todo no mercado sério por quê Porque a gente gosta tem o ano inteiro e tem sem lactose tem tudo você pode comer qualquer on nem A novidade é Tá certo bom então vamos trabalhar eh então boa noite para todo mundo agora começou a gravar vamos começar a trabalhar hoje continua na nossa tarefa que que é a nossa tarefa a gente tá tentando estabelecer ser eh a As definições básicas das estruturas clínicas neurose psicose perversão e a quarta estrutura considerando a possibilidade do autismo nesse lugar de quarta estrutura nessa sequência das estruturas então só lembrando aonde
que a gente a gente parou para entender aonde que a gente vai estar hoje vou projetar aqui rapidinho aquele nosso quadro que vocês já conhecem que tá cheio de defeito que não foi ainda amente revisado Enfim uma hora dá tempo os outros conceitos eu tô terminando de revisar para colocar arrumadinho revisadinha os que já passaram para trás esse aqui ainda vai demorar um pouquinho para revisar Mas vamos lá no que ponto que a gente tá eh pronto a gente vendo as quatro estruturas neurose psicose e perversão dentro da lógica das estruturas a gente foi estudar
os mecanismos fundadores ou seja que fora clusão desmentido e Elisão e a gente tá agora na linha daquilo que retorna do mecanismo fundador Então qual é o retorno do recalcado né o retorno do recalcado é dentre as várias formações do inconsciente o sintoma a gente coloca o sintoma mas tá claro para vocês porque a gente já estudou dois encontros para trás que o sintoma não é o único retorno do recalcado retorno do recalcado são as formações do inconsciente correto é que o sintoma é a mais importante delas porque é a formação do inconsciente que dura
a vida toda lembra que a gente falou sobre isso o xixe dura alguns segundos né Eh o sonho dura uma noite o atu falho dura um acontecimento esporádico eh o sintoma dura uma vida inteira então a gente foi estudar agora a gente tá estudando as consequências dos mecanismos ou seja eh o Qual a consequência do recalque O Retorno do recalcado Qual que é a consequência da foraclusão Delírio e Alucinação Qual que é a consequência do desmentido fetiche Então o que a gente vai estudar agora é o fetiche como uma ideia daquilo que tem da consequência
daquilo que resulta o desmentido tudo bem lembrando o mecanismo Fundamental e isso Volta para mais encontros para trás ainda são mecanismos Diante Do quê da castração lembram a gente estudou ético a gente estudou castração e não foi à toa a gente estudou porque os mecanismos fundamentais são mecanismos diante da castração então diante da da castração recalque diante da castração a foraclusão diante da castração desmentido diante da castração ou na verdade a Elisão é Até antes mas são fundamentalmente respostas sobretudo das três diante da castração e agora a o a consequência dessa as respostas tudo bem
até aí então perceba que não é à toa que a gente foi estudando épo castração correto eh e seguimos na sequência dos mecanismos fundadores E agora o que que retorna a consequência dos mecanismos fundadores Então vamos avançar pro fetiche propriamente dito eh em relação à questão do do fetiche eu vou fazer um um certo uma certa localização histórica eu mandei para vocês um artigo que eu publiquei junto com uma colega a Sandra sobre Lolita que é um livro que recomendo eh demais que todo mundo Leia né Eh acho que a Ângela perguntou da tabelinha a
o grupo tá no no grupo do WhatsApp tem uma pastinha escrita acho que alguém até colocou aí escrita ebooks conceitos fundamentais e esse material tá lá dentro tá ainda não tá visado em breve estará mas por enquanto é o que que deu tempo eh Então vamos lá o que que a gente tem em relação a a essa consequência do desmentido então a gente estudou um pouco antes sobre o desmentido eh e agora a gente vai falar sobre aquilo que retorna do desmentido Então veja a gente falou quando estudamos o desmentido vocês tiverem dúvida volta lá
no nosso encontro o desmentido e o recalcado eles são semelhantes e são diferentes eles são semelhantes porque tanto desmentido Inclusive a gente falou também da semelhança eh entre a for oclusão e o recalque e a diferença entre a for oclusão e o recalque lembram a gente tá sempre comparando com o recalque então há uma comparação tanto de semelhança quanto de diferença entre o recalque e a for oclusão entre o recalque e o desmentido o que que é em comum entre o recalque e o desmentido Ambos são semelhantes porque levam a uma certa expulsão da consciência
de algum de alguma lembrança de algum conteúdo a A diferença é que o retorno vai se dar sob a forma de sintoma ou formações do inconsciente ou retorno do recalcado no caso do do recalque E no caso eh do do do desmentido O Retorno vai se dar na forma de fetiche vocês vão ver fetiche fetichismo tudo bem eh E por que que esse retorno se dá assim é basicamente o que a gente quer entender hoje vou voltar bem rapidamente sobre um certo percurso histórico do conceito e aí a gente vai pro conceito e vai pensar
a partir de Lolita eh não é o único modo de pensar obviamente o fetiche eh mas como é um modo que eu escrevi lá atrás nem nem tão lá atrás assim eh foi o modo que eu quis trazer como a primeira vez que esse termo fetiche ou fetich aparece na obra do Freud eu tenho que dar e dando ok pessoal entrar deixa eu dividir a tela em duas aqui pronto eh a primeira vez que esse termo feticismo aparece na obra do Freud eh ele aparece nos três ensaios da teoria da sexualidade não significa que esse
termo foi criado pela psicanálise Na verdade ele existe desde 1700 e qualquer coisa você Verê deixa eu ver até ver se eu tenho não vou até a data exata dele agora aqui na mão mas um pouco importa eh Então na verdade é um termo muito mais antigo do que a psicanálise eh de séculos antes da psicanálise que a psicanálise pegou o emprestado tá eh Inclusive tem um não vou entrar nesse caso da origem da palavra mas enfim a primeira vez então que o Freud traz dentro da teoria psicanalítica esse termo que já existia em outros
Campos em outras teorias eh foi em 1905 nos três ensaios sobre a teoria da sexualidade esse termo aparece durante a obra do Freud inteirinha inclusive no último texto do Freud esboço de psicanálise então é um termo que aparece de 1905 a 1938 e ele não aparece sempre do mesmo modo Ele tá em constante construção ele vai se modificando tá eh o o texto que o Freud realmente tenta fundamentar sobre o fetichismo é o texto de 1927 que chama o fetichismo em que ele vai organizar é um artigo incompleto eh o Freud escreveu Em 1927 mas
ele ficou de voltar Nesse artigo e foi enrolando enrolando enrolando e morreu né então ele nunca chegou de fato a voltar Nesse artigo como Talvez ele ele pretenderia né Eh então é um dos artigos que não tão de fato ali muito completos não é só ele outros artigos também com a mesma característica eh Então mas então tem esse texto de 1927 O fetichismo que é o principal no sentido de levar esse nome mas não é a primeira vez que aparece nem a última é de 1905 a 1938 esse termo continua aparecendo nos três ensaios sobre
