oi oi eu sou cláudia tomar 20 e esse é um vídeo que eu tô gravando para o canal do paulo resulte em que eu quero contar para vocês sobre cabelos no século 19 é um assunto que parece que foi assim tanta coisa para dizer mas é bem interessante o século 19 começa e como quase sempre como uma contraposição ao que era feito no século anterior então a gente imaginando que no século 18 a moda eram aquelas perucas que desde que o luís 14 o rei sol tinha começado a ficar careca e resolveu começar a usar
perucas e obrigou praticamente a curte inteira também fazer isso e acabou virando moda por que o caput fazia todo mundo copiava a gente teve então durante muito tempo as famosas perucas normalmente brancas em que os homens usavam os cabelos meio compridos e as mulheres usavam umas esculturas na cabeça cada vez maiores a gente chega as coisas até com navios com verdadeiro verdadeiras obras de arte em cima das esculturas que eram os cabelos do século 18 era uma coisa meio complicada de manter de de limpar às vezes tinha piolho pulga bicho dentro dessas que lucas era
uma coisa bem nojenta e aí foi a revolução francesa entrou napoleão começou o século 19 e em contraposição ao que era essa artificialidade das perucas do século 18 passou a ser moda as mulheres mostrarem os cabelos de uma forma mais natural e os homens também então a gente tem presente e se retrata super famoso da madame recamier que até ficar bobeira do nome de móvel de tão famoso que ficou esse retrato em que ela se mostra com os cabelos dela naturais até nem tão penteados assim e os homens também passam assumir os cabelos deles e
isso vai durar um certo tempo até que lógico a as coisas começam a ficar um pouco mais elaboradas ao longo do século 19 porque a tendência da moda é sempre mudando mais uma coisa que é porque é muito interessante a gente vê ao longo da vida das pessoas como que o cabelo ia sendo usado e tratava e considerado de acordo com a faixa etária então por exemplo a gente tinha um problema muito sério no século 19 e antes inclusive de mortalidade infantil então as famílias tinham muitos filhos mas também perdiam muitos filhos mesmo entre as
famílias da nobreza da realeza era quase impossível um casal que não tivesse perdido algum filho na primeira infância e às vezes até um pouco depois disso e existia um uma crença de que as crianças encontraram muito pequenas elas eram puras como anjos e que salas falecer sem nessa primeira infância elas voltariam para o céu e seria um anjos que iriam então vê lá pela família e cuidar de todas as pessoas que tinham ficado na terra os pais os irmãos e tetra e para que isso acontecesse era importante que elas voltassem para o céu pura sem
tocadas como elas eram ou seja os cabelos não podiam ser cortados isso com esse dia com o período em que também essas crianças por serem tão pequenas e tão angelicais não se diferenciavam os meninos das meninas era tudo anjinho então a gente vê por exemplo essas imagens de família em que você tem meninos e meninas enquanto são pequenos vestidos praticamente iguais e enquanto as crianças usavam fraldas elas tinham esses vestidinhos essas patinhas quero uma coisa unisex podia ser menino ou menina e a gente tem uma dificuldade até para identificar quem são os meninos quem são
as meninas nesses retratos porque os pequenininhos são muito parecidos os cabelos vão crescendo por igual as roupas são muito parecidas e às vezes você tem alguns elementos para identificar por exemplo esse menininho tá com o cabelo preso então a gente não sabe exatamente o tamanho que tava mas é um vestido que a gente identificar ia hoje no século 21 como sair de uma menina e na verdade ele tá usando uma espingarda e a gente sabe que é um príncipe da casa de recém dar um estado ou por exemplo esse outro retrato que são três netos
do dom pedro segundo filhos da caçula dele da princesa leopoldina a gente sabe que ela teve quatro filhos homens então esses três primeiros meninos são três meninos embora esse daqui com esse vestidinho parece uma menininha o cabelo também parece um cabelo de menina porque nunca foi cortado e aí a gente tem por exemplo esse retrato de dom pedro primeiro em que ele já deve ter uns três para quatro anos mas ainda usa esse cabelo comprido que nunca foi cortado essa diferenciação só aconteceu por volta dos quatro anos quando finalmente as crianças passavam a controlar as
