introduzir o que é positivo nessas filosofias presentes nas tradições mantos na religião ocidental porque isso não vai acontecer só na religião as apropriações Elas serão imensas existem diversos questões que são tratadas em países europeus sobretudo na Alemanha Bélgica e outros que são apropriações do continente africano que foram constituídas Nesse contexto da observação da digamos de compilar as
tradições e isso e muita coisa assim foi incorporada né tanto é que a proposta do tempo é essa incorporal que tem de positivo estamos compreendendo aí porque objetivação né bem segundo o classe tempo essa força vital ela é a fórmula para civilizar os bancos então retira dos próprios bancos a forma para dominar bem e nasce nessa filosofia da força vital ela emana de quem do ser humano que em banco é o mundo nós vamos discutiam um pouco mais sobre isso quando estivemos falando da filosofia Ubuntu lá no referencial da subjetivação né um sinônimo de ser
humano enquanto é o mundo e que para o placede para o tempo há uma filosofia latente do inconsciente no inconsciente dos seres humanos e ela está presente nas religiões e nós podemos verificar na nossa realidade afro-brasileira na África né nas tradições ressignificadas né como por exemplo as tradições de terreiro as religiões de terreiro as diversas manifestações da Congada pelo país e as irmandades religiosas negras no Brasil mas isso é assunto para um outro curso para outras questões não não há tempo hábil para isso aqui e aí o José o José Cristiano vai fazer ele fará
diversas críticas né alguns autores da etno filosofia especificamente a classe tempo né ele vai dizer o seguinte que essa forma de fazer filosofia do tempo né reflete ela deve considerar essa questão filosofia reflete sobre a experiência humana sem no entanto se reduzir a ela essa é uma questão muito importante muito importante de todos os tempos né filosofia implica reflexão intelectual que não deve ser confundida com a visão sobre o mundo que nos rodeia visões de mundo não é sinônimo de filosofia Porque conforme apresentei lá no início Filosofia é a reflexão crítica né que se propõe
a ser radical de conjunto rigorosa E ao mesmo tempo ela é pensar os nossos próprios pensamentos e ações portanto uma reflexão Então não é simplesmente a visão que eu tenho sobre determinada questão e nesse referencial da filosofia com o tempo estava fazendo um segundo castiano uma filosofia nesse sentido a experiência como sinônimo de filosofia então ele compilava os dados que serviriam né para munir com a Bélgica de elementos para dominar o combo e dava o nome disso de filosofia esses dados são Dados das tradições religiosas né Então esse foi esse é o primeiro autor do
referencial da objetivação né vamos ver um pouquinho sobre o segundo autor da Etna filosofia que é o Marcelo criou ele vai fazer um paralelo da cultura Dogão com a Cosmologia de Alex Mano que é o filósofo pré-socrático da filosofia antiga grega né segundo o ovo Tonelli sábio do povo a existência só pode ser compreendida a partir da existência de ama que é o Deus supremo e o Espírito Geral de todas as coisas do universo e do movimento o ama o Deus supremo criou o nome que é a palavra água e calor ao mesmo tempo o
nomo que a palavra né apela a teoria da cosmogônica de anaximandro segundo o qual né anaximandro vai dizer o seguinte a existência de todas as coisas se dá a partir do apeirol é o princípio que é o elemento primordial a causa de todas as coisas é a resposta para a quer que é o princípio de tudo lembrando da filosofia grega né sigo é o aperol ele é então uma realidade infinita ilimitada invisível indivisível indeterminada Então ela é a essência de todas as coisas e existem no universo né no qual é o cosmo é a que
conforme disse com elemento primordial primordial que dá origem a todas as coisas que é o ser Então a partir de uma comparação com a filosofia de anaximandro vai validar ali o que o sábio do Povo Dogão Está apresentando como a sua compreensão de mundo então há uma validação a partir do ocidental bem e aí o segundo o Cristiano ele faz algumas considerações muito importantes nós devemos destacar ele vai destacar três aspectos da filosofia de Marcia Grill que nós podemos tornar que pode ser frutífero para essa reflexão que a gente está propondo nessas três nesses nossos
