E agora, galera, bora com o filme mais pedido da história do mega análise aqui no canal Interestelar. Finalmente você vai entender o que que é um terceract, o que é uma singularidade, horizonte de eventos, como que aconteceu aquela viagem no tempo e no espaço. E tem uma surpresa bombástica para você pirar de vez. É uma participação especial e eu aposto que esse vai ser o seu vídeo favorito de todos os tempos aqui do canal, hein? Só convive, hein? Vamos lá. [Música] Inestrantes Peter aqui. Ele é lindo, ele é emocionante, ele é inteligente. E não tô
falando de mim mesmo, né? Eu tô falando de Interestelar. Desde a primeira vez que eu trouxe uma mega análise aqui, geral vem pedindo esse filme, né? Nesse quadro mega análise, que é uma análise muito mais aprofundada do filme. Postou até questões fora do frame, fora da caixa, questões filosóficas. Demorou, mas chegou. Então, bora explodir os miolos consciência, muitas referências visuais, vê o sentido profundo de cada imagem, cada fala importante, a simbologia história das coisas, daquele jeito que a gente gosta. Já prepara a pipoca porque a mega análise de hoje tá no capricho, não tem pressa,
ok? E essa aqui tá mais que especial. Muito obrigado a todos vocês que apoiam esse quadro, apoiam esse canal, que estão inscritos nesse canal. Isso dá uma força gigante pra gente. Já coloca aqui embaixo no comentário do próximo filme, próxima obra pra gente trazer aqui no quadro Mega Análise. Vamos começar. Então vamos começar então com detalhe óbvio, mas que nem todo mundo se ligou. O filme interestelar é praticamente todo um flashback. Isso começa já na tonalidade das logomarcas antes mesmo da abertura do filme. Ela vem num tom sépia, que é essa tonalidade meio marrom, meio
bege, né, que sempre leva a gente a relacionar a uma imagem antiga. É esse o objetivo, né? levar gente pro passado, já que a maior parte do filme acontece no passado. O filme se passa basicamente em três fases: A infância da Murphy, a idade adulta da Murphy e a velice da Murphy. Então, se existe a velice da Murphy, esse poderia ser o futuro, né? já vida adulto o presente e a infância dela o passado. E esse jogo com o tempo também tem tudo a ver com Corei de Interestelar, que é um filme que fala não
só de aventura espacial, mas que fala muito do deslocamento do tempo e da mistura, de tudo que ocorre no presente, no passado e no futuro. Você tinha percebido essa? Bom, a primeira fala do filme é uma narração da Murphy, já velhinha, dizendo que o pai dela era fazendeiro. Isso parece até um detalhe aleatório, mas é cheio de significado para história. Cheio. Você já pensou por que o herói desse filme é um fazendeiro? Por que ela não disse que o pai dela era um piloto, um explorador de galáxias, né? Por quê? Porque um fazendeiro. Vamos lá.
Agricultura é a principal atividade que tornou possível a civilização pros seres humanos. Você deve ter visto isso na escola alguma vez. Em algum lugar, em qualquer época, em qualquer grupo primitivo, foi assim: o primeiro passo para começar uma civilização foi o desenvolvimento da agricultura. Não confunde, OK? Uma coisa, é uma tribo, um grupo primitivo. Isso aí existia muito antes na civilização. Uma civilização mesmo é um passo evolutivo enorme para qualquer sociedade. E ela só surge depois que um grupo desenvolve a agricultura. Agora vamos olhar o Cooper. Ele é o personagem que carrega a esperança de
reiniciar a civilização em outro planeta. Por isso que existe esse argumento simbólico que reflete a nossa própria história, porque sempre foram os agricultores que iniciaram todas as civilizações, seja na Mesopotâmia, no Egito, na Grécia. Então, por mais que o Cooper tivesse outras habilidades como piloto, como mecânico, etc., ele foi chamado primeiro de fazendeiro. E é como eu sempre digo, nada é à toa. Nada é por acaso, galera. Sempre na história do mundo, o fazendeiro é quem iniciou a civilização. E no filme foi a mesma coisa. O primeiro diálogo entre a Murphy e o Cooper acontece
quando o Cooper acorda do pesadelo. Como ele tava tendo um pesadelo, ele fez uns barulhos e a Murpy foi lá e chegou dizendo que achou que ele era o fantasma. Preste atenção nisso. Aí o Cooper responde para ela que fantasmas não existem. guardou esse diálogo no coração. Beleza, parece até um diálogo bobo, mas para início de conversa, esse primeiro diálogo entre os dois antecipa o acontecimento principal do filme. O fato de que lá na frente a gente vê que as manifestações na estante da Murphy, né, que ela chamava de fantasma, era o próprio Cooper se
comunicando com ela, né? Você percebeu essa, né? No começo ela foi até o pai dela achando que era um fantasma. E lá no final do filme a gente vai ter essa confirmação de que ele era de fato o fantasma dela, né? Essa referência incrível. Mas de onde que vem essa coisa de fantasma? Bom, vamos voltar na história. Fantasma vem do grego fantasem, que significa fazer aparecer. Fantasen é uma derivação do termo fine, que significa mostrar, e o termo fosse, que quer dizer luz no sentido esclarecer, tornar visível. Ou seja, o conceito de fantasma significa uma
manifestação, uma coisa que aparece e anotada, uma coisa que se faz aparecer para ser visto. Sabendo disso agora, olha de novo o diálogo que a gente acabou de ver no filme. A Murphy achou que o pai dela era o fantasma. E o final do filme confirma que ele era o fantasma. E ele era mesmo, não só simbolicamente, como a gente viu, o termo fantasma significa algo que se faz aparecer para ser notado. E foi exatamente isso que o Cooper fez quando estava lá na outra dimensão dentro da estante. Ele se fez aparecer para ser notado.
Ou seja, não é só modo de dizer, ele literalmente foi um fantasma. O filme continuou com a Murphy velha contando que o trigo morreu. Eles ainda tinham outras plantações como milho e tal, né? Mas o trigo morreu. Mas por que que ela falou do trigo? ou isso foi aleatório? Se você conhece esse quadro, você sabe que nada é aleatório. O trigger é considerado como a primeira coisa que foi plantada pela humanidade. Plantada lá no fim da pré-história, quando agricultura começou a se desenvolver, tudo começou a partir do plantio de trigo. O pão feito de trigo
foi o primeiro alimento preparado para consumo em toda a história da humanidade. O trigo é o primeiro símbolo da agricultura. Além disso, em várias culturas diferentes, há milênios, o trigo é o símbolo da vida. No Egito antigo, por exemplo, as pessoas traziam oferendas de trigo para manter a vida da múmia no outro mundo. Na Grécia antiga existia o ritual dos mistérios deuses, que tinham um trigo como símbolo principal da vida. No próprio judaísmo e cristianismo também tem um trigo como símbolos da vida humana e da vida eterna. Tudo isso existiu justamente porque o trigo foi
o primeiro alimento propriamente feito pelos humanos. Claro que antes de plantar o trigo, os seres humanos comiam outras coisas que eles vinham na natureza, lógico, né? Mas até aí a alimentação vinha da imitação de outros animais. Os humanos vinham, os outros animais comendo raízes, comendo frutas, peixes, carnes de outros animais. Aí os humanos iam lá e comiam também. Mas o trigo plantado é o primeiro sinal da atividade humana, promovendo a alimentação por conta própria. Isso é legal demais. Então, voltando pro filme, quando se diz que o trigo morreu, agora a gente vê um sentido maior
de ser um sinal de que a humanidade tá em risco de não conseguir mais se alimentar e que a agricultura como um todo tá prestes a acabar. Ainda no começo do filme, os mais velhos começaram a contar como eram os hábitos nessa época. O problema todo foi uma catástrofe climática que afetou a agricultura. Então, rolou uma grande ventania que não parava e vinha trazendo muita poeira. E o interessante a gente parar para pensar que a catástrofe que acabou com a agricultura não foi uma guerra nuclear, né? Não foi um terremoto, um tsunami, um meteoro, uma
invasão alienígena, não. Foi uma ventania que trazia poeira sem parar. Já pensou porque logo isso? Bom, existem símbolos que estão a milênios num consciente coletivo. Eu já expliquei em consciente coletivo aqui em outro vídeo, né? megaanálise no limite do amanhã, que é muito bom por sinal, vou deixar aqui, vocês podem clicar, vai abrir ali embaixo para vocês assistirem depois. Resumindo muito essa parada, inconsciente coletivo, seria como se fosse um reservatório de imagens significados que estão lá na parte mais profunda da nossa mente. E essas imagens significados, de alguma forma trazem o mesmo sentido para todo
