Família Despreza Filha Grávida e a Abandona – Mas Quando a Verdade Vem à Tona, Eles Ficam Chocados!

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Emoção Diária
Video Transcript:
família despreza a filha grávida e a abandona mas quando a verdade vem à tona eles ficam chocados Márcia mal conseguia segurar as lágrimas ao ouvir mais uma vez as palavras que tanto a feriam a voz dura e impiedosa do pai ecoava pela casa penetrando cada canto e cada sombra sufocando qualquer esperança que ela ainda tentasse manter viva Desde o dia que você nasceu Márcia só trouxe desgraça para essa casa eu nunca quis você nunca se não fosse por sua mãe você teria sido entregue para adoção mas parece que nem isso ela fez direito Eurico nunca
mediu as palavras para falar com a filha para ele ela era o erro que carregava desde o nascimento o peso que nunca quis suportar Márcia com apenas 10 anos ouvia calada as lágrimas já secas de tanto chorar sozinha em seu quarto o amor que ela tanto desejava nunca vinha apenas críticas e ofensas sentada no chão da sala com as mãos pequenas e sujas de tentar esfregar o piso ela ouvia o pai reclamar Olha só para isso nem limpar você sabe como pode ser tão incompetente assim seus irmãos nunca me deram esse desgosto o José sempre
foi meu orgulho já está arrumando emprego é um homem e você o que você vai ser na vida hein nada você é um fardo só isso o olhar de Eurico Era duro seus olhos cinzentos refletiam o desprezo que sentia por Márcia e ela sabia disso sabia Desde o dia em que entendeu que Jamais seria como os irmãos José o mais velho sempre fora tratado como um príncipe ele estudava jogava futebol e todos se orgulhavam dele Leandro o irmão mais novo ainda era pequeno mas já carregava o brilho nos olhos que Márcia tanto desejava que o
pai visse nela mas para Eurico Márcia era invisível ou pior ainda era o problema que ele nunca quis resolver sentindo o Nó na Garganta crescer Márcia engoliu o choro e voltou a esfregar o chão esperando que de alguma forma aquilo pudesse diminuir o ódio que seu pai Parecia sentir por ela mas nada adiantava Eurico continuava a olhar para ela com o mesmo desprezo nem para isso você presta menina parece que a sujeira gruda mais do que sai com você limpando um verdadeiro desastre é isso que você é no fundo da sala Dona Teresa sua mãe
observava tudo em silêncio ela nunca defendia Márcia das ofensas do marido no máximo soltava um suspiro e dizia ela ainda é nossa filha Eurico mas nunca havia palavras de carinho Nunca havia um abraço nem um simples toque de consolo Teresa era uma mãe mas parecia ter desistido de ser naquele dia depois de ser humilhada mais uma vez Márcia subiu à escadas em silêncio quando chegou ao quarto se jogou na cama e deixou o choro vir chorou baix como sempre fazia para que ninguém ouvisse ninguém se importava com suas lágrimas de qualquer forma mas naquela noite
algo dentro dela começou a mudar um pensamento que nunca tinha tido antes apareceu em sua mente eu preciso sair daqui preciso fugir desse lugar dessa dor a vida de Márcia sempre foi assim o pai um homem Amargurado que descontava nela todas as frustrações de uma vida que não dera certo a mãe uma mulher resignada que aceitava o tratamento do marido sem nunca tentar mudar nada e os irmãos sempre distantes nunca olhavam para ela com bondade ou afeto José já adolescente seguia sua vida sem se preocupar com o que acontecia dentro de casa Leandro o mais
novo tinha uma dose menor de desprezo mas também não entendia o porquê de a irmã ser sempre Alvo do Ódio do pai quando Eurico chegava em casa cansado do trabalho era Márcia quem rece a pior parte de seu mau humor qualquer coisa que ela fizesse era motivo para que ele a ofendesse Por que o arroz está sem gosto menina Será que nem cozinhar você sabe sua mãe já devia ter te ensinado isso mas até para aprender as coisas mais simples Você é inútil Márcia queria gritar queria dizer que ela só tinha 10 anos e que
não era justo carregar tantas responsabilidades mas ela nunca conseguia o medo a paralisava Eurico era um homem grande de mão fortes e temperamento explosivo ninguém jamais ousava desafiar sua autoridade então Márcia apenas abaixava a cabeça e seguia fazendo o que lhe mandavam esperando que Talvez um dia tudo aquilo acabasse no dia seguinte enquanto Márcia preparava o café da manhã cheia de medo de cometer qualquer erro seu pai Desceu as escadas com aquele olhar de quem já esperava algo errado se esse café estiver ruim como sempre você vai ver o que é bom garota e CL
algo aconteceu ao tentar servir a xícara de café Márcia com as mãos trêmulas acabou derrubando o líquido quente na mesa Eurico se levantou num salto os olhos cheios de fúria você não faz nada certo nem para servir café presta ela tentou limpar a mesa rapidamente mas o pai agarrou seu braço com força fazendo com que ela parasse de imediato Você é um desastre eu não devia nem ter deixado você crescer aqui devia ter te dado alguém cuidar porque você não merece estar nesta casa Márcia com o braço dolorido pelo aperto apenas murmurou um desculpa pai
mas a palavra parecia não ter peso algum Eurico já estava saindo da sala deixando-a para trás com o coração pesado e a sensação de que para ele nunca seria suficiente nunca aos poucos A Única Esperança de Márcia se dissolvia como o açúcar no Café que ela tentava preparar todas as manhãs ela sabia que não importava o quanto se esforçasse nunca seria vista como seus irmãos eram ela nunca teria o orgulho do pai o carinho da mãe e muito menos a paz que tanto desejava dentro de casa naquela noite enquanto se deitava Exausta De tanto sofrer
Márcia olhou pela janela do quarto o céu estava escuro sem estrelas refletindo o vazio que sentia por dentro ela se perguntou se um dia alguém olharia para ela com outros olhos se um dia poderia deixar de ser o erro que tanto odiavam e se tornar alguém digno de Amor o tempo passou e as palavras de Eurico só pioraram cada dia que Márcia crescia parecia que o desprezo Do pai também aumentava certa vez ao ver a filha sentada no sofá tentando descansar depois de um dia de tarefas intermináveis ele disparou tá cansada de que menina de
ser inútil levanta daí e vai arrumar a cozinha a vida não vai te dar descanso só porque você quer Márcia já acostumada com as ofensas levantou em silêncio e foi para a cozinha enquanto lavava os pratos as lágrimas caíam silenciosamente na pia o som da água encobria o choro mas nada podia esconder o sofrimento que sentia ela sabia que nunca seria suficiente para ele sabia que para Eurico ela não era nada além de um peso eu vou sair dessa casa um dia eu vou embora e ele nunca mais vai poder me tratar assim prometeu a
si mesma mas por enquanto essa promessa parecia distante ela ainda era apenas uma criança presa em uma casa onde nunca seria amada os anos passaram mas para Márcia nada havia mudado se a infância foi marcada por desprezo e humilhação a adolescência só trouxe mais responsabilidades mais peso sobre seus ombros e o mesmo vazio emocional aos 15 anos ela era praticamente a responsável por todas as tarefas da casa enquanto seus irmãos seguiam com suas vidas sem se preocupar com nada naquela manhã o dia começou como todos os outros Márcia levantou cedo para preparar o café da
manhã e arrumar a casa antes que seu pai saísse para o trabalho no caminho para a cozinha seus pés tropeçaram em alguns brinquedos largados no corredor que Leandro havia deixado na noite anterior vou ter que arrumar tudo isso antes que o pai acorde pensou tentando evitar o inevitável desdé de Eurico ela colocou a chaleira no fogão preparou o café e ajeitou a mesa tentava fazer tudo com perfeição na esperança de que talvez naquele dia o pai pudesse reconhecer seu esforço quem sabe hoje ele não reclama de nada sussurrou para si mesma como uma prece silenciosa
mas no fundo sabia que isso não aconteceria Eurico desceu à escadas o semblante cansado e carregado de frustração seu olhar já indicava que algo estava errado ele sentou-se à mesa e antes mesmo de provar o café já reclamava o cheiro desse café tá ruim você não consegue fazer nada direito não é todos os dias a mesma coisa será que um dia você vai conseguir acertar Márcia com o coração apertado tentou disfarçar o nervosismo desculpa pai eu posso fazer outro se quiser murmurou quase sem forças mas Eurico não queria outra xícara ele queria um motivo para
