Você pode falar uma vez que teu filho te obedeça, sabia? Filho? Por favor, vai tomar banho.
Não. Se você tá pedindo uma coisa para ele, ele tem direito a decir sim ou não. Você pede para mim, Ivana, você me alcança o copo, você tá me dando o direito de eu falar quero ou não quero.
Então não é um pedido, é uma ordem, é uma imposição. Filho, daqui a 10 minutos você vai tomar banho. É uma decisão que você tomou por ele.
Ah, como assim? Eu vou impor, eu vou dar ordem. Lógico que você vai impor e vai dar ordem.
É assim, é claro que você tem que decidir coisas pelo teu filho até ele estar pronto para decidir por si só. Então você não tá pedindo para ele, você tá decidindo por ele, não tá perguntando a ele se ele concorda. Eu vou tomar decisões pelos meus filhos.
Por quê? Porque eles precisam. Porque eles não são capazes de tomar decisões por si.
Eu não vou perguntar a eles o que que eles opinam, porque eu tô tomando decisões logo por esse motivo, porque eles não estão prontos, não tem maturidade ainda para isso. Então não é um pedido, filho. Pelo amor de Deus, guarde os teus brinquedos.
Não é um pedido. Não é um pedido. É uma ordem.
Filho, guarde os teus brinquedos. Hora de guardar os brinquedos. Aí se ele guarda os brinquedos remongando, ele vai fazer: "Ai, eu não quero.
Eu odeio guardar brinquedos". Tudo bem. Qual é o problema dele expressar que não gosta de guardar os brinquedos?
Tá tudo bem. Ele toma banho chorando. Tá tudo bem.
Você pode acolher. Eu entendo. Deve ser difícil não gostar de guardar brinquedo e ter que guardar brinquedo todos os dias.
Ele tá no direito de não gostar de guardar brinquedos, mas ele tem a obrigação de guardar os brinquedos porque você decidiu, porque você mandou. Limite, meninas, que medo que as mães têm de colocar limite no filho. A técnica dos 10 minutos é uma técnica que eu uso há muitos anos.
Ela funciona muito bem e é uma técnica que não é pra criança, é uma técnica que é pra gente, é uma técnica que vai moldar o teu comportamento em relação à criança. Então é assim, quando a criança tem que fazer uma coisa e você já sabe que ela não quer fazer, você avisa no possível, você avisa 10 minutos antes, dependendo da idade da criança. Se for uma criança menor de 3 anos, avisa 2 minutos antes.
Se for uma criança de 5 anos, avisa 5 minutos antes. Se for uma criança de 7 anos, 8 anos, avisa 10 minutos antes. Então, uma situação que você tem que colocar um limite.
Teu filho tem que tomar banho e ele não quer tomar banho, nunca gosta, não gosta de tomar banho. Então você vai avisar primeiro, filho, daqui a 10 minutos você vai tomar banho e ele vai falar: "Não quero tomar banho. Eu odeio tomar banho.
" E você só vai acolher o que a criança sente. Você diz que não quer tomar banho, que você quer ficar ali brincando, que você odeia tomar banho. Eu entendo, mas daqui a 10 minutos é hora de tomar banho.
Então, quando você avisa antes, você dá o tempo pra criança poder desapegar do que ela tá fazendo e se preparar para ir fazer aquilo que você mandou. É um tempo que você dá, faz com que você respeite o tempo da criança. É um sinal de respeito para ela, sabe?
Você não chega chegando. Hora do almoço, vai, guarda tudo, vamos. como se nada estivesse acontecendo antes de você chegar e falar hora do almoço.
Então é um tempo que dá pra criança poder se preparar, mesmo que ela não queira ir tomar banho. E ela te ignorou e continua ali brincando. Mesmo que pareça que ela não tá se preparando, ela tá se preparando.
Ela sabe que logo logo vai ter que ir tomar banho. Então você avisa daqui a 10 minutos vamos tomar banho. Não quero.
Aí você acolhe o que a criança sente. Não discute, não briga com a criança. Acolhe o que ela sente.
OK. Eu vejo que você não quer tomar banho. Eu queria continuar ali brincando, mas daqui a 10 minutos é hora de tomar banho.
Afirma. Acolhe o que a criança sente, não discute, pelo amor de Deus. E afirma de novo a regra: tem que tomar banho ou tem que escovar o dente ou a gente vai sair ou tem que colocar o pijama ou vai desligar a TV, o que for.