a teoria da sexualidade a primeira vez que aparece o termo fetichismo ele aparece para falar sobre quando o objeto sexual regularmente que regularmente deveria estar ali é substituído por algum outro objeto eh que conserva alguma relação com o objeto que foi retirado anteriormente com aquele que estava ali e foi substituído né Eh só que ele é inteiramente inadequado para servir a função do primeiro objeto então o primeiro objeto que estava ali tinha uma função sexual por exemplo do órgão sexual em si aqui nesse momento ele ainda nem tinha precisado Qual órgão Mas vocês já sabem
qual e a gente vai ir caminhando nessa direção Então a primeira vez que aparece em 1905 é o fetiche aparece né você colocou aí Ricardo 1757 né que surge o o conceito isso exatamente relacionado a fetiche o Ricardo colocou aí pra gente a a origem da palavra tá no dicioná da rud nesco tem uma definição Bacana também Ricardo você quer ler pra gente essa que você trouxe sim boa noite a todos eh bom quando noss quando foi lançado aí o a proposta aí eu fiz minha uma pesquisa e aí eh nosso pesquisador mesmo é o
Google né mas então Ass o feitiche é uma palavra de origem francesa que significa feitiço vem do latim facticios né quer dizer aquilo que é artificial ou fictício né então artificial é uma palavra importante pra gente pensar né E a questão da ficção né a palavra inglesa feti também vem do português feitiço né inicialmente o conceito de feitiço foi usado pelos portugueses para referir-se aos objetos empregados nos cultos religiosos dos negros da África ocidental né então Eh Isso aí é um uso da palavra até mesmo para provocar um efeito de aterrorizador né Eh outro conceito
né o termo tornou-se conhecido na Europa através do erudito francês Charles de bro em 1757 né Nós temos outras outr pesquisas da palavra que atribui a um objeto enfeitiçado né então Eh aí que tá uma às vezes alguns relatos né do de como o paciente se defende do feitice se dizendo enfeitiçado pelo objeto n a dificuldade de se desprender do objeto tá o o Freud nos três ensaios ele vai colocar uma origem um pouquinho mais remota Ricardo mas é exatamente isso que você tá colocando mas o Freud vai colocar em 1605 nos três ensaios eh
como um a origem que o Freud coloca é de um amuleto eh português e do português Feitiço da perdão do latim gente não sei falar latim né e faus que o Freud vai Ret tomar ali dos três ensaios mas é mais ou menos a mesma origem a questão é que 1757 ele passa a a aparecer no nos textos franceses também né que é o que o Ricardo colocou Então veja é interessante e vocês vão perceber como é isso é importante essa origem relacionada a algo de feitiço eh Então esse objeto né Eh fetichista tá claro
que ele aparece pela primeira vez como espécie de substituto então ele está ali substituindo alguma outra coisa eh que tem uma função sexual e o objeto feti que o substitui eh substitui no lugar daquele sem ter a função daquele primeiro tudo bem bem simples é um substituto sem a função do primeiro mas que tem alguma relação com esse primeiro eh e aí o o Freud ele vai dizer o seguinte nos três ensaios quando fala da origem para pegar o que o Ricardo colocou ele diz assim olha Eh o objeto a a que se atribui poder
Sobrenatural eh eh o objeto Ah não perdão o objeto a que se atribui poder Sobrenatural ou mágico e se presta eh culto ou então objeto inanimado ou parte do corpo considerada como possuidora de qualidades mágicas ou eróticas em sua origem mais remota de 1605 Sortilégio amuleto do português feitiço do latim eh factícios né então o Freud ele vai buscar em nos três ensaios essa origem lá atrás bom mas o fato pra gente o que que serve Por que que é interessante essa ideia de feitiço eh Em 1927 quando Freud escreve o texto do do fetichismo
ele vai falar sobre o brilho no nariz que todo mundo já ouviu falar né essa história do brilho no nariz é a mais famosa de todas e é o exemplo que ele vai dar ali no do do fetichismo do brilho no nariz é que o sujeito então ele procurava eh se relacionar ele se apaixonar por determinadas pessoas que tinham um certo brilho no nariz agora e ele era capaz então de descrever detalhadamente esse certo brilho no nariz gastar horas falando sobre esse certo brilho no nariz certamente procurar esse certo brilho no nariz ou seja esse
brilho no nariz era de extrema importância e aí é interessante essa ideia do do feitiço porque eh essa ideia de alguma coisa que captura completamente o sujeito entende ele não consegue se satisfazer com outra coisa senão aquilo que foi capturado Então não é à toa que o Freud vai buscar uma palavra que se relaciona a algo de feitiçaria no sentido de que parece que alguém fez um feitiço que capturou o sujeito naquele ponto é óbvio que não existe feitiçaria de fato Vocês estão entendendo a brincadeira aqui mas a ideia da captura é muito legal né
e e e veja é uma captura que só faz sentido pro dono do fetiche tá claro imagina para quem não tem um lance com o brilho no nariz vai olhar e falar assim quê você gosta de um certo brilho no nariz isso faz menor sentido isso é uma outra característica só usufrui desse objeto o dono daquele fetiche entende paraas pessoas que estão ao redor ele não faz o menor sentido ele sequer é reconhecido mas para quem o tem se vê capturado por ele essa captura aí é importante né então esse essa palavra feti fetichismo né
foi apropriado pela psicanálise foi apropriado por Freud não é à toa que ele escolhe essa palavra e como algo eh que tem o poder de ser colocado no lugar de um objeto sexual eh podendo substituir de tal modo que se torna mais importante do que o objeto sexual que estava lá antes percebe ele é mais importante ainda eh pode ser uma parte do corpo como por exemplo quer dizer o brilho no nariz eu nem sei se é uma parte do corpo né o brilho é outra coisa o nariz é mas o brilho Não mas não
precisa ser só uma parte do corpo tá também pode ser um objeto inanimado tá eh pode ser por exemplo eh o brilho acho que é um objeto animado e pode ser objeto de outra ordem como por exemplo sapato e assim por diante tá eh o o Freud ele vai dizer no texto de do fetichismo de 1927 peguei fui pegando trechinhos de alguns textos tá eh ele diz o seguinte não se trata então de um substituo agora Vocês entenderam veja de uma parte de um órgão sexual agora vamos para Qual órgão sexual nenum segredo aqui o
pênis não à toa a gente veio falando de complexo de épo complexo de castração das respostas diante da castração castração é castração de qu né Eh e agora as consequências da resposta diante da castração Então se a gente tá falando de castração ninguém tinha dúvida de que a o substituto ali a coisa ser substitudo o órgão sexual ser substituído pênis mas é um pênis qualquer é o pênis masculino Não não é o pênis masculino Essa é a sacada legal é o pênis feminino lembram disso se trata do pênis feminino não do pênis masculino mesmo porque
o pênis ele é Imaginário ele é simbólico ele é real ele não é a coisa em si somente e o Freud diz o seguinte no texto 1927 né Ele diz não se trata de um substituto para qualquer pênis ocasional e sim para o pênis específico e muito especial que foi extremamente importante na primeira infância e posteriormente perdido para expressá-lo de um modo mais simples o fetiche é um substituto do pênis da mulher da mãe em que o pequenino outrora né a criança acreditou que por razões que nos são familiares não deseja abandonar o que sucedeu