descarregar sua amargura não adianta você nunca vai acertar se fosse José ou Leandro já estariam fazendo muito melhor que você você é a única que parece não ter futuro essas palavras rasgavam Márcia por dentro mas ela se mantinha firme sabendo que chorar Só traria mais desprezo seu coração apesar de jovem estava já calejado de tanto sofrimento desde pequena ela havia aprendido que o amor e o carinho não estavam disponíveis para ela somente para os irmãos Eurico terminou o café em silêncio sem agradecer sem sequer olhar para a filha ele pegou a carteira em cima da
mesa e antes de sair para o trabalho disse se eu chegar em casa e essa casa não estiver brilhando você vai ver o que é bom Márcia apenas assentiu como sempre fazia Sabia que não havia muito o que falar palavras não mudavam nada naquela casa depois que o pai saiu Márcia começou sua rotina interminável de de afazeres domésticos primeiro foi arrumar o quarto de José que já havia saído cedo para trabalhar ele já está com o futuro garantido pensou Márcia enquanto dobrava as roupas do irmão mais velho já conseguiu emprego em uma empresa está namorando
e todo mundo se orgulha dele depois foi a vez do quarto de Leandro que ainda estava dormindo Leandro mais novo ainda estava terminando o ensino médio mas já tinha os mesmos privilégios que José você tem que estudar se preparar para o futuro era o que os pais sempre diziam para ele e para Márcia restava o trabalho pesado e as críticas enquanto varria a casa o som da campainha interrompeu seus pensamentos era Alice sua amiga de infância apesar de toda a dor que carregava Alice era um dos poucos pontos de luz na vida de Márcia oi
Márcia vim ver se você pode sair um pouco vamos dar uma volta perguntou Alice com um sorriso mas já sabendo a osta não posso Alice tenho muita coisa para fazer em casa se eu não terminar antes do meu pai voltar ele vai me matar a expressão de Alice mudou para tristeza conhecendo bem a realidade que Márcia enfrentava você precisa sair mais Márcia não é justo você fazer tudo sozinha seus irmãos deveriam ajudar disse ela com um tom de indignação Márcia apenas deu de ombros já havia aceitado há muito tempo que sua vida era diferente da
de Alice ela não podia I simplesmente sair para se divertir sua vida era cuidar da casa ser a sombra que ninguém via vou tentar sair depois se der tempo respondeu Márcia tentando não parecer tão Abatida enquanto voltava para as tarefas uma dor constante apertava seu peito aos 15 anos ela deveria estar aproveitando a juventude mas se via presa a uma rotina de trabalho e desprezo Quando foi que minha vida virou isso perguntava a si mesma as respostas nunca vinham talvez nunca viriam no final da tarde após limpar cozinhar e organizar tudo Márcia finalmente se sentou
por um momento no sofá seus pés doíam suas mãos estavam ásperas de tanto esfregar mas o alívio durou pouco Leandro entrou na sala jogou a mochila no chão e sem nem olhar para ela disse tô com fome o que tem para comer Márcia ainda Exausta levantou-se novamente e foi até a cozinha o almoço tá pronto na mesa Se quiser pode servir Leandro fez uma careta Por que você não serve hein você que faz tudo aqui mesmo não vou me levantar para isso aquela resposta foi a gota d'água para Márcia eu fiz o almoço limpei a
casa inteira e você não pode nem levantar para se servir porque eu sou a única que tem que fazer tudo aqui a voz de Márcia pela primeira vez soou mais firme talvez fosse o cansaço acumulado ou a indignação por nunca ser tratada com o mínimo de respeito Leandro sem paciência apenas a ignorou você faz porque é mulher e mulher que não sabe cuidar de casa não serve para nada disparou com o mesmo tom frio que o pai usava Márcia sentindo o peito apertar segurou as lágrimas mais uma vez era como se o desprezo de Eurico
tivesse se multiplicado nos irmãos e ela se perguntava até quando aguentaria viver daquela maneira quando Eurico chegou em casa à noite cada canto da casa procurando algo para criticar Márcia sabia que mesmo com tudo em ordem ele encontraria um motivo e não demorou muito você passou o pano na cozinha mas tá faltando brilho nem limpar direito você sabe né Não adianta vai ser sempre assim inútil mais uma vez Ela ouviu calada mais uma vez abaixou a cabeça engolindo a dor que Pareci sufocá-la mas naquele momento um pensamento invadiu sua mente com força eu preciso sair
daqui era a primeira vez que ela realmente pensava nisso fugir deixar tudo para trás e começar uma vida onde não fosse o alvo do desprezo mas como para onde iria o que faria ela não sabia só sabia que se continuasse ali algo dentro dela iria morrer para sempre e enquanto as lágrimas escorriam silenciosas naquela noite Márcia começou a planejar mesmo que de forma incerta uma maneira de escapar daquele ciclo de sof um dia eu vou embora sussurrou para si mesma como uma promessa silenciosa e ninguém vai me tratar assim de novo aos 17 anos Márcia
já carregava o peso de responsabilidades e desprezos que pareciam não ter fim cuidava da casa sozinha preparava as refeições limpava organizava enquanto seus irmãos seguiam suas vidas sem sequer se preocuparem Eurico continuava a tratá-la como o maior erro de sua vida e dona mantinha-se ausente presa na sua rotina de conformismo certo dia Márcia conheceu Sebastião um rapaz da vizinhança simples e trabalhador ele começou a se aproximar oferecendo o que ela nunca teve atenção e carinho eles se conheceram quando Sebastião foi ajudar na construção de uma nova casa do bairro e aos poucos foram conversando mais
ele era simpático sempre disposto a ouvir o que Márcia tinha a dizer o que a fazia sentir que finalmente alguém se importava as conversas rápidas se transformaram em encontros e logo os dois Começaram a namorar Sebastião tinha um charme simples que encantava Márcia e pela primeira vez em sua vida ela sentia que era importante para alguém ele a fazia sorrir coisa que há muito tempo ela havia esquecido como se fazia quando estava com Sebastião ela se sentia viva distante das humilhações de Eurico e dos irmãos mas a felicidade que Márcia encontrava nos braços de Sebastião
não era vista com bons olhos por seu pai Eurico rígido e conservador não aceitava o namoro para ele Márcia não tinha direito a nada muito menos a ser feliz certa noite quando Márcia anunciou durante o jantar que queria trazer Sebastião para conhecer a família a reação de Eurico foi imediata trazer esse moleque para dentro de casa nem pensar você acha que eu vou deixar você trazer homem para cá tá pensando que essa casa é o quê você já é um desgosto suficiente não precisa trazer mais vergonha para essa família swingo Eurico sua voz ecoando pelas
paredes da pequena sala Márcia tentou argumentar com a voz trêmula mas pai meus irmãos trouxeram as namoradas para jantar aqui por comigo é diferente mas antes que pudesse terminar Eurico interrompeu furioso porque eles são homens e você não passa de irresponsável que largou a escola e não faz nada da vida você só me traz decepção Desde o dia que nasceu aquelas palavras cortaram Márcia como uma faca mesmo sabendo que o pai não a amava ouvir essas coisas ainda machucava profundamente tentando manter a compostura ela olhou para a mãe em busca de apoio mas dona Teresa
como sempre abaixou a cabeça e nada disse Márcia subiu para o quarto e chorou Até pegar no sono Sebastião era única pessoa que parecia se importar com ela e seu pai mais uma vez a estava impedindo de ser feliz mas apesar da proibição de Eurico Márcia continuou vendo Sebastião em Segredo encontrando-o em momentos que conseguia escapar da casa sem que o pai soubesse alguns meses depois a vida de Márcia mudou para sempre ela começou a sentir-se Estranha enjoada e temendo o pior decidiu comprar um teste de gravidez o resultado foi ela estava grávida sentindo-se perdida
sem saber como contar para seus pais Márcia decidiu primeiro revelar a notícia para Sebastião ele era seu Porto Seguro a única pessoa com quem ela poderia contar certa tarde ela foi até a casa de Sebastião e com o coração acelerado contou a verdade Sebastião eu tô grávida disse a voz trêmula e os olhos cheios de Lágrimas ela não sabia o que esperar dele mas torcia para que de alguma forma ele a apoiasse naquele momento tão difícil para sua surpresa Sebastião sorriu isso é maravilhoso Márcia sempre quis ter um filho disse ele segurando suas mãos o
alívio tomou conta de Márcia por alguns instantes ao menos ele estava feliz com a notícia Eu sabia que você ia me apoiar ela sussurrou tentando segurar as lágrimas de emoção mas logo a preocupação voltou meus pais o que eu vou fazer se o meu pai souber ele vai vai me matar Sebastião pensou por um momento antes de responder não se preocupe você pode morar comigo e com meus pais eles vão te receber de braços abertos Vamos criar nosso filho juntos Márcia sorriu sentindo pela primeira vez uma esperança real de que poderia escapar da opressão da
