No dia 1° de maio de 1994 estava marcada para acontecer a corrida no GP de San Marino, no circuito de Ímola, na Itália, mesmo que, durante essa semana, a Fórmula 1 tenha passado por dias… assombrosos. Na sexta, o piloto brasileiro Rubens Barrichello sofreu um grave acidente em um treino, ocasionando em uma luxação na costela e uma fratura no nariz. No dia seguinte, sábado, o piloto austríaco Roland Ratzenberger foi vítima de um acidente fatal quando o aerofólio traseiro de seu carro, peça que mantinha o automóvel estável, se soltou, fazendo-o perder o controle do veículo na curva.
O carro saiu da pista e colidiu violentamente contra a barreira de proteção a uma velocidade estimada de 315 km/h. Essa colisão aconteceu bem na frente de um piloto brasileiro, que, chegando em casa, ligou para a sua esposa em choque dizendo que “Eu vi tudo. Morreu na minha frente.
Sabe de uma coisa? Eu não quero mais correr! ” Este piloto era ninguém mais, ninguém menos do que Ayrton Senna do Brasil, um dos maiores esportistas de todos os tempos e que morreu menos de 24 horas depois dessa ligação.
Você com certeza já ouviu falar sobre essa lenda do esporte brasileiro. Mas qual era o seu grande diferencial? Como Ayrton Senna mudou para sempre a história da Fórmula 1?
Todos sabemos que o Brasil nunca mais foi o mesmo depois de sua morte. Mas, como isso aconteceu? Quais foram os fatores que levaram Ayrton Senna a colidir seu carro naquela corrida?
Como o Brasil reagiu depois disso? E quais seus impactos para a história do esporte? Hoje no Explicando - Genius.
Oi, eu sou o Tinôco e no dia 21 de março de 1960, nascia Ayrton Senna da Silva em São Paulo capital. Ele foi o filho do meio do casal formado pelo empresário Milton Guirado e Neyde Joanna. Desde muito novo, Ayrton já era fascinado pela velocidade.
O que só piorou ainda mais quando ele ganhou seu brinquedo favorito: um tricíclo. Aos 4 anos, Senna foi presenteado pelo com seu primeiro kart, influenciado pelo seu programa favorito: SpeedRacer, o que proporcionou a ele começar a participar de algumas competições realizadas em Campinas. Mas era algo muito básico, sem regras rígidas ou nem mesmo uma premiação.
Mesmo assim, Senna treinava como se fosse um piloto profissional, percorrendo um loteamento na Rodovia Fernão Dias. Mas foi aos 13 anos que ele começou a competir oficialmente no Torneio de Inverno em Interlagos. Onde, logo de cara, venceu duas provas e foi declarado campeão.
No kart, ele seguiu evoluindo e se tornou campeão brasileiro não uma, não duas, não três, mas quatro vezes! Sendo também duas vezes campeão sul-americano e duas vezes vice-campeão mundial, tudo isso com seus 20 anos de idade. Mas o kart estava ficando pequeno demais para o talento do grande piloto.
Então, aos 21, ele se mudou para o Reino Unido com o intuito de competir na Fórmula Ford 1600, uma competição para jovens pilotos que queriam ser profissionais. E foi justamente nesse período que Ayrton começou a ser chamado de Senna. Das 20 provas disputadas, o brasileiro venceu 12.
Depois de um tempo, Ayrton passa para a Fórmula Ford 2000, uma evolução da categoria onde, das 27 corridas que ele disputou, ele venceu 21. De degrau em degrau, Senna foi crescendo e evoluindo no esporte. Até que em 1983, ele chegou à Fórmula 3 Inglesa.
Lá, Ayrton teve uma performance absurda! Vencendo as 9 primeiras corridas disputadas de forma consecutiva e batendo o recorde na categoria, tanto que o autódromo de Silverstone passou a ser chamado de Silvastone. A essa altura do campeonato, Senna já era considerado um prodígio do automobilismo brasileiro.
