Educação Infantil e a construção do currículo antirracista #EP01

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Pedagogia Podcast
Pedagogia Podcast com Prof. Renata Gloria @profrenatagloria Neste envolvente episódio do Pedagogia P...
Video Transcript:
[Música] Olá querida professora e professor de Educação Infantil professora Renata Glória por aqui para conversar com você hoje sobre um assunto super importante para quem é da pedagogia como eu e tá aí conectado na educação da melhor qualidade e também se preparando para concurso público da carreira do magistério eu vou me apresentar para quem não me conhece Renata Glória por aqui uma especialista em formação de professores de educação infantil e também a mais de 15 anos construindo histórias de aprovação e de sucesso na carreira Educacional quero te contar uma coisa hoje um tema super importante
que eu separei para você para que nós possamos dar início aos nossos estudos tem educação infantil de forma muito mais muito especial com este conteúdo que é educação infantil e o currículo anti-racista e aí nós temos que pensar o seguinte será que é um tema pertinente praia educação infantil falar sobre racismo construção de currículo anti-racista para crianças de 0 a 5 anos de idade E aí é claro que sempre nos vem uma pergunta mas afinal de contas existe ou não racismo na educação infantil é sobre isso que nós vamos tratar E é exatamente esta resposta
que nós vamos ter aqui hoje e por isso é importante que você me acompanhe até o final falar sobre racismo é um tema muito importante e para Além de que sociais nós que somos da educação precisamos compreender que há uma obrigatoriedade legal para tratarmos da questão da construção do currículo anti-racista na educação escolar no território brasileiro Nós temos duas legislações federais que tratam sobre esta esta obrigatoriedade a primeira a lei 10.639 foi publicada no ano de 2003 e trata respeito da obrigatoriedade do ensino da Cultura Africana e afro-brasileira na escola anos mais tarde em 2008
nós vamos ter a lei 11.600 e 45 que trata respeito da mesma obrigatoriedade mas dessa vez voltada As populações indígenas e as suas culturas porém mesmo com todo esse cenário nós sabemos que ainda resta muito a ser feito no dia a dia das escolas na formação de professores na construção de processos de formação para qualificar o trabalho do projeto político pedagógico do planejamento docente para a construção deste currículo anti-racista quando nós falamos A esse respeito é importantíssimo voltarmos naquela pergunta afinal de contas existe racismo na educação infantil ou não E aí nós vamos observar que
a resposta é sim e eu vou te contar aqui neste momento tudo a respeito de Porque existe racismo na educação infantil e porque nós educadores nós pedagogos que já atuamos nas escolas ou que pretendemos atuar precisamos ter este conhecimento na ponta da língua aí ativando o modo turbo do teu cabeção pedagógico para entender a respeito vamos lá então então bora presta bastante atenção Olha só nós vamos falar sobre racismo né Nós precisamos voltar lá na história desde o processo de colonização do Brasil para entendermos que o racismo deriva desta ocasião naquele momento se constituiu aquilo
que nós chamamos de noção de superioridade e noção de inferioridade pautada pela raça significa o quê Foi estabelecido pelo papel social de escravo atribuído a população negra que estes são inferiores aos brancos e portanto denominou-se todo um processo de discriminação é construiu-se um processo de segregação social para esta população negra e nós vamos entendendo até os dias atuais como isto tudo vai se transformando vai se renovando mais não sincero Este é o primeiro ponto nós estamos falando basicamente de racismo estrutural no Brasil sim o racismo que está nas instituições nas escolas no Imaginário social na
cabeça das pessoas nas práticas sociais nas relações todas e como considerar este racismo atingindo a educação infantil é bem simples e aí nós vamos falar sobre um outro tema muito importante para que a gente consiga entender chegou a hora de pensarmos Afinal de conta Quem são as crianças para responder essa pergunta antes de seguirmos falando sobre racismo é importante considerar as contribuições da sociologia da infância essa ideia de criança como sujeito social de criança como sujeito de direitos protagonista autônomo não é criança como um ser criativo inventivo nem sempre esteve em nossas conclusões nossos saberes