mundo. Dentro desse lance de inconsciente coletivo, alguns símbolos representam as mesmas coisas onde quer que eles apareçam. Não importa, seja num filme americano de 2014 ou num poema de 4.000 anos atrás. Nesse contexto, o vento sempre significa mudança e poeira ou pó significa o fim, a morte, a fragilidade humana mesmo. Exatamente assim. Então, olha que pesado é o simbolismo desse desastre natural em interestelar. O vento que traz aquele monte de pó significa chegada de uma mudança muito grande que vinha trazendo o fim da humanidade. Casou, não casou direitinho essa ideia? Logo depois vem a cena
do café da manhã na casa da família, né? E ela mostra também que o Cooper cria Murphy para pensar como cientista sobre todas as coisas. Para encerrar o debate sobre fantasmas e ciências, o Cooper incentiva Murphy a pesquisar mais sobre esse assunto para lir mais fundo nesse assunto. Ela teria então que seguir uma lista de procedimentos, registrar os fatos, analisar, entender como e por e aí apresentar as conclusões. Só que o que o Cooper falou pra filha fazer literalmente o passo a passo do método científico. Quem chegou no último período da faculdade sabe o terror
que é isso, né? Mas a ciência não é uma coisa que surgiu hoje em dia. Ela vem de milênios atrás. Muitos especialistas consideram que a ciência surgiu na Grécia antiga, principalmente depois que Aristóteles desenvolveu um método da lógica. Foi esse filósofo aí que despontou primeiro usando o raciocínio para compreender a natureza, o mundo material. Isso uns 400 anos antes de Cristo. A gente pode dizer então que a ciência é filha da filosofia, porque na época a filosofia englobava os maiores saberes do mundo, entende? A compreensão da natureza, matemática, geometria, música, poesia, política e por aí
vai. O lance da lógica era observar e refletir sobre as coisas no mundo do jeito mais racional possível. E aí a ciência veio se desenvolvendo de pouco a pouco, até que no final do século X chegou um cara chamado Francis Bacon. Bom, ele veio propondo que o estudo das coisas deveria ser o mais crítico possível, porque assim, quanto pro Aristóteles, bastava observar um fenômeno e refletir sobre ele já era o suficiente para descrever o que ele era. Pro Francis Bacon era necessário coletar informações, transformar elas em dados, interpretar esses dados e só depois disso tudo
dava para chegar numa conclusão. Percebeu que é exatamente isso que o Cooper propôs para Muffy fazer sobre os fantasmas? É ciência pura. Depois do café, o Cooper e os filhos se preparam para ir falar com a senorita Hy lá na escola. E a primeira informação que a gente tem sobre ela é que ela é solteira. O sogro do Cooper dise que é pro Cooper pegar leve com ela. Essa conversa parece boba, mas tem várias camadas. Primeiro, ela serve para deixar claro que o Cooper não tem uma esposa, né? A gente fica sabendo ali que o
Cooper não tem esposa, por isso não tem uma mãe na casa e só depois a gente vai saber que ele é viúvo. Mas vai além. A fala do avô da Murphy é um conselho pro Cooper de ao invés de brigar com a senorita Henley, é para eles repovoarem a terra. O que indica que a população tá em crise, o que é bem compreensível, né? Estão vivendo uma crise de alimentos generalizado. Isso automaticamente afeta a nutrição e consequentemente a fertilidade. Geralmente nessas condições de nutrição ruim, as pessoas passam a não serem mais férteis como antes, ou
elas passam a evitar filhos, já que o sustento é muito difícil. Existe uma relação direta entre nutrição e fertilidade. A qualidade da alimentação pode influenciar fertilidade tanto nos homens quanto nas mulheres. Existem vitaminas e minerais que atuam diretamente na produção e na qualidade dos óvulos e espermatozóides. Além disso, alguns elementos podem influenciar na saúde das células do aparelho reprodutor dos seres humanos. Então, nesse caso do filme, faz todo sentido que a reprodução também seja uma preocupação, justamente porque a manutenção da espécie humana é um dos pontos principais. Continuando, no caminho pra escola, o pneu fura.
E o irmão da Murphy zoa com ela, dizendo que o problema ali foi por causa da lei de Murphy. Murphy ela fica até chateada pensando que o nome dela era o nome de alguma coisa ruim, mas o Cooper contorna a situação explicando que a Lady Muffy significava que tudo que pode acontecer de ruim vai acontecer. Mas você sabe de onde que surgiu essa história da Lady Muffy ser sinônimo de azar? Bom, há várias versões, mas a mais famosa é de que se algo pode dar errado, vai dar errado. Essa ideia ficou famosa com Edward Murphy
Jr. Ele foi um engenheiro da Força Aérea Americana e ele era responsável por um projeto que media tolerância dos seres humanos a uma aceleração excessiva. Isso no ano de 1949. Aí, num dos testes, era necessário colocar 16 sensores em diferentes locais do corpo de um piloto de provas. E pela lógica tinha duas maneiras de colocar os sensores em alguém, do jeito certo e do jeito errado. E sem querer querendo, o Murphy instalou todos os 16 sensores de maneira errada. E é claro que o teste falhou, né? O teste era muito perigoso pro piloto que foi
cobaia. Ele rompeu vaso de sangue, até fraturou umas costelas, mas tudo ia valer a pena por causa dos dados científicos que iam resultado dali. Daí quando foram chegar os resultados, eles perceberam que nada tinha sido registrado porque os sensores tinham sido ligados ao contrário. Ou seja, tudo aquilo não serviu de nada. Então o Murphy formulou a lei que se existe duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma delas pode resultar em catástrofe, alguém vai fazer da pior maneira. Vamos lá. Voltando pro filme, Cooper e os filhos viram um drone e eles dão tudo
de si para conseguir pegar esse drone. Só que na correria eles quase caíram num penhasco. Lembra dessa cena? Quando aparece um penhasco no filme é sempre muito simbólico, porque penhasco é uma palavra que vem do latim pina, que significa um rochedo alto e ponte agudo. Simbolicamente, o penhasco é sempre um limite. Nada fica igual se você passar do limite do penhasco. Por isso, sempre que existe um penhasco, o simbolismo dele sempre vai trazer a noção de que aquele ponto não dá mais para ficar igual e a hora de se superar ou se entregar de vez.
E esse é o chamado do filme, a superação da raça humana diante de uma fatalidade que vai exterminar todo mundo. Quando eles conseguem controlar o drone, o Cooper e a Murphy começam uma conversa que parece ser importância, mas essa conversa já projeta uma coisa muito profunda que vai acontecer lá na frente. Nessa hora, Murphy pergunta: "O que que o pai vai fazer com o drone?" Ele diz que vai dar uma função para ele dentro da comunidade. A Murf questiona se não poderia soltar ele, já que ele não estava fazendo mal para ninguém. E o pai
dela responde que aquela coisa deveria se adaptar como todos eles se adaptaram. Vocês percebem que de certa forma parece que eles estão falando de uma máquina como se fosse um ser vivo, isso vai ficar mais claro lá na frente com o robô Tars. Eles interagem com Tars de um jeito que no final quando ele sacrifica a gente fica até triste como se fosse uma pessoa se sacrificando, não é? Bom, logo depois disso tem um eastereg gigantesco quando ele chega na escola da Murphy. Ela ainda tá no carro conversando com o pai e ela não tá
muito preocupada com o que a professora tem a dizer sobre ela. Tanto que durante a conversa lá ela tá fazendo os rabiscos no caderno dela. Muita gente não dá bola para esse detalhe. De repente você nem lembra disso, mas nitidamente ela tá desenhando os livros da estante dela. Cada rabisco é um livro. E acima ela tá anotando os intervalos dos livros por algum motivo. Tem lá os números 2 2 91 52, como se fosse um código sendo formado. Esse é um vislumbre do auge do filme e muita gente nem se deu conta que ele já
se antecipou bem no comecinho, né, que é quando ela desvenda o código da mensagem da estante. E você lembra que teve uma referência a Polo X no filme? Para quem não sabe, essa foi a expedição que levou o Homem à Lua. Essa jornada foi o resultado final de uma década de pesquisas e ela foi executada em 1969. A professora da Murphy acabou dizendo que a missão Apolo X foi uma propaganda para falir a Rússia na Guerra Fria. Isso é meio que uma patada, né? Em quem até hoje não acredita que o homem foi a lua.