Tanto que, em 83, a Rede Globo produziu e exibiu um programa especial sobre a carreira do jovem piloto, chamado “Ayrton Senna Especial - Do Kart à Fórmula 1”, com o intuito de mostrar a evolução dele. [Locutor]: “Tudo que veio à lembrança dele foi o que ele passou para chegar ao momento que estava vivendo, segundos antes de realizar o seu grande sonho. ” Com sua ótima performance na Fórmula 3 Inglesa, Ayrton começou a atrair os olhares das pessoas por trás da Fórmula 1, a principal categoria do automobilismo mundial.
Assim, ele começou a fazer alguns testes em diversas equipes. Testou a Williams, a McLaren, a BMW, mas acabou ficando com a Toleman. E então nós chegamos em 1984, ano em que Ayrton Senna faz sua grande estreia na Fórmula 1, dando o seu primeiro passo para se tornar um dos maiores pilotos de todos os tempos.
A primeira corrida de Ayrton Senna aconteceu justamente em seu país de origem, aqui mesmo no Brasil. No dia 25 de março de 1984, no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, as pessoas nem tinham ideia, mas aquele jovem piloto brasileiro entraria para a história como uma lenda do esporte. O problema é que o carro em que Ayrton estava competindo simplesmente pifou, obrigando ele a abandonar a prova depois de algumas voltas.
A primeira vitória de Senna na Fórmula 1 só aconteceu realmente em 1985, quando ele trocou a Toleman pela Lotus. No dia 21 de abril no autódromo de Estoril, em Portugal, chovia demais. A pista molhada e escorregadia era um empecilho para os outros competidores, mas não para Ayrton Senna.
Você já deve ter ouvido falar em sua grande habilidade de correr na chuva, mas isso não era simplesmente um dom divino. Essa habilidade foi conquistada depois de muito treino e dedicação. Após perder o controle em uma corrida de kart quando tinha seus 13 anos, por conta da chuva, Senna decidiu que isso nunca mais o atrapalharia.
Sua irmã lembra que “Toda vez que chovia, em vez de ficar choramingando em casa, Ayrton pegava o kart, ia para algum lugar de São Paulo e treinava até escurecer". Com isso, você consegue perceber um dos principais pilares para Ayrton Senna se tornar um dos maiores da história: a sua dedicação. Eu tenho até aqui em casa uma coisinha muito legal, eu vou pegar ali.
Eu comprei um livro de colecionador, que vem com várias réplicas de coisas que ele tinha. Esse aqui é um dos que eu mais gosto: uma réplica da agenda pessoal de Ayrton. Aqui você pode ver a quantidade de treinos que ele fazia por semana.
Aqui é o GP de Mônaco, aqui é mais treino. Isso aqui é tudo treino, ó! Treino, treino, treino.
Aqui nos domingos são os GPs que ele têm e aqui são os treinos que ele faz. A vida dele era isso. Isso é uma das coisas mais inspiradoras nele.
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Curiosamente, quem também participou daquela prova foi Alain Prost, nome que seria conhecido pelos brasileiros como o maior rival de Ayrton Senna. Desde de 1985, Senna e Prost nutriam uma pequena rivalidade, mas a situação atingiu o ápice no ano de 1988. Durante a temporada, os dois foram companheiros de equipe pela McLaren.
E a dupla levou a melhor em 15 das 16 corridas disputadas. Mesmo assim, Ayrton foi o vencedor com 13 pole positions, 11 pódios e 8 vitórias, sendo esse seu primeiro título no campeonato mundial da Fórmula 1. No ano seguinte, quem saiu vitorioso foi Prost.
Mas houve um incidente no GP do Japão que mudou a história dos dois pilotos para sempre. Senna largou em primeiro, mas logo foi ultrapassado por Prost. A partir de então, Ayrton passou o resto da corrida tentando alcançar seu companheiro.
Na 47ª volta, o brasileiro tentou ultrapassar Prost por dentro da curva 130R, mas os dois carros se tocaram e saíram da pista. Instantaneamente, o francês abandonou a prova. Mas Senna não desistiu, afinal ele precisava dessa vitória para ter chance de vencer a temporada.
Algumas voltas depois, Senna ultrapassou o piloto italiano Alessandro Nannini e conquistou o primeiro lugar. No entanto, antes que ele pudesse subir ao pódio, os organizadores do evento interpretaram essa movimentação como uma infração, entendendo que Ayrton "ganhou uma vantagem indevida sobre os outros pilotos, pois encurtou o caminho e não reduziu a velocidade como deveria". Assim, mesmo tendo cruzado a linha de chegada em primeiro lugar, o brasileiro foi desclassificado da corrida no Japão.
