Com muita alegria, nós comemoramos hoje a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José, no contexto litúrgico do Natal. Na oitava de Natal, ainda comemoramos a unidade de Jesus com o seu pai adotivo, José, e sua mãe, Maria. Quando Deus quis se fazer homem e assumir a nossa natureza para nos elevar à sua condição divina, ele cria um contexto humano necessário para que o seu filho participasse da nossa vida plena.
A nossa vida começa como um bebezinho indefeso, inocente, frágil, totalmente necessitado da ajuda dos pais. Precisitamos 100% dos pais quando nascemos para aprender a comer, a fazer as nossas necessidades higiênicas básicas, para aprender a falar. E é exatamente esta passagem tão eloquente do evangelho que nós lemos hoje: que Jesus crescia nas três dimensões da nossa vida, em sabedoria, estatura e graça.
Crescia no corpo, se alimentava, cuidava do corpo da saúde física, cuidado pelos seus pais; a sabedoria, isto é, a sua alma, a sua inteligência moral, a sabedoria com a qual ele contemplava e percebia o mundo, aprendia a falar, mesmo sendo a palavra eterna de Deus; e graça, era educado na fé, na religião, na piedade. Nós vemos exatamente os seus pais indo a Jerusalém, subindo a Jerusalém. Isso significa que Maria e José eram piedosos, eram observantes.
Jerusalém, aqui, tem um significado messiânico, da cidade santa, da cidade sagrada, que simboliza o céu. Indo ao céu, a religião aqui é a preparação para o céu. Nós praticamos a religião não por necessidade social, por conveniência, por simples festejo humano.
É isso que o Natal não pode ser apenas, porque esse festejo humano, essa celebração social, tem um valor escatológico, tem um valor salvífico. Significa a unidade, o amor que nós teremos no céu. Não é apenas para festejar, celebrar aqui para ter prazer, para ter unidade social, para ter paz social e evitar a guerra, mas é para saborear a paz, a harmonia, a plenitude que nós teremos no céu.
E isso começa em casa, com a família. A instituição fundamental é a família. Por isso, o Natal é a festa da família e por isso nós a celebramos em família.
Então, a família é a primeira grande escola moral das virtudes, sobretudo a virtude da religião. É isso que Maria e José fazem com o seu filho, ao levarem-no para Jerusalém para celebrar a festa fundamental dos judeus, da Páscoa, que é a libertação do povo judaico da visão do Egito, passando 40 anos no deserto do Sinai até chegar à Terra Prometida. E por isso, Deus deu a Moisés a lei, pela qual o povo vai se orientar.
E nessa lei, há duas tábuas: a primeira tábua relativa aos mandamentos em relação a Deus: honrá-lo, amá-lo sobre todas as coisas, guardar o seu dia sagrado, o seu santo nome; e a segunda tábua se refere aos pais: honrar pai e mãe. Essa é o mandamento fundamental, e é esse mandamento que José e Maria honram com os seus pais, portanto, os avós de Jesus. Certamente, infundiram em Jesus, que lhes era submisso.
Jesus certamente cumpria plenamente o mandamento da lei de Deus, sendo ele próprio Deus, portanto, honrava pai e mãe. É impressionante a unidade das três leituras e do Salmo desta festa da Sagrada Família, porque Jesus era obediente ao pai e à mãe. Honrava o pai e a mãe.
Isso é muito importante, porque aprendeu certamente dos seus pais. Então, vamos analisar aqui a importância desse evangelho, porque eles vão a Jerusalém e quando voltam em meio às caravanas, às muitas caravanas dos grupos da Galileia, lá em Nazaré, no norte, ao sul da Judeia, na cidade de Jerusalém, quando foram voltar, Jesus ficou aparentemente em outra caravana, em outro grupo, em outro agrupamento. E os pais o perderam e, depois, começaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos.
