Você já sentiu que algumas dores parecem se repetir na sua vida como se fossem ecos de algo que nem sempre tem nome? Situações parecidas, pessoas que despertam os mesmos gatilhos, ciclos que parecem nunca se encerrar. É como se existisse uma energia invisível, mas viva, que continua agindo mesmo quando você já fez de tudo para mudar.
É exatamente aí que o roponopono começa. Roponopono é uma palavra havaiana que significa corrigir um erro ou tornar certo o que está desalinhado, mas seu significado mais profundo vai além da tradução literal. Essa prática ancestral tem sido usada a gerações pelos povos havaianos como uma forma de resolver conflitos, limpar memórias e restaurar a paz dentro e fora.
Ao contrário do que muitos pensam, o roponopono não é apenas sobre perdoar os outros, é, antes de tudo, sobre assumir responsabilidade pelo que você sente, pensa, repete, mesmo sem entender o porquê. Segundo a tradição, tudo o que vivemos, bom ou ruim, é resultado de memórias armazenadas no nosso subconsciente. São registros antigos, carregados por nós ou herdados de nossos ancestrais.
E enquanto essas memórias não forem limpas, elas se repetem emocionalmente, mentalmente, fisicamente. É como um programa rodando em segundo plano. Você não vê, mas sente o efeito.
É por isso que às vezes reagimos de forma desproporcional ou sentimos culpa sem saber de onde vem, ou temos dificuldade de perdoar, mesmo querendo. Essas memórias estão vivas, mas o roponopono oferece uma ferramenta poderosa para limpá-las. E aqui vem o ponto mais bonito.
Você não precisa entender a origem da dor, nem saber o que exatamente está causando o bloqueio. Você só precisa se responsabilizar pela parte que essa energia ocupa em você e escolher limpá-la. O oponopono nos ensina que tudo que percebemos fora é um reflexo do que existe dentro e que ao curar dentro liberamos o que está fora.
Essa prática não exige religião, crença ou perfeição. Ela só exige presença. E por mais simples que pareça, repetir esse gesto de se voltar para dentro, reconhecer a dor e dizer: "Sinto muito, me perdoe, sou grato, eu te amo.
" pode transformar completamente a forma como você vive, sente e se relaciona. Portanto, o oponopono não é uma mágica, é uma escolha consciente de paz, um compromisso diário com o seu próprio silêncio interior, um retorno à aquilo que você sempre foi, antes das memórias, dos medos, das feridas. Você não precisa carregar tudo, você só precisa escolher limpar.
Essa é a frase da consciência. É quando você para e reconhece, existe algo em mim que está gerando, sustentando ou atraindo essa dor. Não é culpa, é responsabilidade amorosa.
Ao dizer, sinto muito, você está reconhecendo a dor que existe sem fugir dela. É como colocar uma lanterna dentro de um cômodo escuro da alma e, pela primeira vez, enxergar com clareza. Você não precisa saber exatamente de onde veio a memória.
Só precisa admitir, isso está em mim e eu escolho olhar para isso agora. Dois, me perdoe. Essa é a frase da liberação.
Você pede perdão não porque fez algo errado conscientemente, mas porque aceita limpar o que mesmo inconscientemente está vibrando dentro de você. Me perdoe. É um gesto de humildade espiritual.
É o momento em que você reconhece. Eu não sabia que estava alimentando essa dor, mas agora que sei, escolho soltar. Você pede perdão ao outro, mas também a você mesma, a todas as partes suas que foram ignoradas, feridas, silenciadas.
Três. Sou grato. Essa é a frase da transmutação.
Gratidão é quando você compreende que até mesmo as experiências dolorosas trazem algo a ser aprendido, limpo ou ressignificado. Você agradece pela oportunidade de limpar, pela chance de evoluir, pelo presente escondido na experiência, mesmo que ainda não consiga vê-lo. Sou grato.
Não é conformismo, é rendição amorosa ao processo da vida. Quatro. Eu te amo.
Essa é a frase da cura. O amor é a frequência mais elevada que existe. E quando você o direciona a dor, algo começa a se dissolver.
