As marcas da Civilização Islâmica no Nordeste Brasileiro

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História Islâmica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: https://pastebin.com/SRpKMQfW Gosta de nosso conteúdo e acredita na imp...
Video Transcript:
Salam meus queridos amigos e sejam bem-vindos a mais um vídeo aqui do canal história islâmica E hoje vamos falar de um dos assuntos que como vocês sabem que acompanham a página aí algum tempo e o site no hisor islâmica nas outras redes sociais é muito querido por mim por diversos fatores né um porque eu sou nordestino né Sou natural de Recife Pernambuco e outro porque eu gosto muito da história da Península iberic islâmica ou a andalus E hoje vamos falar sobre a história nordestina da cultura transmitida pelos muçulmanos e a cultura árabe da Península Ibérica
no nordeste do Brasil e como isso chega aos nossos dias e Quais aspectos dessa Cultura a gente pode identificar hoje mas como sempre né esse assunto é extremamente extenso eu não poderia abordar tudo que o incomp passa num simples vídeo como esse mas eu vou fazer o máximo que eu puder para passar o maior número de informações a vocês o maior número de aspectos sobre a presença da cultura árabe medieval islâmica da Península Ibérica na cultura nordestina nos tempos de hoje mas antes eu queria fazer um disclaimer o história islâmica ela é uma página temática
uma página que aborda a história so uma perspectiva e a história de um tema bem específico que é a história islâmica se eu estou falando aqui de história dos muçulmanos na península ibérica eu não estou fazendo uma exclusão de outras influências eu não estou excluindo a influência Judaica da Península Ibérica na cultura nordestina não tô fazendo uma exclusão da cultura africana não muçulmana ou da a cultura indígena não é simplesmente um enfoque temático pelo tema da página Porque sempre quando a gente fala de influência islâmica na cultura norestina vem aquele pessoal né que são assim
chamados de banin que são os retornados ao judaísmo nodestino falar ah você está querendo apagar nossa cultura porque a cultura foi influenciada pelo judaísmo não foi influenciada pelo judaísmo mas também foi influenciada pelo Islã e pela cultura árabe e pela medievalidade islâmica Afinal a península ibérica teve uma presença contínua de mais de 902 anos né entre a última expulsão dos muçulmanos em 16 614 da Espanha e a chegada dos muçulmanos de 71 de tarik Mad você tem quase um Milênio de história foi governada em partes em alguns casos a maior parte da península por muçulmanos
então obviamente que a maioria da transmissão cultural vai ser primeiramente Cristã né obviamente através da cultura católica europeia e depois islâmica né porque foi a cultura conquistada no processo conhecido como reconquista a Judaica também ela vai existir né ela vai ter sua também forte presença mas não significa que ela é a única ou que tudo que a gente apontar tem que sempre fazer uma referência ao judaísmo dos anusim ou dos cristãos novos judeus que também haviam cristãos novos islâmicos porque isso é a única coisa que tem não você tem as duas coisas Esse disclaimer é
muito importante porque sempre que a gente fala né vem a pessoa a falar lá que não você tá tentando apagar a influência Judaica não é isso mas acrescentar mais uma e explicar mais uma pras pessoas Então vamos ao vídeo Um dos traços mais característicos do Brasil é a sua diversidade étnica e cultural nosso país é marcado por uma variedade de cores sotaques hábitos pratos culinários e expressões artísticas frequentemente é dito que nosso país foi formado pelo encontro fundamental de três povos os indígenas os portugueses e os africanos na verdade a nossa ascendência cultural é muito
mais complexa e diversa porque nosso país recebeu Imigrantes de várias outras nacionalidades ao longo dos últimos 200 anos quando falamos da influência de Portugal por exemplo na formação do Brasil não podemos entender isso no sentido de uma influência puramente europeia os portugueses que colonizaram o atual território brasileiro por cerca de 300 anos possuíam uma herança cultural original no oriente médio e do norte da África também através dos povos Árabes e amigues ou berberes muçulmanos na região Nordeste do Brasil é onde essa influência cultural islâmica foi mais forte Pois essa foi a parte do Brasil com
maior colonização portuguesa entre os séculos x e 1 que conservou em seus costumes e tradições uma quantidade maior de elementos culturais medievais Portugueses e árabe portugueses trazidos pelos primeiros colonizadores neste documentário iremos abordar as influências islâmicas na cultura nordestina do Brasil mas para isso precisamos voltar no tempo e entender como o Islã chegou em Portugal e como seus traços culturais entraram no Brasil os mouros e a formação de Portugal o que ficou conhecido como reino de Portugal e que deu origem à moderna nação portuguesa foi o resultado de um longo processo de ocupação e desenvolvimento
Cultural de distintos povos aos primeiros habitantes ibéricos da região ocidental da Península Ibérica somaram-se povos de origem Celta e pequenas populações de origem Fenícia e cartaginesa que se estabeleceram em alguns locais a partir do século I antes de crist os romanos dominaram a península ibérica levando sua cultura e sua religião primeiro o paganismo tradicional e depois o cristianismo com a desintegração do Império Romano ocidental nos séculos quto e 5to depois de Cristo a região foi dominada pelos chamados povos bárbaros de origem germânica primeiro os suevos e depois os visigodos durante a dominação visigótica a pequena
parcela letrada da Península Ibérica continuou preservando parte da tradição Romana e expressando suas visões de mundo através da língua latina também a igreja cristã-católica se exprimia mediante uma tradição litúrgica e uma disciplina canônica distinta daquelas seguidas pelas comunidades cristãs No resto da Europa Ocidental porque uma coisa também é muito importante a gente falar né as primeiras igrejas cristãs que se estabeleceram digamos assim com maior difusão entre os visigodos que eram os germânicos que dominaram invadiram a península ibérica 250 anos antes dos muçulmanos chegarem era o arianismo né era muito comum você teve após ali a
conversão de Leo vigilo uma nova leva de catolicismo mas o arianismo ele era muito forte e após a conquista muçulmana você vai ter a imposição com a reconquista do cristianismo gregoriano pelo cristianismo católico moçárabe que existia antes então a Igreja Católica dentro da Península Ibérica a igreja cristã como um todo ela vai passar por diversas ondas de novas recristianização e novas padronizações cristãs durante esse processo de perda da Cristão do território reconquista Cristão do território e por aí vai então é interessante que as pessoas saibam isso isso porque as pessoas sempre acham que ah não
foi uma restauração Católica na verdade o catolicismo D reconquista diferente do cristianismo que você tinha em diversos aspectos antes dos muçulmanos chegarem na península ibérica apesar de toda essa sucessão de povos que se alternaram no domínio político da Península Ibérica seria um erro pensar que houve uma completa substituição de uma sociedade humana por outra as terras conquistadas pelos suevos e visigodos eram resultantes da mistura dos Romanos com os povos seut tíos que viviam ali anteriormente foi dentro desse contexto de diversidade étnica Inter Cultural de confrontos e instabilidade política que os muçulmanos chegaram à Península Ibérica
mas de que muçulmanos estamos falando chamados de muçulmanos e seguidores do Islã a religião codificada pelo profeta árabe muhammed ou Maomé em português na região da atual península arábica no século X depois de. Cristo após a morte de Muhammad os árabes convertidos ao Islã foram conquistando sobre o comando dos califas os sucessores do profeta no governo islâmico vários territórios no oriente médio e norte da África ao longo dos séculos Vio e vi levando sua religião e cultura e se misturando com os povos conquistados cruzando o Estreito de Gibraltar a pedido de nobre visigodos que se
opunham ao regime do rei que havia usurpado o trono Rodrigo aqueles exércitos eram compostos por Árabes e berberes amiges a população nativa do norte da África convertidos ao Islã tarik Bin ziad o general destes guerreiros muçulmanos era também um amig de origem africana as tropas de tarik conquistaram o reino visigodo transformando a região numa divisão administrativa do império dos califas árabes da dinastia omíada de Damasco os cristãos os ibéricos chamavam os muçulmanos de mouros do latim mauros a forma como os romanos nomeavam os povos bbes norte-africanos e essa nomenclatura é muito importante a gente entender
nessa fase da história vamos lá Mouro do latim mauros era como os cristãos da península ibéricos habitantes da Península Ibérica chamaram os primeiros muçulmanos porque eles chegaram ali da região da mauritânia os britânicos na era da Renascença no século X em diante vão associar o termo Mouro à Negritude da pele porque você vai ter a influência da cultura shakespeariana da representação de hotelo e Todas aquelas questões mas na península ibérica Mouro era simplesmente muçulmano os muçulmanos podiam ser pretos podiam ser brancos podiam ser loiros os olhos azuis eles eram chamados igualmente de mouros então tinham