E, depois, não o encontraram, voltaram a Jerusalém, e três dias depois — isso significa já os três dias em que Jesus permanecerá morto e ausente de nós, que é o drama da Páscoa antes da sua ressurreição no terceiro dia — onde eles o encontram? No templo. Ele é o templo.
Quando ele morrer no alto da cruz e disser: "Está consumado", o véu do templo se rasgará de cima a baixo, porque o antigo culto, a antiga aliança, deu espaço à nova aliança, que é a aliança eucarística do seu corpo e do seu sangue, então entregue e derramado por nós na cruz. Ele é o templo. Nele, nós podemos adorar a Deus em espírito e verdade.
Então, vejam que os pais, Maria e José, o procuravam angustiados, desejosos, aflitos, sedentos. E é isso que nós temos que fazer em relação à nossa vida espiritual: não só frequentar o templo, que é a igreja, que é o corpo místico de Cristo, onde nós o recebemos sacramentalmente na Eucaristia, mas procurá-lo, não deixá-lo se afastar de nós. Na verdade, ele não se afasta de nós, nós é que nos afastamos dele, nós é que o deixamos de lado em outras caravanas, digamos assim.
Então, não basta ser observante e cumpridor do ponto de vista dos ritos religiosos, mas também temos que ter Cristo muito perto e procurá-lo aflitos e angustiados quando eventualmente o perdermos. Isso é uma lição, porque Maria e José são o casal perfeito e o modelo perfeito. Por isso, devemos a Maria uma hiperdulia, uma máxima veneração e culto entre os santos, porque ela é uma santa, mas acima de todos os santos juntos e todos os anjos juntos.
E José merece um culto muito especial de protodulia, exatamente porque está muito unido a Maria e é o pai que educou Jesus, que formou Jesus e a quem Jesus confiou, a quem Deus confiou o seu filho unigênito, que é Jesus. Portanto, Maria e José. São os modelos máximos de santidade e merecem de nós toda a reverência, toda a atenção, todo carinho, amor, veneração e união.
Nós temos que ter uma piedade muito profunda à Sagrada Família de Nazaré, à mãe de Jesus, Nossa Senhora, que será celebrada como Mãe de Deus no dia primeiro de janeiro, ainda no contexto litúrgico do Natal, e a São José, o seu pai adotivo, que é o nosso pai e Senhor, que é aquele que cuida de nós também como pai e que nos mostra o caminho silencioso e de justiça e santidade com o seu filho. Então, eles o encontram no templo, e aqui Jesus está aos 12 anos, na transição aos 13; ele celebrará o Bar Mitzvah e se tornará um filho do mandamento. Ele se tornará um filho da promessa e responsável pelas suas obrigações religiosas, mas já aos 12 ele tem toda a capacidade humana de articular as verdades que ele eternamente já contempla e já sabe como sendo o próprio Deus.
Então, vejam aqui: é o mistério da união das naturezas de Cristo, a união hipostática de Cristo, que é ao mesmo tempo plenamente Deus e, portanto, está na eternidade e é a palavra eterna de Deus, mas que também é, como nós, plenamente humano e está no tempo, na história, na educação, na saúde, no ensino que se dá no tempo. Eu tenho filhos pequenos e acompanho gradualmente o aprendizado na fala, o aprendizado moral, o exercício da inteligência, da memória, da imaginação, da vontade e dos afetos. Jesus passou por tudo isso e a gente sabe que, no campo da educação e da saúde, no tempo, é necessário o cuidado dos pais como maiores educadores de uma criança.
E quem é que Jesus tinha como educadores? A educação nessa época não era na escola; ele não tinha um tutor fora, era dos pais. E, por isso, ele lhes era submisso.
Mas, antes, qual é o fundamento da submissão? Está na primeira tábua: nós honramos pai e mãe porque pai e mãe são piedosos, são cumpridores, porque nos ensinam a amar a Deus sobre todas as coisas. E, de fato, Jesus não confunde as bolas.