portanto foi que o menino se recusou a tomar conhecimento do fato de ter percebido que que a mulher que a mãe não tem pênis essa cena todo mundo conhece não é num determinado momento a criança percebe que a que a mãe não é completa que a mãe é faltosa que a mãe não é fálica que a mãe não é plena que tem uma falta ora eh é uma perda narcísica gigantesca Ah mas você poderia perguntar mas espa aí se a falta é na mãe por que que a perda Narcisa que é na criança ué se
a criança é objeto de amor da mãe e a a mãe tem tudo eu tenho tudo se a mãe perde alguma coisa eu perco também percebem que a perda da mãe se torna a perda da própria criança Inclusive a perda potencial se a mãe que a mãe perdeu que será de mim nessa vida ou seja o prejuízo que que que acontece na mãe acontece ali na criança né Eh mas uma citação Zinha só do texto de 1927 do fetichismo E aí a gente vai avançar um pouquinho mais o Freud fala o seguinte no conflito entre
o peso da percepção desagradável que é a percepção de que a mãe não tem né a percepção de que a mãe é castrada e a força né do seu contrad desejo desejar que as coisas continuem Como estão né meu mundo fica do jeitinho que estava chegou-se a um compromisso tal como é só é possível Sobre o domínio das leis inconscient do pensamento então o que que é esse compromisso vocês se lembram a a gente falou sobre formações do inconsciente quando falamos eh ali do sintoma e nas formações do inconsciente esse termo é lacaniano o termo
freudiano é formação de compromisso vocês perceberam que aqui também tem esse termo formação de compromisso então tem uma certa semelhança no sentido de que há um conflito e para cessar um conflito há uma há um certo compromisso diante de um conflito só que o compromisso aqui é da ordem de um certo cono E é desse congelamento que a gente vai falar um congelamento diante do horror da castração tudo bem eh tem tá só mais uma citação do eu paro de de de ir direto no Freud mais uma porque essa aqui é boa ainda 1927 o
Freud diz assim ó o horror da castração ergueu um monumento a si próprio na criação desse substituto entendem porque um monumento pode ser o brilho no nariz pode ser um sapato pode ser a meia calça tem um livro um filme do feline que é a meia calça pode enfim pouco importa mas o horror à castração ergueu um monumento a si próprio um monumento de tal modo que se presta atenção nesse monumento para não ter que se a ver com a castração em si entende eh ele captura como que por feitiçaria Deu para entender da a
ideia do fetiche e feitiço né como que por feitiço captura o olhar do sujeito para que ele não tenha que se a ver com o horror da castração voltando ao Freud ele diz o seguinte o horror da castração ergueu um monumento a si próprio na criação desse substituto fazendo do fetiche um eh indício do Triunfo né Eh sobre a ameaça de castração e uma proteção contra ela contra ameaça de castração Então veja é como se de algum modo o fetichista acreditasse que ele triunfou contra a castração percebem é como se ele conseguisse não ser castrado
o uma vez que ele eh ergueu um monumento contra o horror da castração é claro que eh eh não é possível de fato não ser efetivamente castrado mas é como se ele colocasse sobre a castração esse monumento esse objeto fetiche eh para não ter que se aver com isso né bom outro ponto que o Freud coloca que a gente acabou de falar o significado do fetiche não é conhecido por outras pessoas isso é muito importante só o próprio fetichista sabe e a gente só vai saber se ele contar pra gente por sorte ele adora contar
tá eh ele adora contar porque não tem muita graça se ninguém não souber né então ele vai dar notícias de de de qual é mas o significado fetiche não é conhecido por outras pessoas ele também não gosta muito de compartilhar vocês vão ver isso no Lolita de compartilhar o seu fetiche com outros é como se só ele pudesse usufruir daquele objeto fetiche ele é dele não para ser dividido por aí de modo que não é retirado do do fetichista dificilmente o objeto fetiche como é que você vai tirar o brilho no nariz de alguém como
é que você vai retirar o objeto fetiche de alguém se ele sequer é acessível a outras pessoas entende Ou seja é difícil você conseguir retirar do fetichista porque eh ele é normalmente facilmente acessível Ou seja eu acesso a qualquer momento um sapato e um brilho no nariz eh dificilmente alguém vai conseguir retirar porque sequer reconhece Qual é isso significa então que o fetichista pode conseguir satisfação de um modo eh rápido e pronto porque esse objeto é mais acessível do que o órgão que ele substitui percebe eh ele tem uma certa possibilidade de uma eficácia porque
ele tá protegido ninguém conhece ele é de fácil acesso porque é um objeto que substitui o horror possível da castração eh e eu consigo acessá-lo e ninguém nem vai saber que eu tô acessando então é interessante o lugar que o fetiche ocupa nessa direção Bernadete microfone bernadet na clínica com crianças Quais são os objetos que mais aparecem assim como substituto da do da castração então na clínica com criança a primeira coisa é importante a gente lembrar do pequeno perverso polimorfo começaria né lembra que a gente falou sobre isso que no final das contas a perversão
embora a gente tá aqui falando dela Como uma estrutura ela antes disso antes de ser uma estrutura ela é a condição Inicial né da sexualidade o pequeno perverso polimorfo nesse sentido Bernardete da infância O que mais vai aparecer como característica do pequeno perverso polimorfo é a palavra tá aí né o polimorfo ou seja essa manifestação da sexualidade repousada em diferentes objetos em diferentes partes do corpo e aí você já sabe qual a resposta as zonas erógenas Bernadete lembra eh a gente tem a fase oral a fase anal a fase fálica lembram disso ou seja em
cada época né Em cada período aí do desenvolvimento psicossexual em termos fridi anos eh a repousa-pés eu tenho uma dúvida eh na questão da estrutura vamos ver se eu vou conseguir formular a pergunta direitinho uma pessoa que pratica eh bdsm e tem várias personas Então ela tem várias personas dentro ali da prática dela né ela como se fosse Ah aquele pessoal que vai num mangá num Fórum de Mangá e gosta daquele personagem E aí ela tem várias personas como que a gente consegue ficar quando a pessoa não é só um fetiche ela não tá só
praticando um fetiche alter essas personas e sim ela tá já numa estrutura de Psicótico Por que Psicótico Carol Eh aí eu pensei no transtorno de identidade hum explica melhor tá eh quando a pessoa tem um transtorno de identidade em que ela tem várias pessoas dentro dela ela ela tá dentro de um Psicótico seria isso o transtorno de identidade não pois é mas eh quando a pessoa ela transtorno dis Associação de identidade ISO mesmo é tem tem o o o o transtorno de associação de de identidade inclusive o o wesler tá escrevendo uma um conto que
vai ficar divertido sobre isso ele e um monte de psicólogo psicanalista psiquiatra se juntaram numa uma editora que chama Madame Psicose e cada um tá escrevendo o conto de um transtorno D smm Tá ficando engraçadíssimo tá vocês vão achar divertidos o dele é o esse de identidade não de identidade ficou o do Antônio Geraldo o dele é o de memória mas pegando o que você tá apontando eh a gente talvez vai precisar separar os dois Campos Carol eh quando você fala da da prática sado Mazo eh que tem a ver eh com algo muito calculado
