passei 10 anos aqui dentro como internado discriminado naquela época era o medo mais horroroso da vida e fosse marcado como quem marca gado com ferro né me sentia mal mal porque eu não podia pegar meu fil nós vios assim caçados lá fora como se caçavam os animais a gente vinha com a sentença de morrer não tinha contacto com a gente gente nem os própri Padre eu tentei me matar quando eu me internei na colônia aí eu andava pelo caminho tinha dia quando el não aguentava pisar Andara de joelho as pessoas não pisava Nenhum de Nós
pisava era um isolamento [Música] doido em dois séculos milhares de brasileiros da região norte do país contra rancenize nas matas garimpos seringais em áreas insalubres de muita pobreza centenas morreram Sem tratamento muitos Tiraram a própria vida a maioria foi arrancada do convívio familiar e profissional e forçada a viver em áreas distantes das [Música] cidades eu nasci Santa Rosa do puru ex do peru com o Brasil já no Rio Purus nas cabeceira meu pai morreu Minha mãe ficou viúva numa extrema pobreza agora aí vamos sofrer sofrer aí contrair essa doença naquela época era um medo mais
horroroso da vida aí o o patrão do o dono do cingal não queria que eu andasse nem no barracão dele fui sofrendo e achando ruim e não queria sacar a sainha da minha mãe que ainda ainda tava meio em condições não tava tão alejada assim que quando vi que ia morrer e ele sofrendo também aí eu decidi Me bote numa Canoa arruma aí uma canoa e me solte no Rio que eu vou ter mão no lepros ou Vivo se eu não não morrer eu chego aí resolveu mãe colocou numa Canoa botou um litinho de farinha
uma latinha de sardinha e soltou no [Música] rio passei 10 anos aqui dentro como internado discriminado eu meu irmão um amigo meu meu pai viveu aqui dentro também [Música] faleceu aqui nessa terra agora mesmo vocês estão vendo como é que eu tô aqui minha vida foi Toda [Música] tristeza que eu não podia estar no meio de ninguém tinha que ser na mata que eu não era mais gente podia dier dele né aí me botou lá na mata lá me dava a comida aí bolei para mro canto foi ia para um canto ia para outro quando
não se abusava me dava comida outro me dava acabou roupa acabou dormido acabou tudo eu dormia no chão aquelas fagem 70 eu tirava sentado assim na P da Tábua mesmo assim todo tempo para aguentar aí com muito sofrimento eu passei um ano e 8 meses sem tomar um banho que eu não podia descer lá onde tinha água que me botaram mesmo lá para eu morrer mas eu era Duro Na Queda não morri a minha família foi muito pobre meu pai morreu e deixou todos os filhos pequenos a minha mãe lavava roupa eh às vezes para
da alimentação ela ia pro matador para pegar lá bucha pegar os pés de boi que o pessoal dava para ela naquele tempo não chamava ania não né era l não vou não que eu não vou deixar meus filhos não você vai você não pode ficar com seus filho aí já outro meninozinho de do anos 1 ano e se mes aí Tom menininho do C aí eu vi foi o jeito [Música] a renis é uma doença infecto contagiosa que atinge principalmente a pele e os nervos dos braços e pernas tem esse nome homenagem ao médico norueguês
Ger Hansen que em 1873 isolou o bacilo a transmissão é pelas vias aéreas e o contágio acontece depois de um convívio próximo e prolongado com a pessoa [Música] doente o Brasil concentra 15% dos casos conhecidos da doença no mundo na região norte os maiores fogos estão em municípios às margens dos rios madeira Purus Juruá e a Solimões no entorno de Manaus em áreas do Sul e nordeste do Pará essas pessoas a maioria delas morava em cinga né que são locais de interior na mata né então eles vinham de barco até essas colônias no cengal a
