incluir e educar é o desafio dessa proposta do Plano Nacional de Educação e para conversar com a gente sobre o assunto estão aqui no estúdio erenice Carvalho da Federação Nacional das apaz e Macaé Evaristo que é secretária de diversidade e inclusão do Ministério da Educação Boa noite às duas muito obrigada eu falei aí que é incluir e educar Vamos começar com você Berenice como é que a gente consegue alcançar esse desafio dentro de tudo isso aí que a gente viu na matéria de tantos desafios inu de incluir educar ou você de incluir educar dentro dessa
proposta de ensino regular e ensino especial como é que a gente consegue equilibrar essa proposta do MEC com a proposta que a gente tem hoje da pai uhum muito bem a ideia da educação é de ampliar né E não uma ideia de de restringir então o fato de nós estarmos pensando educação regular e educação especial como dois dois duas coisas paralelas dois sistemas Paralelos já é um modo de restringir nós temos no no Brasil legalmente a possibilidade de um sistema misto onde você tenha mais alternativas de atendimento né de educação seja na escola comum nós
não gostamos de usar escola regular porque a escola especial ela é regular também ela é prevista na lei diretriz de base da educação então é preferível que a gente fale escola comum e escola especial né E a escola especial ela quando você pensa em escola especial você imagina o aluno na verdade a escola esp não é porque o aluno é especial ela é especializada no aluno que ela vai atender essa é a ideia de especial que tem na escola e nós entendemos que vários alunos precisam exatamente de uma escola que entenda da educação que ele
precisa então no seu ponto de vista teria que continuar do sistema misto né e a educação a a inclusão plena ela é uma discussão internacional não é só aqui no Brasil Macaé queria ouvir a sua opinião o que nós estamos discutindo é proposição de meta 4 do Plano Nacional de Educação a meta 4 trabalha com uma ideia de universalização do atendimento educacional para todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos em escolas comuns não é eh Independente se esse estudante tenha deficiência ou não tenha deficiência todo mundo na mesma sala de aula na
verdade o que que é importante é que o Brasil tá trabalhando pra construção de um sistema educacional inclusivo esse sistema eh inclui a matrícula do Estudante na escola comum e uma dupla matrícula ou seja uma segunda matrícula para o estudante com deficiência para o estudante com transtornos globais do desenvolvimento eh em atendimento educacional especializado né então eu acho que essa ideia e esse conceito eh a gente avança na medida em que a gente pensa que o Brasil inteiro também para todos os outros estudantes nós caminhamos para uma perspectiva de atendimento integral de uma educação integral
então Nós pensamos não só na ampliação do tempo mas também Da ampliação de atividades educativas para todos os estudantes eu acho que é desejável que a gente pense para uma para um Horizonte né dos próximos 10 anos que a gente consiga avançar na garantia do direito então na nossa visão a nossa proposta ela expande a garantia do direito o país precisa se preparar para garantir o atendimento para todos osent garantia do direito aí a gente tem alguns entraves que a branice pode comentar que seriam primeiro essa escola pública regular como a gente chama ela estaria
preparada para receber esse aluno e a outra questão é a preparação também dos próprios professores né Nós temos a expertise já da pai como é que seria isso como é que a gente primeiro falea você Macaé desses entravas depois a Berenice eh bom primeiro eu queria destacar que nós já temos muitos anos de investimento numa visão de construção de um sistema educacional inclusivo né Eh nós avançamos do ponto de vista das matrículas se a gente pensar nós tínhamos eh em 2008 300.000 alunos com deficiência matriculados nas escolas brasileiras hoje nós temos 820.000 nós temos hoje
mais de 25.000 jovens com deficiência que estão na educação superior como que isso tem sido feito com investimento na formação de professores e o Ministério da Educação tem feito um investimento na formação de professores com cursos de aperfeiçoamento com cursos de especialização com a inserção de disciplinas eh no currículo das licenciaturas como por exemplo disciplina de libras com cursos específicos como pedagogia bilíngue Então tem um investimento importante na formação de professores já daria essa garan de um prepar um outro investimento é na Constituição vou dizer da acessibilidade da acessibilidade tônica dos prédios escolares na garantia