necessidades fisiológicas podiam deixar de usar fralda e partir do momento então que esses meninos eram desfraldadas era um ritual de passagem o cabelo era cortado e eles passavam então a se vestir como como meninos mesmo cores mais vibrantes vermelho forte azul escuro esses elementos que já identificavam como meninos como as espingardas como tambores enfim algum atributo que identificasse como menino passava a ser mais comum nos retratos as meninas por sua vez eram identificadas porque eu ela tinha uma boneca ou um leque leque era sempre o menino ou às vezes pelas joias que elas usavam a
gente conseguia ver que era um meninas a partir dos 45 anos no máximo esse problema acabava e aí os meninos passavam entre os cabelos curtos para o resto da vida e conforme ele tá amadureciam eles passavam a ter normalmente barba e bigode que também eram um um atributo muito na moda durante todo o século 19 com diferentes formatos cumprimentos mas passa a ser também uma moda que tem a ver no fundo com cabelos e aí a gente tem um século evoluindo e por exemplo e 820 1330 é muito comum as mulheres usarem cachos cabelo todo
cacheadinho assim de canudinhos e a parte de cima vai ficando cada vez mais elaborado então você tem umas armações com tranças com flores com as pérolas diamantes sempre enfeitando a parte de cima do cabelo conforme a gente vai chegando mais perto de 840 mil duzentos e cinquenta o cabelo das mulheres volta a ser moda ele ser mais lisos e é preso praticamente liso só com algum enfeite mais simples sempre o contraponto da geração anterior e quando chegar lá para mim 870 da passa a ser moda outra vez os cachos o cabelo todo encaracolado todo crespo
que a gente vai ver lá no retratos em fotografia não tanto mais nas telas também mas já começa aparecer muito mais fotografias então dependendo da década isso logicamente vai mudando o cabelo dos homens muda muito menos do que o das mulheres como sempre e aí a gente passa a ter a questão do cabelo comprido da mulher ser um símbolo de status por dois motivos porque dava muito trabalho para você cuidar não se lavava com tanta frequência o cabelo então assim alguns relatos que a gente tem das tristezas que lavavam muito o cabelo era a cada
duas semanas jogava todo o cabelo no martina uma bacia várias pessoas ajudavam a lavar depois tinha kids embaraçar tinha que cuidar e aqui não levava quase o dia inteiro dia de lavar o cabelo a gente lavar o cabelo não fazia mais nada para poder ti e para lavar o cabelo e tem gente para te ajudar não realmente você tinha que ser uma mulher muito rica as mulheres mais pobres não tinha essa possibilidade então ela tá acabava muito ainda os cabelos menos cumpridos no geral para dar menos trabalho então poder se dar ao luxo de ter
um cabelo gigantesco era para quem podia não não para quem que só queria e o segundo ponto era uma questão de saúde porque quantas pessoas adoeciam no século 19 tinham febre era muito comum cortar os cabelos ou até raspar mesmo as mulheres podiam ser uma mera infestação de piolho ou podia ser realmente uma coisa mais grave alguma por exemplo escarlatina que é uma doença que dá uma febre muito alta era consenso que você raspar sua cabeça da pessoa para ajudar na recuperação então uma mulher que tivesse um cabelo gigantesco aquele denotava que ela tinha tido
décadas de saúde que ela nunca precisou cortar aquele cabelo então aquilo era um indício de boa saúde e e aí existia claro todo um todo um orgulho em relação a isso a gente se vê por exemplo esse retrato da imperatriz da áustria da sissi em que ela aparece com esse cabelo até amarrado de tão cumprido porque eram um orgulho mesmo foi uma mulher tem um cabelo tão bonito e também cuidado aliás a ela tem relatos que passava três horas por dia todos os dias com quatro damas penteando os cabelos dela porque pentear uma forma de