gente morava nessas casinhas assim se aqui é a casa do seringueiro a palheira que a gente derruba na floresta derruba e a gente cobre a casa púa suha isso aqui é a vida do seringueiro é jeito da Mata de lá a pessoa ficava mesmo se tratando remédio da Mata Às vez remédio da Mata mesmo ficava lá mesmo eu conheci gente que pegava o própio assim que ele tinha problema no dedo no no no no nervos né e estragava aquele osso a pessoa mesmo arrancar com as suas próprias mãos tirar fora aquele osso escorcia muito seringal
com as pessoas porque não tinha saúde lá trabalha do mesmo jeito tá a pessoa com íngua com íngua conhecia amigo meu tava com íngua e todo doente com com enfermidade chac nas pernas no pé obrigado a trabalhar aí quando eu passei a cortar a seringa já após TR anos que eu tava tomando a sulfona gente na na mata tinha muito espinho Eu peguei uma estrep aí começou um de um ferimento Zinho no meu pé direito aí comecei a sentir dor na perna né a perna doía muito Eu já já tinha dificuldade de caminhar quando era
no Coste tudo bem que eu não levava peso nenhum né Depois que esquentava o corpo eu tinha aqui nessa estrada grande que o meu irmão me ajudava eu tinha que cortar correndo era correndo para poder dar conta né quando eu já vinha com leite né o baú bastante pesado aí a perna começava a doer muito doía muito doía muito muito mesmo eu chorava muito aí eu a Deus chegar onde tivesse um pau atravessado na no caminho né para mim sentar um pouquinho para ver se aliviava mais a dor da minha perna aí eu andava pelo
caminho tinha dia quando eu não aguentava pisar andava de joelho até que eu cheguei na beira de um Garapé aí um cara disse que por água era melhor para mim para mim ir que era melhor que pelo caminho aí eu disci nesse Garapé cinco dias sem comer cavando o barranco arrancando Raiz com as mão cabei logo com as mão até que eu vim indo quando cheguei na boca do Garapé no rio aí eu fo custar a história eu saí de lá em fevereiro Vim chegar aqui em Julho mas a viagem era para visto até que
cheguei ali todo lascado eu vim doente adoci D meio de mundo e me jogaram para cá eu vim meio meio arrastado eu me sentia mal demais eu ficava com com raiva to vi isso aí é doente é lá é leproso lá leprosário aquil outro isso não é frase você falar com ninguém não rapaz no meu caso eu não sabia eles disseram para meu pai olha teu filho é doente meu pai chorava e minha mãe chorava eu não porque eu eu era não sentia nada dis papai que doença é essa que eu não sinto nada dis
ah meu filho mas você vai vir mais tarde você vai ver Por que que eu tô chorando e depois eu vim saber por que era por causa da grande discriminação que a gente sofria aí a minha mãe não me levou logo também não sabia o que era tratando com remédio caseiro até que chegou uma carta para minha mãe mandando dizer para eles que se eles não me trouxesse para o médico ele a polícia ia buscar que nesse tempo a polícia ia buscar mesmo daí nesse tempo quando o médico detectava a doença ele condenava como queer
se a gente tivesse cometido um crime né eu fui condenada a a viver isolada no leprosário aqui que era um campo de gado e as casinhas era dentro do campo D da Lama mesmo e a gente ficava lá junto com outras famílias com outras pessoas doentes também e separado da família foi um sofrimento muito grande que eu não gosto nem me lembrar desse dia da minha separação dos meus pais numa numa das ocasiões que eu saí daqui com meu pai para ir ver o Ciro de Belém no meio da estrada Meu pai fez um carro
parar nós Subimos era lá em cima o caminhão né Umas 4:30 5 hor da manhã el parou numa tapioqueira na beira da estada motorista parou Aí ele viu a dificuldade do meu pai do do companheiro dele para descer lá de cima aí ele percebeu a isso aí é leproso aí meu pai pediu café tomou tapioca Eu também tomei com caneco próprio que eles levavam o caneco né quando foi na hora de subir no carro eu disse não no meu caminhão vocês não viajam mais aí tem porco e eu não quero meu porco misturado com leproso
