Unknown

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No instante da escrita, você não está apenas criando um texto; você está, sim, criando a sua própria vida. A escrita é a ferramenta humana mais poderosa, a expressão mais perfeita e mais autêntica do que se vê, do que se sente, do que se vive. Pense em um momento marcante da sua vida, um daqueles instantes decisivos que mudam o curso da nossa vida para sempre. Pensou? Pense, mas pense mesmo! Pense aí com você. Eu tenho certeza de que essa lembrança já está um pouco nebulosa, desbotada, sem muitos detalhes. No fim das contas, você não apenas
esqueceu algo que lhe aconteceu; não, você perdeu uma parte de si mesmo. Agora imagine como seria se você tivesse colocado essa história em palavras: as cenas, suas impressões, seus sentimentos, os gestos, olhares, diálogos, cenários, cores, sons, e como tudo isso ecoava dentro de você. Sim, nesse caso, o texto permitiria que você vivesse aquele momento. Um pedaço de nós, da nossa história, está lá, pronto para ser revisitado e, de algum modo, revivido. Essa é a grande preciosidade que a escrita tem: cristalizar a experiência, não deixar que o tempo corroa o que merece ser lembrado. Esse é
um dos poderes da escrita, da escrita autêntica, da escrita criativa. É isso que eu vou te apresentar na segunda edição do evento "O Poder Mágico da Escrita Criativa", uma série de três aulas gratuitas e diretas ao ponto para você descobrir como, agora em 2025, transformar as suas experiências e as suas memórias em textos que vão ficar para sempre. A escrita criativa é a melhor forma de perceber mais sobre as coisas que te acontecem, mais sobre as pessoas que te cercam e sobre o mundo ao seu redor. Ela faz você se conhecer a si mesmo, faz
você conhecer os seus pensamentos, as suas certezas, as suas angústias, os seus sonhos, até os seus sonhos mais insanos. Escrever, meu caro, é cultivar um olhar de criança, um olhar livre; é uma disposição de abertura para o mundo, uma curiosidade inesgotável pelos detalhes da vida, por toda a experiência humana. Escrever é a arte de observar, de se encantar, de revelar o extraordinário que há nas coisas mais comuns. É com esse hábito que você descobre que dentro de você existe um oceano de ideias, existe um talento adormecido, existe um impulso criativo estimulante, efervescente. Porque a escrita,
a escrita criativa tem justamente esse poder de revelar que você é muito, muito maior do que tudo que você imagina. E, francamente, não, ela não é nenhum bicho de sete cabeças, como ficam dizendo por aí! Mas é claro, é claro que você vai precisar das técnicas certas para que a escrita provoque esses efeitos na sua vida e na vida dos seus leitores. É por isso, é por esse motivo que você deve participar da segunda edição do meu evento "O Poder Mágico da Escrita Criativa". Serão três aulas gratuitas e diretas ao ponto que vão acontecer nos
dias 3, 4 e 5 de fevereiro, sempre às 20 horas. Três atitudes vão fazer com que a sua escrita se torne muito, muito mais criativa. Um escritor que é escritor não fica sem uma branquinha, uma dose no café da manhã, para começar as páginas matinais daquele jeito? Dois: no ritual do escritor criativo, não pode faltar um mantra: "Chá, kirtan, Krishna, não; kishna não; it, Douglas, seja um canalha, despreze os gestos de carinho, pratique o bom e velho bullying." O escritor precisa ser meio diferentão para escrever com personalidade. Muita gente tem essa visão absolutamente lunática da
escrita, como se para escrever você precisasse agir como um astro de rock em Woodstock! Porque isso é uma completa bobagem, meu velho. Para que, neste ano de 2025, você crie o hábito da escrita de uma vez por todas, você precisa tomar uma decisão agora: participar da segunda edição do evento "O Poder Mágico da Escrita Criativa". Serão três aulas gratuitas e diretas ao ponto para você descobrir como, em 2025, transformar as ideias, os talentos e a criatividade que você já tem em textos memoráveis. Será nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro, sempre às 20 horas.
Escrever é a maneira mais profunda de pensar, é se colocar diante do espelho, diante das suas imperfeições, diante dos seus erros e dos seus temores. É reviver boas memórias e encontrar momentos luminosos, porque no instante da escrita você não está apenas criando um texto; você está, sim, criando a sua própria vida. Escrever é não viver distraído, é a arte de observar tudo que costuma ser ignorado. Toda experiência revela algo da vida. Escrever desperta interesses inesperados, ideias esquecidas, talentos adormecidos. Escrever é vencer o tempo, é cristalizar memórias, é não deixar que o tempo coroa tudo o
que merece ser lembrado. A escrita é a ferramenta humana mais poderosa, a expressão mais perfeita e mais autêntica do que se vê, do que se sente, do que se vive. E é exatamente esse poder que você vai experimentar na segunda edição do evento "O Poder Mágico da Escrita Criativa", uma série de três aulas gratuitas e diretas ao ponto, para você sentir a transformação que a escrita é capaz de provocar na sua vida, fazendo você descobrir que você é muito, muito maior do que tudo o que você imagina. A criatividade é um músculo que, quanto mais
você exercita, mais forte você fica. Agora, você precisa saber de uma coisa: existem várias formas de você exercitar a sua criatividade, mas uma delas é a melhor de todas: a escrita criativa. Porque existe, meu caro, um poder mágico, um poder estimulante na escrita criativa que é capaz de fazer a sua criatividade entrar em erupção, capaz de fazer você encontrar a sua própria voz e se diferenciar no meio de tanto mais do mesmo. E, com as técnicas certas, você vai descobrir que dentro de você há muito, muito mais. Ideias e talentos do que você imagina, sim,
bem aí dentro de você. E é exatamente isso que eu vou te apresentar na segunda edição do meu evento "O Poder Mágico da Escrita Criativa", uma série de três aulas gratuitas e diretas ao ponto que vai acontecer nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro, sempre às 20 horas. Muito bem, muito bem, estamos ao vivo! É isso mesmo, não é possível! É sério mesmo, é! É verdade! Não, não é possível! Essa é minha equipe: quando eles trabalham, a coisa funciona. Viu? Essa equipe é incrível! Sempre tudo dá certo, é um negócio inacreditável! Inacreditável! Muito bem,
