Perseverantes na paciência: Direção Espiritual inédita com Padre Paulo Ricardo!

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Padre Paulo Ricardo
A paciência, como qualquer um é capaz de ver, é uma qualidade indispensável para o bom convívio entr...
Video Transcript:
Em nome do Pai e do Pai e do Espírito Santo. Amém. Inspirai, ó Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las para que em Vós comece e para Vós termine tudo aquilo que fizermos.
Por Cristo Senhor Nosso. Amém. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós.
Em nome do Pai e do Pai e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, nesta Direção Espiritual, eu gostaria de falar para você a respeito de uma virtude importantíssima que é a condição de nós passarmos para a vida de santidade, chama-se "hypomoné", essa palavra hypomoné, pode ser traduzida como paciência ou traduzida como perseverança.
Em grego, o prefixo "hypo", quer dizer debaixo, hipotermia, temperatura baixa, não é isso? Agora, "moné", quer dizer que permanece debaixo de algo, quer dizer, você aguenta aquela cruz, aquela situação, e por que essa virtude é tão importante? Jesus nos explica a respeito dessa virtude quando fala a Marta: "Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas.
Uma só coisa é necessária: Maria escolheu a melhor parte", então, o que acontece? É o típico da pessoa que está aflita como Marta, agitada como Marta é o seguinte: a pessoa tem sim um fim último que é Deus, quer chegar à santidade e a Deus, mas o que acontece é que aquele não é o único fim daquela pessoa, enquanto você está voltado para Deus, para o céu, para a sua salvação eterna, felicidade eterna, existem outros vetores que te puxam para outros lugares, então o que acontece é que você termina perdendo aquele impulso, resumo, como diz lá aquela musiquinha do Julio Iglesias: "às vezes, sim, às vezes, não", ou seja, às vezes, você é de Deus, às vezes, está perdido, distraído, atarantado, levado para todo quanto é lado, deixa eu dizer e isso é o triste: arrastado pelas suas paixões. Esses vetores que confundem a sua vida o tempo todo são as paixões desordenadas, porque você já se converteu, suponho isso, né, estou aqui fazendo uma direção espiritual e estou supondo que na direção espiritual, os meus dirigidos espirituais já fizeram a opção por Deus, eu estou supondo que você está lutando já há muito tempo contra os pecados mortais, quem sabe até já se livrou os pecados mortais e já está lutando contra os pecados veniais, só que acontece o seguinte, a pessoa luta, luta, luta, chega uma hora que empaca e não vai para a frente, isso é uma coisa típica da vida religiosa.
Você veja, por exemplo, aquelas santas carmelitas que estão lá há 20, 30 anos no Carmelo, que pecado mortal elas fazem? Acho, espero, nenhum. Pecados veniais?
Raros, e, no entanto, não ficam santas e por que não ficam santas? Porque, vejam, elas entraram na Primeira Morada, Primeira Morada quer dizer: se converteu, largou os pecados mortais, mas aí decidiram por uma vida de oração, por isso estão no Carmelo, tem uma vida de oração íntima, etc. e tal, isso e aquilo, mas, para controlar as suas paixões desordenadas, elas se dedicam também a uma disciplina, a uma vida de penitência, a uma vida regrada e chegam na Terceira Morada se dedicando e empaca, não vai pra frente.
A santidade começa na Quarta Morada, só que no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho, e qual é a pedra no meio do caminho? É essa paciência divina que a gente tem que alcançar, é a paciência do próprio Cristo que diz: "Aprendei de mim que Sou manso e humilde de coração". Jesus diz isso no Evangelho quando diz: "Quem perseverar até o fim será salvo", se você for lá no grego, a palavra que está lá não é perseverança, a palavra que está lá é o verbo "hipomoneo", de hypomoné, "Quem tiver hypomoné até o fim será salvo", mas até o fim aqui não é até o fim da vida, até o fim quer dizer aqui, até o fim dessa passagem, até o fim deste túnel, porque aqui entre a Terceira e a Quarta Morada, aqui na Quarta Morada começa a santidade de verdade, tem esse negócio aqui que a pessoa tem que aprender realmente a ser pacífica interiormente, embora o mundo esteja agitado e despencando ao redor dela.