Naquele mesmo dia, os trores saíram de controle. Eles saíram do campo e estacionaram em frente à casa do Cooper. Ao mesmo tempo, vários livros da estante da da Murphy estavam caindo do chão. Até esse momento, ela não tinha identificado um padrão para decodificar uma suposta mensagem do fantasma. Mas tudo isso é importante para Murphy chegar numa conclusão lá no futuro, quando ela for adulta. E aí ela diz que tentou código Morse. Você conhece a técnica, né? O código Morse foi inventado pelo físico americano Samel Morse no século XIX. Isso virou um sistema de comunicação mundial,
uma linguagem que traduz letras e números em sinais curtos e longos ou pontos e traços. Tem que ter uma memória muito boa para decorar todas as combinações que formam cada letra e número, porque elas nunca se repetem. Isso já demonstra que mesmo tão nova a MFY realmente era interessada e dedicada nessa investigação. Aí o final mostra um jogo de beaseball, mas vem uma tempestade de poeira, interrompe o jogo. E chegando em casa, a Muffy percebe que não tinha fechado a janela do quarto, então entrou poeira pra caramba. Foi bem caótico, mas esse acidente foi importante
porque aquela areia toda mostrou linhas de areia no chão. Parece até um negócio meio sobrenatural, né? Isso chama atenção do Cooper. Ele fica horas olhando para aquilo, né? Até que ele chega numa conclusão de que aquilo não é um fantasma, é a gravidade guarda essa informação. Ele consegue identificar um padrão nas linhas, sugere que o código escrito não é Morse, e sim um código binário. Você entende o código binário? A Murphy identificou que as linhas grossas são um e as finas é zero. E ele funciona mais ou menos como o código M que eu acabei
de falar agora, né? Só que ao invés de combinar trace e pontos, ele combina sequências de zero e um. E ele é a base da computação que a gente conhece hoje. O código binário é usado para representar todos os tipos de dados em computadores e outros dispositivos eletrônicos que podem ser números, letras, símbolos, instruções em geral pro dispositivo executar tarefas. Todas as linguagens de programação que vocês conhecem hoje têm como base o código binário, ok? Código binário seria a primeira camada dessas linguagens de programação, que na verdade são interfaces do código binário. Outro lance que
eles citam nessa hora no filme é que esse código dá coordenadas geográficas, localizações. Coordenadas geográficas são são assim, né? Sabe quando a gente vê aquele desenho no mapa munde e tem aquelas linhas na horizontal e na vertical? Essas linhas, né, elas são imaginárias, elas não, você não consegue ver elas no chão. E foi criado o consenso sobre elas para que fosse possível dar uma localização específica no planeta. As linhas verticais chamam paralelos e elas dão informação de latitude e as horizontais são os meridianos, né, que dão a informação de longitude. Então assim, para você dar
localização exata de qualquer coisa no planeta, qualquer ponto específico no planeta, como esse estúdio aqui, onde eu tô gravando esse vídeo, você fornece os dados que vão cruzar essas linhas, né, as horizontais e as verticais. Aonde as duas referências se cruzarem, ali vai tá o local exato. Isso é usado até hoje com GPS, né, os satélites, mapas, né, por aí vai. Lembra? na escola, quando você tinha aula de matemática, né, para achar o ponto entre os eixos X e Y, é basicamente o mesmo sistema. Vamos ver o exemplo na prática, OK? A cidade de Brasília
tá localizada assim nessas coordenadas: a latitude de 15º, 46 minutos e 48 segundos ao sul e 47º, 55 minutos e 45 segundos ao oeste. Qualquer pessoa do mundo que entenda de coordenadas geográficas vai pegar esse dado e parar em Brasília. Ponto. Vamos lá. Continuando no filme, o Cooper decidiu seguir as coordenadas sozinho e deixou a Muffy em casa. Mas claro que ela ficou brava com isso, né? Já que a investigação do fantasma é um projeto dela. Mas o que que ela fez? Ela se escondeu no carro e acabou indo com ele. Aí virou uma aventura
entre pai e filho. Eles chegaram no local indicado e tinha uma grade enorme de uma área restrita da defesa aérea. O Cooper foi interrogado por um robô T. E essa é uma referência muito nerdistica, né? O design do T foi inspirado no monolito do filme 2001. Uma de seria no espaço. Pã pã. Essa cena é memorável, [Música] né? Entrando lá, eles conhecem Amélia Brand e reencontram o Dr. Brand da NASA. E era lá na NASA que o Cooper trabalhou antes do colapso na Terra. O Dr. Brand explicou agora que a NASA trabalhava em prol da
crise alimentar e o plano é deixar Terra a partir das missões Lázaro e a nave Endurance. O nome da missão não é à toa. Lázaro é uma referência bíblica. Esse foi um homem que era um grande amigo de Jesus. E segundo a história, depois que ele morreu, Jesus foi lá e ressuscitou ele. Ou seja, a missão Lázaro tem um simbolismo de dar uma nova chance de vida pros humanos, né? De ressuscitar a raça humana. O nome da nave que é realizar essa missão toda se chama endurance. E esse também não é à toa. Esse nome
não é à toa também. Endurance significa resistência no sentido de ter uma alta tolerância ao desgaste, de resistir por muito tempo mesmo. E é isso que seria exigido dos tripulantes da nave, né? Já que a viagem, você sabe, acabar durando décadas. O Dr. Brand pede pro Cooper pilotar a nave, já que ele era o piloto mais experiente que ele conhecia. Daí rola uma reunião com assuntos muito técnicos. Eles começam a falar de anão alias gravitacionais e buraco de minhoca. E aí que o filme começa a ficar complicado para nós pobres mortais. Então, para explicar esse
assunto com propriedade, eu trouxe a maior autoridade desse YouTube. Serjão, explica pra gente. Muito bem. Então pessoal, vamos aí conversar um pouco sobre algumas coisas muito, mas muito interessantes mesmo, que acontecem aí no filme interestelar, que revolucionou principalmente na maneira como o Christopher Nolan para mim, ele conseguiu passar de forma visual conceitos que são primeiro muito abstratos pra maioria de todos nós e muito complicados de você eh transmitir ele de principalmente de maneira gráfica. E um desses conceitos, talvez seja um dos primeiros ali abordados no filme, né? seja o conceito de buraco de minhoca. É
uma das coisas talvez mais complicadas que a gente tem aí na física teórica, como a gente diz, né? Os buracos de minhoca, que eles que eles têm um nome, na verdade, diferente, vamos dizer, um nome oficial, eles são conhecidos como as pontes de Einstein Roden. E eles nascem, né, vamos dizer assim, a parte teórica do buraco de minhoca, eles nascem a partir das resoluções das equações de campo do IS. Então, o Albert Einstein, o Nathan Rosen, eles eles contribuíram em vários e vários trabalhos, né? Quando você pega ali as soluções das equações de campo de
Einstein, começa a manipular aquilo ali matematicamente falando, surge então o que eles chamaram dessa ponte. E por que que é uma ponte? Porque na verdade ela conecta dois pontos do espaço, só que não é só do espaço, é o que a gente chama do espaço tempo. E aí que começa toda a grande confusão. Nós aqui vamos tentar exemplificar isso da maneira mais simples possível, porque é um conceito muito muito complicado. Vamos imaginar que exista um ser andando na superfície de uma maçã, um ser bidimensional andando na superfície de uma maçã. Esse ser, ele não conhece
outras dimensões, ele não conhece uma terceira dimensão, por exemplo. Qual Qual que é a maneira que esse que esse ser bidimensional tem para sair de um ponto A a um ponto B na superfície de uma maçã? é atravessar, é cruzar a superfície toda da maçã até chegar do outro lado. Porém, imagina se esse ser conhecesse uma outra dimensão, uma nova dimensão, uma dimensão que fizesse com que ele pudesse furar a maçã de um lado até o outro. Então, em vez de dar toda a volta na maçã, ele conseguiria atravessar esta maçã de um lado para
o outro e aí acessar o outro lado, muito mais fácil. Essa é uma das maneiras de você explicar o que é o buraco de minhoca. Então, o buraco de minhoca seria esse, seria esse túnel que liga, que conecta duas regiões do universo. E para isso a gente tem que acessar outras dimensões que nós não estamos. A gente tem as três dimensões e tem o tempo, que o pessoal fala que seria uma quarta dimensão. O problema é que ali no buraco de minhoca você tem que ter acesso a uma outra dimensão para você poder viajar dentro
daquela daquela ponte e sair de um ponto para outro no universo. Isso é muitíssimo complicado. Vamos lá. Primeira coisa, a entrada de um buraco de minhoca seria um buraco negro, só que ele tem que ter uma saída. E essa saída a gente chama de um buraco branco. O problema é que nós nunca identificamos buraco branco e a gente sabe que tudo que entra dentro de um buraco negro não sai lá de dentro. Então esse já é um problemaço para identificar buracos de minhoca. Muitos dizem que nós nunca vamos conseguir identificar que eles só poderiam ser
criados. E é aí que e nisso que o filme toca, né? Então, ou seja, o filme ele usa, por isso que ele ele é muito bem basado na física, porque aquele buraco de minhoca que é colocado ali perto de Saturno, onde os astronautas entram, ele foi colocado ali pelos próprios astronautas numa outra dimensão, certo? Então essa que é a grande sacada. Isso tem muito a ver com a física teórica, como a gente conhece, porque diz que os buracos de minhoca eles não seriam não nasceriam, digamos, naturalmente, mas sim eles teriam que ser criados. E aí
o ser humano poderia criar o buraco de minhoca. E esse buraco de minhoca permitiria então a gente viajar. Viagens que até então são impossíveis. A gente poderia cruzar de um lado para o outro do universo. No filme o astronauta lá que eu vou esquecer o nome agora, mas o pessoal vai colocar aqui para vocês. Ele dá o exemplo da folha de papel. É mais ou menos o exemplo que eu dei aqui da maçã para vocês. Só que com a ressalva que você para você entender aqui, você tem que imaginar que exista um ser que só
ande na ele só conhece as dimensões da folha de papel. Essa que é a grande sacada para você começar a entender o que é um buraco de minhoca. E esse buraco de minhoca está ligado totalmente com as as anomalias gravitacionais ali, que são observadas bem no começo, bem no começo do filme, né, que a Murphy acha que é um fantasma e depois ele descobre que aquele tem um alinhamento e tudo mais. Essas anomalias gravitacionais são criadas por conta deste buraco de minhoca. Mas por que isso? Porque o buraco de minhoca ele é uma distorção dessa
gravidade, né? Como diz o Einstein, né? A gravidade ela não é uma força, ela é a curvatura que o espaçotempo sofre. Então se você tem um buraco de minhoca ali, ele tá distorcendo muito. Essa distorção causa essas anomalias gravitacionais que são detectadas ali. Então um pouco aí do que seria um buraco de minhoca. São temas. O o Interestelar, ele é um filmaço, um filme excelente para mim, o melhor que já foi feito. Trata de conceitos muito muito complicados, mas a gente tenta aí esclarecer alguma coisa para vocês. Bom, agora que a gente tá podendo esses