essa expressão ficou comigo até hoje como se fosse um marcado a ferro né a falta de informações precisas e o preconceito deixaram marcas tão intensas quanto a própria doença apesar de quase 90% das pessoas serem naturalmente imunes a rancenise os atingidos foram isolados do convívio social uma segregação compulsória leis obrigavam a captura e o internamento em áreas cham de leprosários e o comandante me olhou e falou que eu tinha condição de viajar assim só que se eu fosse descoberto que eu era doente na época eu eles iam ter que me deixar na beira do rio
fiquei dentro de uma rede saí à noite para ir ao banheiro para ninguém perceber que que eu tava eu que eu era doente né [Música] eu só tinha mancha eu perfeita Zinha minhas mã meus pezinhos meu nariz eu só tinha mancha aí pelejei para vir pra cruzeira do Sul que era onde tinha o tratamento mas o piloto do avião do governo não deixava eu [Música] vir eu tava na região de Marabá eu senti que eu tava doente aí o pessoal lá se escusar de mim teve gente que até jurou de me matar morava lá na
casa de uma mulher a mulher aí a mulher foi lá num povoado Zinho que tinha Aí disseram para ela que era para ela me botar de casa para fora que eu tava leproso aí a mulher a senhora disse não isso eu não vou fazer com Manel porque ele é gente ele não ele não é bicho do mato tudo que o ser humano vê diferente no outro ele olha duas três vezes e se for uma lepra que já vem olha até mesmo da Bíbia porque os leprosos usavam cobertor e um B da lngua aqui e era
sempre no mato diendo impuro impuros impuros era para ninguém encostar né e ficou um negócio assim cheguei criança com 10 anos aqui a gente cresceu arrumei a esposa fiz vários amigos na realidade isso aqui foi uma faculdade a faculdade da vida é isolado ninguém tinha comunicação com as pessoas vamos dizer assim da cidade quando a pessoa vinha para cá o parente lá fora dizia para outras pessoas que o Fulano tinha [Música] morrido daquele portão não entrava ninguém aí o sad do lado de lá conversava O doente do lado de cá e quem ia para lá
ia decidido Quando morr ia pro cemitério saí nem pensava na época Teve uma época tinha um vidro e aí o Sadi ficava pelo lado de lá e o doente por aqui né não tinha contato nenhum quando tinha um rapaz me esperando com outro policial no meio do caminho cheguei lá meu irmão já tava em casa nós saímos de casa com uma maleta para nós três e dois sacos Ave Maria eu já vinha chorando dentro de [Música] casa muito duro PR vir saí da minha casa não vi minha [Música] mãe áreas de isolamento começaram a surgir
na região no final do século XIX a primeira grande colônia da Amazônia de 1924 a colônia do Prata instalada no município paraense de Garapé aul em 1925 é veja do Estado do Amazonas a colona Belisário Pena começa a receber paciente de paricatuba marem direita do rio negro a oeste de [Música] Manaus no Acre Em 1927 a colônia hernan agrícola recebe os primeiros internos no município de Cruzeiro do Sul em 1928 abre o leprosário Souza Araújo na capital Rio Branco [Música] 1942 é inaugurada Antônio aleo a leste Manaus no exato local do encontro das águas do
rio negro com Solimões nesse mesmo ano de 1942 começa a funcionar outra colônia no Pará Marituba nas proximidades de Belém em 1954 a coluna J benar é aberta em Porto Velho Rondônia [Música] foi primeiro catequese de índio depois foi colônia correcional depois foi que foi adaptado para ser leprosário n aqui é o prédio da antiga Colômbia elizário pen eu subi essas escadas em 1958 deixando minha mãe na minha terra Eesse isolamento tinha prefo tinha delegado tinha guarda tinha o administrador tinha o chefe de enfermagem os casais dormia lá pra casinha deles a companheira fazia a
