CARTOGRAFIAS SOCIAIS - parte 2 - entrevista com Henri Acselrad do ETTERN/ IPPUR/UFRJ

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COEP Brasil
Entrevista com o professor Henri Acselrad que fala sobre os usos da cartografia social no Brasil.
Video Transcript:
E aí as formas de representação tradicionais de povos e comunidades isso é ancestral de toda cultura tem uma dimensão da sua visualidade da sua representação no plano visual Então até hoje você tem formas de representação de grupos indígenas que se dão é através da dança através do Artesanato que são formas de expressão da sua cosmovisão de representação dos seus mundos né agora a representação um plano numa lógica cartesiana né é com todo um Arsenal construído pelas ciências acidentário isso implica de fato numa formação né eles não na escola ou na faculdade de geografia você entra
em contato com essa cartografia ocidental que representa um modo de ver próprio né do mundo ocidental então para participar e esses embarques dessas disputas territoriais que torna-se também disputas cartográficas É necessário uma formação nesse modo de representar E aí as tecnologias da informática tornar muito mais fácil esse acesso através do GPS tal a formação ele é mais sim então Aqueles grupos que tem sim dedicado à construção de seus próprios mapas eles costuma solicitar uma formação rápida de técnicos que estão é envolvido num projeto de facilitação né do acesso Essas tecnologias e nesse momento conexão apropriam
sejam grupos indígenas quilombolas e Setembro estão sendo formado na cartografia para o fim de auto-representação Comunitária né e a partir daí eles têm um controle político sobre o processo mas tem que haver essa apropriação de uma tecnologia que não lhe é própria a fazer o uso de Las a luz das suas próprias estratégias então uma discussão com grupos indígenas da Colômbia por exemplo e diziam para mim não nós sabemos que ser um modo de representar o mundo que não é o nosso esse a gente começa a fazer esse tipo de apresentação Pode ser que isso
acaba comprometendo as nossas formas tradicionais de representação mas aí dizem eles Assim como nós aprendemos a linguagem dos brancos para poder negociar e defender nossos direitos cabe também a gente aprender essa linguagem cartográfica acontecendo nosso território mas garantiram que nós continuamos a reproduzir a nossa cultura própria em todos os planos um inclusive da representação dos Patos MA se você tem uma historicidade própria do caso Brasileiro né esse projeto da Guerra dos mapas se deu ao longo da estrada de ferro a gente fala de ficar o cara é joias na época do projeto 200 Carajás onde
as comunidades começaram a representar os impactos que esses projetos mineração e achar de ferro causavam na sua vida em função de uma de um estímulo que as organizações sociais da Alemanha tinham de queria saber em que medida do minério que eles compravam né Tava afetando as condições de vida das Comunidades pobres selecionar no Brasil Então hoje nas peças de estimular nós queremos que vocês se Organize para nos dar essa informação e ali naquelas condições e esses movimentos e suas assessorias que fizeram esse tipo de projeto não cabe a gente experimentar fazer a nossa própria representação
vai ser a ocasião que ele vai aprender a utilizar a manejar esse recurso e o e a nossa cartografia a cartografia da da gente mineradores né A partir dali isso foi sendo que seminário como exemplo como na experiências interessantes e muita coisa foi sendo feita a luz dessas pendências tem uma experiência propriamente na Perspectiva ambientalista que é feito numa reserva Amazônia onde se tentou em incorporar As populações com seu saber tradicional para ajudar na organização do plano de manejo Civic aí já não é a mesma coisa porque o plano de manejo quem vai fazer não
são as próprias comunidades elas vão acabar tendo que se subordinar a uma lógica ambientalista que não é a lógica da sua das suas práticas espaciais de tradicionais e você tem todo uma cartografia terminar indígena que passa a falar de gestão territorial das áreas indígenas de terminar fechar aqui ou de um manejo de e na como como agentes ambientais que não é propriamente O projeto político das Comunidades indígenas né é fruto de uma forma mais nos pragmática diz assim é melhor para a sua proteção que eles sejam formado nessas técnicas para poder controlar ambientalmente os seus
territórios mas não é um projeto que nasce da própria comunidade então aí hoje você tem uma infinidade de perspectivas né inclusive chegando na área urbana A tendências você falava um tratamento plano diretor participativo então alguns não dessa ideia e quem sabe como desenvolver as comunidades urbanas para produzir a sua cartografia para dar nesse essa dimensão territorial ao planejamento participativo então aí muita coisa acontece agora eu acho que nessa perspectiva de auto-organização e é de solicitação de que algum apoio técnico venha a um projeto que é de controle político das próprias comunidades Eu acho que isso