personagens que são eh construídos eh histórias que são montadas regras que são estabelecidas isso tá quilômetros luz da Psicose percebe então Acho complicado colocar na pergunta talvez eh a gente precisaria separar dessa prática para poder pensar e eh duas coisas separadas não sei se ficou confuso o que eu tô te dizendo não Você me respondeu respondi você já me respondeu uma coisa não tem nada a ver com a outra a pessoa pode praticar e não ser Psicótico ela tá fazendo a porque tá dentro do fetiche isso certo seria isso isso porque veja e quando você
tem toda essa programação eu vou ali eu escolho um personagem eu escolho uma roupa eu dou um nome e eu construo um enredo eu estabeleço um contrato o contrato é super rígido diga de passagem percebe tá todo todo todo no campo simbólico tá não não vai pro mesmo lugar Rosana Oi boa noite pegando uma carona mesmo na na pergunta da Carolina eu fiquei pensando eh nem todo praticante seria perverso ou todo praticante do sado masoquismo tem uma perversão aí porque eu também tô partindo nessa coisa da fantasia então você colocou fantasia você já me jogou
a neurose Rosana você já respondeu percebe então e eh é interessante a gente Observar isso primeiro a perversão tá na origem de toda a nossa sexualidade então a Sexualidade humana é perversa tudo bem para todo mundo isso então ess a Sexualidade humana é perversa eh a Sexualidade humana é perversa na neurose também né E isso não é um problema não é em si um problema isso tem a ver com as características básicas eh o o início né Rosana da nossa sexualidade né a a e a Sexualidade humana é perversa tem a ver inclusive com a
deu uma travada Acho que não foi só para mim né não cort trou travou travou eu acho que foi da Renata mesmo uhum gente muito boas questões tá tá bem legal travou só da Renata mesmo deve tá voltando Aí já que a outra questão que eu vou colocar para né até porque a gente pensa logo na perversão não sei para mim eu sempre vou lá para pedofilia né até o exemplo aí da da Lolita Mas nem todo perverso eh seria um pedófilo assim como nem todo pedófilo universo né somos un a eu imaginando dada medida
né dado da medida é Mas se a gente pensar em Estrutura mas pensando na estrutura perversa a gente pode considerar que exista também aqueles que são inofensivos na escolha do seu fetiche que não tá fazendo mal a ninguém né sim Renata caiu acho que ela tá tendo que entrar de novo ô Rosa Eh boa noite ó Ricardo você acha que é possível a gente pensar nesse fetiche ele pode ser um colecionador também de objetos com uma linhagem típica Eu já vi colecionador ã por exemplo colecionador de calcinhas com cada mulher que sai ele precisa levar
a calcinha junto esse é o objeto de fetiche dele E aí ele uma coleção n regra estabelecida a gente sai eu leva sua calcinha que esses cara que pula o muro esses caras que pula o muro pula o quintal das pessoas que aparece um repórter para roubar calcinha também no varal rouar no varal é fá no varal é preso porque pegou as calcinhas porque só foi pegar as calcinhas Coitado ele só queria ver cal e cuitado Ah tudo bem enquanto for só isso né a gente leva não muito no outro né eu não tá fazendo
interferindo o campo do outro olá olá se for permiti Olá tudo bem teve uma queda de energia e caiu a minha internet então eu passei pro 3G vamos ver se a gente consegue sustentar aqui tá bom tá bom enquanto você tava e voltando a gente começou uma discussãozinha aqui tá boa boa boa boa então tá deixa eu ver discussão sobre calcinha hã discussão sobre calcinha Calcinha a gente tá pensando aqui na estrutura perversa se também Ai desculpa gente cachorro latiu agora se também teria possibilidade de uma estrutura perversa que não cause mal ao outro porque
a primeira coisa que eu penso em perversão penso na pedofilia né agora é possível o perverso de estrutura perversa que com consiga se aver com o seu fetiche sem cruzar alg então sem cruzar a fronteira a sem cruzar determinadas fronteiras você tá falando por exemplo legais o o exemplo que a troue calcinha por exemplo né assim ele pegar a calcinha das mulheres com quem ele sai quer dizer não sei acho que não não pass nenhuma Fronte legal aí né quando você fala Renata eh de atravessar fronteiras eh eu tava pensando aqui numa situação de de
paciente adolescente né Eh meninas que precocemente começa a atuação sexual e o namorado mais velho né diferença de 5 6 anos e e usam o momento íntimo deles para depois eh eh eles terem mais prazer e um dia essa pessoa falou que que era a era um fetiche deles e é uma menina adolescente ela permite isso quando os pais descobriam eh e porque pegou alguma coisa é que virou um problema quer dizer eh eu posso falar que isso é um fetiche depende o fetiche na mulher é extremamente raro extremamente raro inclusive o lac vai chegar
a firmar Deixa eu ver se eu consigo voltar aqui para deixa eu ver se já abriu aqui o Wifi do namorado é É do namorado não aí tá ela foi embora de novo ela caiu de novo não vai rolar gente você alguém de vocês assistiu aquele filme 50 Tons de Cinza eu estão vendo ou você se perderam não gente é porque eu tinha passado computador pequeno que eu morro de preguiça dele pro computador grande meu computador grande é uma tela grande entendeu eu consigo ver todo mundo consigo ver texto é maravilha o notebook eu fico
perdidinha Deixa eu voltar aqui para Rita só para para voltar e aí a gente não não perder aqui o raciocínio eh tá essa semana essa semana do saco cheio aqui tem a cidade toda fica com festa a energia fica doidona e meu nobre agora eu percebi que ele morreu de vez tem que pedir outro Nobre porque era para segurar né mas Rita um ponto importante o Lacan chega a dizer que o feti o fetiche feminino seria uma fantasia masculina é legal essa frase do do Lacan e é importante você observar e quando a gente for
falar agora da Lolita e eu vou tentar avançar pra gente ir logo para ela você vai perceber que o a Lolita ela se coloca numa posição de atender a inclusive ela chama o o Humbert Humbert de paizinho porque efetivamente ele realmente é o pai é o padrao né Ele é casado com a mãe dela eh eh e ele se casa com a mãe só para poder ficar na mesma casa que a a a Lolita eh é importante observar eh esse E aí eu gostaria depois que você lesse o artigo todo porque é interessante esse esse
lugar que o fetichista eh ao convidar alguém para participar do seu fetiche não significa que esse fetiche ele tá sendo compartilhado essa pessoa tá sendo colocada no lugar de objeto fetiche é diferente o fetichista e o objeto fetiche são dois lugares diferentes nesse jogo no caso da Lolita por exemplo estamos falando de alguém que tá sendo eh a a colocada na posição de objeto fetiche que inclusive Lolita nem é o nome dela é Dolores né Vamos chegar ali eh então é um outro lugar antes de passar paraa Sony paraa Aurora só um segundinho Deixa eu
só colocar aqui só para organizar a nossa eh deixa eu compartilhar gente deixa eu tirar essa a barra lateral para caber melhor pronto deixa eu só colocar aqui rapidamente pra gente só ter um ponto um ponto comum então o que que é esse esse nosso ponto comum vamos pegar ali no artigo que eu mandei para vocês pouquíssimos parágrafos que eu reservei só pra hora que vocês forem ler o artigo todo a gente tem um ponto comum para conversar hoje esse aqui ó então o fetiche é o resultado de uma das respostas frente à castração a
