Sim, europeus comiam múmia

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Estranha História
Sobre o consumo de múmia medicinal na Idade Média, Moderna e Contemporânea. 👕 Insider: https://cre...
Video Transcript:
recentemente Eu fiz um vídeo aqui no canal falando sobre o mito de que as pessoas usavam especiarias para disfarçar o gosto de carne podre na idade média e durante esse vídeo num determinado momento eu falei rapidamente que houve um período na história em que pessoas consumiram carne de múmia E que esse não era mito Esse é fartamente documentado e as pessoas Claro Pediram para eu desenvolver isso melhor em um vídeo próprio né então é esse vídeo aqui então adiantando assim o conteúdo do vídeo sim as pessoas consumiram as pessoas pelo menos algumas pessoas consumiram carne
de entre o século X e o século XVI principalmente sobretudo na Europa eu até trago uma citação para instigar a curiosidade de vocês aí para assistirem o vídeo até o final que diz o seguinte desde o momento em que eram enterradas as múmias egípcias enfrentavam a ameaça de ter o seu descanso perturbado por ladrões de tumbas no entanto a partir do século X elas passaram a enfrentar um novo e inesperado perigo Os Canibais europeus Mas que história é essa né Vamos então ver os detalhes a partir de agora aliás antes disso rapidinho só agradecer a
insider que tá patrocinando esse vídeo a insider se vocês ainda não conhecem é uma marca que produz roupas ao mesmo tempo básicas mas extremamente tecnológicas com material realmente muito bom são camisas duráveis que não precisa passar não desbotam tem tecnologia antiodor são realmente muito confortáveis então recomendo fortemente que vocês de uma passada lá no site o link vai tá na descrição do vídeo e no primeiro comentário fixado e se vocês colocarem lá o cupom estranha 15 vocês garantem lá pelo menos 15% de desconto em qualquer queer produto da loja então depois não deixe de conferir
lá as ofertas da insider mas por enquanto vamos voltar para outro tipo de revestimento né outro tipo de tecnologia a mumificação como entender essa questão de que pessoas comeram múmia ao longo da história é o seguinte a primeira coisa que a gente precisa falar é sobre a o processo de mumificação como é que as mumis eram feitas que os antigos egípcios embalsamavam né os seus corpos os corpos dos falecidos para durarem muito tempo e eles faziam isso aplicando uma série de técnicas como deshidratar o corpo com natrão que é um sal remover os órgãos internos
que são mais úmidos apodrecem mais rápido também E aí preenchiam esse espaço interno do corpo às vezes com palha ou outros materiais e por fim o corpo era revestido com camadas de linho e tal de onde a gente tem essa imagem clássica da Múmia em fachada do scobdo e tal Só que tem um ingrediente específico que era utilizado em alguns momentos em alguns processos de mumificação específicos que era o betume que é um material viscoso né escuro que tem certas propriedades e isso era muito valorizado o betum era muito valorizado foi muito valorizado Em alguns
momentos pelo seu uso medicinal então a gente encontra alguns tratados árabes medievais de medicina que vão ser muito influentes pra medicina europeia em que esse betume É valorizado e a palavra em árabe para betume era múmia é daí que vem a nossa palavra para os corpos dos mortos embalsamados e egípcios mas Originalmente a palavra significava essa substância escura viscosa Então a gente tem por exemplo Canon de avicena ou de ibin cina que é o médico o filósofo persa extremamente importante extremamente influente na história da medicina e ele fala sobre a importância do uso de betume
múmia para alguns processos de cura especialmente para sangramentos internos e para surtos epiléticos então se você pega o Canon de avicena tem várias vezes ali o betume aparecendo e isso em árabe é múmia então ele recomendando as pessoas consumirem múmia nesse sentido que não é ainda os corpos egípcios embalsamados O problema é que como os corpos egípcios embalsamados continham muito dessa substância acabou acontecendo uma confusão porque em alguns casos as múmias os corpos egípcios embolsam ados eram a principal fonte de betume então a fonte acabou identificado com o próprio produto obtido da fonte tem um