em nosso processo formativo há pouco tempo atrás quando falavamos de crianças nós tínhamos a ideia de sujeitos passivos de sujeitos que tinham como principal função aprender sobre o mundo sobre a vida e sobre a cultura com os adultos de repente nas últimas décadas nós estamos vendo o início e o aprofundamento de ideias que vão na contramão desta criança como ser passivo e nos apontam uma perspectiva de compreender a criança como um cidadão como um ser social e nos convidando a descobrir esta criança e esta infância tão desconhecida por nós olha só o que que eu
quero dizer primeiro se o racismo no Brasil é estrutural se esparramou em todos os lugares em todos os becos em todas as relações e instituições e se de um outro lado as crianças são sujeitos históricos culturais minutos de direitos sujeitos que pensam que observam sujeitos que elaboram as suas primeiras hipóteses sobre o mundo e sobre a vida desde o nascimento significa o quê cabeção pedagógico significa dizer que se a sociedade é estruturalmente racista as crianças que são sujeitos integrantes desta sociedade são atingidas assim pelo racismo entendeu isso ou não tem que entender hein Anota aí
então nós Já começamos a compreender que sim existe racismo na educação infantil porque Porque nas últimas décadas nós estamos na pedagogia aprendendo a compreender as crianças não apenas como seres puros bonzinhos anjinhos nós estamos virando jogo da compreensão para compreendermos as crianças como cidadãos sujeitos de história e de cultura que são igualmente a nós afetados por tudo que existe na sociedade e quando eu falo tudo seja o tudo bom seja o tudo ruim a sociedade e as relações sociais afetam sim as crianças um minutinho calma porque eu já sei que tem muita gente já pensando
ah mas eu sabia disso porque as famílias das Crianças ensinam coisas para elas e eu tenho certeza absoluta que já tem gente por aí pensando ah professora mas isso que você tá contando eu já sabia Afinal a culpa do racismo na educação das crianças pequenas é da família as famílias são racistas as famílias não ensinam correto para as crianças a família as famílias as famílias como nós professores como nós pedagogos temos o hábito tão recorrente de culpar as famílias por tudo antes de culpar as famílias é preciso que nós consigamos entender que a famílias não
são bolhas que estão alheias à sociedade a sua família a minha família a família das crianças são igualmente afetadas por tudo de bom e de ruim que existe na sociedade e neste sentido não é culpa o responsabilidade das famílias a ideia estrutural do racismo certo então fica aqui que nós vamos comentar a respeito sobre como desenvolver o trabalho com as famílias na construção do currículo anti-racista já sabemos que as famílias não são culpadas de tudo o tempo inteiro certo muito bom então é sobre tudo isso que nós vamos tratar e também te contar como né
que você coloca este currículo anti-racista em prática e Ó presta atenção falar em currículo anti-racista é se posicionar para construção de um currículo que não deixe mais com que o racismo se Estabeleça currículo anti-racista é exatamente a prevenção do racismo na atualidade e a contraposição o combate ao pensamento racista histórico certo então vamos embora que hoje nós temos muita coisa aqui para aprender para estudar e para refletir e quero te contar uma coisa Claro que você já sabe mas não custa nada te lembrar esse conteúdo ele é importantíssimo tanto na tua formação como educador da
Infância e também para você prestar concurso público na carreira do magistério porque afinal de contas eu te falei aqui que existem duas legislações que são os fundamentos e tornam obrigatória essa questão da construção do currículo anti-racista Nós também temos a questão das culturas indígenas e olha como eu disse culturas indígenas é no plural cabeção É isso aí porque porque ressalto isso justamente porque nós somos não é de uma escola e de uma tradição pedagógica do dia do índio no singular 19 de Abril se comemora o dia do índio como se o índio fosse uma pena
um estereótipo um padrão todos os indígenas são os mesmos iguais e aí estudando um pouco mais A esse respeito das culturas indígenas nós localizamos e começamos a compreender e valorizar a manifestação das culturas indígenas que são mais de 200 no território nacional 220 muito mais do que isso de etnias de culturas de línguas de hábitos de saberes e fazeres indígenas então falar sobre a questão étnico-racial voltada às culturas indígenas é romper com este estereótipo do índio do cocar peladinho selvagem completamente desarticulado da sociedade olha quanto trabalho nós temos aí para do currículo anti-racista e é