gente já entendeu o Freud nomeia essa resposta de desmentido a outra resposta né é o recalque por exemplo essa resposta desmentido o fetiche é uma das do resultado de uma das respostas frente à castração Freud nomed desmentido em que parece haver uma tentativa de recusa da castração desmentir a castração implica em não entregar não ceder a satisfação do outro e essa satisfação do outro aqui ela é importante Eh que que isso significa em termos de comparação entre por exemplo a neurose e a perversão o neurótico eh ele busca se satisfazer a partir da Lei dentro
dos limites da lei em conformidade com a lei então a lei dá um certo limite para essa busca de satisfação do neurótico eh no caso da da da perversão quando a gente fala que não quer entregar a satisfação ao outro significa então gozar para além dos limites dessa lei dessa borda eh veja o outro não é o outro com maiúsculo não é o representante da lei da cultura e assim por diante é como se neste Campo houvesse uma busca de satisfação é como se o outro dissesse você pode ir até aqui mas eu gostaria de
ir mais um pouquinho você pode ir até aqui mas eu queria ir até ali Deu para entender então não é por desconhecer o texto do outro mas por não querer se satisfazer conforme o texto do outro porque se satisfazer conforme o texto do grande outro significa ceder a satisfação ao o grande outro porque ele que traz o texto Tudo bem então continuando ainda ou seja ao invés Estamos aqui no texto ó ou seja ao invés de aceitar a falta aceitar a castração que é o texto que que o grande outro traz não é olha a
castração existe ela está dada aceita ao invés de aceitar a castração da mãe o sujeito toma o fetiche como uma possibilidade de tamponar a falta entende eh de tamponar a falta envolve uma transgressão o que não significa necessariamente cadeia né Rosana tem transgressões e transgressões né e dependendo do lugar que você está transgredir é fácil demais né Aí está o sentido do complexo de castração e é nisso que o homem fica preso segundo lacão o falo está sempre além de toda a relação entre o homem e e a mulher seja como objeto de uma nostalgia
pelo que se perdeu do lado feminino seja pelo fetiche que representa o falo como ausente colocando ali o signo o falo simbólico tudo bem aí o lacam vai dizer então é sempre o menino que é um fetichista né nunca menina o fetichismo é excessivamente raro na mulher no sentido próprio e individualizado em que ele se escarnação pra gente poder conversar um pouquinho e circular eh ah parei apresentação Então veja tá muito claro isso o fetiche ele é o resultado diante ele é a consequência diante do desmentido o desmentido é uma resposta deante da castração eh
a castração impõe uma falta essa falta não é suportável a castração inclusive fal de horror da castração uma das formas de não ter que lidar com o horror da castração é desmentir Ou seja eu sei mas mesmo assim e colocar sobre ela uma espécie de tampão Mas então tamponar a falta então não é que a o fetichista não sabe que a falta existe Vocês entenderam vem cá quando você coloca uma tampa você não sabe que tem um buraco lá embaixo é óbvio que você sabe então tamponar a falta não é desconsiderar a existência da falta
quem não sabe que a falta existe é o fora cluo né a fora clusão tá antes da falta o desmentido a falta está lá porém tamponada tamponada pelo objeto fetiche então o objeto fetiche é uma espécie de tampa diante da da da da castração uma vez que a castração não é de fato ali eh aceitável vou circular entre as perguntas e aí eu volto pro Humbert Humbert para entender por que que a gente escolheu utilizar esse texto né um Humbert é o personagem que escreve eh o texto Lolita Lembrando que é uma autobiografia entre aspas
porque Humbert não é o autor eh do livro livro é o autor deste texto digamos assim né é um livro dentro de um livro tá claro isso não confunda O autor que tá um negócio de confundir o autor com a obra hoje em dia que é uma maravilha né Tá parecendo o povo que batia no ator da Globo que era o Malvado na novela Como se o o ator fosse o personagem vocês lembram que já teve gente que Então não vamos confundir o autor e o personagem né então Humbert Humbert é o personagem que escreve
né a sua autobiografia ele está preso e ele escreve com o objetivo de se defender Então quando vocês forem ler Lolita lembrem de ler eh com essa visão quem está escrevendo quer te convencer de que é inocente tá claro isso ele está na prisão escrevendo para te convencer da inocência dele e significa que o todo o texto é para mostrar como ele é uma pobre vítima da Demoníaca criança de 12 anos que o seduziu tá claro isso eh eh eu digo isso porque às vezes as pessoas leem e eh e e caem na dele o
piro falo assim gente como é que você cai na dele no primeira na primeira linha ele escreve estou escrevendo esse texto da cadeia para me defender Então é só ler seguindo esta lógica ele tá tentando convencer de que ele é inocente eh o safa tem um livro bem legal eu não vou achar o livro do safatle agora aqui na na prateleira sobre o fetichismo é um livro bem legal do do do safat de 2010 sobre o fetichismo e ele vai falar uma outra coisa interessante sobre o fetichismo ele vai dizer o fetichismo ele serve para
mostrar pra gente que a libido é extremamente maleável não que vocês já não soubessem a libido não é enrijecida não a gente não investe a libido só de um jeito numa certa quantidade só num objeto não de modo algum Inclusive a recomendação do Freud é que você Invista libido de um modo diversificado em vários objetos em quantidades diferentes correto e o fetichismo ele vem mostrar ainda com mais eficácia que a libido ela é maleável então a a o a o fetiche vocês darem caída não voltou eh aqui hoje a energia e a internet dessa cidade
tá um caos vamos lá então o fetichismo ele serve para mostrar ainda mais que vocês estão me escutando ou deu uma travada tudo bem ok então voltando é as janelinhas deram uma fechada aqui eu fiquei na dúvida vamos lá umas piscadas Mas você continua falando é porque significa que a festa tá enorme tá e suga toda a energia da cidade é uma festa que chama congadas para quem não conhece quem da região de Minas e Goiás talvez não conhece é uma festa grande que tem nessa nessa região que tinham muitos Quilombos né Então congadas vem
do Congo né é uma é uma festa importante popular e da população quilombola da população que foi até então escravizada é uma festa realmente grande que toma toda a energia da cidade tá então hora que dá a noite a energia está tomada bom eh é uma festa muito bonita viu depois de pesquisa na internet vale a pena bom então vamos lá então o fetichismo ele mostra que a libido ela é maleável né evidenciando então que as pulsões sexuais elas não estão naturalmente ligadas biologicamente ligadas à reprodução tá claro por isso a gente fala que a
Sexualidade humana ela é perversa ela é perversa porque ela não tem um um regramento A princípio nem biológico nem cultural determinado elas são potencialmente então polimórficas e vão ser então a a construídas se elas vão ser construídas ora a construção diz vem alguém e diz a regra Olha a regra é ande nessa linha gente mas se a regra é ande nessa linha eu posso pisar um pouquinho para cada linha eu posso desviar do caminho eu posso inverter o percurso eu posso tá claro isso Veja se o texto se se foi me dado ao longo né