Primeiro, serve ao Senhor e diz: a primeira fala de Cristo no Evangelho é: "Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai? " A casa do seu Pai é o templo, é onde Deus se faz presente na antiga aliança, e essa nós temos que tornar a casa, a nossa casa, a casa do Pai.
Nós temos que transformar a nossa família numa família de Nazaré e a nossa comunidade familiar numa igreja doméstica em que nós prestamos culto e reverência a Deus. Por isso que Jesus era obediente a José e Maria, porque o fundamento da autoridade é a piedade. A autoridade é de Deus.
Cristo é Filho de Deus, é o próprio Deus, por isso ele é o Senhor e tem autoridade sobre nós. Nossa Senhora é a nossa Rainha. Nós somos servos de Maria exatamente porque ela é piedosa e remete a Deus, porque ela é a serva do Senhor: "Faça-se em mim segundo a tua palavra.
" Por isso, ela tem autoridade; por isso, ela foi coroada como Rainha do Céu e da Terra. Repito: o fundamento da autoridade é a piedade. A mãe de Jesus, Nossa Senhora, guardava todas essas coisas no seu coração; é um modelo de oração, de silêncio, de contemplação, de meditação.
Eu não entendo, mas eu creio. Por isso, Santa Isabel, nós vimos no quarto domingo do Advento, ao saudá-la, disse: "Feliz aquela que acreditou, porque ele será cumprido, porque ele será realizado. " Por causa da fé dela, ela receberá essa graça que lhe foi anunciada, porque ela acreditou.
Então, é isso que Deus quer de nós: uma cooperação, uma docilidade, uma submissão para que ele realize em nós a sua graça. E é isso que Jesus, um homem, fez: cresceu em estatura, cresceu no corpo, comeu, se alimentou, fez atividade, foi crescendo, cresceu em sabedoria na sua alma, na sua inteligência, no seu comportamento e em graça. É difícil entender Jesus crescer em graça.
A gente acabou de ler que em Lucas Maria tinha graça plena, que Maria não tinha como crescer em graça porque ela tinha graça absoluta, porque ela foi imaculada, inclusive foi concebida sem mácula. Mas Jesus crescia em graça, quer dizer que ele praticava, do ponto de vista humano, a virtude da fé, da esperança e da caridade. Isso é extraordinário; isso é um grande mistério.
E, de fato, diz São Paulo aos Efésios: esse é um grande mistério. O mistério da Sagrada Família é um grande mistério porque é o nexo que une natureza e graça. Natureza é o fato que nós todos temos pai e mãe, e Jesus tinha pai e mãe, numa unidade pedagógica.
Notem que Maria fala: "Eu e o teu pai te procuramos. " A unidade pai e mãe precisam estar muito unidos e buscar a pessoa certa, a coisa certa. E, nesse caso, buscar Jesus.
Pais e mães católicos, cristãos, precisam estar voltados a Jesus numa unidade, porque a sua autoridade vai estar fundada na piedade. Coesa, o filho não pode ouvir do pai uma orientação moral e da mãe outra. Que tragédia!
O divórcio ou os pais de religiões diferentes e de costumes diferentes, de valores morais fundamentais diferentes, porque a criança não sabe para onde vai, não sabe qual é o modelo, se sente perdida, se sente desnorteada. Toma partido de um lado numa briga. Os pais nunca devem brigar na frente dos seus filhos, diz São José Maria Escrivá.
Inclusive, eu gostaria de recomendar enfaticamente a homilia de Cristo que passa de São José Maria falando exatamente do matrimônio como vocação cristã, a santidade do amor humano que no de José Casto se manifesta pela pureza, já que Maria foi sempre Virgem. E aqui que entra a dimensão sobrenatural porque esta família. .
. Não é uma família qualquer; uma família composta por uma virgem. Nossa Senhora é virgem, Jesus é filho do Espírito Santo, é fruto da Graça.