fenômenos aí, no filme pessoal da NASA acredita que os seres estão tentando ajudar os terracos a sobreviver. Ele chama essa galera de eles e ninguém sabe explicar exatamente o que são eles, mas a sincronia dos fenômenos é tão fantástica que não pode ser encarado como acaso. Não dá. Paraa NASA, os fatos estão sendo provocados para induzir a humanidade a chegar a um objetivo e se salvar. Bem, as missões de Lázaros encontraram então 12 planetas que teoricamente têm potencial de ser habitáveis. E esse número não é à toa. Voltando para aquele assunto do inconsciente coletivo, o
número 12 tem um simbolismo de representar a totalidade das coisas. Olha que loucura. Um ano completo tem 12 meses. São 12 signos do zodíaco. Jesus teve 12 apóstolos. O dia é dividido em 12 períodos de 12 horas. Na música são 12 graus cromáticos. Odin tinha 12 nomes. Percebe que o 12 sempre tá relacionado ao número total de coisas importantes. Então partindo disso, os 12 planetas encontrados pela missão Lázaro simbolizam todas as possibilidades de sobrevivência do ser humano. Aí eles explicam pro Cooper os dois planos que a NASA tem. O plano A envolve a base da
NASA que eles estão naquele momento, né? A base foi construída em forma de centrífuga gigantesca. Ela pode obrigar milhares de pessoas a se lançar no espaço, levando os habitantes que já existem na Terra. Só existe um problema de cálculo que ainda não foi terminado. Mas se isso não desse certo, o plano B da NASA era uma bomba populacional que significa levar milhares de óvulos fertilizados para novo planeta, incubadoras iam gerar os primeiros habitantes. Aí depois que eles se desenvolvessem, a partir daí barrigas de aluguel gestariam os novos habitantes com diversidade genética. Isso porque é com
variação genética que acontece a evolução e adaptação dos seres vivos no ambiente. E a variação genética é fundamental para evolução e para manutenção de qualquer espécie. Imagina só, se a povoação humana fosse feita com poucos indivíduos, ia ter pouca variação genética. Isso interfere tanto na evolução e adaptação quanto na saúde dos indivíduos. Um exemplo real disso é no Egito antigo, né? Eles casavam irmãos e irmãs. Isso era um costume para preservar o sangue das famílias reais no trono. Só que isso gerava problemas genéticos graves. O resultado é que poucos filhos sobreviviam. Os que sobreviviam, pô,
vinham com síndrome genéticas graves. Em poucas gerações, aquela família nem existia mais. Então a NASA sabendo muito bem disso, né, tratou de pensar no problema da variação genética para garantir a continuidade da espécie humana num novo lugar. E a proposta é a seguinte: o Cooper vai na missão visitar os planetas que podem ser a nova casa dos seres humanos enquanto o Dr. Brand vai terminar os cálculos gravitacionais. Isso pode durar anos, mas o sucesso disso era o único jeito de salvar o planeta da crise alimentar e o sufocamento por nitrogênio. O nitrogênio é um gás
que compõe quase 80% da nossa atmosfera, mas ele não tem função no nosso sistema respiratório. Só que pr as pragas da agricultura, sim. Então, no filme é catástrofe real vai rolar quando as pragas se elastarem pelo planeta. o AV vai ficar cada vez mais cheio de nitrogênio e com pouco oxigênio. Então assim, além da fome, em uma geração as pessoas vão morrer sufocadas porque vai ter muito nitrogênio e pouco oxigênio. É uma missão sem muitas garantias, mas também não tem o que fazer. Não tem muita escolha. Se o Cooper não for, todo mundo morre. Se
ele for, talvez pode dar errado e todo mundo morrer do mesmo jeito, mas existe também uma pequena chance de dar certo. Aí com isso, a Murphy fica super chateada de saber que o pai dela vai numa missão. Isso significa que ela vai passar anos sem ver o pai dela. Imagina, ela já não tem mais a mãe, agora vai ficar sem o pai por tempo indeterminado. Aí o Cooper diz uma frase profética: "Quando você tem filhos, torna-se fantasma do futuro deles. É exatamente isso que ele vai ser para Murph, o fantasma da estante que provocou aquilo
de algum lugar do futuro para que tudo acontecesse e a humanidade fosse salva. Depois, já em casa, Murf decifrou a primeira palavra da mensagem, era a palavra fica. E antes de ir pra missão, o Cooper deu um relógio pra Murf para eles compararem como o tempo vai passar de forma diferente entre os dois quando ele voltar. Ele diz até que eles podem até ter a mesma idade quando isso acontecer. Isso porque o tempo passa diferente no espaço em relação à Terra. Mas como que isso acontece? Muito bem. Um outro conceito também muito importante, né, e
esse faz às vezes confunde muito a cabeça da gente, né, é como que o tempo passa diferente no espaço, porque todo mundo lembra das cenas ali do Inter Estelar, quando eles estão em determinados planetas ali, o tempo passa diferente. Por que que aquele tempo está passando diferente naquela situação? Muito bem, vamos entender então um pouco como que é a estrutura, né, do que a gente tem ali no Interestelar. A gente tem o sistema solar aqui, ali perto de Saturno, você tem um buraco de minhoca que te leva a um outro ponto no universo. Esse outro
ponto no universo, você tem um buraco negro super massivo, que é chamado de gargântoa. E ao redor deste buraco negro super massivo, você tem planetas. Isso é possível de acontecer? Claramente possível, porque os planetas estão fora do que a gente chama de horizonte de eventos. Daqui a pouquinho nós vamos falar um pouco melhor do horizonte de eventos. Então eles estando fora não tem problema nenhum. O problema é que o buraco negro, o que que ele é? Ele é uma gigantesca deformação gravitacional no tecido do espaço-tempo, como a gente chama. Então ele pega, imagina que você
conseguisse colocar uma uma malha em cima ali e quando você põe um negócio muito pesado, aquela malha ela estica de forma diferente. Perto do buraco negro, aquilo lá estica muito. Então a a diferença entre dois pontos na malha aumenta muito. Você tem a nave, né, tá parada num certo ponto, o planeta está parado num certo ponto e a Terra está totalmente longe deste efeito. Então o tempo ele vai passar diferente ali, porque em cada posição, a medida que você se aproxima do buraco negro, você tem uma dilatação temporal diferente. E essa dilatação temporal diferente é
sentida da maneira como as coisas vão passando. Então, só para vocês terem um exemplo, assim, se você fazer uma viagem, né, que levaria 4 anos no espaço, ela pareceria 10 anos na Terra se você estivesse viajando na velocidade da luz. Por quê? Porque a velocidade da luz, ela deforma também o espaçot-tempo e faz com que você consiga fazer com que o tempo, né, passe ali mais devagar. Então aí a gente tem vários paradoxos que surgem dessa ideia. Mas é basicamente é isso que está acontecendo. O que tá acontecendo ali no Interestelar é que o planeta,
pegar o planeta de Miller, né, que é muito falado ali no começo, o começo meio do filme, o planeta de Miller, ele está numa região aonde ele já está quase que entrando no poço gravitacional causado pelo buraco negro. Ou seja, ali você tem uma grande dilatação. A nave, ela tá um pouquinho fora. Então, o tempo passa de um jeito no planeta. O tempo passa ligeiramente diferente para quem tá na nave. e totalmente diferente para quem está na Terra. Então essa dilatação do tempo, ela é causada pela distorção, causada pelo buraco negro. O buraco negro distorce
o espaço tempo, fazendo com que o tempo passe de maneira diferente. De novo, nós estamos lidando aqui com um tema muito complexo, que é o tal do tempo. Se você pedir para qualquer pessoa definir o tempo, o tempo é algo muito abstrato. Você eh você quilo, né? Então, por exemplo, se eu pedir 1 kg de arroz, você me dá 1 kg de arroz. Se eu te pedir 10 segundos, você não tem como me dar. O que que é o tempo para você? Ah, não, o tempo é um dia. Um dia é uma convenção que a
gente criou. Então, o qual é o grande problema, né, de estudar, por exemplo, relatividade é que a gente lida com com conceitos que são extremamente abstratos para que a gente possa entender. Mas o que está acontecendo ali e o que aconteceria se a gente conseguisse viajar é exatamente isso. A gente fora do do raio de ação do buraco negro, o tempo passaria muito devagar pra gente. Por quê? Porque o o é como se essa grade, né, essas linhas que vocês estão vendo aqui, ó, nesse nessa figura aqui, tá vendo? Essas linhazinhas aqui quando chega perto
do buraco negro, tá vendo que ela tá espichada, esticada. Então é isso, é o tecido, o tecido, espaçotempo está se esticando por conta da gravidade. Isso faz com que o tempo passe devagar. Lembrando que na relatividade não tem como a gente falar de tempociado de espaço. A gente cria uma entidade chamada espaço tempo. Bom, depois dessa bomba de saber que vai passar anos sem ver o pai, a Muffy joga o relógio longe e fica chorando e mais um livro cai da estante. O Cooper vai pra missão e o Dr. Brand recita um poema pro pessoal
da nave. O poema é do Dylan Thomas. Vamos relembrar como é que ele é. Não adentre a boa noite apenas com ternura. A velice queima e clama ao cair do dia. Fúria. Fúria contra a luz que já não folgou. Embora os sábios no fim da vida saibam que é a escuridão que perdura, porque suas palavras não capturaram a centeira tardia, não adentam a boa noite apenas com ternura. Fúria. Fúria contra a luz que já não fou pur. Parece meio complicado, mas o sentido desse poema é sobre envelhecer, que é o que vai acontecer com quem
ficou na terra. Por outro lado, quem tá na nave também vai envelhecer, mas de outra forma, né? Não é velice física para eles. Eles vão envelhecer no sentido de ficar mais maduros, ter mais sabedoria depois de toda a jornada. A tal fúria contra a luz que já não fulgura é no sentido de resistir, apesar da vida já tá perto de acabar. É um poema profundo, né, que fala sobre a morte que vem, mas que aconselha a não aceitar de boas e sim resistir contra ela. É o que a humanidade tá tentando no filme, não é
bom? A equipe na nave se prepara para entrar em suspensão a partir do sono criogênico. Na teoria, esse método serve para manter o corpo e principalmente o cérebro preservado em perfeitas condições. É como se o corpo inteiro parasse no tempo até ser descongelado e quando quiser, dá para reviver o corpo com todas as funções intactas. E esse método de cirugia existe, existe. Já tem alguns laboratórios pelo mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Rússia, que já estão conservando corpos humanos no nitrogênio para serem descongelados no futuro. Mas até hoje a ciência não tem certeza como
vai ser essa reanimação, se as memórias e as funções cerebrais vão permanecer intactas, que o método existe, existe. Mas se ele funciona aí só na ficção por enquanto. Bom, depois que a tripulação acorda, o Ron fez um desenho e fura o papel. Isso explica exatamente a teoria do buraco de minhoca e a dobra do espaço-tempo. Eles entram pela esfera do buraco de minhoca e a Melle encosta numa distorção no espaço-tempo e acredita que foi um aperto de mão de algum dos astronautas anteriores. Guarda esse momento. É como se fosse um plasma ali perto dela, né?
