O dia começa cedo na central de abastecimento de Curitiba, no Paraná. São toneladas de frutas e legumes de todo tipo. Mas boa parte dessa abundância vai pro lixo, levando o Brasil ao topo mundial do desperdício de alimentos.
Anualmente, são perdidas cerca de 27 milhões de toneladas de comida no país. Nos supermercados, o desperdício também gera um prejuízo de cerca de 8 bilhões de reais por ano. Esta rede, especializada em hortifruti, busca um novo caminho.
. . A perda era uma situação recorrente e era uma soma de fatores: de logística, que é o nosso box no Ceasa; do pedido de compra, que é o entender esta demanda, e também na operação do dia a dia aqui na loja.
Então, elencar estes três elementos para que a gente consiga desenvolver um trabalho, usando tecnologia, usando software e o algoritmo que a gente consegue controlar pedido, demanda, oferta e sazonalidade foi fundamental para que a gente possa vencer este desafio que é diminuir as nossas perdas e aumentar nossa rentabilidade e maximizar o nosso lucro. Esse software foi desenvolvido pela start-up Fresco Labs. Conectado ao banco de dados do supermercado, gera a compra de alimentos frescos, reduzindo o desperdício em até 70%.
O desperdício de alimentos é um problema global de mais de um trilhão de dólares. Então, o que está acontecendo hoje em dia dentro dos supermercados é que os supermercados estão se baseando em intuição do comprador, a experiência dele. Alguns cálculos manuais para tomar uma das decisões mais importantes das lojas: é a compra.
Nossa solução oferece uma maneira de ajudar o comprador, falando para ele, recomendando quanto e quando comprar, de cada item que ele tem na loja. Desperdício é sinônimo de resíduos. E toda esta biomassa precisa de um destino.
No entanto, Curitiba, uma cidade pioneira em reciclagem, trata pouco deste tema. Hoje em dia, todo lixo que não é considerado reciclável é levado para aterros. Apesar de toda tecnologia aplicada na sua contenção, isso gera grandes feridas em nossa sociedade.
Reduzir o descarte é um desafio também para empreendedores que lidam com grandes quantidades de alimentos. Neste restaurante, a proposta é reinventar a gastronomia, diz o chefe de cozinha, Felipe Cavalcanti. Nessa esteira do desperdício zero, a gente começou a usar diferentes partes do insumo, que antes eram considerados o lixo né, um descarte orgânico, e começamos a usar a casca da banana, a casca da abóbora, a cabutiá.
E aí a gente consegue trazer um prato legal, gostoso, com o aproveitamento integral do insumo e trazendo até mais nutrição, uma brincadeira com o paladar que às vezes podemos transformar em iguarias gastronômicas. O restaurante também entrega seus restos orgânicos para um serviço de compostagem que é oferecido por uma start-up. Ela permite que qualquer pessoa ou empresa destine seus resíduos orgânicos de forma correta.
A operação é cara e pesada. Exige uma grande logística. E antes de dar destino aos resíduos, é preciso separar orgânicos de não orgânicos.
Só depois o material orgânico pode ser utilizado na produção de adubo. Além de rico em nutrientes, o fertilizante natural é sustentável. Tem muito resíduo que não precisava ir para o aterro, acho que isso é algo cultural do brasileiro.
Em muitos locais não existe nem uma separação de lixo entre o reciclável e um lixo comum. Só que ainda assim o reciclável e o lixo comum tá errado né, porque no fim das contas, 43% do nosso lixo, um dado do panorama de resíduos sólidos, ele fala que é matéria orgânica. Então, olha a possibilidade de coisas que a gente pode fazer com este resíduo, reciclando ele e transformando em adubo.
A empresa utiliza um moderno e eficiente sistema de vendas de vendas. Atende atualmente mais de 300 empresas e 800 residências em Curitiba e região. - Boa tarde!
Tudo bem? - Boa tarde! Tudo bem e você?
- Tudo jóia! Os participantes pagam uma taxa e recebem mudas ou adubo para sua horta. Obrigada!
Reaproveitar os restos e controlar as perdas de alimentos são ótimas práticas contra o desperdício.