estamos ao vivo! Muito bem, muito bem, meus caros! Muito bem, finalmente chegou o grande dia, o dia em que nós vamos dar início à segunda edição do evento "O Poder Mágico da Escrita Criativa". E é uma alegria estar aqui com vocês, uma grande alegria! Sejam todos muito bem-vindos ao nosso encontro, a esta nossa incrível jornada em que vocês vão descobrir o poder único e mágico que a escrita tem de despertar a grandeza que está aí escondida em cada um de vocês. Bom, é o seguinte, pessoal: vamos lá, então! Coloca um coraçãozinho no chat quem adorou,
quem amou a nossa maravilhosa campanha publicitária. Hã, quem gostou da campanha coloca um coração aqui nos comentários do YouTube, porque eu vou confessar uma coisa para vocês: as gravações desta segunda edição foram ainda mais divertidas do que as do ano passado, e eu sei que vocês se divertiram junto comigo, né? Os comentários que eu recebi, bom, os comentários foram todos positivos. Deem uma olhada em alguns comentários que a minha equipe separou para vocês. Olha quantos corações explodindo aqui nos comentários do YouTube! Então, por exemplo, olha aí: "Show, parabéns pelo vídeo e criatividade maravilhoso!" A outra
pessoa: "Nada melhor que uma propaganda criativa para falar de criatividade!" É exatamente isso! Claro, como é que você vai falar de escrita criativa fazendo o que todo mundo faz sempre? Isso aqui está infinitamente melhor do que qualquer Netflix da vida! Ótimo, o homem se tornou meu influencer favorito! Essa ficou maravilhosa! Muito obrigado, Gab! Olha aí, maravilhosos seus posts. Parabéns e obrigada por me fazer rir e me inspirar ao mesmo tempo! Perfeito, perfeito! Isso é muito importante: a gente perceber que o humor também transmite verdade, né? A literatura está repleta de grandes artistas, de grandes satiristas,
né? E que transmitiram verdade da mesma maneira que escritores sérios. Eu realmente vi que vocês estavam ali se deleitando com cada roteiro, com cada edição de vídeo. E eu contar um segredo para vocês: quando eu prestei vestibular, né, quando os dinossauros ainda caminhavam sobre a terra, a minha primeira opção foi artes cênicas. Mas como eu zerei em química, eu fui fazer letras. Então, imaginem como eu me realizo nessas campanhas! E eu vi que vocês também se empolgaram de um jeito que me faz falar agora uma coisa muito séria. Hoje aqui, nós estamos todos reunidos porque
nós vamos formar uma unidade de pessoas criativas, de pessoas que querem pensar fora da caixinha, de pessoas que querem criar textos que encantem, que façam as pessoas rirem, chorarem, textos que sejam tudo menos coisas indiferentes, aborrecidas ou tediosas. E vamos combinar uma coisa: o mundo tá cheio de textos tediosos e cansativos. E talvez esta seja a primeira lição desta noite: isso que minha equipe e eu causamos em vocês nesta campanha é o que vocês precisam causar nos seus leitores. Quando vocês forem escrever, tirem seus leitores da banalidade do cotidiano, mostrem para eles que a vida
é muito maior do que eles pensam. E é isso que eu vou ensinar para vocês a partir de agora! Então, vocês já perceberam que o momento da piada passou, o momento da brincadeira passou. Agora a coisa é séria! Então, se preparem! Peguem papel e lápis ou caneta e vamos em frente nesta nossa primeira aula. Bom, para quem não sabe, meu nome é Rodrigo Gurgel. Eu sou professor, sou escritor, sou crítico literário, autor de cinco livros. E hoje é um dia muito, muito especial para nós dois: para mim e para você. Porque hoje e nos próximos
dois dias, você vai descobrir de maneira inquestionável, de maneira indubitável, que você—exatamente você que está aí me assistindo agora—é maior do que pensa e já tem dentro de si, no centro da sua consciência, do seu ser, o talento, a criatividade, as ideias incríveis para escrever com clareza, com autenticidade, com a sua própria voz, de modo memorável. Quer a sua vontade seja a de escrever uma obra literária—um conto, um romance, uma crônica—quer a sua vontade seja a de escrever o seu diário pessoal, a sua autobiografia ou conteúdos para as suas redes sociais, ou mesmo qualquer tipo
de redação, como a publicitária, por exemplo. Mas veja: para que esta experiência seja completa, você precisa estar comigo ao vivo nos três dias de evento. Você precisa estar presente, com o caderno na mão, anotando cada detalhe, cada novo insight, cada novo ensinamento apresentado nesta e nas próximas duas aulas. Sem isso, a experiência não vai ser completa! As aulas foram pensadas e organizadas em conjunto, de modo que a primeira enriquece a segunda e a segunda enriquece a terceira. E eu vou estar aqui nos três dias esperando você! E quero que você firme o compromisso de estar
aqui comigo também! Então, se você vai estar aqui realmente, mande para mim um "eu vou" aqui no chat. Escreva para mim aqui no chat do YouTube: "Eu vou!" Eu quero saber quem vai se comprometer em estar aqui nos três. Dias, vamos ver. Olha aí, Atalita, eu vou, eu vou, né, o Renan. Eu vou! Muito bem, muito bem, a Gina. Eu vou! Nossa, um monte de gente! Não consigo nem ler, que maravilha! Meu Deus do céu! Nossa, os comentários estão voando aqui na minha frente! Quanta gente se comprometendo: que a Vitória, o Marcos, a Isa, o
Nero, a Joelma, a Emily! Nossa, é muita gente, muita gente! Eu não consigo ler! Que maravilha, que maravilha! Isso é excelente! Excelente é o compromisso que a gente precisa ter sempre, tá? Então, neste evento, sem esse compromisso de estar aqui os três dias, vocês não vão aproveitar tudo que eu vou dar para vocês. Então, preste muita atenção. Este vai ser o itinerário que nós vamos seguir nesta segunda edição do Poder Mágico da Escrita Criativa. Hoje, na aula "Desperte o Talento que Existe em Você", nós vamos falar sobre aquela grandeza que você já tem dentro de
você mesmo e que você talvez nem saiba que existe. E eu vou desfazer aqui três mitos que podem estar te impedindo de caminhar com firmeza e com segurança pelo maravilhoso mundo da escrita criativa. Mas a gente não vai ficar só na conversa aqui, não, tá? Hoje, você já vai sair daqui escrevendo, porque eu vou te passar um exercício para você fazer até a aula de amanhã. É um exercício simples, mas é fundamental, e você vai adorar fazer, porque ele é muito divertido, né? Bom, amanhã, na aula "Como Expulsar o Fantasma da Página em Branco", eu