mouros africanos tinham mouros também chamados árabes tinham mouros ibéricos visigodos convertidos ao Islamismo todo mundo que era muçulmano todo mundo que vivia no que vai se chamar de Alanda luus era chamado de mouros de tal forma que na expansão marítima portuguesa séculos depois desse período que a gente tá falando agora muçulmanos chineses vão ser chamados de mouros também muçulmanos filipinos vão ser chamados de mouros pelos espanhóis até hoje a comunidade muçulmana Filipina é chamada de Mouro pelos filipinos cristãos ou hispanización Mouro era todo mundo que era Muçulmano e veio da mauritânia mauros eles eram mauros
antes eles eram mauros depois se converteram ao Islã eles passaram a ser chamado de mauros e assim ficou conhecido né o período como Espanha Moura o governo dos mouros porque Originalmente os primeiros tinham vindo da mauritânia mas os subsequentes não você vai ter alguns impérios africanos que vão conquistar ândalos dos muçulmanos ibéricos né do período taifa que vai a gente vai falar um pouco sobre isso mais tarde depois dar algumas pinceladas nesse assunto mas Mouro significava simplesmente muçulmano nesse período histórico que a gente tá falando durante seu governo na península ibérica que chamavam de aland
alos correspondente à maior parte dos territórios centrais e meridionais dos atuais Portugal e Espanha os mouros estabeleceram o mesmo estatuto jurídico de tolerância religiosa existente em outros domínios muçulmanos na Idade Média os judeus e cristãos sob domínio islâmico recebiam o estat de zim ou protegidos podendo manter suas crenças e práticas religiosas e pagando o imposto conhecido como gizia somente por homens em idade militar mas as fronteiras de crença e ou cultura não eram completas os novos conquistadores Árabes e bbes se misturaram com a população conquistada como haviam feito tantos outros antes deles esses casamentos e
novos laços familiares ocorreram nos mais diversos níveis e camadas da sociedade no campesinato até à nobreza assim a religião islâmica também se espalhou através dos casamentos Por volta do século X a região de aland alos da Península Ibérica já possuí uma grande população muçulmana para além dos conquistadores as pessoas se distinguiam pela religião que professavam mas não pelas suas origens étnicas haviam muçulmanos de origens árabe bber mas também pessoas de origem hispano Romana ou visigótica que haviam se convertido ao Islã bem como eslavos e pessoas de diversas etnias que acabavam viajando para lá ou migrando
dentro de um quadro de migrações do mundo islâmico Mais amplo os filhos de árabes com mulheres de outras etnias eram chamados de muad ou muladar posteriormente a palavra mulato os muladas da Península Ibérica medieval eram etnicamente diversos e se tornaram população majoritária de alândria que era um império de pessoas que falavam árabe Porém todas mulatos é importante notar que quando os cristãos medievais usavam a expressão mouros eles estavam se referindo a uma população muçulmana que era etnicamente bastante diversa composta não só por Árabes e amiges Mas também de hispano romanos e visigodos convertidos ao Islã
indivíduos mestiços na região norte da Península Ibérica continuavam existindo territórios de populações e uma nobreza guerreira local que não foram conquistados pelos mouros esses territórios desde o período romano e visigótico tinham uma tendência há uma maior autonomia política devido a sua posição geográfica de zonas montanhosas difíceis de invadir com exércitos as lideranças locais cristãs dessa região norte da Península Ibérica formaram um reino de Astúrias e seus monarcas se proclamavam herdeiros da antiga nobreza visigótica então um ponto que é também muito interessante as pessoas falarem ah os muçulmanos foram se expandindo e chegaram lá na região
do norte da península ibérica e foram repelidos na mítica batalha de covadonga que Muitos historiadores inclusive questionam se ela realmente aconteceu mas a na verdade aquele padrão se seguiu por todos os conquistadores que vieram pra Península Ibérica fossem eles Romanos ou os próprios visigodos aquela região cantábrica aquela região do norte da Península Ibérica ela nunca foi conquistada por ninguém por dois fatores um porque ela é extremamente montanhosa porque não tinha recursos interessantes ali e porque os habitantes eram basicamente montanheses de vilarejos extremamente difíceis de governar e que não ofereciam nenhum atrativo para conquistadores Então ela
simplesmente foi deixada independente e os reinos cristãos do Norte vão ser descendentes desse territórios que ficaram sobre Independência administrativa porém não tributária porque ao longo dos séculos aqueles governantes Independentes eles vão pagar pro governo islâmico os tributos e os impostos devidos mas dizer que ah os muçulmanos foram lá mas porque aquele povo era extremamente ruim bruto corajoso e Valente eles não conseguiram conquistar não simplesmente como o Brian catlos Coloca no seu livro Kingdoms of Faith eles não conquistaram porque não tinha nada de interessante a ser conquistado ali não tinha rotas comerciais não tinha recursos agrícolas
interessantes as partes mais férteis da península de haviam sido conquistadas então assim a reconquista ela vai nascer ali mas quando ela começa não era vista como uma coisa grandiosa um grande Triunfo de uma batalha que vai ser colocada posteriormente como a de covadonga por exemplo que Muitos historiadores consideram como lenda mas foi somente a partir do século 9 que essa cultura foi se inserindo no Grosso da população setentrional ibérica quando os novos reinos cristãos começaram a se formar na região rompendo o monopólio dos Reis das Astúrias reivindicando a herança do reino visigodo estes novos Reis
faziam os incursões militares nos territórios islamizados de alândria os muçulmanos do Sul de reconquista mas esse termo não explica bem a realidade da época pois não havia em Muitos daqueles reinos cristãos um projeto Claro de tomada integral das terras do aland e seus monarcas faziam guerras contra governantes muçulmanos da mesma forma que também faziam uma guerra contra outros Reis cristãos disputando entre si as terras do Norte e as novas Terras conquistadas do Sul Além disso não se tratava de uma retomada territorial pois os cristãos do Norte e seus reinos não eram totalmente uma continuação da
antiga população do reino visigodo do centro e do Sul peninsular por mais que os reis sentent triona mais reivindicassem essa continuidade é uma coisa que eu quero sempre trazer as pessoas que falam sobre essa questão da reconquista as pessoas que nasceram no norte da Península Ibérica que continuou digamos assim independente e cristianizada elas não eram nativas do Sul então quando elas vão pro sul e conquistam o sul de muçulmanos judeus e cristãos do Sul elas não estão reconquistando nada elas estão conquistando elas elas podem estar recristianização manos que chegaram na península ibérica no ano de
711 eles eram um grupo diminuto de um exército eles não substituíram a população e daí por diante a população do Sul passou a ser descendente de invasores não população do Sul foi se convertendo ao Islã gradativamente mas eram tão nativos ibéricos quanto os do Norte Então os do Norte eles foram ora expulsando ora tomando o território do Sul mas eles não eram nativos do Sul que eles estavam controlando é muito importante falar isso porque fala-se sempre da expulsão religiosa tanto de judeus quanto e muçulmanos da Península Ibérica como a retomada uma a expulsão de invasores
não os povos só haviam mudado de religião eles não haviam sido invasores de nada eles haviam adotado a religião dos novos conquistadores havia dentro dos próprios cristãos católicos da Península Ibérica uma clara distinção entre as populações dos reinos do Norte e dos cristãos que viviam sobre governo Muçulmano e alândria o latim como língua na liturgia burocracia e demais produção escrita os cristãos de aland conservavam suas as tradições litúrgicas e canônicas vis góticas em língua latina mas usavam o árabe como língua nos demais usos do cotidiano por conta de sua maior assimilação com a cultura árabe
os cristãos de aland foram chamados de mossar abes do Árabe mustar ou arabizados na medida que os reinos cristãos do Norte conquistavam as terras em alândria e de cristãos moçárabes os reis cristãos aplicaram sobre os seus súditos judeus e muçulmanos um sistema jurídico de tolerância religiosa muito semelhante ao dos governantes musul humanos de alândria religião e Seu culto mediante o pagamento de um imposto especial à coroa Cristã assim como nos territórios islâmicos era permitido aos muçulmanos e judeus a existência de comunidades e representantes próprios nas cidades que atuavam como intermediários entre o governo e os
súditos não cristãos os muçulmanos sobre o governo cristão da Península Ibérica eram chamados de mudejares termo que tem um significado arábico que denota o Deixados para Trás a partir do século X o território muçulmano da Península Ibérica foi se fracionando em pequenos reinos chamados de taifas com a queda do califado omíada na década de 1030 entre os séculos 11 e 12 duas dinastias bbes do Marrocos tentaram unificar novamente al ândalos os almorávidas e almoadas mas acabaram também caindo em conflitos internos mas como dentro desse contexto tão diverso surgiria Portugal a partir do século X se
tornou comum os reis cristãos a norte da península oferecerem terras e benefícios aos nobres e cavaleiros de outros lugares da Europa que os ajudassem em suas guerras contra os mouros e contra outros cristãos no final do século X o rei Afonso vi de leão e Castela tomou várias terras dos muçulmanos auxiliados por nobres de outras partes da Europa e também de outros muçulmanos que eram seus aliados dentre os nobes que combateram nos exércitos de Afonso vi estava Henrique da Borgonha da família dos duques da Borgonha da região ocidental da atual França como recompensa por seus