três encontros né primeiro o Marcelo grohe utiliza a metodologia de demonstrar a existência de uma cosmogonia a partir de uma abordagem conceitual grega Ou seja é preciso recorrer aocidental grego para legitimar o que o africano está dizendo para justificar que aquilo é filosofia é necessário fazer esse movimento caracterizando-se lá como a objetivação objetificar conforme nós já vimos segundo aspecto de faca Quem é o autor dessas ideias é muito interessante que leva a gente a refletir sobre diversos pesquisas que a gente tem acesso ainda hoje né quem são quem de fato é o autor dessas ideias
outomélia sabe do Povo logo que é su histórico que vive o protagonista da própria história do Povo Dogo ou é o Marcelo e Hugo José Cristiano faz uma consideração muito relevante e muito atual né ele ele faz questão de anotar quando ele está falando sobre isso né quem de fato autor dessas ideias quem está falando qual é a voz que nós estamos ouvindo ele vai dizer o seguinte é o massagrou ou é o gotomélico E aí o sábio da cultura do órgão E aí ele coloca por sinal isso tem um significado muito intenso bem o
terceiro aspecto que nós vamos destacar sobre a filosofia de Marcelino que é que é pontuado pelo Cassiano levanta-se a questão de que até que ponto saber de algodão está em si ao nível de uma conceituação filosófica ou seja ela saber crítico ou coloca-se apenas ao nível da descrição de costumes e tradições com alguns momentos explicativos Essa é a terceira consideração que é muito importante nós vamos falar mais sobre isso em outros aspectos mas é essa crítica do castiano ela tem uma problemática também porque muitas vezes é muitos vão interpretar que nos costumes e tradições então
não haveria nenhum tipo de filosofia que qualquer tentativa de fazer filosofia da cultura seria isso não é a realidade veremos mais adiante bem seguindo né nas críticas que José Cristiano faz para nessa abordagem do Francis Ah eu não mencionei mas se abriu Claro pelo próprio nome todo mundo já percebeu francês né também eram francês branco ele vai dizer o seguinte no contexto de culturas africanas nomeadamente Qual é a posição do filósofo nesse caso no exemplificado que é o caso de criou né ao transcrever o discurso dos sábios e letrados Então qual o nosso papel enquanto
filósofo e que partimos da transcrição de discursos dos sábios e letrados é uma questão importante que a gente pensar né ele vai dizer o seguinte que o filósofo deve ao transcrever ele deve assumir uma posição conceitual da filosofia puramente acadêmica na qual ele foi treinado seguindo o questionamento cosmológico epistemológico e ético Por que que ele tá fazendo essa pergunta porque é o que foi feito em relação às filosofias africanas é desse momento por filósofos ocidentais ou africanos que utilizaram a metodologia ocidental de objetificar os africanos e suas tradições e filosofias né bem então esses são
os principais aspectos sobre a filosofia de Marcelo e que o caracterizam como o ET no filósofo na Perspectiva dos referenciais do José Castiel partimos então para o terceiro referencial o terceiro filósofo etno filósofo dentro dessa perspectiva né que é o John John Beach está inserido na o José Cristiano vai nos apresentar como a filosofia por trás da religião João bidite ele publica sua obra religiões e filosofia africana em 1969 né na qual ele apresenta uma fusão entre filosofia e religião na África na África É isso mesmo ele era um Reverendo teólogo e professor de religião
comparada engana e na Alemanha bom e ele vai demonstrar na sua obra isso é muito importante é o valor de algumas religiões tradicionais para os estadunidenses né então na sua obra também teve repercussão no continente europeu então ao fazer isso ele vai contribuir sobre a maneira para romper com preconceitos em relação às religiões africanas contudo o que que vai acontecer para além desse aspecto que é relevante e positivo ele vai é a sua obra pelo alcance que tem e o modo como ele é organiza elabora sua filosofia vai contribuir para generalizar para toda a África