vou te ensinar como nunca mais travar na hora de escrever e escrever com criatividade, com autenticidade, escrever textos verdadeiramente inesquecíveis, sem recorrer a chavões, a lugares comuns, a este ou aquele jargão, e também reizinhos de produtividade na escrita. Porque as suas vivências, a sua realidade, o seu dia a dia já contêm tudo, absolutamente tudo, o que você precisa para fazer isso com maestria e naturalidade. Por fim, na terceira aula, a aula "Engenharia da Escrita Criativa: O Método Definitivo", você vai conhecer as técnicas necessárias para lapidar as suas criações e transformá-las em arte. Assim como um
artesão experiente molda o mármore, você vai esculpir o seu texto para torná-lo coeso, com começo, meio e fim, e com a sua cara. E, é claro, ao final eu vou dar a oportunidade de você prosseguir comigo em uma experiência completamente nova nesse caminho realmente transformador da escrita criativa. Bom, mas antes de começarmos, eu preciso saber uma outra coisa. Me conta aqui no chat: você já tem o hábito de escrever ou ainda não, né? Diga aqui para mim no chat do YouTube, porque eu quero conhecer um pouco quem você é. Sim, escrevo todos os dias, diz
a Talita. Muito bom! Ainda não. Não. Sim, sim. Puxa, um grande número de respostas: sim, pessoas que já estão escrevendo. Que maravilha! Pô, mas isso é excelente! Escrevo muito pouco. Não, sim, escrevo sempre. Tenho o hábito de escrever. Escrevo, mas não regularmente. Tá ótimo, tá perfeito! Amo escrever! Olha aí que maravilha! Muito bom, muito bom! Deixei de ter, eu tinha. Ótimo, excelente! Muito bom! Sim, às vezes. Muito bom! Tá ótimo, tá ótimo! É o que eu esperava, né? Muito bem! Quer dizer, vendo aqui os comentários de vocês no YouTube, né? E eu agora me lembrei
de dois recados fundamentais, tá? Então, assim, veja: se você está assistindo à aula pelo Instagram, tá? Faça um favor para você mesmo: venha para o YouTube agora. Por quê? Porque aqui é onde a verdadeira mágica acontece! A minha aula e a própria forma de transmitir a aula foram toda pensadas para que haja um melhor aproveitamento pelo YouTube. Então, abra aí o aplicativo do YouTube na sua TV, no seu celular, no seu computador, enfim, onde você estiver assistindo, e venha para cá, ficar aqui comigo no YouTube, porque aqui vai ter slide, vai ter interação no chat
e a festa vai acontecer aqui, né? Inclusive, eu sugeri para a minha equipe — insisti com eles — para que a decoração aqui do estúdio fosse mais festiva, né? Poderia ter uns balões coloridos, a gente podia distribuir uns apitos, umas línguas de sogra, mas, infelizmente, a minha equipe não concordou comigo, né? E eu tive que obedecer. Fazer o quê, né? Bom, e o segundo recado importante é o seguinte: todas as nossas três aulas contarão com um material de apoio em PDF, mas esse material vai ser disponibilizado com exclusividade apenas para quem estiver no grupo de
WhatsApp. Então, se você ainda não entrou no grupo, entra lá agora mesmo e depois volta aqui. Minha equipe já colocou aqui na descrição do vídeo e também no chat o link de convite para você entrar no grupo do WhatsApp. Por quê? Porque, entrando no grupo, todos vocês podem receber o material em PDF, e eu não quero que ninguém fique sem esse material! Excelente! Muito bem! Então, agora que eu terminei os recados paroquiais, digamos assim, né, vamos em frente. Eu quero começar a nossa aula fazendo para você uma pergunta central, tá? Central e também provocativa. Mas
não vale pensar muito antes de responder, tá certo? Eu quero que você responda a primeira coisa que aparecer na sua cabeça, tá certo? Você tá pronto? Então, lá vai a pergunta: o que significa ser um gênio na escrita? Me diga aqui no chat: o que significa ser um gênio na escrita? Perceba que eu não perguntei o que significa ser um bom escritor, né? Não! Eu tô perguntando o que significa ser um escritor genial! Veja, frequentemente, nós pensamos — quando a gente faz essa pergunta, escuta essa pergunta — nós pensamos num Shakespeare, né? Num Tolstoy, num
Flaubert, num Machado de Assis, num Guimarães Rosa, né? E pensamos neles como se fossem seres quase míticos, né? Como se eles tivessem... Um dom. Celestial. Um dom que vai ser sempre inacessível a todos nós que somos aí meros mortais. Mas eu estou aqui hoje para desfazer esse mito, porque você já tem tudo o que precisa para escrever como um gênio. Porque a genialidade não é um dom, mas é uma conquista e uma conquista acessível a todos. Ah, bom! Pode parecer exagero o que eu acabei de dizer, eu sei, né? E eu sei como é que
as pessoas reagem quando eu digo isso; estou acostumado, né? Elas reagem com desconfiança e acham que eu estou exagerando, né? E é por isso que eu sei que você certamente está pensando: "Olha, Professor, eu até posso acreditar que eu já tenho o que eu preciso para me tornar um excelente escritor, né? Mas dizer que eu já tenho o que eu preciso para escrever como um gênio, bom, isso não seria um pouquinho de exagero do senhor, né? Ou, em português mais claro, o senhor não está forçando a barra, né? Porque eu sou só uma pessoa comum
que gosta de literatura, que gosta de escrever, né? Assim, eu nasci em Muzambinho, eu nasci no interior do Piauí, eu nasci lá no meio, sei lá, eu do Pampa Gaúcho, né? Bom, se não é exatamente isso que você está pensando, é algo parecido, com absoluta certeza. Mas eu te afirmo, sem medo de errar, com os meus mais de 40 anos de experiência, que não, não é exagero. Veja, você, até mesmo os gigantes da literatura nunca nunca se consideraram gênios. Tá, vamos pensar num exemplo. Vamos pensar no Kafka. A obra inteira dele por pouco, muito pouco,
não foi parar na fogueira, porque esse era o desejo do Kafka, né? Foi isso que ele pediu para o seu grande amigo Max Brod: que os seus textos fossem queimados depois da sua morte, sem nem mesmo serem lidos. E por que o Kafka fez esse pedido? Bom, vocês já pararam para pensar nisso? Por que que alguém que passa a vida se dedicando à escrita pede uma coisa dessas? A resposta é muito simples: por completa insegurança, tá? E não sou eu que estou dizendo isso, mas o próprio Kafka faz afirmações desse tipo nos seus diários, né?