de salas de recurso multifuncional que trabalha com com disponibilização de materiais didáticos tô dizendo que esse processo vem sendo construído não é e nós estamos discutindo aqui uma meta para 10 anos então assim nós não podemos pensar uma meta para 10 anos olhando para trás eu acho que a gente sempre tem que pôr como Horizonte um esforço de fazer muito mais do que a gente já fez a nossa posição é que a meta impositiva e restritiva ela ela nós estamos lidando com diversidade então se nós temos diversidade nós temos que ter pluralismo de possibilidades então
nós começamos por aí o o fato do do do governo estabelecer uma meta não quer dizer que ela seja apropriada ela tem que ser discutida e eu acho que o momento é o momento dessa discussão né Nós Eu particularmente achamos que que você ter um um aluno que tem um atendimento chamado comum e um horário e no contraturno ele tem uma complementação de Educação Especial é uma cisão o aluno que vai estar na classe comum e o aluno que vai estar no atendimento complementar é o mesmo aluno Educação Especial tá restrita a um espaço e
ao tempo e na verdade educação especial é essa concepção do que o aluno precisa para ele aprender esse esse modelo do MEC por exemplo para mim não é funcional para mim ele não vai levar a lugar nenhum entendeu então se você fala em preparação eu já começaria e questionando o próprio desenho que não que não foi você quem construiu foi o país quem construiu e ele precisaria ter sido construído com mais compartilhamento ouvindo inclusive os interessados os alunos um minuto para cada uma pra gente encerrar dentro desse contexto a gente tem duas questões generalizar os
alunos eu queria ouvir a opinião de vocês porque cada um tem uma necessidade cada um tem a algo que precisa ser trabalhado de forma diferenciada Além disso dentro do que a gente apurou eles sofrem bullying e dentro dessa integração como é que a gente evitaria esse processo Berenice por favor depois você macai pra gente encerrar erenice desculpa primeiro eu primeiro você pois então eh eh o bullying ele tá muito associado a preconceito nós temos uma pesquisa feita na Universidade de São Paulo muito recente acho que 2010 que revelou um índice muito alto de preconceito em
relação a Negro em relação a a professores idosos em relação a pessoas com deficiência e o índice maior de preconceito foi exatamente em relação à pessoa com deficiência então quando Nós pensamos em tomar medidas exclusivas exclusivistas em relação ao que se fazer dentro de educação e dentro de escola sem considerar coisas que vão que estão acontecendo e que são necessárias nós não estamos falando de política só nós não estamos falando só de estatística nós estamos falando de Educação de ensino então nós estamos achando que a meta ela é impositiva É nesse sentido sabe porque ela
aponta para um lado só e nós estamos pensando numa dimensionalidade muito Grand M Macaia que o nosso tempo tá acabando por favor Bom eu acho que é importante destacar que essa ela foi construída também fruto de um amplo debate que veio da última conferência nacional de educação e esse ponto ele foi muito discutido em conferências municipais estaduais e na conferência nacional né E essa Perspectiva da construção do sistema inclusivo foi a vamos dizer a perspectiva eh consensuada na conferência nacional de educação e quanto a questão do bullying e aí do preconceito e da eu acho
que eh quanto mais nós separarmos nós distinguirmos nós não trabalhamos para romper com os estigmas e com os preconceitos a falta de conhecimento para mim ela é a mãe do preconceito então e a inclusão de crianças e aí eu posso dizer eu fui Secretária de Educação de município as crianças não tem preconceito o preconceito ele é uma construção social e muitas vezes quem ajuda na construção do preconceito é o adulto Então eu acho que nós precisamos avançar nessa perspectiva primeiro eu acho que de tratar quando nós estamos pensando nas eh de pessoas com deficiência nós
estamos falando de diferentes deficiências como você enfatizou e cada uma tem abordagens diferenciadas mas é preciso avançarmos uma perspectiva de inclusão de dar tratamento a essas diferenças e construir uma rede que tem escolas comuns e que tem uma ação complementar de outras instituições Obrigada erenice Carvalho da Federação Nacional das apaz maca var secretário de educação continuada do MEC muito obrigada pela participação das duas iG