O que é uma experiência particular de alguns povos sobretudo Leste africano e com uma concepção única de ave isso nos interessa muito está presente nos textos de convite e expressões como os africanos a sociedades africanas os povos da África tudo de forma generalizada e esse cano né de Gana bom em situação a filosofia que João bitch vai apresentar para o mundo né E que é o aspecto Positivo né embora de forma generalizante ele vai é a sua filosofia sobre o tempo que é muito muito interessante muito importante também para nós compreendemos elementos não não somente
da religiosidade africana mas todas as tradições e da filosofia ele vai dizer que o tempo se divide em exame usava é o tempo presente e usa mami é o tempo passado isso é muito interessante para os historiadores né o tempo presente que é o Vaza ele é quando quando o futuro é um Tempo Breve ou seja está próximo não é incomensurável e quanto maior é a vida de um indivíduo maior será o seu Sasa seu tempo presente é nesse tempo presente que se cruzam as experiências individuais e coletivas das pessoas vivas no mundo material portanto
segundo essa concepção não faz sentido Não faz sentido pensar um evento para além do real para além do tempo presente bem esses farsa segundo o João bit ele é o período em que é possível o indivíduo ou uma determinada comunidade tomar consciência da sua existência e na base dela projetar-se para o futuro e para o passado que ocorre que dessa maneira tem-se uma dimensão temporal completa ou seja futuro imediato o presente que é dinâmico né e o passado que é o que foi experienciado que é o que foi vivido bem interessante né que é o
tempo passado ele contém em si mesmo passado ou presente e o futuro é muito interessante que nós vamos encontrar essas concepções aí depois de que o john beach publica sua obra perdão não sei exatamente a dimensão temporal mas outros filósofos não ocidentais também vão tratadas dessa questão a partir de elementos da tradição africana que eles têm acesso que é o tempo enquanto duração como por exemplo uma ribérnia bom e todo Sasa que é o tempo presente ele vai se tornar ele se torna os emano é o tempo passar né continuando antes dos eventos serem incorporados
nos amamos O tempo passado eles devem ter tido a sua realização e atualização no tempo presente que é o sábado né então o tempo passado vai além do tempo presente e é projetado para um período em que nada mais pode acontecer se é o tempo passado Nada Mais pode acontecer então essa ideia de tempo passado para o john beach ela integra nem e todas as criaturas tudo que existe na criação né E dá uma sensação de Harmonia no universo entre todas as coisas entre todos os seres e o e a concepção de morte né nessa
nos amami que é o tempo passado né ou seja perdão a concepção de morte para Esses povos é a morte é a passagem do Sasa para Os Amantes ou seja essa é a morte então é uma completude por isso nós compreendemos então que a concepção de morte para Esses povos é completamente diferente ó todos nós já sabemos né mas é muito interessante entender que tem uma relação Direta com a concepção de tempo essas duas concepções de noções de tempo Elas têm de acordo com john beach né consequências isso é muito importante para nós então é
o que tem de Positivo na sua um dos aspectos positivos mais um né da sua Filosofia é que elas essa concepção de tempo tem consequências na conceituação africana de história por isso se nós não nos atentarmos para essas para esses elementos que compõem [Música] a filosofias africanas nem mesmo uma história africana que nós fizemos fora do continente vai fazer sentido porque está corremos o risco de fazer o que uma interpretação a partir de nós né a concepção de vida humana e de morte uma forma eu disse né a concepção de vida humana em morte e
de imortalidade Então essa concepção de tempo ela é fundamental para compreender como é que essas questões são pontuadas mas aí nós temos a crítica né que ele vai generalizar obviamente que essas são algumas das concepções eu vou apresentar algumas delas depois é de Quais foram os povos né que ele fez essa análise né bem de acordo com john beach a história fundada nessa concepção de tempo né a história anda para trás Isto é do momento experienciado para um longo período em que nada mais pode ser experienciado então nessa concepção tradicional africana a história não se