serviços Henrique recebeu de Afonso vi em 1096 o Condado de portucali uma região que corresponde aproximadamente ao Norte do Portugal moderno entre os rios Douro e Minho esse território havia sido tomado por Afonso do seu próprio irmão nas muitas disputas fraccionadas entre reinos cristãos na península ibérica O Conde Henrique recebeu também em casamento a mão de Teresa uma das filhas do Rei Leones Castelhano estreitando seus laços com a nobreza Norte peninsular apesar de governado por um senhor feudal borgonhas o Condado de Porto cali possuía uma nobreza local mossar que reivindicava a descendência árabe ligada ao
antigos emires e califas e até mesmo a própria linhagem do profeta mohammad essa nobreza local local usava a descendência árabe como forma de legitimar seus antigos privilégios frente aos novos senhores de origem borgona a elite portucalense era portanto composta de famílias moçárabes Castelhano leonesas E borgonhas então Afonso vi ele vai dar o Condado que era de seu irmão Garcia que ele havia derrotado para esse Nobre vindo lá da França e Portugal ele começa sua Gênese aí com uma nobreza mista de moçárabes castelanos leoneses aragoneses cristãos arabizados muçulmanos ibéricos arabizados num grande Brasil ainda nessa época
O Conde Afonso Henriques que nasceria do casamento de Henrique da Borgonha com Teresa assumiu o controle de portucali em 1128 os sentimentos Autonomistas portucalense levaram o seu Conde a se proclamar rei em 1140 após vencer uma batalha contra os muçulmanos nascia então o reino de Portugal Afonso Henriques passou então a ser chamado de Dom Afonso i o primeiro rei português apesar da assistência Inicial o novo reino foi reconhecido pelo Rei Afonso vi de leão e ela em 1143 e pelo Papa Alexandre I em 1179 no território do atual Algarve em Portugal formaram-se três taifas importantes
ou reinos islâmicos mértola silvis e Évora o nome Algarve que até hoje existe em Portugal deriva do termo que os árabes usaram para nomear aquela região garb aland alus ou o ocidente de aland ou simplesmente algarb ou o ocidente de onde deriva a palavra Algarve em 1147 navios transportando Guerreiros da Inglaterra Flandres e Alemanha que se dirigiam I para combater na segunda cruzada no Oriente Médio aportaram em terras portuguesas com ajuda de cerca de 11.000 cruzados os 9.000 homens comandados por Dom Afonso Henriques de Portugal tomaram a cidade de Lisboa defendida por aproximadamente 15.000 muçulmanos
no mesmo ano Afonso Henriques também conquistou a Cidade de Santarém dos muçulmanos a conquista de Lisboa pelos portugueses mostra a diferença que havia entre os cristãos do Norte peninsular e os cristãos moçárabes e os cristãos cruzados do restante da Europa embora todos fossem membros da igreja católica possuíam atitudes diferentes em relação às conquistas em terras ibéricas durante a tomada da Cidade os cruzados mataram o bispo moçárabe da cidade o Rei de Portugal apesar de ter protegido a população moçárabe nos anos seguintes nomeou um bispo de rito Romano para a sed de Lisboa o inglês Gilberto
de hastings Então essa reconquista essa recristianização que os reinos do Norte vinham se expandindo pelo sul elas eram prejudiciais não só para os muçulmanos que perdiam seu território e iam parar num governo de domínio Cristão mas também pelos próprios cristãos arabizados que não seguiam um cristianismo da mesma corrente em todas as aspectos que os cristãos do Norte e como no caso de Lisboa o arcebispo mossar que havia sido respeitado por todos os séculos da Península Ibérica islâmica foi morto pelos cruzados e substituído por um bispo inglês vindo de fora então esse processo de reconquista muitas
vezes envolveu na maioria da parte na verdade a vinda de Nobres e Cavaleiros e pessoas de outras regiões da Península Ibérica para invadirem a península ibérica em nome de Reis ibéricos locais os cristãos moçárabes estavam acostumados a negociar com líderes cristãos do Norte e governantes muçulmanos do Sul os cristãos do Norte concediam tolerância aos seus súditos muçulmanos e judeus mas impunham suas próprias normas eclesiásticas aos cristãos Moss arbes locais quanto aos cruzados de outras partes da Europa a postura contra os muçulmanos e judeus era mais hostil com saques e massacres para os cruzados os cristãos
moçárabes pareciam-se muito com os árabes e eram visto com desconfiança como potenciais colaboradores do inimigo nesse período que estamos descrevendo agora a parte islamização em 1212 contra os exércitos combinados dos reinos de Castela Aragão Navarra e Portugal ajudados por tropas de outras partes da Europa durante o século XI os reinos Castelhano e aragonês conquistaram grande parte do território de aland restando apenas o grande Reino de Granada ao sul como vassalo da coroa de Castela foi também no século XI que o reino de Portugal concluiu sua expansão peninsular com o Rei Dom Afonso I conquistando Os
territórios do algarb totalmente em 1248 que foram incorporados aos domínios dos Monarcas portugueses com como o reino do Algarve os reis Portugueses e demais monarcas cristãos ibéricos mantiveram em grande parte a política de tolerância com as populações muçulmanas e judaicas de seus domínios até a conquista do reino de Granada por Fernando de Aragão Isabel de Castela no ano de 1492 assim como na região que corresponde ao atual território sul da Espanha também a região da atual nação portuguesa foi centro de um rico desenvolvimento cultural no período de dominação muçulmana dessa produção cultural se destacaram a
poesia e tradição dos sufis místicos muçulmanos sobre a poesia aponta musicista Catalão luí soller todo mundo era poeta em Silves no Algarve qualquer camponês à frente de sua carroça de bois podia improvisar sobre o tema que lhe fosse proposto os poetas notáveis cruzavam a Espanha visitando as cortes onde lhe eram oferecidos alojamentos gratificações cátedras alguns poetas do Portugal islâmico ficaram famosos podendo se destacar ibn mukana de Lisboa que viveu no século X e compôs versos sobre animais cultivos e outros aspectos da natureza al mutamid um governador de Silves e rei de Sevilha entre os de
1069 1091 cuja corte acolhia vários poetas literatos e sábios e ibin Sara de Santarém que no século XI compôs também poemas voltados aos fenômenos da natureza dentre os mestres sufis do algab o mais célebre foi ahmed Bin kassi da cidade de Silves que viveu no século 12 Além de sua produção escrita sobre a religião islâmica ibn kassi também iniciou um movimento de contestação aos abusos do Poder dos governantes muçulmanos da época pregando uma ordem política baseada na justiça com seu exército de seguidores o mestre suf chegou a ter do seu poder importantes cidades como mértola
Évora Silves Beja e niebla foi considerado por muitos seguidores como mardi o enviado para preparar o retorno de Jesus e combateu o anticristo no fim dos tempos segundo a crença islâmica apesar da luta contra os almorávidas e almoadas i binc também teve de lidar com conflitos internos com seus ex seguidores que se voltaram contra ele cercado por vários inimigos o líder sufi buscou uma aliança com o rei Cristão de Portugal Dom Afonso Henriques Essa aliança foi o pretexto usado pelos seus adversários para convencer os habitantes muçulmanos de Silves a assassinarem brincasse no ano de 1152
e isso mostra a complexidade dos governantes muçulmanos da Península Ibérica eles eram artistas eles se aliavam com cristãos e muçulmanos e às vezes se aliavam com muçulmanos contra cristãos e essa história é muito importante pra gente entender o panorama do que foi a reconquista o fim da chamada reconquista em 1492 marcou um novo capítulo na história da Península Ibérica naquele mesmo ano os reis de castelo e Aragão expulsaram os judeus de seus domínios que se recusaram a receber o batismo católico em 1496 o Rei Dom é primeiro de Portugal expulsou os judeus e muçulmanos do
reino que não aceitaram batismo como condição para poder se casar com uma das filhas dos Reis da Espanha Fernando Isabel quanto aos muçulmanos de castelo e Aragão em 1502 foi-lhes dado o mesmo Ultimato batismo ou expulsão a política dos Reis portugueses espanhóis a partir da década de 1490 visava uma completa uniformização religiosa de seus reinos o tribunal da Inquisição Instituição da igreja católica para punir e julgar os herges dissidentes foi utilizado pela coroa para reprimir judeus e muçulmanos batizados que continuassem praticando sua antiga fé em segredo os chamados cripto Judaísmo e cripto Islamismo mesmo práticas
culturais de origem islâmico Judaica como língua vestuários nomes música dança e culinária foram reprimidas pelas autoridades régias e eclesiásticas Os descendentes das populações muçulmanas convertidas ao catolicismo na Espanha e Portugal foram chamados de mouriscos em Portugal contudo que recebeu populações muçulmanas das regiões conquistadas na época da expansão marítima na costa Africana e nas índias o termo mourisco também foi aplicado aos súditos musul ulanos oriundos de Posses e colônias de alemmar e aos muçulmanos escravizados da África como muitos mouriscos oriundos do ultramar português também eram obrigados a se batizarem na igreja Católica também essas pessoas eram
perseguidas pela inquisição se continuassem a praticar a religião islâmica em segredo Então vamos a um pequeno glossário dessa parte da história Algarve do Árabe algarb ou o ocidente Gibraltar do Árabe jabar ou montanha de tarik que foi a montanha por onde veio o conquistador muçulmano Moss arab do Árabe mustari ou arabizados cristãos que não haviam abandonado o cristianismo sob domínio muçulmano mas adotado a cultura árabe mudejar do Árabe mudan ou submetido domesticado termo utilizado para os muçulmanos que viviam sob domínio Cristão na península ibérica muladi do Árabe muad ou de mãe não árabe ter mudado
