essa fera aí meu ô louco bicho para quem quer passar o vestibular carecas de saber bicho o Olá pessoal eu sou a professora Cristiane professora de literatura vamos falar hoje de um livro que ele é um clássico na literatura brasileira Um clássico moderno que é o nosso querido macunaima do Mário de Andrade livro publicado em 1928 pois bem pessoal se você já tentou e ler o livro ima você percebeu a dificuldade que essa empreitada porque o livro não tem uma linguagem de fácil acesso você abre o livro você percebe que haverá uma uma uma série
de hibridismos linguísticos mesmo o nosso português o qual Nós estudamos na escola ele é atravessado ele é contaminado por uma série de de nomenclatura de vocábulos T Pig Guaranis e faz com que você muitas vezes não tenha a mínima ideia do que você esteja lendo então é um livro difícil de ler com uma grande proposta literária né é um livro um livro Modernista mas que muitas vezes nós nos esbarramos na na linguagem é um livro que é importante não só pro vestibular em questões de literatura eh como livro específico Mas também como eh eh interpretação
em geral Quando você vai analisar o movimento modernista sempre vai ter uma questãozinha porque sobre munim porque é um livro e exemplar dessa fase né Eh da nossa literatura pois bem O Mário de Andrade é um escritor Modernista da primeira geração que é a geração heróica que é de 1922 a 1930 e é uma geração pessoal que tá querendo revolucionar a linguagem brasileira artística porque assim em 1922 os poetas Paulistas eles alugam o Teatro Municipal e vão querer eh comemorar o centenário da nossa Independência que foi em 1822 então para tanto eles vão querer não
eh repetir a linguagem parnasiana da época então que é altamente careta tradicional e eh e moldurada segundo os moldes né Eh franceses e coisas e tal mas uma linguagem mais brasileira e também mais influenciada pelas voras europeias e por isso mesmo mais moderna e para tanto né para atingir essa linguagem moderna eles eh inventaram né né Mário junto principalmente com osval de Andrade uma proposta testa que é antropofagia né inspirados nos índios brasileiros o antropófago é aquele que come a cultura do outro come a carne literalmente do outro e o poeta brasileiro Modernista fazer a
mesma coisa a brasilidade era como você pega a Vanguarda europeia e transforma em algo brasileiro e e aqui no caso makunaima que foi publicado em 28 o mesmo ano pessoal atentem que é publicado o Manifesto antrop ó fago do Osvaldo de Andrade e diríamos que se no no Manifesto O Osvaldo ele propõe né Eh A Proposta o Mário de Andrade exemplifica em texto porque você percebe uma im cuna ima uma narrativa que não respeita a ordem cronológica que não respeita o espaço geográfico porque em várias partes do texto O macunaima viaja territórios com quilômetros e
Em Curto em espaço temp temporal e eh a própria linguagem híbrida né a mistura da do do do português oficial com o Tupi guarini também a ideia de uma linguagem híbrida típica do também do das vanguardas Então você percebe emunim uma proposta eh estética muito muito eh centrada em você eh unir o que é de mais moderno em em termos de formato e temos de estrutura textual e a linguagem a cultura as lendas brasileiras é diríamos diríamos pessoal que nesta obra do macunaima por isso que é tão difícil de ler esse livro Porque tem uma
proposta estética fundamentada ali que é você trabalhar como se fosse um cinema de Vanguarda Eu acho que isso seria o mais correto de você dizer que esse livro eh a a a a estrutura é muito moderna eh que não respeita nenhuma tradição narrativa até então mas ele preenche essa modernidade com lendas brasileiras ou seja isso é antropofagia estado puro pois bem pessoal esse livro vai falar sobre makunaima e e no primeiro capítulo já diz né que nasceu e o Macunaíma que é um negro retinto filho do medo da noite ele é um índio que nasce
Preto usando a linguagem do Mário de Andrade Macunaíma eu até coloquei aqui ele significa grande mal e na verdade né o makunaima o herói da nossa gente é também chamado o herói sem nenhum caráter porque o makunaima ele não vai representar um herói tipicamente eh idealizado como foi o Peri no caso de 57 né em 1957 pelo o Alencar não esse é sem nenhum caráter justamente isso que o fundamenta ele é um índio Preguiçoso ele nasce de uma aa uma índia das tapanhumas uma tribo eh ele até os 6 anos ele não quer falar eh
