[Música] [Aplausos] [Música] Ricardo Reis Ricardo Reis é o heterónimo do raciocínio disciplinado de acordo com o horóscopo elaborado por Fernando Pessoa seu Criador Reis nasceu a 19 de setembro de 1887 no porto sabemos também por aquilo que Fernando Pessoa escreveu que Ricardo Reis foi educado num colégio de jesuítas a sua formação ficou marcada pelo contacto com os grandes autores gregos e Romanos da antiguidade clássica o conhecimento destes autores está presente em muito dos seus poemas foi médico e exilou-se voluntariamente no Brasil em 1919 devido à suas ideias monárquicas o nosso Prémio Nobel da literatura José
Saramago inspirou-se na vida fictícia deste heterónimo pano e nas características dos poemas que têm a sua assinatura para escrever o romance o ano da morte de Ricardo Reis os poemas de Ricardo Reis exprimem o desejo de viver de forma tranquila e equilibrada aceitando a efemeridade da vida e a consciência da Morte que lhe está associada a razão é entendida como o caminho para alcançarmos este modo Sereno de encarar a vida no poema a vida leve o poeta exorta a que vivamos buo dor ou goso bebendo AES os instantes frescos translúcidos como água em taças detalhadas
da vida pálida levando apenas as rozas Breves os sorrisos vagos e as rápidas Carícias dos instantes volúveis [Música] nos poemas de Ricardo Reis Encontramos uma Filosofia de vida que pretende proteger o ser humano das adversidades da existência devido à influência do epicurismo e do estoicismo dois sistemas filosóficos que ganharam forma na antiguidade clássica o poeta defende uma atitude Serena diante dos Prazeres e imperturbável perante o sofrimento esta atitude deve estar aliada ao autocontrolo e à ideia de que a felicidade existe somente dentro de nós na verdade a mentalidade pagã de Ricardo Rei l a preconizar
aceitação do destino e da morte em termos formais o estilo de Ricardo Reis coaduna-se com a disciplina defendida pelo heterónimo nos seus poemas assim nas estrofes regulares encontramos versos marcados pela precisão verbal nestes salienta-se o uso de latinismos e a utilização frequente do gerúndio e do imperativo a exortar ou aconselhar a imitação da sintaxe Latina concretiza-se no hipérbato ou seja na inversão da ordem habitual das palavras