de um certo percurso eh um O que fazer com a minha libido o fetichismo é a prova de que essa é uma proposta não uma determinação eu posso fazer um Pou pouquinho diferente diga-se de passagem Isso não é um problema em si tudo bem Bom vamos lá Sônia Ah eu acho que mais ou menos sobre isso que eu ia te perguntar no sentido assim de que de que Como existe um tamponamento da castração não existe ação na lei esse outro ele não significa uma lei né então eu fico pensando como funciona a questão do do
para lidar com essa lei que não é reconhecida e se por isso talvez existe uma sensação Pelo menos é o que eu imagino de que ele não está transgredindo nada uma vez que não existe lei para ele ent o funcionamento então mais ou menos porque veja como é a recusa da castração e a castração é a instauração da Lei Sônia no momento em que ele a castração ele topa a instauração da lei porque para recusar ela primeiro tem que ser reconhecida como é que você recusa alguma coisa que você não conhece então existe ali junto
exe ess esse essa significação de que a lei está ali A lei está ali tanto que então ele transgride e ele transgride tem uma transgressão tem uma transgressão tanto que aqui no caso do hum estão só eh para quem não conhece bem rapidamente aqui o o livro Lolita para quem não conhece é um livro de 1955 publicado pelo Vladimir nabuko eh é um livro Fantástico recomendo enormemente que todos Leiam eu li a primeira vez na adolescência com 13 14 anos e eh ganhei de presente na adolescência recomendo enormemente inclusive quando só parênteses histórias da infância
né quando eu ganhei esse livro meu pai tinha acabado de ler esse livro Ele me entregou o livro e falou assim eu horrível com que acontece aí mas o livro é maravilhoso Leia minha filha então a a a leitura veio desta encomenda né dessa proposta que me deu esse livro para eu ler pela primeira vez foi meu pai eh é um livro maravilhoso que deve ser lido eh mas é um livro difícil de ser lido tá E muitas pessoas se recusam a seguir adiante nele mas deveriam seguir porque é um livro que a gente compreende
de um modo extremamente importante o funcionamento de muita coisa da nossa sociedade só um parêntese sobre o Vladimir nabuko eh em relação à publicação desse livro eh ele publica esse livro depois de ter ficado impactado por uma notícia de Jornal depois eu posso mandar vou mandar no grupo essa essa notícia de jornal que impactou o Nabuco que fez ele escreveu o livro então bem rapidamente eh uma menina tinha sido sequestrada não me lembro a idade exata dela mas vamos supor que se anos de idade e tinha ficado no cativeiro dos 6 aos 12 mais ou
menos quando finalmente eh ela é é resgatada ou foge do cativeiro vou mandar a matéria e vocês leam com precisão ela foge ou é resgatada do cativeiro e volta pra vida decidem então tentar fazer ela voltar pra vida da como se nada tivesse acontecido voltar pra escola e etc e ela morre atravessando a rua porque ela sequer sabia atravessar uma rua porque ela tinha ficado no cativeiro por um pedófilo di de passagem durante boa parte do percurso da vida impactado por essa notícia de Jornal O nabuko começa a pensar sobre como é a cabeça de
um pedófilo como é que funciona a cabeça de alguém que é capaz de sequestrar uma criança entende colocá-la em cativeiro para seu próprio uso como se ela pudesse ser sua um objeto seu então ele é motivado por essa perturbação dessa notícia do jornal e por essa morte trágica dessa menina que quando finalmente vai começar a Vida morre atropelada por não saber se quer atravessar a rua é horrível a históriae né da da Mas é interessante Então o que que ele se propõe O livro é narrado a partir da cabeça do pedófilo do Humbert Humbert Olha
que coisa difícil que esse escritor conseguiu fazer eh então o livro é uma uma espécie de autobiografia desse personagem que chama Humbert Humbert repetido desse jeito mesmo ele tem 38 anos de idade na história ele está preso tá mas ele não está preso por ter feito alguma coisa com a menina ele tá preso por ter matado o outro cara já dei spoiler paciência aceita um spoiler que vocês lerem e eh ele tá preso por ter matado alguém por ter matado um outro homem eh e ele tem como objeto de amor uma garota de 12 anos
que ele nomeia como ninfeta e ele diz que ele é o Ninel né ou seja um especialista em localizar linfas do mundo que ele tem um dom especial de sentar num parque de diversões e localizar ninfetas eh que são crianças entre 8 e 12 anos eh que tem que são eh diabólicas ninfetas de acordo com ele ele dá essa ideia de feitiçaria de diabólico e etc que a gente estava falando ali sobre a origem da palavra fetiche lembra eh porque são meninas que segundo ele não é ele que eh se interessa pelas meninas mas são
essas meninas essas ninfetas que capturam a atenção dele ele inverte a lógica da relação entre sujeito e objeto Deu para entender mais ou menos eh essa menina chama Dolores e ele nomeia de Lolita uma outra característica é anular qualquer característica singular do objeto para poder usufruir do objeto veja Dolores existe na sociedade Dolores frequenta a escola Dolores tem mãe Dolores tem pai Dolores eh entende Dolores tem coleguinha na escola Dolores sem identidade CPF Lolita não então substituir a palavra eh Dolores por Lolita é um modo de anular quaisquer características subjetivas e singulares ou seja características
do sujeito para transformá-lo em um objeto Tudo bem então por isso o livro chama Lolita mas Lolita não é o nome da da personagem avançando um pouquinho mais pra gente entender essa ideia do do objeto fetiche Então o a Lolita é o objeto fetiche do Humbert Humbert ou seja um objeto imposto sobre a menina Dolores eh e o que que ele eh impõe ali veja e ele cria então Eh essa eh esse objeto Lolita impõe sobre um corpo que não é é outra coisa ali é uma criança chamada Dolores e ele impõe uma diabólica ninfeta
chamada Lolita então ele impõe e eh sobre aquele corpo o objeto que ele cria entende então não é Dolores que cria Lolita é ele que cria Lolita e imputa a Dolores tudo bem agora algumas características interessantes que faz com que ele dificilmente vai ser eh não que ele não vai ser pego e ele diz isso claramente por exemplo como ninguém sabe que ele é um ni felpo né ninguém conhece o significado do seu fetiche ninguém vai pegar Inclusive tem uma eh eh uma um pedacinho que ele ele adorava todos os dias na hora que as
crianças saiam da escola sentar no parque para ver as crianças Vocês entenderam né Eh só que como ele sentava ali no parque para ver as crianças e ninguém sabia eh e o que ele olhava e porque ele olhava ou seja qual o significado do seu fetiche não era conhecido pelos outros ninguém o incomodava né Eh então ele dizia sendo muito cômodo alcançar a satisfação sexual ligada a esse lugar tanto que ele fala claramente o próprio Humbert fala afinal de contas eu as possuía né Eh embora verdade seja ditas elas não houvessem desconfiado de nada muito
bem mas isso não se manifestaria algum tempo depois não lhes eh teria eu de alguma forma né então ele vai apontar que as meninas nem sabem mas ele já as possuem Deu para entender a lógica elas nem sabem mas ele já as possui ele já as possui porque ele já depositou Sobre aquelas meninas um objeto fetiche que retira delas a sua singularidade Vale a pena ler Leiam mesmo tá eh então o objeto feti só para para fechar esse ponto eh ele tem uma característica interessante e e acho que esse ponto encerra bem a gente vai