sua casa e começar uma nova vida ao lado de alguém que a amava porém o alívio que ela sentiu na casa de Sebastião Não durou muito tempo no dia seguinte Márcia precisou enfrentar a realidade era hora de contar para os pais durante o jantar ela respirou fundo e com o coração batendo forte no peito disse pai mãe preciso contar uma coisa para vocês euco olhou para ela com aquele mesmo olhar de desprezo já esperando mais uma decepção O que foi agora o que você aprontou dessa vez zenia ele perguntou impaciente eu estou grávida disse Márcia
com a voz quase sumindo O silêncio que se seguiu foi sufocante Dona Teresa arregalou os olhos sem saber o que dizer Eurico por outro lado reagiu imediatamente ele jogou o garfo sobre a mesa com força e se levantou o rosto vermelho de raiva grávida você tá maluca menina Como você pôde fazer isso comigo desde o dia que você nasceu só me dá desgosto era para a gente ter te dado para adoção Mas sua mãe insistiu em ficar com você e olha só no que deu você nos envergonha mais a cada dia Márcia já acostumada com
o desprezo Do Pai tentava segurar as lágrimas mas ouvir aquelas palavras machucava mais do que ela poderia imaginar pai por favor eu preciso de ajuda ela implorou mas Eurico não queria saber de explicações ajuda você vai precisar é de juízo arrume suas coisas e saia dessa casa eu não vou cuidar do filho de ninguém desesperada Márcia olhou para a mãe mas como sempre Dona Teresa permaneceu em silêncio com os olhos fixos no prato sem saber para onde ir Márcia Correu para o quarto pegou algumas roupas e saiu de casa às pressas enquanto corria pelas ruas
escuras da vizinhança sentia como se o mundo estivesse desmoronando ao seu redor ela foi até a casa de Sebastião Ainda chorando ao vê-la naquela situação ele a abraçou e disse não se preocupe Márcia você está segura aqui meus pais vão nos ajudar naquele momento Sebastião parecia ser a única luz no meio de toda a escuridão que a cercava após ser expulsa de casa por Eurico Márcia chegou à casa de Sebastião desolada o abraço acolhedor que recebeu de Sebastião foi um alívio momentâneo para o turbilhão de emoções que tomava conta dela ela estava aterrorizada com o
que o futuro traria mas a presença de Sebastião ao seu lado dava a ela uma esperança que ela nunca havia experimentado em casa você está segura aqui Márcia repetia Sebastião enquanto a guiava até a sala onde seus pais Dona choé e senr Alberto os esperavam ambos estavam sentados atentos esperando ouvir o que acontecera dona choé uma mulher de aparência simples mas com um olhar caloroso foi a primeira a se levantar e acolher Márcia Vem cá minha filha sente-se acalme-se um pouco você deve estar Exausta Márcia que havia chorado a caminho apenas murmurou um Obrigada com
a voz embargada ela se sentia envergonhada de estar ali uma Intrusa uma menina grávida expulsa da própria casa mas o olhar de Dona choe não carregava julgamento apenas compreensão Sebastião segurou sua mão enquanto ela se sentava sentir o toque dele a fazia se lembrar de que não estava mais sozinha talvez finalmente estivesse onde deveria estar Sebastião já me contou o que aconteceu e saiba que você tem um lar aqui disse Dona Chloé com firmeza a partir de agora somos sua família também ninguém vai te abandonar aquela frase trouxe uma sensação tão Inesperada que Márcia mal
conseguiu conter um novo Choro mas dessa vez suas lágrimas não eram apenas de tristeza eram Lágrimas de alívio pela primeira vez na vida ela se sentia acolhida e isso era algo que nunca havia experimentado em sua própria casa Senhor Alberto um homem de poucas palavras apenas Balançou a cabeça em a aprovação você pode ficar o tempo que precisar Márcia aqui você vai estar segura e esse bebê vai ser muito bem-vindo ele falava com calma sua voz transmitia uma segurança que Márcia nunca ouvira de Eurico aquelas palavras eram um bálsamo para as feridas emocionais que Márcia
carregava ela não sabia o que dizer então Apenas assentiu tentando controlar o choro depois de tantos anos ouvindo que não valia nada que era um fardo ouvir que seria aceita por outra fam parecia surreal nos dias que se seguiram Márcia começou a se adaptar à Vida na casa de Sebastião e seus pais diferente da frieza e dureza que enfrentava com Eurico e Teresa na casa de Sebastião ela era tratada com respeito e carinho Dona choé a ensinava como cuidar melhor da casa mas sempre de maneira Gentil sem as críticas pesadas que sua mãe fazia aqui
Márcia é assim que você tempera o feijão para dar Mais Sabor dizia choé quanto Márcia observava atentamente cada gesto de Dona choé parecia cheio de paciência algo que Márcia Nunca havia conhecido de perto à noite quando todos se reuniam à mesa o ambiente era completamente diferente do que ela estava acostumada ali as pessoas conversavam Riam e até mesmo os erros eram tratados com leveza se algo não saía como esperado Dona choé apenas sorria e dizia tudo bem vamos tentar de novo amanhã não não havia gritos nem olhares de reprovação era uma paz que Márcia mal
sabia como Lar mas que aos poucos começou a absorver Sebastião por sua vez parecia ser um companheiro atencioso ele sempre estava por perto cuidando para que Márcia se sentisse bem e confortável você está bem precisa de alguma coisa eram perguntas que ela ouvia com frequência e que soavam quase irreais depois de tanto tempo sem ouvir alguém se preocupar genuinamente com ela mas apesar de toda a gentileza e acolhimento Márcia ainda carregava o peso da rejeição de sua própria família em Algumas Noites enquanto Sebastião já estava dormindo ela ficava acordada olhando para o teto se perguntando
se um dia seu pai a perdoaria Será que ele vai me procurar Será que minha mãe sente minha falta pensava com o coração apertado mas no fundo sabia que as chances eram mínimas Eurico não era o tipo de homem que voltaria atrás em sua decisão E quanto a dona Teresa ela sempre forá ausente nunca tomando partido nas brigas em uma tarde chuvosa Márcia decidiu escrever uma carta para a mãe tentando mais uma vez um contato não esperava muito mas algo dentro dela a impulsionava a tentar sentada à mesa com um papel amarelado à sua frente
escreveu querida mãe eu sei que errei sei que decepcionei vocês mas preciso que a senhora entenda o quanto estou sofrendo o quanto eu desejei ter o apoio do Senhor e do pai neste momento tão difícil eu vou ter um filho mãe e tudo o que eu queria era que ele crescesse em um ambiente com amor e que vocês fizessem parte disso não me deixem sozinha eu sinto sua falta e sinto falta até mesmo das broncas do pai por favor mãe me escreva de volta com amor sua filha Márcia ela colocou a carta no envelope com
as mãos trêmulas não sabia se aquilo faria diferença mas ao menos precisava tentar foi até a esquina e colocou a Carta No quando voltou o vento frio da chuva parecia refletir o vazio que ainda sentia mesmo sendo bem tratada pelos sogros os meses passaram e a barriga de Márcia crescia Dona choé a ajudava com tudo desde o enxoval do bebê até os preparativos para o parto esse bebê vai ser muito Amado Márcia você vai ver dizia ela com o carinho que Márcia tanto desejava ouvir de sua própria mãe apesar disso a resposta da carta nunca
veio Dona Teresa permanecia em silêncio como sempre havia feito Sebastião continuava sendo o parceiro atencioso mas com o tempo algumas mudanças começaram a surgir ele saía com mais frequência e às vezes voltava tarde cheirando a bebida Márcia tentava ignorar fingir que estava tudo bem pois precisava acreditar que ao menos ele não a abandonaria mas no fundo uma sombra de dúvida já começava a se formar em seu coração certa noite enquanto esperava Sebastião voltar de mais uma de suas saídas Márcia sentiu um aperto no peito o bebê chutava e ela colocou a mão na barriga como
se buscasse consolo naquele pequeno ser que dependia totalmente dela tudo vai ficar bem sussurrou tentando convencer a si mesma mas o silêncio da casa só aumentava a angústia que sentia e naquela noite o pressentimento de que algo estava errado tomou conta de seus pensamentos Sebastião chegou horas de pois cambaleando pela porta o cheiro de álcool era forte e ele mal conseguia se equilibrar Márcia preocupada foi ajudá-lo a sentar-se Sebastião Onde você estava eu fiquei preocupada perguntou tentando não suar desesperada mas ele sem se importar apenas Balançou a mão como se dissesse que não era nada