Você vai dizer assim: "Mas, padre, isso é impossível", e eu vou dizer: "Meu filho, é verdade, é impossível. O que é impossível para os homens é possível para Deus, por quê? Porque essa é a diferença do santo e do não santo, entendeu?
", esse pessoalzinho aqui, eles vão ser salvos, quem morrer na Primeira Morada, Segunda Morada, na Terceira Morada vão ser salvos, só que vão para o Purgatório, ó, lá assar no Purgatório, enquanto não prepara para o Céu, porque não foram santo nessa vida, não quer dizer que a pessoa é Quarta Morada e não tenha Purgatorio de jeito nenhum, isso é outra conversa, mas o que acontece é que não chegaram na santidade e a santidade, a gente chama uma pessoa de santo só a partir da Quarta Morada, porque Deus fez uma modificação, porque, a partir da Quarta Morada, a pessoa começa a agir de forma divina, é aquilo que chamamos de "dons do Espírito Santo", os dons do Espírito Santo são aquelas ações divinas em que você fica embasbacado, você fica de boca aberta: "Como esse cara conseguiu isso? ", não é Ele, é Cristo nele, como essa pessoa viveu isso? Não é ela, é Cristo que vive nela, mas, para que o Cristo viva nessa pessoa e aconteça isso, você tem que parar de ser esta Marta agitada, essa Marta agitada.
Essa Marta agitada Jesus explicou bem naquela parábola do semeador: "O semeador saiu para semear" e ele lançou a semente, quando ele lançou a semente, teve gente que nem ouviu, a pessoa que não ouviu é aquela que Jesus disse que o passarinho foi, a semente caiu no meio da estrada, o passarinho comeu a semente e levou embora e Jesus explica: "Esse passarinho é o diabo que pega a semente, leva embora e a semente nem brota", não acontece, é isso. Só que tem gente que ouve e brota, opa, aconteceu que brotou, essas pessoas que brotam a semente e que ouve a semente, ouve a palavra, essas pessoas se elas vão ouvindo a palavra, não somente deixam de, estão em estado de graça, deixam de ter pecado mortal, que é a Primeira Morada, como começam a ter uma vida de oração frequente, que é o próprio da Segunda Morada. Qual é a diferença entre a Primeira e a Segunda Morada?
A Primeira Morada você está em estado de graça, começou a rezar mais, a ter uma vida de oração séria, diária, íntima com Deus? Você está pondo o pé na Segunda Morada, está começando a ser melhor do que a maior parte dos cristãos que, infelizmente, não tem oração diária, íntima, e aí? Aí esta oração, vai ter que começar agora um processo de purificação que acontece aqui na Terceira Morada, é na Terceira Morada que você começa a pegar esses vetores todos tortuosos e com o seu esforço - claro, sempre com a ajuda da graça - mas com seu esforço, as virtudes humanas infusas, você começa a virar tudo na direção certa, você vai dizer: "Não, eu vou, eu tenho um problema de gula", aí você começa a comer em ação de graças, por amor a Deus, tem um problema com o sexo, você diz: "Não, eu vou praticar o sexo no meu amor a Deus só com a minha esposa, para levar os meus filhos para o céu", você tem um problema de apego ao dinheiro: "Não, eu vou usar o meu dinheiro somente para servir a Deus", etc.