move para frente não tem uma ideia de futuro e pro ao fim como tradicionalmente tem sido feito foi feito até então até a obra de MIT na tradição ocidental sobretudo tá lá na metade antes da metade do século 20 então a mudança na forma de ver o que é história ela ainda está por vir na história ocidental faz todo sentido quando john beach está falando isso porque a escola de análise tá ali nesse momento aí e tal é posterior as mudanças são melhores eles as datas desse modo né na concepção tradicional africana a história ela
não se toca para frente ou seja para o futuro para um progresso para um fim enquanto tal é possível também nessas tradições africanas não há não há espaço para noções como felicidade Liberdade Progresso e desenvolvimento essa sobre Esse aspecto eu estou em desacordo José castiano severíngue porque há diversas filosofias que vão refletir a partir desses elementos dessas noções correto bem e também e do mesmo modo não terá para ele ideias com noções apocalípticas de mundo de Fatalidade de fim do mundo né mas também não existem tempos de ouro né [Música] segundo ele esse tempo de
ouro né o melhor dos tempos né o melhor dos mundos também é o presente portanto não pode também existir um futuro radicalmente diferente do que está sendo vivenciado diferenciado no caso Essa é a perspectiva de john beach do tempo e o john beach vai dizer o seguinte sobre a concepção linear de tempo no pensamento ocidental por que que eu disse que é muito interessante porque o momento a obra dele é de 69 então já é no em um contexto que é essas questões estão assim em grande expansão no pensamento e na história ele não está
lá em 1948 como estava o Marcelo em 1969 Então essa discussão está inserida e uma grande discussão que ocorreu em todo em todo o continente europeu sobre a história o conceito linear de tempo no pensamento o conceito linear do tempo no pensamento ocidental com o passado Indefinido presente e um futuro também Indefinido é praticamente inexistente no pensamento africano o futuro no pensamento no pensamento tradicional africano é virtualmente ausente porque os eventos que estão nele ainda não aconteceram ainda não foram compreendidos portanto não podem se constituir como o tempo essa visão de tempo e se contudo
esses eventos futuros ocoxidão ocorrem como sendo seta sua ocorrência é porque fazem parte inevitável da natureza e eles constituem sempre como um tempo potencial não tempo atual muita filosofia né sobre o tempo Acho que dá só um curso sobre o tempo Acho que é um excelente bem dizer um curso sobre o tempo no pensamento na filosofia africana o José Cristiano fará algumas considerações sobre essa Filosofia de limite de limite ele vai dizer o seguinte que a religião ela pode ser que o João Vitor em Sua obra Positivo né ele consegue discernir em termos a religião
de filosofia veio dizer que a religião ela se pode ser distinguida né em termos de crenças cerimônias e rituais né No entanto o john beach ele vai o pensamento para ele o pensamento filosófico não é fácilmente identificado né mas a filosofia ela se refere então segundo o Cassiano e apresenta sobre john beach esse está também nos textos de john beach a filosofia se refere a forma como os povos africanos compreendem os diferentes aspectos da vida a filosofia está por trás do pensamento e da ação de toda a pessoa e o estudo das religiões tradicionais traz-nos
para essas áreas da vida dos africanos onde através da palavra e da ação poderemos estar em condições de discernir a filosofia escondida por isso filosofia por trás da religião e para descobrir essa filosofia escondida teremos que fazer um grande trabalho de interpretação do que podemos estar observar e ouvir é o que o john beach fez e aí a crítica do José castiano é isso é que foi feito um grande despende de energia dos etno filósofos né com o passado e essa energia para ele deveria utilizada para contribuir para resolver os problemas do continente não unicamente