importante só estava com uns amigos relaxa tá tudo bem por mais que tentasse acreditar Márcia sabia que algo estava mudando e essa mudança a deixava assustada ela havia encontrado Um Porto Seguro na casa dos sogros mas a relação com Sebastião começava a mostrar rachaduras que a faziam questionar se essa segurança seria duradoura enquanto ajeitava o cobertor sobre ele sentiu o peso da Incerteza apertar seu coração por mais que quisesse acreditar que tudo ficaria bem Márcia sabia que assim como sempre havia sido em sua vida nada era tão simples a vida na casa de Dona choé
e Sr Alberto era bem diferente do que Márcia havia conhecido em sua própria casa a paz o respeito e o carinho que ali habitavam faziam na se sentir finalmente segura Naquela tarde Márcia e dona choé estavam sentadas na cozinha preparando uma sobremesa que Márcia sempre quis aprender era um momento simples mas para Márcia cheio de significados Márcia minha filha você está se saindo muito bem aqui disse Dona Chloé com um sorriso Gentil enquanto mexia a panela no fogão você aprendeu rápido viu esse doce já está no ponto certo Márcia sorriu agradecida Obrigada Dona choé eu
nunca tive ninguém para me ensinar essas coisas Sabe na casa dos meus pais eu só fazia as tarefas mais pesadas ninguém se preocupava em me mostrar como cozinhar com carinho como a senhora faz Dona choé parou por um momento enxugando as mãos no avental seu olhar fixo em Márcia demonstrava uma mistura de ternura e curiosidade sabe sempre foi bem tratado aqui em casa ele cresceu com amor com cuidado às vezes eu me pergunto o que se passa na cabeça dele para agir de forma tão irresponsável como tenho visto nos últimos tempos Mas uma coisa eu
te digo Enquanto você estiver aqui você é como uma filha para mim aquelas palavras tocaram profundamente o coração de Márcia ninguém nunca havia dito algo assim para ela o nó que já estava preso em sua garganta se desfez em lágrimas e El ela começou a chorar sem conseguir se controlar Dona choé a senhora nem imagina o quanto isso significa para mim eu nunca me senti parte de uma família de verdade sempre fui rejeitada e aqui aqui eu sinto que sou alguém que sou querida Dona choé puxou para um abraço apertado minha filha você não está
sozinha o que seu pai fez foi cruel mas você é forte e vamos superar isso juntas aqui você vai sempre encontrar amor e se Sebastião não perceber o que tem ao seu lado A culpa não é sua Márcia enxugou as lágrimas sentindo o peso da dor se dissipar aos poucos Obrigada Dona choé Eu nunca imaginei que fosse encontrar uma família como a de vocês às vezes eu penso como pode tanta gente reclamar dos sogros porque os senhores são como anjos na minha vida Dona choé sorriu e Balançou a cabeça ah minha querida o que nós
queremos é que você se sinta bem essa casa é sua também ela olhou para o doce que preparavam e brincou agora vamos terminar isso aqui senão o Alberto vai achar que estamos roubando a sobremesa dele as duas riram ainda com os olhos marejados mas o momento de conexão entre elas era Claro o laço entre Márcia e dona choé agora era mais forte do que nunca Márcia sentia-se realmente parte daquela família algo que sempre havia sonhado mas nunca acreditou que fosse possível enquanto mexiam a panela o cheiro doce da sobremesa começou a se espalhar pela cozinha
e foi nesse exato momento que Senor Alberto entrou com um sorriso brincalhão no rosto ele cruzou os braços e ficou encostado na porta observando as duas então é assim que funciona né vocês ficam aqui fazendo com chavo e não deixam nada para mim vou acabar sendo o último a saber do que está acontecendo nessa cozinha Márcia e dona choé riram e dona Chloé sempre espirituosa respondeu Alberto meu querido se você quiser uma sobremesa vai ter que esperar como todo mundo e nada de ficar tirando sarro de nós hein Alberto com o mesmo sorriso se aproximou
e pegou uma colher para experimentar o doce Hum parece que está bom mas eu não vou comer muito agora sen não vou estragar o jantar disse ele piscando para Márcia enquanto deixava a cozinha Márcia riu pela primeira vez em muito tempo a leveza daquela família era algo que ela nunca havia experimentado a cumplicidade entre Dona choé e seu marido era Evidente e aquilo a fazia desejar um dia ter algo assim com Sebastião quando finalmente Terminaram a sobremesa e a colocaram para esfriar Márcia se aproximou de Dona choé mais uma vez com os olhos ainda brilhando
de emoção Dona choé eu não sei como agradecer tudo o que a senhora e o Senor Alberto Fizeram por mim sério muitas pessoas reclamam dos sogros mas eu eu ganhei dois anjos na minha vida Dona choé sorriu agradeça sendo feliz minha filha o que nós queremos é ver você bem tranquila e com um futuro pela frente agora vá descansar que essa casa também é sua Márcia saiu da cozinha com o coração mais leve sentindo que pela primeira vez na vida tinha encontrado um lugar onde era verdadeiramente amada mas apesar de toda a alegria e carinho
que recebia ali o comportamento de Sebastião ainda a preocupava ele estava mudando e a segurança dentro de Márcia crescia a cada dia será que aquele Porto Seguro que havia encontrado também poderia ruir os dias na casa de Dona choé e Senor Alberto seguiram em relativa paz para Márcia ela se sentia cada vez mais acolhida e o carinho da nova família trazia um alívio temporário para a dor que ainda guardava por dentro no entanto mesmo cercada de cuidado havia algo que a inquietava Sebastião o homem que antes parecia ser seu refúgio a agora mostrava sinais de
distanciamento Sebastião que antes era atencioso e presente começou a passar mais tempo fora de casa Márcia notava que ele saía quase todas as noites e quando voltava o cheiro forte de álcool o acompanhava no início ela tentava ignorar convencida de que eram apenas fases de que ele estava lidando com a pressão de ser pai de uma maneira que ela não compreendia mas o comportamento dele estava mudando de forma cada vez mais evidente certa tarde enquanto Márcia ajudava Dona choé a cuidar da horta nos fundos da casa ela não conseguiu mais segurar a angústia que sentia
Dona choé Posso te perguntar uma coisa disse com a voz hesitante Dona choé que estava ajoelhada perto das plantas levantou os olhos com um olhar Sereno Claro minha filha o que está te preocupando Márcia respirou fundo tentando encontrar as palavras certas é sobre Sebastião ele tem estranho sai muito à noite volta tarde cheirando a bebida e eu não sei mais o que pensar será que é coisa da minha cabeça ou ele está mudando de verdade dona choé suspirou levantando-se lentamente ela limpou as mãos no avental e olhou profundamente nos olhos de Márcia minha filha eu
não vou mentir para você Sebastião sempre teve suas fases quando era mais jovem ele era bem Travesso gostava de sair de beber mas quando você entrou na na vida dele Achei que ele tinha mudado e de certa forma ele mudou mas homens como ele às vezes carregam coisas que nem a gente consegue entender Márcia sentiu o coração Apertar Mas o que eu faço eu o amo Dona choé e estou com medo de que ele esteja me traindo eu não quero acreditar nisso mas cada dia que passa parece que ele está mais distante Dona choé se
aproximou colocando as mãos sobre os ombros de Márcia como uma mãe faria Eu sei minha filha e eu também Estou preocupada com o comportamento dele mas o que posso te dizer é o seguinte você não tem culpa de nada disso O problema não é você se ele está tomando decisões ruins Isso é uma responsabilidade dele enquanto você estiver aqui será tratada como nossa filha mas você também precisa estar preparada para a verdade mesmo que ela seja dolorosa Márcia sentiu as lágrimas se acumularem em seus olhos mas segurou eu só queria entender o que está acontecendo
tudo parecia tão perfeito mas agora parece que estou perdendo ele Dona choé a abraçou apertado como só uma mãe saberia fazer você é uma mulher forte Márcia e independentemente do que acontecer estamos aqui para te apoiar naquela noite Sebastião chegou tarde mais uma vez Márcia já estava na cama mas os pensamentos não a deixavam dormir quando ouviu a porta se abrir sentiu o coração disparar ela se levantou foi até a sala e o encontrou tirando os sapatos camb and de tanto beber Sebastião podemos conversar perguntou ela com a voz calma mas firme Ele olhou para