as pessoas de origem mestiça de pais Árabes e mãe não árabe nascidas na península ibérica taifa do Árabe tawaif ou facção nome dado aos reinos islâmicos fraccionados surgidos após a queda do califado omíada na península nos anos 1030 influências árabes na língua portuguesa a primeira influência que a cultura islâmica deixou em Portugal foi na língua essa influência é facilmente perceptível em muitas das palavras da língua portuguesa conforme explica o escritor árabe canadense Habib Salum o português está saturado com mais de 1000 palavras de origem árabe algumas são tão fáceis de detectar as palavras em português
começam com al são quase todas resultado da assimilação do prefixo árabe que significa o e que em espanhol passou a ser L da mesma forma topônimos portugueses que começam com od e com Ode ou od como od leite odelouca od aer todos derivados do wad Árabe que significa Vale apesar do português ser uma língua de origem Latina ele assim como o espanhol possui uma série de palavras derivadas do Árabe diferenciando-se de outras línguas derivadas do latim dos antigos romanos a princípio Pode parecer simples explicar essa presença árabe na língua portuguesa Afinal os árabes dominaram grande
parte do território português por cerca de 500 anos e mais de 700 anos na Espanha Mas entre o domínio romano e a conquista árabe tiveram em Portugal o domínio visigótico que praticamente não influenciou o vocabulário espanhol e português com palavras germânicas A diferença é que tanto o latim quanto árabe foram utilizados na península ibérica não somente como a língua de comunicação no cotidiano mas como a língua da escrita para os registros dos atos do governo para correspondência para rituais religiosos para produção científica literária e cultural os moros governaram grande parte da Península Ibérica utilizando a
língua árabe aproximadamente a mesma quantidade de tempo que os romanos haviam dominado anteriormente na região fazendo o uso da língua latina segundo os linguistas as línguas escritas produzem vocabulários mais amplos e complexos e esse efeito ocorre mesmo sobre a parcela analfabeta da população já que muito da produção escrita antiga e medieval era usualmente lida ou recitada em público como a Bíblia nas igrejas e o alcorão nas mesquitas os atos de governo e sentenças da justi Justiça proclamadas Diante do Povo pelas autoridades as obras de saber debatidas entre os estudiosos ou as canções e poemas recitados
entre as mais variadas classes sociais cerca de um quarto das palavras do português primitivo são originárias do Árabe conforme explica o filólogo Antonio ris ele também um árabe brasileiro autor do famoso dicionário rés da língua portuguesa num total de 3.000 a 3200 palavras do português primitivo há no mínimo 800 palavras de origem árabe numa estatística verbal contemporânea de então é impressionante o acervo de palavras árabes que existem vivas no português representando algo em torno de 25% do vocabulário da língua portuguesa primitiva e essa estatística toma em conta também os vocábulos então recém derivados dentro dos
territórios peninsulares sob a dominação muçulmana também os judeus e cristãos utilizavam-se da língua árabe para sua produção escrita foi só com o avanço das conquistas cristãs do século X que o latim voltou a ser usado na documentação e produção cultural escrita em maior escala exercendo novamente influência sobre a língua e cultura em seu vocabulário e é interessante se a gente vai analisar em algumas Fontes você tem a reclamação de clérigos cristãos da Península Ibérica de que as pessoas só queriam falar árabe que era língua Cult era língua digamos assim considerada a língua do Futuro naquela
época língua da sofisticação então por isso que o árabe carregou tanto o português é muito difícil que um brasileiro passe um dia sem falar uma palavra que tem origem árabe café açúcar algodão laranja alface arroz Fulano Chaveco papagaio tanta coisa do nosso idioma tem origem no idioma árabe a presença dos mouros no Brasil como vimos o fim da reconquista no século XV acarretou uma trágica sorte para a população muçulmana peninsular conv versões forçadas e expulsão a população batizada que permaneceu em território português e espanhol foi chamada de mourisca mas no caso português foram chamados de
mouriscos também os muçulmanos de domínios ultramarinos trazidos cativos para o reino de Portugal ou para as colônias enquanto na Espanha a coroa e a inquisição buscavam a pagar a maior quantidade possível de resquícios da cultura islâmica em suas terras chegando até a perseguir o consumo de cusc prato de origem amig norte-africana em Portugal a atuação contra os traços da cultura árabe foi menos Intensa como apontou o Diplomata franco-brasileiro Nicolas de benet foi o árabe A primeira língua que os portugueses tentaram utilizar para se comunicar com os indígenas que habitavam a costa do atual território brasileiro
foi em árabe que ocorreu a primeira comunicação do Velho Mundo para o novo mundo e é a língua árabe a primeira de todas as línguas do continente antigo que foi ouvido vi no novo com efeito seguindo o exemplo de cristovan Colombo que acreditando poder chegar ao Oriente pela Rota do Oceano Atlântico levou consigo na sua primeira viagem um judeu convertido de língua árabe e Hebraica cujo nome ainda nos é preservado Pedro Álvares Cabral também teve com ele um interprete árabe e acreditando que a baia do Porto Seguro onde havia desembarcado estava ligado ao continente asiático
encarregou esse intérprete de se comunicar em árabe com os nativos não era preciso acrescentar que foi sem sucesso mas esse fato que nos é preservado nos anais da viagem de Cabral parece de alguma forma simbólico como os portugueses ao longo de sua expansão marítima pela Costa da África e do Oceano Índico entraram em contato com muitos povos muçulmanos ou que tinham contato com rotas de comércios árabes era natural que levassem suas expedições intérpretes falantes de língua árabe mas não foi através dos intérpretes das expedições marítimas que a cultura árabe se fez mais presente no território
brasileiro mas sim através dos próprios colonizadores e dos escravizados como explica debet ao todo do ano de 1500 ao ano de 1600 os primeiros colonizadores da América do Sul pertenciam à Espanha e ao sul de Portugal ou seja uma parte fortemente orientalização arabizados assim transportadas para a América foi acrescentado ainda outro elemento oriental desta vez um elemento puramente oriental os prisioneiros de guerra das campanhas portuguesas do Marrocos bem como os árabes descendentes de árabes ou mestiços residentes no território português e espanhol eram muitas vezes exilados e deportados ao menor pretexto para as novas colônias do
outro lado do Atlântico e os judeus muitos então não o fizeram desfrutar de um melhor tratamento mas a circunstância que provocou a imigração de indivíduos foi a expulsão em 1610 dos mouriscos árabes judeus convertidos ou aparentemente convertidos ao cristianismo embora os estudos mais recentes consideram que a composição dos primeiros colonizadores não fosse somente das parcelas mais arabizados de Portugal e espanhas como acreditava de Bené é correto dizer que a presença da cultura islâmica no Brasil veio de duas fontes o reino de Portugal e os domínios ultramarinos portugueses na costa africana não só pessoas de classes
mais baixas que vieram de Portugal ao Brasil possuíam ascendência árabe mas também indivíduos de classes mais altas como o Capitão Martin Afonso de Souza um dos primeiros donatários das capitanias na colônia que era descendente de um filho de um rei português Dom Afonso io que teve fora do casamento com a princesa muçulmana muitas vezes se Divulga a ideia errônea de que o Brasil foi colonizado por criminosos É certo que muitos crimes eram punidos pela lei portuguesa com desterros para as colônias mas nem todos esses delitos eram crimes no sentido que entendemos hoje muitas vezes as
punições eram resultantes de eleições políticas ou religiosas nem todos os portugueses que vieram para o Brasil foram forçados haviam também pessoas em busca de novas condições de vida esperando uma ascensão social que não teriam acesso no reino de Portugal outros buscavam um lugar mais distante onde poderiam praticar seus costumes e suas crenças longe dos olhares das autoridades apesar das perseguições e da repressão religiosa sofrida grupos mouriscos trouxeram ao Brasil parte de seu legado cultural muitos dos quais já se encontravam bastante enraizados na cultura portuguesa essas características muitas vezes se mantiveram ainda mais fortes no Brasil
do que Portugal isso se explica pelo fato de que além dos míos peninsulares o Brasil recebeu também populações muçulmanas escravizadas da África ao longo do séculos XV ao x entre os muçulmanos africanos escravizados o elemento religioso era uma forma de conservação de sua identidade e manterem um senso de comunidade entre si como os escravizados muçulmanos costumavam ser mais letrados do que os escravizados de outras origens eles possuíam mais facilidade de preservação e de passarem para as gerações seguintes seus costumes e tradições mesmo sobre a imposição do catolicismo pela das autoridades coloniais uma prova disso é