Num trecho, por exemplo, ele diz que quando ele começa a escrever, as suas dúvidas formam um círculo em torno de cada palavra. E, no outro trecho, ele afirma que quando ele senta diante da escrivaninha, os seus ânimos são iguais, né? Aos de uma pessoa que, cruzando uma praça, cai e quebra as duas pernas. Mas vamos citar um outro exemplo, né? Vamos citar outro exemplo. Não sei se vocês já leram, por exemplo, as cartas do Gustave Flaubert, né? Mas aqui eu poderia citar centenas de exemplos de desânimo, de frustração, de cansaço, de angústia, de dúvidas infinitas
que ele expressa nas cartas enquanto ele está lá escrevendo o seu grande romance "Madame Bovary", né? Numa delas, ele se diz estéril como uma pedra, ou seja, não consegue produzir nada, absolutamente nada, por dias seguidos. Em outra carta, ele fala: "Estou mais cansado do que se empurrasse montanhas". Há momentos em que tenho vontade de chorar: "É preciso uma vontade sobre-humana para escrever, mas eu sou apenas um homem." Outra coisa que o Flaubert diz: "Eu escrevo e muitas vezes sinto como se eu tivesse pedras amarradas nos meus dedos." Então veja bem, quem viveu isso? Quem experimentou
isso não foi o seu vizinho, não foi o seu primo, não foi a sua amiga que faz letras na Federal. Não! Quem experimentou toda essa insegurança, todos esses medos, todos esses pavores, todas essas derrotas foram dois gênios da escrita: Kafka e Flaubert. E estes exemplos não são exceções, são a regra. Nós poderíamos ficar horas aqui falando de muitos, muitos outros exemplos. Agora, me responda: não é exatamente assim que você se sente? Conta para mim aqui no chat, conta para mim se não é assim que você se sente, né? Conta para mim qual é o tamanho
da sua insegurança. Olha aí, Jesus! Me identifiquei, eu sinto isso. Olha aí, é como me sinto, com medo de não conseguir, né? Escrever é uma dificuldade. Escrever um texto que capte a atenção do leitor. E ficam, né? Olha só quanta gente bem assim! Sim, exatamente assim, sim! Com certeza! Olha, olha, olha a quantidade de pessoas que se sente exatamente como eu acabei de dizer. Vocês estão vendo? Essa é a primeira coincidência entre você que está aí me assistindo e o gênio. Hã! E eu não estou brincando. O meu objetivo ao te contar essas histórias desses
dois grandes escritores é fazer com que você perceba que essa insegurança que você sente em relação ao seu próprio talento não é exclusividade sua. Se você se julga incapaz de escrever, meus parabéns, porque é exatamente assim que os gênios se sentem, hã! Então veja só que coisa interessante: quando a gente se depara com um texto maravilhosamente bem escrito, ou mesmo quando a gente tem o prazer de se deparar com o trabalho de alguém muito talentoso em qualquer área – um músico, um atleta, um pintor, um grande mestre da física quântica ou do jogo de xadrez
– a gente experimenta aquela sensação arrebatadora, mas ao mesmo tempo deprimente. Porque, no fundo do nosso coração, a gente pensa: "Como é possível que essas pessoas extraordinárias sejam seres humanos exatamente como eu sou? E como é possível que elas tenham realizado essas obras com as mesmas 24 horas por dia que eu tenho? Como é possível isso?" Essa sensação arrebatadora que nos humilha é o que nós podemos chamar de abismo da grandeza. Aquela sensação de que há um vazio infinito e permanente que separa os super talentosos de nós, que somos meros mortais. E quando nós sentimos
isso, nós precisamos desesperadamente de uma explicação que nos console, de uma explicação... Que diminua essa espécie aí de depressão em que a gente começa a afundar quando vê que essas pessoas têm um tesouro que a gente não tem. Não é bom? E qual é a explicação consoladora que a nossa mente cria? A nossa cabecinha vira para nós e diz assim: "É que elas nasceram assim. Elas têm algo que você não tem. Elas têm um dom que você não recebeu". E a gente inventa essa desculpinha para nós mesmos e aceitamos essa desculpa porque a maneira mais
fácil de justificar que essas pessoas estejam muito acima de nós. Mas a verdade, a verdade mesmo, né? É que por trás de cada G existe uma pessoa comum, com inseguranças e dúvidas exatamente iguais às nossas inseguranças e dúvidas, mas com uma diferença essencial: elas têm disposição para o esforço diário, da prática constante, da perseverança incansável. É isso mesmo, meus caros, porque o talento para a escrita não é um dom inato, mas é o resultado de um acúmulo lento e invisível de práticas, de experiências, de recursos técnicos que vão nos levar a cada dia mais na
direção de termos domínio sobre a habilidade da escrita. E ninguém, ninguém é geneticamente destinado à grandeza literária, e ao mesmo tempo raríssimas pessoas são biologicamente incapazes de alcançar essa grandeza. Bom, é claro que aqui, nós citamos Flaubert, né? Enfim, falamos de grandes escritores, mas eu quero salientar uma questão muito importante: escrever não é apenas para aqueles que desejam criar mundos fictícios, mundos fantasiosos ou ganhar prêmios literários. Não, nada disso! Escrever é para todos, para todos que buscam conhecer melhor a si mesmos, conhecer melhor as suas próprias ideias, as suas próprias motivações, os seus próprios medos,
porque a escrita é a ferramenta mais poderosa de autoconhecimento. É a maneira mais profunda de pensar, de esclarecer o que acontece no nosso interior. A escrita é um exercício de inteligência, e é por isso, é por isso que assim, aqueles que sabem colocar no papel as próprias ideias se destacam até mesmo em carreiras profissionais que não têm nada a ver com a escrita. Porque assim, pense bem: ao contar uma boa história e contar de maneira emocionante, cativante, você pode convencer as pessoas numa sala de reuniões, quando você só tem alguns poucos e preciosos segundos de
atenção para mudar o jogo, para levantar o ânimo, para trazer para seu lado os que estão ali te ouvindo, para defender a tua ideia. Existe um artigo chamado "Escrever é habilidade essencial nos negócios", escrito por um executivo da Forbes chamado Jeff Bradford, e nesse artigo ele chega a afirmar que desempenhar qualquer função com eficácia exige boas qualidades de escrita. E essa é a mais pura verdade! Pessoas que não conseguem escrever e se comunicar de forma clara têm menos chances de serem contratadas do que pessoas que possuem essas habilidades. E quando elas chegam a ser contratadas,
o fato de não conseguirem se expressar bem por escrito vai fazer com que elas logo sejam descartadas para uma eventual promoção. E isso não sou eu quem estou dizendo, tá? É o resultado de um estudo científico conduzido com mais de 120 diretores de RH dos Estados Unidos, chamado "Escrita: uma ferramenta necessária". Então, a escrita, a escrita criativa, quando produzida de modo autêntico e verdadeiro, é o que faz com que as pessoas sigam as suas ideias e abandonem a indecisão. Então, imaginem um pouco o poder disso! E foi exatamente isso que minha equipe e eu fizemos
com a campanha para estas aulas do Poder Mágico da Escrita Criativa. Vocês notaram que a cada novo vídeo surgia em vocês a expectativa pelos outros vídeos e pelo próprio evento que nós estamos começando aqui hoje? Bom, afinal de contas, a capacidade de se comunicar de forma eficaz é inestimável e escrever bem pode ser a diferença entre ser percebido e ser ignorado, seja redigindo um e-mail, preparando um relatório, apresentando uma proposta, além de todas as outras formas de texto. Outro efeito que você vai perceber a partir de hoje, quando começar a escrever com o meu método