ela irritado como se não quisesse lidar com aquilo naquele momento agora não Márcia tô cansado quero dormir ela insistiu não dá mais para ignorar isso você tem saído todas as noites volta tarde e eu não sei mais o que pensar o que está acontecendo com você Sebastião bufou jogando os sapatos no canto eu tô vivendo Márcia você quer que eu fique aqui trancado todo dia eu preciso me divertir um pouco também não é porque você está grávida que eu tenho que parar minha vida As palavras dele soaram como uma facada no coração de Márcia não
se trata de parar a vida Sebastião se trata de respeito você sabe o quanto estou me dedicando o quanto estou me esforçando para que a gente tenha uma vida boa e você você parece estar se distanciando de mim da nossa família Sebastião ficou em silêncio por alguns segundos mas sua expressão endureceu eu não vou ficar preso se você quer viver uma vida assim pacata esse é o seu problema mas eu não vou mudar por ninguém Márcia sentiu as lágrimas queimar emem seus olhos Sebastião eu não estou pedindo para você mudar quem você é eu só
quero que você seja o homem que prometeu ser mas Sebastião não respondeu Ele foi até o quarto e se jogou na cama deixando Márcia ali parada na sala com coração esmagado ela sentiu que algo muito maior estava acontecendo mas não sabia como lidar com aquilo e a dor de ser ignorada de não ser vista começou a sufocá-la dias depois a verdade finalmente veio à tona enquanto estava na feira do bairro comprando legumes Márcia ouviu coxixos de algumas vizinhas você soube Dal Laí parece que ela e Sebastião andam saindo juntos dizem que estão de caso e
ela ela está grávida a ouvir aquilo Márcia sentiu o chão desaparecer sob seus pés ela largou a sacola de compras e correu de volta para casa o coração acelerado a respiração pesada não pode ser verdade ele não faria isso comigo repetia para si mesma como um mantra tentando abafar a dor que crescia dentro dela quando chegou em casa esperou Sebastião voltar dessa vez ela sabia que precisava confrontá-lo não importava o quão doloroso fosse naquela noite quando ele finalmente entrou pela porta ela estava sentada na sala esperando Sebastião percebeu a tensão no ar mas tentou disfarçar
como sempre fazia o que foi agora Márcia vai começar outra discussão ela se levantou as mãos trêmulas É verdade Sebastião você está com alí a expressão dele mudou de imediato ele desviou o olhar passando a mão pelos cabelos nervoso Márcia eu eu não queria que fosse assim mas aconteceu não dá para voltar atrás as palavras dele foram como uma facada no peito Márcia sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto mas não era de tristeza era de desespero você me traiu enquanto eu estava grávida do seu filho como você pode Sebastião Balançou a cabeça como se aquilo
fosse simples Foi um erro Márcia um erro mas Laí também está grávida e eu eu vou ter que ficar com ela o mundo de Márcia desmoronou naquele momento ela caiu de joelhos sentindo o peso da traição esmagá-la tudo o que havia construído tudo o que havia sonhado estava desmoronando diante de seus olhos e agora ela estava sozinha mais uma vez após o devastador choque da traição de Sebastião a vida de Márcia desmoronou ele havia deixado claro que iria embora para ficar com Laí a vizinha com quem ele estava envolvido e que também estava grávida agora
Márcia se via completamente sozinha grávida sem o apoio da família e sem o pai de seu filho seu mundo parecia ter Tornado um pesadelo naquela noite após a revelação de Sebastião Márcia se trancou em seu quarto seu corpo estava exausto e sua Mente Confusa ela mal conseguia acreditar no que estava acontecendo como ela iria criar uma criança sozinha a angústia parecia consumir cada parte de sua alma pela manhã Ainda tentando processar a devastadora notícia Ela ouviu uma batida suave na porta Márcia posso entrar era a voz Gentil de Dona choé que mesmo sem dizer muito
demonstrava profundo cuidado Claro pode entrar Márcia respondeu a voz rouca pelo choro da noite anterior Dona choé entrou com uma bandeja de café e pão fresco ela se sentou na beira da cama e olhou para Márcia com olhos cheios de compaixão Sebastião me contou o que aconteceu e eu nem sei como te consolar minha filha você não merecia isso Márcia segurando as lágrimas que teimavam em cair apenas lançou a cabeça eu não sei o que fazer Dona choé ele foi embora me traiu e agora vou ter que criar esse filho sozinha eu estou apavorada Dona
choé a envolveu em um abraço caloroso minha querida isso não é justo com você mas saiba que por mais difícil que as coisas fiquem você não está sozinha eu e o Alberto estamos aqui para você e para esse bebê Nós vamos te ajudar mesmo com aquelas palavras Confort antes Márcia sabia que em algum momento teria que enfrentar o desafio por conta própria ela não poderia depender dos sogros para sempre Dona choé eu não sei nem como começar a agradecer o que a senhora e o senhor Alberto Fizeram por mim mas eu preciso arranjar um trabalho
não posso ficar aqui sem fazer nada tenho que pensar no meu filho Dona choé a olhou Com ternura e força Você é uma mulher corajosa Márcia e eu sei que apesar de tudo você vai encontrar um caminho mas até lá você pode ficar aqui o tempo que precisar a gente vai cuidar de você e do bebê com coração um pouco mais leve Márcia assentiu sabia que em breve precisaria enfrentar o mundo mas aquelas palavras de acolhimento e o carinho que dona choé Sempre lhe dava eram um bálsamo para a dor que ainda latejava em seu
peito alguns dias se passaram e o bebê de Márcia João nasceu foi um parto difícil mas quando finalmente segurou seu filho nos braços todo o sofrimento pareceu desaparecer por um breve instante o amor que sentiu por aquele pequeno ser era tão grande tão intenso que lhe deu forças para continuar lutando nos dias que se seguiram ao nascimento de João Dona choé foi um apoio indispensável ela cuidava de Márcia e ajudava com o bebê fazendo com que ela tivesse tempo para descansar e se recuperar esse menino é lindo Márcia ele vai te dar forças você vai
ver Quando menos esperar vai estar forte de novo no entanto as preocupações de Márcia cresciam junto com João ela sabia que precisava encontrar uma forma de sustentar o filho Pois os recursos que tinha eram limitados mesmo com o apoio emocional de seus sogros a realidade financeira era dura Sebastião não contribuía e Márcia Sabia que não poderia depender deles para sempre eu preciso trabalhar Dona choé Márcia disse um dia com determinação agora que João nasceu eu preciso dar um jeito de sustentar a gente Dona choé compreensiva sabia que o desejo de Márcia era legítimo eu vou
te ajudar a encontrar algo minha filha conheço uma amiga que está precisando de uma empregada doméstica não é um trabalho fácil mas é honesto Márcia apesar de sentir o peso da realidade aceitou a oferta Sabia que não poderia ser exigente com as opções de emprego naquele momento O importante era garantir que João tivesse o que precisava assim ela começou a trabalhar como empregada doméstica um trabalho que demandava muito esforço físico especialmente para uma jovem mãe todas as manhãs Márcia acordava cedo deixava João aos cuidados de Dona choé e pegava dois ônibus para chegar à casa
onde trabalhava lá limpava cozinhava e fazia o que fosse necessário para garantir o sustento de seu filho os dias eram longos e ativos e muitas vezes ela voltava para casa Exausta com dores no corpo mas com uma pequena sensação de alívio por estar fazendo o que era necessário para sobreviver Como você está se sentindo minha filha Dona choé perguntava vendo o cansaço estampado no rosto de Márcia é difícil mas estou aguentando quando vejo o João tudo vale a pena Márcia respondia enquanto acariciava o rostinho de seu bebê as semanas se passavam e Márcia seguia sua
rotina de trabalho e cuidados com o filho João crescia rápido e cada sorriso dele era uma fonte de força para ela o bebê era o motivo pelo qual Márcia seguia em frente mesmo diante de tantas dificuldades apesar do cansaço Márcia nunca reclamava sabia que sua luta estava apenas começando mas o amor que sentia por João superava qualquer adversidade no fundo o abandono de Sebastião ainda doía mas a responsabilidade que tinha agora era muito maior do que qualquer mágoa que pudesse sentir ela sabia que a vida não seria fácil mas estava disposta a fazer qualquer Sacrifício
pelo filho enquanto os meses passavam Márcia começou a perceber que aos poucos estava conseguindo se reerguer mesmo com o coração partido ela começava a reconstruir sua vida um passo de cada vez João era seu Porto Seguro sua razão de viver e tudo o que ela fazia era por ele apesar das dificuldades Márcia Sabia que não estava mais sozinha tinha o apoio de seus sogros E acima de tudo tinha a si mesma se você chegou até aqui deixe o nome da cidade em que você está e seu nome para que saibamos até onde nossas histórias têm
