♪ [música de abertura] [Foquinha] Olá, internet! Chegamos ao último Foquinha Entrevista dessa temporada e o convidado tinha que tá à altura, né? Por isso que eu trouxe ele, um dos maiores nomes do momento no trap no Brasil. Ele é o quê? O nosso Justin Bieber brasileiro, o menino dos prédios, Veigh! [Veigh] Pra cima, rapaziada. Uma satisfação estar com vocês aqui, muito obrigado pelo convite. [Foquinha] Tô muito feliz. [Veigh] Eu que tô feliz, tá maluco, mano! Prazerzão conhecer, mano. [Foquinha] Pra mim, demais. Eu tô muito feliz de tá encerrando essa temporada que foi tão legal com
você, nesse momento… [Veigh] Eu que me sinto lisonjeado. Pô, tá doida! [Foquinha] Para, para. [Foquinha] Não, a gente tava aqui falando, né, que você tá… pô, o seu momento, você tá no momento da tua carreira, no auge. Acabamos de ter o Rock in Rio agora, você, assim… três shows que você arrasou. Você foi o único nome do trap mesmo que fez três shows, né? Foi o seu com o KayBlack, o seu no dia do trap, no show do trap, e você participando do palco Supernova. [Veigh] Da Supernova. Que foi o palco do meu produtor, Nagalli.
Ele convidou a rapaziadinha ali, foi uma parada muito especial pra mim. Eu fiquei muito feliz porque, né, eu nem imaginava cantar no Rock in Rio. Aí imagina depois ter três convites pra cantar! Então foi uma parada muito absurda, fiquei bem feliz de estar envolvido no meio e fiquei em choque, né? Porque da primeira vez que eu cantei foi no Rock in Rio Lisboa, e aí tipo, eu não tinha cantado nem no do meu país ainda. Quando eu cheguei lá, falei: “Mano, realmente as pessoas estão aqui pra me ver.” Aí cheguei no Brasil, muita gente também,
eu falei: “Caraca, que doideira!” Às vezes eu não entendo muito o que tá acontecendo em relação à minha fama e tal, não consigo entender tanto de gente que tá por mim, mano. [Foquinha] E aí quando você vê aquela galera num show desse, tipo, no Rock in Rio, naquele palco, que é um palco gigante, você vê aquela galera cantando tudo, aí você entende, né? [Veigh] Pô, aí não tem como, né? Aí cai a ficha na hora. Você vê aquele palco enorme com você pequenininho ali no meio, na frente daquela multidão, dá um pouquinho de nervoso, mas
rapidinho passa também. A rapaziada gritando o nome, você já fica: “Nossa, ainda bem que eles me conhecem mesmo, né?” Porque antes, nos shows menores, eu já ficava ligando pros amigos: “Mano, por favor, vai me ver, tá ligado? Tem como vocês encostar e tal?” Aí chegava lá, tinha tipo uns três, quatro amigos, no máximo umas sete pessoas que nem sabiam quem eu era, e uns três, quatro amigos falavam: “Pô, mano… mas vamos lá, né?” E aí, de repente, acontecer tudo isso é uma parada que eu agradeço muito a Deus, de verdade. [Foquinha] Mas você tava com
essa sensação, com esse medo antes do Rock in Rio? Você falou de pensar: “Será que vai ser legal? Será que vai ter bastante gente? Será que vai estar vazio?” Ficou com esse medinho? [Veigh] Sim, fica, porque é um festival que não é voltado pro trap, né? Então, querendo ou não, a gente ter sido convidado já é uma coisa muito absurda. E é a primeira vez que tá rolando esse movimento, né? E ainda ter um dia especial pro trap, é uma parada que é muito especial pra gente. E a gente fica meio sem saber, né? Pô,
a rapaziada lá, será que vai conhecer mesmo, de fato? Depois que já rolou, que já aconteceu foto, a gente viu como foi, ok. Mas antes de tudo isso rolar, a gente fica com esse pressentimento, assim, será que vai dar certo? Não vai? O pessoal vai saber? Mas graças a Deus… [Foquinha] E é isso, né? O festival teve o dia do trap, o trap tá dominando tudo, né? No Spotify é um dos gêneros mais ouvidos, no YouTube, nas festas tudo. E como que você vê essa evolução do trap, o momento do trap, sabe? E também da
tua carreira no meio disso tudo, né? [Veigh] Pô, eu vejo como uma parada muito absurda que vem acontecendo, porque não foi há muito tempo que começou a rolar esses números tão altos, sabe? Então, lá atrás, eu via muita gente começando a fazer, passando por muita coisa, igual o funk também passou, né? Considerada uma música urbana. Então, aquela parada do preconceito que é muito forte também, e o trap, eu vi acontecer isso também. E de repente eu ingressei ali, quando fui ver, já tava no meio do movimento também, as coisas acontecendo. Daqui a pouco, tipo, a
gente tá conseguindo comprar um carro, comprar uma casa, aí você fala: “Caramba, mano, tipo, eu vi acontecer isso, sair lá do começo onde não dava pra fazer nada, a gente fazia só por diversão mesmo, e agora realmente as pessoas têm uma carreira, tão sendo convidadas pra festivais enormes.” Não tinha festival de trap, hoje tem festival de trap em específico. Hoje o trap canta com o sertanejo nos festivais. Esses dias mesmo eu fiz um show com a rapaziada do sertanejo que eu nunca imaginei fazer, eu falei: “Caramba, que doideira é isso, mano!” Tipo, são caminhos bem
diferentes, sabe? E ver que tá tendo esse crescimento absurdo hoje no Brasil, eu acho que é o gênero que mais cresceu, assim, de uma forma ou outra, num estalar de dedos, as coisas aconteceram. [Foquinha] Você tem uma teoria tua de por que isso acontece? Isso tá acontecendo? [Veigh] Mano, uma teoria minha? Eu imagino que, tipo assim, eu tenho bastante amigo que eu conheço desde antes de ficar famoso também e que faz trap, né? E a rapaziada do trap é sempre a mesma história, assim, eles começam se produzindo, se gravando, eles mesmos colocando suas músicas nas
mídias e tal, distribuindo por si só, sabe? Não se aliando a uma gravadora, até porque nenhuma gravadora queria o trap, porque nem sabia o que era isso ainda aqui no Brasil, né? Então a rapaziada fazia por si só, eu mesmo fazia as coisas por mim também. Então eu acredito que essa força de vontade de fazer acontecer, se testando a fazer as coisas, faz com que o seu trabalho dê certo alguma hora, sabe? Então eu acho que foi bastante lata que foi sendo chutada ali até chegar no momento que falou assim: “Não, mano, os moleque aqui
é bom, tá acontecendo. Se eles estão fazendo por eles e tá dando certo, imagina se uma gravadora puxar, tal coisa puxar e fazer acontecer.” Então hoje tem gravadora só de trap, os próprios artistas criam sua própria gravadora, assim como eu. [Foquinha] Como você. [Veigh] Exato, a Supernova é uma gravadora que a gente criou, eu, meu produtor Nagalli também, uma rapaziada braba envolvendo. E tipo assim, isso é uma parada muito legal porque tá mudando muito a indústria também. E pensar que desde lá do começo a rapaziada já fazia isso, só que não tinha um nome grande
pra falar: “Não, eu faço porque eu sou zica.” Não, é porque tinha que fazer, senão não acontecia, sabe? Então é muito doido ver esse crescimento mesmo. [Foquinha] Sim, é demais. E eu sinto também que a galera do trap, vocês são muito unidos, sabe? É óbvio que, como todo gênero, tem suas tretas ali no meio, né, aquela coisa. Mas eu sinto que tem essa união também, né? [Veigh] Tem e não tem também, assim como todo gênero, eu acho que quando se trata de pessoas, acaba sendo um pouco mais complicado as coisas, né? Nem é sobre gênero,
sobre estilo de música e tudo mais, é mais sobre pessoas mesmo. Mas assim, eu sou uma pessoa que sempre fui muito tranquila, então a maioria da rapaziada, eu sempre me dou muito bem. Muita gente no meio também às vezes… se envolveu muito em treta pra crescer, tá ligado? Usou isso como forma de hype, assim. Então era meio que uma parada que era muito do trap isso também, mano. Tipo, trap já tem o significado de armadilha, né, mano? Então, tipo, os caras já ficavam criando uma coisinha ali pra tentar subir o nome de algum jeito. Mas
acho que isso se perdeu um pouquinho, acho que a rapaziada já tá achando um pouquinho feio agir dessa forma, tá ligado? Mas no começo tinha essa parada de farpar o outro pra que essa pessoa falasse dessa, e aí girasse um bagulho doido, e aí ambos soltavam música. Mas acredito que é uma parada que acontece normalmente, assim. E tem muito ego, né, no meio da música, em todos os gêneros e tudo. Tem muito ego… [Veigh] É, exatamente. [Foquinha] Quando vem o poder, quando vem dinheiro… [Veigh] Eu tava pensando nisso hoje também, mano. A parada do poder
na mão errada é um bagulho muito absurdo, tá ligado? Tipo, tem muita rapaziada que é muito talentosa, mas quando toca no poder, assim, acaba entendendo as coisas de um jeito muito diferente, tá ligado? E se perde de quem ela é, mano. Então é uma parada que eu fico muito… tenho muito cuidado, assim. Eu mesmo só ando com a minha rapaziada mesmo, os moleques da minha gravadora. Eu não gosto de ficar se aliando a muita gente, porque quem é amigo de todo mundo também não é amigo de ninguém. Então, eu tenho meus parceiros, tá ligado, da
música também, que eu considero pra caramba. Mas no trap, assim, cada um tem seu grupinho mesmo. A gente se conecta, assim, é sempre uma felicidade, pá, mas não é todo mundo. Até porque uns são de outro estado, outros são de outro. Então não dá pra estar sempre junto, assim, sabe? Mas é muito da hora porque, independente de discussão, de briga que rola na cena, assim, é… o movimento é muito unido. A parada do rap é muito importante o que a gente tá conseguindo mostrar pra rapaziada de outro gênero, tá ligado? Então, independente de treta, do
que tá rolando, o rap mesmo tá mostrando que a gente consegue movimentar as coisas de uma forma absurda, assim, sabe? [Foquinha] Sim, da hora. E foi muito legal ver você curtindo muito o show do Travis Scott. Você foi pro meio da roda, foi muito da hora. E como que foi esse momento? Primeiro porque depois você foi pro after dele e tudo, mas eu quero saber o momento de lá, pro meio da rodinha e tudo. Como é que foi aquilo? [Veigh] Pô, foi muito legal. Porque a gente tava num camarote lá em cima, tava olhando lá
de cima, mas não tava dando pra curtir direito. O som não tava chegando tão alto lá. E aí a gente falou: "Mano…" Eu já tinha a meta de descer, eu já tinha mandado o parceiro trazer uma balaclava, né, pra botar no rosto, só aparecer os zoinho. Falei: “Mano, vambora descer lá embaixo porque não dá pra nós não curtir o show do homem lá no meio da muvuca, né?” Pegamos, colocamos a balaclava, descemos, mas mesmo assim os fãs reconhecem, mano. Então é doideira. Então eu tava, tipo assim… [Foquinha] Se pá chama mais atenção. [Veigh] Exato, eu
tava com uma touca brilhante também que só Deus na causa. Mas deu bom. Deu pra curtir legal, assim. Ainda fiz uma live mostrando pra rapaziada que não tinha conseguido ir pro show também, o pessoal ficou felizão. Mas foi uma parada que foi muito legal, assim, mano. Gostei muito de ter conseguido chegar no show. Peguei um sinalizador que achei lá no chão, botei… [Foquinha] Ah, você achou no chão? [Veigh] Achei no chão, não tinha levado. Mas muito doido, muito da hora, mano, muito da hora mesmo. [Foquinha] E aí depois, o after que o Orochi tava ali
envolvido e tal. Como é que foi isso daí? Eu quero saber os bafos de bastidor, as fofocas. [Veigh] Mano, o negão é muito zica! O Orochi é a mesma fita, nosso parceiro monstrão. Salve, Orochi! Também já aproveitar, amanhã sai nossa música, eu e ele, o bagulho vai estar pesado, tô muito ansioso pra sair. E que, mano, o after, de repente, nós tava lá trocando ideia, os moleques falaram: “Mano, vai rolar um after aqui, o Travis vai encostar, brota aí.” Falei: “Ah, demorou, né, mano? Vamos encostar também, né?” "Mas pô, é mesmo que ele vai encostar?"
