Muito bom dia, meus irmãos! Sejam bem-vindos à meditação do dia de hoje. Peçamos a bênção de Deus sobre todos nós, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós, dentre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo o mal, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Seguimos aqui, então, a leitura do Capítulo 20 do “Caminho de Perfeição” de Santa Teresa, onde ela falava a respeito das consolações na oração. "Sigamos.
Se quereis ser boas parentes, é esta a verdadeira amizade; se quereis ser boas amigas, entendei que não podeis senão por este caminho: ande a verdade em vossos corações, como deve andar pela meditação, e vereis com clareza o amor que somos obrigadas a ter pelo próximo. Já passou o tempo, irmãs, da brincadeira de crianças, pois não parecem outra coisa essas AM, mesmo quando boas. Do mesmo modo, não haja entre vós expressões como 'se me queres bem' ou 'não me queres bem', nem no trato com parentes, nem com ninguém, a menos que estejais voltadas para um grande fim e proveito daquela alma.
Pode acontecer que, para que o vosso parente, irmão ou pessoa semelhante vos escute e entenda uma verdade, tenhais de o preparar com essas afirmações e mostras de amor que sempre alegram a sensibilidade, e acontecerá de uma boa palavra, pois assim a chamam, ser mais levada em conta, dispondo-os melhor para isso do que muitas outras palavras sobre Deus, para que mais tarde essas últimas sejam introduzidas logo, se as ardes com cuidado, a fim de procurar o proveito. Eu não vos impeço de fazer isso; contudo, não for esse o objetivo, semelhantes expressões nenhum proveito podem trazer, sendo possível, sem que vós o percebam, causar-lhes prejuízo. Já sabeis que sois religiosas e que a vossa vida é de oração.
Não admitam que vos venha a ideia: 'não quero que me tenham em boa conta', pois o prejuízo ou benefício decorrente do que se vir em nós atingirá toda a comunidade. É muito danoso que pessoas tão obrigadas a falar apenas de Deus, como são as monjas, sejam conscientemente desonestas no tocante a isso, exceto num caso raro em que isso seja para o maior bem das almas. A oração é o vosso assunto, e a sua é a vossa linguagem.
Quem quiser tratar convosco deve aprendê-la, e se não o fizer, que vos resguarde de aprender a delas. Isso seria um inferno. Se vos tiverem por grosseiras, nada perdereis; se por hipócritas, menos ainda.
Ganharão disso o não serdes procuradas senão por quem entende a vossa língua. É impossível que quem não sabe algaravia aprecie falar longamente com quem só sabe essa língua. Assim, não vos cansarão nem prejudicarão, já que não seria pouco prejuízo começardes a falar uma nova língua, pois o vosso tempo seria dedicado a isso.
E não podeis saber, ao contrário de mim, que por isso passei o grande mal que é a alma, porque, para saber uma, esquece a outra, ficando num perpétuo desassossego, de que deveis fugir com todas as forças. O mais conveniente para esse caminho que começamos a tratar é a paz e o sossego da alma. Se as pessoas que falam convosco desejarem aprender a vossa língua, já que não vos cabe ensinar, podeis discorrer sobre as riquezas obtidas com a sua aprendizagem.
Disso não vos canseis, mas fazei-o com piedade, amor e oração, para que haja proveito. Para que a pessoa, entendendo o grande benefício que há nisso, procure um mestre que a ensine. Não seria pouca a graça do Senhor permitir-vos que despertasse alguma alma para esse bem, e quantas coisas boas são oferecidas a quem começa a seguir por esse caminho, mesmo a uma pessoa que tem percorrido tão mal quanto eu.
Queira o Senhor que eu saiba, irmãs, falar delas melhor do que as tenho praticado. Amém. Muito bem, então aqui encerramos o Capítulo 20.
Neste capítulo, Santa Teresa fala da linguagem das suas filhas espirituais. Qual é a linguagem das suas filhas espirituais? A oração.
E Santa Teresa vai dizer que suas filhas devem falar apenas essa linguagem: a linguagem da oração, a linguagem das coisas de Deus. Enquanto religiosas consagradas a Deus, não devem ter outros assuntos, e quem quiser outros assuntos que não procure por elas, que não trate com elas. Então, aqui nós temos um quadro muito claro do que Santa Teresa pensa para suas filhas.
E nós, quando olhamos para isso, nos questionamos. Nós, que estamos no mundo, com a nossa família, com os nossos afazeres, com tanta coisa, como podemos trazer para a nossa vida, traduzir na nossa vida, enquanto leigos, na correria, no barulho do mundo, como podemos falar a linguagem da oração? A primeira coisa que precisamos nos lembrar é que todos os estados e formas de vida louvam a Deus e dão testemunho da grandeza de Deus.