boinha deles os solteiros tinham a pensãozinha o cozinheiro era doente o copeiro era doente aqui nesse local era uma enfermaria dos homens né A onde eu mais ou menos morava por aqui assim a comida vinha carne de boi trazida do belo jardim da beira do rio e lombo de animal tinha três burros e tinha o comboios para vir deixar chegava entregava voltava Aí quando eu cheguei era aquela sujeira medonha não não existia água para fazer limpeza citara pro cara e era lá no meio do campo uma uma sanitário não sei para para quantas casas que
era o a água para tomar um banho era um Garapé lá no meio do campo que lá o boi bebia e tudo sei que era peraro mesmo Issa aqui era uma escolinha antiga onde muitos aprendeu pelo menos assinar o nome tinha um um professor mesmo doentinho mas ensinou a uma porção deles cada um vivia a vidinha dele para lá ganhava uma Rei uma uma uma coberta e se cuidava para lá teve morte aqui de Matança Mat mesmo porque não tinha quem o responsave cada um mandava em cada um o doutor era de o em o
di ele vinha teve médico PR de ter medo da gente isso aí é conhecido e aqui tem muitos que conheceu ele quando chegar Opa para lá aqui não o preconceito era tamanho que não era permitido a gente andar nas ruas de Manaus a gente tinha que ficar totalmente isolado aqui dentro mesmo muito triste a gente vinha pensa de morrer quando a gente saía lá da casa do dos Pais da gente da família a gente já vinha para morrer aqui os que viviam lá fora os que era sad como a gente chama eles não olhavam pra
gente por Amor eles tratavam a gente com uns terror que nós não tinha nada nós tinha dois vestidos que o governo dava de ano ano era muito difícil a gente passava uma vida que não era de ser humano não os dias de visita ele mandava a gente vestir a melhor roupa que a gente tinha por mais fosse rendadinho né mas estava limpinho ali esperando a visita eu não recebia [Música] visita a vidraça Era passada no meio ali quando os parentes da gente viha visitar a gente a gente não podia nem não podia conversar não podia
nem pegar na mão do menininho da gente nem [Música] nada a família da gente é visitar a gente era que nem aquele balcão tinha uma vidraça a minha mãe ficava do lado de lá e eu do lado daqui para não ter contato quando um padre ia da missa lá a gente ficava lá pro Cantinho da gente e o padre do outro lado do parlatório não tinha contao com a gente nem os própr [Música] Padre tão preconceito que quando nascia a criança já tinha de embolar ele ali nem dava banho nele já embrulhava ele já tirar
muitas vezes menino pegava pegava lebr de chuva pegava chuva pegava esado já pegava uma penia ali muit del morreu com dois dias ou três já foi lá avisar que tinha dado a criança para alguém né sem a nossa autorização dava sem autorização dos pais não tinha mais contato ninguém sabia quem era os pais adotivos nada nós encontramos ela elas tinha o qu 38 anos para mim ela estava nascendo de novo ali naquela hora foi um abraço tão grande tão forte que mexeu muito vi muito acontecer tirar os filhos e muitos que hoje não também não
encontraram o filho ainda é eu tinha receio de eu chegar assim dizer para ela minha filha eu sou sua mãe ela não aceitar né el dis que eu tinha reito no princípio eu tinha vergonha de contar o que eu vou contar para vocês mas a minha mãe tinha muita deformidade da Patologia e eu cheguei aqui quando eu vi minha mãe eu perguntei PR ela se não dá para trocar de mãe que eu queria uma mãe mais bonita né Eu Nasci Aqui em 39 porque meus pais tinham vindo para cá e se conheceram aqui né meu