Já nervoso, já dá aquele nervoso. Falou: “É, mano, o mano vai encostar, então brota.” Irmão, nós foi, chegou lá quietinho, pá, cheio de gente, né? Cheio de mulher, né? [ri] O moleque é zica. [Foquinha] O Orochi, Travis… [Veigh] Mano, os caras é poucas. Aí nós chegou lá no cantinho, daqui a pouco o homem veio. [Foquinha] Vixi. [Veigh] Ele passa assim que você fala: “Mano, alguma coisa esse mano tem de diferente, né?” Não só por ele ser o Travis Scott, mas você já sente aquela aura, assim. [Foquinha] Sim. [Veigh] Mais uma aura, vambora. O bichão passou,
falei: “Mano, o mano tá aqui mesmo, que doideira.” Passou uns minutos, nós já tava no palco, todo mundo junto, já curtindo, e a música rolando. E tinha sido um dia depois do meu aniversário, então eu tava muito feliz. Tipo, deu meia-noite, tinha acabado o meu aniversário, mas nós já tava lá. E aí mó onda, a rapaziada cantando, coral, geral cantando junto, eu falei: “Mano, que doideira.” Eu tava assistindo o show dele lá da pista, e aí de repente eu tô no palco do lado dele. [Foquinha] Muito foda. Chegou a trocar alguma ideia ou não rolou?
[Veigh] Não, nem dá, porque, mano, os caras é muito avoado nas coisas, sabe. Chega, toca, curte o momento, já vai embora do palco mesmo, então não dá nem pra ter esse momento, assim. A rapaziada também lá de fora é um pouquinho mais reclusa, assim, eu acho que por si só, não por ser só artista, mas por eles mesmos, são um pouquinho mais, né… pé no chão de um jeito diferente ali. Então foi lá, fez a boa, já saiu fora, foi embora também, curtiu o momento. Mas foi uma parada que foi muito legal, assim, um sonho
que eu nem imaginava de realizar também, de estar no palco com o homem. [Foquinha] Você é muito fã dele, né? [Veigh] Curto muito, mano, curto bastante. De quem você é mais fã? Tipo, mais, mais? [Veigh] Pharrell Williams, mano. [Foquinha] Que você ia assim travar? [Veigh] É Pharrell Williams. Acho que é o que eu sou mais fã. Tenho uma tatuagem igual a dele também, a camisa também já da coleção, a bota também da coleção, [rindo] Já confirmou, já. [Foquinha] Todo trajado de Pharrell. [Veigh] Mano, eu gosto muito dele, mano, gosto muito dele mesmo. Eu fiz um
movimento agora com a Tiffany, também das joias dele, então foi uma parada muito da hora também. E a rapaziada sabia que eu era fã e já me envolveu junto também, então foi um bagulho muito legal. [Foquinha] Já, já, conhece. [Veigh] É, quem sabe, né? Nossa, ia ficar em choque, mano. [Foquinha] E você curte pop também, né? Porque você tem uma pegada do pop. Eu gostei muito que no teu show rolou o sample de “Say My Name” da Beyoncé antes de “Nóis é Nóis”. E como é que foi essa escolha, assim? [Veigh] Pô, “Nóis é Nóis”,
na verdade, é uma música que o sample dela todo era de “Say My Name”. [Foquinha] Ah tá, já era. [Veigh] É, já era todo. Só que aí o que aconteceu? Essa faixa deu um ruim por conta de liberação. E aí a gente teve que trocar e fazer algo meio que parecido, mas que ainda não fosse, sabe? [Foquinha] Entendi. [Veigh] E como era muita gente pra tentar destravar, que não era só Beyoncé, né, é Destiny’s Child, então é um bagulho mais difícil pra chegar em todo mundo. E a distribuidora também, "não, que fica mais difícil"… Ah,
então beleza, não vamos fazer isso. Aí pegamos, mudamos algumas coisas e soltamos a música do jeito que é, só que não da versão original que todo mundo já tinha ouvido, tinha postado prévia e tudo. E aí não deu certo da gente lançar ela do jeito que eu queria. Depois eu dei até uma desanimada porque a gente teve que mudar bastante coisa, não saiu do jeito que eu queria. Mas aí a intro do show a gente colocou como se fosse “Say My Name” mesmo, sabe? E aí muda pra música e fica muito legal, mano. [Foquinha] Ficou
muito foda. [Veigh] E hoje a intro do show é essa. [Foquinha] Ai, que da hora. [Veigh] De verdade, muito da hora. [Foquinha] Muito legal. E o Justin Bieber também, eu falei brincando aqui na abertura porque tem uma galera que fala que você é o Justin Bieber brasileiro. E você curte o Justin também, né, já falou. [Veigh] Curto, mano. [Foquinha] O que você acha disso? [ri] [Veigh] Pô, mano, eu acho muito legal porque é um mano que conseguiu movimentar muita coisa, né? Um artista muito talentoso também. Na época só se falava dele, né? Não tinha outra
pessoa a não ser o Justin Bieber, era só o homem mesmo pocando em todo lugar. Eu lembro que na escola as meninas já: “Não, que não sei o quê…” As Beliebers, pá, tal, tal. Eu falava: “Caraca, que doideira, né, mano?” O jeito, o impacto que ele teve foi muito absurdo no mundo todo. Até hoje, né? É um impacto muito forte. Mesmo nem fazendo música mais direito, assim… Eu acho que nem ele deve gravar. [Foquinha] Acho que hoje tá mais de boas. [Veigh] Mais tranquilo. Mas o impacto que ele teve foi muito absurdo. Então acho muito
legal ouvir isso, eu acho da hora. Eu brinco bastante também que eu tô roubando os fãs dele, assim, por conta de ser jovem também e tá conseguindo movimentar uma rapaziada legal. A rapaziada leva cartaz no show, fica levantando: “Ah, meu Justin Bieber”, pá, não sei o quê. Porque tem a rapaziada mais novinha também que tá me acompanhando desde o começo e aí, tipo, tá crescendo junto comigo também. Então eu acho que tem esse mesmo sentimento de quando era ele, sabe? Então acho muito legal essa comparação também. [Foquinha] Acho que tem uma coisa também que você
traz pro teu show, muita parada que é de uma estrutura do pop, assim, que é tipo, a estrutura, as performances, o balé, os elementos, assim, que eu acho que é uma coisa muito do pop que a gente não vê tanto no trap, principalmente o masculino, assim. Então dá pra perceber que você tem essa influência mesmo, acho que do pop, né? [Veigh] Sim, mano, com certeza. Até porque, assim… Eu acredito que a gente tem que se espelhar em cada coisa, tirar um pouquinho de cada coisa que seja bom pra si mesmo, sabe? Então eu vejo nos
outros gêneros que, mano, a rapaziada aqui cuida bem da voz de tal jeito, então nós tem que cuidar também. O pessoal colocou dançarino, acho que fica legal. Será que no nosso show vai ser interessante? Será que no meu tipo de música vai ser? Então vambora puxar também. A rapaziada vai pegando de pouquinho em pouquinho, fazendo alguma coisa ali, daqui a pouco o show tá absurdo. E é legal porque quando a gente apresenta o show de trap pra rapaziada, né, alguns contratantes ficam sem entender, tipo: “Pô, mano, será que esses meninos é bom mesmo? Do trap?
Que que é isso? Nunca ouvi falar.” Tem gente que realmente nunca ouviu falar. Aí eu fico: “Mano, peraí, contrata nós que vocês vão entender como é o movimento.” Aí eles veem que é uma parada profissional, sabe. Não é bagunçado do jeito que às vezes eles acham que é. E aí vende ingresso pra caramba, porque a rapaziada tá, né… querendo ver o trap, querendo ver o que tá acontecendo. E aí a gente faz um showzão, aí é… tira de letra, bala de fuzil, chegou pra ficar e vambora. [Foquinha] E você tem vontade de sempre trazer esses
elementos mesmo pros teus shows, assim, não só os de festival, mas trazer mesmo, tipo ceninha, balé? [Veigh] Aham, a gente brinca bastante, meus dançarinos também… sem palavras, assim, são umas pessoas que… Eles pensam junto comigo em várias paradas de show também, performance. Eu tento fazer um negocinho ali, outro ali também. Pra mim é um pouquinho mais difícil, mas eu gosto bastante porque quando eu era mais novinho, eu também ficava nessa de dançar, de fazer as bagunças, assim. [Foquinha] Você tem vontade de aprender mais? [Veigh] Pô, tenho vontade de aprender mais, eu acho muito legal. E
acho que é uma das linguagens mais importantes também do hip hop, né, mano? A dança. Então acho que é muito da hora estar em conjunto com isso e estar fazendo esse movimento. E muita gente não tinha essa visão antes, olhava às vezes com olhar de preconceito até, e eu ficava sem entender: “Pô, mas como assim? Qual que é a parada?” Então hoje em dia, a gente fazendo essa parada acontecer, mano, é muito da hora, tá ligado? Dá até um salve aí pro meu mano Caco, minha parceira Carlinha, a Let, o Vini, vocês são sem palavras,
toda a rapaziada da dança. E eu procuro sempre que tô em alguns estados, assim, igual eu tava no estado da minha dançarina Carlinha, eu fui lá na escola de dança da mãe dela, as menininhas pequenininhas dançando muito, eu falei: “Caraca, que doideira.” Até costumo falar que são minhas filhas, quando elas comentam alguma coisa lá, eu falo: “Boa, filha, tão dançando muito, tal, não sei o quê.” Então é muito da hora pra mim, assim, porque eu gosto desse movimento, sabe? E aqui em São Paulo também, eu visitei algumas escolas de dança, acho muito da hora porque
a rapaziada também fortalece muito meu trabalho, sabe? Eles dançam a minha música, eu faço música pra eles dançarem, então a troca é muito da hora. Assim como o DJ também, que leva nossa música pra lugares que às vezes nós nem imagina. Antes de eu conseguir fazer um show, o DJ tocava num show minha música. Então várias vertentes, assim, que eu falo: “Mano, não, essa rapaziada aqui merece uma atenção da hora, tá ligado? E tem que ser abraçado mais.” [Foquinha] E falando nisso, tem um grande momento do show que é a cena de romance com a
Carla Souza. [Veigh] Carlinha. [ri] [Foquinha] Que é o momento que rola um beijo. Né, e aí eu quero saber como é que surgiu essa ideia? Quem trouxe essa ideia, como é que foi aquele primeiro momento de “vamos fazer isso”? [Veigh] Mano, vamos falar sobre esse dia, como que surgiu essa ideia. É engraçado porque eu acho que nós nem comentou, acho que nem o pessoal muito sabe bem assim como é que foi, mas qual que era a parada? A gente ia fazer o show em Portugal, né, o Rock in Rio Lisboa. E aí a gente fez
esse movimento todo de fazer o show, de ensaiar e tudo mais. Falar: “Mano, o show vai ser legal.” E aí, tipo, o meu produtor ficava falando: “Mano, precisa ter alguma coisa pra chamar atenção, pra ser um grande final, assim. Vai fazer o show, vai ser brabo, mas o que será que a rapaziada vai falar mais, assim?” então tem ter alguma coisa que vai ser interessante. E aí, tipo, também sugeri que pudesse ser um beijo ali na cena. Porque a gente meio que fazia essa cena já, entendeu? Meio que uma parada ali do teatrinho e tudo
mais, só que não tinha o beijo, entendeu? E aí a gente já vinha fazendo, chegava na hora ali, ela me empurrava, saia fora. E aí quando a gente falou: “Mano, vai ser o Rock in Rio.” Então na hora, ao invés de empurrar, que todo mundo vai falar: “Pô, agora não vai rolar nada,” a gente dá o beijo. E aí eu falei pra ele: “Mano, mas eu não posso falar isso, mano. Se ela não gostar, tá ligado? Vai ser um bagulho meio chato.” "Não, pode deixar comigo, eu desenrolo". [ri] [Foquinha] Sabe disso, ela tá sabendo agora?
