Muito bom dia, meus caros! Sejam bem-vindos à nossa meditação. Peçamos a Deus a sua bênção sobre nós.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo mal.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem!
Hoje entramos então no Capítulo 29 do "Caminho de Perfeição". O título é o seguinte: "Continua a indicar recursos a serem empregados para se procurar a oração de recolhimento". Fala do pouco valor que devemos dar ao ser favorecidas pelos prelados.
Fugir por amor de Deus, filhas, de dar importância aos favores dos prelados. Que cada qual procure fazer o que deve, porque se o prelado não lhe agradecer por isso, pode estar certa de que o Senhor a recompensará e lhe agradecerá. Sim, pois não viemos aqui buscar prêmios desta vida.
O nosso pensamento deve estar sempre no que é eterno, não devendo dar nenhuma importância a coisas aqui que, mesmo para o tempo que se vive, não são duradouras. Hoje a prelada está bem com uma, amanhã se vira em vóz. Uma virtude a mais estará melhor convosco.
E que importa se não estiver? Não deis lugar a esses pensamentos que às vezes começam por pouco, mas vos podem desassossegar muito. Rechaçai-os, pensando que este não é o vosso reino e que tudo bem de pressa terá fim.
Mas isso ainda é um recurso inferior, sem muita perfeição. O melhor é que dure e que vos vejais desfavorecidas e abatidas, e mais do que isso, desejosas de assim estar por amor do Senhor que está convosco. Fixai os olhos em vós mesmas e contemplai o vosso interior.
Como eu disse, encontrareis o vosso Mestre que não vos faltará. E que, quanto menos consolos exteriores tiverdes, tanto mais vos agraciará. O Senhor é muito piedoso e jamais falta aos aflitos e desfavorecidos, se estes confiarem apenas nele.
Como disse Davi: "O Senhor está com os atribulados". Ou credes nisto ou não. Se o fazeis, por que vos atormenta, ó Senhor meu?
Se vos conhecêssemos de verdade, nada nos importaria, porque dais muito a quem de veras quer confiar em vós. Acreditai, amigas, que é grande coisa compreender esta verdade, para verdes que os favores daqui são todos falsos, quando desviam o mínimo que seja do recolhimento em si mesmo. Ó, valha-me Deus!
Quem poderia vos fazer entender isso? Não eu, por certo; sei que, embora o deva mais do que ninguém, nunca chego a compreender essa verdade como cumpre entendê-la. Voltando ao que dizia, quisera saber declarar como essa corte Santa vem com o nosso companheiro, o Santo dos Santos, sem impedir a privacidade da alma e de seu esposo, quando ela deseja entrar em si, nesse Paraíso, com o seu Deus, fechando atrás de si a porta para todas as coisas do mundo.
Digo "deseja" porque entendei: isso não é coisa sobrenatural, estando em nossas mãos e sendo algo que podemos fazer com o favor de Deus, já que sem este não podemos nada, sequer ter um bom pensamento. Porque isto não é o silêncio das faculdades, mas o encerramento delas no interior da alma. Vai-se alcançando isso de muitas maneiras; como está escrito em alguns livros, temos de largar tudo para nos aproximar interiormente de Deus.
E, mesmo em meio às ocupações cotidianas, retirarmos em nós mesmas, embora durem um breve momento, a recordação de que temos companhia dentro de nós, é muito proveitosa. Enfim, acostumemo-nos a achar gosto na prática de não falar em voz alta quando nos dirigimos ao Senhor, porque Sua Majestade nos fará sentir a sua presença ali. Muito bem, então, paramos aqui no dia de hoje, no quinto parágrafo do Capítulo 29 do "Caminho de Perfeição", e voltamos um pouco naquilo que Santa Teresa dizia no dia de ontem.
Ela fala do recolhimento das faculdades da alma. O que são as faculdades da alma? São aquelas características mais importantes da nossa alma.
Então, as faculdades, elas são aquelas capacidades da nossa alma; são aqueles elementos que compõem a nossa alma. E a nossa alma, ela é composta do que? Ela é composta pela nossa consciência, a nossa inteligência, a nossa memória, a nossa vontade, a nossa liberdade.
Essas coisas são as faculdades da nossa alma. Então, todos nós temos a memória, a inteligência, a consciência, a vontade, a liberdade. Temos isso; percebemos isto em nós.
Mas o que acontece? Esses elementos, essas capacidades que Deus nos deu e que são a nossa alma, nós não vemos, mas ela está em nós. É o que mantém o nosso corpo vivo.
O nosso corpo. . .
Qual é a diferença dele para um cadáver? Um cadáver também tem coração, um cadáver também tem sangue, só que ele não tem vida, ele não tem movimento. A nossa alma é o que vivifica o nosso corpo e a nossa alma não morre.
O nosso corpo um dia morrerá, mas a nossa alma não morre. E, mesmo que o corpo desça à sepultura, a alma continua viva e continuará viva no purgatório, se tiver de purificar-se dos próprios pecados, ou continuará viva no céu se já puder receber o prêmio da vida eterna quando morrer, ou ela permanecerá viva, consciente e sofrendo eternamente os horrores do inferno. Se recusar a Deus, nesta vida, né?