que Viajantes europeus do século XIX encontraram populações de escravos muçulmanos no Brasil que se reuniam para orações e estudos da religião islâmica como o nordeste foi a região do atual território brasileiro que foi colonizada mais intensamente nos dois primeiros séculos da presença portuguesa isso fez com que os elementos da cultura de Portugal medieval entre elas a herança mourisca se fixassem mais no povo Nordestino do que em outras partes do Brasil Então esse fator é fundamental os muçulmanos vinheram com a esquadra lá da Arábia ou do norte da África e conquistaram no Brasil e por isso
temos influência da cultura muçulmana mas os portugueses católicos tinham influência da cultura muçulmana na arte na construção na música no vocabulário na alimentação então é por isso que a gente tem uma série de pratos de origem arábica medieval que fizeram o seu caminho até a culinária brasileira e pessoas muçulmanas que vinham com cripto islamismo da mesma forma que com cripto judaísmo pelo fato de dominarem um território muitos distantes culturalmente diversos os portugueses tendiam a ser mais flexíveis com os cust distintos mas Em ambos os casos a prática da religião islâmica foi severamente proibida a cultura
árabe está presente no Brasil desde o descobrimento da terra pelos portugueses foi através das tecnologias desenvolvidas ou aprimoradas pelos árabes como a bússola o quadrante e o astrolábio e as velas latinas triangulares que os navios portugueses puderam se lançar aos oceanos essa influência se nota em diversos termos de origem Náutica Portuguesa que derivam do Árabe influência Nas artes e música Na paisagem que que os portugueses foram formando através das vilas fazendas e cidades que erguiam na nova colônia brasileira havia com características arquitetônicas luzas herdadas dos árabes e berberes as construções de casas estreitas de portas
e janelas ou de pátios internos eram inspiradas na arquitetura dos povos árabes para impedir a entrada com força do Vento do Deserto no edifício ao mesmo tempo que os mantinha arejado a disposição espacial das casas com uma sala para visitas mais próxima da Rua e demais cômodos dirigidos ao interior também refletia o ambiente Dom muçulmano que privilegiava a privacidade familiar em especial das mulheres enquanto o cômodo voltado para a rua era o local de convívio dos moradores com os visitantes e a vida pública o pátio interno era a área reservada para o convívio íntimo da
família outro elemento arquitetônico predominante no nordeste brasileiro do período colonial que combinava a praticidade climática e costumes familiares religiosos era o mus sharab essas estruturas de treliças de madeira eram utilizadas no nordeste em conjunto com amarrações de telhas para arejar iluminar as janelas de forma controlada os mucharabi também permitiam que as mulheres da casa pudessem observar o movimento da rua sem serem notadas pelas pessoas que passavam de Fora esse elemento hoje em dia no Nordeste é conhecido como cobogó e você vai até hoje encontrar eles em diversos edifícios pelo nordeste casas até fora do nordeste
em outras regiões do Brasil e é uma herança da mairia ou no português do mucharabi que é aquela parede cheia de furinho aquela janela cheia de furinho que você vai ter que é uma herança da cultura islâmica que acabou chegando no Brasil também O azulejo que que é uma característica bem conhecida da arquitetura portuguesa também veio de influência Árabe utilizado principalmente nas igrejas para criar imagens de Santos ou para decorar fontes O azulejo foi Originalmente usado pelos árabes e outros povos muçulmanos para hornar suas mesquitas com formas geométricas já que o Islã proíbe o uso
de imagem nos edifícios e cultos religiosos no Brasil desde o período colonial O azulejo esteve presente como elemento decorativo nas casas e igrejas até a própria palavra azulej né vem do Árabe AJ e outros termos como a própria C né que é aquela moldura que você coloca na base do Azulejo também vem do Árabe né sanfa que você coloca lá então você vai vendo que isso é uma reconstrução na península ibérica medieval em terras brasileiras mas é na poesia e na música que mais se fazem presentes as influências árabes na cultura nordestina brasileira a sociedade
árabe anterior ao surgimento do Islã utilizava a escrita em menor grau isso fazia com que aquele povo composto de grupos nômades e seminômades dos exércitos se cultivassem uma tradição marcada pela oralidade um dos traços dessa oralidade era a rica produção poética sobre os mais variados temas esses versos eram declamados e recitados em público e muitas pessoas se acostumava a guardar vários desses poemas da memória Muitas vezes os versos eram também acompanhados de música O musicista Catalão Luis Soler nos ajuda a compreender a importância do poeta na sociedade árabe pré-islâmica o hábito da improvisação poética de
Funda vivência nas tribos árabes nômades quando entra no século se faz sua aparição à escrita árabe facultando grafar a tradição estoura na portent osa floração da poesia pré-islâmica que nos tem deixado os modelos máximos da raça era naquele tempo que okaz pequena cidade a três jornadas de Meca realizava uma feira anual que juntava as mais diversas tribos de todos os territórios aproveitando aquele contato celebrava-se sertes poéticos Nos quais cada tribo pela voz do seu poeta competia com as outras cantando façanhas e Virtudes dos seus o poeta aliás eraa considerado um das figuras mais proeminentes em
cada comunidade beduína altamente admirado e respeitado por todos no mundo grandioso Sem dúvida mas no qual os objetos a perceber são em número limitado o poeta do deserto aguça sua capacidade de observação para captar a expressão de um olhar identificar um Rastro na Areia ou um grito na noite e nessas tribos errantes espalhadas pelo Deserto imenso no meio árido e difícil debaixo de um sol escaldante de dia e no frio penetrante das noites carregadas de estrelas a eloquência e a arte de cantar verificando representava um Carisma aolado com qualquer coisa de grado um poder de
perturbar transcendentaliza as ações e paixões do indivíduo e da coletividade no meio denso de forças telúricas representava também uma prova de alçado espiritual somente pode ter a capacidade de bem dizer quem é capaz de bem pensar esse modo de fazer poesia de improviso em competições entre diferentes poetas falando dos temas do cotidiano também se desenvolveu nas sociedades berberes islamizadas do norte da África sendo presente ainda hoje no Marrocos e através do norte da África foi levado a península ica influenci na poesia árabe andalus mas também a poesia trovadoresca Cristã peninsular na região Nordeste do Brasil
permanece ainda hoje a tradição dos Poetas e cantadores muitos analfabetos comporem poemas de improviso sobre temas do cotidiano e de reunirem grupos para duelarem em seus versos e essa tradição dos repentistas ela vem diretamente do Árabe medieval do zajal que ainda hoje existem países como o Líbano e aqui eu vou mostrar para vocês um vídeo onde eu vou comparar o zajal árabe e o repente nordestino [Música] [Música] [Música] ar Às vez só dorme no chão e não tem aonde morar você não diga isso não e tenha cuidado na vida ou vaiou ficou arriba canta quem
sabe cantar o pobre falta comida falta coma cobertor Olha o pobre trabalhador no Brasil não pode morar mas que eu era Ainda sou e tem tudo e não falta nada só não vi a vaquejada que a chuva não vai deixar eu quero ver a vaquejada enquanto está derramando a gente fica cantando e deix a chuva molhar no campo da música o primeiro elemento importante são os instrumentos musicais que o Nordeste recebeu da cultura portuguesa renascentista a maioria deles de origem árabe medieval conforme explica o musicista catelão Luiz Soler os europeus carentes de instrumentos para animar
suas festas e salões precisaram tomar emprestados aos muçulmanos o seu variado e Rico instrumental de fato a Europa até hoje deve em grande parte aos árabes a esplendorosa música instrumental que a renascência inaugurou graças a este empréstimo pois São muitos os tipos de instrumentos que integram as nossas atuais sinfônicas que foram encampados pelo acidente copiando os modelos muçulmanos as cópias sendo possíveis graças ao contato Vital que a cristandade tinha com sarracenos andaluzes na época do Rei João I de Portugal entre os anos de 1385 e 1433 o arquivo registra uma orquestra formada por alaúde guitarra
arpa arabit rabeca anafil charamela e orgão instrumentos de tradição muçulmana quase todos eles é claro que muitos desses instrumentos foram adaptados com o tempo mas a grande maioria dos instrumentos de corda e percussão que se encontram no ritório musical nordestino possuem origens na cultura dos mouros da Península Ibérica mas não foi só na parte material que a música nordestina foi influenciada pela tradição musical Moura também nos ritmos e estilos musicais podemos observar essa herança existem dois exemplos que são tão fáceis de perceber a semelhança apenas ouvindo sem necessidade de conhecer a fundo a teoria ou
a história musical agaua é uma forma de música marroquina originária Por volta do século X pelo povo da Guiné da África Subsaariana ocidental que teve contato com os berberes do Marrocos o povo guinal utiliza a música para acompanhar algumas de suas cerimônias religiosas islâmicas de forte caráter Místico a música agala marroquina surgida desse encontro exerceu uma influência sobre o estilo do samba de coco do estado de Pernambuco de duas formas principalmente a primeira pelo instrumento utilizado o ganzá espécie de chocalho de metal ou plástico usado no coco é semelhante aos kra Krebs uma forma de