[Veigh] Não tá sabendo agora. [ri] [Foquinha] Foi tudo arquitetado. Foi aí ele foi lá, falou com o meu outro dançarino, com o Caco: “Mano, e aí, você acha?” “Pá, não, de boa.” Aí a gente foi, mandou esse lance pra ela, tal, falou: “Não, tudo bem, sem problema nenhum.” Até porque a gente sabia que ia causar algumas consequências, né, mano? A rapaziada, os fãs às vezes ficam um pouquinho em cima, tipo, não entendem o que tinha acontecido. Eu tinha acabado de terminar um relacionamento… não acabado, já tinha terminado há um tempo o relacionamento, já tinha terminado,
mas, é… sabia que isso também ia refletir um pouco, tá ligado? E aí, tipo, a gente falou: “Mano, e agora, será que de boa?” “Ah, vambora.” E dito e feito, né, mano? A gente fez a parada, aconteceu, rolou o beijo lá, geral falou muito, o show repercutiu em vários lugares por causa daquela cena, as pessoas assistiram o show. Então foi uma parada que deu bom, assim, e foi bem legal, mano. E agora, em alguns shows a gente faz, a gente faz outros não. Não todos os shows, mas a gente deixa sempre um… como é que
fala? [Foquinha] Suspense. [Veigh] É sempre um suspense, assim, pra não ser todos também, não virar uma parada tipo: “Ah, sempre rola.” Mas aí é legal que os fãs ficam esperando, aí tipo, quando não rola, eles ficam: “Ah…” [Foquinha] Mas tem umas fãs que têm ciúmes! [Veigh] Muito, muito! [Foquinha] Tem umas fãs que ficam… “E aí, e aí, meus filhos, que palhaçada é essa?” [Veigh] É, mano, caramba… [Foquinha] Que Xow da Xuxa é esse? [Veigh] Meus fãs são ciumentos… [ri] Que Xow da Xuxa é esse? Mas meus fãs são ciumentinhos mesmo, mano. Muito da hora, eu
dou risada demais. [Foquinha] Muito da hora! As fãs assim, desesperadas, e você: "muito da hora". E eles mandando na DM: “Não, mano, que isso? Não, você não pode fazer isso, não.” Eu falo: “Caraca, que engraçado.” [Foquinha] Mas aí rolou a primeira vez, vocês deram o beijo. E aí depois vocês falaram sobre, ficou uma coisa meio vergonha, meio tipo…? [Veigh] Não, não, tranquilo, tranquilo. A relação com o geral da equipe, assim, é sempre muita amizade, tá ligado? De trocar ideia mesmo e falar: “Mano, ó, que da hora, que engraçado, o que tá rolando, o que tão
falando.” Então, tipo, é sempre uma energia assim. Desde a minha gravadora, da Supernova, a energia da rapaziada é sempre 100%, porque é todo mundo amigo mesmo, que tá com a mesma vontade de vencer. E aí no show reflete muito isso também, porque minha equipe de show, que é equipe de gravação, né, de música, e a equipe de show também, que é umas 19 pessoas, né? Umas 19 pessoas, Chicão? [Foquinha] É uma galera. [Veigh] Umas 19 pessoas no show? É, mano, 19 pessoas. E tipo assim, com todas, a gente tem uma afinidade muito da hora, tá
ligado? Eu procuro sempre manter isso assim. Porque é muito legal ter essa proximidade de amigo mesmo, sabe? Todo mundo no mesmo sonho. [Foquinha] Não, mas você quer matar seu coração mesmo, porque no show do The Town você fingiu desmaio, aí ficou a galera assim: “Você tá doido?” [Veigh ri] [Foquinha] Todo mundo achou legal porque foi maior negócio, maior cena e tal mas uma galera ficou preocupada. [Veigh] Ficou. [Foquinha] Tipo: “Mano, a gente tava achando que você tava passando mal e…” [Veigh] Aham, foi mais uma ideia maluca aí também que eu tive, assim. Eu falei… “Mano,
acho que isso aqui vai ser uma parada muito doida.” Porque qual que é a fita? Eu não tinha pensado no desmaio. Eu tinha pensado na ambulância, né, que eu volto na maca. [Foquinha] Aparece no telão. [Veigh] Isso, eu volto na maca. E aí meio que eles tentando me reviver, porque a batida dessa música, que é “Jeito Bandido”, ela é meio como se fosse umas batidas de coração. E aí bate, pam, pã, pã, e quando eu levanto, a música já meio que começou. Eu tinha pensado nessa cena. E aí a rapaziada deu a ideia de: “Mano,
uma música anterior, você meio que desmaia, porque daí você volta na ambulância e faz um sentido melhor do que você só sair do palco.” E aí foi cheque-mate também, mano. Então todo show a rapaziada já fica meio que esperando alguma coisa diferente, assim. [Foquinha] "O que ele vai fazer nesse show?" Já tá todo mundo preparado, assim, né? [Veigh] Nesse último show do Rock in Rio, agora, a gente entrou homenageando o esporte, né, o boxe. Foi uma parada muito legal também. A gente postou um card, eu e o KayBlack, como se a gente fosse lutar, e
a rapaziada: “Mano, que isso, vai ser luta? Não vai ser? Qual que é a parada?” Aí a gente entrou vestido de boxe, então a rapaziada ficou meio que sem entender, e aí daqui a pouco entendeu que era um show em conjunto, uma parada que ia acontecer no Rock in Rio. Então, bem legal. [Foquinha] Muito legal. E veio da onde essa ideia do boxe? [Veigh] A gente treina junto, né? Eu e o Kay, a gente treina junto. [Foquinha] São vizinhos também, né? [Veigh] Sim, ele mora na rua de cima da minha casa. E aí a gente
treina junto. E a gente queria fazer uma homenagem também pras paradas, né, mano? A gente viu que nas Olimpíadas agora, assim, a homenagem era meio que pro esporte num todo, não era só pro boxe. Mas como a gente treina o boxe, a gente quis meio que fazer essa encenação. E a gente tava vendo que, pô, foi precária as situações das Olimpíadas, assim, dos nossos atletas, né? Muita gente tava comprando do próprio bolso algumas coisas, então a gente ficou meio que de cara e queria trazer uma atenção voltada um pouco pra isso, né? E eu acredito
que o boxe é um esporte muito incrível, assim, que mudou muito minha mentalidade também nas coisas, mudou muito a minha saúde também, tanto mental quanto física, e que foi muito importante quando eu comecei. Então queria que tivesse um pouco mais de atenção em cima disso, sabe? Pra realmente os atletas terem mais essa atenção, conseguirem mudar de vida com isso. Eu tenho vários amigos atletas que são incríveis, assim, às vezes não conseguem ter uma oportunidade que lá fora eles já estariam montados na grana, sabe? Então é uma parada que é muito triste, mas acho que de
pouco em pouco, se Deus abençoar, a gente vai conseguir mudar um pouco isso. E que consiga se tornar algo mais quente, assim. [Foquinha] Sim, sim, agora o show do trap, homenagem ao trap, que foi uma galera, né? Foi bem legal também, mas tiveram problemas técnicos ali. Como que foi o bastidor disso? [Veigh] Então, o que acontece é o seguinte… nesse show que envolveu todos os artistas ali, foi eu, o Ret, o Matuê, o KayBlack, o Cabelinho, o Orochi e o Will também. Foi um show que não foi a nossa equipe que executou, entendeu? Então a
gente tava um pouco sem saber… [Foquinha] Não tinha muito o que fazer. [Veigh] É, não tinha muito o que fazer. Como não foi a nossa equipe que executou, que ficou lá na atenção, foi a própria rapaziada do Rock in Rio que organizou lá, meio que aconteceram algumas falhas, né? Então não tava no nosso controle, nem no controle das nossas equipes. Então meio que tipo… [Foquinha] Vocês ficaram meio… Eu curti o que Matuê falou: “Pô, vamos esperar, a gente vai esperar aqui resolver.” [Veigh] Sabe por que é difícil? Porque a rapaziada já critica muito o trap,
assim, mesmo a gente dando total atenção pra nossa parada, pro nosso movimento. E aí, quando às vezes algumas coisas saem fora do controle e não depende só da gente, fica um pouco mais difícil, né? E a rapaziada fala bem mais e sempre cai pra nós mesmo. Mas tudo bem, foi um dia que foi importante, assim. Acho que o pessoal gostou bastante de mostrar essa junção dessa rapaziada que tá movimentando aí a música também. E foi bem legal pra mim tá próximo a esses artistas, assim, porque são artistas que eu era… eu acho, não, tenho certeza
que eu sou o mais novo deles, assim, que apareceu na cena. Então todos eles eu já ouvia da minha casa, já assistia no YouTube, sonhava, pedia pra Deus pra um dia fazer uma música junto, tá ligado? Então pra mim foi uma parada muito importante, assim. Eu nem cheguei a falar mesmo com a rapaziada, a mandar uma mensagem depois, até porque a correria depois foi absurda. De lá eu já saí pra outros shows, pra outros estados. Mas se acabar refletindo neles aí, esse salve é um bagulho muito importante. Pra mim foi muito da hora tá naquele
palco com essa rapaziada, assim, que eu sempre sonhei em tá perto, e não tenho vergonha de falar. E acredito que muita gente às vezes tem um pouco de receio de falar das pessoas, né, desse sentimento, assim, mas pra mim foi uma parada que foi… pô, muito importante mesmo, assim. Me senti felizão mesmo, mano. [Foquinha] E foi um marco, né, pro trap, com certeza, no Brasil. [Veigh] Com certeza. [Foquinha] Agora, quem que faz a escolha de quem vai se apresentar? Tipo assim, os nomes que vão estar nesse show, por exemplo. Tipo, é o Rock in Rio?