limpar também era um trabalho absurdo enquanto isso ela aproveitava para que alguém lesse um livro para ela que aulas de idiomas fazer alguma coisa de útil ficaram três horas por dia todo dia eu penteando essa cabeleira e aí uma coisa muito interessante em relação a isso em relação aos cabelos femininos é que existe uma grande diferença entre os cabelos que você pode usar em público ou em particular em casa então quando você sair na rua seu cabelo sempre tinha que estar preso as crianças normalmente com tranças as mulheres a forma de penteado mas era inconcebível
uma mulher sai na rua com o cabelo solto de penteados não existia em compensação era muito sexy a mulher mostrar os cabelos dela soltos naturais sem nenhum penteado para o seu marido então você tem por exemplo duas rainhas uma a imperatriz do século 19 que casaram por amor que era uma coisa muito rara né normalmente os casamentos ginástica usaram arranjos ditado com enfim entravam 1000 questões - o fato deles gostarem realmente um do outro em geral eles mal se conheciam mas tanto assistir que a gente acabou de mencionar como a rainha vitória foram foram pessoas
que casaram por amor e não por coincidência a gente tem uma tela de cada uma aqui foi mandada a fazer para dar de presente para o marido em que elas aparecem com os cabelos soltos a rainha vitória inclusive muito jovem ela estava casada há pouco tempo nesse retrato e ela cara uma pose até muito sensual uma coisa muito íntima e os maridos lógico colocavam-se retratos nos seus gabinetes particulares não era qualquer pessoa que tinha acesso a uma imagem dessas era quase como se ela tivesse mandando um mude hoje um retrato desses e era uma coisa
muito íntima muito muito especial uma um retrato de uma mulher de cabelos soltos isso já era para época muito íntimo aí a gente vai ter dentro das ideias que os cabelos representavam intimidade afeto carinho o hábito das pessoas trocarem mechas de cabelo então podia ser uma mecha de cabelo da criança que nasceu para os avós podia ser entre jovens que ser namoravam podia ser entre irmãs era muito comum você ter essa ideia de enviar uma um bocadinho de cabelo como se dizer no brasil então a gente vai ter duas formas as pessoas mais e ricas
e que tinham mais possibilidades elas podiam mandar fazer joias com os cabelos teve mais ficar com essa foi moda por exemplo a gente conhece uma pulseira da imperatriz dona amélia foi feita com cabelos dela que tá hoje no palácio nacional da ajuda ser um retrato dela e a trança que faz a pulseira em si é feita com cabelo então tem uma fase aqui senhora moda mas no geral não era assim que se ofertavam cabelo normalmente você tinha um relicário que era um pingente um anel broche que dava para abrir e ali dentro então você colocava
a mecha de cabelo e isso era enviado a gente tem presente o relato falando ainda sobre dona amélia para irmã dela na suécia mais de uma vez ela enviou um relicário com mecha de cabelo a princesa maria amélia quando quase ficou noiva do maximiliano que depois vai ser criador do méxico ela dá para ele uma mecha de cabelo que ele coloca dentro de um anel e mesmo depois que ela morre que ela ele casa com outra princesa ele o site anel e aí quando ele está prestes a ser fuzilado no méxico antes de ser assassinado
ele então envia esse anel com as mechas do cabelo da maria amélia para cada família guarde porque era uma relíquia para ele e então a gente tinha esse esse carinho do das joias com cabelos e claro que a gente tinha também alguns casos mas mais íntimos por exemplo dom pedro primeiro que sempre se supera tem uma carta dele para marquesa de santos em que ele envia dois fios do bigode e ele diz uma coisa engraçada era aniversário dele 827 ele escreve uma carta para ela assim já que não posso arrancar meu coração para te mandar
receba esses dois cabelos do meu bigode que arranquei agora mesmo para te mandar essa carta hoje é da coleção brasiliana do itaú e claro dom pedro não mandaria só pelos do bigode então é um livro que foi escrito por um antigo funcionário da biblioteca nacional que trabalhou quase 50 anos na biblioteca e quando ele se aposentou ele faz um livro contando sobre as coisas inusitadas que tem nos acervos deles que se chama um jardim de delícias é o valdir da cunha e ele conta aqui na biblioteca nacional existe inclusive uma carta do dom pedro para