de escrita criativa, e é o que eu considero o mais importante, é o seguinte: quando você coloca seus pensamentos e emoções no papel, você dá início a uma conversa com você mesmo, um diálogo solitário, uma investigação sobre quem você realmente é, longe do ruído do mundo, das obrigações, dos papéis sociais que você ocupa. Quando ninguém é sua testemunha, você começa a falar a partir do centro do seu eu, e nesse processo você começa a desatar os nós da sua personalidade. Você começa a desvendar as suas verdadeiras crenças, os seus medos mais íntimos, as suas esperanças,
os seus sonhos, as suas motivações. Todas as máscaras caem e você passa a conhecer a você mesmo. É por esse motivo que a literatura está repleta de diários dos mais diferentes tipos, e diários não só de escritores. Está também repleta de autobiografias, de livros de memórias e de relatos de viagens. Aliás, vou dar um exemplo da minha vida para vocês: a irmã do meu pai, minha tia, que se chamava Silvia e que a gente sempre chamava carinhosamente de tia Silvinha, ela me contou que o pai dela, meu avô, quando morreu, deixou um diário. E nesse
diário que ela conseguiu ler, ela encontrou páginas e páginas de profunda tristeza. Por dois motivos: primeiro porque ele era médico e ele escrevia ali os diferentes casos em que, apesar de todos os seus esforços, ele não tinha conseguido salvar o doente. E ele também deixou páginas e páginas falando da tristeza que sentia por ter de viver longe da filha do seu primeiro casamento, uma menina doente que sofria de uma doença para a qual não existia cura e que ele foi obrigado a internar numa clínica especializada. Bom, eu infelizmente não tenho esse diário. Acabou-se perdendo por
uma série de razões, mas pensem no valor dessas páginas. Pensem se nós pudéssemos ter acesso ao que esse homem comum escreveu; se nós pudéssemos conhecer as dores e as decepções que ele viveu. Eu tenho certeza de que um diário assim nos tornaria pessoas melhores do que nós somos, com absoluta certeza. Imagine você, né? Sai daqui a três dias, né, de ter passado aqui comigo e decide, então, começar a escrever o seu diário, com as impressões da sua vida, os seus relatos pessoais. Tá? Não é para publicar, não é para nada; é simplesmente para as gerações
futuras, para os seus filhos, netos, bisnetos lerem. Imagine que presente você não vai dar para eles! Talvez o maior presente. Isso não é magnífico? É por esse motivo que eu sempre repito aos meus alunos da oficina de escrita criativa: toda a experiência humana, seja ela qual for, é digna de ser gravada, é digna de ser escrita e preservada para as futuras gerações. Eu citei aqui exemplos de gigantes da literatura, né? Mas eu queria trazer, né, e por favor, eh, não me entendam mal, porque isso aqui não é um gatilho mental, tá? Mas eu trouxe aqui
o depoimento de uma aluna minha, tá, para vocês entenderem que tudo isso que eu falei até agora acontece realmente com pessoas comuns, como vocês, como eu, né? Então vejam só o que diz a minha aluna Renata Chiavaro. Tá? Eu vou ler para vocês o depoimento dela. A Renata diz assim: "Foi somente depois de participar da oficina de escrita criativa que tive a dimensão do que é escrita e seu poder transformador. Até então, achava ingenuamente que escrever era para poucos, somente para os gênios, os iluminados, os escolhidos; aquela meia dúzia de seres especiais, diferenciados, que nascem
a cada século com uma inspiração que lhe é nata, previamente gravada em seu DNA, que a criatividade é uma constante e as palavras fluem como num passe de mágica. Eu realmente não fazia ideia de que também era capaz de escrever", diz a Renata. "O que me faltava era entender que qualquer pessoa pode desenvolver a escrita, não precisa ser um gênio, basta realmente colocar a mão na massa. A partir da oficina, deixei de lado minhas inseguranças juvenis e passei a observar mais impressões colhidas no meu cotidiano: ambientes, situações rotineiras, diálogos, afazeres... tudo passou a ser visto
de outro modo, tudo passou a ser tema que merecesse meu olhar, a minha apreciação e a minha escrita. Aprendi a desenvolver a minha própria voz. Isso me fez perceber que quanto mais escrevo, mais quero escrever. Essa é a verdadeira magia da escrita. Há uma riqueza preciosa e inexplorada dentro de cada um de nós, uma riqueza que simplesmente desconhecemos. É na busca deste tesouro criativo, rumo ao conhecimento de si mesmo e do mundo que nos cerca, que o professor Gurgel nos guia com verdadeira maestria e encantamento. Meus sinceros agradecimentos ao mestre Gurgel por me proporcionar esse
despertar." Bom, você quer uma coisa mais maravilhosa do que essa, né? Agora, diante do relato dessa minha aluna, você pode estar se perguntando: "Tudo bem, professor, eu já entendi a importância da escrita, eu já sei que eu posso ser um gênio, mas o meu problema não é esse; o meu problema é que eu não sei como começar e também não sei como perseverar." Muito bem, muito bem! Esses problemas sempre surgem, mesmo, e é isso que nós vamos começar a resolver agora. Eu quero abordar agora três mitos muito comuns que podem estar impedindo o despertar do
seu talento, da sua criatividade e da sua genialidade. O primeiro mito é a tal da falta de inspiração. Muitos potenciais escritores hesitam, têm medo de começar porque sentem falta dessa tal inspiração, né? Como se as musas inspiradoras fossem aparecer do nada e soprar nos seus ouvidos as palavras maravilhosas, mirabolantes, que você precisa colocar no papel. Bom, isso não é só uma terrível ilusão, né? Não é uma forma perniciosa de autoengano que paralisa quem quer escrever, né? Mas também é o que se chama colocar a carroça na frente dos bois. Porque, minha gente, a chamada inspiração
é muitas vezes o resultado do ato de começar a escrever, e não o que desencadeia a nossa escrita. Começar a escrever, mesmo sem ter uma direção clara, é exatamente o que vai desencadear o seu fluxo de ideias e, consequentemente, a sua inspiração. E quanto mais se escreve, mais ideias aparecem; mais conexões nós vamos estabelecendo entre as nossas ideias e entre as nossas ideias e a realidade. Porque, como eu disse antes, tudo, absolutamente tudo que compõe a vasta experiência humana é fonte para um bom texto. Tudo que é humano merece ser transformado em texto. Eu ensino
isso para os meus alunos na oficina, e é este exercício que eu vou passar para vocês daqui a pouco. Porque agora eu quero falar do segundo mito. Um segundo mito que aparece sempre e tem um poder igualmente destruidor, tá? Um mito contra o qual eu tenho lutado em todos estes anos como professor, é o mito da originalidade. A frase mais batida e mais mentirosa que pode existir é alguém dizer que para ter sucesso você precisa ser original. Mas a originalidade, meus caros, a originalidade, como eu sempre digo, é uma quimera, é um absurdo, é uma
fantasia, é uma utopia. E como toda a fantasia, é impossível de ser alcançada. Ela paralisa quem deseja escrever exatamente porque a pessoa acredita que ela não tem nada de original para dizer, né? Há quem fale isso: que para se ter sucesso é necessário ser original, e por causa disso, o sujeito fica lá paralisado porque ele pensa que não tem nada de original para dizer. Mas a verdade é que ninguém, absolutamente ninguém, tem algo original, tem algo novo para contar, porque tudo já foi contado. Todas as histórias já... Foram contadas. Mas, como eu sempre digo, nenhuma