Quando você foi chamado, já sabia quem tava lá, quem ia tá com você? [Veigh] É, demorou um pouquinho pra chegar todos os nomes, mas é eles mesmos que fazem essa escolha, assim, não sei qual que é… [Foquinha] Você tem uma ideia por que não tinha nenhuma mulher do trap nesse show? Pô, mano, eu não faço ideia do porquê nesse movimento, mas o preconceito com a mulher já é fora do trap, fora de gênero, né? Já rola em todo lugar. Então, assim, eu gostaria que tivesse uma mina envolvida. Se eu posso citar uma mina específica, é
minha parceira Luana, que eu gosto muito dela. Queria muito que, pô… Ela, a Duq, duas minas que eu gosto bastante, tenho mais contato, assim, acho que seria muito legal. E as minas estão movimentando de uma forma absurda e de um jeito que eu também fico muito feliz porque elas não estão precisando migrar pra outro estilo pra serem valorizadas, tá ligado? Assim como foi o funk, né? Eu acho que a rapaziada que começou muito no funk teve que migrar um pouco pro pop pra conseguir movimentar. E aí fica um segmento que é só um, né? Tipo,
fica só o pop, todas as pessoas do pop. E aí, tipo, todas as pessoas do pop fazem feat com todas as pessoas do pop. Então seria legal uma mina do pop, uma mina do trap, ela não precisou ir pra cá pra elas estarem juntas. Então acredito que o crescimento dessas minas vai ser muito estrondoso também. Nossa, a monstra Júlia Costa também, só pra citar as minas que eu briso. MC Katrina também eu gosto muito. E… [Foquinha] Tasha e Tracie. [Veigh] Nossa, Tasha é Tracie, sem palavras, mano, cê é louco, essas minas são responsa demais. E
eu acredito que, mano, mais portas vão se abrir, tá ligado? Assim como a porta do trap tá se abrindo pra eventos desse tamanho, tá ligado? Eu acredito que essas minas logo menos vão estar voando mais e mais e eu quero estar junto com elas nesse movimento aí. [Foquinha] Você acredita… O que seria bom pro trap evoluir pra dar mais espaço pras meninas? Porque é isso, né? A gente vê falta de mulher nesses line-ups grandes, sabe? Que não são só do trap, ainda dentro… dos line-ups do trap a gente vê menos mina, né? E principalmente nos
festivais grandes e tudo. É outro destaque, né? O que você acha que falta ali pra essa evolução do trap, sabe? E do rap também, até porque no rap, né, de maneira geral, no Rock in Rio também só tinha a Karol Conká no palco do rap também. [Veigh] Certo. Mano, acho que falta mais mesmo da mentalidade da rapaziada que organiza, tá ligado? Porque das minas não falta nada, mano. As minas apresentam um show muito absurdo, com dançarina, com o bagulho que elas sabem fazer muito melhor do que nós, tá ligado? As minas cantam muito melhor do
que nós, dançam muito melhor do que nós, tá ligado? Então é uma parada que, assim, sinceramente, eu não sei o que mais elas precisam fazer pra ser vistas, entende? Tipo, mano, pega a visão, tô aqui, tá ligado? Tá acontecendo, eu também tô movimentando a parada. Então, realmente, eu acredito que… eu espero, né, que a mentalidade dessa rapaziada mude um pouco e consiga entender o que tá acontecendo, consiga ter um olhar mais clínico. Porque eu acredito que, quando olham pras minas, assim, falando um pouco do trap, mas quando olham pras mulheres, elas olham já pra outros
gêneros, tá ligado? Pro sertanejo, pro pop, pra qualquer outra coisa fora do trap. Mas eu espero que consigam ter essa visão pro trap em específico, como eu tava falando, pra que elas não precisem se moldar pra outro gênero pra ser vistas, sabe? Então eu espero colaborar de alguma forma pra que isso aconteça, porque de verdade, mano, quando as minas chegarem, não vai ter como parar, não. [Foquinha] Sim, sim. Não, e é isso, assim, até a Duquesa veio aqui recentemente, mandou a letra. Esse Foquinha Entrevista tá demais, assistam depois, quem perdeu. E é isso, falta investimento,
falta das organizações mesmo, né? Porque sold out elas dão, né? Tão estourada. Então é isso, né? [Veigh] Mas as mina é… mano, é doideira porque quando as minas se juntam, então a força… E é doido porque, tipo assim, eu fui no show das minas, eu vejo na internet elas postando direto, e a força do show delas é absurdo. [Foquinha] É absurdo. [Veigh] É absurdo, absurdo. É tipo, as minas se inspirando mesmo no bagulho e a plateia, muita mulher cantando e gritando. [Foquinha] Sim, é porque eu acho que finalmente as mulheres também conseguem se identificar com
as letras do trap, do rap de maneira geral, né? Porque é isso, né? Até no trap, assim, a gente vê muitas letras dos homens cantando, falando de ostentação, falando de mulher, de carro, não sei o quê. E, claro, as minas curtem também e tudo, mas é muito bom quando você vê uma mina nesse lugar falando da vivência delas, assim. [Veigh] E é engraçado porque quando o mano fala sobre um bagulho às vezes mais quente, né? Com quente eu quero dizer uma parada mais… Mais… como eu posso falar? [Foquinha] Sexual? [Veigh] É, uma parada mais sexual,
né? Quando o mano fala, tá tudo bem. Aí a mina fala… [Foquinha] É a puta. [Veigh] Ah, a minha é puta. Eu fico: “Caramba, qual que é a fita?” Então é muito louco, já começa desde a criação da música dela, né? A mina, pra fazer o bagulho, já tem que pisar em ovos ali, tipo: “Mano, será que o bagulho aqui é desse jeito mesmo?” Tá ligado? E é muito doido, né, mano? Pô, Eboni também. Só porque eu lembrei aqui, essa é monstra. [Foquinha] Elas não tão minimizando, não. Elas tão falando mesmo. [Veigh] Não, tão tacando
marcha. É dedo na cara, bala de fuzil. [Foquinha] O que você achou da diss track da Eboni? [Veigh] Mano, ela é monstra, né? Não tem como, né, mano? A Eboni, ela é… Ela é a mesma fita. E ela mandou o lance mesmo e boa, boa. E tá nem aí pra nada, mano. Tá nem aí pra nada. Nossa monstra. Eboni, você é monstra e nós vai matar uma junto. [Foquinha] A gente tava falando disso, do papo da ostentação, e rola essa crítica mesmo, né? Tipo, tem uma galera que critica essa ostentação no trap, né? Acho que
até o Marcelo D2 recentemente falou, não sei se você viu a fala dele no Rock in Rio, que ele comentou que ele fica meio assim, meio pá com essa ostentação no trap, que pode ser meio que uma armadilha, que no fim das contas a favela não venceu. O que você acha sobre isso? [Veigh] Eu não vi a fala pra entender de fato o que ele quis dizer com isso, mas talvez ele esteja falando mais sobre as pessoas acharem que a favela venceu porque quem tá cantando veio da favela e tá ostentando coisas hoje em dia,
só que lá ainda continua do mesmo jeito. Talvez seja esse contexto, assim. E, tipo, pô, é difícil falar assim porque, mano… [Foquinha] Nem precisa falar sobre o que ele falou porque você não viu, né? Se você quiser falar de uma maneira geral da crítica da ostentação… [Veigh] Exato. Tipo, pô, mano, é difícil falar sobre a ostentação porque, mano, quem não quer ter um carro da hora, tá ligado? Quem não quer ter uma casa da hora, uma roupa de luxo? Então, assim, são coisas que a gente almeja, né, mano? Então, antes de ter um carro, eu
cantava sobre ter um carro, tá ligado? [Foquinha] Uhum, sobre o sonho. [Veigh] Andando com o carro X na rua, pá… E eu não tinha nada, tá ligado? Então eu já ostentava até sem ter. Então é doido, porque é um sonho, né, mano? É meio que a gente tá cantando sobre sonhos e quando a gente conquista, não vai falar, tá ligado? Pô, hoje eu tenho um carro azul, e eu falo dele quase toda música, mano. Tipo assim, pô, meu sonho! Por que eu não posso falar sobre meus sonhos, sabe? Então, sei lá, eu não sei muito…
Um contexto negativo em cima disso. Talvez por… Por a gente se comunicar muito com a comunidade, né, mano, da onde a gente veio também, talvez mostre pra rapaziada uma realidade diferente que às vezes elas querem buscar sem… de qualquer forma, tá ligado? Só que também, às vezes, acho que é uma forma de incentivo, né, mano? Porque a gente batalhou, a gente trabalhou pra estar ali, pra ter aquilo. Então, se a rapaziada também se espelhar nisso: “Ó, mano, o mano tem um carro X, mas é porque ele foi no corre dele, no trampo dele, e ele
fez o bagulho de um jeito justo, então eu vou assim também.” Então eu acho que isso é um incentivo também, mano. [Foquinha] Sim, sim. E é muito legal ver como você levou a galera que cresceu com você pra trabalhar contigo, assim, né? Tem uma galera que você quer estar junto, assim, e eu acho que é muito legal isso, porque o sonho não acaba sendo só seu, né? Você acaba tipo… você sempre fala o quanto, sei lá, faz as coisas pra tua mãe também, que inclusive acho que ela tá vendo a gente. [Veigh] Tá vendo, tá
vendo, minha mãe. [Foquinha] Aqui, ó, um beijo pra ela. Miriam. [Veigh] Beijão, mãe! [Foquinha] A gente fofocou antes, assim, que ela tá assistindo. E você sempre fala que você dá as coisas pra ela, a galera que tá com você tá trampando com você. Isso é muito foda, né? Eu acho que isso é a realização de um sonho pra você também, né? [Veigh] Pô, com certeza, mano. Tipo… Os moleques que trampam na minha gravadora hoje são todos os moleques da minha quebrada, tá ligado? E é uma parada muito louca porque… tipo, o Nink agora, ele vai
soltar um projeto daqui a pouco, mas ele já tem algumas músicas comigo, atuais. Ele foi o mano que pagou uma das minhas primeiras produções musicais, assim. Eu tava sem trabalhar na época, tava na época de reservista do exército, não tava conseguindo trampo, só tava fazendo uns bicos, tava sem dinheiro, ele tava trampando. E aí ele pagou uma produção de uma música que fiz eu, ele e mais meu outro parceiro. E hoje eu tenho a oportunidade de falar: “Mano, não, nós vamos somar junto, vamos embora.” E hoje ele tá na minha gravadora, tá ligado? Gerard, meu
parceiro também, a gente se conhece há mó cota. A gente já falava sobre isso, escrevia umas letras de funk também, pá, vivia a mesma realidade junto, de ter que tá trampando, na maior correria. Mano, vamos fazer o bagulho. Hoje tá na gravadora também. Pô, o GA, parceiro que nós pulava estação junto, se trombava direto, mano, na correria, pegando o ônibus, pá. Quando eu comprei meu primeiro Jordan, assim, um tênis lá que é muito maneiro, assim, mano, eu trombei ele no ponto de ônibus, falei: “Ei, irmão, mano, acabei de comprar meu primeiro tênis, pá.” Ele: “É
mesmo? Mostra aí.” Tipo, eu lembro de mostrando o tênis que eu comprei, ainda era usado, ainda de um parceiro. Mostrei pra ele o tênis, assim, a gente no ponto de ônibus. Hoje ele soltou um álbum, já tá fazendo show, a gente já vai fazer show fora, tá ligado? Então é uma parada muito absurda, assim. Que ele mesmo, GA, quando comprou o carro dele, eu fiquei mais feliz do que quando eu comprei o meu, tá ligado? [Foquinha] Sim. [Veigh] Eu falei: “Mano, caramba, olha onde nós tá, mano.” Então é da hora ter essa troca, assim, de
conversa, tá ligado? E ver que a gente tá conseguindo mudar muita coisa, né, mano? [Foquinha] Demais. [Veigh] Então é muito, muito louco mesmo. O Coda, meu DJ também, ele nem era DJ. E aí nós falava: “Pô, mano, se você fizer o bagulho, dá pra você tá comigo nas viagens, porque vai ser mó correria, nós não vai conseguir estar se vendo geral junto, pá.” Hoje o moleque já tá desenrolando, nós só se olha, já entende o que tá pra acontecer ali. Então é uma energia que é de amizade mesmo. E eu acredito que essa rapaziada faz
eu manter muito o meu pé no chão também. [Foquinha] Total, aquilo que a gente falou lá no começo, né? [Veigh] Exato, mano. Então essa rapaziada não é o tipo de pessoa que vai me falar sim pra tudo que eu for fazer, sabe? Então, quando eles veem que eu tô tirando o pé do chão, mano: “Ó, calma aí que não é assim.” Assim eu com eles também. Então tá todo mundo na mesma prateleira aqui, mano. Não tá ninguém lá em cima, ninguém lá embaixo, todo mundo na mesma batida. E é muito doido porque eu vejo muita