Eu te amo, é dito à memória, a pessoa, a você mesma, ao divino dentro de você. é o selo, é o bálsamo, é o que limpa, reconcilia e reintegra tudo que estava separado. Essas frases podem ser usadas em qualquer situação.
Um pensamento obsessivo, um conflito emocional, uma lembrança dolorosa, uma tensão no corpo. Você pode repeti-las como um mantra em silêncio durante o dia ou em momentos específicos no trânsito, antes de dormir, ao acordar, durante uma crise. Não é preciso entender tudo.
O que importa é a intenção com que você as oferece. Porque a cura não vem do esforço, ela vem da entrega. E quando você entrega suas dores ao amor, algo dentro de você muda.
Mesmo que ninguém mais perceba, você sente. Você não precisa de um altar, não precisa de música ambiente, nem de um lugar sagrado, velas ou rituais, porque o verdadeiro espaço de cura é você. E o roponopono foi feito para ser vivido no mundo real, na cozinha, no trânsito, no banho, nos momentos de caos e também naqueles de silêncio.
Como começar? Comece simples. Escolha um momento do seu dia em que possa parar por alguns instantes.
Feche os olhos, respire fundo e diga em voz alta ou apenas com o coração: "Sinto muito, me perdoe. Sou grato, eu te amo. " Você pode repetir isso por 2 minutos ou por 20.
O que importa é a presença. Essas palavras não são para o mundo. São para limpar o que o mundo deixou em você.
Use nos pequenos conflitos. Sabe aquela irritação com alguém próximo? A frustração que sobe como uma onda.
Mesmo que você tente disfarçar? Pare por um instante. Não tente entender demais.
Apenas repita as frases. Você não precisa esperar o conflito virar uma tempestade. Pode começar a limpar enquanto ele ainda é uma brisa.
Sinto muito por estar sentindo isso. Me perdoe por carregar esse julgamento. Sou grato por ver isso com mais clareza.
Eu te amo mesmo agora. Use nos seus pensamentos quantas vezes por dia você se critica, se cobra, se diminui em silêncio. O roponopono também serve para essas vozes invisíveis, para essas memórias que disfarçam sua voz como se fossem verdade.
Toda vez que você pensar, "Eu sou um fracasso, eu não dou conta, eu não sou suficiente. " Respire e diga: "Sinto muito por ter acreditado nisso. Me perdoe por repetir essa dor.
Sou grato por enxergar isso agora. Eu te amo mesmo imperfeita. Pratique sem esforço.
Você pode deixar o roponopono fluir durante o dia, enquanto anda, enquanto lava a louça, enquanto escova os dentes. Ele se encaixa no que já existe. Não exige mais tempo, só mais consciência.
Com o tempo, você vai notar menos reatividade, mais presença, um silêncio mais limpo por dentro. Uma paz que não depende do que acontece fora. Transforme sua rotina.
Você pode criar rituais pequenos pela manhã antes de pegar o celular, à noite antes de dormir, sempre que sentir seu corpo tensionar e não espere perfeição. O roponopono não é sobre fazer certo, é sobre fazer com sinceridade. Porque cada vez que você escolhe repetir essas frases, você está limpando uma camada de dor, uma memória herdada, um eco antigo que dizia que você precisava carregar tudo sozinha.
E aos poucos você vai descobrindo, é possível viver com menos peso, com mais leveza, com mais verdade e o mais bonito, você nem precisa de permissão para isso, só de um instante de presença. As quatro frases do roponopono são como chaves, mas o que elas abrem vai muito além de uma prática espiritual. Elas te levam para dentro, para um lugar onde nem sempre é confortável olhar, mas onde mora tudo o que você precisa curar e tudo o que você sempre foi.
Porque o verdadeiro poder doonopono não está nas palavras em si, está no espaço que elas criam entre você e a memória, entre você e a dor, entre você e o que você acreditava que era. Você começa dizendo: "Sinto muito". E de repente sente o quanto carregou sem perceber, o quanto se calou, se cobrou, se esqueceu.
Me perdoe. E começa a perceber que perdoar não é esquecer, é parar de se ferir todos os dias pela mesma ferida. Sou grato.
