quando a gente fala de limite as pessoas têm uma certa dificuldade de compreender o que a gente quer chegar mas no início do século a gente tinha um limite devido ao redor de 40 anos com todos os avanços que a gente teve não foi exatamente por causa da tratamento do câncer mas sim pelas vacinas e pelo saneamento básico a gente consegue alcançar agora mais ou menos 70 e 80 anos aqui e aí a gente vai acrescentar essas pessoas 40 50 anos de vida mas elas pagam preço meio alto por isso porque a gente vai ter
em média mais ou menos dois a quatro anos no final da nossa vida onde a gente vai enfrentar a dependência e aí quando você tem o diagnóstico de uma doença grave o teu sofrimento já começa no diagnóstico e aí a medicina não consegue atuar exatamente nesse sofrimento e ela vai atuar na doença durante todo o tratamento que você vai enfrentar de uma doença grave que ameaça sua vida você vai experimentar vários momentos de sofrimento desde o sofrimento físico ou emocional o familiar porque a gente não fica doente e sozinho a família sofre junto você vai
enfrentar o sofrimento social que vai enfrentar o sofrimento espiritual a medicina ela tem limite no tratamento das doenças mas ela não tem limite no tratamento do sofrimento a gente consegue cuidar de uma pessoa até o último momento dela essa é a grande força dos cuidados paliativos que é uma área muito nova o nosso meio embora as pessoas têm uma versão bastante enganosa bastante e deportada do que seja paliativo que é uma coisa considerada sem sentido ou sem consistência mas que de verdade ela vai trazer pra gente proteção do sofrimento então cuidado paliativo a área da
assistência à saúde que cuida das pessoas que têm doenças que ameaçam a vida e aí a partir disso ela pode trabalhar em conjunto com o tratamento da doença para que a pessoa consiga enfrentar todos os períodos difíceis com o menor sofrimento possível a gente tem no brasil uma dificuldade muito grande de falar sobre a morte a gente encara aqui existe limite para a vida existe limite para que a meio para pra tudo o que a medicina pode oferecer pra gente em termos de prolongamento de vida com qualidade a medicina tem sim muitos limites a gente
tem se distraído nos últimos anos com grande quantidade de tecnologia hospitais super desenvolvido super tecnológicos com recursos avançados disse mus mas a gente tem esquecido que quem está por trás de quem pilota a máquina e quem está recebendo o tratamento são dois seres humanos e eles não mantêm contato eles são totalmente separados por vários muros sem absolutamente nenhum sentido quando você chega no limite do tratamento para aquela doença a gente percebe uma 1 assim uma crescente maturidade em relação às pessoas quando se fala da morte quando se fala da doença e quando se fala do
sofrimento mas ainda há gente está muito muito no começo aqui a gente tem uma possibilidade de oferecer o cuidado de conforto não é o cuidado que promove a qualidade de vida para as pessoas numa proporção muito pequena e infelizmente isso é uma coisa que abrevia a vida a gente já sabe agora que as pessoas que padecem de uma doença grave que ameaça a vida e não recebem cuidados paliativos desde o diagnóstico elas morrem mato mais cedo cerca de cinco meses antes da hora e quando a gente fala em tempo de vida a gente está falando
em tempo de vida é um tempo de sofrimento e aí por isso tem importância da gente começar a falar sobre a morte a falar sobre o limite e falar sobre o que a gente não quer que aconteça com a nossa com os corpo com a nossa família e com a nossa perspectiva de fim que precisa ser algo que vale a pena viver se você tem medo da morte e não quero falar sobre isso se inscreve no canal da casa do saber [Música]