sobre isso que nós vamos conversar vamos embora Então olha só a primeira questão que quero trazer para vocês sobre como colocar o currículo anti-racista em prática nós já entendemos que existe sim o racismo na educação infantil nós entendemos que as crianças não são boazinhas não são puras não são ingênuas são sujeitos históricos e de cultura e aí como fazer isso então a primeira questão é compreender que esta é uma temática de relevância social extremamente importante e portanto não pode ser desenvolvida uma vez ou outra por projetos como um remédio que se dá quando doente está
agonizando entendeu isso não tem que entender cabeção anota isso aí porque é muito mais muito importante e como fazer então você deve estar perguntando não é Então bora lá vamos compreender primeiro passo para a construção do currículo anti-racista é a revisitação do projeto político pedagógico esse documento tão importante que organiza as práticas pedagógicas das escolas é de Fundamental e importância Ele deve estar comprometido de modo explícito com a construção do currículo anti-racista deve prever em seu conteúdo as práticas de planejamento pedagógico as práticas de Formação continua dos professores as práticas de diálogo com as famílias
Ou seja a ideia deste currículo deve abranger toda a comunidade Educativa Todos devem ser convidados e alcançados a pensar a refletir a problematizar sobre esse tema tão importante se não está no projeto político pedagógico está começando errado um outro ponto bem importante é que se não está no PPP o envolvimento o diálogo e a formação das famílias através das reuniões através dos Encontros com as educadoras dos festejos da escola Nós também não vamos alcançar o êxito necessário E aí eu também já sei que você tá pensando a professora mas as famílias não participam elas não
gostam Elas não querem a professora para com isso hein para com isso que Quem me conhece sabe que eu sou daquelas que defendo a formação das famílias Sim a escola é lugar de formar também as famílias as famílias como nós não aprenderam a participar do dia a dia escolar e como fazer então planejar diálogo a escuta compreender que a família também são vítimas destas demandas sociais então não se trata de procurar culpados e responsáveis trata-se portanto de fazer uma Força Tarefa intencional para envolver todos todos no cotidiano com estas discussões quando nós falamos de educação
infantil nós estamos falando da faixa etária de zero a cinco anos de idade certo e aí você deve estar pensando o seguinte a professora mas como é que trabalha currículo anti-racismo com bebê de 6 7 8 meses não fala não anda não sabe ler não escreve como professora exatamente Este é um dos principais desafios da Educação Infantil olhar os bebês e as Crianças em sua potência e na capacidade que esse sujeitos tem de aprender de pensar de observar o mundo e de utilizar as múltiplas linguagens para manifestar o seu saberes para manifestar suas teorias para
dialogar com o mundo se pensarmos dessa forma nós vamos compreender sim que lá no berçário Naquele monte de bebê ou Que saudade do meu tempo de professora de creche Aquele monte de bebê todo dia toda hora e aquele aprendizado tão importante para minha carreira não só como profissional mas como pessoa que eu não consigo esquecer jamais E aí se transformou numa grande paixão de estudo de reflexão como os bebês são sujeitos fortes e capazes e o quanto a gente não conhece sobre eles então é claro que é possível sim trabalhar a construção do currículo anti-racismo
desde o berçário nós precisamos apenas colocar em prática Vamos embora lá primeiro ponto para a construção do currículo anti-racista previsão no projeto político pedagógico do ppp o planejamento do professor da professora e aí como é que eu coloco isso em prática professora Renata Glória Socorro vamos lá nós temos ideias fundamentais sobre o que é preciso oferecer as Crianças A Primeira ideia é que é preciso colocar em destaque a cultura africana a cultura afro-brasileira e as culturas indígenas e por que colocaram em destaque justamente porque essas culturas elas foram segregadas elas foram desvalorizadas dar destaque a