A viagem continua e a tripulação começa a checar os sinais positivos das naves que foram explorar a nova galáxia antes deles. Eles falam do planeta da Miller, que tá muito próximo da Gargântoa, que é um buraco negro. O nome do buraco negro, o Gargântoa, faz uma referência a um personagem gigante com apetite absurdo, muito difícil de satisfazer. Esse personagem foi criado pelo escritor François Rabalê no século X na série de livros Gargânta e pantagelm. Agora é uma das partes mais pesadas do filme, né? E esse conhecimento sobre singularidade, eu queria trazer de novo o Sérgio
Sacani aqui para falar pra gente. Muito bem, vamos para mais uma coisa que é muito importante. Talvez, talvez seja o o protagonista do Interestelar, que é o Gargantoa. O Gargantoa ele é um buraco negro super macivo. O Interestelar, ele teve a consultoria direta de um cara muito importante na física chamado Kipthorn. Kipthorne foi amigo do Stephen Hawking. Kipthorne é ganhador do prêmio Nobel de física por conta da detecção de ondas gravitacionais. Ele é uma sumidade no assunto quando diz eh se diz eh relatividade, buracos negros e coisas do tipo. O Kthorne, ele escreveu um livro
chamado Os primeiros 3 minutos do universo e lá ele já citava a presença do gargantoa, que é esse esse esse buraco negro que ele que ele conta, né? ele conta como um caso ali, um um um conto ali do buraco negro garganta. Então isso é uma das coisas muito interessantes desse relançamento do Interestelar. O Interestelar foi lançado em 2014, a gente ainda não tinha foto do buraco negro. Hoje a gente já tem duas, né, do M87, do Sagitários a Estrela. Só que o gar, se fosse hoje, seria muito mais fácil, porque você tem a foto
de um buraco negro para poder representar isso cinematograficamente falando. Na época do Interestelar você não tinha. Então o que que aconteceu? Os pesquisadores desenvolveram um código para simular um buraco negro e o buraco negro simulado foi o garganto. Só que o buraco negro, quando você olha a foto do Sagitários a estrela da M87, você vai ver que um lado dele é um pouco mais apagado do que o outro. Quando e a e a simulação que fez o garganta real, ela mostrou isso, mas rea a lenda que quando o Christopher Nolan olhou para aquilo ali, ele
falou: "Não, nós vamos dar uma mudada aqui, nós vamos deixar tudo brilhando igual, porque no cinema vai ficar mais bonito." Isso é o que dizem que aconteceu. Só ele que pode um dia dizer se isso é verdade ou não. Então eles programaram, o garganta virou um artigo científico que era até 2019 a melhor representação que a gente tinha de um buraco negro na história, é o garganto. Então isso é uma coisa muito legal. E o que vem a ser um buraco negro? Um buraco negro, talvez uma das melhores definições é a seguinte. Ele é uma
região do espaço-tempo, aonde a força gravitacional é imensamente grande, a ponto de que nada, nem mesmo a luz que tem uma velocidade de 300.000 1000 km/s consegue escapar. Isso que seria uma definição de buraco nível. Ele é uma região do espaço tempo altamente deformada pela gravidade. Como que é isso? Como que isso acontece? Você tem ali objetos que são muito muito compactos, né? Você tem uma coisa muito compacta. Isso quer dizer o quê? Que a gente tem uma densidade. Isso é muito legal sobre o buraco nível. O que que é o que que é a
propriedade de densidade? densidade é a massa dividido pelo volume. Beleza? O buraco negro, ele seria um local, uma região do universo, onde a gente tem uma quantidade de massa absurda concentrada num volume que tende a zero. Isso é uma coisa que a galera aí da de cálculo, das físicas adora. Ela tende a zero. Ela não é zero, ela tende a zero. Você já deve ter aprendido aí na na quando você estudou na escola que não existe divisão por zero. Divisão por zero dá uma indeterminação matemática. até um certo nível escolar. Isso é verdade. Depois não
mais, porque depois a gente resolve isso com o teorema de com a teoria de limites e tudo mais. Então, se você tem um valor muito grande dividido por algo que tende a zero, o resultado deste valor tende ao infinito. Então, a gente fala que a densidade do buraco negro, ela tende ao infinito. É muita massa concentrada num ponto infinitesimal. Essa é a palavrinha que o pessoal adora falar. Então é isso que seria a definição de buraco negro. O buraco negro ele tem várias, vamos dizer assim, uma ele tem uma estrutura, né? Então ele tem o
disco de acreção, ele tem a sua coroa, ele tem o seu horizonte de eventos, que daqui a pouquinho nós vamos falar o que que é. E ele tem lá dentro dele um ponto que a gente chama de singularidade. O que que seria singularidade? Singularidade é esse ponto onde as coisas todas estão colapsadas. E na singularidade, o que a gente diz é que as leis da física, como a gente conhece hoje, elas param de funcionar. E aí tá uma coisa muito legal do Interestelar, que é o seguinte: o que acontece dentro de um buraco negro? O
que acontece na singularidade? Não sabemos. Pode ser até mesmo que tenha a biblioteca. Então, dentro da singularidade eles representam através daquele objeto chamado teceract, né? que é o o objeto que você consegue acessar tudo. A singularidade, ela é muito importante no filme porque é o ponto ali no buraco negro aonde você consegue acessar todas as informações. Por isso que o o Cooper quando ele tá lá no buraco negro, ele consegue ver tudo que está acontecendo. Ele consegue acessar o quarto da Murphy lá no começo. Ele consegue ver as coisas todas porque a singularidade ela te
daria essa oportunidade. Então, buraco negro e singularidade, dois conceitos importantíssimos que são tratados no interestelar. Agora sim, a gente tem a condição de entender melhor por causa do gargant tá ali bem perto, né, no planeta Miller. Cada hora de lá equivale a 7 anos no planeta Terra. Cada hora. O Cooper, Amélia e o Doyal descem pro planeta da Miller e eles percebem que lá tem gravidade de água, né? Isso é um ótimo começo, mas eles não encontram a nave da Milha, ela já estava em destroços pelo mar. E aí vem uma das cenas mais aflitivas
do filme. Amélia acha que o que eles estão vendo no horizonte eram montanhas, mas na verdade eram ondas se formando. Presta a vir pro lado deles. Ondas gigantescas. Foi uma correria doida, mas só o Kuber e Amélia se salvam. O Doyal não conseguiu embarcar. Enquanto eles drenam a nave, a Mell explica que eles são seres de cinco dimensões. Para entender esse conceito, a gente tem que partir da nossa realidade de três dimensões. As nossas três dimensões são espaciais: altura, largura e comprimento. O conceito da quarta dimensão considera que ela seria o tempo. Essa dimensão temporal
faz sentido porque o tempo também é determinante para descrever a nossa realidade. para dizer que alguma coisa tá no lugar no universo. A formação completa só vem quando a gente consegue determinar aonde ele tá e quando ele foi percebido lá, porque nada escapa do tempo. Diferente das outras três dimensões, a quarta dimensão nunca para. O tempo tá sempre em movimento, né? E é um movimento próprio, porque a gente não consegue pausar ele ou voltar nele. A gente nem avança ele como a gente quer. Então, até agora a gente tem dimensões de espaço e tempo. Percebeu?