história foi contada com a sua voz, com o seu olhar, com a sua forma de entender, de avaliar, de sentir, de julgar os fatos. Perceba que a originalidade não é a criação de algo nunca antes visto, porque, na verdade, ela surge da combinação única das suas experiências pessoais, da sua voz e da sua perspectiva em relação ao tema ou ao assunto que você escolheu. Temas universais têm sido explorados por séculos e, ainda assim, continuam a atrair interesse e produzir textos incríveis, justamente porque são temas universais, ou seja, refletem experiências que todas as pessoas já viveram
ou podem chegar a viver. Além disso, cada pessoa traz um novo olhar sobre as histórias que são comuns, que são conhecidas de todos nós. Pense em você: como é que você escreveria, por exemplo, a respeito de um caso de adultério? Qual é o problema de você, por exemplo, ler os grandes romances sobre adultério, como "Ana Karenina", "Madame Bovary", "Dom Casmurro", e se inspirar nesses romances para escrever algo que represente a sua maneira de ver o tema, a sua interpretação? E somar o que você leu nesses romances com a sua experiência. Vamos supor que a sua
vizinha está traindo o marido e você está de olho na sua vizinha; você sabe o que está acontecendo. Eu tenho absoluta certeza de que você conseguiria trazer para o tema do adultério novas nuances, novos aspectos, aspectos que Tolstoy, Flaubert e Machado não perceberam ou perceberam, mas de outra maneira, ou perceberam de maneira incompleta. Então, assim, é claro que você conseguiria escrever sobre esse tema. Então, se você quer ser original, se concentre antes de tudo em ser autêntico e em ser verdadeiro, em apresentar as suas histórias e as suas ideias de maneira que elas reflitam a
sua individualidade, que elas mostrem quem você verdadeiramente é. A questão chave da originalidade é apenas resolver o mesmo problema, tratar dos temas que todo mundo conhece, mas por caminhos diferentes, usando a sua voz, com coragem, com autenticidade, a visão de mundo que você tem. Bom, esse foi o nosso segundo mito. O terceiro e último mito, e eu queria que vocês prestassem muita atenção, porque eu tenho certeza de que todo mundo está preso nisso que eu vou falar. E se você conseguir se livrar disso hoje, bom, nós já vamos sair no lucro nesta primeira aula. Esse
terceiro e último mito é o mito de acreditar que aquilo que você tem a dizer não vai despertar o interesse de ninguém. Bom, se você pensa desse jeito, provavelmente é porque você acredita que não escreve bem o suficiente, que o tema de que você quer tratar já está esgotado, ou acredita que você nunca viveu algo digno de ser contado. Mas isso é uma mentira; uma tremenda mentira. Para ser muito franco com você, essa postura de ter medo ou de se recusar a escrever porque, de antemão, você já sabe que o resultado vai ser insatisfatório é
fruto de uma grande dose de insegurança, tá? Com uma pitadinha de soberba também, né? Então perceba que você acaba assumindo a posição de autor do crime, juiz e carrasco ao mesmo tempo. Na verdade, o julgamento final sobre se o seu texto vale ou não a pena ser lido pertence aos seus leitores e aos críticos literários. Sabe o que você faz quando pensa como um juiz implacável? Você mata, você destrói, assassina o seu potencial; mata o seu texto antes mesmo de dar a ele a chance de nascer. E isso é um erro; é um erro tremendo.
Porque, em primeiro lugar, como nós já vimos, escrever não é apenas para os outros; não é uma ferramenta poderosa de autoexpressão que é intrinsecamente valiosa para a sua vida, para o seu autoconhecimento, para você crescer e se desenvolver, ver como uma pessoa integral. E, em segundo lugar, o valor real de um texto muitas vezes surge e se desenvolve durante o processo de reescrita e de revisão que todo escritor deve fazer. Um primeiro rascunho não precisa ser e, dificilmente, será perfeito ou completo. Um primeiro rascunho é simplesmente um ponto de partida, nada mais que isso. Então,
assim, vamos falar o português claro, né? Pare de colocar chifre em cabeça de cavalo; pare de se autocanibalizar; pare de silenciar todas as ideias que estão aí dentro de você, latejando, vibrando e ganhando vida nova no papel. A única maneira de saber se o que você escreve é valioso, sabe qual é a única maneira? É escrevendo. E você vai começar a fazer isso hoje mesmo. Não há outro caminho, não há outro caminho. Começar a escrever, e mais do que isso, perseverar na escrita, é uma espécie de, digamos, salto de fé no escuro, tá? Imagine que
é noite, uma noite escura, sem luar. Da sua janela, você só consegue ver o breu, a escuridão profunda e o silêncio. O silêncio parece uma força esmagadora. E, diante da escuridão e do silêncio, só existe uma coisa: a sua vontade de escrever. Eu pergunto para você: qual vai ser a sua decisão? E eu te digo: ainda não esqueça de uma coisa. Nesta vida, tudo é questão de coragem; as decisões importantes são tomadas na solidão do eu. E isso exige, acima de tudo, coragem. Então vamos lá: pegue o seu papel, a sua caneta, o seu lápis
e anote o exercício que eu vou passar para você fazer até a aula de amanhã, tá? Você tem aí um pouco menos de 24 horas para fazer o exercício. Como é que é o exercício? Eu quero que você escolha algo do seu dia a dia, algo que seja absolutamente comum, uma coisa para a qual você olha todos os dias, uma coisa que está do... Seu lado, todos os dias, pode ser a caneca com a qual você toma café, a escova que você usa para escovar os dentes, se é que você escova os dentes, a cama
onde você dorme. Pode ser uma pessoa, pode ser a sua mãe, a sua vizinha, o seu filho. Eu quero que você comece a observar essa coisa, ou essa pessoa, ou pode ser até um animal, seu cachorro ou seu gato. Mas eu quero que você comece a prestar atenção de uma forma completamente diferente. Eu quero que você descubra, nesse elemento que você escolheu, os detalhes que você nunca antes percebeu. Aqueles detalhes nos quais você nunca antes tinha prestado atenção. E comece a descrever esse objeto, essa pessoa, esse ser, trazendo algum detalhe novo e inesperado que você
descobriu nessa observação. Por exemplo, vou dar um exemplo: uma armação de óculos. Não esta aqui, a armação de óculos que eu uso para ler, que não está aqui hoje, mas que eu uso para ler meus livros e tudo mais. Como é que a armação dos meus óculos de leitura? Será que eu já prestei atenção na armação dos meus óculos efetivamente? Bom, eu me lembro de uma coisa interessante: nas duas hastes desse óculos, em cada haste, tem uma cavidade que parece um túnel. Agora, por exemplo, eu poderia escrever cinco linhas sobre para que servem essas duas
cavidades na minha cabeça, na minha imaginação. Outra possibilidade pode ser uma pessoa, por exemplo, o carteiro que entrega os livros que eu compro. Bom, ele é um senhor dos seus 50 anos e, agora pensando nele, eu me lembro de um fato curioso: ele tem uma mancha um pouco acima da testa. E agora, pensando nele, eu poderia comparar essa mancha que ele tem na testa com a mancha que tinha o Mikhail Gorbachev. Lembram dele? O Gorbachev que foi responsável pela dissolução da Rússia comunista. Ele era careca e tinha uma mancha na cabeça. Procurem na internet uma
foto dele. Bom, percebam. Então é o seguinte: o que vocês vão fazer? Como é que é o exercício? Vocês vão escrever cinco linhas a respeito desse objeto, ou dessa pessoa, ou desse animal que vocês escolherem, da maneira que eu expliquei aqui. Não é para escrever mais do que cinco linhas, mas assim, só escrevam depois de ter observado o objeto ou a pessoa com extrema atenção. É realmente um exercício simples, mas é maravilhoso, e eu quero que você traga esse texto aqui para a aula de amanhã. Amanhã, quando você entrar na aula, você já cola o