gente que tá rodeada de pessoas que não fazem bem pra ela, tá ligado? Mas quem sou eu pra falar também quem são? Mas, assim, eu consigo enxergar isso, mano. A rapaziada em volta vê isso. E é triste, né, mano? Porque quando você recebe sim pra tudo, você acaba entrando em outros caminhos e isso te deslumbra, mano. E quando você se deslumbra, às vezes você não percebe. Às vezes você acha que tá bonito, mas todo mundo em volta tá vendo o que tá acontecendo. [Foquinha] Aí a queda é inevitável. [Veigh] É, mano… [Foquinha] De algum jeito,
né? Não queda nem de sucesso. [Veigh] Exato, nem de sucesso, mas há uma perda ali, sabe? Há uma perda de verdade. [Foquinha] E acho que isso tem tudo a ver com teus álbuns, né? O “Dos Prédios”, tanto o álbum quanto o deluxe. Que eu já queria falar da capa, que é você nos prédios ali, né, que representa a Cohab que você cresceu. E eu queria saber um pouco dessa identidade visual e do conceito. Como que foi pra você pensar ali, sabe, nisso? [Veigh] Pô, mano, a fita foi o seguinte… quando a gente foi fazer a
foto da capa do álbum, a gente foi… Como é que fala o nome? Esqueci. Ih, caramba, esqueci o nome do… [Foquinha] Foi fazer o quê? [Veigh] A gente pegou um carro lá na casa do parceiro, falou: “Mano, vamos lá pro acesso do meu prédio, que lá tem os prédios de fundo, vai ficar legal a foto lá.” Só que a gente não tinha ciência de como que ia fazer ali, aquele movimento. Só ia parar um carro lá e tirar uma foto dentro ou sei lá, de qualquer jeito. E aí a gente chegou lá, deu uma enchente
absurda, assim, mano. Começou a encher de água, chover pra caramba. Falamos: “Mano, não vai dar certo, vamos voltar outro dia.” Aí voltamos no outro dia. No outro dia, a gente voltou, colocou o carro lá, começou a pensar como que a gente ia fazer. Eu subia, mandava as crianças apontar para cima, aparecer no canto. Foi inventando um monte de coisa até que saíram várias fotos legais e surgiu essa foto que foi a foto da capa do álbum. Hoje em dia, a rapaziada considera como uma foto mais bonita de capa de álbum. [Foquinha] Sim, mó bonita. [Veigh]
Porque é bem interessante. Tem uma história, tem um porquê cada coisa ali, tá ligado? E eu queria muito expressar essa parada da onde eu vim, sabe? Eu via muitos artistas, muita rapaziada, às vezes com muito mais números do que eu, só que eu não sentia a identidade deles, não sabia da onde eles vieram, o que eles costumavam fazer, qual que era a quebrada deles, tá ligado? Eu não conseguia ter esse acesso que eu acharia interessante se eu fosse só um fã, sabe? Então eu queria mostrar isso pros meus fãs, batendo em alguma tecla ali pra
que eles entendessem da onde eu vim, quem eu sou. Até porque depois que eles entendem o que você faz, da onde você veio, quem você é, você acaba fazendo qualquer outro tipo de coisa que eles sabem o que de fato você faz, o que de fato você costuma fazer, sabe? Até pra caminhar pra outros gêneros depois é ok, porque eles já entendem quem você é. Agora, se começar a fazer um monte de coisa sem mostrar isso, quem que é você? Da onde você veio, tá ligado? O que você costuma fazer, qual que é o seu
melhor? Então eu queria bater um pouco nessa tecla, assim, e a gente conseguiu mostrar isso, né, mano? Mostrando os prédios, mostrando… o nome do álbum já é “Dos Prédios”, de fato. E eu queria também simbolizar essa parada, né? Porque sempre quando a rapaziada vê esses prédios, assim, Cohab, né, especificamente, que tem em toda quebrada, eles se identificassem, tipo: “Ah, aqui que o mano fala, é desse prédio que o mano tá falando”, tá ligado? Então eu queria gerar essa identificação pro meu público. [Foquinha] E faz parte da tua história, isso é muito legal, né? E você
já pensa no seu novo lançamento, assim, no novo álbum, uma nova era? [Veigh] Pô, mano, eu penso, assim, que a era dos prédios eu acho que a gente conseguiu finalizar bastante. Eu acredito que pro ano que vem a gente pensa em fazer algo, não sei se ainda um álbum, se algum projeto seja menor ou não, mas eu acredito que tem que rolar, sim, porque vai ser um ano bem legal pra gente movimentar bastante coisa. Acho que o público já tá entendendo agora de fato o que é o trap, né? Então, sim, demorou um pouquinho, mas
agora a parada vai ser um pouquinho mais louca. Então tô muito ansioso, mano, pra chegar ano que vem e a gente começar a pensar em coisas novas, talvez um projeto. Até comentei esses dias que a gente fez umas 10 faixas lá no sul da França. Fiquei lá num camping com alguns produtores e gravando bastante depois de uma turnê. E aí a gente fez umas 10 músicas lá em cinco dias e as 10 músicas tão muito da hora, tá ligado? Muito da hora mesmo, assim. Então quem sabe a gente não pensa em algo com essas músicas
de lá. Então vamos ver o que tá pra acontecer, né? E é da hora porque, tipo, só uma curiosidade, assim mesmo, é muito diferente a forma de criação do trap, né? Eu tava falando lá no começo sobre a rapaziada que distribui sua própria música, faz a capa, faz tudo. Eu era assim, eu não tinha dinheiro pra pagar as coisas, eu aprendia a fazer, fazia capa, pedia pros outros gravar clipe, editava depois. E o trap é uma parada muito louca porque a forma de criação é muito bizarra, assim mesmo, sabe? Até quando eu vou fazer feat
com pessoas de outros gêneros, assim, que vêm e olham, falam: “Mano, mas depois você vai no estúdio passar a voz de verdade, né, escrever e tal.” Não, mano, é isso aqui, tá ligado? Nós liga o microfone, coloca ali, nós mesmos se grava às vezes e vai fluindo a ideia na mente. Eu nem escrevo mais. [Foquinha] É no freestyle. [Veigh] É, meu álbum todo nem escrevi uma palavra. [Foquinha] Você não escreve? [Veigh] Não, mano. É só aqui, do jeito que nóis tá, liga aqui, pá. [cantarola] Será que ficou da hora? Apaga, faz outra entonação. [cantarola] Apaga.
Não ficou legal? Ficou? Ficou, deixa aí, pá, próxima linha. E assim flui música de tipo 200, 300 milhões. [Foquinha] Caceta! Mas aí, sei lá, se você tá na rua, não vem umas coisas tipo: “Porra, podia escrever disso”, ou uma frase. [Veigh] Às vezes vem umas ideias e é legal escrever ou ficar na cabeça ou guardar um flow ali, tá ligado? Você liga o áudio, já… [cantarola] Já deixa esse flow guardado. Chegou lá no estúdio, o beat combinou. Mas a criação é muito absurda, muito da hora mesmo. [Foquinha] Muito legal mesmo. [Veigh] Muito legal porque é
diferente, né? Eu vejo nos outros gêneros que a rapaziada às vezes nem participa da criação, né? Ela só depois pega uma letra que cinco, seis pessoas criaram ali e depois vê se fica legal na voz dela e faz. Então eu acho muito legal essa parada, assim, que é um pouco diferente, né? Por isso que acho que as pessoas às vezes acham que é um pouco bagunçada. Porque acha que tipo: “Ah, mano, o mano ligou o microfone ali, falou as coisas que veio na cabeça dele. Qual que é? Será que é isso mesmo?” Isso, não sei
se é isso mesmo, mas tem sido até agora. [Foquinha] Tá dando certo, né. [Veigh] Tá dando bom. Tem música que a gente fez muito brincando, assim, nem pra ser muito sério mesmo, sabe? Tipo, sem intuito de lançar. E deu muito bom. [Foquinha] Tipo qual? que foi a que veio de um jeito mais inusitado, assim? [Veigh] Mais inusitado? Mano, é… “Click Bait” foi uma música que foi muito assim. Eu não gostava tanto dessa música. Porque às vezes a gente faz só pra gastar rima, só liga lá o mic, bota o beat e vai fazendo só por
fazer mesmo, sabe? E aí eu não curtia tanto essa faixa, mano. Eu falei: “Ah”… deixei ela até a metade, assim, nem continuei. Mas aí depois eu falei: “Não, mano, pode crer, vou falar pro meu parceiro lá” porque ele mexia com as paradas de dinheiro lá e pá. Falei: “Vou fazer essa música dedicada pra você e falar umas paradas de click bait, pá, de site.” Ele falou: “Não, demorou então.” Aí continuei a música, assim, mas sem intuito nenhum, mano. De repente, geral: “Mano, muito foda a música, pá, que da hora, vamos postar.” Lançamos, o bagulho é
absurdo, bateu muito, muito. E é doideira, mano, doideira, doideira. A “Novo Balanço” também, que é uma faixa que hoje no Brasil é a faixa com mais números que tem no trap, [Foquinha] O hit. [Veigh] Eu tinha a ideia dela há… Vixe, há uns quatro anos atrás, assim. Eu já tinha feito uma música e no meio da música eu falava essa parada do “novo balanço”. E eu queria fazer uma parada meio espanhol, assim, sabe? Só que eu não sabia falar espanhol, né, mano? Então eu falava assim: “Não, pode crer, se eu rimar desse jeito vai parecer
que é espanhol, mas…” Sabe? [Foquinha ri] Eu amei. [Veigh] Então fica mais ou menos, eu jogo uma palavra ali, outra… Mas tem a primeira versão dela e depois de muito tempo, de anos, assim, tocou um beat de viola que eu falei: “Caramba, lembra um pouco a parada que eu fiz lá atrás.” E aí eu peguei a palavra que eu cantava no meio, “novo balanço”, e joguei como o nome da música e comecei a pensar em outras paradas. E, de repente, virou um hit absurdo. Foi um bagulho que eu fiz lá atrás, quando eu nem era
conhecido ainda, e trouxe pra hoje. Uma palavra que eu peguei já abriu minha mente de falar: “Nossa, vou fazer esse bagulho só que hoje.” E aí deu muito certo, tá ligado? Mas a nova versão… A antiga versão era… [Foquinha] Como que era? [Veigh] Como que é? Era: “Que culpa tenho yo de ter esse sauce? Ô, minha dama, bandoleiros e bitches a bailar. Dolce Gabanna, tango, flor na boca, ama bolar… e gasta grana, yo no tengo culpa de tu me amar… Uh, com essa voz calma eu te encanto, canto, isso é um novo balanço, quando ela
desce eu fico bambo, juro, muito caliente tipo mambo, me enfeitiço quando ela vem jogando, eu na viela com meus manos, tipo espanhol e o corte americano, juro, dentro do baile tocando…” Tipo, é só palavras fazendo… [Foquinha] Não, e muito bom! E ficou bom! [Veigh] Fica parecendo espanhol, né? Porque esse tipo de flow fica parecendo espanhol, rima com "ando", "sando"… Então é só esse o detalhezinho que eu falei: “Mano, isso aqui vai dar bom.” Mas quem sabe o “Novo Balanço Parte Dois” aí… [Foquinha] Eu acho que pode vir. Eu acho que é isso, galera. Comenta aí,
bota hashtag. Ó, a galera no chat já tá a favor, vai ter que lançar. E eu amo que você não fuma, nem bebe e começa a música "fumando um canto". [Veigh] Já mandando marcha. [Foquinha] Fumando um fino de canto. [ri] [Veigh] Isso daí dá o que falar, sabia? "Ah, que você fala o que não vive", não sei o quê. Eu falava de carro sem ter carro, acabei de falar aqui. Então, tipo assim, eu conto… [Foquinha] É o lifestyle. [Veigh] É o lifestyle da vivência em volta. Como eu falei pra você, a gente faz música ligando
o microfone, cantando sobre aqui, ó. Quando sai da sua mente, você fala coisa que tá acontecendo em volta, tá ligado? Os parceiros fumam, os parceiros bebem, os parceiros curtem de um jeito diferente, fazem umas loucuras que às vezes eu não faço, mas eu relato isso, tá ligado? MC Kauan cantava vários relatos de uns parceiros dele, tá ligado? Uns manos que eu me inspirava bastante no funk também cantavam vários relatos que não eram eles que cometiam, eram uns parceiros. Então eles eram meio que um personagem da história. E eu gosto muito de fazer essa parada também,
tá ligado? Eu canto sobre tudo, sobre tudo que vem ocorrendo. Muitas vezes, nas minhas primeiras músicas, eu não colocava “eu”, eu sempre colocava, tipo, “ela”, ou “essa mina” fazendo tal coisa. E aí depois eu comecei a falar: “Não, mano, tem a rapaziada que me curte também, que curte fumar, que curte beber. Então vou cantar como se fosse eu, pra elas se sentirem representadas.” [Foquinha] Ao mesmo tempo tem as músicas que você fala: “Não bebo, nem fumo.” [Veigh] Exatamente, exatamente. Então tem uma parada assim de lá e cá, sabe? Mas a rapaziada às vezes fica um
pouco em cima disso. E é muito doido, né? Porque, tipo, no começo a rapaziada me via assim e falava: “Mano, você não fuma, não bebe, mas o que você faz então? Porque…" [Foquinha ri] [Veigh] "Qual que é a parada? Tem que fazer alguma coisa desse tipo, mano". Eu ficava: "Olha, mano, tipo assim, não tô entendendo". [Foquinha] Não precisa, né. [Veigh] É, mano, tipo assim… eu preciso beber pra estar me divertindo, tá ligado? Cada um tem um conceito diferente de diversão. Não é porque eu não tô bebendo que eu não tô me divertindo. Como assim, mano?