castanholas de ferro usada pelos músicos da gnau a segunda semelhança se encontra no ritmo da música o coco usa escalas e compassos semelhantes ao dagn diferentes ritmos da África ocidental comos [Música] [Música] [Música] subir no olho da Aroeira para tirar uma Beira que ch marar subir no olho da Aroeira para tirar uma Bea quear ela não ferrua só enrola no cabeço ao fazar ela não ferrua falando cabe fazar olar uma ela diabtica [Música] ela ela grande parte dos estudos que apontam as influências da cultura árabe na poesia e música nordestina muitas vezes ignorados por estudiosos
que possu uma visão focada unicamente n influências ocidentais europeias da cultura brasileira foram realizados pelo movimento armorial movimento de intelectuais e artistas surgido na década de 1970 que buscavam Resgate das tradições populares no nordeste brasileiro e é só você analisar o tanto de instumentos que a gente US na medievalidade que a gente US até hoje que tem nomes com origem no árabe como esses aqui que vocês estão vendo na tela influência na agricultura pecuária e culinária quando os árabes ocuparam a península ibérica trouxeram para o território seus gêneros e técnicas agrícolas ampliando e diversificando os
cultivos para além da Agricultura praticada pelos antigos romanos influenciados pelas normas de limpeza e higiene da religião islâmica os árabes introduziram também os maiores cuidados sanitários no cultivo da Terra e no manejo dos animais dos diferentes territórios que dominavam os árabes trouxeram para a península ibérica cana de açúcar frutas cítricas como a laranja e o limão e cereais como arroz o clima e a grande quantidade de terras férteis no Brasil possibilitou que essa vastidão de cultivos introduzida na península pelos mouros fosse cultivada ainda em maior escala na colonização portuguesa daquele território a grande produção agrária
Portuguesa no Brasil foi possível devido ao legado dos muçulmanos medievais conforme aponta o sociólogo brasileiro Gilberto Freire se foram os cruzados que torceram as espanhas o Moinho de Vento aplicado em certas partes da América nas Índias ocidentais por exemplo a indústria do açúcar foram os moros que introduziram em Portugal o moinho de água ou a Azenha avou do Engenho colonial brasileiro de moer cana pelo impulso da queda de água sobre uma grande roda de madeira João Lúcio de Azevedo salienta que a própria Oliveira parece ter se tornado melhor utilizada em Portugal depois da vinda dos
moros explica João Lúcio A nomenclatura proveniente do latim para as árvores Oliveira Olival olivedo de origem árabe o produto azeitona azeite leva a pensar em um maior aproveitamento Dessa espécie vegetal no período muçulmano o fato é significativo como significativo é o verbo mourejar ter se tornado sinônimo de trabalhar em língua portuguesa significativa a quase tão comum em Portugal e no Brasil trabalhar como Mouro e foi o Mouro a grande força Operária em Portugal o técnico o lavrador ele quem deu as cousa sua maior e melhor utilização Econômica quem valorizou a terra quem salvou das secas
por meio de inteligente irrigação não só a Oliveira foi aumentada de valor e de utilidade pelas ciências dos moros também as vinhas além do que foram eles que trouxeram a península Laranjeira o algodão e o bicho da seda desempenharam a função de técnicos e não apenas de energia e não só o algodão o bicho da sede e a laranjeira introduziram os árabes mouros na península desenvolveram a cultura da cana de açúcar transportada depois da ilha da madeira para o Brasil condicionaria o desenvolvimento econômico social da colônia portuguesa na América dando-lhe organização agrária e possibilidade de
permanência e fixidez o Mouro forneceu ao colonizador do Brasil os elementos técnicos de produção e utilização Econômica da cana nos dois primeiros séculos da colonização portuguesa a cana de açúcar representou o principal motor da economia do Brasil plantada em larga escala para a exportação usando-se da mão de obra doss africanos escravizados muitos deles muçulmanos a cana de açúcar também centrou nos hábitos culinários dos colonizadores lzo brasileiros muitos ingredientes e gostos da culinária brasileiras er dada dos portugueses são de origem árabe conforme aponta o sociólogo brasileiro Gilberto Freire diversos outros valores materiais absorvidos da cultura Moura
ou árabe pelos portugueses transmitem-se ao Brasil também o conhecimento de vários Quitutes e processos culinários certos gostos pelas comidas oleosas e gordas ricas em açúcar o cuscuz soje tão brasileiro é de origem norte-africana Portanto o gosto brasileiro por tempeiros variados e Sabores doces é uma herança cultural árabe a diversidade étnica e cultural e as distintas condições climáticas do Brasil entretanto produziram algumas modificações em relação aos pratos Árabes e bbes originais na tradicional cabidela nordestina composta de fígados e outros Miúdos de galinha ao molho acrescentou-se o sangue de galinha no molho algo que não existia na
receita árabe original já que o Islã proíbe o consumo de sangue dos animais e a cabidela original ela era feita somente com com o fígado do animal e não tinha sangue e ela vem justamente do Árabe kibd dia ou literalmente feita de fígado o cuscuz um dos pratos mais tradicionais do Nordeste era Originalmente feito de sêmola mas no Brasil passou a ser utilizado o milho que era cultivado em maior quantidade na região nordestina do Brasil diferente do caso espanhol no qual o cuscuz era visto pelas autoridades da Inquisição como indício de prática que de cpit
Islamismo nos domínios portugueses o cuscuz era visto apenas como um costume culinário sem significado religioso com relação aos doces temos dois pratos de influência Árabe que estavam presentes nos primórdios da colonização portuguesa do nordeste brasileiro o alfenim e o Tareco o alfenim é um pequeno doce de açúcar refinado moldado em formas de animais já o Tareco é um pequeno biscoito feito de farinha de trigo ovos e açúcar os brasileiros também herdaram dos árabes a forma de conservar a carne salgada exposta ao sol prática iniciada no nordeste depois praticada em larga escala no Rio Grande do
Sul com o termo Shark do Árabe a Shark o processo de expansão marítima portuguesa ampliou o acesso ao açúcar a diferentes temperos e especiarias entretanto foi a cultura árabe que deixou ou no povo brasileiro o gosto por doces em temperos que as navegações portuguesas tornariam mais acessíveis e aqui podemos ver diversos termos de culinária de cultivo que tem origem árabe e que estão no Português porque vem justamente dessa herança medieval influências no vestuário os muçulmanos na idade média possuim um contato comercial intenso que conectava a rota da seda e o índico com o Oriente Médio
o deserto do Saara e o norte da África dentre os produtos que circulavam nessa essas rotas comerciais estavam os tecidos diversos tipos de tecidos foram introduzidos na península ibérica pelos muçulmanos e seus nomes derivados da localidade onde eram produzidos foram incorporados à língua portuguesa Embora tenha sido colonizado por um povo europeu o Brasil até a primeira metade do século XIX apresentava entre a sua população de origem portuguesa hábitos muitos diferentes do restante da Europa Ocidental foram anotados por Viajantes ingleses e franceses no século XIX Entre esses hábitos o mais fácil de perceber era a forma
de se vestir muitas práticas diferenciadas de vestuário do Brasil com Colonial Imperial eram resultantes do contato com a cultura indígena e de diferentes culturas africanas mas encontramos também nas formas de vestir do Brasil influências mouriscas e árabes tanto da Península Ibérica quanto da África muçulmana o gibão ainda hoje usado pelos Vaqueiros do nordeste brasileiro era uma peça de roupa usada na Europa medieval e renascentista com formatos e materiais variados sua origem provém da Juba dos moros ibéricos uma veste longa ajustada nas partes superior e solta na cintura para baixo com mangas levemente ajustadas no antebraço
ao pulo os parcelanos medievais transformaram A Juba na al juuba levemente modificada mas ajustada nas mangas e dorso e larga a partir da cintura terminando nos joelhos mas no final do período medieval A Juba deu lugar ao jubon ou rubon em espanhol que logo se deci minou por outras partes da Europa o rubon ou Gibão possuía um formato mais curto na altura da cintura e era aberto na frente podendo ou não ser fechado com botões muitas vezes as mangas eram levemente afastadas ligadas por algumas costuras facilitando a mobilidade dos braços a versão do Gibão que
mais se disseminou no início da colonização do Brasil foi a sua versão mais simples usada pelas classes mais baixas o uso de modelos mais antigos até o século X também foi comum já que não havia produção de tecidos e roupas na colônia fazendo com que fora das classes mais ricas a moda permanecesse antiquada nos moldes do final do século XV início do século X além das versões de couro usadas pelos Vaqueiros nordestinos alguns Bandeirantes Paulistas também usaram versões sem mangas de gibões de couro para proteção contra as flechas dos indígenas na região da Bahia o
vestuário entre a população foi influenciada pelos Malês Como eram chamados os muçulmanos da Costa ocidental da África que eram trazidos escravizados para o Brasil o abadá veste Branca usada hoje nas religiões de matriz africana afro-brasileiras e também em desfiles de carnaval se origina na veste longa e folgada que os Malês usavam em casa para suas orações o abadá também foi usado na famosa Revolta dos Malês na qual um grupo de escravisados muçulmanos se rebelou contra as autoridades imperiais em Salvador em 1835 parte da ind áa mas Com contornos religiosos está o uso da mandinga amuletos