elas significa oferecer as crianças a possibilidade de conhecer Exatamente tudo a respeito dessas culturas trazer a cultura africana afro-brasileira as culturas indígenas desmistificando a ideia que é o índio de um jeito só que todo índio anda pelado com cocar trepando de árvore pulando na outra e trepando e pulando nada disso certo muito bem como faz isso professora pela representatividade anota aí como trazer as culturas africanas e afro-bras com a ideia de transformar essas culturas em algo palpável de relacionamento cotidiano de experimentação diária através da representatividade E se nós olharmos no dia a dia na televisão
nas publicidades nos Outdoor nas imagens todas que circulam todo santo dia nós vamos observar que uma forma de calar as culturas africanas afro-bras indígenas foi negar o espaço nesta avalanche de imagens que nós vemos todos os dias que que nós vamos fazer então nós vamos colocar estas imagens para decorar as paredes Vamos colocar essas imagens para fazer parte do dia a dia vamos colocar estas imagens para circular como um contexto da vida real as crianças Vendo estas imagens fazendo parte do cotidiano Elas começam se ver como parte integrante se ver como parte aceita se ver
como um elemento que realmente pertence a esta comunidade portanto Quando eu olho para o mural na creche por exemplo e eu vejo lá não é desenhos de crianças de todas as etnias com diferentes tonalidades de pele texturas de cabelo diferentes eu passo a compreender desde pequenininho que ser diferente faz parte da humanidade ninguém precisa ser igual ninguém certo muito bem só a representatividade resolve sim ou não Claro que não certo é preciso dar conta da seleção dos materiais É preciso organizar um espaço através de materiais que tenham sentido para esta abordagem pedagógica trazer os materiais
que fazem parte das culturas africanas afro-bras das culturas indígenas os livros as obras literárias que Nagem as histórias desses povos dos seus saberes dos seus saberes é fundamental para que as crianças possam também através da literatura e adentrando este mundo tão pouco conhecido tão esquecido tão estigmatizado pela sociedade brasileira Além disso quando nós falamos de trabalho com a educação infantil nós temos que lembrar que é parte natural do trabalho com criança pequena a grande proximidade entre a Educadora o educador o bebê ou a criança é no banho é na troca de roupa é na troca
de fralda é na alimentação é naquele momento de um dengo de um chamego de um colo gostoso e quentinho que resolve o momento de conflito Que Nós também vamos mostrando para essas crianças não é que são as crianças negras que são as crianças indígenas que são as crianças que é assistem o seu povo sendo segregado É nesse momento que nós vamos trazendo esta ideia através do toque do do respeito nós vamos trazendo essa ideia de aceitação de respeito o corpo preto o corpo indígena realmente sendo aceito sendo bem cuidado sendo bem quisto sendo realmente integrado
nessa diversidade cultural isso é fundamental quando nós falamos de educação infantil e sobretudo quando falamos dos bebês e das crianças das crianças ou bem pequenas de quatro e cinco anos ou das crianças pequenas aliás desculpe das crianças bem pequenas de um ano e sete meses a três anos e 11 meses e das crianças pequenas que vão de quatro a cinco anos de idade isso é fundamental um outro ponto importante que a ideia da construção da imagem positiva de si né eu olhar no espelho ver o meu corpo é preto ver o meu corpo indígena e
me reconhecer como de valor como importante como parte da história da cultura sem me sentir inferiorizado é o trabalho com as afirmações do Belo as afirmações da diversidade as afirmações do valor de cada um as afirmações do potencial de cada menino e cada menina que circulam nos espaços de educação infantil tudo isso como eu já mencionei sem o envolvimento das famílias de nada vai adiantar certo porque aí nós vamos reclamar que as famílias não aceitam que elas vão reclamar que elas vão lá fazer é alguma queixa para a diretora da escola e aí eu me
lembro muito claramente que em uma ocasião uma aluna contou num curso de formação que ela tava trabalhando a sonoridade da cultura africana através dos atabaques através dos instrumentos também de percussão E aí o próprio público os profissionais da escola alguns se manifestaram contra e foram reclamar com a diretora que a professora tava fazendo macumba bruxaria sei lá o que com as crianças e quando a professora veio me falar aquilo é uma narrativa da vida real todo dia acontece isso em tudo quanto é lugar certo e a pergunta que não quer calar é o seguinte o