Depois de 10 minutos, não é que você avisa paraa criança, daqui a 10 minutos vai tomar banho e aí você desliga e deixa a responsabilidade com a criança. Ela não tem capacidade de se responsabilizar por fazer algo que ainda por cima ela nem quer fazer. Então a responsável de ver os 10 minutos é você.
Por isso que eu digo, isso é uma técnica que vai moldar o teu comportamento. Você não pode deixar pra criança decidir tomar banho quando ela quiser, entendeu? Nin vai deixar pra criança ser responsável por isso.
Às vezes você fala assim: "Ó filho, tá na hora de dar a comida pro cachorro e você vira as coisas, vai embora fazer outra coisa, daqui a pouco você volta". Ainda não deu de comer pro cachorro? Não, a criança viajou, esqueceu, ela precisa que você seja guardada do tempo.
Então, daqui a 10 minutos, você vai voltar e vai falar: "Filho, já passou os 10 minutos, agora tem que tomar banho. " Muitas vezes a criança sente a tua firmeza e já teve esse tempo de preparação. Então ela vai, mesmo não querendo, ela fala: "Ah, eu não queria tomar banho".
E vai lá e vai tomar banho. Mas imagina que ela não quer. Ela fala: "Não, mas eu não vou tomar banho você vai acolher o que a criança sente.
Você não quer tomar banho? " Eu entendo, deve ser difícil mesmo ter que tomar banho obrigado todos os dias, sendo que você não gosta, mas agora tá na hora de tomar banho. Então de novo, acolhe o que criança sente e afirma a tua regra.
Aí onde muitas mais se perdem, por comecem a discutir com a criança, tem que tomar banho, não seja porco, você vai ficar limpinho, é muito melhor para você, é sempre a mesma coisa. Então, a energia que você tem para ser mãe, para gastar na maternidade, você perde numa discussão com a criança totalmente à toa. Você se desgasta, explode, grita e acaba mandando a criança aos berros a tomar banho.
Essa cena toda, esse show todo, você não precisava ter feito. Acolhe o que a criança sente. OK, você não quer tomar banho.
Eu tô entendendo, mas agora tá na hora de tomar banho. Aí se ela não vai e ela disse: "Não vou, eu vou continuar desenhando. Ei, você quer continuar?
" continuar desenhando e ela vai falar: "Sim". Aí você fala: "Você pode continuar desenhando? " Afirma o que a criança quer.
Você pode continuar desenhando, mas primeiro tem que tomar banho. Então, organiza, acolhe o que a criança sente, escuta o que ela quer, afirma o que ela quer e depois coloca ordem. A criança se sente ouvida por você, ela se sente compreendida e não se sente negada.
É igual a gente. Se você vem falar para mim, Ivana, eh, o meu marido me largou e eu tô triste. E eu falo para você que nada, para de bobagem, vamos brincar, como você vai se sentir?
Caramba, Ivana não entende, não me acolhe. Você tem uma necessidade de compartilhar um sentimento comigo e eu tô negando e eu tô fazendo de conta que não existe. Então você não vai se abrir para mim, você não vai confiar em mim.
Quando a criança se sente ouvida, e eu não quero que vocês fincham que ouviram a criança, fica repetindo tipo: "Ah, filha, eu entendi, mas agora tá na hora de tomar banho. " Não, eu quero que vocês escutem de verdade o que a criança tá falando. Ela odeia tomar banho, ela quer ficar desenhando e ela tá muito chateada, ela tá muito triste.
Escuta e afirma. Entende o que? Entende teu filho, se coloque no no lado dele.
As mães têm medo de compreender o filho e se colocar no lugar dele porque tem medo de perder autoridade. Você diz assim: "Se eu entendo meu filho, então vou deixar fazer ele o que ele quiser. " Não, não se confunda.
Acolher a criança não é deixar fazer o que ela quer. Acolher a criança é acolher a criança, acolher o que ela sente. Caramba, recebe o que ela tá sentindo.
Por que que você começa a discutir com a criança porque ela não gosta de tomar banho e ela quer continuar desenhando? Você se enreda toda. Não, agora tá na hora de tomar banho.
Chega de desenho. Por que você fica brava? Por qual motivo você ficou brava?
Porque a criança tá expressando o que ela quer. Porque ela tá resistindo. Lógico que ela vai resistir.
Se ela não quer tomar banho. Tudo que a gente não quer fazer, a gente tem uma resistência para fazer. É lógico.