, etc. , sim, isso é maravilhoso, isso vai acontecendo, você vai dirigindo as coisas e deixa de ser e vai deixando de ser aos poucos aquela Marta agitada no meio das panelas, e começa a fazer de Jesus a sua finalidade última, só que acontece o seguinte, infelizmente, esse seu esforço é bom, é necessário, mas não é suficiente, você tem que se esforçar mais ainda, mais ainda, mais ainda, até que bate no teto, você vê que não dá mais, tem que ser agora a misericórdia de Deus e Deus vai te dar essa paciência milagrosa dos santos. porque se você for olhar lá na parábola do semeador é isso, primeiro tipo de terreno: o passarinho levou embora, a pessoa nem ouviu a Palavra, quer dizer, ela nem quis meditar a Palavra; segundo tipo de terreno: caiu no pedregulho, logo brotou, alegre, mas o terreno era raso, quando saiu o sol queimou, quer dizer, são as pessoas que não querem fazer esse esforço pessoal, essa penitência pessoal, as provações vão acontecendo: "Ah, não, eu entrei pra Igreja, eu quis servir a Deus, mas não adiantou nada, continuo sofrendo, tem tormento, aliás, o tormento até aumentou", mas, claro, está achando o quê?
Que você vai começar a servir a Deus e o diabo vai achar isso uma gracinha? Não vai achar uma gracinha, o diabo vai atormentar você, lá no prostíbulo, na boca de fumo, na máfia, no meio do crime organizado, etc. e tal, o diabo deixa as pessoas em paz, sabe por quê?
Lá ele já venceu. Outro dia teve um rapaz aqui que foi batizado já adulto e ele veio perguntar pra mim: "Mas, padre, na Igreja o diabo não entra, né? ", eu disse pra ele: "Meu filho, é onde mais entra", não tem gente mais devota que o diabo, ele visita a Igreja o tempo todo, por quê?
Porque lá fora, no mundo, o mundo já é dele, a luta está dentro da Igreja, onde você acha que vai estar a luta? Só que tem uma diferença, o mundo lá fora está na mão do diabo e eles sofrem, sofrem porque o salário do pecado é a morte e vão se destruindo. Nós que optamos por Deus, que estamos em estado de graça, a gente sofre também, só que a gente sofre por amor, é diferente, então, Deus permite essa luta porque Deus quer ver o seu amor, Deus quer ver você lutar, mas lutar quer dizer o seguinte, você precisa ter esta paciência, esta perseverança, esta mansidão de coração, essa coisa interior que você precisa saber que na vida vai ter contrariedade, contrariedade, então, você vai crescendo de fé em fé, crescendo de fé em fé e vai adquirindo mais paciência, mais perseverança, mais paciência, mais perseverança, até que, finalmente, Deus te ergue, te dá essa paciência milagrosa e aqui surge o amor, aí a fé e o amor grudam, essas primeiras moradas são principalmente da fé que vai chegando mais perto, vai aparecendo cada vez mais forte a esperança, nessa vontade de crescer, de seguir, etc.
e tal, esperança, etc. e tal, quando Deus age e infunde, aí vem a caridade realmente, não que você não tenha a caridade desde aqui, você tem caridade, mas é questão daquilo que aparece mais, aquilo que fica mais claro. Talvez eu esteja sendo um pouco teórico, nós vamos ser agora mais práticos e concretos, pra gente concluir e amarrar para você entender, mas é que a gente precisa primeiro entender a mecânica dessa passagem.
E a mecânica da passagem é a seguinte: quando você se converte, você tem seus desejos, geralmente tem desejo de coisas fáceis de obter: sexo, comida, bebida, droga, é aquilo que chamamos de concupiscível, acontece, porém, que quando a gente para de desejar o fácil e começa a desejar Deus, aquilo que você deseja, começa a desejar um bem que é árduo, difícil de alcançar, quando o bem é árduo, a minha paixão animal, o que ela faz? Raiva. Porque é difícil, o cachorrinho está lá diante de um prato gostoso, ele está salivando, é o desejo, de repente, você põe a mão e tira dele, por que ele reage?