médico de bagd por exemplo do século XI que esc veu um um texto em que ele fala assim que é muito difícil obter betum natural né tem algumas regiões como o Mar Morto que produzem um pouco dessa substância tem outra fonte aqui e ali só que se você não tiver conseguindo acesso a isso basta se lembrar das cavidades dos corpos do Egito então ele aponta especificamente essa fonte de betume como uma fonte de alta disponibilidade já que os egípcios acumularam esse material ao longo de milênios fazendo mumificação então era um lugar Óbvio de se procurar
betume E aí a gente tem então desde o século X tratados Árabes e tratados latinos né ou seja em latim e quando eu falo Latino aqui pense em textos escritos em latim né teve um vídeo que eu fiz sobre a Biblioteca de Alexandria que eu falei que tinha textos latinos lá aí algumas pessoas entenderam que eu estava falando da América Latina né não Latino é do latim mas tem então textos Árabes e latinos já a partir do século XI que começam a confundir betume a substância com os corpos embalsamados egípcios dos quais se obtinha essa
substância E aí nesse sentido qualquer coisa retirada da Múmia qualquer material a própria carne da Múmia ou algum outro tipo de especiaria de óleos de substâncias aromáticas que eram empregadas na mumificação tudo isso virou algo medicinal A Múmia em si o cadáver egípcio preservado passou a a substância medicinal e esse entendimento né ou esse desentendimento perdurou ali do século 12 até o século XVI e a gente tem isso fartamente documentado em textos do norte da África e também da Europa principalmente da Europa então eu vou trazer alguns textos Ingleses são muito interessantes sobre isso do
século X paraa frente que mostram a importância desse mercado de múmia e das pessoas europeus indo até o Egito para para obter essa substância e levar essa especiaria lucrativa que era a múmia em pó ou na forma de óleo para esse mercado que tinha essa demanda medicinal de múmia então o primeiro texto do século X que é 1586 de um Mercador chamado John Sanderson ele escreveu o seguinte a môa que fica a cerca de cinco ou se milhas das pirâmides contém milhares de Corpos embalsamados que foram enterrados há milhares de anos em uma caverna arenosa
onde parece ter existido uma cidade no passado nós descemos com cordas como se fossem um poço segurando velas de Cera queimando em nossas mãos e caminhamos sobre corpos de todos os tipos e tamanhos grandes e pequenos e alguns embalsamados em pequenos potes de Barro que nunca tiveram uma forma definida estes foram colocados aos pés dos corpos maiores aqui só uns comentários né Essa amômia que contém vários corpos embalsamados provavelmente uma referência a uma necrópole né uma um local que era dedicado a esses sepultamentos e quando ele fala de pequenos corpos ostos menores de Barro isso
provavelmente são os vasos canopos que eram potes ali em que os órgãos internos principalmente eram colocadas as vísceras do do morto eram colocadas separadamente justamente para conservar a múmia propriamente a múmia no sentido moderno né o corpo embalsamado preservado mas continuando no texto né eles não exalavam nenhum cheiro desagradável mas quando quebrados esses potes eram como piche ou betume Arranquei partes de todos os corpos para ver como a carne havia se transformado em droga em remédio e levei para casa diversas cabeças mãos braços e pés como curiosidades também trouxemos 600 libras de peças para a
companhia turca e elas foram levadas para a Inglaterra no navio Hércules junto com um corpo inteiro os corpos estão Enrolados em mais de 100 camadas de tecido que ao apodrecerem e se desintegrarem revelam a pele a carne os dedos e as unhas ainda firmes apenas alterados para uma cor negra trouxe uma pequena mão para a Inglaterra para exibição e apr presenteei ao meu irmão que a entregou a um médico de Oxford Então a gente tem esse relato de um Viajante do século X inglês que vai até o Egito entra nessa necrópole e tem um interesse
ali na múmia como remédio né e leva inclusive partes ali do corpo embalsamado para um médico de Oxford né mostrando essa conexão entre múmia e medicina europeia e claro que esse cara não foi o único que fez isso né havia uma violação sistemática de sepulturas ali para obter esse tipo de substância que como eu disse foi algo muito valorizado na no mercado europeu do século XI ao século XVI e a gente poderia se perguntar o que que os egípcios pensavam sobre isso né Será que eles aprovavam isso aí e aí depende de qual egípcio você