chama né pedem para ele falar ele só fala assim ai que preguiça e só isso que ele fala até os 6 anos é só isso que ele fala é um índio preguiçoso que só quer saber de mulher e quer saber de dinheiro ele vai usar muito né quando começa a falar o verbo brincar porque brincar vai ter um sentido sexual o Macunaíma assim é o é um zerro ela não poder mais mas justamente É essa a intenção do máo de Andrade botar um anti-herói o makunaima ele ele é irmão do manap que é o feiticeiro
velho e O jiguê O jiguê ele ele é um índio viril um índio forte casado com a sofara e e também vai ter o maon vai ter envolvimento com essa sofara porque assim gente o Macunaíma ele até os 6 anos ele não fala um dia eh eh Ele toma uma água encantada e do nada começa a falar e um dia a mãe dele e sempre levava para passear não leva a sof fará que é a sua cunhada a a irmã do a mulher do jig o leva para passear e o macuna se transforma em príncipe
e sempre que elo leva para passear ele se transforma em príncipe lindo diferente e eles brincam né pessoal de um verbo mais sexual mesmo então nessa primeira parte do T você já percebe o caráter moderno dessa narrativa porque do nada o macona se transforma então então o Mário de Andrade ele não vai respeitar uma estrutura e de enredo mais tradicional pois bem e Assim isso só o começo da história pessoal porque vai vai ocorrer uma série de eventos que vão que vão de respeitar uma narrativa mais careta mais tradicional pois bem então o macuna começa
a falar começa a brincar com a sofara o jigi descobre M manda a sofara passar pois bem o jigi manda sof fará e né para longe e a segunda parte né já o segundo Capítulo da história que vai continuar essa essa lenda né Eh do macunaima é quando macunaima vai querer pregar uma pregar uma peça na mãe e levá-la para outro lado do rio onde lá eh eles vão encontrar muita comida e a mãe do do macun obviamente quer levar essa comida pra sua casa já que não tem comida lá e o Macunaíma não quer
porque macunaima não tem nenhum caráter pessoal ele é imoral ele quer ficar com ele comer escondido e a mãe fica muito pé da vida com macía e vai sozinha pra casa deixa ele na rua mesmo e aí o macona fica perdido nesse momento ele vai encontrar curupira curupira gente né vai É também um ser né dessa desse mundo do Mario de Andrade esse mundo mais encantado e ele tem um momento né que ele vai dar pedaço da própria carne para o macunaima e comer mas o Curupira Na verdade ele quer caçar ele quer comer uma
Macunaíma E aí o que acontece gente uma uma uma uma corrida de gato e rato porque o macuna foge do Curupira mas o Curupira consegue com quase um GPS identificar onde está a localização do Macunaíma já que um pedaço da sua carne está dentro do macunaima que comeu né praço da da sua coxa Salvo engano então é quase com GPS onde macunaima foge Curupira vai atrás porque sabe onde tá ele sente né a carne né dentro dentro do Macunaíma ele só vai conseguir fugir do e e é do Curupira quando eh ele vai comer lama
e vomita então assim mais o momento que a gente vai encontrar essa esse espírito né Mágico do makunaima ele consegue se livrar tá o do e do Curupira e depois ele vai na casa da vó Cotia a vó Cotia vai dar farinha né é uma curima para também se limpar dessa dessa carne né só que ela descobre que o Macunaíma fez aquela armadilha pra mãe que não quis dar comida para levar PR casa e a fatia fica muito PED da vida com Macunaíma e ao invés dear dando farinha para ele é ela vai dar um
caldo de ipim você sabe que o ipim Né o inhame Ele eles é um é um é uma comida é uma raiz muito importante pros indígenas né então a vca vai dar um caldo de ipim pro pro nakuna ima e ele vai crescer pessoal ele vai crescer só que só cresce o corpo fica Aquela aquele aquela criança aquele adolescente grande e a cabeça de criança Então olha só o um monstruoso então ela vai fazer isso para punir o makunaima Então makunaima tá esse ser grotesco esse filho do medo da noite é com corpo de homem