para focar no passado não compreende das tradições presentes na religião bem nesse sentido nós passamos então apresentar a crítica que foi feita a uset no filósofos pelo filósofo então ele fez uma crítica à filosofia a etno filosofia em Sua obra filosofia africana mito ou realidade ela foi muito premiada é considerado 100 melhores livros africanos no século 20 ele recebeu esse título na feira internacional do livro de Los Angeles né ele vai apresentar aspectos positivos e negativos o positivo é que os problemas levantados em relação a esse novo filosofia e azeite no ciências provocaram reflexões né
sobre o que é a filosofia Africana e o seu papel no desenvolvimento né do continente e elas também os problemas também reorientaram o projeto de desconstrução do discurso ocidental sobre África ou seja esses aspectos são muito relevantes e vão preparar um certo modo o caminho para o que virá em termos de reflexão sobre a afta que vai ser apresentado no nosso segundo momento referencial da subjetivação os aspectos negativos é que essa a etno filosofia ela inibiu o desenvolvimento de reflexões filosóficas de caráter oral e tradicional ou seja são apenas descrições compêndios né objetificando os africanos
e suas tradições e não uma reflexão filosófica de fato filosofia a partir da cultura infelizmente isso também provocou um atraso no projeto de construção de novos quadros conceituais a partir de imaginários coletivos dos povos e o pontinho ele vai dizer também que a sociedade Ele defende né que a sociedades africanas devem elas próprias apropriar-se ativa lúcida e responsavelmente do conhecimento produzido por elas durante séculos capitalizado por elas então é esse processo ele é extremamente relevante para aquele contexto do continente africano [Música] tem outros além dos que foram apresentados aqui eles longe de prestar um serviço
né de domínio da filosofia o que eles de fato fizeram foi uma um recolhimento um recolheram dados de forma etnográfica de dizer Esse populares arrumando eles em caixinhas clássicas da filosofia né como sendo cosmologia epistemologia ética e o objetivo deles era mostrar o mundo que os africanos também sabem filosofar mas o que que ele entende por filosofia e é importante que ele vai ele entende por filosofia africana tem dois duas definições A primeira foi considerada elitista outros né porque ele vai dizer que filosofia ou conjunto de textos especialmente escritos por africanos e considerados como sendo
filosóficos pelos seus autores ou seja primeiro ele só considera os textos escritos então ele tá lá na mesma praia da história que só considerou em durante muito tempo unicamente a história escrita e também reconhecida por seus autores é uma concepção acadêmica né e a segunda definição foi 35 anos depois quando ele vai revisar essa sua essa sua perspectiva ele vai dizer que por filosofia africana ele entende o conjunto de textos filosóficos sejam eles orais sejam escritos produzidos por africanos portanto é uma visão menos elitista e o objetivo do ponto de é desmistificar o conceito de
uma África homogênea do pensamento uma África unaninista por isso a crítica do Antônio de é a crítica unaninista e onde é que nós encontramos Essa visão de uma África homogênea e na visão que é divulgada frequentemente nos estudos sobre a África no Brasil professor Flávio Muniz tenta entender essa visão em sua abordagem da história africana bem e a filosofia Africana e a história africana né segundo o outom dia que eu concordo com a abordagem dele abre aspas na África fazem ou deveriam fazer parte de um projeto mais amplo conhecer-se a si mesmo para transformar portanto
é filosofia propriamente dita Então isso é muito importante porque já é o ponto de partida para nossa segunda aula que é o referencial da subjetivação e o filósofonia vai fazer uma crítica a ética filosofia ele denomina de crítica Radical para ele o compromisso da filosofia com futuro e não com o passado e ele considera que é legítimo que nós interrogamos sobre o lugar da Filosofia na problemática da construção do futuro e eu gosto muito do segredo dessa sua abordagem Lembrando que ele não descaracteriza a importância do passado mas o modo com a ética filosofia foi