chegado ela era forte e sabia que por mais difícil que fosse o caminho ela estava pronta para enfrentar o que viesse a vida de Márcia parecia finalmente ter encontrado algum equilíbrio Apesar de todas as dificuldades ela está trabalhando criando seu filho João com amor e mesmo cansada sentia-se grata pelo apoio constante de Dona choé e senr Alberto o lar deles havia se tornado um verdadeiro Refúgio onde ela e o filho se sentiam protegidos E amparados no entanto em um dia aparentemente comum o telefone de Márcia tocou era Sebastião ela hesitou antes de atender as conversas
entre eles sempre eram tensas mas algo no tom de voz dele ao telefone a a deixou ainda mais preocupada Alô disse Márcia sentindo o estômago revirar de ansiedade do outro lado da linha a voz de Sebastião soava estranhamente Abatida Márcia eu tenho péssimas notícias minha mãe a dona choé ela passou mal hoje cedo nós a levamos ao hospital mas ela não resistiu ela faleceu as palavras de Sebastião ecoaram na mente de Márcia como um trovão seu coração acelerou e suas pernas pareceram fraquejar o quê Não não pode ser verdade balbuciou quase sem voz lágrimas começaram
a escorrer por seu rosto sem que ela pudesse contê-las eu sinto muito Márcia sei o quanto você amava minha mãe eu também amava muito ela mas agora agora ela se foi disse Sebastião em um tom de profunda tristeza Márcia não conseguia pensar em nada além da dor sufocante que começava a apertar seu peito Dona choé a mulher que a acolheu que a tratou como uma filha quando sua própria mãe a rejeitou agora estava morta o mundo de Márcia parecia desabar mais uma vez depois de desligar o telefone ela sentou-se no chão chorando copiosamente João ainda
pequeno dormia tranquilo sem ter a menor ideia do que estava acontecendo ao redor enquanto Márcia chorava lembranças dos momentos que passou com Dona choé invadiram sua mente as conversas os conselhos os abraços tudo agora parecia distante e inalcançável poucas horas depois o Telefone Tocou Novamente era uma voz que ela não esperava ouvir seu pai senhor Eurico Márcia minha filha eu soube o que aconteceu Dona choé Foi uma boa mulher e sinto muito pela sua perda Eu também quero quero te pedir perdão por tudo o que te fiz passar a voz de Eurico estava pesada carregada
de arrependimento algo que Márcia jamais esperava ouvir ela ficou em silêncio por alguns instantes tentando processar a súbita mudança no tom de seu pai pai por que você está dizendo isso agora Eurico respirou fundo porque eu percebi que errei passei a vida toda te tratando mal te culpando por coisas que não eram culpa sua eu achava que estava te ensinando a ser forte como eu aprendi na minha família mas eu só te machuquei eu preciso muito que você venha até a minha casa depois do velório quero falar com você o pedido de perdão inesperado do
pai a Pegou de surpresa Márcia sentiu o peso de anos de ressentimento e dor surgirem à tona depois do velório eu irei pai disse ela ainda Processando o choque da morte de dona choé e agora a possibilidade de uma Reconciliação com o pai o velório de Dona choé foi um dos momentos mais dolor que mácia já enfrentou o vazio deixado pela sua morte parecia impossível de ser preenchido o carinho de Senor Alberto e o silêncio pesado de Sebastião tornaram o ambiente ainda mais melancólico Márcia chorou amargamente ao lado do caixão sentindo que havia perdido a
única figura materna verdadeira que teve na vida após o velório Márcia decidiu atender ao pedido de seu pai ela foi até a casa de Eurico ainda emocional mente desgastada ao chegar encontrou o pai sentado na sala com uma expressão que ela não reconhecia parecia mais vulnerável do que jamais o havia visto pai você disse que queria falar comigo começou ela a voz ainda embargada Eurico sem levantar os olhos falou lentamente Márcia eu eu sempre tratei as mulheres da nossa família com dureza como meu pai fez com minha mãe como ele fez com as minhas irmãs
eu achava que era o certo Você já viu como sua tia Clara é forte não é Ela aguentou a vida inteira sempre com a cabeça erguida eu queria que você fosse como ela queria que você fosse forte Márcia olhou para o pai sentindo um misto de tristeza e indignação pai eu entendo que você foi criado assim mas você não percebeu o quanto isso me machucou tratar as mulheres brutalmente não nos faz fortes nos faz sofrer eu sou sua filha e sempre fiz de tudo para te te agradar eu só queria o seu amor minhas memórias
de infância são de ver você jogando bola com meus irmãos na rua enquanto eu ficava trancada do lado de dentro limpando organizando e quando eu queria brincar você me reprimia Eurico baixou a cabeça visivelmente envergonhado eu não sabia o quanto te machucava eu achava que estava te protegendo que meninas não deveriam ficar na rua Márcia o interrompeu a voz firme mas cheia de emoção pai eu só queria pular amarelinha só queria ser uma criança como meus irmãos mas enquanto eles brincavam Eu estava dentro de casa cuidando das coisas tentando fazer de tudo para ser Aceita
isso foi injusto pai eu precisava de carinho precisava do seu apoio as palavras de Márcia penetraram profundamente em Eurico ele levantou a cabeça e pela primeira vez seus olhos estavam marejados eu eu sinto muito minha filha eu errei eu pensei que estava te preparando a vida mas só te afastei de mim Márcia respirou fundo sentindo a mistura de dor e alívio pai eu te amo sempre te amei mas o que você fez comigo me deixou marcas profundas eu não quero que continuemos assim eu quero que a gente se aproxime que possamos trabalhar juntos isso como
pai e filha Eurico com lágrimas nos olhos abriu os braços e Márcia pela primeira vez em muitos anos o abraçou braço foi longo carregado de arrependimento de mágoa mas também de esperança ela sentia que aquele era o início de uma nova fase onde as feridas do passado poderiam finalmente começar a cicatrizar Márcia ainda estava Abraçada ao pai quando ouviu vozes ao fundo José e Leandro seus irmãos haviam chegado eles hesitaram na porta por um momento observando a cena rara de reconciliação entre pai e filha não era comum ver Eurico chorando ou demonstrando sentimentos tão profundos
Quando Márcia se afastou do abraço os irmãos se aproximaram com expressões de remorço em seus rostos José o mais velho tomou a iniciativa Márcia nós precisamos te pedir desculpas por tudo fomos injustos com você e ignoramos o que estava acontecendo mas sabemos que você sofreu muito Leandro que sempre foi mais calado completou nunca nos demos conta de quanto você carregou nas costas soz a gente estava tão focado em nossas próprias vidas Que Deixamos você de lado perdão Márcia olhou para os dois ainda emocionada mas agora com um sentimento de alívio as palavras dos irmãos embora
tardias traziam uma paz que ela não esperava encontrar tão cedo eu também sempre esperei por esse momento vocês sabem eu só queria que fôssemos uma família unida mas eu era sempre a filha indesejada enquanto a emoção pairava no ar o pequeno João filho de Márcia estava sentado no canto da sala imerso em um livro ele com apenas 7 anos já demonstrava uma inteligência incomum para sua idade os tios o observaram por um momento intrigados com sua concentração José se aproximou e sorrindo perguntou o que você está lendo aí João João levantou os olhos do livro
e de maneira madura respondeu estou lendo sobre astronomia sabia que as estrelas que vemos no céu podem já estar mortas a luz delas demora muito tempo para chegar até nós Leandro olhou para José impressionado esse menino é inteligente hein você vai longe João João sorriu timidamente e voltou sua atenção ao livro mas seu pequeno gesto havia tocado os tios mesmo sendo jovem ele já demonstrava uma capacidade incrível de absorver conhecimento uma herança da força e da Inteligência que Márcia lhe transmitia apesar de tudo com o coração ainda cheio de Emoções Márcia voltou o seu olhar
para o pai havia algo que ela precisava dizer algo que guardara por muito tempo pai o que você me disse as palavras que você usou quando eu estava grávida foi a gota d'água foi quando eu decidi fugir Eurico que até então mantinha os olhos baixos levantou o olhar lentamente sentindo o peso do que viria você me disse que eu era uma decepção que eu nunca deveria iia ter nascido e isso pai foi como um golpe eu estava esperando um filho e a única coisa que recebi da minha família foi desprezo foi por isso que eu