marquesa de santos em que ele manda pelos pubianos para ela de presente então não era só o bigode e cabelo é mas o normal na verdade era uma coisa mais inocente assim mais é mas afetiva no sentido de carinho tanto que a gente vai ter nas horas das despedidas esse costume também de você pedir um cabelo por exemplo quando dom pedro primeiro abdicou do trono brasileiro ele passa uns dias ainda a bordo do navio antes de efetivamente embarcar para europa o dom pedro segundo pede para ele então que deu um bocadinho de cabelo de lembrança
porque ele tá com saudades do pai e aí ele escreve assim meu querido pai meu senhor tenho tanta saudades e tanta pena de não lhe beijar a mão peço a vossa majestade um bocadinho de cabelo de vossa majestade imperial da o filho pede um bocadinho de cabelo do pai depois a gente vai ter quando a paula mariana a a a filha de dom pedro primeiro que morre no brasil aqui 833 ele pede para o tio zé bonifácio que era todas as crianças para se lembrar de cortar uma mecha do lindo o cabelo da filha para
enviar para ele de lembrança e as pessoas então tinham essa questão da do cabelo ficar como um pedacinho daquela pessoa para sempre como uma relíquia mesmo de memória daquela pessoa quando dom pedro primeiro morre a dona amélia manda fazer várias caixinhas de ouro com a data da morte dele e coloca os cachinhos de cabelo que cortaram dele e aí distribui para todos os filhos e até para alguns amigos muito íntimos por exemplo general saldanha e do que da terceira pessoa que tinham lutado com ele durante a cerca do posto recebem também uma dessas caixinhas de
ouro com esses cabelinhos do dom pedro de lembrança depois da morte dele e a às vezes esses relicários você podia trocar o cabelo por exemplo a maria amélia antes de morrer ela fez um pequeno testamento e aí ela deixa para minha dama de companhia romana o medalhão de turquesas que contém os cabelos da rainha vitória e peço a mamãe que o substitua pelos meus que serão cortados após a minha morte então a chinela seu medalhão com cabelos da rainha vitória tem algum mental de presentes e ela pede para mãe e substituir pelos cabelos dela e
e é um hábito que vai desaparecendo ao longo do século 20 mas a gente tem quase que um um fóssil desse hábito que é quando as crianças nascem dos álbuns de beber você tem um envelopinho onde você guarda um cachinho do cabelo da criança eu não sei vocês mas minha mãe por exemplo fez um álbum do bebê e eu tenho aqui amor posso mostrar a foto onde tem um envelopinho com cachinho é uma coisa que hoje em dia é muito raro você tem alguém andando com ele cá é uma mecha de cabelo mas a gente
encontra isso ainda em museus bibliotecas em reservas técnicas normalmente museu do ipiranga o museu paulista da usp durante muito tempo no século 20 teve uma vitrine em que tinha os cabelos das duas imperatrizes da leopoldina da tereza cristina e uma mecha de cabelo da princesa isabel mas isso depois deixou de ser exposto aqui em portugal a gente tem no palácio nacional da ajuda em reserva técnica uma mecha de cabelo da maria da glória que ela deixou quando saiu da inglaterra junto com os cadernos dela de inglês e isso daí foi guardado na família eu suponho
que do próprio professor de inglês dela que depois foi doado para o rei dom luís como uma lembrança dos cabelos da mãe dele quando era criança e no brasil no museu imperial a gente tem uma festa muito muito especial que é esse medalhão em que a gente tem o dom pedro primeiro ainda criança ainda de cabelos compridos e atrás é uma mechinha do cabelo dele ainda muito clarinho porque ele era muito pequeno e que a gente se vê então um pedacinho de cabelo né esse medalhão esse foi um presente dele para marquesa de santos e
talvez ela comparar com os filhos que eles tiveram será parecidos a cor do cabelo era aparecida não se sabe isso depois integrou a as coleções do museu imperial e hoje está exposto e a gente pode ver então é isso que eu queria contar para vocês que eu acho tem tanta coisa interessante sobre cabelos no século 19 espero que vocês tenham gostado e até a próxima