que que foi feito antes de iniciar esse trabalho porque geralmente a gente começa um trabalho pedagógico na escola com a cabeça cheia de ideia e cheia de vontade de fazer mas a gente esquece que é preciso construir um diálogo antes a gente esquece que nem tudo aquilo que eu consigo ver enxergar e perceber todo mundo consegue ver enxergar e perceber entendeu isso então é claro se eu lá tô estudando sobre currículo anti-racista tô aprendendo sobre isso já tem algum tipo de repertório esse respeito me sinto pronta para arregaçar as mangas e começar a trabalhar se
eu nego os meus pares os meus parceiros na escola as famílias os diferentes olhares e formas de perceber o mundo eu estou negando o compartilhar de saberes e aí não dá certo mesmo a professora Então como é que faz nós vamos fazer o seguinte vamos esperar todo mundo Aprender todo mundo está na mesma página como a gente diz atualmente para começar não meu bem porque a regra é Clara a lei é Clara é obrigatório mas eu não posso começar sem antes entender que o diálogo a articulação o trabalho nos Bastidores é tão fundamental quanto pensar
no que as crianças vão fazer e olha que eu te prometo te prometo anota aí Promessa de Renata Glória que vou trazer um conteúdo bem bacana sobre planejamento na educação infantil para a gente pensar se estamos falando em atividade ou em experiência para parar com essas coisas de que o nosso planejamento tem que colocar crianças para fazer isso aquilo e aquilo outro certo muito bem Então olha só nós vamos trabalhar com representatividade esparramando as imagens da diversidade pela Escola nós vamos trabalhar com a seleção dos materiais cuidadosamente politicamente nós vamos cuidar de cada material e
das mensagens que Eles transmitem para os bebês e para as crianças é a capa do livro que traz uma família mamãe papai filhinhos todos da cor da pele lembra o lápis da cor de é então a pele Universal né só tinha aquela quem não tinha aquela cor de pele talvez fosse meio esquisito e aí a gente faz o quê a gente traz esse livro O Outro livro com outra cor de pele com outra tonalidade e outra e outra e outra e outra e outra e outra porque aí a gente vai mostrando para as crianças que
não existe um padrão que nós somos todos diferentes e alugar para todo mundo um currículo anti racista está comprometido com a igualdade racial todo mundo junto certo muito bem Nossa professora quanta coisa e eu pensei que era só ler uma história lá para as crianças como por exemplo menina bonita do laço de fita tem um bocado de aluna que diz professora desenvolvi um projeto eu li para as crianças Menina bonita Laço de Fita eu fiz o projeto eu não quero nem saber dessas coisas que se inventam por aí meu coração pedagógico fica aceleradíssimo quando escuto
estas marmotas pedagógicas certo mas numa outra hora a gente fala sobre isso a questão é o seguinte cabeção pedagógica Favorito não se trata de atividades pontuais de projetos criados pela sua cachola nós precisamos ter o pé no chão colocar a mão na massa para construir experiências de diversidade étnica cultural todo santo dia na escola certo e aí como é que você faz para manter o seu cabeção pedagógico sempre no modo turbo ativado como é que se faz para compreender por onde começar para repertórioar o seu conhecimento para compreender Quais são os aspectos relevantes o que
tem de novo partido não é o que que tem de mais atual tem que estudar tem que se manter estudiosa atenta E aí eu Posso sugerir aqui desde cavingueleiro manga e os seus artigos maravilhosos acabei de ler conta para nós por exemplo em um de seus escritos que o racismo do Brasil é muito mais difícil de ser combatido do que o racismo nos Estados Unidos como é que é É não sou eu que tô dizendo não é cavinglemonanga e ó tá o tempo inteiro sendo solicitado em concurso público para professor quando a gente fala de
questão étnico-racial E aí por que que ele diz isso né tão forte a gente escutar isso ó no Brasil quando bate o racismo é mais difícil nos Estados Unidos ele é mais fácil a gente pensa ao contrário porque o argumento de cabeleireiro é o seguinte nos Estados Unidos existe a declaração o racismo é declarado portanto quando você conhece o seu inimigo quando você sabe onde ele está Como você sabe como ele se manifesta é muito mais fácil de você construir estratégias para combater certo e aí no Brasil o racismo não é declarado o racismo é
velado Estados Unidos racismo declarado Brasil racismo é velado a tal da democracia racial que na verdade é uma farsa faz com que aos olhos de cabeleireiro é claro esse racismo esteja aí subterrâneo em tudo quanto é lugar disfarçado é uma piada é aquele bebê pretinho da creche que você apelida de Jacarezinho é aquela menina preta que tu diz assim olha que linda tenho certeza que quando crescer vai ser sambista E por que gente preta tem que gostar de samba menino preto tem que ser jogador de futebol entende isso ou não Estas são as artimanhas do