cabeça de criança que fica que demora muito para aprender a falar e moral sem caráter essa esse é m Caema que nos é apresentado então aqui você já é confrontado com a própria ideia de herói né você não você acaba tendo uma um você torce para um cara dele é é uma atitude muito muito paradoxal chega o momento da história que ele com manap o jig que são seus irmãos eles vão vão embora e vão pra tribo dos Icamiabas e lá ele vai encontrar a a que é a mãe do mato que é a grande
Imperatriz dos Icamiabas e lá ele quer ele quer brincar com ela mas ela não tá a fim então meio que Olha só pessoal isso é da Maria da Penha eles Bofete lá assim assim inconsciente vai brincar com makunaima nesse sentido né também aqui Claro 1928 né não tem essa essa toda essa questão política em cima se ela engravida do Macunaíma vai ter um filhinho depois de se meses nasce uma criança indígena só que assim eh a a cobra preta lá da lá da tribo dos Icamiabas ela vai sugar o peito todo da Si e ao
invés de amamentar o leito da mãe o filho do bacuna IMA vai vai tomar o veneno da cobra e vai morrer então assim antes de morrer antes né do que ela queria fazer ela vai dar para makunaima um um uma uma um Talismã que é chamado de Muiraquitã Hã Vai dar pro makunaima é o murak Tão tá ali para dar sorte e ela decide não não viver mais ela pega uma corda e puxa até as estrelas a qual elá também vai virar uma uma constelação uma estrela perfeito pessoal pois bem aí o o o macunaima
está né com esse murak tã esse Talismã só que o bonema é muito atrapalhado gente ele é muito atrapalhado ele faz tudo errado e ele perde esse Talismã que para ele é muito especial e ele descobre que quem foi que pegou esse esse murak tã foi um peruano chamado veness lá o Pietro Pietra então ele vai ter que e em busca desse Talismã e a partir desse momento em que o makura perde o o Mura quitan é que a história vai ter um enredo mais mais fixo que é a busca pelo murak tã então se
você se pergunta qual é a história do texto é a busca pelo murak tã só que o venal pieto Petra Ele tá em São Paulo e o Macunaíma ele tá numa na serra amazônica no rio ur Ricar então é outra coisa então Ele vai ter que fazer esse trajeto essa viagem né Vai lá tá só que assim ele vai com os irmãos manap jiguê só que antes de de ir pra São Paulo ele vai pra ilha de marapatá ele vai PR ilha de marapatá apenas com o único objetivo deixar sua consciência lá então né a
gente estranha essa atitude né do amakura IMA mas justamente ele tá indo para um novo mundo e vai deixar essa consciência indígena do Rio Uraricoera é uma coisa muito louca porque ele estranha tudo porque o macona nunca viu um carro nunca viu uma máquina então ele chega na na cidade e para ele a selva é São Paulo ele então assim aqui e diríamos que a parte mais moderna Modernista do Mário de Andrade como narrador porque ele faz uma narrativa nesse momento de modo que nós eh nós estamos lendo a a modernidade como se fosse uma
selva como se fosse uma barbárie então ele eh eh ele ele escuta a buzina e acha que é um animal ele ele se assusta com aquela modernidade os irmãos também vão para uma pensão tem um momento que é muito louco que o manap perdão o chigu se transforma num telefone se transforma num telefone e liga pro Mao cortesan Então vai ter esse momento né em que o índio descobre a modernidade aqui outra vez gente é a própria antropofagia tá Você mistura o moderno da cidade pelos olhos de um e de um indígena pois bem aqui
pessoal também ele vai descobrir que o nosso V lá o Pietro pedra é na verdade um gigante o piman então aqui ele vai duelar né ele vai querer o atrás do mur quitan Então vai ter o primeiro duelo de makunaima com Piau imã pois bem nesse primeiro duelo quem sai ganhando é o próprio gigante ele vai cortar em pedacinhos o o o banur e vai morrer mas o seu irmão né Feiticeiro que é o ma anap ele vai ressuscitar o makunaima coma de uma formiga né a gente percebe como a história surreal não respeita essa