Então, a gente tem a natureza e a graça interpenetradas, compenetradas da natureza que é levada ao nível da Graça de Jesus, que aprendeu a falar como a palavra eterna de Deus, que fez céus e terras, aprendendo a falar, balbuceando, errando a pronúncia, errando a concordância. Seria extremamente inaceitável, escandaloso, para um filósofo da antiguidade, que tinha um autoconceito do logos, da sabedoria do espírito imaterial, ões harmônicas do Cosmos, ligados à ciência, à matemática, à cosmologia, ter que olhar para uma criança. Como os Reis Magos se prostraram, como os anjos se prostraram e cantaram a glória, porque Deus estava plenamente presente.
Deus era esta própria criança; não a habitou provisoriamente, como se um espírito se incorporasse provisoriamente, de forma extrínseca, e depois deixasse o corpo como um receptáculo ou como nós deixamos um carro que utilizamos de modo mecânico, sem se confundir com ele. Mas não; Cristo assumiu a natureza humana, por isso crescia em Graça, crescia em sabedoria, crescia em estatura. Esse é o grande mistério: matrimônio e virgindade, esposos, teu pai, tua mãe; mas, ao mesmo tempo, Maria, plenamente entregue ao Espírito Santo e virgem.
Este é o grande mistério da Família de Nazaré, que tem uma dimensão plenamente moral. Quando nós pegamos as primeiras leituras, porque no livro do Eclesiástico, que era o livro que era lido na assembleia, na eclesia, um livro tão importante, escrito em grego, inclusive na tradição judaica, se lê: "Quem respeita o seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo de sua mãe. " A gente lê: "Deus honra o pai nos filhos e confirma sobre eles a autoridade da mãe.
Quem honra o seu pai alcança o perdão dos pecados, evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. " Ou seja, é a ligação das tábuas da lei mosaica que eu mencionei: honrar pai e mãe agrada a Deus, é a vontade de Deus perdoar os pecados dos outros, né? Honrar pai e mãe nos faz ter os nossos pecados perdoados.
Quem honra o seu pai terá alegria com seus próprios filhos. Então, há uma. .
. você é filho e será pai, e será um bom pai tanto quanto o seu pai foi para você, com todas as suas dificuldades e limitações; ele lhe deu a vida. Honrar aqui significa a gratidão profunda que todo filho tem que ter em relação ao pai.
O pai participou da Criação Divina do seu corpo; Deus criou a alma, mas a sua alma está unida substancialmente ao seu corpo, e foi o seu pai que lhe deu, junto com a sua mãe. Então, a gratidão a Deus pela vida passa pela gratidão ao pai, que nos deu o corpo e que nos deu a educação. Com todas as suas limitações, você não tem José e Maria como pais na terra, mas os tem no céu; pode chamar São José de pai, pode chamar Maria de mãe, porque, de fato, são.
Nós participamos da vida de Cristo como cristãos. No Salmo, nós lemos: "Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas o seu caminho. " Para grande parte de nós, o caminho será o caminho matrimonial.
Nós somos filhos; todos somos filhos, não existe quem não seja filho, e a maioria de nós será pai na carne. Outros serão pai no espírito. Os que são pai na carne têm que cuidar, têm o dever de trilhar o caminho da piedade, para que os seus filhos se espelhem neles.
O maior exemplo, a maior educação dos nossos filhos é pelo exemplo, é realizando, é fazendo o que nós queremos que eles façam. E por isso, a segunda leitura de São Paulo aos Colossenses traz uma exortação moral de vida cristã que os pais devem ter em relação aos filhos. Por isso, o lecionário inclui, no final, um trecho da família, da relação dos cônjuges entre si e dos pais em relação aos filhos, e dos filhos em relação aos pais.
Porque vejam o que diz São Paulo: "Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. " Deus nos elegeu, Deus nos selecionou, Deus nos indicou. Este, o nosso livro, está escrito no livro da vida; o nosso nome está escrito no livro da vida.
Deus nos amou, nos selecionou. Por isso, cabe a nós uma responsabilidade moral tremenda de sermos dóceis a esta graça. Revestimos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, porque Deus é assim.