seu texto no chat do YouTube, porque eu vou ler alguns desses textos e vou fazer algumas ponderações. Mas veja bem: não é para escrever para me agradar. Também não é para mostrar que você conhece palavras difíceis. Também não é para você ficar se exibindo. Não, é só uma descrição muito simples e sincera de um objeto, de uma pessoa, de uma planta, de um animal do seu cotidiano. Combinado? Então veja, eu sei, eu sei, eu sei perfeitamente que você se sente inseguro a respeito da sua habilidade. Eu sei por quê: porque eu ensino escrita criativa há
décadas e, além disso, eu acompanho e oriento escritores e aspirantes a escritores. Esse tipo de medo irracional que nasce desses mitos que nós vimos aqui hoje é o que eu mais encontro: pessoas das mais diferentes idades, das mais diferentes profissões, dos mais diferentes níveis sociais que querem escrever, têm a mente repleta de ideias, estão prontas para começar, estão a um passo de acreditarem em si mesmas, mas não têm coragem. E elas deixam seu sonho morrer só por isso, por covardia. E não é isso o que eu quero para você. O que eu quero, e é
para isso que eu estou aqui hoje, é que você se sinta impulsionado, que você se sinta fortalecido, que você abandone todas as mentiras que te contaram, todas as ilusões, todas as quimeras e comece a escrever. Comece a registrar as suas experiências, os seus pensamentos, as suas emoções. Eu quero que você seja corajoso e que, por meio da escrita, abrace o seu potencial e liberte, liberte de uma vez por todas, as portas da sua genialidade, da sua criatividade, do seu talento. Deixa eu tomar um golinho de água. Sempre que eu começo a falar sobre isso, sobre
aquilo que eu espero de vocês, e que é o objetivo de todo o meu trabalho, eu me emociono. Então veja: cada texto que você escrever, seja em forma de um diário, seja em forma de um ensaio, de uma crônica ou de um pequeno exercício como esse que eu passei, cada texto vai ser um legado. Um legado, uma marca indelével deixada no tecido do tempo. É isso o que eu quero para você, e eu vou fazer de tudo, de tudo, para que você consiga isso. Mas, para a gente alcançar esse objetivo, eu preciso de você comigo,
prestando atenção, disposto, fazendo os exercícios que eu vou propor aqui, pronto para receber a orientação e o direcionamento corretos. Isso significa que eu quero um compromisso genuíno da sua parte. Eu posso contar com você amanhã aqui comigo no YouTube, com seu texto pronto? Escreva para mim aqui no chat. Veja, a segunda aula do Poder Mágico da escrita criativa depende do seu texto. Posso contar com o seu texto? Responda para mim aqui no chat todo mundo dizendo “Sim!” Maravilha, maravilha! Fico imensamente feliz, meus caros, imensamente feliz. Então, é o seguinte: amanhã, às 20 horas, eu te
espero para a segunda aula “Como Expulsar o Fantasma da Página em Branco.” Nessa aula, eu vou te apresentar um segundo exercício igualmente mágico, desta vez para você embarcar num caminho... Sem volta, tá certo. É isso, é isso, meus caros! Foi uma alegria estar aqui com vocês. A gente se vê amanhã. Fiquem com Deus. Até amanhã! Meu nome é Ana Paula, eu sou uma das inúmeras alunas do professor Rodrigo Gurgel. Eu tenho vários cursos dele e o acompanho pelo Instagram. Mas hoje eu vou falar especificamente de um curso: o de Escrita Criativa. O curso de Escrita
Criativa é focado para pessoas que gostariam de escrever e explica que não é nenhum dom, nenhuma coisa assim do outro mundo; é uma questão de prática e estudo. Então, como ele trabalha, no curso dele, em cada aula, ele aborda um tema e vem te mostrando a importância do enredo e como fazer o enredo, a importância de você ter intimidade com o personagem e como construir esse personagem. Ele te mostra como fazer um diálogo e a importância de ter um conflito. Inclusive, ele mostra bem claramente que o conflito pode vir no começo, no meio ou no
fim da história toda. Depois que ele faz essa parte teórica de uma forma muito agradável, ele apresenta, pelo material de apoio, trechos de livros de autores consagrados: ingleses, franceses, brasileiros e de vários estilos; ele não foca em um estilo só. E aí, quando ele lê aquela parte, se ele estiver falando de conflito ou de cenário, e quando ele lê aquela parte de uma teoria que ele acabou de te explicar, você pensa: "Nossa, eu li esse livro e não lembro de ter observado esse detalhe." Eu fiz o curso pensando em me tornar uma leitora melhor e,
aí, o que acontece? Eu realmente acho que eu me tornei uma leitora melhor, porque é como se antes eu tivesse uma leitura rasa, e agora eu consigo ver entre as linhas uma outra história por trás ou realmente a história verdadeira por trás. É como se tivesse tirado um pano ali da minha frente e eu conseguisse enxergar o que o autor quis me dizer. Mas, como ele disse, é mais para quem quer escrever. Não é que eu me tornei uma leitora melhor, mas fiquei tão instigada em saber que eu poderia escrever sem um dom extra que
resolvi começar a escrever. Me matriculei no outro curso dele, que é o da Mentoria. Isso é uma história para outro dia, mas posso lhe falar que tanto a minha leitura quanto a minha escrita têm sido muito gostosas para mim, têm sido muito prazerosas. Espero que vocês gostem! Olá, tudo bem? Eu sou Juliana Moreto, sou autora do livro "Contos Impr Previdenciários" e "O Futuro Chegou", que está, neste momento, indo para a gráfica para impressão. Eu queria trazer para vocês a minha experiência como aluna do professor Rodrigo. O professor Rodrigo Gurgel não só ensina aos seus alunos
as técnicas de escrita como o ato de narrar; os tempos e a voz do narrador são muito importantes. Isso nos leva, como autores, a irmos dentro de nós mesmos buscar os nossos recursos, a nossa observação e a nossa sensibilidade para transformar aquilo que nós queremos escrever em textos que sejam legíveis, que sejam palatáveis. Essas aulas me ajudaram a ver as minhas falhas como escritora. Então, foi um grande despertar, porque, podendo corrigir essas falhas, consigo fazer com que a escrita cumpra seu objetivo. O objetivo da minha vida é estender minha vida na vida dos demais, daqueles
que me leem. Só que, para isso, eu tenho que ser clara, eu tenho que ser dona do que eu penso e do que eu sinto. Eu tenho que ser precisa nas minhas palavras, e devo, claro, dominar as técnicas de escrita. E isso, nas aulas de Escrita Criativa, são fundamentais e essenciais nesse exercício de superação e aprendizado que o professor Rodrigo brinda a seus alunos em todas as aulas. Super recomendo! Muito grata. Eu me chamo Guilherme Furlan, sou gaúcho, escritor, e vim aqui falar um pouquinho sobre a oficina de Escrita Criativa do professor Rodrigo Gurgel. Bem,
eu já acompanhava o professor pelos vídeos do YouTube e nos áudios do Telegram, mas resolvi que precisava de algo mais, de mais conhecimento. Então, resolvi me inscrever na oficina de Escrita Criativa e, com certeza, foi uma das melhores coisas que eu já fiz! A oficina é ótima! O professor me ensina coisas maravilhosas! Eu costumo dizer também que o professor é um gigante que empresta os seus ombros para que a gente possa enxergar mais alto, enxergar melhor e mais longe. Então, sem dúvida, a oficina de Escrita Criativa do professor Rodrigo Gurgel é algo maravilhoso. Recomendo fortemente!