Em 1990, Prost assinou com a Ferrari, enquanto Ayrton seguiu na McLaren. Senna estava a um passo de se sagrar campeão, mas, para isso, ele precisaria impedir uma vitória de Prost no mesmo lugar onde toda essa rivalidade ganhou vida: no GP do Japão. Para isso, Senna forçou um acidente com o francês fazendo com que os dois abandonassem a corrida.
E assim, Senna foi sagrado campeão daquele ano. Obviamente, esse evento colocou ainda mais lenha nessa fogueira e o atrito entre os dois apenas piorou. Em 1991, toma!
Mais um título da Fórmula 1, vencendo sete corridas, incluindo uma emocionante vitória em casa, aqui no Brasil. Em Interlagos, Senna liderou a prova desde a largada, mas o câmbio do carro, que está ligado à troca de marchas, começou a apresentar problemas ainda na metade da corrida. Por conta disso, ele foi ficando cada vez mais desgastado e começou a sentir fortes dores no pescoço, nos ombros e nos braços.
Para piorar, o brasileiro foi perdendo o resto das marchas no decorrer da corrida e quando faltava cerca de 8 voltas para o fim da prova, apenas a sexta marcha, a mais alta, estava funcionando. Ela serve para atingir velocidades maiores com uma menor rotação do motor. Por conta disso, Senna teve uma enorme dificuldade de manter o carro na pista, principalmente nas curvas, de modo que o piloto precisou usar muita força sobrenatural para controlar o volante do carro.
Como se não bastasse, além dos problemas no automóvel, faltando duas voltas para acabar a corrida, começou a chover no GP de Interlagos, o que poderia ser um problema para todos os pilotos, menos para Ayrton Senna. [Galvão Bueno]: “Tá chovendo, as gotas caem ali na câmera… colocada no carro de Senna. Vem pra reta, vai pra vitória, Mihaly Hidasi, Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!
” Essa foi uma das provas mais insanas da carreira do brasileiro. Ela foi tão desgastante, que Senna precisou de ajuda para sair do carro e para poder comemorar sua primeira vitória no Brasil. [Galvão Bueno]: “Pra fazer a sua festa, o seu momento de glória, o momento que ele esperou, sonhou que alimentou esperanças, que curtiu tanto…” Pelos dois anos seguintes, ele seguiu na McLaren.
Em 1992, Senna ficou em quarto lugar e em 1993 foi vice, perdendo justamente para Alain Prost. Mas foi em 1994 que tudo mudou. Depois de uma longa negociação, Ayrton Senna assinou com a Williams.
Na época, a equipe era dominante graças ao seu carro tecnologicamente avançado, especialmente com sistemas como suspensão ativa, controle de tração e transmissão semiautomática. [Ayrton Senna]: “Eu quase nem as vi depois de duas voltas mas as Williams tão num outro planeta e…” Senna estava ansioso para competir com seu novo carro, mas suas primeiras corridas com a Williams parecia predestinar alguma coisa. A abertura do campeonato aconteceu em Interlagos, no Brasil.
Ayrton saiu na pole position, mas perdeu o controle na 55ª volta e teve de abandonar a corrida. Na segunda prova, no Japão, mais uma vez Senna não concluiu, já que ele foi atingido por Mika Häkkinen logo na primeira curva, abandonando a prova imediatamente. Essas duas sequências de abandonos fizeram a pressão sobre os ombros de Ayrton aumentar ainda mais.
Além disso, nessa semana, aconteceu tudo aquilo que eu disse no começo do vídeo. Rubens Barrichello sofreu um acidente e Roland Ratzenberger foi vítima de uma colisão fatal. Assim, a última noite de vida de Ayrton Senna foi agitada.
Não saía da sua cabeça os dois acidentes que ele tinha presenciado. No domingo, 1º de maio de 1994, assim que Ayrton chegou no circuito onde iria acontecer a corrida, ele foi diretamente falar com os pilotos Gerhard Berger e Niki Lauda. No papo, o brasileiro deixou claro seu desejo por mudanças na Fórmula 1, dizendo que "É preciso agir com rapidez e tomar decisões sobre a segurança, mesmo que isso envolva confrontos".