desenvolvida se não nos dedicarmos ao futuro ele será igual ao passado sem vergonha e ele complementa e dizendo que a etnor filosofia é a expressão máxima da viragem para o passado deve haver uma ruptura epistemológica com o pensamento tradicional foi radical nesse sentido então aqui ele é que eu já sou mais comedidas você para ser a minha análise mas não é estou apresentando unicamente análise do Severino em Goiânia na filosofia bem eu sobre a tradição oral gosto é o Severínia vai dizer que a tradição oral ela é objeto aqueles é mais comedido tá vendo quando
fala então não é toda tradição tem que ser abandonada não é todas é o modo como se aborda a tradição a tradição oral é objeto para reflexão crítica e livre mas ele Alerta sobre dois aspectos que são armadilhas Há muitos textos considerados sendo de natureza filosófica sem ocorrer a ruptura epistemológica entre o pensamento tradicional e filosofia que é aquela questão filosofia reflexão sobre a experiência não é a experiência e nem a visão que eu tenho sobre experiência é reflexão a filosofia africana que é o segundo aspecto deve retomar o valor intrínseco para se libertar do
passado que valor é esse de universalidade que significa para ele livre pensar crítico essencial que é refletir em relação ao papel que deve desempenhar em relação ao destino dos africanos ou seja pensar e resolver os problemas do continente focado no futuro a filosofia que reflete sobre as questões e que propõe soluções para essas questões a confrontação com a tradição para o Severínia que faz muito sentido deve ser feita tomando em conta África presente e o Cristiano José Cristiano nosso referencial básico vai fechar com chave de ouro né é o nosso a nossa abordagem que ele
vai apresentar o seguinte olha só a reflexão do José castanho É uma vergonha a metodologia acadêmica que só parta de textos escritos recusando seu trabalho de transcrição oral né então ou seja eles não descaracterizam a importância da tradição oral e da função oral Mas o que foi feito com ela é para o José caxano que fecha com a chave de ouro né ele vai dizer que é uma vergonha a metodologia acadêmica que só passa de textos escritos recusando seu trabalho de transcrição oral significa que eles não descartam a importância da tradição oral da transcrição oral
Mas o que foi feito com ela que é a reflexão filosófica tido como filosófica durante esse período né que foi a etno filosofia não era de fato filosofia e os críticos eles reconhecem que existem colegas de filosofia nas aldeias é muito importante mas não porque porque nas aldeias foram conversar com sábios de lá aqueles retiraram todas as tradições orais que produziram suas filosofias então eles conhecem que existem filósofos nas aldeias mas não chamam esses mesmos colegas para a mesa de duro do debate a semelhança dos etnofilosos aqui eu chamo atenção porque que é muito importante
a gente entender essa abordagem a partir do contexto africano porque essa reflexão ainda precisa ser feita no diáspora brasileira porque aqui também aqui nem se reconhece ainda que eu Existem os intelectuais os sábios os filósofos os sujeitos dos saberes nas comunidades né Muito menos que o chamem para mesa do debate utilizando os termos do José Cassiano Eles continuam fora da festa não é à toa que ele colocou chamou atenção para o fato de que bem já logo com as filosofias ou seja esses críticos né dialogam com as filosofias das culturas dominantes Mas tem uma dificuldade
em tomar conta da filosofias dominadas isso pensando no contexto africano e nesse sentido nós fechamos nossas considerações de hoje fazendo um convite e aí eu deixo a imagem do monumento é maravilhoso em homenagem a Mandela na cidade de Pretória na África do Sul e ele está nos convidando para nos encontrar no nosso na nossa próxima aula sobre a subjetivação e a afrocentricidade irmã dela tem um papel muito importante e eu agradeço a todos pela atenção [Música] [Música]
Related Videos
Introdução à Filosofia Africana - Aula 2
56:03
Introdução à Filosofia Africana - Aula 2
AfroPensar
1,796 views
Filosofia Africana | Katiúscia Ribeiro
1:01:50
Filosofia Africana | Katiúscia Ribeiro
África e Diáspora: História e Cultura
54,885 views
Filosofia africana antiga: perspectivas contemporâneas. Live com Katiúscia Ribeiro
1:20:41
Filosofia africana antiga: perspectivas co...