Um abraço a todos! Meu nome é Aline Silva Dexheimer. Eu sou aluna do professor Rodrigo Gurgel. À medida que eu cresci e descobri os livros e o prazer da leitura, junto com isso cresceu dentro de mim também uma vontade muito grande de escrever e criar as minhas próprias histórias, os meus próprios personagens. Eu tentei muitas vezes; eu lia muito a respeito e escrevia também, mas eu tinha bloqueios e parava as histórias. Eu anotava tudo, mas as histórias ficavam inacabadas. Eu não conseguia criar personagens que pudessem ser verossímeis ou que tivessem um pouco de vida. Eu
não conseguia, na época, perceber quais eram as deficiências que eu tinha. Eu tentava bastante, me esforçava. Me inscrevi em cursos, tentei fazer Letras também. Depois que eu já tinha outra faculdade, fui fazer Letras de novo, mas não me adaptei. Não gostei. Fiz tentativas de cursos por fora; eu escrevia por conta própria, mas eu não consegui. Gostava de nada que eu escrevia. Eu era insegura também. As pessoas ao redor, ou a própria sociedade, fazem a gente acreditar que, para ser escritor, tu tem que ser uma pessoa sobre-humana, né? É uma pessoa que tem uma inteligência acima
da média, e é uma coisa muito difícil para pessoas comuns como eu. Não havia um curso, um livro, alguma coisa que pudesse me ajudar a sair do atolado que eu estava. Mas só agora, depois de velhinha, que, por alguns poucos anos, descobri o que estava faltando. Eu conheci o professor Rodrigo Gurgel, fiz a oficina criativa, e foi a partir da oficina que me deu um estalo. Eu me dei conta: meu Deus, era isso que estava faltando! Faltava o elemento essencial para minha pretensa carreira de escritora, que era o próprio professor Rodrigo Gurgel. Ele é um
professor sem igual. Ele mostra pra gente, sem a gente sair da realidade, que a gente pode desenvolver aquela vontade que a gente tem, estudando, se dedicando, e que ser escritor não é uma coisa tão difícil assim de ser alcançada. Depois que eu fiz a oficina, consegui retirar todos os meus rascunhos das gavetas e consegui pôr a minha história em início, meio e fim, criar enredos, criar os meus personagens, e estou escrevendo bastante. Estou seguindo todas as dicas dele, e foi um verdadeiro achado. Eu fiz outros cursos dele também, que foram igualmente muito bons. Eu escuto
os áudios dele, os vídeos, acompanho ele em todas as redes sociais, e a gente sempre aprende alguma coisa com ele. Ele é uma porta para a cultura, e, além de ser uma pessoa extraordinária, eu tenho uma gratidão muito grande por ele, porque ele me ajudou a descobrir que eu não precisava procurar grandes famas e que escrever por prazer é o que conta. Escrever aquilo que eu queria era botar para fora o que tinha na minha cabeça, e ele me ajudou com a oficina literária e com todas as outras coisas que ele faz. Eu recomendo não
só a oficina, mas todos os outros cursos. Fazer, ler tudo que puder, os livros dele também. Eu adoro o professor Rodrigo Gurgel. Muito obrigada por tudo! Olá, meu nome é Bet Stemberg. Sou nascida e criada no Rio de Janeiro, moro no exterior desde 1983 e estou aqui para dar o meu absoluto apoio e, de coração, dizer que as 12 semanas que tive o privilégio de estar com o professor, com o mestre Gurgel, foram inesquecíveis, insubstituíveis e de uma valia enorme no processo de eu escrever com consciência do que eu estava fazendo. Eu já estava escrevendo
nos últimos 8 anos e achei que podia aprender. Aliás, a gente sempre pode aprender. E, por sorte, uma pessoa queridíssima, amiga dos tempos do ginásio, do Colégio de Aplicação, me disse sobre a semana do escritor que o professor Gurgel estava fazendo, se não me engano, foi em março. Eu assisti ao seminário, e durante o seminário, o professor falava da semana do escritor. O professor Gurgel mencionava o curso da oficina criativa, e eu resolvi fazer. Foi de uma felicidade enorme! Nunca imaginei que 12 semanas passassem tão rapidamente e que eu curtisse tanto. Eu ficava grudada pelas
quartas-feiras, no horário daqui, às 6:30, e, sinceramente, aguardava o videotape que viria no domingo à noite ou na segunda-feira, porque eu assistia a aula toda de novo, inclusive as perguntas e respostas, porque tinha certeza de que tinha perdido alguma coisa durante a aula. São aulas longas, intensas, e com textos absolutamente fantásticos. É a chance da gente analisar os grandes mestres com uma atenção que, sinceramente, não acontece. A gente pode gostar muito do autor, pode curtir o autor, pode ler com atenção, mas vai ter muita coisa que vai passar, e nós não vamos pescar tudo que
tem a ser pescado. Eu não poderia recomendar com mais carinho e mais força que aqueles que têm o desejo de escrever se inscrevam no curso; com certeza, vão ganhar muito. Eu, eventualmente, vou fazer um livro em um nível mais elevado do curso, porque é um espetáculo. Invejo aqueles que ainda não fizeram, porque vão ter uma experiência que eu gostaria de ter pela primeira vez. Foi ótimo, foi muito bom! Eu desejo a todos que tenham o sucesso e a satisfação que eu tive durante essas 12 semanas. Eu nem sabia que era pandemia, porque estava tão bom,
estava tão ótimo, que foi bacana, muito bacana. Boa sorte para todos e obrigado, mestre Gurgel! Foi fantástico!
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