para as perguntas o Lacan ele vai dizer no seminário quatro que o objeto fetiche ele tem uma característica de congelar o tempo só esse ponto que eu queria colocar Veja se o sujeito no caso da neurose você tem a castração certo o reconhecimento da castração o reconhecimento da castração leva portanto ao recalque o recalque leva a as formações do inconsciente a história do sujeito continua a história do sujeito continua a partir do reconhecimento da castração Inclusive das consequências disso do que retorna disso no caso do fetiche o lacam ele vai dizer que o que constitui
o fetiche é retirado de um momento histórico que se fixa que congela então é uma característica de de congelamento O que significa que há uma interrupção da história algo que não se concretiza então toda a história do sujeito continua exceto pedaço que foi congelado no fetiche Deu para entender para explicar melhor no caso do Humbert Humbert ele próprio vai dizer da onde que veio eh a ideia da Lolita quando ele próprio era uma criança tinha lá os seus 13 14 anos eh ele se apaixonou por uma menina que tinha lá os seus 12 anos anos
eh essa essa menina Então seria seu amor infantil as características de aonde ele depositaria toda a libido dele essa menina e naquela época veja é uma criança apaixonado por outra criança ou seja ainda está no fluxo da história percebem a história está caminhando essa menina morre e aí eu já tô dando um duplo carpado aqui na história vocês depois eh Leiam essa menina morre eh mas a imagem da menina se congela não haveria a possibilidade de amar mais nada e mais ninguém a não ser a exata imagem dessa menina o que significa que não só
Lolita como todas as outras meninas que no parque ele se interessa são no final das contas a imagem fixada dessa menina que morreu que ele repousa sobre o corpo dessas outras crianças entende anulando a subjetividade e a existência delas Dolores não existe mais quem existe é Lolita e Lolita é a imagem fixada dessa criança dessa menina da infância Deu para entender a lógica ou seja este ponto da sexualidade dele fica enrijecido então ele tem 38 anos mas essa esse investimento libidinal ficou fixado congelado aos 14 então é como se ele tivesse 28 38 48 58
mas este ponto permanece congelado então uma das características do fetichismo é que a história do sujeito continua mas uma parte fica congelada tudo relativo ao ao fetiche se congela naquele ponto entende então quando a gente pergunta do fetiche o que a gente vai procurar É sobre esse congelamento o que que há ali que estacionou naquele ponto tudo bem Aurora então Renata eh ficou muito mais claro né entender um pouco essa questão da perversão mas eu tava me questionando até que ponto o fetichismo ou uma pessoa fetichista ela é necessariamente perversa então eu lembrei daquele filme
e foi um filmea resposta como não necessariamente é isso Eu não entendi o que você falou oi eh eu já te antecipo a resposta não é tá eh não não necessariamente não é o o o objeto fetiche eh ele não é exclusivo eh o objeto fetiche por o objeto fetiche ele não é exclusivo da perversão o fetiche o fetichismo como uma resposta ao desmentido é uma eh é uma característica da estrutura perversa mas o objeto fetiche eh ele pode eh nas outras estruturas inclusive teve um encontro da quinta-feira que a gente tava até coloquei no
Instagram um videozinho é rápido explicando a diferença entre objeto a e objeto fetiche eu não sei se vocês viram que tá tá lá no Instagram posso mandar de novo mas pode continuar sua pergunta aora então e então você já respondeu mas e eu sei que foi um filminho assim meio ficção mas acho que foi muito comentado muitas pessoas viram Inclusive eu outras leram o livro os os 50 Tons de Cinza não sei se você viu Renata onde o o o menino né que era o principal ele ele tinha a namorada dele e ele usava esses
objetos de de fetiche mas ele eh num determinado tempo ele combina com a namorada de eh de que se doesse ela gritasse ou falasse uma determinada palavra então por isso também que eu pensei será que o fetichismo é uma coisa do perverso ou não necessariamente né já que ele eh nesse Exemplo né é uma ficção ele eh ele pedia para ela dizer o quando ela não queria mais né participar dessa relação sexual com os objetos que era uma coisa meio S sadaso né como a gente fala então ele combinava com ela para ela dizer dá
um basta né No momento que tivesse doendo muito então Eh e ele não não aparentava ser uma pessoa perversa Então acho que você eu acho que entra no que a Carol tava perguntando agora a pouco eh a as práticas sadomasoquistas eh as práticas sexuais eh de modo geral Elas têm um contrato Elas têm um texto Elas têm uma inscrição da Lei percebe Aurora sim sim sim e então tendo uma inscrição da Lei tendo um contrato eh não tem uma borda oferecida pela cultura sim exato e E aí é interessante a gente pensar Quem é o
grande outro de cada um né Eh vamos partir pressuposto se a gente diz que eh não quer ceder a satisfação do grande outro mas é importante a gente pensar Quem é o grande outro o grande outro eh não é o mesmo para todos se o grande outro é uma inscrição da cultura eh você tem variações de como ele era por exemplo o grande outro de alguém muito religioso eh você tem algumas pessoas Aurora que vão supor que já é eh vão utilizar a ideia de perversão para alguém que transa antes do casamento ó Que loucura
né Eh aí fácil né tá fácil sair dessa linha né E na verdade eu diria que é impossível ficar nessa linha tá diga as passagem eh vou supor por exemplo que então sexo fora do casamento já é um grande desvio vocês conhecem essas pessoas verdade ou se conhecemos é porque isso já parte dessa questão mais religiosa mesmo que atualmente ainda existe né exato então assim quando a gente fala eh da satisfação ao grande outro é interessante a gente perguntar quem é o grande outro por isso que não tem como um terceiro vir julgar a gente
vai ter que escutar Então esse sujeito que fala em análise à medida que ele começou a falar do contrato ele já deu notícias de um grande outro percebe Sim sim e E aí a gente poderia dizer que é uma fantasia né que é que pode ser uma questão neurótica não não perverso dentro Campo da fantasia tá dentro do campo da fantasia sim percebe como a gente tem que escutar o texto aquilo que a gente falou lá no início sobre as estruturas que o Lacan diz desconfio dos fenômenos eh porque se a gente vai pelas pela
Via dos fenômenos a gente vai ter que interrogar quem é o olho que está olhando barra julgando percebe se é um olho por exemplo lgbtfóbico o crio vai ser vamos combinar eu não quero nem saber qual vai ser o cri porque ninguém deveria Ó lgbtfobia tem tratamento tem cura tá gente ninguém precisa sofrer desse dessa intolerância né mas o fato é o Quem olha Eh Interroga a respeito do seu próprio Rigor das suas próprias regras e isso não é que a psicanálise faz a análise vai querer que o sujeito conte né a sua relação com
o seu objeto e aí a gente vai poder saber sobre esse objeto né da partir do que o sujeito diz não do que a gente observa por terceiros né S Ricardo bom eh acabou que na Na continuidade da apresentação você respondeu várias questões já bastante aqui eu vou ver aqui que que que eu consegui ainda reter aqui para para sanar as dúvidas eh com relação a questão de não ceder a satisfação ao grande outro né Eh que que o perverso ele tem conhecimento da lei Mas eh para ser considerado aí uma uma estrutura perversa ele