Cabe a nós estarmos firmes o suficiente para criança poder ultrapassar essa resistência. Então a criança disse assim: "Não quero, mãe, eu vou mesmo ficar aqui desenhando, não vou tomar banho". Não deixe a criança continuar desenhando.
Não deixe. Não deixe. Coloque a mão, tire a caneta, mas acolhe e reflete.
Você quer continuar desenhando. Eu entendi. Você pode continuar desenhando, mas primeiro tem que tomar banho.
Afirma, acolhe e coloca regra de novo. Você vai ficar ali o tempo que for necessário. Não vai levar a tua filha ou teu filho puxando pelo braço porque tem que tomar banho agora.
Tira esse agora. Porque o que a gente vai fazer é dar o tempo pra criança decidir se render a tua guiança. Aí quando eu falo é o tempo que você dá para ela decidir tomar banho, o que não significa que ela possa escolher tomar banho ou não.
Entendem? É um detalhe. Você não tá dando a escolher que tomar banho sim ou não.
Se não tomar banho, você vai de castigo. Caramba. Você tá orientando teu filho e tá dando a ele espaço para ele escolher se quer ou não quer.
O limite ele não tem consequências. O limite ele é um limite que vai acontecer. O que você pode sim, por uma questão de respeito e também para deixar que teu filho aprenda a se render à tua guiança, aprenda a desistir e a dizer: "Ok, mãe, eu vou tomar banho".
Você vai deixar o espaço para ele decidir, mas ele não pode fazer outra coisa. Não deixa ele fazer mais nada. Continua espelhando, continua refletindo, continua colhendo o que ele sente e afirmando.
Mas agora tá na hora de tomar banho. Aí eles começam a dizer assim: "Tá doendo muito minha barriga". Eles começam a inventar coisas.
Ai, tá doendo minha cabeça. Tô com muita fome. Então, você vai afirmar para de novo para criança.
Tá doendo muito tua cabeça. OK, você pode descansar, mas primeiro eu tenho que tomar banho. Eu tô com fome, morrendo de fome, mãe.
Não posso tomar banho eu com fome, mãe. Aí você fala, você tá com muita fome, filha. Você pode comer, mas primeiro tem que tomar banho.
Você insiste. Você tá ali, não deixa o teu filho fazer outra coisa, porque você é o limite firme. Não deixa teu filho fazer outra coisa.
Mas contempla o comportamento dele, as saídas dele, as os argumentos que ele te ver. Só que não se perca nos argumentos, não se perca numa discussão com teu filho. Você não tá ali discutindo com teu filho se ele vai tomar banho ou não.
Essa é tua decisão. Você não tá dando escolher a ele se ele quer tomar banho ou não. Essa é tua decisão.
Calma. Você tem direito de mandar o teu filho tomar banho, se ele concordar ou não, eu te dou esse direito. Eu vou te dar o direito de ser autoridade do teu filho.
Ok? Você tem esse direito. Pronto, Ivana deu esse direito para você.
Pare de chorar, de fazer birra, de tentar discutir com teu filho, de tentar convencer ele de que ele aceite que você é autoridade. Pare de fazer esse drama todo, esse escândalo todo. Você não precisa de gastar a energia à toa.
Se teu filho tá habituado a que você usa chantagem, ameaças, joguinhos, combinados, filho, se você toma banho agora, depois a mamãe te dá um sorvete, esse tipo de coisas. Essa criança já tá habituada a discutir com você sobre a ordem que você tá lhe dando. Então vai ter um período de adaptação do teu filho.
Vai demorar mais tempo. Desde o momento que você fala: "Daqui a 10 minutos tem que tomar banho. Depois você volta, já passou 10 minutos, agora tá na hora de tomar banho.
Até a hora dele aceitar e se render e dizer OK" e ir pro banheiro, vai demorar mais. Faz o que eu tô falando. Simplesmente reflete o que a criança tá falando.
Repete o que ela tá falando, acolhe como ela tá se sentindo. Afirma: "Eu não quero tomar banho agora. Eu quero assistir um filme.
Você quer assistir um filme? Você não quer tomar banho. Você pode assistir um filme, mas primeiro tem que tomar banho.
Só isso é o que você tem que fazer. Mais nada. Aí no meio da história, o teu filho chutou o armário.
E aí vai limite? Você não vai refletir isso. Ai, você quer chutar o armário, filho.
Não, você vai falar não, pera aí. Chutar o armário não pode. Coloca limite no comportamento.
No meio disso tudo, ele puxou teu cabelo. Ei, puxar o cabelo da mãe, você não pode. Coloca o limite, pelo amor de Deus.