pai e minha mãe se conheceram aqui namoraram né casaram aqui eu sou o segundo de 11 filhos que minha mãe teve quando eu nasci foi logo separado naquela separava né e ia para uma creche que hoje tem em Belém PR a criança nascer eu separa nem mamar não mamar a primeira mamadinha nem pensar o quase 8 anos incompleto Apareceu uma mancha de renias eu fui para Marituba uma uma enfermeira disse ó o que que essa criança faz aqui já que o pai e a mãe estão na colha do prato Leva ele para lá para viver
com o pai e a mãe eu vim para cá em 1947 porque eu me lembrei da separação quando eu tive com minha mãe né foi também muito forte foi uma separação de deixar ali como se deixasse um objeto que talvez não prestasse mais né Foi isso que eu senti muito no ano de 2010 no Dia dos Pais meu filho me deu um presente ele chegou comigo e disse Papai eu tenho uma grande mágoa do Senhor o Senhor nunca lutou por nós o Senhor nos abandonou nos deixou lá eu digo meu filho eu não lhe dei
o amor e o carinho que você merecia que você merece porque eu era aniano eu tive que ser internado no hospital e ficou você e sua [Música] mãe em 1944 surge o tratamento e a cura definitiva Com remédios à base de [Música] sulfona mesmo assim o governo brasileiro iria manter o isolamento compulsório por mais 30 anos na minha opinião seria a falta de conhecimento principalmente com a patologia como é hoje como quando surgiu a Ades a rendia na época era Ades de hoje né todo mundo tem tem medo porque não tem conhecimento a colônia o
hospital a gente tinha muito medo de vir mas foi uma libertação paraen ano que vivia escondido lá em Manaus porque aquele doente que disser que não viveu escondido lá em Manaus é mentiroso lá da onde eu vim eu passei um ano praticamente sem sair na rua vivia isolado dentro de casa quando eu cheguei aqui no hospital eu fiquei liberto aí eu tinha com quem brincar no meio dos outros então mim foi melhor ter vindo cá do ter ficado [Música] lá eu não gosto de me lembrar muito disso sofri muito toda eu passei 19 anos not
de parente de mãe então gost at quando eu me internei na colônia eu tentei tomar veneno para morrer mas depois viu uma luz na minha cabeça que eu tinha que cumprir uma cina dada por Deus ou por outra pessoa e eu tinha que cumprir então eu eu pisei na cabeça e não vou fazer isso né passei um ano e 4 meses aqui no alejo era aquele morenão musculoso sadio jogava bola bem só dava de gravatinha eraa o homem que recebia maturidade locutor de amplificadora cantava na rio mar na difusora né fazia aquele naquele tempo nós
chamados doentes os leprosos nós trabalhávamos para nós mesmos porque era nós que cuidávamos de nós mesmos de 28 mais ou menos 28 para cá era doença da pele até em 1949 depois lepra aí já depois de de 60 e e um bocado para cá rinhas o prefeito dis aquele que sair do meio dos outros vai pegar um xadrez que ele não vai se esquecer mais nunca na vida o xadrez Era com sal nas paredes era o negócio era a rotina dos internados muda radicalmente a partir de 1976 uma portaria do Ministério da Saúde põe fim
às antigas colônias elas vão sendo desativadas e transformadas em casas de acolhida e hospitais diferência de doenças da pele e tratamento da [Música] rancenise quando desativou nós ficamos a Mercer do que fazer porque ninguém sabia os anos e anos que passamos dentro da colônia então nós ficamos assim uma gaiola é aberta né para um pássaro Sem Saber para Onde voar se até hoje diversas colônias no Brasil nós não tínhamos tido identidade como até hoje as pessoas querem dizer que nós somos os anos nós temos um nome eu tenho um nome então eu quero ser chamada