fugi para a casa de Dona choé ela me acolheu me deu o amor que eu nunca tive aqui disse Marcia sua voz trêmula com a lembrança Eurico se levantou da cadeira com a expressão pesada de dor eu eu me arrependo tanto minha filha naquela época eu não sabia como lidar com a situação achava que estava fazendo que era certo mas eu estava cego pela forma como fui criado na minha família as Mulheres sempre foram tratadas com rigidez olhe para sua tia Clara tão forte eu achava que estava te preparando para ser como ela Márcia Balançou
a cabeça sentindo a mistura de tristeza e compaixão pai isso não é força Criar uma filha com brutalidade sem amor nos destrói por dentro Eu sou mulher pai eu sou sensível eu sempre fiz de tudo para agradar o senhor Mas eu só queria ser aceita lembro de olhar pela janela e ver o senhor jogando bola com meus irmãos na rua e eu trancada do lado de dentro limpando arrumando eu só queria brincar também Eurico com a voz embargada tentou se justificar meninas não podiam ficar na rua não era assim que eu fui criado Mas isso
foi injusto Márcia interrompeu a emoção transbordando em suas palavras eu só queria pular amarelinha pai eu queria ser uma criança como meus irmãos Mas em vez disso eu cresci achando que meu lugar era na cozinha enquanto os meninos brincavam isso me magoou profundamente eu te amo mas aquilo foi demais para mim o silêncio na sala era absoluto todos pareciam absorver o peso daquelas palavras Eurico pela primeira vez estava enfrentando as consequências de seus atos ele sabia que havia falhado com a filha de repente a porta da sala se abriu e dona Teresa a mãe de
Márcia entrou ela estava visivelmente abalada ouvindo toda a conversa do Corredor Teresa sempre tão calada finalmente decidiu falar eu nunca disse nada porque eu também fui criada assim começou Teresa com a voz fraca mas firme na minha família as mulheres não podiam responder aos homens eu nunca soube como questionar seu pai Márcia na minha cabeça eu estava apenas fazendo o que tinha sido ensinado Mas isso não significa que eu concordava só que eu não sab como ser diferente as palavras de dona Teresa revelaram um lado que Márcia Nunca havia visto sua mãe sempre submissa Nunca
havia se permitido rebelar contra a opressão que viveu agora finalmente ela começava a se libertar das correntes que aprendiam Márcia olhou para a mãe entendendo pela primeira vez que elas eram mais parecidas do que ela imaginava mãe eu entendo o que a senhora passou mas eu não quero que a gente continue assim Nós podemos ser melhores podemos nos libertar dessa tradição de Sofrimento Dona Teresa assentiu com lágrimas nos olhos eu também quero isso minha filha me perdoe por ter sido tão ausente por não ter te defendido o ambiente estava carregado de emoção quando de repente
Eurico começou a tosir violentamente todos se voltaram para ele preocupados Pai o senhor está bem perguntou Márcia ao vê-lo levar a mão ao peito com dificuldade para respirar Eurico ainda ofegante sentou-se de volta na cadeira eu não queria dizer nada mas eu estou doente Márcia tenho algo nos pulmões e os médicos disseram que é sério a notícia caiu como uma bomba sobre Márcia ela olhou para os irmãos para a mãe e todos pareciam igualmente abalados o momento que deveria ser de reconciliação agora trazia outra sombra a fragilidade de Eurico e a incerteza do Futuro o
tempo foi Implacável com Eurico e apesar dos momentos felizes ao lado de sua filha e neto sua condição se deteriorou rapidamente dias antes de sua partida ele mal conseguia falar ofegante e com a tosse profunda que nunca o deixava em paz no entanto até o último momento Eurico se esforçou para estar presente segurando a mão de Márcia e compartilhando um último olhar que sem palavras parecia pedir perdão por tudo quando a notícia de sua morte chegou o impacto foi profundo Márcia já esperada de que o momento chegaria ainda assim sentiu o coração despedaçar aquele homem
que tanto a feriu no passado havia se redimido e ao partir deixou um vazio imenso o velório Foi simples mas repleto de emoção amigos antigos parentes distantes e familiares próximos se reuniram para prestar suas últimas homenagens Márcia estava visivelmente Abatida mas sustentava uma força que ninguém conseguia imaginar ao lado de sua mãe dona Teresa elas se apoiavam mutuamente enfrentando o luto com dignidade Sebastião apareceu de maneira discreta querendo demonstrar seu apoio a Márcia quando chegou João o avistou de longe estava encostado em uma árvore observando a mãe conversar com seu ex-marido João se afastou da
movimentação e ficou observando a cena à distância seus pensamentos começaram a fluir de forma acelerada como um turbilhão de emoções que ele não conseguia controlar ele olhava em volta vendo toda a família reunida e pensava consigo mesmo por que Todos esperam até que alguém morra para se reunir assim por que não fizeram isso enquanto meu avô estava vivo era uma mistura de frustração e tristeza que tomava conta de João ele nunca entendera porque as pessoas se afastavam tanto mesmo quando ainda havia tempo para estar junto mas ao ver seu pai Sebastião algo ainda mais profundo
o perturbava por Meu pai fez o que fez com minha mãe porque ele nos abandonou a imagem de Sebastião conversando com Márcia despertava um misto de raiva e confusão em João ele sabia que tinha um irmão fruto do relacionamento do Pai com outra mulher e isso Sempre lhe causou um incômodo silencioso eu tenho um irmão por aí um filho do meu pai mas eu nem sei quem ele é nem onde está Talvez um dia eu deva encontrá-lo talvez me aproxime dele no futuro pensava João o conflito interno era constante ele se perguntava se esse meio
irmão compartilhava os mesmos ressentimentos e dúvidas por um momento João parou de pensar e focou em uma lembrança seu avô Eurico eu gostava tanto do meu avô minha mãe sempre disse que ele foi ruim com ela quando era criança Mas comigo foi diferente Eurico para João era uma figura de carinho ele deve ter mudado muito como homem eu o amava refletia o jovem enquanto seus olhos se enchiam de Lágrimas uma coisa que João sempre admirou em sua mãe era que apesar de tudo ela nunca tentou colocar rancor ou ódio no coração dele contra o avô
ela nunca me fez ter raiva do vovô nem da vovó mesmo sabendo o quanto ela sofreu nas mãos deles Ela sempre me ensinou a amar esse pensamento fez o jovem João sorrir Em meio às lágrimas mas quando ele olhava para o pai a confusão voltava Sebastião era um mistério para ele minha mãe sempre disse que eu precisava ajudá-lo com os problemas que ele tem com a bebida mas como como posso ajudar alguém que parece tão imaturo Eu não tenho o que conversar com ele parece que estamos em mundos diferentes os pensamentos de João corriam como
um rio desgovernado ele olhava para o caixão de seu avô e tentava lidar com a perda mas também com o caos de sentimentos que dominavam sua mente o que eu faço com tudo isso João se perguntava lá fora enquanto a brisa suave balançava as folhas das Árvores Márcia se aproximava de Sebastião eles trocaram palavras que João não conseguiu ouvir mas ao ver os dois conversando à distância João soube que algo havia mudado dentro dele havia uma decisão a ser tomada algo sobre o futuro e apesar de não ter todas as respostas ele sabia que estava
começando a enxergar com mais clareza o caminho que deveria a seguir enquanto a tarde avançava e o céu se tingia de laranja João refletia sobre a vida sobre as emoções diárias que sua mãe sempre enfrentou sobre as histórias emocionantes que ela viveu e sobre como essas experiências moldaram não apenas quem ela era mas quem ele estava se tornando ele sabia que dali em diante muitas coisas iriam mudar e assim com o coração pesado João decidiu que um dia ele encontraria seu irmão um dia ele entenderia melhor o pai mas por enquanto ele apenas observava a
família se reunir uma última vez ao redor do homem que apesar de seus erros deixou um legado de amor redescoberto se você está acompanhando essa história emocionante e se conectando com as lutas e vitórias de Márcia e sua família deixe seu comentário com as palavras emoção diária queremos saber como essa narrativa tocou você e de onde está nos assistindo sua participa é muito importante e ajuda a mantermos essas histórias vivas compartilhe Suas Emoções conosco a situação de dona Teresa começou a apertar de maneira Implacável as contas da casa estavam atrasadas e apesar de toda a