Associados a feitiços e proteções mágicas na cultura afro-brasileira tem origem no seu uso por escravos muçulmanos de um cordão no pescoço com pequeno Pedaço de Couro contendo versos do Alcorão a transformação da mandinga islâmica original em amuleto foi o resultado de tanto da repressão das autoridades coloniais contra a práticas muçulmanas quanto do sincretismo entre diferentes etnias africanas num contexto da escravidão no Brasil no vestuário feminino brasileiro a influência Árabe foi ainda mais visível até o século XX mesmo em grandes cidades do Brasil tanto no período colonial quanto na época Imperial era possível ver mulheres em
especial de classes mais altas ou médias cobrindo-se quase inteiramente com mantilhas pretas de forma muito semelhante como faziam as mouriscas a península ibérica Esse costume não era exclusivo do Nordeste os Viajantes estrangeiros do século XIX observam a existência do uso de mantilhas também em São Paulo e Rio de Janeiro o sociólogo Gilberto Freire recorda Os relatos dos Viajantes europeus sobre o aspecto oriental das mulheres brasileiras no período anterior ao século XX tendo viajado no interior de Minas Gerais de São Paulo o cônsul inglês Richard Burton do século XIX ainda encontrou o hábito das mulheres de
irem à missa de mantilha o rosto quase tapado com o das mulheres árabes no século 16 1 e 18vi os rebolos e mantilhas predominaram por todo o Brasil dando as modas femininas um ar mais oriental que europeu os rebolos eram uma espécie de dominós pretos mantilhas fúnebres em que se andavam amortalhado muitas das beldades portuguesas como os descreveu no século X o português Sebastião José Pedroso no seu itinerário referindo-se às mulheres do reino o uso de Vé e mantilhas pelas mulheres não foi exclusivo do Brasil também na América Espanhola Esse costume foi usado como aparece
nas famosas tapadas pintadas nas aquarelas do peruano Pancho fiero nas décadas de 1820 e 1830 muitos desses hábitos de vestuários de origem ibérica e morisca foram caindo em desuso entre as classes altas e médias dos grandes centros urbanizados principalmente a partir da segunda metade do século XIX quando a França passou a ser vista como um referencial de cultura e modernidade para as elites brasileiras e os produtos têxteis Ingleses se tornaram mais presentes no mercado Embora tenha desaparecido em sua versão original o uso de mantilhas e Chales sobre os ombros e não mais usados como um
vé ainda se mantém entre as mulheres mais velhas em algumas regiões do interior do Brasil o gibão manteve-se entre os Vaqueiros por sua praticidade na lida com a vegetação espinhosa nordestina mas também foi inclusive junto com esses produtos né texis ingleses que outra influência islâmica acabou virando sinônimo de Nordeste uma curiosidade para vocês o chintz que era a roupa que os sultões do Império Mongol usavam tecido que eles usavam que era produzido na Índia ele acabou sendo trazido pelos ingleses né para o Brasil e aqui o shinz virou a chita que é inclusive o tecido
mais associado ao nordeste mas tem sua origem na Índia islâmica do Império Mongol e seu comércio né com os ingleses que acabavam trazendo esses produtos pro Brasil então assim até nessa substituição da moda mais arábica medieval que os portugueses preservaram Você tem uma substituição também por aspectos islamizados de um Oriente ainda mais distante nesse caso de um Oriente islâmico indiano influências militares por conta do contato maior com os árabes e berberes os Portugueses e Espanhóis da idade média e do renascimento desenvolveram formas de combate diferente do restante da Europa daquele período muitos combates da reconquista
não consistiam em batalhas com objetivos de ocupar para uma terra cidade ou Fortaleza inimiga mas como rápidas escaramuças para desarticular um adversário ou cometer saques para esse fim era necessário armamentos mais leves e de maior mobilidade foi nesse tipo de combates rápidos chamados de razias ou ass suadas que os Portugueses e Espanhóis copiaram as táticas de guerra dos mouros habituados com a maior mobilidade e agilidade dos combates nos desertos da África do Norte dentre essas táticas estava cavalaria al gineta ou gineta no qual o cavaleiro montava com as pernas mais arqueadas possibilitando a maior mobilidade
de seu cu junto ao cavalo portando lanças mais leves e a adarga um escudo de couro do tamanho médio em formato oval de coração ou bioval os ginetes também portavam armaduras mais leves do que a do cavaleiro europeu medieval tradicional podemos ver na arte das décad de 1500 e 1510 de ginetes e seus armamentos ginetes espanhóis nas pinturas da Capela mossar da catedral de Toledo retratando a tomada de Oran no norte da África pelas tropas do cardeal Cisneiros e ginetes portugueses nas cenas das Lendas do apóstolo Santiago nas pinturas do retábulo do convento dos cavaleiros
de Santiago na cidade de palmela ginete sendo uma palavra inclusive de origem árabe para denotar os amiges da tribo Zanata sendo Ginete vindo do Árabe zanti outros armamentos herdados os moros e berberes usados pelos Portugueses e Espanhóis inclusive aqui na América foi a azagaia uma espécie de dardo de madeira com ponta de metal para ser disparado de cima do cavalo Como podemos ver nas tapeçarias flamengas e pastrana retratando a conquista de di áres lá no Marrocos pelo Rei Dom Afonso V de Portugal em finais do século XV os tipos de guerra travados pelos portugueses na
época dos descobrimentos tomadas de fortalezas e Tâni as combates no Deserto em florestas densas eram muitos diferentes dos Grandes Campos de Batalha da Europa renascentista onde colunas enfileiradas de Infantaria e cavalaria se enfrentavam usando Soldados com armamento leve e outros com armamento pesado o estilo de guerra mais móbil e os armamentos mais leves copiados dos muçulmanos serviram melhor os objetivos militares dos portugueses nas suas conquistas de além mar no Brasil essas táticas seriam misturadas com outros estilos e armas de guerra dos povos nativos indígenas mas adaptados à guerra na floresta densa com a adoção mais
intensa do modelo de guerra europeia a partir do século XVII os modos de guerrear dos mouros e seus estilos de armamento foram desaparecendo do Brasil colônia mas se mantiveram os nomes de origem árabe no vocabulário militar brasileiro como em Portugal outra característica interessante é que tal Como os mouros do norte da África os exércitos brasileiros mesmo no século XIX não tiveram unidade de Cavalaria pesada como haviam nos exércitos europeus da época com o fim do Império e o advento da República o exército brasileiro adotou os moldes franceses adquirindo um estilo plenamente ocidentalizado mas nos termos
militares portugueses que aqui vocês podem ver na tela vocês podem ver uma grande abundância de terminologias arábicas e Isso acabou sendo transmitido para o Brasil e nos primeiros séculos os exércitos brasileiros tinham essa grande influência da cultura árabe islâmica medieval influências nos costumes além da culinária do vestuário os brasileiros preservaram outros costumes e hábitos herdados da cultura árabe alguns hábitos mais fortes se conservaram no ambiente doméstico e nos locais sagrados conforme aponta Gilberto Freire nossas avós coloniais preferiam sempre ao Requinte europeu das poltronas e dos sofás estofados ou oriental dos Tapetes e das esteiras em
casa e até nas igrejas era sobre os tapetes de seda ou as frescas esteiras de Piripiri que se sentavam de pernas cruzadas am mouriscas os pezinhos tampados pela saia quando vão visitar informa um relatório Holandês do século X referindo-se às mulheres ludas ou brasileiras primeiramente mandam participar a dona da casa senta-se sobre um belo tapete turco de seda estendido sobre um soalho e espera que suas amigas que também se sentem ao seu lado sobre o tapete a guisa dos alfaiates tendo os pés cobertos pois seria uma grande vergonha deixar alguém ver seus pés Isso mostra
que além de certas influências indígenas como o uso de rede para dormir o hábito de andar descalso com poucas roupas no dia pelos homens principalmente entre as mulheres a influência amoura foi grande nos costumes domésticos como o hábito de sentar no chão e a preferência por esteiras e almofadas tanto em casa como nas igrejas brasileiras o costume de sentar-se nas igrejas é bastante peculiar já que até no século XIX a maioria das igrejas católicas diferentes das protestantes não possuíam bancos o comum era assistir a missa e os sermões inteiros de pé da mesma forma que
entre os mouros Devido as normas da religião islâmica as mulheres luso-brasileiras cultivavam maior privacidade no ambiente doméstico possuindo cômodos mais reservados fora dos espaços reservados às casas e visitas o passado das Guerras entre cristãos e moros na península ibérica também Povoa até mesmo o Imaginário do Povo nordestino nas famosas cavalhadas em cen Nações de combates entre Cavaleiros cristãos e mouros que também são populares em outras regiões do Brasil Originalmente ligadas à nobreza e derivadas dos torneios medievais da Europa como exercício de treino de combate para os cavaleiros no Brasil as cavalhares adquiriram caráter de festejos
populares Associados a festas religiosas e devoções de Santos católicos a Além disso na cultura brasileira as cavalhadas adquirem um caráter de valorização dos grupos excluídos e de integração deixando um segundo plano a simbologia do conflito conforme explica o historiador medievalista brasileiro José rivair Macedo o ritual de separação em sua origem no Brasil o tema dos moros e cristãos teria ganhando a nova roupagem funcionando como um ritual de integração de grupos marginais e excluídos o paradoxo residiria no fato de que o Nordeste onde foi amplamente realizado os dois grupos em lid terem sido constituído em geral