Mostrando assim, a sua clara preocupação com a falta de segurança nas pistas. Após concluir a volta de aquecimento antes da corrida começar, Ayrton se dirigiu aos jornalistas e disse uma frase considerada premonitória: “A Fórmula 1 não voltará a ser a mesma depois deste fim de semana”. Provavelmente se referindo aos dois acidentes que tinham acontecido com Barrichello e Ratzenberger.
Enfim, a corrida no GP de Ímola iniciou, com um acidente envolvendo o piloto finlandês JJ Lehto e o português Pedro Lamy. Os destroços do impacto acabaram ferindo nove pessoas que estavam nas arquibancadas. Depois do incidente, logo na largada, a prova foi reiniciada e Senna saiu na primeira colocação, seguido do alemão Michael Schumacher.
Na sétima volta, Ayrton perdeu o controle da Williams FW16 e se chocou com o muro da curva Tamburello, atingindo a muralha a 230 km/h, às 9h13 no horário de Brasília. A força do impacto fez com que a barra de suspensão dianteira do carro se rompesse. Um componente metálico pontiagudo, que era uma das partes dessa peça, atingiu a testa de Senna, perfurando o capacete como uma lança e causando ferimentos graves na cabeça.
O acidente foi televisionado e, logo após acontecer o impacto, foi possível notar Ayrton fazendo um leve movimento de cabeça, fazendo com que todos que estavam vendo acreditassem que estava tudo bem com o brasileiro. Hoje, nós sabemos que este pequeno movimento não demonstrava nenhum sinal de consciência, na verdade, é provável que tenha sido um reflexo involuntário causado pelo forte impacto da colisão. Assim, a corrida foi paralisada para oferecer socorro ao piloto.
Ele sofreu uma parada cardíaca ainda na pista de Ímola, mas foi reanimado. 17 minutos depois da batida, um helicóptero pousou ao lado do automóvel de Senna e o levou para o Hospital Maggiore, na cidade de Bolonha, na Itália. O paulistano deu entrada às 9h44, horário de Brasília.
O médico oficial da Fórmula 1, Sid Watkins, tentou fazer uma traqueostomia em Ayrton, que apresentava dificuldades para respirar. Segundo o profissional da saúde, as pupilas de Senna estavam dilatadas, o que revelava que seu estado era muito grave. Ainda enquanto estava no hospital, foram divulgados para a imprensa alguns boletins de ocorrência sobre o estado de saúde de Ayrton.
O primeiro dizia que ele estava em um quadro de choque hemorrágico. O segundo informava que o piloto tinha sofrido um traumatismo craniano e se encontrava em coma. O terceiro, às 13h40 no horário de Brasília, informava a trágica notícia que ninguém queria ouvir, a de que o tricampeão mundial, Ayrton Senna do Brasil, havia falecido aos seus 34 anos de idade.
Todos que estavam vivos nesse fatídico dia se lembram com clareza desse momento. Quando o jornalista Roberto Cabrini entrou no Plantão da Globo dizendo uma frase que seria eternizada na memória do povo braisleiro. [Roberto Cabrini]: “Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar.
Morreu Ayrton Senna da Silva. ” Anos depois, Cabrini revelou que a tragédia que culminou na morte de Senna poderia ter sido evitada. O jornalista contou que Ayrton chegou a confessar para ele que o piloto austríaco Roland Ratzenberger tinha morrido ainda na pista e não no hospital, como foi dito pela Fórmula 1.
Se essa informação fosse comprovada, a corrida em que o brasileiro morreu não teria acontecido, já que a legislação italiana determina o cancelamento de eventos com fatalidades. Roberto se lembra de Senna dizer que “se isso é comprovado, não tem corrida”. Assim que foi comunicada a morte do ídolo brasileiro, Itamar Franco, presidente do Brasil na época, declarou luto oficial de três dias no país.
Presidentes de vários países no mundo, incluindo Estados Unidos, Itália, Argentina, Portugal, França e Japão, enviaram mensagens de pêsames. O corpo de Senna foi transportado para o Brasil, e o velório aconteceu nos dias 4 e 5 de maio na Assembleia Legislativa de São Paulo. Foi decretado ponto facultativo na capital paulista e, durante as 20 horas de velório, passaram pelo local mais de 250 mil pessoas, que queriam dar o último adeus a Ayrton.