pelo meu nome valden noura o que é que é direitos humanos né que direitos humanos é esse que não me dá oportunidade de estudar eu tava em Marituba ganhei uma bolsa de estudo e fui nos colégios em Belém os melhores colégios de Belém com uma bolsa quando eu dava o endereço que eu tava na colônia de Marituba não tinha vaga no colégio aconteceu em quatro tá tá na cara que foi preconceito e recebi alta médica aí na minha na minha fil ainda tem assim adaptada socialmente aa diz isso né mas isso era só no papel
porque na prática a gente era ficava isolado vem dizer em casa porque a gente não podia estudar mais não podia né não tinha contato o preconceito hoje não é para rines o preconceito hoje é da secrea que a gente ficou porque eu tenho seca naão e eles vão ver a minha seca mão o preconceito hoje é so sobre deficiência n a doença recorda o sofrimento que que passou usar Pavoro lembra de de mãe o pai não quando vim já tinha morrido mas a minha mãe a gente recorda bastante aí ela ela tinha esse programa se
procura parentes perdidos aí como eu sabia o nome da minha mãe completo e o meu aí eu botei e ela com radinho lá e alamira pegou só eu vi uma mensagem do teu irmão a Não não é mamãe senhora tá ficando doida que ele já morreu não sei quantos anos não ela disse que vai repetir aí é vald Divino Vieira de Freitas aí eu peguei ela escreveu para mim aí eu mandei buscar ela Ah tu já pensar 19 [Música] anos o sofrimento faz parte do passado a medida provisória 373 assinada em 2007 pelo então Presidente
luí Inácio Lula da Silva reconheceu o direito à pensão vitalícia o Brasil foi o primeiro país do mundo a reconhecer esse direito quem viveu isolado hoje constrói uma vida mais digna moela Não repara o dano causado Não repara né não tem como você reparar e aqueles pais de família que foram separados da esposa separados dos filhos ou a mãe que foi separada do marido veio para cá foi separada dos filhos isso não tem dinheiro que repare Mas por outro lado melhorou um pouco da vida da gente né melhorou pelo menos o governo reconheceu isso e
a gente sabia que só um governo de esquerda era capaz de fazer isso o dinheiro que veio para mim A a compra da caminhonete para mim foi muito ótimo demais agora não tenho dificuldade para mim vir PR para cá pro sítio né quando apareceu esse dinheiro aí eu disse agora eu vou fazer aquilo que Deus mandou que eu fizesse aí eu montei essa H isso aqui é cupu aqui é a minha tangerina já tá começando a produzir eu tenho uma faixa de 50 pé aqui que já tá nessa idade de 3 anos Isso aqui é
gerimum é abóbora esse aqui tá já tá produzindo esse aqui é o limão o Taiti né Isso aqui é Pimenta de Cheiro isso aqui é o açaí o açaí Pará isso aqui abo is é banana sabe eu não sei nem o nome dessa banana eu saio de manhã com uma caixa cheia aí na rua gritando Olha a verdura Olha a verdura Olha a verdura Olha a verdura cheiro verde que abo maxixe Pimentinha Tem tudo aqui dentro da caixa e quando é 9 eu tô em casa com o bolso o dinheiro no bolso e a verdura
vendi todinha foi aí fiz muita coisa a gente essa casa né que essa casinha era feinha aí Eu ajeitei tudo aí comprei essa caixa d'água e tudo e e a gente paga muita gente para para fazer as coisas para nós né que aí eu ia ver não tinha nemum rádio que o din não dava para comprar um rádio porque se fosse comprar um rádio faltava o Dino da comida né Aí quando o Flamengo ia jogar né Aí eu ficava quando passava eu perguntava rapaz O Flamengo ganhou ganhou nada rapaz ia ver tinha perdido agora na
hora que ele vai jogar né eu ia só ligar a televisão plantei ali um terreno aqui né fechei ajeitei a casa do meu filho a mulher me ajudando também ampliou aqui a casa do sobrinho dela né que é aqui também vendendo o terreno e a gente vai quebrando o galho [Música] com as coisas boas que que tem às vezes não posso mais me usufruir mas eu vou continuando e curtindo a vida que a gente tem o momento de vida que a gente tem né da forma como como a gente bem puder eu peguei vesti fiz