Caio Souto - Conversações filosóficas
16,934 views
Filosofia Africana | Jayro de Jesus
1:04:18
Filosofia Africana | Jayro de Jesus
África e Diáspora: História e Cultura
16,439 views
Estudos Africanos : Katúscia Ribeiro e Aza Njeri - Programa Ciência & Letras
26:56
Estudos Africanos : Katúscia Ribeiro e Aza...
Katiúscia Ribeiro
15,039 views
Ubuntu e outros conceitos da FILOSOFIA AFRICANA
22:27
Ubuntu e outros conceitos da FILOSOFIA AFR...
Filosofares - Bruno Neppo
8,953 views
UMA AULA SOBRE FILOSOFIA AFRICANA E MULHERISMO | PAPO DEPRETAS
1:29:41
UMA AULA SOBRE FILOSOFIA AFRICANA E MULHER...
Gabi Oliveira
109,675 views
Ontológica do Sujeito - Professora Katiúscia Ribeiro - 15-09-2018.
1:14:04
Ontológica do Sujeito - Professora Katiúsc...
ASFUNRIO AULA
17,759 views
Filosofia Africana
1:22:06
Filosofia Africana
Afyl Brasil
2,222 views
Filosofia Africana com Influência Yorubá para o Evento Omuluwabi 2020 | Renato Noguera
25:45
Filosofia Africana com Influência Yorubá p...
Canal do Noguera
8,074 views
Òrúnmìlà: O homem, o orixá e a cosmovisão
20:20
Òrúnmìlà: O homem, o orixá e a cosmovisão
Canal do Noguera
26,318 views
A filosofia do Egito Antigo (Kemet): Ptah-Hotep e estoicismo | Entrevista com Valter Duarte Odará
43:31
A filosofia do Egito Antigo (Kemet): Ptah-...
Caio Souto - Conversações filosóficas
13,256 views
Zenaide Silva quer  introduzir conhecimentos de afrocentricidade (bloco 1)
8:05
Zenaide Silva quer introduzir conheciment...
TV Cultura
34,189 views
Katiúscia Ribeiro explica o conceito de epistemologia | O Futuro é Ancestral
6:36
Katiúscia Ribeiro explica o conceito de ep...
Canal GNT
13,612 views
Cosmogonia Africana - A Visão de Mundo do Povo Yorubá
40:18
Cosmogonia Africana - A Visão de Mundo do ...
CETRAB
6,610 views
Filosofia africana, racismo epistêmico e o ensino de filosofia | Entrevista com Renato Noguera
53:06
Filosofia africana, racismo epistêmico e o...
Caio Souto - Conversações filosóficas
12,474 views
TPSM_Conexão | Ubunto, a filosofia de unidade africana | Filipe A. Vidal
40:15
TPSM_Conexão | Ubunto, a filosofia de unid...
TPSM _ Conexão.
17,109 views
Minicurso - Introdução à história da África e às filosofias africanas (dia 01)
2:17:13
Minicurso - Introdução à história da Áfric...
agenciamentos
3,879 views
Aula 01 "Spinoza, um pensador incontornável" | Breve introdução ao pensamento de Spinoza
43:26
Aula 01 "Spinoza, um pensador incontornáve...
Circuito Saber
10,806 views
O que o seu coração diz sobre a Filosofia Africana? | O Futuro é Ancestral | com Katiuscia Ribeiro
6:24
O que o seu coração diz sobre a Filosofia ...
Canal GNT
23,485 views
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com