pergunta Porque alguns egípcios estavam dentro desse esquema muito lucrativo só que outros egípcios sobretudo autoridades ali viam isso com aos olhos e tentavam combater essa prática Então a gente tem um registro de 1424 né no século XV que fala sobre egípcios sendo presos por ferver corpos em bals amados para produzir óleo de múmia pro mercado europeu e tem também um cirurg Jão francês que no século X escreveu que o povo do Egito considerava os cristãos indignos de comer os seus mortos e se eles são retirados do país é por meio de alguns judeus que os
embalam junto com suas mercadorias ou seja alguns egípcios que desaprovava essa prática colocavam a culpa das múmias estarem sendo transportadas paraa Europa nos judeus e realmente os judeus parece que alguns judeus né participaram desse desse esquema também e são muito citados nas fontes Então tem um cirurgião francês que conta que um amigo que tinha voltado recentemente de Alexandria no Egito tinha contado para ele a seguinte história né que esse amigo tinha visitado um judeu naquela cidade aqui eu já tô citando esse amigo tinha visitado um judeu naquela cidade que negociava múmias para ter uma demonstração
ocular daquilo de que tanto ouvia falar assim ao chegar à casa do judeu pediu para ver sua mercadoria as múmias depois de alguma hesitação O Judeu finalmente abriu seu depósito e mostrou-lhe vários corpos empilhados uns sobre os outros depois de refletir por cerca de 1 qu4 de hora ele perguntou ao judeu quais drogas utilizava e que tipo de Corpos eram adequados para o seu propósito ou seja quais drogas quais medicamentos eram utilizados para conservar o corpo e produzir essas múmias né e o judeu respondeu que quanto aos mortos ele utilizava os corpos que conseguisse obter
fossem de pessoas que morreram de uma doença comum ou de alguma contaminação e quanto às drogas que eram apenas uma mistura de várias drogas velhas combinadas que ele aplicava aos corpos depois de secá-los em um forno os enviava para a Europa e ele né esse judeu ainda acrescentou que ficava espantado que os cristãos fossem apreciadores de tal imundice Então esse judeu Parece que estava produzindo múmias falsificadas de certa forma né não pegava as múmias preservadas por milênios lá das pirâmides ou das necrópolis mas sim produzia a partir de cadáveres recentes aplicando várias drogas velhas misturadas
produzia essa substância e mandar né secava no forno e mandava pra Europa e tem também um relato do século XVII já de um inglês chamado Efraim Chambers que reclama inclusive desse mercado paralelo de múmias que não a gente não consegue mais encontrar a múmia de qualidade porque o pessoal tá fazendo muita falsificação né Ele fala o seguinte que as múmias vendidas por muitos apotecário basicamente da época eram abr aspas falsas obra de certos judeus que as falsificam secando cadáveres en fornos depois de prepará-los com pó de mirra aloés cabalin piche judaico e Outras Drogas grosseiras
e nocivas e a gente tem mais um registro de 1625 de autoridades sírias e egípcias reprimindo um grande número de judeus envolvidos nesse comércio ou seja todo mundo estava no esquema né os judeus estavam no esquema os cristãos estavam no esquema e os muçulmanos ali egípcios também estavam no esquema e eu insisto né Isso não era uma coisa Marginal assim não era uma coisa que pouca gente consumia era realmente muito difundido e era vendido inclusive pelas mesmas pessoas que vendiam nos moscada cardamomo canela tudo no mesmo lugar inclusive nesses apotecário né se você precisasse de
múmia medicinalmente você poderia procurar o apotecário mais próximo da sua casa e você encontraria e só para dar uma dimensão ainda mais nítida de quão Popular era essa coisa de consumir múmia na Europa só na literatura inglesa né na poesia e na dramaturgia do período elizabetano são literalmente centenas de referências a essa cultura do consumo de múmia tem uma peça de teatro por exemplo em que um personagem diz que se ele falhar na missão abre aspas façam múmia da minha carne e me venda para os apotecário também que um personagem diz sobre uma pessoa velha