tipo lancho uma coisinha para meus filos ficar vendendo queria que eu fizesse eles que est movimentando isso aí fazer um lancho e compri um carroz para mim andar você viu comprei meu carro hoje já recebo meu o dinheiro me serve pra minha pra minha alimentação para que eu [Música] preciso é ela quer compra que a gente compra uma casa aqui no terreno do do do bairro do colégio mas só tem casa lá embaixo nas Ladeira onde a gente se for para lá a gente vai continuar isolado de vida a gente já ter passado tanto tempo
isolado hoje eu quero morar num canto assim aonde eu olho pr pra frente que eu veja uma distância né uma visão bem Bon tá bem Ampla aquo que a gente queria até na juventude não teve n é mas tá bom a gente quando tá velho precisa mesmo de mais paz no coração n prisa mais tranquilidade tô me sentindo bem tranquilo graças a Deus não tô pagando aluguel como a gente estava isolado compulsoriamente criar os filhos e os netos da gente é um prazer enorme porque a gente não tinha esse direito casava os filhos eram tirad
da gente e hoje o que a gente pensa dá de tudo de melhor para eles não existe coisa melhor né é a gente ter o carinho a proximidade dos filhos da esposa dos netos da família em si eu escolhi a cadeira mas é muito bom dis você fez o que você devia fazer o que você pensou foi certo eu pensei também que você comprar é bom comprar você alivia mais aí fica bom PR você passear só não vou dizer que você vai cidade da cadeira não ah mim EUA me sentindo S que Deus é bom
né eu me senti que outra pessoa na vida que eu não tinha mais fé nisso eu me senti feliz que o homem er verdadeiro né que ninguém esper Nunca na mão dos outros não ia sair nunca essa casa bonita é a minha casa a casa que Eu ajeitei fui PR Roraima Venezuela Andei por Aí solto como um pássaro não tomor porque a gente na hora que sai lá fora que o pessoal sabe que a gente é doente fica meio meio desconfiado com a gente essa pensão Vital irmão foi uma benção de Deus e que Deus
tenha misericórdia com pastor do presidente Lula que eu oro todo dia por ele que ele se recupere porque foi o único presidente que se lembrou de nós quando recebi senti um aliso tão grande que eu nem sei Aí ligeiramente eu digo vou aplicar já numa casa eu eu não clamo de nada da sorte me sinto realizado tranquilo e a gente come bebe todo dia o dinheirinho dá com suficiência pra gente [Música] sobreviver eu pelo menos me sento segura chegar no lugar entrar no restaurante em qualquer um canto me alimentar sair porque eu já sei qu
meus [Música] direitos aí a gente tratou de aplicar um pouco ajudar um pouco as pessoas e depois a minha esposa recebeu E aí a coisa melhorou o poder de vida que esse tipo da gente melhorou [Música] muito e hoje no Brasil foram muitas pessoas beneficiadas aqui na comunidade Antônio Aleixo a gente observa o usufruto que essas pessoas tiveram né a qualidade de vida com certeza muitos consertaram suas casas outros compraram seus carrinhos e a gente vê a felicidade a alegria dessas pessoas estarem usufruindo de um direito Claro que não vai pagar nada do que nós
passamos as perdas que nós tivemos nada vai pagar mas um benefício desse foi muito bem-vindo para dar qualidade de vida para as pessoas me sinto feliz para caramba quando eu vi pela primeira vez um companheiro no balcão de um banco receber o dinheiro você não sabe que prazer eu senti naquilo não era o meu era do primeiro internado que foi daqui mas isso aquilo me lavou a alma tá entendendo era era estava assinando a carta de euria dele economicamente [Música] falando e é assim a vida né A vida é boa né é boa [Música] k
[Música] [Música] [Aplausos] [Música] k f [Música] [Música]