tem uma certeza de uma impunidade Então essa seria uma característica dele burlar a lei não não Ricardo e E aí vou eu para não falar de modo generalista vou pegar Humbert Humbert o Humbert sabe do eh da Lei tanto que ele divide o mundo feminino e entre duas categorias as mulheres que ele chama de paliativas que somos nós mulheres adultas diga de passagem eh que são autorizadas pela lei ele diz claramente Então são agentes paliativos então ele se casa com uma mulher adulta eh ele sai na sociedade com uma mulher adulta ele inscreve no cartório
sua relação com uma mulher adulta ou seja são agentes paliativos segundo o termo dele se relacionar com mulheres adultas Aonde a libido dele não está mas aonde a sociedade autoriza inclusive no caso desse personagem a que no caso é a mãe da Dolores que ele coloca o nome de Lolita ele se casa com ela para Porque ela tinha uma filha né que ele conheceu no parquinho então ele vai conhecer a mãe por por interesse dessa menina para poder estar dentro da mesma casa com a menina e o que que ele faz para não ter que
ter relações sexuais com a esposa que desejava ter relações sexuais com ele ele dá medicações para ela dormir então ele Ceda ela à noite para não ter que ter relações com ela mas para manter o compromisso social de estar casado com uma mulher adulta e para para poder ter um enlace afetivo próximo com a menina com a Dolores que ele coloca o nome de Lolita ele se coloca na posição então de padrasto para poder então colocá-la no colo levar pra escola abraçar para poder ter com ela um lugar íntimo aos olhos da sociedade inclusive no
percurso do texto Ricardo a coisa caminha um pouquinho mais a mãe da Dolores morre de um modo um tanto quanto suspeito dias de passagem eh e ele então adora menina ele passa a ser o pai da menina ele não é mais o padrasto Ele é o pai da menina então ele passa e aí ele diz claramente no texto ele diz agora eu tenho completa liberdade de fazer o que eu quiser eh então a a ele tem clareza Ricardo percebe e veja uma vez que ele adota a menina eh ele adota para os olhos da Lei
então ele sabe muito bem qual é a lei entende então não há um medo de impunidade de modo algum tanto que ele conhece a lei e tenta jogar dentro da Lei por isso a gente pode neste caso apontar pro feismo neste caso do Humbert Humbert deste personagem tá outra coisa eh o objeto fetiche pode ser o alimento pode ser qualquer coisa pode ser qualquer coisa a coisas inanimadas tipo um no nariz pode ser um objeto tipo sapato ou meia calça pode ser uma um ser humano tipo uma criança pode ser um alimento também pode ser
qualquer coisa vou passar pra Tâmara pra gente encerrar Tâmara obrigada é eu acho que tem tá nesse caminho assim porque eu ia o que eu ia perguntar eh primeiro uma curiosidade ele tinha relação sexual com a Lolita depois eu queria perguntar uma coisa isso é só uma curiosidade que no caso da jovem homossexual então ali não tem uma imposição de um objeto pra dama que ela que era uma dama dourada e aí isso tem a ver com essa pergunta de se ela se ele teve ou não relações com a Lolita ou se tinha essa coisa
de uma adoração ou outro eh e aí fiquei e fiquei com mais uma coisa essa ideia de objeto porque quando eu lia o objeto eu pensava então sempre no objeto inanimado mas então é possível tomar uma pessoa e objetificar ou seja anular a sua condição de sujeito vou te responder citando o próprio Humbert Humbert na cena do primeira relação sexual deles então dizendo S tem Inclusive a primeira eh eh relação que ele diz el eh ele diz assim quer ver a e a primeira a primeira relação eles estavam ele ele narra sem sem grandes pormenores
a primeira relação entre ele e a Lolita né Eh aí a que Ao acordar ao acordar a Lolita beixa beij o padrasto e lhe Pergunta se ele fazia aquilo que eles tinham feito né quando quando era menina quando ele era era menino né quando ele era criança e aí ele diz assim basta dizer que não percebi o menor traço de pudor nessa bela e ainda imatura mocinha a quem os métodos modernos de educação mista ele culpa a educação moderna da década de 50 tá eh os costumes da de 50 os costumes da Juventude Americana a
indústria dos acampamentos de férias e tudo mais tinham depravado de forma completa e irremediável ela encarava o ato sexual apenas como parte do mundo secreto dos jovens a qual os adultos não tinham acesso a a cena eu não vou conseguir localizar agora a cena exata a a cena que ele narra a primeira ele diz ah cadê cadê cadê cadê a eu não vou conseguir achar a cena exata agora que ele narra o primeiro ato mas diz assim ó e ele ele reconhece né que o corpo uma criança orfa e desamparada fala dele eh uma criança
orfa e desamparada porque a primeira relação entre os dois é quando a mãe dela morre tá uma criança órfão e desamparada que copul só naquela manhã três vezes com um adulto e então ele diz uma criança orfa e desamparada que pulou três vezes com o adulto ele nomeia ela naquele momento como se ele tivesse pra gente leitor Tamara vocês estão Lembrando que é uma criança vocês não estão lembrando deixa eu contar para vocês uma cri mas vocês estão Lembrando que não é só uma criança é uma criança Órfã e desamparada ele dá todos os significantes
como se ele tivesse chamando a nossa atenção entende eh e aí ele diz assim olha Eh o reconhecimento de que ali não ali que há ali uma criança né mas que ele não se responsabiliza e ele não se responsabiliza porque ele diz que ela já é depravada pela educação e pela que ele fala indústria dos acampamentos de férias Juventude americana educação mista são meninos e meninas da mesma escola e nesse assim como que a gente pensa direção de tratamento do Humbert não não sei nesse na na perversão tá você falou o perverso gosta de contar
PR Então mas para ter tratamento E aí aí a gente vai encerrar agora por causa o tempo para ter tratamento Tamara tem que ter demanda qual ser a demanda dele veja ele não escreve esse livro em nenhum momento para questionar a relação dele com a Lolita ele escreve esse livro O o o personagem barra autobiógrafo eh ele escreve este livro eh para defender que foi uma relação amorosa eh só vou vou dar um spoiler ele mata um cara que um adulto outro eh Nelito que também tem relações com a Lolita depois dele e aí ele
mata ele mata como se só ele pudesse eh ter aquele objeto nenhum outro homem e aí e eh ele vai narrar todo o livro para te provar Tâmara eh que ela pertence a ele Uhum Então ele não tem uma uma queixa ele não tem uma demanda e a gente tem que encerrar mariaa fala rapidinho a gente encerra Ô Renata e o que será que aconteceu com a com a Lolita né Colocar assim as consequências dis o livro vai até a vida adulta dela o livro o livro vai até a vida adulta dela Leiam gente lei
o livro eu comecei ali mas muito tempo e agora acho que eu vou voltar ali para saber porque o livro é o livro vai até a vida adulta dela o livro segue adiante ele segue adiante Leiam até o final beijo para todo mundo eu chego de spoiler ó Renata brigou comigo spoiler Mas você lei o livro todo beijo gente beijo beijo diferença entre objeto a e objeto feti no grupo tá