Tá tudo bem. [Foquinha] E como você se diverte? Mano, eu bagunço muito, eu sou meio doidinho, assim, meio bagunceiro demais, sabe? De curtir, de dançar, gosto muito de dançar nos rolês, de ficar mandando passinho, de ficar bagunçando. Mas é doido porque às vezes você tá no rolê, assim, aí: “Mano, você não vai beber? Você não vai fumar um bagulho, pá?” “Não, mano, não.” “Mas você precisa se divertir.” Falo: “Mano, fica em paz, tipo, faz seu rolê, curte você. Por que eu preciso me divertir fazendo isso? Eu tô me divertindo. Quem disse que não tô me
divertindo?” [Foquinha] Sua cabeça boa. Porque é isso, você podia ser influenciado, né, nesse meio. [Veigh] É, só que hoje tá todo mundo querendo parar, mano. Querendo parar de fumar, querendo parar de beber, querendo parar de sair pra rolê, virar madrugada. Todo mundo dando atenção na parte da saúde também. Eu já… eu não tenho nada contra, só que eu só não gosto, tá ligado? Por que as pessoas querem empurrar desse jeito, mano? Tipo assim, eu só não curto, mano, tá tudo bem, tá ligado? Então é muito doido, mas hoje a rapaziada tá focando bastante, mano, nessa
parte de saúde, de alimentação. [Foquinha] Aliás, você cuida da sua saúde mental? Algo que a gente fala muito hoje, né? [Veigh] Não. [Foquinha] Não? Pô, você é pleno, você é tão pleno. Tô, assim, quero o contato da terapeuta. Mas não rola uma terapia… [Veigh] A minha terapia é comigo mesmo, eu faço umas reunião comigo mesmo. [ri] [Foquinha] Mas você não tem isso? [Veigh] Mano, faço umas reuniões comigo mesmo e tá tudo bem. [Foquinha] Gente, autossuficiente, tá? [Veigh] É, não… mas não sigam o meu exemplo, porque é difícil, mano. Às vezes, assim, a cabeça dá uns
nós. [Foquinha] Pô, ainda mais nesse meio, com a fama, com a pressão. [Veigh] Eu preciso de terapia, mas às vezes é tanta coisa que eu falo: “Mano, não tenho tempo pra terapia”, mas eu preciso ter. [Foquinha] Tem que estar você em primeiro lugar, pô. [Veigh] É, então. É, mano, é muito maluco, né? Porque, assim… sei lá, na quebrada, se eu falasse que ia fazer terapia, os caras iam me aloprar, mano. "Ixi, olha as ideia do louco". [ri] Imagina chegar na quebrada: "E aí, tô fazendo terapia". [ri] Ah, daí é um bagulho que até é enraizado,
assim. [Foquinha] Mas é mesmo. [Veigh] Coisas simples são enraizadas… [Foquinha] É muito recente que a gente fala também de terapia, sabe? [Veigh] Sim, boto fé. É, mano, coisas muito simples, assim, são enraizadas. Mas não é mais por isso. Antes até era, mas hoje em dia é mais por conta que eu só não parei ainda e falei assim: “Não, eu vou marcar tal dia pra fazer.” Mas eu sei que eu preciso, sabe? Porque realmente é muita informação vindo de todos os lados, tá ligado? [Foquinha] Sim. [Veigh] E é muito doido você enfrentar coisas hoje em dia
que você não tinha há um tempo atrás. Há um tempo atrás, todo mundo, tipo, me curtia. Eu sempre era a mesma pessoa que eu sou hoje, eu sempre fui assim, sabe? Só que aí era com os amigos próximos, pessoas que sabem quem eu sou de verdade, que sabem o que eu costumo fazer. Hoje em dia, abre um leque muito maior, né, mano? Até mesmo de público. Então a rapaziada pensa o que quiser, elas ouvem falar e acham que é a verdade. Então é muito difícil, às vezes, lidar com alguns comentários, algumas coisas. Mas eu também
vi a rapaziada que eu sempre fui fã tendo esse mesmo ódio, assim, às vezes depositado. Tanto amor quanto ódio. Então acho que tá tudo bem. Quanto mais a rapaziada às vezes fala mal, assim, eu vejo que eu tô no caminho certo de crescer, sabe? [Foquinha] Sim, sim, tá certo. Bom, chegou um momento que eu amo, que é o momento do Resta 1, o meu quadro divertido. Bora. ♪ Vai entrar um quadro aqui, você não olha. [Veigh] Ai, meu Deus, quase! [Foquinha] Surpresinha, surpresinha. Enquanto isso, deixa eu te falar uma coisa. No chat, a galera subiu
já a hashtag #NovoBalanço2. [Veigh] Novo Balanço 2? [Foquinha] Já tá assim, ó… estourada a hashtag, sobe nas redes. [Veigh] Para cima. [Foquinha] E vai ter que lançar. [Veigh] Tá com o Twitter, você? Baixou as coisas fake lá, hacker, né? [Foquinha] Eu não! Que depois vai me cobrar, não sei quanto, eu tô de boa. [Veigh] Não vai cobrar nada. [Foquinha] O boleto pra tua casa. [Veigh] Tô fora, hein. [Foquinha] Eu sou muito twitteira. Era, né? [Veigh] Eu também, tipo assim… Eu odiava o Twitter, mas eu sabia que era necessário. [Foquinha] Amor e ódio, né? [Veigh] É.
Eu sei que é necessário porque é uma forma de divulgação muito forte, né, do trabalho. [Foquinha] Pô, era muito bom. [Veigh] Mas o Twitter é muita doideira. [Foquinha] Você não tá no Blue Sky, não? [Veigh] Ah, não. Na verdade, eu nem gosto muito de rede social, mano. Não gosto de celular. Eu não conheço muitas pessoas. Eu vou nas festas, às vezes os caras ficam: “Mano, não sei quem lá vindo falar com você.” Eu falo: “Eu não conheço, desculpa". [Foquinha] E veio aqui! [Veigh] Você é louco? É nóis, mano, uma satisfação. Fiquei felizão mesmo. Porque, pique,
mano… eu sou meio tímido, assim. Por mais que eu já sou um pouco mais solto hoje em dia, eu sou um pouco tímido. Então, às vezes, eu fico com maior vergonha de falar com as pessoas, saber se elas me conhecem mesmo também. [Foquinha] Eu nem imaginava que você me conhecia. [Veigh] Tá doido? Se eu te visse assim, eu falaria: “Mano, eu acho que ela também não me conhece, não. Eu tô de boa, vou lá, vou falar, agir como normal.” [Foquinha] Que amor, amor. [Veigh] E aí? [Foquinha] Vamos lá. Pode olhar, temos aqui 10 pessoas que
você conhece ou que você segue ou que, enfim… [Veigh] Aham. [Foquinha] E 10 situações hipotéticas inspiradas na tua vida, em música e tudo mais. Você vai… a gente vai tirando um por um e aí você vai escolher uma pessoa pra cada situação. E você não pode repetir as pessoas e você nunca sabe qual que é a próxima situação. [Veigh] Que bom, porque… [Foquinha] Então vai sobrar uma situação para uma pessoa. [Veigh] Tá, uma situação muito quente? [Foquinha] Tem situação boa, tem situação mais ou menos… [Veigh] Tem situação mais ou menos ruim também? [Foquinha] Ah, mas
não é tão também, você vai se sair bem. [Veigh] Todo mundo é muito maneiro aqui. [Foquinha] É divertido, tá? Tá de boa. E é isso. Então temos aí Maísa, Gloria Groove, Lennon, Matuê, Tasha e Tracie, Djonga, MC Daniel, Duquesa, Bruna Marquezine e Ludmilla. [Veigh] Show. [Foquinha] Bora? Me fala um qual que é aí, um só pra você ver que não tá… [Veigh] Vamos de prima já pra confirmar. [Foquinha] Não tem trama. "Chamaria pra um after no camarim". [Veigh] Um after no camarim? [Foquinha] É. [Veigh] Deixa eu ver. Um after no camarim… [Foquinha] E aí? [Veigh]
Quem que é mais bagunceiro? [Foquinha] Com quem você queria viver um after. [Veigh] Então, mas eu tenho que selecionar assim com cuidado porque é o seguinte… [Foquinha] Estratégia. [Veigh] Estratégia, né? Vai ter alguns que vão ser mais pá, aí os que forem mais pá eu vou jogar meus truta porque eles vão entender quando nós trocar o pau. [Foquinha] Safado! [Veigh] Precisava escolher alguém. Então no after no camarim, mano… [Foquinha] Ou que você já viveu, que é muito da hora ou que você queria viver um after junto, um rolezinho. [Veigh] Certo. Pô, mano… A Lud, a
Lud já me chamou pra alguns afters, eu não consegui ir, mano. [Foquinha] Nunca foi no after da Lud? [Veigh] Nunca consegui ir. [Foquinha] É o melhor after! [Veigh] Eu chamaria ela pra falar assim: “Ô Lud, vamos embora lá, mano, porque é o seguinte. Já que eu não consegui ir, vamos no meu lá, por favor, mano.” [Foquinha] Nossa, não, é o melhor after. Você tem que ir. [Veigh] A Lud é da hora, né, mano? Eu gosto dela demais. [Foquinha] Eu vou te falar, essa situação assim de rolê e tal, tá sempre aqui no Resta 1 e
ela é o recorde. Todo mundo escolhe ela se ela tá na opção. [Veigh] Se envolve rolê, é ela. Ela é a mulher dona do rolê. [Foquinha] E amo você no Numanice, que eu amo Numanice. [Veigh] Foi um bagulho muito doido, quando eu entrei, eu fui lá, meu Deus do céu, fiquei muito feliz. [Foquinha] Como é que foi? Não foi uma felicidade tremenda porque eu tinha postado há pouco tempo no Twitter… Descansa em paz. Tinha postado há pouco tempo uma foto do Numanice falando que um dia eu gostaria de fazer o movimento que ela faz na
música, sabe? Eu admiro muito ela, sou muito fã da Ludmilla, mano. E eu tinha postado falando isso, que um dia eu queria fazer esse movimento de ter meu próprio show, meu próprio evento absurdamente grande, com esse nível de pessoas e com a qualidade que é no Numanice também, desde o banheiro até o palco, o microfone. Então, consegui cantar lá depois de uns dias, assim, eu radiei. E aí, depois de uns dias, eu recebi o convite. Foi uma parada muito quente, mano. [Foquinha] Que demais. E você já pensou, assim, um dia, de repente, fazer um projeto
como ela faz, de ir para outro gênero musical ou de brincar com isso? Mano, eu já costumo fazer um pouco isso. Eu só não costumo me doar muito pra outro gênero porque eu acho que meu bagulho é o trap, tá ligado? Eu, tipo, cresci no bagulho. O trap me deu minha casa, me deu, tá ligado, a melhora pra minha família. Então eu não quero sair, eu quero ser reconhecido pelo trap. Mas eu costumo fazer o funk, costumo… não costumo, mas fiz o pagodinho lá. [Foquinha] Faz nos feats ali, né. [Veigh] É, nos feats. Eu costumo
curtir um pouquinho o movimento da rapaziada também. Então, me chamou, eu tô indo ali com o meu jeitinho, tentando se acertar. Foi um desafio um pouco no pagode, mas é uma parada que dá pra fazer. [Foquinha] Foi difícil assim pra você? [Veigh] Um pouquinho, pouquinho, mas também tranquilo. [Foquinha] E tem alguma coisa que você ouve que ninguém imagina? [Veigh] Pô, eu ouço muita música doida, muita música diferente mesmo. Tipo… Ó, deixa eu te mostrar alguma aqui. [Foquinha] Vai abrir em tempo real. [Veigh] Vou abrir em tempo real aqui para falar alguma meio doida, mas a
rapaziada nem conhece, eu acho. Manu Chao, sabe. [Foquinha] Ah, Manu Chao, sim. [Veigh] Eu gosto de ouvir bastante. Até coloquei ontem no carro. O moleque: "Ah, é da hora, mas pra ficar ouvindo assim no carro"… Eu falei: “Ah, mano, eu briso”. [Foquinha ri] Pô, é da hora demais. [Veigh] Gosto muito de música antiga também. [Foquinha] Tipo? [Veigh] Música antiga, tipo anos 2000. Qualquer uma dos anos 2000 mesmo, Akon mesmo, igual eu fiz o show. [Foquinha] R&B aí, né… [Veigh] Curto muito. Mas… puts, é muita música doida, diferente. É trap, é funk, o álbum do Tuto