O próximo passo vai além. Por isso, a quinta dimensão, nesse caso, seria a gravidade, porque a gravidade também interfere no universo como um todo. Ela determina o formato dos corpos celestes no movimento deles. A gravidade é tão poderosa que interfere até no tempo. Por isso que a gravidade de um buraco negro faz o tempo passar diferente entre o que tá perto e o que tá longe dele. E é por isso que com os contratempos no planeta Miller, o Ron esperou mais de 23 anos na endurance. Fez sentido agora? Depois que a galera sentiu a loucura
que foi essa jornada pelo planeta Miller, o Cooper viu as mensagens de todos esses anos. Enquanto ele passou aquele tempinho no planeta Miller, na Terra, o filho cresceu, se formou, casou, teve filho, o filhinho morreu e como muitos anos se passaram na Terra, a última mensagem do filho foi meio que desapegando de vez do pai. A essa altura, a Murphy tá adulta também e mandou uma mensagem no dia do aniversário que ela chegou na mesma idade do pai dela quando ele saiu da terra. E foi uma mensagem bem triste, porque era essa época que o
Cooper e a Muffy esperavam se reencontrar. Foi de cortar o coração essa daí. A Muffy agora trabalha na NASA com o Dr. Brand. E não adianta o Cooper ficar só sofrendo, né? A missão tem que continuar. E a próxima parada é o planeta do Man. Bom, enquanto isso na Terra vem mais uma reviravolta. O Dr. Brand tá beira da morte e mandou chamar a Murphy. E nessa conversa ele assumiu que mentiu sobre a possibilidade do pai dela voltar. A Murphy mandou uma mensagem paraa Amélia avisando que o pai dela tinha morrido, mas também confrontou ela
porque tava na cara que Amélia sabia que não existia possibilidade nenhuma do plano A se concretizar. Isso significa que desde sempre eles sabiam que não tinha como salvar os moradores da Terra. Enquanto isso, a tripulação chegou na nave do membro. Ali tinha que ser habitável, porque não tem chance deles irem para mais um lugar e conseguir voltar para casa. Então ali era a última chance. Eles despertaram o Men da cápsula de criogenia e ele contou que era possível que aquele planeta ali fosse habitável. Foi uma conversa otimista até Amélia vê a mensagem da Murf em
que ela conta que o Dr. Brand morreu e ela aproveitou para jogar no ventilador toda a história do plano espacial ser uma farsa. Só uma história para gerar esperança. Bom, daí a coisa toda desandou. O Mera assumiu que o Dr. Brand na verdade não sabia como tirar o povo da terra. A tal daquação que aparentemente Dr. Brad tinha passado 40 anos estudando, na verdade ele já tinha resolvido. E o resultado é que era impossível chegar numa resposta sem considerar a singularidade. E sem os dados da singularidade, eles literalmente não iam chegar a lugar nenhum. E
o pior, como que estuda singularidade? Como que chega nesses dados? Se jogando dentro de um buraco negro. Quer dizer, foram décadas rodando para nada. Essa parte é meio complexa. Mas resumindo, o Dr. Brand sabia que não dava para tirar as pessoas da Terra. Ou seja, o plano A era impossível de ser realizar sem os dados da singularidade, que são impossíveis de coletar. Não dá. O que talvez fosse para fazer é levar os embriões humanos para outro planeta e refazer a humanidade. Isso é um jeito de perpetuar a espécie humana no espaço. Só que esse plano
B só poderia ir em frente se ele tivesse pessoas trabalhando para isso. Então ele usou o plano A como uma esperança, né, para conseguir pesquisar outros planetas com as viagens espaciais. E foi nessa que o Cooper foi iludido, achando que ia salvar as pessoas que ele ama na Terra. Só que na real ele foi mandado para ajudar a formar uma nova colônia pros embriões. Quem já nasceu na Terra já era, né? Não tem salvação. Ou seja, Dr. Brandon imaginou que ninguém ia topar a expedição, essas pesquisas soubessem que não existia esperança para eles mesmos. Então
o que ele fez? Ele criou essa cortina de fumaça que foi o plano A. E é lógico que sabendo disso, o Cooper e Amélia ficaram transtornados. O Cooper quis ir para casa mais do que nunca, até porque agora ele sabe que não tem jeito de salvar a família dele, né? E o Ron deu uma ideia. Já que ele vai voltar, não custava dar uma passadinha pelo buraco negro, como se isso fosse uma coisa à toa, né? A ideia era se aproximar do garganto, que não tem uma atração tão agressiva. Então, o plano é passar por
lá e soltar o Tars para coletar os dados do que acontece no horizonte de eventos do buraco negro, né? E mandar esses dados pra Terra. A ideia parece ótimo, né? Mas claro que a teoria sempre é mais bonita que a realidade. Enquanto isso, na Terra, a Murf tá ligada em todo plano e começa a pensar num jeito de resolver o rest da equação, mesmo sem poder acessar um buraco negro. E daí ela lembra do fantasma no quarto dela, ela lembra do fenômeno dos livros caindo. E ela sempre achou que se fosse a mensagem de alguém
tentando falar com ela e ela de alguma forma tinha uma intuição de que aquilo poderia tá relacionado com uma singularidade, né, ou qualquer coisa que pudesse ajudar a resolver o problema da equação, por mais doido que isso possa aparecer, era a única coisa que ela tinha condição de pesquisar estando preso na Terra. E isso tem tudo a ver com a quinta dimensão. Lembra que a quinta dimensão é a gravidade? Os livros caindo, né? é o símbolo perfeito da ação da gravidade e que por meio dela alguma comunicação tava sendo feita. Lembra das linhas na areia
que ela percebeu que era uma mensagem em código binário e as máquinas de colheita que andaram sozinhas até a casa dela? Tudo ali indicava uma ação gravitacional diferenciada e com uma mensagem para ser transmitida. E no fim a gente vai ver isso mesmo, né? que é através da quinta dimensão da ação da gravidade que o Cooper atravessa todas as outras dimensões, o espaço e o tempo, envia uma mensagem para ela. Bom, de volta lá no planeta do Dr. Man, né? O Cooper começa a organizar as coisas antes de fazer a viagem de volta. Bom, ele
pede ajuda pro Dr. Meno para eles escolherem nos locais seguros onde eles poderiam fazer o laboratório a colônia no futuro. E os dois saíram juntos para ver isso. Só que no meio da caminhada vem o Pl. Dr. Men mentiu na cara dura. O planeta dele não era habitável coisa nenhuma. Ele forjou os dados e disse que era habitável para que alguém fosse até lá, para ele não morrer sozinho. E para piorar, ele tentou cancelar o CPF do Cooper, quebrando o capacete dele. Daí o Cooper começou a agonizar, né, até que Amélio Case chegar e salvar
ele a tempo. Enquanto isso, o laboratório explodiu com Dr. Ron lá dentro. E o coisa ruim do M roubou um dos módulos para chegar até a nave endur e ele ia embora do planeta deixando os outros para trás. O Cooper e Améria tentam correr para chegar antes na nave, mas quando eles se aproximam, o men já tava lá fazendo cagada. No fim das contas, ele se explodiu e danificou a nave. A endurance começou a girar loucamente e o Cer só tinha uma única chance de voltar para casa, que era seguir o giro da nave e
tentar acoplar o módulo nela em movimento. Eu não preciso nem dizer que isso é uma manobra extremamente arriscada e praticamente impossível de rolar na vida real, né? Deu certo. Só que quando parecia que tudo ia começar a ficar bem, eles se depararam com dois problemas absurdos. Primeiro que a nave tá estragada. Isso já dava para saber, né? Mas o segundo problema é que mesmo eles conseguindo sair da órbita do planeta Man, eles passaram a ser atraídos pelo garganta. Daí o K decide seguir o plano que o Ron tinha falado para ele, se aproximar o máximo
possível do gargant, enviar um dos robôs como sonda para mandar os dados necessários pra Terra. Esse era o único jeito de ter alguma esperança de salvar a humanidade. Com as condições da nave, ele tinha que se aproximar do garganto, dar volta nele manualmente e com a força da óbita se catapultar em direção ao planeta do Edmund. E isso significa duas coisas. Primeiro que a vontade da Amélia ia se realizar, né? Porque ela era apaixonada pelo Edmund e sempre quis ir até o planeta onde ele tava. A segunda coisa é que é impossível que o Cooper
volte pra Terra. Nessa hora ele sabe que nunca mais vai voltar a ver os filhos, mas pelo menos ele tem esperança de salvar eles com os dados que ele deve conseguir do buraco negro. Daí é uma das partes mais legais do filme, né? Quando mostra o garganta bem de pertinho. E o mais impressionante é que esse filme foi lançado em 2014. E cientificamente essa era a melhor representação visual de um buraco negro. Mesmo sendo um buraco negro de um filme, ele não foi feito para ser bonito, só ele foi feito todo baseado em ciência e
processamento de dados reais. A primeira imagem real de um buraco negro só foi sem 2019, 5 anos depois. Então esse filme também tem um marco gigante na ciência gerentíficos. Bom, voltando pra história, todo o plano de circular o buraco negro deu certo. Só que para isso tudo funcionar, o Cooper usou dois Rangers como propulsão da endurance. E o Cooper fez toda a operação de dentro do segundo Ranger, né? Enquanto a Mélia fez essa viagem dentro da nave principal, mas o Cooper não contou com detalhe. O primeiro ranger foi solto para cair no buraco negro com
robô para enviar dados pra Terra. Até aí tudo bem. Só que o Cooper também soltou o segundo Ranger com ele mesmo dentro, porque só assim Enduras teria peso livre suficiente para levar Amélia pro planeta do Edmund. Ou seja, o Cooper já não tinha mais esperança de ver os filhos na Terra. Então o que ele fez? Ele se sacrificou por dois motivos nobres. Para mandar dados pra Terra e salvar geral lá. e também para que Amélia tivesse a oportunidade de passar o resto da vida junto com o amor dela. O Cooper caiu no horizonte de eventos
do buraco negro e a gravidade lá é tão intensa que ele perdeu o controle e a nave começou a se desfazer. Mas como que funciona o horizonte de eventos, né? E muito bem, chegou então a hora da gente explicar um pouquinho aqui o que que seria o tal do horizonte de eventos. O Horizonte Evento, de novo, é um nome de popular para essa essa parte, né, do buraco negro, parte da anatomia de um buraco negro. O horizonte de evento seria um nome popular, porque o nome correto dele é chamado de raio de chareld. Primeiro que
eu não falei com certeza, eu falei errado, é o Carl Scharfield. É um cara muito importante dentro da relatividade, dentro do estudo de buracos negros. Foi um dos primeiros a resolver as equações do Einstein lá no começo do dos do dos anos 1900. e um cara muito importante. Qual que era o lance deles com isso aí? Aí nós temos que para buracos negros de massa estelar. Então vamos prestar atenção nisso aqui porque é muito importante. O garganta é um buraco negro super massivo. Eu vou falar um pouquinho dessa diferença para vocês. Muito bem. Quando uma
estrela ela tem mais que oito vezes a massa do sol, ela se comporta diferente do que estrelas que t a massa do sol até oito vezes a massa do sol. Quando uma estrela tem mais que oito vezes a massa do sol, ela consegue queimar através de fusão nuclear no seu interior os elementos químicos até o ferro. Isso mesmo. Quando ela queima o ferro, a estrela colapsa sobre ela mesma. Esse colapso acontece uma implosão e depois uma explosão. A gente chama isso de supernova. Beleza? Quando acontece a supernova, resta um caroço estelar, um núcleo, um núcleo
estelar. Vamos agora analisar a partir deste núcleo. Foi aí que o Shardfield entrou. Quando você pega esse núcleo e começa a fazer ele, vamos supor, ele tem uma vez a massa do sol, uma vez e meia, duas vezes, duas vezes e meia, três vezes, quatro vezes. Quando este núcleo estelar que sobrou tem mais do que três vezes a massa do sol, ele sucumbe pela gravidade, formando o que a gente chama de um buraco negro. E quando ele é criada essa o buraco negro, você já sabe o que que é, que é essa região do espaçotempo.