Cristo é assim: "Aprendei de mim, sou manso e humilde de coração. " E a gente pode pensar que Maria e José tinham maximamente essas virtudes e que nós devemos ter no trato doméstico, claro que na sociedade em geral, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente. Quem convive muito, quem está muito perto, pode ter atrito, pode ter uma rixa, porque está muito perto, inclusive muito perto dos defeitos que nós todos temos, inclusive os nossos pais.
Perdoando-vos mutuamente, como o Senhor vos perdoou, assim perdoai a vós também. Nós rezamos isso no Pai Nosso: "Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. " É como uma condição.
Depois, essa é uma das cláusulas que o próprio Cristo explica no Sermão da Montanha: "Se não perdoardes, não tereis os vossos pecados perdoados. " Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, porque o amor é o vínculo da perfeição. Este é o vínculo do amor familiar: um amor incondicional que os cônjuges rezam e votam ou juram no altar ser, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença; é um amor eterno, que é o amor do próprio Deus no nosso coração.
Amor que não tem fim, amor que não tem condição. Por isso, vem a paz de Cristo: que a paz de Cristo reine em. .
. Vossos corações, a qual fostes chamados como membros de um só corpo, é a Igreja, que é o corpo Místico de Cristo. E nós estamos enxertados neste corpo pelo batismo no galho dos nossos pais, que Deus queira, são cristãos que nos batizaram e nos educaram na fé.
E, se não nos tiverem dado a melhor educação católica possível, nós a daremos aos nossos filhos com toda condescendência, amor, compreensão e misericórdia, pelas suas limitações, pela sua falta de fé, pela sua eventual descrença, pelos seus pecados, pela sua vida torta. Não interessa: nós intercedemos pelos nossos pais, pedimos por eles, rogamos a Deus que tenha piedade e misericórdia deles. Um filho pode salvar um pai, assim como um pai pode salvar um filho.
Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós! É isso que nós estamos fazendo aqui, nessa reflexão da liturgia da palavra: deixando a palavra de Deus habitar em nós, florescer, fecundar e crescer como crescia em Cristo, em sabedoria, estatura e graça. Ensinai e mostrados uns aos outros, com toda a sabedoria, em casa: a esposa admoestando e ensinando o marido; o marido admoestando e ensinando a esposa; os pais ensinando, admoestando os filhos, eventualmente, sem subrogar a autoridade do pai; o filho ajudando o pai.
Do fundo do vosso coração, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais em ação de graças. Ação de graças, gratidão! Vejam que a leitura do lecionário está nos mostrando essa leitura de São Paulo aos Colossenses em relação à família, porque a festa da Sagrada Família.
Então, a gente vai fazer isso em casa, na missa, na igreja. Tudo que fizerdes em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por isso, nossos filhos vêm, que nós acordamos, comemos, descansamos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; em nome de Jesus Cristo, nós agradecemos os alimentos.
Nós temos as práticas de piedade: o rosário, a ação de graças, o agradecimento das refeições, o oferecimento das obras. Tudo isso os nossos filhos percebem: que Cristo está presente no nosso coração, com naturalidade, e que nós amamos o nosso Senhor e amamos a nossa vocação matrimonial e os educamos com toda a dedicação, mesmo com as nossas imperfeições. Isso vai infundir no coração dos nossos filhos gratidão.
Esposas, sede solícitas com os vossos maridos, como convém no Senhor. Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. Isso é a mansidão, o carinho, a compreensão.
E, depois, filhos, obedecei em tudo os vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor, como Jesus era submisso e obedecia a José e Maria, mesmo sendo Deus. Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem. Então, esta é uma liturgia extraordinária; é uma festa muito importante para que nós tomemos consciência da nossa grande vocação, desse grande mistério, como dizia São Paulo aos Efésios, que é o matrimônio cristão e a consequência natural, que é a geração e a educação de filhos, para que eles cresçam como Cristo, em sabedoria, estatura e graça.