luta seus filhos mais velhos José e Leandro não conseguiam ajudar financeiramente naquele momento uma reunião de família foi organizada na casa de Márcia para discutir o que fazer na sala de estar Márcia seus irmãos e as esposas deles estavam sentados com rostos tensos e preocupados João estava presente mas à distância sentado com fones de ouvido aparentemente alheio à conversa no entanto ao perceber o Tom sério da discussão ele discretamente desligou a música e começou a prestar atenção eu não vejo outra solução disse José o mais velho a mamãe vai ter que sair da casa A
situação está insustentável Márcia visivelmente surpresa interrompeu mas como assim a casa não é dela sempre achei que ela tivesse o direito de ficar lá José suspirou nervoso não Márcia aquela casa foi emprestada um amigo do pai o Senor Zé deixou a gente morar lá mas agora ele se foi e os filhos dele querem a casa de volta a situação é complicada Márcia ficou perplexa eu eu não sabia disso por que nunca me contaram Leandro tentando acalmar a irmã respondeu você estava morando com a dona choé naquela época e a a gente não tinha muito contato
quando ficamos sabendo você já estava há um ano sem falar com o papai o clima estava carregado as esposas de José e Leandro estavam visivelmente desconfortáveis não podemos trazer Dona Teresa para nossa casa disse uma delas cortante Nós temos nossas próprias contas nossos filhos não cabe mais ninguém João que até então estava calado fechou o laptop lentamente e se levantou sem que ninguém percebesse ele saiu de casa em silêncio sentindo uma pressão no peito a ideia de sua avó ser despejada mexia com ele de uma forma que não conseguia explicar ela pode não ter sido
a melhor mãe para a minha mãe mas é a minha avó e Família é família pensava ele sem fazer alarde ele dirigiu até a casa de Dona Teresa ao chegar encontrou-a sentada na sala Abatida com os olhos baixos e o semblante de alguém que carregava o peso do mundo nas costas quando ela ou viu um um leve sorriso forçado tentou se formar mas logo se desfez vó estou sabendo de tudo vem comigo vamos dar uma volta disse João sem dar muito espaço para recusas Dona Teresa surpresa hesitou Ah meu neto Eu não sei o que
fazer estou sem chão vou perder a casa essa casa tem tantas memórias João com a calma que só alguém com um plano pode ter respondeu vó As Memórias ficam cravadas no nosso peito elas não dependem de uma casa AG entra no carro por favor com os olhos marejados Dona Teresa entrou no carro mesmo sem saber ao certo para onde estavam indo a onde você está me levando João perguntou ela com a voz tremida vou te levar a um lugar especial vó disse ele com um sorriso que tentava esconder a ansiedade algum tempo depois eles chegaram
à Caixa Econômica Federal ao sair do carro Dona Teresa arregalou os olhos o que estamos fazendo aqui João não faz sentido vamos dar entrada em um apartamento para a senhora respondeu Ele de maneira firme mas com um toque de carinho não meu neto Eu não posso aceitar isso você está juntando dinheiro para comprar sua própria casa com sua mãe eu não sou digna de um presente assim foi uma péssima mãe para a sua mãe como posso aceitar João com a mesma calma sorriu e brincou vó vou ter que faltar com respeito com a senhora agora
fica quietinha entra comigo a senhora fez o que pôde e o passado é o passado todo mundo erra vó e eu vou ajudar minha mãe depois mas agora é a vez da senhora dona Teresa emocionada enxugou as lágrimas e disse só com uma condição João quero que quando eu partir esse apartamento fique para a sua mãe ela merece Trato Feito Vó agora vem vamos resolver isso logo entrando na agência João explicou a situação para o gerente Sr Osmar Herculano que Us atendeu com muita simpatia olha João podemos dar entrada no apartamento sim a senhora dona
Teresa pode aproveitar o subsídio do governo as parcelas ficarão em torno de r$ 800 por mês a alegria brotou no rosto de dona Teresa que agora enxergava uma saída para o seu problema o sorriso tímido que escapou de seus lábios foi de Puro alívio depois de resolverem tudo João levou a avó de volta para casa ambos em silêncio mas um silêncio confortável no dia seguinte ao chegar em casa ele decidiu contar tudo para sua mãe mãe fiz uma coisa usei o dinheiro que eu estava juntando Márcia surpresa o encarou Como assim João todo o seu
dinheiro o que você fez comprei um apartamento para avó Márcia ficou em choque você fez o que João meu Deus você estava juntando para a gente como você faz isso João tranquilo respondeu mãe eu sei que era pra gente mas avó precisa agora e sabe o que mais o que eu fiz foi nobre não era minha responsabilidade mas eu ajudei quem não podia me dar nada em troca Isso é o que o coração manda fazer Márcia emocionada olhou para o filho com novos olhos filho eu te admiro mais a cada dia você ajudou sua vó
sem pensar em você mesmo isso é raro ele sorriu e respondeu Eu só segui os exemplos que eu tive mãe sempre ouvi você falar da dona choé de como ela era Generosa eu aprendi com ela també bem Márcia o abraçou com força você me surpreende João eu sabia que você era bom mas isso isso é demais eu só faço o que acho certo respondeu João no dia seguinte João ligou para Sebastião seu pai e disse pai quero almoçar com você também quero conhecer meu irmão melhor Márcia assustada perguntou quem é você João um anjo Ele
riu anjo não mãe eu sou cheio de defeitos já briguei na escola já te respondi mas eu aprendi que família vem em primeiro lugar Márcia sorriu emocionada você é mais do que eu poderia pedir meu filho a luz suave do fim de tarde entrava pela janela do novo apartamento de dona Teresa iluminando o ambiente simples mas cheio de vida a família estava reunida celebrando o novo começo João o neto mais velho estava sentado ao lado da avó enquanto seus tios conversavam animadamente na cozinha as risadas das Crianças ecoavam pelo pelo corredor criando um clima de
alegria misturado à nostalgia Márcia observava tudo de longe com um sorriso leve no rosto ela via seus irmãos conversando em harmonia os netos correndo de um lado para o outro e sua mãe dona Teresa mais feliz do que nunca a mudança era visível em todos ali uma sensação de paz que antes parecia impossível você realmente conseguiu João disse Dona Teresa olhando para o neto com os olhos marejados nem sei como te agradecer por tudo isso você foi a nossa luz nesse momento difícil João com a humildade que já era sua marca apenas sorriu vó eu
só fiz o que tinha que ser feito e o mais importante é que estamos todos juntos agora José o tio mais velho se aproximou com uma xícara de café sabe João Eu nunca imaginei que tudo isso fosse acontecer a vida dá umas voltas estranhas né mas estou orgulhoso de ver como você tomou as rédeas das coisas é verdade completou Leandro rindo você é o mais novo mas está mostrando como é que se faz Márcia olhou para os irmãos e com lágrimas nos olhos disse eu só tenho a agradecer João me enche de orgulho todos os
dias e ver a nossa mãe aqui feliz me faz acreditar que todos os sacrifícios valeram a pena Dona Teresa emocionada enxugou uma lágrima que caía discretamente nunca imag que viveria para ver um momento como este Mas o que eu mais agradeço é por ter todos vocês comigo As Memórias dessa família são o meu maior tesouro João brincando levantou a xícara de café Então a partir de agora nada de problemas só alegria nesse apartamento combinado todos riram e por um instante a sensação de União encheu o ambiente de uma forma que nenhum deles poderia imaginar que
fosse possível depois de tantos anos de enquanto a conversa fluía Márcia se levantou e caminhou até a janela sentindo o vento fresco bater em seu rosto pensava em tudo o que viveram até ali em como a família havia se reerguido depois de tantas dificuldades as emoções diárias que agora sentia eram diferentes eram de felicidade por ter sua família reunida de saudades da sogra Dona choé Mas também de esperança no futuro e assim todos se acomodaram no novo capítulo de suas vidas sabendo que ainda havia muito mais pela frente e por falar emem histórias emocionantes Que
tal continuar essa jornada com a gente temos mais histórias incríveis para você se emocionar e se inspirar não se esqueça de deixar nos comentários sua opinião caso você tenha gostado da nossa narrativa assista ao próximo vídeo recomendado na tela final e continue acompanhando nossas histórias repletas de emoção superação e momentos inesquecíveis vamos juntos i
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