Quando é criado este buraco negro, é criado também uma região ao seu redor que foi chamado de raio de Schwarfield, que é a região onde você não tem mais retorno. Isso quer dizer o quê? Se você vem andando e cruza o horizonte de eventos, você será imediatamente dragado para dentro do buraco negro. Se você ficar do ladinho do horizonte de eventos ali, não tem problema nenhum. Nada vai acontecer com você. Um conceito talvez muito errado que tem, a gente fala que o buraco negro é um ralo do universo. Ele tá sugando tudo. Ele só suga
algo que passar pelo horizonte de eventos dele. Passou pelo horizonte de eventos, aí você será dragado para o seu interior. Então o horizonte de eventos ele delimita esta região que é uma região, seria uma região de segurança. Você está fora do horizonte de eventos, nada acontece. Cruzou o horizonte de eventos, aí acontece. Eu falei disso porque foi assim que nasceu o raio de Schfield analisando estrelas. Lembrando que o conceito de buraco negro é um conceito que foi só vir muitos anos depois, tá? Os pesquisadores, o Schartz, o do Einstein, essa galera toda, chamava de estrela
negra, porque é a estrela que não emitiria luz por conta do fato da gravidade ser tão intensa que nem a luz poderia escapar. E o buraco negro veio muito tempo depois. O buraco negro, ele é um conceito que ele pode eh deixar as coisas um pouco até mais complicadas, porque a pessoa pode imaginar que existe um buraco mesmo ali quando não existe um buraco, uma região, como a gente já como a gente já comentou. Isso nasceu analisando estrelas, buracos negros de massa estelar. Então esses buracos negros vão até ali centenas de vezes a massa do
sol. Depois nós temos os buracos negros super massivos, como Garganta ou da 87, o Sagitários, a Estrela, entre outros. E muito provavelmente, embora ainda não foi detectado, deve ter alguma coisa no meio. Imagina que você chega num planeta e vê que tem criança e vê que tem velho. Você acredita que tem um adulto aqui no meio, porque a criança não vai passar para pro velho de uma vez, certo? Este buraco negro de massa intermediária, os pesquisadores ainda estão estudando, mas todos eles têm o horizonte de eventos. E o horizonte de evento seria muito importante. Tanto
que o equipamento que fez a foto do buraco negro, ele é chamado de telescópio do horizonte de eventos. Porque na verdade o que que a gente fotografou não foi o buraco negro, a gente fotografa a sombra feita pelo disco de acreção no horizonte de evento. Isso é uma uma definição meio estranha, mas é basicamente isso que acontece. Então, horizonte de eventos seria essa região de segurança. Cruzou ou ponto de não retorno. Cruzou Horizonte de eventos, não tem mais volta. Ficou do ladinho do Horizonte de Eventos, você tá vivendo tranquilo. Como os planetas do Interestelar viveram
tranquilos. Mas aí é o outro conceito que nós vamos falar já já. Bom, agora com essa explicação, o desespero da gente só aumenta. O sistema de segurança do Ranger resolveu injetar o Cooper, mas mesmo assim o personagem ficou lá sereno, só esperando a morte chegar, mas ela não chega. O Cooper começa a cair no lugar como se fosse o vão de um prédio gigantesco. E num momento durante a queda, ele consegue se segurar e a imagem vai ficando mais nítida. Não era um prédio, ele tava no interior de uma estante de livros. E não é
qualquer estante, é estante da Murphy. Ele consegue até ver ela em vários momentos da vida. É como se todos os momentos da existência daquela estante da Muffy no quarto dela, todos eles estivessem conectados ali naquele lugar que ele caiu. No desespero, Cooper começa a empurrar os livros de dentro para fora da estante para criar uma mensagem em Código More. A mensagem que ele descreve é fica, que é para ele mesmo no passado ficar e não ir nessa viagem sem volta. Ao mesmo tempo, a Murphy, adulta, tá no quarto dela tentando entender o fenômeno e tentando
achar alguma ligação de tudo aquilo com a equação que precisava dos dados do buraco negro. Tudo tá acontecendo ao mesmo tempo. A infância da Murfy lendo o código MS, o Cooper lá dentro assistindo tudo e a Muffy adulta tentando achar uma saída pra equação. Mas vamos entender como é que funciona essa coisa de planetas que habitam os buracos negros. Muito bem. E uma coisa que chama muito atenção no no interestelar é planetas orbitando buracos negros. Será que isto é possível? Sim, isso é possível. Esse é o conceito que a gente chama, é um conceito extremamente
novo chamado conceito de planets, ou seja, black whole planets. Isso mesmo. Como eu falei, acabei de falar do horizonte eventos. Se você viver do ladinho do Horizonte Eventos, não tem problema nenhum. Nada vai acontecer com você. O problema é se você cruzar o horizonte de eventos. Estes planets, esses Black Hole Planets, eles vivem, eles orbitam o buraco negro ao seu redor, fora do horizonte de eventos. E tem algum problema? Alguns problemas, sim, né? Como nós vimos no começo, né? Tem o problema do tempo, o tempo passa diferente e tudo mais. Porém, só para vocês terem
uma ideia, o disco de acreção do buraco negro, que é aquela coisa linda que você vê girando ao redor do garganto, aquilo ali pode ser uma fonte de energia inesgotável. Então assim, meio que paralelo a tudo, o Interestelar ainda toca neste problema da energia no universo, porque esse é o grande problema. Você só justifica uma civilização viajar o universo e tentar explorar um outro ponto do universo, se ela for atrás de energia. E os buracos negros podem ser uma fonte de energia infinita por conta do disco de acreção. Então você ter planetas ao redor de
buracos negros é muito interessante. Poderia até viver gente ali. Poderia até ver gente, né? gente, é meio estranho, mas poderia ter vida aí nesses planetas, poderia essa vida até mesmo usufruir do disco de acreção para energia. Então, blanets é um conceito extremamente novo. Foi muito legal quando quando você vê o Interestelar e vê que esse conceito está sendo tratado ali. Como eu falei, o Kip Thorn, que é o cara que meio que bolou o Interestelar, além de ter lado toda a parte consultoria científica, ele é um cara que tá ligado na na no estado da
arte que a gente fala das pesquisas sobre buracos lindos. Então ele já sabia da possibilidade da existência de Black Hole Planets e por isso que ele fez tudo isso. O problema dos Black Hole Planets é identificar um planeta desses. Isso é muito complicado. E aí no filme eles usam lá toda a estratégia de você fazer as anomalias gravitacionais através do buraco de minhoca e tudo mais para que indique que existam planetas, planetas de água, planeta de gelo, planeta planetas diferentes ali orbitando. Então isso pode ser que que sim existam. O problema é o seguinte para
para vocês entenderem, tem muita coisa na física que a teoria está pronta, beleza? Então a gente fala que a teoria está ali posta, bonitinha, não tá violando nada, embora buraco de minhoca, eu não falei, mas tem coisa ali no buraco de minhoca que violam algumas leis importantes, como por exemplo, ter massa negativo, só para vocês terem ideia. Mas no caso, né, vamos passar do do pensar do princípio que a teoria das coisas que são desenvolvidas não viola nada da física. Então, tá ali bonitinho. O problema é que a física ela é uma ciência experimental. Então,
você tem que ter ou a observação ou o experimento que comprove aquilo. E é isso que acontece. Os blets eles são uma ideia, uma coisa, uma uma suposição do que pode acontecer. Será que um dia nós vamos conseguir detectar buraco de minhoca também? Será que um dia nós vamos conseguir detectar? Então, tão essas coisas que estão acontecendo aí. Mas o Interestelar é um filmaço. Eu espero que quem não assistiu na primeira vez no cinema, como eu, eu não assisti no cinema. Ten, eu tenho um caso interessante sobre o Interestelar no cinema que eu não assisti,
eu levei meu filho, meu filho era muito novinho, ele começou, não gostou muito e aí nós tivemos que sair do cinema. Mas eu já contei esse caso aí em alguns lugares. Voltando paraa história, quando a Muffy era pequena, ela conseguiu traduzir a mensagem, mas como a gente viu, ela não conseguiu fazer o pai dela ficar. Mas já adulta, né, ali na frente da estante pela última vez, ela lembrou disso, né? Lembrou da mensagem, entendeu que o fantasma dela era o pai dela se comunicando. Ela chegou nessa conclusão simplesmente porque ela tinha intuição que ali no