por negros e mest isos grupos que na origem estariam mais próximo dos moros do que dos cristãos e é interessante que você tem pinturas como a de debr onde mostra uma igreja brasileira com todo mundo sentado num tapete rezando sentado num tapete as mulheres com véus com Chales com burcas cobrindo o rosto que é uma cena que naquela mesma época que você podia ver na Mesquita Azul em Istambul ou na suleiman em qualquer Mesquita do mundo islâmico porque era uma dessas muitas heranças que foram deixadas no Brasil colonial principalmente no nordeste traços islâmicos medievais no
vaqueiro e do cangaceiro nordestino o vaqueiro do sertão nordestino é um exemplo de uma síntese das influências culturais que os moros deixaram na cultura brasileira em especial no nordeste a aparência visual é o primeiro aspecto que nos chama a atenção o vestuário do Vaqueiro Nordestino é muito diferente dos peões de gado gaúchos e dos pantaneiros e de outras regiões do país a sua veste mais parece uma armadura que um traje de lida Rural o nordeste brasileiro foi uma das primeiras regiões do Brasil a serem colonizadas com maior intensidade pelos portugueses as regiões mais férteis próximas
do litoral as terras foram reservadas para o plantil da carne de açúcar mas a economia açucareira necessitava do Gado BOL vino para força de trabalho carga abastecimento de leite e carne das vilas Engenho e cidades fundadas pelos colonizadores o gado trazido pelos portugueses a partir da década de 1530 resultante de cruzamento entre raças africanas e ibéricas passou a ser criado mais para o interior do Nordeste no sertão por ser região com locais mais áridos era necessário uma criação mais extensiva do Gado que precisava ser conduzido continuamente em busca de novas pastagens a vegetação espinhosa da
Caatinga também apresentava dificuldades para o manejo na condução do Gado pelas extensas Terras do Sertão nordestino os Vaqueiros usavam cavalos aõ de origem árabe o aboio canto utilizado para chamar e conduzir o gado também se originou na forma dos cantos usados pelos pastores nômades do deserto árabe para conduzirem seus camelos e outros tipos de rebanho outro tipo de canto com o qual o abaio se parece o azan a recitação que os muçulmanos fazem para chamar os fiéis para o momento das orações diárias e até hoje você tem na península arábica na Arábia Saudita mesmo uma
tradição conhecida como I que é a condução do camelo pela inação de uma Musicalidade que é Idêntica a do Abo nordestino vejam essa comparação [Música] [Música] o [Música] [Música] [Música] da [Música] para enfrentar a Caratinga os Vaqueiros do Sertão passaram a utilizar os gibões feitos de couro no seu modelo mais original com mangas ao Gibão acrescentava Seu chapéu e perneiras de couro chamado de safão para proteger o restante do corpo do Vaqueiro como entretanto nas sociedades anteriores a Revolução Industrial a praticidade não era separada da arte esses gibões e demais utensílios de couro eram frequentemente
decorados com ornamentos e talhados ou pintados tal como outros ofícios artesanais a arte de trabalhar o couro Exige uma técnica muito especializada e é transmitida de pai para filho em famílias que se dedicam quase exclusivamente a este tipo de trabalho os mestres no Ofício do couro são chamados de Vaqueiros artesãos ou Cavaleiros cantadores a técnica de trabalhar o couro er dada dos muçulmanos ibéricos pelos artesãos nordestinos se originou no guardam Messi palavra que vem da cidade de gadames no norte da África uma forma de talhar o couro de carneiro para decorar forros de parede o
couro trabalhado dos artesãos nordestinos é decorado com desenhos que lembram a vegetação da região devoções religiosas cenas de Festas Populares ou lendas regionais mas também com motivos abstratos e símbolos que podem ser rastreados até a arte islâmica medieval ibérica a estrela de cinco pontas símbolo frequentemente associado ao ocultismo e a estrela de seis pontas hoje associado ao judaísmo é um motivo comum nas decorações de couro Nordestinas o caso mais famoso é dos chapéus do cangaceiro Lampião nas décadas de 1920 e 1930 as estrelas de cinco e seis pontas são figuras presentes como elementos decorativos em
várias culturas ao longo da história entretanto foi inicialmente entre os muçulmanos medievais ibéricos que esses símbolos adquiriram significados específicos ligados a tradições místicas da religião islâmica em especial com as tradições que atribuíram ao Rei Hebreu Salomão o poder de dominar os gênios como aponta o pesquisador Rafael dar a época do desenvolvimento da literatura e práticas místicas envolvendo o hexagrama a estrela de seis pontas no contexto judaico já existia tal associação entre a estrela de seis pontas e a figura de Salomão na tradição islâmica o hatem suleiman como é chamado em árabe já era presente nos
livros de magia ismo misticismo e ocultismo islâmico sendo a ele atribuídos poderes e propriedades Sobrenaturais além das estrelas de cinco e seis pontas encontramos na arte de couro nordestina outros símbolos arabescos utilizados na decoração de mesquitas e Palácios ou em Bandeiras estandartes escudos e moedas do Alanda los ibérico e no norte da África islâmica na idade média no Imaginário Popular o gibão de couro e o chapéu bicorne acabaram sendo vistos como uma espécie de conjunto de vestuário típico sertanejo nordestino tanto do Vaqueiro quanto do gaseiro essa imagem relativamente recente foi difundida para o restante do
Brasil pela figura do cantor Luiz mon Zaga que vestia G bão de couro e chapéu bicornio Originalmente entretanto essas peças eram de contextos diferentes os cangaceiros usavam chapéu bicorne decorado com estrelas enquanto o gibão de couro era parte da indumentária dos Vaqueiros os Vaqueiros usavam chapéu de couro mas uma versão mais simples arredondada e com abas curtas tanto os feitos do vaqueiros quanto os cangaceiros Foram celebrados pela literatura dos cancioneiros nordestinos assim podemos ver em especial o como a síntese da influência Árabe na cultura do nordeste brasileiro vestindo os trages derivados do vestuário árabe ibérico
usando couro decorado com motivos de tradição árabe ibérica conduzindo seu gado com um canto de entações melódicas árabes cavalgando de forma semelhante aos ginetes béres e de alimentação e imaginário de tradição poética influência Árabe and Lusa e você vai ver aqui onde eu mostro todas as nomenclaturas Desde da faca do nome que se dá o cavalo e de tudo que envolve o Vaqueiro Nordestino o quão ele foi foi carregado dessa influência Árabe ibérica medieval de alands Apesar da grande diversidade cultural brasileira é inegável o papel que Portugal exerceu na formação do povo e da nacionalidade
do país mas o Portugal que colonizou o Brasil não era um reino puramente ocidental era dotado de um povo carregado de influências orientais Árabes e berberes amigues o Nordeste primeira região do Brasil a ser colonizada mas intensamente por Portugal foi a porção do país que mais recebeu essa influência cultural Moura portuguesa esses traços culturais ainda estão presentes hoje com mais força em terras nordestinas do que em outras regiões do Brasil devido a um outro processo histórico a urbanização e industrialização do Brasil quando o Brasil começa a se industrializar no século XIX mas em maior parte
a partir dos anos 1930 o Nordeste já não era mais o centro econômico do país como havia sido nos primeiros dois séculos da colonização e no ciclo do açúcar a industrialização iniciou pelas regiões Sudeste e sul e com o processo vê a cultura urbana da Europa Ocidental industrializada as elites e classes médias começavam a imitar costumes e gostos da Elite francesa Inglesa em sentido contrário o Nordeste conservou uma mentalidade e costumes pré-industriais tanto nas camaras populares que durante o tempo foram pouco impactadas pelo crescimento econômico que beneficiava mais outras regiões do país quanto pelas elites
que apegavam a tradição que se lhes recordava um passado em que tinham prestígio e influência sobre o Brasil mas não podemos pensar na tradição medieval Portuguesa e árabe nordeste brasileiro como uma peça de Museu ela é uma tradição viva e como tal continua atualizada renovada e reinterpretada ressignificada da mesma forma que a influência Árabe não pertence só ao passado ela continua presente através da grande comunidade de imigrantes dos países árabes que continua contribuindo para o crescimento econômico social e cultural do nosso país e é isso pessoal Isso foi um apanhado longo mas um apanhado não
é tudo que você precisa saber sobre essas influências porque cada uma dessas micro influências tem um livro que podia ser escrito sobre ela e no história islâmica vocês já me viram fazer dezenas e dezenas de postagens a respeito de carne com um nome de influência Árabe a respeito de instrumentos musicais as a respeito de CTE de tecido a respeito de tantas coisas que vocês vão associar a cultura nordestina mas que na verdade tem uma origem medieval mais antiga que remonta esse passado de aland Então é assim Pessoal espero que vocês tenham gostado do vídeo Não
deixe de compartilhar com seus amigos né e levar esse conhecimento para mais pessoas e salamo Aleikum até o próximo encontro aqui na página história islâmica e se você gostou desse vídeo considere se tornar um apoiador do projeto história islâmica com Peixoto fornecemos ao público diariamente artigos acadêmicos vídeos informativos postagens educacionais nas mais diversas mídias sociais além de palestras gratuitas e participações em entrevistas e lives financie essa iniciativa cultural através do PX contato @story islamica.com.br história islâmica com Mansur Peixoto
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