o seguinte venda ele como múmia ele já é praticamente pó mesmo e tem um texto um pouco mais sério né bem mais sério Inclusive que fala sobre práticas funerárias também um texto aí do século X em que a gente lê o seguinte as múmias egípcias que cices e o tempo pouparam agora a avara consome A Múmia tornou-se mercadoria misraim cura feridas e Faraó é vendido como bálsamo cices é um rei persa né que conquistou o Egito então assim a referência é que esse é o filho de Ciro grande e esse Rei poupou os egípcios mas
os europeus agora e nesse mercantilismo de carne e óleo de múmia não as pouparam e misraim é outra referência que aparece com personagem bíblico né que é filho de c e que é o patriarca dos egípcios né dos povos egípcios tá mas aí uma última pergunta que a gente poderia fazer é o seguinte né não existia uma condenação moral religiosa de consumo de carne humana porque afinal de contas é meio que isso né apesar de nessa forma de pó e óleo que você nem percebe mais que é um corpo um cadáver mas continua sendo as
pessoas sabem que é não havia uma condenação moral religiosa disso e é muito curioso que não assim se havia praticamente não sobreviveu nas fontes porque o que a gente mais encontra sobre o debate acerca do consumo de de múmia Nesse contexto Europeu é se funciona ou não funciona como medicamento é a questão da utilidade a procedência é muito pouco debatida Aliás a procedência é debatida quando a discussão é se se a mume é autêntica ou falsificada E olha que nesse período os europeus falavam muito sobre canibalismo condenavam fortemente o canibalismo mas o canibalismo do pessoal
do chamado novo mundo né os indígenas e tal agora dentro desse mercado de consumo de mom essa discussão não aparece e até interessante pensar que havia na mentalidade Cristã europeia certos elementos culturais que tornavam a ideia do consumo de corpos incorruptos dos egípcios algo atrativo no sentido de ter propriedades de cura porque dentro da tradição Cristã europeia a gente tem a ideia de relíquias que são os corpos incorruptos dos Santos que as pessoas buscam para tocar e Se Curar e tem também a própria ideia da Eucaristia que é o verd veradeiro corpo de Cristo que
é consumido para também trazer salvação então assim é claro que eu não tô dizendo que as múmias são equival eram equivalentes na na mentalidade europeia da época a Santos ou a Jesus né eram cadáveres de um povo Pagão mas assim pelo menos inconscientemente o salto de uma coisa paraa outra poderia acontecer e aconteceu porque a gente sabe que pelo menos a gente tem um texto pelo menos em que um autor protestante critica As Relíquias católicas fazendo uma comparação com o consumo de múmia só que ele não critica o consumo de múmia ele critica As Relíquias
católicas né o texto diz o seguinte é um texto inversos em que ele fala o seguinte Tais relíquias de Santos mortos curam gota e tísica e são como a múmia do Egito para a condição física então ele faz esse paralelo entre as propriedades curativas das múmias e as propriedades curativas das relíquias nesse texto em que ele tá satirizando especificamente a veneração católica de relíquias Então esse elemento uso combinado com a egiptomania né com esse fascínio pelo Egito como uma terra de mistérios de propriedades assim desconhecidas de milagres do extraordinário tudo isso se combinava na mentalidade
europeia da época para favorecer essa crença de que funcionava né o consumo de múmia para curar as moléstias do corpo então assim teve uma pessoa que comentou no vídeo que eu fiz sobre o uso de especiarias para esse mito né do uso de especialista para disfarçar o cheiro de carne podre na Idade Média ela pessoa comentou assim que achou que eu ia falar do mito do consumo de múmia do mito de que as pessoas consumiam múmia Mas isso não é mito esse não é mito Esse aí é fartamente documentado e É uma história muito curiosa
aí desse Mercado Global de carne de cadáveres embalsamados egípcios que fez muito sucesso sobretudo na Europa né mas é isso como sempre eu vou deixar na descrição do vídeo as referências consultadas e nos vemos aí nos próximos vídeos falou l
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