tradição linear pois bem ele ele resgata e o o makunaima ainda Tá pretendendo vencer o pi imã para buscar o seu o seu querido talismã para tanto ele vai pro Rio de Janeiro atrás de uma macumbeira ele vai atrás da macumba e a tia siata que é a macumbeira para tentar e ter uma ajuda de algum Oxum para ver se coisa melhor é pro lado dele ele vai para esse lado Místico ninguém quer ajudá-lo mas bem VII V na boa né não velio o sol e a Sol porque é uma mulher né que é uma
entidade feminina pretende promete ajudar uma Macunaíma com a busca do marquitan caso ele caso ele case com uma das suas filhas o o o macunaima promete casar com uma delas ele vai receber como como recompensa a Europa Bahia a fond da eterna Juventude vários prêmios só que ele não aguenta porque o macona não tem caráter ele não tem palavra então ele vai brincar e vai pegar ira da véi a sol pois bem Tem um momento que é um clássico pessoal que é super conhecido super falado também em vestibular carta PR Icamiabas quando uma a a
linguagem misturada indígena ela se esvai e é um capítulo em que o macunaima escreve para a tribo icamiaba sobre São Paulo aqui é uma linguagem altamente parnasiana é uma macuna ima letrado então é um momento da obra que foge da linguagem do todo o livro porque ele vai explicar São Paulo a partir da linguagem dos paulistas dos paulistanos então aqui é um momento também quando se fala em carta de par camaba se fala desse momento em que a linguagem se inverte pois bem Finalmente né o o o macunaima vai buscar ele vai conseguir resgatar o
imur quitan porque o Piã ele tem um momento da história em que ele vai pra Europa o macunaima Tenta mas não consegue e e o e o Piau imã que é o mesmo ven o peto Petra ele volta da Europa e vai ter uma ele vai pegar de novo o macunaima e colocar numa panela fervente com macarrão só que o o macuna consegue inverter esse essa armadilha e quem vai pra panela é o Pia imã quando o macuna acorda porque é um cheiro terrível tá o pi imã morto e ele consegue finalmente pegar o seu
iraquitã e volta ele abandona São Paulo antes né ele vai lá com os irmãos por o PR pr pra Serra amazônica né mas antes disso ele vai passar na Ilha do marapatá por quê Porque ele tem deixou a sua consciência lá e foi ele foi buscar mas o problema é o seguinte pessoal o bacun é meio atrapalhado ele vai PR PR para marapatá buscar sua consciência mas não encontra então se não tem essa eu vou pegar outra mesmo então ele vai pegar uma consciência de um lado americano e volta feliz com essa consciência você percebe
aqui também quando el de marapatá ele busca essa consciência antropofagia ou seja essa mente emprestada também sem falar que em termos de eh Vanguarda modernidade na latina na na na latinoamérica também se percebe que que esses poetas brasileiros foram muito influenciados pelos pelos hispano-americanos pois bem gente e depois né ele volta para pra tribo os irmãos vão embora ele tá muito sozinho tá muito sozinho ele ele se vê triste lá com seu seu Talismã parece que as coisas no fim não deram tanto certo para macuna a Então ele recebe ele Ele Decide eh tomar um
banho no rio com seu com seu Talismã só que daí pessoal ele vai perder né e e e no ataque com beta do Centauro ele vai perder a perna e o próprio Talismã Ou seja no final ainda vingança da V né da AOL ele vai perder e ele se vê sem perna e sem o seu amuleto e Ele Decide ir como fazem os índios né porque isso acontece ao longo da história decide ir para o céu virar também uma estrela e lá primeiro ele pede pra lua que o torne uma estrela a lua não não
aceita ele dá um soco na lua ele começa a procurar alguma entidade Estelar que eh que o aceite pois bem ele vai atrás do paui padol pessoal esse nome aqui tinha que colocar aqui porque não dá para n lembrar e essa entidade né Mutum que também ia falar entidade Mutum aceita e o macuna TNA uma estrela se torna Justamente a constelação Ursa Maior eh e e assim acaba a história de Macunaíma ele vira uma estrela Radiante né uma constelação e e e e ao fim dessa história você percebe que além da estrutura altamente moderna Há
uma grande leitura do Mário sobre o que é o brasileiro não busque um caráter idealizante que justamente desde Peri o brasileiro busca essa identidade nacional na literatura mas diríamos que Macunaíma é o fim dessa busca quando o herói não tem nenhum caráter pois bem pessoal essa foral de hoje até a próxima l