Então, se somos obrigados pela nossa condição, pelo nosso estado de vida, a estar no mundo, a tratar com o mundo, a ter aí os nossos problemas e desafios, é aí que temos de frutificar. Agora, acontece que Deus pede de cada um de acordo com a vocação de cada um. Das monjas, Deus pede a fidelidade estrita.
A sua regra de vida, ao seu carisma. Então, Deus pede uma forma de oração agora a nós, que somos leigos e estamos no mundo. Deus pede que nós rezemos como leigos, como pais e mães de família, como gente que tem suas ocupações.
A casa de um leigo não é um mosteiro; um mosteiro é um mosteiro. A casa de um leigo é a casa de um leigo. A vocação do religioso é uma coisa; a vocação do leigo é outra.
A vocação do religioso é uma coisa; a vocação do padre diocesano é outra coisa. Então, cada um de nós é chamado a essa intimidade com Cristo, mas onde Deus nos plantou, onde Deus nos colocou, a nossa linguagem também deve ser a oração, também deve ser as coisas de Deus, mas muitas vezes de um modo indireto. Então, por exemplo, eu estou sempre dentro da sala de aula, diante dos alunos.
Se eu estiver com a minha oração em dia, com a minha confissão em dia, mesmo que eu não fale de Deus para aquelas crianças, eu serei um testemunho vivo do Evangelho. Como dizia São Francisco de Assis: "Pode ser que a sua vida seja o único Evangelho que os seus irmãos venham a ler". Então, viva bem.
A nossa linguagem também deve ser a oração, porque a oração é o que sustenta qualquer ação. Madre Teresa de Calcutá era grande devota de Santa Teresa de Jesus e, por isso, tomou o nome de Teresa. O seu nome original era Agnes, e ela toma o nome de Teresa.
Era uma mulher de uma ação extraordinária: recolhia pobres, recolhia doentes, órfãos das ruas de Calcutá. Isso impressionava todos. Numa certa ocasião, veio um sacerdote visitá-la.
Esse padre norte-americano tinha uma grande obra social católica e foi para aprender da Madre Teresa alguma coisa a respeito de obras caritativas da igreja. Chegando, ele pediu para conversar uns minutinhos com a Madre Teresa. A Madre Teresa veio até ele e, ele imaginou que iria ali tirar grandes ideias sobre como fazer uma grande obra social.
Ele se surpreendeu com a primeira pergunta de Madre Teresa. Ela não perguntou quanto dinheiro ele tinha ou como ele fazia sua obra social; a primeira pergunta foi a seguinte: "Quanto tempo o senhor reza todos os dias? " E esse padre, meio confuso, disse: "Bom, eu rezo a missa de manhã, quando dá tempo eu rezo a liturgia das horas e, às vezes, o terço e oração mental.
Falar com Deus, quase nada". E a Madre Teresa, então, o repreendeu, dizendo assim: "A sua obra social, aquilo que você faz de bem para os outros, talvez não tenha o fruto que poderia ter, talvez não tenha o alcance que poderia ter se você rezasse mais". Ela falou: "Então, na verdade, o grande segredo do apostolado é o tempo que você permanece parado, recolhido diante de Deus.
É a linguagem da oração". Que Santa Teresa de Jesus fale. Que nós possamos, no dia de hoje, pedir a Deus a graça de ter essa linguagem da oração, de fazer da nossa oração a nossa língua, o nosso modo de falar, o nosso modo de se expressar.
Que Nossa Senhora, nossa Mãe, nos ajude nesta busca. Na vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem Gloriosa e Bendita.
Amém. O Senhor nos abençoe, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Meus caros, um recadinho importante: no dia de ontem, eu já deixei na meditação de ontem, e hoje deixo também. Deixei lá para vocês o link e vou deixar aqui também, assim que acabar essa transmissão, o link de inscrição na jornada da história da Igreja no Brasil. Serão três dias de estudo sobre a história da Igreja do Brasil.
É um evento online gratuito. Vamos falar a respeito da grande riqueza da fé católica na nossa nação, uma riqueza desconhecida. Vamos falar de vidas santas, de grandes acontecimentos, de alguns milagres na história do Brasil.
Vamos falar de alguns eventos que marcaram a história da Igreja no Brasil e por que isso é tão importante. Isso é importante porque resgata a nossa identidade enquanto católicos e nos ajuda a viver melhor a nossa fé. Esse é o grande objetivo.
Então, encerrando esse vídeo, deixo o link aqui para vocês. Façam a sua inscrição. Será nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro, sempre às 20 horas.
É um evento online gratuito à noite, tá bom? Deus abençoe e tenhamos um ótimo dia!