racismo velado brasileiro e aí claro se não tá declarado se a gente não sabe exatamente onde ele está fica muito mais difícil de construir estratégias para combatê-lo esse é o resumo do pensamento de cabeleireiro só tem ele professora não meu bem nós temos também a querida linda e maravilhosa salve salve Eliane Cavalheiro Lindíssima Eliane Cavalheiro uma professora linda uma Guga estudiosíssima fez uma pesquisa que deu origem ao livro do Silêncio do Lar ao silêncio escolar histórias de racismo e de preconceito na educação infantil E aí o mais importante na leitura dessa obra de Eliane Cavalheiro
é a gente pensar o seguinte não é essa esse livro ele derivou de uma pesquisa então de fatos reais daquilo que ela como pesquisadora conseguiu observar de práticas de situações de racismo dentro das escolas reais escolas de todo santo dia e não coisas mirabolantes de laboratório ou seja lá o que for existem outros autores muitos e muitos e muitos e muitos outros que nós podemos é utilizar como ricas contribuições para ir criando considerações a respeito às nossas próprias os nossos pontos de vista criando é as nossas concepções é formando a nossa consciência A esse respeito
o importante é que você professora você Professor entenda que para além de uma questão que é obrigatória por lei nós como educadores e educadoras precisamos assumir esta obrigatoriedade como um princípio de vida como uma demanda nossa se cada um assumir isso e praticar isso nós vamos construir esse currículo anti-racista com sucesso e com certeza absoluta nossa infância estará sempre sempre sempre daqui para frente não é nos próximos anos nas próximas gerações cada vez mais livre de práticas racistas preconceituosas E discriminatórias isto é fundamental Então olha só vamos aqui para a gente conseguir recapitular pegar todos
os pontos que eu trabalhei aqui neste conteúdo com você para que você possa entender então nós falamos sobre currículo anti-racista na educação infantil começamos com aquela pergunta mágica provocadora afinal de contas existe ou não racismo na educação infantil e a resposta é sim porque tudo que existe na sociedade seja de bom ou de ruim afeta as crianças e a infância Porque elas estão Integradas em diferentes contextos da vida comum do dia a dia da sociedade certo muito bem para compreender o racismo no Brasil é preciso nos voltar lá ao Brasil colonial sim ou não Sim
nós vamos observar que o racismo Ele nasce de uma ideia de inferioridade e superioridade onde o povo negro foi colocado num papel inferior a população Branca europeia e o que se busca é a construção da igualdade muito bem nós temos também que considerados o seguinte quando falamos diante racismo de currículo anti-racista de educação das relações étnico-raciais nós estamos falando também das populações indígenas e olha só neste conteúdo nós falamos no plural os indígenas As populações indígenas as culturas indígenas porque nós estamos rompendo com estereótipo de que todo índio vive na aldeia todo índio é lá
de um tempo de selvageria que todo índio é igual e por isso negamos a ideia do índio como um padrão e ampliamos o nosso olhar para as mais de 220 etnias indígenas que existem no Brasil vamos trazer tudo isso para dentro da escola para garantir aos bebês e as Crianças direito de aprender sobre essas culturas de conhecer essas culturas e com elas aprender e ampliar a sua consciência de democracia e de diversidade por isso é importante tanto para as populações indígenas e suas culturas nesta valorização quanto para cultura africana e afro-brasileira que o trabalho pedagógico
comece pelo projeto político pedagógico é preciso que esse tema esteja lá explícito assumido com tudo que será feito para garantia do currículo anti-racista mas de nada adianta a escola os educadores os gestores saírem criando mirabolâncias se esquecerem de dialogar de ouvir as crianças as famílias os demais profissionais e dar espaço para este saber entender Quais são as suas necessidades de Formação neste sentido a escola deve ser um grande Centro de Formação também das famílias e aí lógico estando previsto lá no projeto político pedagógico agora é hora do quê vamos embora arregaçar as mangas colocar o