Então a alma não morre; nós sabemos disso. E o que Santa Teresa faz? Ela nos ensina o cultivo das coisas da alma.
Então, nós devemos procurar a oração, buscando um recolhimento. Nós falamos disso ontem, mas a melhor maneira de se recolher é entendendo que dentro de nós existe um pequeno céu. É neste pequeno céu, dentro de nós mesmos, que Deus quer falar conosco.
Um detalhe importante: Santa Teresa fala que esse recolhimento para a oração não é uma coisa sobrenatural, é uma coisa natural. E o primeiro passo para isso é desejar. Eu tenho de querer.
Se eu quiser falar com Deus, se eu me colocar em silêncio, fechar os meus olhos, procurar não olhar para aquilo que está à minha volta, procurar não dar muita importância àquilo que eu ouço, eu estou recolhendo os meus sentidos. E a minha oração terá fruto na medida em que eu me der conta desta presença que há em mim. A inabitável graça do batismo vive em mim.
No dia do meu batismo, no dia do seu batismo, você se tornou filho de Deus, templo do Espírito Santo. O Espírito Santo passou a habitar em você. Quando pecamos mortalmente, nós expulsamos Deus da alma, mas, pela confissão, nós restauramos esta aliança com Deus e podemos falar com Ele.
E isso não tem nada a ver com o sentimento. "Ah, mas eu estou rezando e não estou me sentindo bem. " "Ah, eu estou rezando hoje, e não estou sentindo a presença de Deus.
" Você não precisa sentir absolutamente nada. A oração é um movimento do nosso intelecto, da nossa razão. Eu quero estar com Deus; eu sei que Deus está em mim.
Mesmo que eu não sinta nada, mesmo que eu não tenha gosto, mesmo que eu não queira, eu vou me recolher, eu vou falar com Deus. É uma decisão. Uma decisão.
E essa decisão é racional. Às vezes, os sentimentos estão ordenados, eles estão predispostos para falar com Deus. Que bom, né?
Quando isso acontece, é muito bom, que a oração flui mais tranquilamente. Mas isso não é condição necessária para rezar. Eu posso rezar querendo ou não querendo, mas o primeiro passo para conseguir essa oração recolhida é saber quem está dentro de mim.
Quem eu encontro dentro de mim? Mais pra frente, nós vamos estudar. Vamos ler o livro "O Castelo Interior", de Santa Teresa.
A obra interior gira justamente em torno disso: existe um castelo dentro de nós, e, no centro, na sala nobre desse castelo, está o Rei, o Rei que é Cristo. Então, eu tenho que encontrar este céu dentro de mim. Onde está Jesus, está toda a sua corte: a corte celeste, os anjos, os santos.
E Jesus, que está dentro de mim, quer falar comigo de dentro de mim. E, na medida em que eu vou encontrando este céu dentro de mim, eu vou abandonando aquilo que está fora e que desagrada a Deus. Hoje, Santa Teresa fala muito da questão da gratidão.
O quanto, às vezes, nós esperamos gratidão por parte dos outros. Às vezes, a gente faz tudo certinho, age bem, procura fazer o bem, tudo impecável. E aí, ninguém reconhece; ninguém nos elogia, ninguém diz um obrigado.
O que Santa Teresa vai dizer aqui? O nosso prêmio, a nossa recompensa, ela tem de ser dada por quem realmente dará uma recompensa que não passa, que é Deus. Tudo aquilo de bom que nós fazemos não ficará sem recompensa.
Deus vê o tempo todo; Deus nos vê, e, sobretudo, quando fazemos o bem. E só Deus vê; só Ele vê. Mais ninguém vê, mais ninguém nos agradece.
Podemos ter a certeza de que, por tudo que nós fizemos e que ninguém mais nos agradeceu, nós receberemos um prêmio muito maior, um agradecimento muito maior. Deus sabe nos dar muito mais do que a gente merece; Ele quer dar mais do que a gente merece. Agora, se a gente colocar nossa esperança nas pessoas, nós vamos nos frustrar.
Se a gente colocar nossa esperança até em filhos, em maridos, em esposas, nós vamos nos frustrar, porque os primeiros a não reconhecerem aquilo que fazemos de bom são aqueles que estão perto de nós. Os primeiros a não reconhecer, né, é justamente o esposo que está ali todo dia, a esposa que está ali todo dia. Os filhos, que às vezes são cuidados e sustentados com o nosso sofrimento, com o nosso trabalho, são os primeiros a não reconhecer aquilo de bom que fazemos.
Justamente para esses, que deveriam ser os primeiros a reconhecer, é que acontece o contrário. Mas é o que Santa Teresa diz hoje: se nós ficarmos esperando um agradecimento neste mundo, nós iremos nos frustrar. Nós iremos perder tempo, nós iremos desviar o olhar das coisas de Deus.
Fixemos o nosso olhar neste pequeno céu que está dentro de nós. Fixemos o nosso olhar em Jesus que habita o nosso coração. Ele saberá nos recompensar de um modo muito maior, muito melhor.
Que Nossa Senhora nos ajude e rezemos, sobretudo, pela saúde do Santo Padre, o Papa. No dia de hoje: a vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém!
O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
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Até amanhã!