quarto dela acontecia algum fenômeno quântico. Por isso que ela foi lá tentar achar uma resposta, né? E a resposta que ela achou foi o pai dela falando com ela. Enquanto isso, lá no horizonte de eventos, o Cooper estava chorando até que ele recebeu uma mensagem do Tars. O robô também sobreviveu à queda no buraco negro. Daí o Tars começa a explicar que os seres chamados de eles salvaram o robô e também salvaram o Cooper. Os eles são seres da quinta dimensão e eles construíram este espaço em três dimensões para que o Cooper e o robô
entendessem o que tava acontecendo. Essa galera da quinta dimensão criou o tempo como espaço físico para que o Cooper pudesse interagir e enviar uma mensagem através da gravidade, assim que ele conseguiu empurrar os livros na estante da Murf através do tempo. Aí essa informação logou um triplex da cabeça do Cooper, porque só ele entendeu que a gravidade é uma força que atravessa dimensões e também atravessa o próprio tempo. Nesse momento, o robô já tem todos os dados quânticos sobre o funcionamento do horizonte de eventos, a gravidade, a quinta dimensão, tudo. Mas ele não tá conseguindo
transmitir os dados. Daí o Cooper pede pro robô passar os dados para ele, porque dali onde ele tá, ele vai passar os dados para Murphy através da estante. O robô discorda, ele acha que não vai dar certo. Ele diz que a galera da quinta dimensão não levou os dois para lá para mudar o passado. Daí o Cooper tem um insight, uma ideia. Ninguém de fora levou eles para lá, foram eles mesmos que foram. E foi assim que o Cooper de dentro do buraco negro enviou para ele e a filha no passado as coordenadas da NASA
lá no começo do filme. E aí ele entendeu que ele mesmo de dentro de um buraco negro tinha se mandado para essa missão para que ele pudesse mandar informações para Murphy para ela salvar o mundo. Então ele resolveu passar os dados através do relógio que ele deu para ela. Lembra que o relógio quebrou e ficou com ponteiro doido todos esses anos? Todos os movimentos do ponteiro estavam transmitindo uma mensagem em Código Morse. E o conteúdo dessa mensagem era justamente os dados que a MF precisava para salvar o mundo. A MF adulta conseguiu chegar nessa conclusão
porque ela estava totalmente concentrada, né, em entender de uma vez por todas o que que significava aqueles fenômenos no quarto dela. Então ela entendeu que o fantasma era o pai e começou a recapitular tudo de estranho que tinha acontecido a vida toda. E daí ela percebeu que Rológio também tinha uma mensagem. Então ela conseguiu os dados, terminou a equação e até apareceu ela toda feliz lá na base da NASA com a papelada na mão jogando pro alto, né, gritando eureca. Eureca vem do verbois em grego, significa descobrir. Essa expressão ficou famosa depois que o matemático
e físico chamado Arquimedes de Siracusa percebeu o fenômeno que ficou conhecido como princípio de Arkimed lá na Grécia antiga, ele tava tentando descobrir como calcular se a coroa do rei era feita de ouro maciço ou se estava misturada com prata. Daí ele passou dias pensando em como calcular isso, já que só colocando na balança não dava para saber. Ele também não podia derreter a coroa. Até que um dia ele foi tomar banho. Quando ele entrou na banheira, ele percebeu que uma quantidade de água transbordou. Daí ele saiu peladão gritando eca pela cidade. Com base nisso,
ele pegou uma bacia de água e mergulhou a coroa do rei. Ela transbordou uma quantidade X de água. Depois ele mediu o quanto transbordava o mesmo peso em ouro puro e o mesmo peso em prata pura. Daí ele viu que a coroa tinha transbordado mais que a prata pura e menos que o ouro puro. E assim ele comprovou que a coroa de fato tinha sido falsificada. Daí paraa frente essa expressão eureca, né, vem acompanhando várias descobertas científicas. E foi isso que a Murf repetiu no filme. Voltando pra história, lá no Horizonte de Eventos, o Cooperu
que o plano deu certo, porque aquele lugar construído em três dimensões começou a se desfazer. Ou seja, não era mais necessário ele ficar naquela construção para entender os conceitos da coisa. E aí ele reforçou que não foram seres alienígenas sobrevoluídos que ajudaram ele, foi a própria humanidade de um tempo futuro que fez aquilo. Já que o tempo não é linear e todos os eventos são conectados, o futuro ajudou ele a conseguir tudo isso. E o futuro só existe porque ele conseguiu tudo isso. São eventos interdependentes que acontecem no mesmo bloco temporal. Quantas estantes se desfazem,
ele consegue ver a Nava Endurance e Amélia e ele estica a mão para tocar nela. E para quem não percebeu, está acontecendo naquele momento, mas também já aconteceu. Lembra no início da viagem que a Amélia meio que vê um espectro perto da janela da nave? Era o próprio Cooper de dentro do horizonte de eventos. E isso também é para reforçar que tudo acontece ao mesmo tempo, né? Que essa coisa de tempo linear é uma convenção nossa para deixar o conceito mais simples, mas no universo não tem essa. Nisso tudo se desfaz em volta do Cooper
e ele aparece flutuando pelo espaço até apagar. Mas tem um detalhe nessa cena. Lá no fundo tem duas luzinhas piscando. Eram rangers que encontraram ele vagando pelo espaço. O Cooper acorda numa cama de hospital. O médico diz para ele que ele já tá com 124 anos. Ou seja, mesmo com a mesma cara de quando ele partiu da Terra, né, pela viagem espacial, se passaram dezenas e dezenas de anos na nossa contagem. Ele fica sabendo que ele tá na estação Cooper. Esse é o novo local que a humanidade habita no espaço e o nome foi dado
em homenagem a Murphy Cooper, a filha dele. Os primeiros dias se passam na estação e o Cooper vai conhecer as instalações. Ele passa por um tótem onde fica sendo exibido justamente aquelas entrevistas que abriram o filme. E pertinho dali tem um museu. Eles reconstruíram a casa do Cooper com tudo que tinha lá na Terra. Ele também encontrou o Tars, restaurou ele e ele ficou por lá até a Murfy chegar. E aí rola o momento mais emocionante de todos. A mãe velhinha, né, na cama do hospital e vários descendentes deles em volta dela no quarto. E
é muito duro pensar que a Muffy viveu uma vida inteira no mesmo passo que a gente, né? Enquanto isso pro Cooper, o tempo passou como se fosse algumas semanas, dias. Eles tem uma conversa rápida, mas muito emotiva. Ela diz pro Cooper que nenhum pai deveria ver a filha morrer e que ela estava cercada dos filhos e dos netos ali. Então era melhor ele ir atrás da Mélia. E o filme termina com Cooper e o Traz roubando uma nave e partindo atrás da Amélia. O Murf sabia que a Amélia estava sozinha em outra galáxia, mas que
lá tinha tudo para ser a nova casa da humanidade. E realmente aparece Amélia próxima do túmulo do Edmond, né? E mais tanto já tem toda uma base montada lá, né? Mostrando que estava realmente tudo certo pra chegada dos humanos. Ela só precisava que alguém fosse até ela e o Cooper vai. Só quero agradecer a todos. Espero que vocês tenham gostado desse vídeo aqui, essa análise aí do do Interestelar. Eh, é muito legal a gente reviver isso, principalmente agora que muitos conceitos a gente já tem a comprovação, principalmente o buraco negro, né? Como eu falei, buraco
negro quando o Interestelar eh eh foi lançado, tudo bem, a gente já tinha ali detecções que a gente tinha praticamente certeza absoluta que os buracos negros existiam, mas hoje a gente tem a foto, hoje a gente tem a observação do buraco negro. E e é muito interessante ver como que em 10 anos, né, toda essa área evoluiu demais, demais mesmo. E nós estamos aí, então, com o Interestelar. Então, só agradecer, agradecer o Peter, valeu demais pelo convite. Espero que todos tenham gostado. Vão lá, assistam, comentem, tá? Deixem aí nos comentários o que que vocês acharam
desta análise de Interestelar. Um grande abraço a todos. Fui bem pessoal, espero que vocês tenham curtido esse vídeo. Quero muito ver agora o comentário de vocês aqui embaixo. Vai ser muito satisfatório pra gente. Obrigado ao Sérgio Sacani que participou desse vídeo. Sérgio, você é fantástico. Você também que assistiu esse vídeo até aqui, você é fantástico demais. Você não tem noção. Se você quer mais vídeos como esse, dá sugestões aqui embaixo, toca aqui, se inscreve no canal, ativa o sininho. Fazer esse trabalho pr vocês é priceless, é sem preço, pra gente é uma alegria incalculável. Obrigado
por tudo isso. Espero você no próximo vídeo. Obrigado, galera. Fui.