aqui, tô ouvindo também muito. Vixe, é uma bagunça minha playlist. [Foquinha] Tá bom, deu pra entender. Vamos pra próxima. [Veigh] Vambora. [Foquinha] Vou pegar aqui. "Faria meu próximo feat". [Veigh] Faria meu próximo feat? [Foquinha] Temos muitas opções aí, muitos feats que você já fez. Pode repetir, pode pegar alguém que você não tem feat ainda. [Veigh] Vou falar alguém que eu não fiz ainda. Faria meu próximo feat… Pô, Glória Groove, mano. [Foquinha] Puts! [Foquinha] Acabou, hein. Vai ter que ter. [Veigh] Tá maluco. Pô, pior que a Duquesa também, eu queria muito fazer o feat. Acho que
daqui são só as duas que eu não fiz. Fiquei em dúvida entre elas. [Foquinha] Vou botar a Gloria. [Veigh] Bota a Gloria, bota a Gloria. Que a Duquesa tá mais perto. Nós somos mais parceiros e já conversa sobre isso, só precisa acontecer. Agora, a Glória ainda não cheguei a conversar, mas seria muito legal. Você tava no Resta 1 da Duquesa, não lembro o que ela escolheu pra você. Gente, será que alguém da produção consegue salvar e lembrar o que era? [Veigh] Lembra aí, hein, mano. [Foquinha] Tá, eles vão tentar pegar. Mas você acha que é
Gloria no trap, você no pop? [Veigh] Mano, não sei. Eu acho que gostaria de entrar na onda dela. Acho que seria legal, gosto de me desafiar, sabe? [Foquinha] Sim, sim. [Veigh] De entender outras paradas. E receber um beat um pouco diferente e falar: “Mano, como que eu vou fazer isso? Vamos ver”. [Foquinha] Ia ser legal. [Veigh] Tentar, tentar, tentar… E fazer uma parada legal. Acho que é interessante, mano. [Foquinha] Sim, sim. Vocês já se falaram? [Veigh] Mano, a gente se segue, mas nunca nos falamos… Não, já, pô! No… Na gravação da música de divulgação do
Rock in Rio, onde tinha vários artistas lá, eu encontrei, mas foi coisa rápida. Só: “Boa, Glória, da hora, satisfação, seu trampo é top, mano”. [Foquinha] Que da hora, que legal. [Veigh] Mas sem muita novidade também. [Foquinha] Ela fez um projeto de pagode agora, Serenata da GG, que também é bem legal. Ela varia bastante de gênero. [Veigh] Não, ela sem palavras. A faixa que ela fez lá, que é homenageada ao MC Daleste, é muito quente, mano. [Foquinha] Vermelho, é bom demais. [Veigh] Muito quente. [Foquinha] Legal, então vamos pro próximo. [Veigh] Bora. [Foquinha] Ai… Com as marcas
da minha unha já, essa lousa. "Ligaria pra pedir conselhos amorosos". [Veigh] Conselhos amorosos, mano, deixa eu ver… [Foquinha] E aí? [Veigh] Pô, mano… Ah… [Foquinha ri] [Veigh] Caramba. É que, mano, eu ligaria pros parceiros, né. Mas… Algum aqui vai me pegar, e eu queria jogar eles no bagulho. Tá ligado, né? Tá ligado. [riem] Algum aqui eu vou jogar nos parceiro, eu sei que vai… Mas vamos no que é, eu vou na verdade, né? [Foquinha] Tem que ser o que é, isso aí. Sem sabonetar. [Veigh] Mano, eu ligaria pro Lennon. [Foquinha] É? Ele seria? [Veigh] Eu
ligaria pro Lennon, é. Foi ele que me deu esse relógio, eu falo em todo lugar, mano. Ele me deu, meu primeiro Rolex, ele me deu. [Foquinha] Eu vi isso aí, que vocês postaram. E é o que ele te deu? [Veigh] É o que ele me deu. [Foquinha] Mentira, você não tira do pulso. [Veigh] Não tiro, só tenho esse também. [Foquinha] Que da hora! [riem] [Foquinha] Sei lá, né. [Veigh] Cê é louco… [Foquinha] Todo trajado, não sei se tem coleção de Rolex. [Veigh] Antes de ter o relógio… Antes de conhecer ele, eu já era muito fã
dele, tá ligado? Sempre falava dele nas redes sociais, postava, falava dele. Aí depois que eu conheci ele, eu falei "mano do céu, eu sou amigo do mano". "Que doideira!" E a gente fez uma música que deu muito bom. A gente tem uma amizade muito da hora, ele me deu esse relógio aqui, que foi a maior consideração, e minha consideração por ele… Onde eu tô, eu falo dele, tá ligado? [Foquinha] Sim. [Veigh] Eu sempre falo dele. [Foquinha] Ele fala de você também. [Veigh] Que bênção, porque cê é louco, é um mano que é puro demais. Mesmo,
mano, onde eu puder estar com ele, assim… É dos manos que eu falo, esse mano é meu parceiro mesmo, tá ligado? [Foquinha] E ele falou, no Podpah, até, que ele fala que "pô, não tem ninguém que fale mal do Veigh. Porque ele é o cara mais coração bom que tem" e tal. E você passa isso mesmo. E ele tem essa vibe também, né? [Veigh] É, mano, monstro o Lennon. [Foquinha] E é muito legal ver ele falando e esse dia que ele deu o primeiro Rolex dele pra você. Pô, isso… [Veigh] Não, absurdo. [Foquinha] Muito legal.
[Veigh] Isso aqui, mano… Pra levar embora, vai ter que levar meu braço junto. [Foquinha] Ele já te deu algum conselho? Você lembra? [Veigh] Mano, um conselho? [ri] Mano, acho que assim, um mais leve, porque a gente sempre trocava umas ideias, né? Era engraçado porque… sempre quando eu ia trocar uma ideia com ele, tava acontecendo alguma coisa. E aí eu via ele, nós falava de relance, e daqui a pouco passava uns dias e já tava tudo bem de novo. Aí ele fala… Nós foi pra Paris junto. Aí chegou lá, ele falou: "Mano, eu acho que eu
sou seu anjo, alguma coisa assim, porque você fala comigo um bagulho que não tá bem, passa um tempo, nós se tromba e já tá tudo ok de novo. Então, quando as coisas tiverem ruim, você só precisa me encontrar que vai se acertar." Falei: “Cara, pode crer, mano.” [Foquinha] Que demais. [Veigh] Mas nós sempre troca ideia, sempre fala do que é legal e o que não é. Tipo assim, ele já tá um tempo a mais na pista do que eu, então realmente eu sempre dou um alô, e é uma pessoa que eu ligaria pra perguntar: “Mano,
isso aqui é tudo bem de fazer? O que que rola?” Não só no conselho amoroso, mas acho que em tudo, sabe? [Foquinha] Uhum, sim. Então, falando nisso, tá solteiro? [Veigh] Eu tô, mano, tô solteiro. Tô solteiro. [Foquinha] A pergunta que não quer calar. [Veigh] Não quer calar? Que isso, quer sim! [Foquinha] A galera quer saber. [Veigh] É mesmo? Mas elas já não sabem, não? [Foquinha] Ah, não sei, a galera ficava meio na dúvida. [Veigh] É mesmo? [Foquinha] Pelo que eu senti, né. [Veigh] Eu achei que era muito… [Foquinha] Muito óbvio. [Veigh] Muito óbvio, é. Mas
tô, mano. Eu sou muito de boa, assim, na realidade, essa parada de… De mulher mesmo, né, mano. Eu sou um mano que sou muito tranquilo, porque eu sempre procurei focar no meu trabalho, sabe? Desde o começo, assim, que eu comecei a entrar na parada da música, eu sempre namorei, todas as vezes que eu meio que me relacionei, foi meio que um namoro, né? Os outros eu era um pouco mais jovem, o último foi há pouco tempo, mas minha parada foi sempre mais relacionamento. Não curto muito essa coisa mais vazia, mais vaga. [Foquinha] Pegação. [Veigh] É,
acho que às vezes… pode dar uma atrapalhada na mente, sabe? Arrumar confusão que você não precisa agora também. Então eu sempre fui essa pessoa, procuro ser assim, porque o mundo tá meio maluco também, né? Então, querendo ou não, hoje em dia tem que ter um pouquinho mais de cuidado com as coisas que você faz, com as pessoas que você se relaciona. Já é perigoso ter amigos por perto, imagina uma pessoa que você coloca dentro da sua casa. Então procuro sempre manter uma parada mais de boa ali, na minha mesmo, com meus amigos, curtir um rolê,
e pá, e tal. Mas parada de loucura, de balada, de pegar uma, duas, três, quatro, assim, nunca foi muito minha cara, não, mano. Acho que a rapaziada nem sabe, assim, tipo… Sabe uma pessoa assim, x e tal, que acaba acontecendo. Mas eu acho que… se a pessoa for listar, acho que não sabe nem três pessoas que eu já meio que fiquei e tal. [Foquinha] Você ficou com pessoa famosa? [Veigh] Famosa, mano? [Foquinha] Famosa, é. [Veigh] Pô, já, mano, já fiquei, já. [Foquinha] Cite três. Mentira. [riem] [Veigh] Não, mas tipo assim, eu não vou muito por
esse caminho, tá ligado? [Foquinha] É lógico, você conhece… [Veigh] É, eu acho que é um… Eu não sei. Mas eu acho que é mais perigoso, tá ligado? [Foquinha] Total, sim. [Veigh] Acho que é um bagulho mais doido, né? Eu tô entendendo a mídia agora, o que que acontece. Então fico sempre um pouco receoso de se envolver com uma pessoa famosa também. E outra, pessoa que é famosa já teve outros rolos com tal pessoa, com tal pessoa, com tal pessoa. Então, tipo assim, eu tô meio zero km ainda, tô zero km no mundo da fama. Não,
peraí, eu vou fazer um 10 aqui. Mas é legal porque, né, tipo assim… eu vou por outros meios, tipo… tem outra rapaziada que às vezes eu já conheço, né, mano? Alguma amiga que eu já conheço faz tempo e tal. Acho que meu caminho é mais esse do que essa loucura da fama. Mas é foda, né, porque querendo ou não é o lugar que eu mais frequento hoje em dia, né? Vamos ver os próximos capítulos aí, mas tô de boa. Bagulho hoje em dia é só trabalhar mesmo. [Foquinha] Só trabalho. Só dá tempo pra isso. [Veigh]
Graças a Deus. [Foquinha] Bom, vamos mais um. [Veigh] "Qual a famosa que você ficaria?" [Foquinha] Imagina, "famosa que ficaria". [riem] "Faria uma rima sobre". [Veigh] Faria uma rima sobre? Pô, Bruna Marquezine, né, mano? [Foquinha] Já fez. [Veigh] Exato, Bruna Marque. [Foquinha] Aí, já fez. Faria outra? [Veigh] É, né? Ah, não fazia outra, mas tipo assim, acho que… se eu não tivesse feito a música, tipo assim… foi maneiro quando eu fiz porque eu até trombei ela, né, mano? Eu trombei ela num evento, pá, ela falou: “Pô, você não cantou a minha música?” Eu falei: “Caraca, foi
mal, cara.” Tipo, muito da hora, né, mano? Eu via a mina na televisão e tal, falo: “Caraca, que doideira.” [Foquinha] Mas não rola uma amizade? Achei que vocês podiam ser amigos. [Veigh] Não sei se… amizade, amizade, não. Mas tipo, foi uma pessoa legal de se conhecer. Tipo, sou muito amigo do João, tá ligado? [Foquinha] Aham. [Veigh] O nosso monstro, pá. Nós já se conhece há um tempinho. E aí, tipo, inclusive foi ele e ela lá no camarim nesse dia. Eles estavam juntos lá. [Foquinha] Foi o fatídico dia da foto. [Veigh] Foi, mano. Eu não sei
da onde veio essa foto, mano, acredita? [Foquinha] Não sabem quem vazou essa foto? [Veigh] Minha equipe não… A rapaziada, tipo técnico e pá, assim, o pessoal é mais xucro, né? São mais velhos, nem ligam, quem é quem, mano. Trabalhar e boa. [Foquinha] Nem aí. [Veigh] É. Só que naquele dia era um evento que… Tinha muitas pessoas lá, né, mano? Tinha muito artista lá. Aí de repente aconteceu essa foto. Eu falei: “Nossa, que perigo, hein, mano?” [Foquinha] Pois é. [Veigh] Porque não sei se eles… queriam que falassem sobre ainda e tal, mas acabou rolando. Mas tudo
