Triste fim de Policarpo Quaresma | Análise literária - Brasil Escola

o olá pessoal eu sou ele se a professora de literatura e hoje nós vamos falar um pouco sobre a obra triste fim de policarpo quaresma de lima barreto mas primeiro inscreva-se no canal e ative o sininho para receber as nossas novidades [Música] e o triste fim de policarpo quaresma é um romance que foi publicada em 1915 se passa na cidade do rio de janeiro cidade mesmo escritor lima barreto a qual ele conhecia muito bem como um atento como um competente observador da sua realidade do seu cotidiano é uma obra contextualizada na transição do século 19

do final do século 19 para o século 20 no momento em que o brasil passa por mudanças políticas e sociais muito significativas são os primeiros anos do brasil república logo após a revolta da armada em 1893 depois de uma guerra depois de batalhas depois de lutas físicas corporais para conseguir chegar a esse lugar de república é por outro lado entretanto enquanto muitos estavam otimistas com essa nova configuração né o brasil república o progresso vamos olhar para frente nós vamos ver agora uma e liberdade uma irmã e são a independência política cultural o escritor lima barreto

não era tão otimista assim muito atento muito analítico ele sabia que no início do século 20 era muito difícil falar em progresso em falar em justiça falar em equilíbrio de fato diante de tantos acontecimentos diante de tanta situações que ainda era um empecilho para esse verdadeiro progresso desigualdades sociais preconceito racial pessoas que a lei áurea havia sido assinada no final do século 19 mas a pessoas ainda era escravizado as pessoas negras ainda não escravizados ou então não foram devidamente se inseridas na sociedade não tiveram acesso a políticas públicas que pudessem fazer essa inserção e dar

as mesmas oportunidades então todo esse cenário né de pseudo intelectualismo de um certo pedantismo tudo isso para o lima barreto ainda era muito comprometedor para verdadeira liberdade para o verdadeiro progresso do brasil o livro é dividido em três partes o nosso protagonista é policarpo quaresma um personagem muito peculiar porque ele é apaixonado pelo brasil ele ama desesperadamente esse país e ele quer tudo que seja do brasil única e exclusivamente é de fato a gente um nacionalista-ufanista valoriza apenas a soberania do brasil tudo que é importado tudo que é estrangeiro ele quer tirar da sua vida

ele quer banir o começo do livro ele quer aprender violão com o professor ricardo coração dos outros ele quer que eu vou violão tocar para tocar as modinhas brasileiras o violão instrumento mais nacional mais brasileiro possível depois ele quer aprender tupi porque a língua dos índios brasileiros então ele realmente é o encantado pelo brasil e como líder dividido em três partes em cada uma dessas partes ele vai tentar defender a identidade brasileira ele vai tentar como um verdadeiro patriota da e a sua voz da na sua voz o grande poder que o brasil tem no

coração dele a partir de algum dos elementos que são importantes na primeira parte ele vai dar muito foco na questão cultural então ele vai atualizar língua costumes a história cultural brasileira a um episódio muito peculiar em que ele vai receber uma visita e o cumprimento ele cumprimenta os seus visitantes de uma maneira muito peculiar muito fora do convencional por que remete aos antigos índios brasileiros então é o personagem que é muito cômico nesse sentido né às vezes provoca muito riso mas às vezes também sentimos um pouco de piedade justamente por essa paixão desmedida que ele

tem todos esses excessos do policarpo quaresma fazem dele um excêntrico e ele começa a ser visto pelas pessoas de uma maneira desconfiada é muito muitos não levam muito a sério rins ou um bom da cara dele e ele leva isso contorno da série não realmente ignora todas essas as represálias meio cômicas que ele vai sofrendo só que essa situação dele vai ficando cada vez mais intensa que ele chegou ao ponto de escrever um ofício ao ministro da guerra na língua tupi depois ele vai tentar se justificar dizendo que que não o que na verdade é

só um rascunho nem era para ter sido enviado mas acabou indo por acidente mas esse eu fiz em tupi o deixa então grande visibilidade que acabam acaba levando a narrativa para segunda parte que a segunda parte vai trazer as consequências da internação dele no hospício porque ele é considerado louco e ao ser considerado louco por todo esse fanatismo ele faz uma passa uma temporada aí no hospício a segunda parte do romance já narra a tentativa do policarpo quaresma de viver a sua vida depois de uma internação ele é sai do hospício por intermédio dos amigos

os amigos acabou intervindo para ajudá-lo é impressionante como os personagens em geral não ajudam não se preocupam com ele a muito dessa frieza é algo também que é bem típico da própria impperia do lima barreto né você é um solitário de não ter uma mão quando precisa os únicos personagens de fato que se você realmente se importam se preocupa policarpo são ricardo coração dos outros o seu professor de violão e a sua afilhada olga então os dois ainda tem alguma preocupação e meio-dia um situações para ajudá-lo e nessas mediação eles conseguem fazer com que ele