E começa a ver beleza até nas cicatrizes. Eu te amo. E começa a oferecer amor para lugares dentro de você que só conheciam julgamento.
Mas chega um momento em que as frases te pedem algo a mais. Coragem para se olhar com sinceridade, vontade de caminhar além da repetição automática, desejo de conhecer suas raízes emocionais. Porque o roponopono não é sobre repetir mecanicamente, é sobre praticar com o coração presente.
E aos poucos ele se transforma em algo maior do que cura. Ele vira espelho. Espelho do que ainda dói.
Espelho do que já se curou. Espelho do que você pode ser. Sem as histórias que te disseram.
O roponopono como caminho de autoconhecimento. Com o tempo, você começa a perceber padrões, repetições, crenças que foram herdadas, não escolhidas, sentimentos que vieram dos seus pais, da sua infância, dos seus medos antigos. E aí você para de brigar com a dor e começa a se perguntar: "O que isso está tentando me mostrar?
O que em mim está pedindo para ser acolhido? Quem eu sou? Além da dor que me ensinaram a carregar.
Essas perguntas não precisam de resposta imediata. Elas precisam de escuta, de presença, de silêncio limpo. O roponopono te mostra que você não precisa se consertar, você só precisa se lembrar.
Lembrar que por trás da dor, do medo e da história existe uma essência sua que nunca se perdeu, que sempre soube amar, que sempre foi livre, que sempre teve dentro de si tudo o que buscava fora. Esse é o verdadeiro milagre do Ronopono. Ele não muda quem você é, ele tira o que você não é mais.
Ele te devolve para casa, de volta para você. Talvez você pense: "Mas como aplicar tudo isso em meio ao caos da vida real? Como manter presença, amor e perdão quando estou exausta, irritada, sem tempo?
A resposta é justamente por isso. Justamente porque a vida está agitada, confusa e exigente é que o roponopono se torna tão necessário. Vivemos em um mundo que nos empurra o tempo todo para fora de nós mesmos, o tempo todo para a reação, para o julgamento, para o controle.
Vivemos cercados de notificações, notícias, opiniões, comparações. E é fácil se perder nisso tudo. Fácil esquecer que por dentro existe um espaço onde nada disso nos define.
O roponopono nos convida a voltar para esse lugar, a limpar a mente, a acalmar o coração, a respirar entre um compromisso e outro e lembrar: "Eu posso escolher a paz mesmo aqui. Como aplicar isso no mundo real antes de uma reunião difícil. Diga as quatro frases em silêncio.
Não para mudar o outro, mas para limpar o que há em você durante um momento de estresse. Entre uma cobrança e outra, respire. Coloque a mão no peito e diga: "Sinto muito.
Me perdoe. Sou grato. Eu te amo".
na criação dos filhos, no trabalho, no trânsito, no cansaço. Sim, dá para praticar roponopono enquanto faz café, enquanto espera uma resposta, enquanto sente que vai explodir. O mundo não vai parar.
Mas você pode, mesmo que seja por 15 segundos, mesmo que seja só com uma frase, e nos relacionamentos difíceis, às vezes a pessoa nunca vai pedir desculpas. Às vezes o laço não pode ser desfeito porque é família. Às vezes o amor ainda existe, mas junto com ele mágoas antigas.
O roonopono não exige que o outro mude. Ele só exige que você limpe o que vibra em você. E quando isso acontece, mesmo que a pessoa não mude, a sua dor deixa de ser prisão.
Você se liberta, você se escolhe, você para de se ferir tentando consertar o que o outro não quer curar. Um estilo de vida. O roponopono não precisa ser uma prática espiritual separada do mundo.
Ele pode ser um jeito de estar no mundo com mais leveza, com mais consciência, com mais silêncio entre as palavras, com mais paz entre os pensamentos. Ele é para o mundo moderno, justamente porque o mundo moderno precisa desesperadamente de mais cura, de mais verdade, de mais amor. E se tudo isso tocou o seu coração, repita com presença: "Sinto muito, me perdoe, sou grato, eu te amo.
" E lembre-se, você não precisa entender tudo, nem fazer perfeito. Você só precisa estar disposta a limpar e deixar que a vida te surpreenda com a leveza que vem depois. M.