Não vai ficar, ai, você quer puxar o cabelo da mãe, mas agora que tem que tomar banho. Não, né? Coloca limite no comportamento errado que ele tem.
Acolhe o que ele sente. Eu tô com raiva. Você tá com muita raiva.
Eu entendo, filho. Dá raiva mesmo. A gente tem que fazer uma coisa que não quer.
Se coloca no lugar do teu filho. Não tenha medo de se colocar no lugar do teu filho. Não tenha medo de entender de verdade o lado do teu filho.
Então é muito bom você colocar as regras e decidir aquilo e não duvidar mais depois que você vai ter que enfrentar todos os argumentos e as coisas que teu filho colocar. você ficar ali com teu filho, refletindo, acolhendo e dando a ordem, lembrando da ordem, vai trazer pro teu filho uma facilidade de aceitar. Por quê?
Porque antes você falava assim: "Filho, você tem que tomar banho, vai tomar banho". E você virava as costas e vai fazer outra coisa. E teu filho ficava entretido fazendo outra coisa.
Daqui a pouco você voltava: "Você ainda não tomou banho. Então teu filho tá habituado a que? " Minha mãe fala e não faz.
Minha mãe fala e não acontece. Então, não levo a sério o que a minha mãe fala. Assim, a maior parte das crianças está habituada a isso.
Não leva a sério o que a mãe fala. Por quê? Porque a mãe não está comprometida com o que ela tá falando.
Se você falou pro teu filho, tem que tomar banho, você vai ficar ali até isso acontecer. Não abre mão do teu filho. Quanto mais vezes você concluir esse processo até que a criança se rende, mesmo que demore uma hora, mais fácil é pra criança aceitar.
Minha mãe fala e eu tenho que fazer. Passa de novo. Outro dia.
Ah, minha mãe fala e eu tenho que fazer. Minha mãe fala e eu tenho que fazer. Até que chega um momento que você fala: "Filha, daqui a 10 minutos você vai tomar banho.
" Depois você volta e fala: "Filha, tá na hora de tomar de tomar banho. Tá bom, eu não quero tomar banho, mas ela tá indo tomar banho. " Você reconstruiu a relação de autoridade com teu filho, fazendo esse trabalho de acolher, aceitar, validar e colocar o limite e deixar o tempo que ele precisa para se render a tua guiança.
Toda vez que teu filho disse: "Tá bom, eu vou fazer". é uma vitória. Faz parte da aprendizagem para ele aceitar que vai ter que fazer coisas na vida dele, que tem que fazer coisas na vida dele de fato, mesmo não querendo, que isso é uma obrigação.
Quando você ajuda o teu filho a desenvolver a capacidade de aceitar, eu quero e não posso ter, eu não quero e vou ter que fazer, você ajuda teu filho a ter uma vida mais fluída, com menos frustrações. A birra, por exemplo, é a incapacidade de aceitar. que eu quero e não posso.
É a incapacidade de aceitar que e nessa vida nem tudo o que eu quero vai acontecer, nem tudo vai ser do jeito que eu quero. Você briga com a criança e fala para ela: "Não é tudo como você quer. " Caramba, não esfregue isso na cara.
Você tá vendo que teu filho tem dificuldade em aceitar que não é tudo como ele quer. Não é por um acaso que ele tem dificuldade, é porque realmente as crianças elas acreditam que elas podem fazer tudo. Então para elas é difícil ir descobrindo na vida que não é tudo que elas querem que pode acontecer.
É difícil isso para elas. Por que que você enfrenta? Por que que você briga?
Por que que você luta com teu filho? Entenda. Então chega uma hora que você fala uma vez e teu filho te obedece.
Não é longe, não é distante, não é algo tão absurdo. Quando eu falo paraas mães, você pode falar uma vez e que teu filho te obedeça, sabia? Ah, sim, só se for encontro de fadas.
Ah, sim, só se for em outra vida. Ah, só se for com outro filho. Não é, não é.
É algo muito próximo. Quando você consegue ter autoridade, é fácil. Eu tenho que falar para minha filha tomar banho uma vez por dia, escovar o dente três vezes por dia, ir pra escola uma vez por dia.
E não é um momento cansativo, é assim como passar um pano na mesa, falar para ela, vai tomar banho. É muito fácil. Então você pode viver a maternidade com leveza e sem esforço.
Entendem o que eu tô falando? É algo real, você consegue. Gratidão pela companhia.
A gente se encontra. Beijos. M.