saiu do hospício e que ele consiga se aposentar para não ficar com uma mão na frente e outra atrás ele acaba indo viver num sítio sossego ele vai tentar agora defender o brasil defender o seu patriotismo através do brasil agrário através da agricultura porque ele vai tentar cultivar tudo quanto é tipo de iguarias de hortaliças brasileiras que ele considera genuinamente brasileiras mas isso também vai ser um fracasso na vida dele coitado vai ser uma ele vai enfrentar falência porque ele vai enfrentar dois três grandes inimigos o primeiro inimigo é a questão da corrupção é muito

ele chega com é difícil fazer qualquer coisa no brasil seja você é uma pessoa muito notável ou um simples anônimo sem o apoio de pessoas que possam tirar aparentar o segundo grande problema que ela enfrenta o grande inimigo são as próprias condições agrárias as terras não são férteis eu não sonho são apropriadas para todo tipo de plantio que ele vai tentar produzir e o terceiro ironicamente são as saúvas as formigas que depois lá no século 20 lá nos anos 1920 poucos o mário de andrade vai retomar em macunaíma no lema de macunaíma quando o nosso

herói grita os males do brasil são poucas saúde muita saúva para destruir tudo depois de enfrentar a ruim no nós vamos pra terceira parte do romance em que de fato o policarpo quaresma vai para as vias de fato em relação a defender o brasil porque acontece a guerra e ele vai dialogar vai procurar diretamente o marechal floriano peixoto para poder participar da guerra para poder lutar o brasil na guerra e aí eu não vou entrar mais em detalhes sobre os desdobramentos mas o que eu posso dizer é que depois de ser o grande herói da

pátria depois de ser o grande herói que luta pela nação ele vai ter um desfecho que é tristemente irónico há uma ironia e muito humor das há uma ironia muito bem elaborada e surpreendente se bem que no final das contas quando a gente chega aquele desfecho a gente fala é não tinha outra coisa não tinha como esperar algo diferente disso porque o personagem caminha por uma vida utopia e ao caminhar pela via da utopia de um certo idealismo é muito natural que que depois venha a dura realidade para mostrar que as coisas não são muito

bem como seria no plano das ideias dentre dentro desse enredo tão cheio de acontecimentos de revirar a voltas ali ah ah fina crítica né o finn no olhar analítico de lima barreto que realmente é um grande crítico da burgue eu fazia na época um crítico da burocracia da época como tudo no brasil é difícil emperrado as coisas poderão ser tão mais simples mas é uma vai e volta de documentos de papéis crítica ao pseudo intelectualista que ele realmente nunca deixou de tocar nisso nunca deixa eu te falar disso né dos pedantes dos falsos sabedores uma

crítica a esse nacionalismo ufanista é que esse nacionalismo exacerbado realmente não garante não dá segurança nenhuma não coloca ninguém lugar melhor e às vezes cega né sério o apaixonado para os problemas do seu país que precisam ser resolvidos precisa ser solucionados há também uma crítica aos diversos preconceitos aqui principalmente a uma crítica ao crítica ao preconceito que o policarpo quaresma sofre porque ele é um grande eccentrico eleny esquisitão então ele é um outsider digamos assim né seria a palavra para o nome dela bem e ele é muito mal recebido é mal visto é mal quê

em situações eu acredito que pela biografia do lima barreto talvez ele até mesmo se sentisse como policarpo quaresma muitas vezes mas esse personagem ocupa um lugar belíssimo a literatura porque ao mesmo tempo que ele é um louco que ele é patético porque ele inspira piedade ele expira a pena mas também ele provoca uma certa conicidade porque a gente rir das maluquices dele ele tá muito semelhante ao dom quixote de la mancha que é o grande clássico desses personagens patéticos da literatura ocidental porque se por um lado a essa comicidade a esse flerte com a loucura

né um personagem que é visto por todos como um maluco por outro lado também a esse essa paixão e esse amor que esses personagens têm as causas perdidas eles se preocupam com igualdade eles se preocupam com justiça eles só querem fazer do mundo um lugar melhor eles querem salvar a sociedade em que eles virem e é por isso que eles são personagens estão desajustados são personagens que são considerados né dentro da literatura com o ide é né o a até romances que tem esse título justamente por personagens serem configurados dessa forma então é ao mesmo

tempo que é um personagem que nos deixam muito muito pesarosos né pelos seus caminhos também nos deixam muito reflexivos a respeito dos caminhos o tô pistas que ele tenta seguir mais um ponto que merece ser salientado ser ressaltado aqui sobre triste fim de policarpo quaresma é a questão da linguagem né que tá bem marcada bem inserida nesse momento do século 21 linguagem que busca facilitar a leitura busca facilitar a compreensão a muito na leitura da obra que parece que você tá ouvindo alguém falar para você alguém está te contando porque o tom é muito coloquial

o tom tá muito próximo da oralidade embora o texto seja muito enxuto haja um certo domínio da norma padrão é a adicção o modo como a linguagem flui com leveza deixa mais uma vez o reforço aqui para vocês esse importante legal e no que diz respeito à linguagem para o século 20 para o modernismo brasileiro bem pessoal esse vídeo foi um pouco sobre a obra de lima barreto triste fim de policarpo quaresma se você gostou curta compartilhe com seus colegas compartilhe com seus amigos se quiser saber um pouco mais acesse os links aqui na descrição

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