tem acontecido a partir de de informação que circula nos próprio movimento é mais demanda que vai se acumulando e esses grupos vão essas acesso liase vão atendendo na medida do possível né É E são realidades muito também variados Né desde você fazer um mapear uma área que passou depressão né da dos livros e dos madeireiros até então tem uma das muito clara e delimitada para definir onde vêm as ameaças até experiências muito originais com uma das quebradeiras de babaçu que vão mapear a sua territorialidade que é uma relação do espaço tempo muito peculiar de é
mais organizadas que reivindica o direito de adentrar à propriedade privada onde a concentrações de de babaçu ao para a escolher os Babaçu E aí fazer a sua alta produção e Central mas isso implica em que o proprietário Privado não corte essas árvores nem quem essas árvores para botar pasto e que elas tenham o direito reconhecido de entrar na faculdade vai ser levar bala sem ser ameaçada pelos capangas do da grande propriedade então isso já levou uma cartografia muito específica de mapeamento desses pastores dentro de propriedade privada para que isso sirva para retificação de leite muito
específicas de usar foram votados em alguns municípios né A Lei do Babaçu livre que faz com que o Caio vai prestar não possa impedir a entrada dessas mulheres nessas águas certos os meses do ano para que elas façam uso dessa desse corpo então tem uma variedade de formas de uso de lutas diversificadas que estão recorrendo a essas instrumento e os grupos étnicos que tem a sua visibilidade dos considerada na cidade e que fazem o mapeamento da sua existência social urbana por exemplo mercados indígenas em Belém Manaus grupos indígenas que tem mais extenso Urbana muito particular
que às vezes também vão e voltam né do campo para cidade e que começaram a registar a sua presença na cidade como forma de proteger né das agressões que frequentemente sofrem com discriminação e certo né então acho que tem uma série de ter uma dimensão simbólica também né o acabou de ser feito um mapeamento dos povos de terreiro no Rio de Janeiro com mais de 60 600 pontos né que tem um significado simbólico para as comunidades negras afro-religiosas e que vão registrar né como uma forma também de proteção de mostrar que e definam vazio mesmo
no campo simbólico minha preencher esse vazio de direitos não é um amplo leque de diz formas de expressão da da presença de sujeito já organizados na cidade e e ele sendo apropriado dos e politicamente ele vai ter também essa expressão é sensorial estética está totalmente condicionada à respectiva do próprio grupo então para começar a Ju legendas né que são inventadas Isso faz parte de uma dinâmica de automatização é ocasião do das Comunidades se reunirem de transmissão oral de tradições de histórias dos mais velhos para os mais jovens Então são todo mundo a oportunidade de auto-organização
e a produção da legenda é um momento particular dessa que como é que a gente vai representar isso aquilo tal ponto sagrado assim assado então você tem forma de representação que são muito singular di e ele é muito interessante não é um seminário ou de uma uma dinheiro a católica ele tem que me são formados nessa visão positivista que o mapa tem que ser absolutamente Unificado uma linguagem muito própria e ela já desperdiço esperta ruim interesse em discutir e esse dialogava com essa dinâmica mais plural né da católica social num certo momento ela falou acho
muito interessante agora temos que unificar as legendas precisamos comunicação possível ela tinha feito essa demanda de uma de uma articulação de uma organização que não é propriamente o caso né porque enquanto a auto-expressão de uma dinâmica de organização própria de sujeito próprio irmão que exprime a sua maneira né eu me lembro de uma de uma apresentação de um e é de uma liderança indígena acho que a raposa Serra do sol que tava discutindo em Brasília aí no e voltavam para discutir qual era a área né da ia ser protegida e ele chegou a Brasília assim
de manhã cedo uma reunião com um de ter colocar as esferas do estado e aí alguém disse para o cacique Olha nós vamos reunir agora discutir em cima dos nossos lá tem que ser os mapas mais recentes com as tecnologias mais desenvolvidas aí o cacique tirou assim do bolso de trás você mora aqui é o mapa mais recente de Cacique escapar de fazer isso ontem de madrugada né e mostrou lá o seu mapa para se confrontar o mapa ilustrativo eu acho que foi experiência diversidade da vida urbana que é próprio né do do espaço da
cidade o caso dos quilombos urbanos vez eu mais esse a transição entre o quilombo Rural que o amor é mais ordem né a experiência de carro no caso de Janeiro a culpa você tem teses feitas em cima dos dois casos de que vamos o plano para discussão com um processo de auto cartografar o quilombo no caso do Sacopã agora isso poderia se estender para o conjunto das formas de apropriação nenhuma cartografia afetiva da memória da cidade agora essas continuar cartografia da luta contra a ditadura né é uma uma diversidade possibilidade de você transformar o espaço
ver nos próximos expressão visual para atingir debate de afirmação de direitos de construção de futuro e Ted comunidade com dizer algo comum e algo em comum não está dados entrar você Deputado construído E aí
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