O sepultamento aconteceu no Cemitério do Morumbi, na zona sul da capital paulista. Mas as coisas não poderiam ficar assim, alguém precisava ser responsabilizado pelo ocorrido. Três anos após o óbito de Senna, a justiça italiana indiciou Adrian Newey, Frank Williams e Patrick Head, que eram, respectivamente, o projetista do carro, o dono da equipe e o diretor técnico da Williams na época.
O que foi entendido, é que o acidente do brasileiro foi causado por uma quebra na coluna de direção do automóvel, que teria se rompido devido a uma solda mal feita. A investigação apontou que essa modificação poderia ter contribuído para a perda de controle do carro, resultando na colisão fatal. No entanto, após uma série de julgamentos e apelações, todos os indiciados foram eventualmente absolvidos de qualquer responsabilidade criminal pela morte de Senna.
Em 2007, foi iniciado um novo julgamento do caso, no qual foram apresentadas provas conclusivas de que o acidente realmente ocorreu devido a uma falha na coluna de direção, fazendo Ayrton perder o controle do automóvel. Constatou-se que o acidente só ocorreu porque a manutenção do veículo foi mal executada pouco antes da corrida começar. Assim, Patrick Head, diretor-técnico da equipe Williams e o responsável por construir o carro que Ayrton utilizou no dia de sua morte, foi condenado por homicídio culposo.
Mas o homem não cumpriu a pena, porque haviam se passado treze anos, e então o crime prescreveu. Depois do acidente de Senna, foram feitas diversas alterações no que diz respeito à segurança da Fórmula 1. Hoje, os carros contam com estruturas que protegem o piloto da cabeça aos pés.
O bico, as laterais do cockpit e a traseira possuem reforços que absorvem o impacto em caso de colisão. Também foi criada uma nova barreira chamada de "TecPro", que agilizou o atendimento a pilotos acidentados e ampliou as áreas de escape e proteção nas pistas. Antes de sua morte, Ayrton pediu por limitação de velocidade nas áreas de boxes, onde as equipes se instalam e realizam as paradas dos carros durante a corrida.
O objetivo do piloto foi atendido, e, atualmente, o limite é de 80 km/h, com exceções como Mônaco, onde o limite é de 60 km/h devido à pista mais estreita. Após Senna, a competição ficou 30 anos sem acidentes fatais. O último foi do francês Jules Bianchi, no GP do Japão, em 2014.
Ayrton Senna mudou para sempre a história de um esporte e de um país como um todo. Não é à toa que, depois de sua morte, o número de bebês registrados com nome de Ayrton quadruplicou. Durante as onze temporadas que ele fez parte da Fórmula 1, Senna acumulou três títulos, dois vice-campeonatos, 41 vitórias, 65 pole positions e 80 pódios.
Sendo que até hoje, ainda há recordes dele que ninguém conseguiu superar. Por exemplo, o de maior número de vitórias em Mônaco, o recorde de classificações seguidas no top 10, poles consecutivas, poles consecutivas num único GP e largadas consecutivas na primeira fila. Os pilotos que vieram depois de Ayrton reconhecem a sua importância.
Lewis Hamilton, campeão mundial por sete vezes, sempre o citou como uma referência, assim como Charles Leclerc e Pierre Gasly. Seu jeito icônico e único de pilotar uniu uma nação que se juntava aos domingos para ver a grande lenda das pistas. Faça chuva ou faça sol, Ayrton sempre dava um show mostrando a verdadeira garra de um brasileiro.
A prova disso é que, em 2012, o jornal britânico BBC lançou uma lista dos 20 maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos e colocou Ayrton Senna em primeiro lugar, dizendo que “nenhum piloto na história da Fórmula 1 se dedicou mais ao seu esporte e deu mais de si na busca incessante pelo sucesso”. Bom, esse foi o vídeo, eu espero que você tenha gostado. Se você gostou, deixe o seu like, se inscreva no canal aqui embaixo e ative as notificações para não perder nenhum vídeo.
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Tchau!