teu planejamento do dia a dia para acontecer porque através daquilo que você planeja todos os dias que o currículo anti-racista se efetiva E aí nós vamos trabalhar com que com representatividade nós vamos trabalhar com a seleção dos sociais nós vamos trabalhar com o destaque das culturas africanas das culturas afro-brasileiras e indígenas e nós vamos construindo nos bebês e nas crianças uma imagem positiva de si mesmo o meu corpo a minha Negritude a minha identidade indígena é aceita é valorizada é reconhecida é benquista ela pertence a esta multiplicidade e assim desde pequenininhos meninos e meninas bebês
e crianças vão aprendendo o quê que ser diferente é normal olha para o teu entorno observa não existe um ser humano igual ao outro nem os irmãos idênticos gêmeos não são exatamente iguais porque quando falamos de Direitos Humanos ser diferente é o que nos resume a humanidade tem como marca principal a diferença esses padrões esses estereótipos e tudo mais que fundamenta o racismo preconceito à discriminação foram construções humanas e aí é claro não poderíamos de deixar o querido salve salve da pedagogia da educação brasileira e mundial Professor querido Educador Paulo Freire que diz o seguinte
para nós o mundo não é o mundo está sendo e sim está sendo nós podemos transformar tudo isso racismo preconceito discriminação tudo é obra construída do homem por isso não tem nada de natural se não é natural nós podemos transformar E aí olha só quanta coisa que a gente aprendeu quanta coisa que a gente discutiu como os nossos neurônios pedagógicos estão fervendo de tanta informação eu gosto muito de falar com educadoras com educadores Eu gosto muito de problematizar os temas que são tão importantes porque de verdade eu acredito que quanto mais a gente pensa sobre
educação mas a gente quer aprender mais a gente quer pensar e aí eu lembro de Sócrates Olha onde eu fui lá na filosofia para trazer aquela frase tão linda e tão potente sei que nada sei exatamente isso toda vez que eu preparo um conteúdo para você professora para você professor e que eu fico lá maquiando neste meu cabeção pedagógico como é que eu vou apresentar de forma a te ajudar a entender a ampliar o seu saber a compreender mais sobre essa belíssima profissão eu falo caramba vem aquela certeza de que eu ainda não sei nada
e preciso estudar estudar e ouvir e ouvir e olha que nessa brincadeira do sei que nada sei já são quase 30 anos de profissão todos eles dedicados à educação e ó quero dizer uma coisa para você não paramos por aqui e aí professor eu entendi tudo isso mas agora eu queria dicas orientações sobre o desenvolvimento do trabalho pedagógico E aí eu quero te contar já que o nosso próximo episódio será sobre um tema bombástico na educação infantil eu tenho certeza absoluta que vai fazer fila que esse conteúdo para ouvir para consumir tudo isso porque eu
vou trazer nada mais nada menos do que um tema bem bonito um tema muito muito atual que é a intencionalidade educativa na educação infantil Afinal o que é intencionalidade educativa por isso presta bastante atenção fica antenada aí bem atenta fica conectada comigo aqui porque olha só nós estamos apenas começando e começando com força total eu tenho certeza absoluta que o próximo episódio vai ser transformador porque basicamente vou te ensinar Qual a diferença entre intencionalidade e objetiva o professor porque que inventam esse negócio de toda hora troca de palavra e uma hora a gente fala uma
palavra depois a gente fala outra afinal de contas é tudo a mesma coisa não E é isso que eu falo para as Minhas alunas se fosse a mesma coisa não precisava mudar o nome Qual é a diferença entre intencionalidade e objetiva porque que nos tempos atuais nas últimas décadas em educação infantil nós estamos falando de intencionalidade quem pensa e quem estrutura as intencionalidades é você que cria da sua cabeça pedagógica da onde elas vem Então no próximo episódio você me aguarde que eu vou trazer isso e muito mais olha só por hoje é só quero
agradecer de verdade você que ficou comigo aqui até esse momento que pode aprender que pode refletir que pode pensar a respeito que pode se conectar com estas ideias e você que tá sempre a fim de ampliar o seu saberes por isso presta atenção mais uma vez fica sempre de olho nas novidades porque é por aqui você sabe que a gente não para e todo momento é momento de estudar é momento de aprender e é momento de se preparar para uma carreira de sucesso para o concurso público para o dia a dia na escola então vamos
junto até o próximo episódio tchau
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