Porque se interpôs ao desejo dele uma dificuldade ali no meio, começou a ficar difícil, aí vem a raiva, vem a impaciência, vem a angústia, vem a ansiedade, você sente como se estivesse o tempo todo para não estourar, com um cavalo com a rédea curta, com um cavalo sapateando, querendo dar uma carreira, o cavalo querendo disparar, ele está querendo galopar e você está segurando a rédea dele no trote, segurando o bicho e o bicho quer andar e você segurando. O seu irracional, a pessoa telefona pra você, você diz: "Alô", aí ela pede aquele negócio que você não quer dar, por exemplo, o seu tempo, aí você diz: "Pois não", com aquela educação, mas dentro de você está assim, dentro de você dá vontade jogar o telefone no chão e pisar em cima, você não está pecando, você não está desejando mal para a pessoa, não, você está amando a pessoa, você diz: "Jesus, eu preciso amar esse ser humano que está aqui, esse ser uma não tem desconfiômetro que eu agora tenho esse negócio importante, ô Jesus, me dá paciência de responder com candura, me dá paciência de responder de forma educada, segura a rédea", e o cavalo sapateando, querendo galopar e você segura o cavalo sapateando no lugar, pronto. Veja, o que eu estou descrevendo aqui?
Eu estou descrevendo o esforço humano que, claro, qualquer esforço bom, principalmente para quem está em estado de graça, é sempre num esforço agraciado, Deus está ajudando você, mas é um esforço que você faz para contrariar as suas vontades, os seus caprichos e se você, enquanto contraria a sua vontade e seus caprichos diz: "Jesus, eu quando vou rezar, não tenho essa pressa de poupar o tempo para Você, para Vós, Senhor, para Vos amar, eu só tenho pressa de poupar o tempo para as minhas coisinhas. Jesus, eu quero Vos amar nessa pessoa agora, eu Vos adoro nessa pessoa que está agora no telefone, Vós sois o Cristo que estou atendendo no telefone", e coloca amor naquilo, se você for colocando um esforço vai ver que as coisas que estão indo na direção do bem árduo que é Cristo, aquelas flechas desorientadas vão indo e Deus vai ajudando você, mas isso, gente, se você tem uma vida de oração, isso vai crescendo cada vez mais. O fato é o seguinte, a maior parte das pessoas não cresce, elas chegam na Primeira Morada e evitam os pecados mortais, chegam na Segunda Morada, começam a rezar, chegam na Terceira Morada, começam a fazer penitências, penitências que elas querem, não venha contraria-las com injustiça, não venha contraria-las com uma doença que elas não esperam, não venham contraria-las com uma dívida, com um imprevisto, não venha contraria-las dizendo: "Calma!
", que aí, sobe nas tamancas, porque são muito inteligentes e racionais, começam a se justificar e fica feito cachorro correndo atrás do próprio rabo a vida inteira e não vai sair nunca da Terceira Morada, enquanto não aceitar a cruz do dia a dia: "Quem quiser Me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz dia após dia, renuncie aos seus caprichos e Me siga", senão você vai ficar entalado aí. Então, isso é uma coisa que a gente vê muito em direção espiritual porque as pessoas são muito vítimas, vítima no sentido ruim da palavra, não a vítima que se oferece a Cristo, você tem que ser vítima de amor, mas tem que parar de ser vitimista, tem que parar de se arrogar direitos que você tem, mas claro, lute pelos direitos dos outros, pela justiça para os outros, mas você tem que aceitar alguma coisa de desordenado na sua vida por amor a Cristo, desde que não prejudique ninguém, porque o Cristo aceitou a Cruz por você, então quando você fizer isso, vai ver que o seu coração vai se configurando ao de Cristo crucificado, o modelo é a paciência de Cristo crucificado, então o que ajuda muito, muito, muito, nesta fase, é a meditação da Paixão de Cristo, a meditação do amor de Cristo na Cruz, aí você medita, pede a graça, Deus vai fazendo a obra. tá bom?
Que Deus abençoe você. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
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