e é com a tropicália aquele participa de um dos momentos mais críticos e criativos da cultura brasileira olá meus amores o vídeo de hoje é sobre hélio oiticica e eu decidi seguir um caminho cronológico porque eu achei maravilhoso como os trabalhos eles vão se transformando ligados um no outro mas seguindo em uma direção assim eu fiquei muito inspirada eu também acho que vocês vão amar mas antes das obras do hélio oiticica em se eu queria aceitar algumas inspirações que ele teve algumas influências porque eu acho que faz muito sentido quando a gente contextualiza a obra
dele hélio oiticica por exemplo gostava do cubismo uma leve mondrian kandinsky e o movimento neoconcreto com as teorias do ferreira gullar e as obras da lígia clark com os espaços modulados caso nos bichos muito bem e com essas referências em mente ao passar pelos meta esquemas meta esquema são uma série de guache sobre cartão feitos entre 57 e 58 não é pintura nem desenho a cor transcende a estrutura as formas dançam no espaço e vão tomando fôlego para extrapolar a tela em direção ao mundo real dos metaesquemas ele passa para as invenções que são pinturas
monocromáticas a cor e impõe a sua vontade sobre o fundo e o suporte e daí não tem outro caminho senão soltar essa cor para o espaço vem então os bilaterais e relevos espaciais que são estruturas espaciais suspensas por fios presos no teto o espectador é obrigado a caminhar em torno das placas precisa despertar e participar essa participação do espectador a vivência da cor avança nos núcleos e penetráveis o núcleo são como labirintos com cor em todos os lados que o espectador caminha e cria cabines com a movimentação das placas ação é imprescindível nos penetráveis a
pintura desce até o chão a cor ganha corpo e o espectador vive a cor como seu próprio corpo e esse é o primeiro momento que eu olho para trás em tudo que ele criou até agora e vejo nitidamente esse caminho maravilhoso que chega nos penetráveis o hélio oiticica recria a espaços reais experiências mágicas que acontecem não só na mente do espectador como na pintura mais com corpo e são experiências coletivas ao ar livre são lugares de brincadeira de invenção muito bem mais um respiro porque dos penetráveis a gente caminha para uma segunda fase da obra
do oiticica que é sensorial os bólides os sacos latas bacias com materiais como areia terra carvão água conchas trituradas rio o espectador pode mexer e que trazem uma experiência radical de cor e textura eu vou ler o que oito fica fala sobre o bode de vidro é uma homenagem a londrian porque eu uso as três cores primárias mais de uma maneira totalmente diferente de mondrian isto é amarelo azul e vermelho na realidade a água é amarela a tela azul você pode manipular por cima do vidro com água amarela ela na realidade tem assim uma monumentalidade
horizontal vertical e ela mesmo tempo não horizontal e vertical o que é muito mondrian nesco lembra que eu citei o mondrian lá no começo das influências no parangolé as cores envolvem o corpo e através dos movimentos e da dança a cor resplandece no espaço você veste a obra e o corpo passa a fazer parte é uma coisa não se separa mas da outra as capas elas são extensões do corpo mais do que objetos de vestir o parangolé a descoberta do corpo e da dança e início de uma experiência social definitiva antes de mais nada é
preciso esclarecer que o meu interesse pela dança pelo ritmo no meu caso particular o samba me veio de uma necessidade de desintelectualização de desnutrição e intelectual da necessidade de uma livre expressão já que me via ameaçado na minha expressão de uma excessiva a intelectualização com estes fica viveu na mangueira foi passista da estação primeira e escolheu o morro como local de muitas das suas manifestações ele se apropria do cotidiano do morro arquitetura a relação social a experiência comunitária o ritmo de vida vi na experiência da marginalidade surgiu o inconformismo social na arquitetura da favela por
exemplo está implícito um caráter do parangolé em qual a organicidade estrutural entre os elementos que o constituem e a circulação interna e o desmembramento externo dessas construções não há passagens bruscas do quarto para a sala ou a cozinha mas o essencial que define cada parte que se liga na outra em continuidade o parangolé funda a antiarte ambiental do oiticica o artista não é mais um criador de objetos para contemplação mais um motivador para a criação parangolé poético são vivências subjetivas individuais parangolé social é uma homenagem aos nossos mitos populares e sobretudo protesto são capas e
bandeiras com frases como estou possuído cuidado com o tigre seja marginal seja herói liberdade estamos com fome parangolé lúdico é a sala de sinuca e o parangolé coletivos são as manifestações de rua no rio de janeiro ampliação da consciência a liberação da fantasia a renovação da sensibilidade o que propõem os ambientes do et sica ele tira o público das galerias e dos museus e propõe operações nas ruas nos morros nos parques ele busca na manifestação da imaginação coletiva são manifestações ambientais a tropicália apocalipopótese éden tropykália é um labirinto feito de dois penetráveis plantas areias araras
poemas objeto capas de parangolé aparelho de tv é uma cena que mistura o tropical e o tecnológico com experiências visuais táteis sonoras o ambiente criado era obviamente tropical como que não fundo de chácara e o mais importante havia a sensação de que se estaria de novo pisando a terra esta sensação sentia é o anteriormente ao caminhar pelos morros pela favela e mesmo o percurso de entrar sair dobrar pelas quebradas da tropicália lembra muito as caminhadas pelo morro é com a tropicália aquele participa de um dos momentos mais críticos os criativos da cultura brasileira o movimento
tropicalista da música vai buscar o seu nome em oiticica e ele segue experimentando nas proposições super sensoriais que pretendem abrir o espectador para ele mesmo o creu a ser que é o lazer criador se apresenta em trabalhos como o éden e os minions que eram uma espécie de beliche e parangolé estendido para um contexto arquitetônico o mundo abrigo o esse fica não se considera um artista conceitual porque as suas proposições visão uma transformação concreta o experimental é um exercício pleno da liberdade esse estado de invenção ele se muda então para nova york e fica lá
por sete anos onde ele estuda cinema fotografia som quem já foi a inhosting deve ter visitado a galeria cosmococa com as suas projeções e músicas e a piscina e as redes em 1988 ele volta para o brasil com as suas maquetes de medic square que seria o e nessa coletiva em espaço público faz seus exercícios de delírios ambulatórios na rua augusta em são paulo vestido de sunga óculos de mergulhador e peruca esse é o último acontecimento era um morro da mangueira em 1981 esquenta para o carnaval oito fica morre em março de 1980 aos 42
anos e deixa a gente muito curioso para saber o que viria na sequência de tudo isso chegou ficar emocionada esse livro aqui é um mergulho na obra do oiticica para quem quiser se aprofundar mais e pesquisar fica aqui a minha dica eu achei uma leitura maravilhosa que bom e digam aqui nos comentários que outros artistas brasileiros vocês tem vontade de falar sobre acho que a última artista brasileira que eu falei foi a rosana paulino eu vou deixar o vídeo dela aqui tem lígia claro que ele já fato também aqui no canal e tudo bem então
é isso a gente vai se falando um beijo meus amores