bem também. [Foquinha] E nessa foto tá Bruna e João e Marina e Juliano. [Veigh] É verdade, né? Não tinha assumido ainda. [Foquinha] Nenhum deles. [Veigh] Que doideira. É verdade. Caramba, foi no meu show que arrastou todo mundo. [Foquinha] Grande dia. [Veigh] Palhaçada, hein… [Foquinha] Da mídia brasileira. [Veigh] Que doideira, foi mesmo. Que isso, imagina, eu nem imaginava tá perto de um desses. Nenhum desses daí. [Foquinha] E aí João, teu brother… eu lembro que você foi um dos que comemorou quando eles assumiram, né? [Veigh] É, mano, maior felicidade, da hora demais. Assim, eu não tenho muita
amizade com a Bruna Marquezine e pá, mas ele é um moleque que sempre foi 100%, assim, onde eu vi ele sempre me tratou com maior respeito, sempre… E tipo, isso antes de eu estar num momento muito bom, tava num momento começando ainda e tal, sempre foi um moleque que me tratou sempre bem. Foi muito legal a gente ter esse contato, tá ligado? E aí eu tinha feito a música dela também. E aí no dia ela me cobrou: “Pô, mano, e aí, não tocou essa?” "Caramba, se soubesse que você tava aqui"… Então, muito legal, mano, você
fazer uma música sobre alguém e aí depois de um tempão você conhecer a pessoa, tipo, muito da hora. [Foquinha] Muito bom, muito bom. Legal, próxima. Vou fechar aqui esse lado. Eita, que tá… "Daria minhas joias de presente". [Veigh] Minhas joias de presente? Deixa eu ver aqui. Ah, mano… [Foquinha] Eu podia estar aí. Pra eu ganhar a joia. [ri] [Veigh] Ninguém aqui precisa de joia, que todo mundo tem pra comprar, né? Convenhamos, né? [Foquinha] Ah, mas por exemplo… [Veigh] Chico, quem que eu daria a joia aqui? [Foquinha] Por exemplo, o Lennon… [Veigh] Climinha. [Foquinha] O Lennon
te deu o Rolex, por exemplo, entendeu? [Veigh] Entendi, legal. [Foquinha] Dar uma peça tua que é significativa pra uma pessoa que… [Veigh] Entendi, mano. [Foquinha] Sabe? [Veigh] Entendi. É, né… [Foquinha] Ah lá, tá colando, ele tá colando! [Veigh] Não, ele sabe o que eu ia falar, ele sabe. A Maisinha, né, mano? Máximo respeito. Maísa. [Foquinha] Maísa, maravilhosa. [Veigh] Gosto muito dela. [Foquinha] Que joia você daria pra ela das tuas? Pensa numa aí específica. [Veigh] Ah, que ela quisesse, mano. [Foquinha] Ah, pensa numa específica aí. [Veigh] Uma específica? [Foquinha] Ele tá nervoso aqui, ó. [Veigh] Tô
nada, tô nada. [Foquinha] Porque tem a fic com a Maísa, é por isso, né? [Veigh] Tem a fic, né? Caraca, a Maísa… [ri] Tem a fic mesmo, verdade. [Foquinha] É engraçado. [Veigh] Deixa eu ver. Pô, que as corrente aqui é muito grande pra ela, né, mano? Acho que não é a cara dela. [Foquinha] É muito pesada? Posso ver? [Veigh] Pode, pô. [Foquinha] Eu posso tocar? [Veigh] Coloca aí. [Foquinha] Não precisa tirar não, pô. Só quero ver se é pesada mesmo. [Veigh] É como se fosse um Rolex. [Foquinha] É pesada. [Veigh] A pulseira do Rolex. Mandei
fazer uma onda meio… Mas acho que… [Foquinha] Da hora. Eu pegando na joia, né, vendo essa joia desse peso pela primeira vez. [Veigh] Não, acho que tem que ser uma dedeira, né? [Foquinha] Ah, legal. [Veigh] em que ser uma dedeira. [Foquinha] Ó, já bota o anel de compromisso na Maísa. Eu indo com tudo na fic. [riem] [Veigh] A Maísa, mano, cê é louco, eu gosto demais dessa menina aí. [Foquinha] Ela é demais, né? [Veigh] Ela é 100%. [Foquinha] E como vocês ficaram amigos? Como foi? [Veigh] Deixa eu pensar como é que foi que nós se
conheceu, mano. [Foquinha] Ela também tá na foto fatídica. [Veigh] Deixa eu lembrar como que foi que nós se conheceu. Você acredita que eu não lembro exatamente de como foi? Exatamente não. Ah, não, na verdade, tem uma música que eu falo… Londres Freestyle, que eu falo sobre alguns nomes, né. [cantando] A Nathália, a Raíssa, a Maísa, a Letícia… Aí ela viu essa música, essa música deu bom, assim, e ela viu essa música. E aí, tipo… ela publicou sobre no Twitter na época. E aí meio que foi gerando meio que uma amizade, assim, meio distante, sabe, de
comentar sobre e tal. [Foquinha] Ela sempre faz TikTok com as suas músicas. [Veigh] Sim, sim. E aí eu falei: “Caramba, da hora, mano.” E pô, mano, era muito da hora, né, assistir ela e aí de repente ser citado lá e falar: “Caramba, que legal.” [Foquinha] Fez show no aniversário dela, né. [Veigh] Fiz show no aniversário dela. Cê é louco, foi muito top, né, mano? Que isso, muito da hora mesmo. O aniversário dela foi sem palavras também. Da hora saber que ela gosta de mim a esse ponto de tá cantando no aniversário dela, um dia tão
especial pra ela. Então, pra mim, foi sem palavras, assim. Mas acho que foi isso, foi essa parada meio que de internet ali, de ir se trombando. E aí um dia também nós tava numa festa lá, acho que depois disso que a gente começou a se conversar mais até. E aí tinha… nós tava numa festa de carnaval, Eu toquei nessa festa e aí depois a gente desceu pra assistir os outros shows lá. E aí tinha moleque meio que pegando nela, assim, pá, meio que fazendo graça, né, mano, bêbado, pá. E falando: “Não, vem aqui, vem aqui,
não sei o quê” e tal. E ela, tipo, tava incomodada, eu percebi que ela tava incomodada. Aí já deu um apavoro no moleque lá. [Foquinha] Amo. Aí depois ela: “Pô, obrigado”, as amigas dela: “Mano, obrigado…” Eu falei: “Cê é louco, vocês são minhas parceiras, cara.” Todas as amigas dela, eu gosto muito das meninas também. Tipo, eu tenho o meu bonde e ela tem o bondinho dela também. E sempre que nós trombamos no rolê: “Caraca, vambora.” Muito legal, mano. [Foquinha] Que demais, muito bom. Falando de joia e tal, você tá sempre com as tuas coisas e
tudo. Qual que é o teu item de mais apego? [Veigh] Apego? [Foquinha] Que você gosta muito, é o xodó, assim. [Veigh] Mano, é a corrente, corrente e relógio. Mas ultimamente acho que tô sendo bastante reconhecido também pelos grillz, né? É que eu só vim com o de baixo aqui, que é esse aqui, ó. Mas tô sendo mais reconhecido porque tô usando sempre agora. [Foquinha] Você tem vários? [Veigh] Ah, não dá pra ter vários, que é bem carinho, assim. Mas eu tenho uns três, uns três ou quatro parzinhos, somando os de baixo e de cima. [Foquinha]
Mostra ali de novo, ó. [Veigh] Aqui, ó. [Foquinha] Aí, agora fechou. Vai um dinheirinho aqui, graças a Deus, né? [Foquinha] E qual que foi a primeira coisa que você comprou? Tipo, que você queria muito, assim… [Veigh] Que eu queria muito? [Foquinha] Além de, sei lá, carro, casa e tal, item de moda e tudo. [Veigh] Pô, tá, a minha primeira coisa de grife que eu comprei, falando mais um pouco nesse ponto, foi uma bag. Sabe, aquela bolsinha de lado, da Louis Vuitton. [Foquinha] Sim. [Veigh] E quando eu comprei, eu fiquei: “Mano, meu Deus.” Tipo, eu fui
na loja e: “Quanto que é?” Pá, mano, é tantos. Falei: “Meu Deus do céu, eu nem nunca nem vi isso daí.” Nunca nem perguntei pra alguém, alguém me voltou com esse preço aí, não existe isso daí, não. E aí eu peguei e comprei essa bag, mano. Fiquei muito feliz. Não foi a primeira coisa que eu comprei com dinheiro da música, mas sim a primeira coisa de grife. Quando eu fui comprar, foi uma bagzinha da Louis Vuitton. Usava ela pra tudo, tem até hoje lá. Usava pra tudo, mano. [Foquinha] Você faz coleção de alguma coisa? Tipo,
uma coisa que tem… [Veigh] De brinquedo, mano. Eu tenho todos os brinquedos do Toy Story. [Foquinha] Sério? Que demais. [Veigh] Eu gosto muito, muito, muito. Tenho todos. Eu gravava mais antes, só que aí eu me mudei, né? Comprei uma casa e aí nessa casa não tinha… um lugarzinho legal pra colocar eles, então eu deixei tudo guardado. Então hoje em dia eu acabo nem gravando porque tá meio que guardado, mas eu tenho coleção de brinquedo, mano, Toy Story. Eu amo muito esse filme. [Foquinha] Tipo quantos? [Veigh] Muitos, não sei nem quantos, porque depois que eu comecei
a mostrar, os fãs também começaram a me dar. Então, a maioria dos shows que eu ia, eles me mandavam os brinquedos também, aí eu guardo. Mas eu tenho bastante, acho muito legal. [Foquinha] Eu amo Toy Story também. [Veigh] Demais. [Foquinha] Muito bom. Vamos lá. Próximo. Aí, "conversa de WhatsApp que não pode vazar", ou DM também tá valendo. [Veigh] Que não pode vazar? Deixa eu ver… [Foquinha ri] [Veigh] Ah, Fafá, né? Fafá, é. Mas, meu… [Foquinha] Vocês têm muita fofoca, assim? [Veigh] Pô, nós dá risada demais das coisas, mano, junto. Nossa, meu Deus. Sem contar que
as coisas que surgem na mídia, eu vou perguntar pra ele: “Ô, é verdade isso aí que os cara tá falando?” [Foquinha] Porque ele é o que mais sai nos Instagram de fofoca, né? [Veigh] Ele vem me dar um salve: “Irmão, isso daqui é tal coisa, pá…” Então, nós sempre tá trocando esse papo assim. Mas é um mano que eu gosto muito também, mano. Nós dá muita risada junto. Nós fala das coisas… Nós fala: “Mano, não é possível.” Nós vê as fofocas da mídia assim… tipo, às vezes a gente tá inserido também, é foda, mas quando
é dos outros também, nós vai falar: "Mano, mentira que tá acontecendo isso", é muito legal. [Foquinha] Você curte uma fofoquinha? Uma fofoquinha do bem? [Veigh] É, nós curte, curte fofoquinha do bem, é legal, mano, é legal. Às vezes nós tá envolvido também em umas doidas aí, então nós sabe que nem tudo é verídico também. [Foquinha] Você fica meio pá, assim? Meio pá, como sua música. [ri] Com o que sai, assim, às vezes mentira… [Veigh] Mano, eu fico, sabe por quê? Porque a rapaziada, ela… tem a mente muito fértil, né, mano, pra inventar coisa. É muito
doido, mano. Tipo… [Foquinha] O que rolou que você ficou mais puto, se você puder falar? [Veigh] Mais puto? Deixa eu pensar… Eu sou muito suave pra ficar muito puto, assim. [Foquinha] Não imagino muito puto também, assim, não consigo. [Veigh] Eu não sou muito esse cara, assim, não, que fica muito nervoso com as coisas, é bem difícil. Aliás, você apareceu no seu story ontem, todo machucado lá, falando: "Ai, não sei o quê" … Era o quê? [Veigh] Não, foi um projeto que a gente tava fazendo lá. [Foquinha] É clipe? [Veigh] Aham, foi. Aí o pessoal ficou:
“Mano, qual que foi a fita?” Mas um bagulho muito puto… Mano, acho que no geral, assim, no geral mesmo, é de invenção de coisas, né, mano? Depois que eu comecei a ver que realmente as pessoas têm uma imaginação muito fértil pras coisas, comecei a entender que nem todo artista é aquela pessoa que a mídia pinta, tá ligado? Então, tipo, procuro conhecer as pessoas antes de definir elas por uma fofoca, por uma mentira. E eu fico de cara, né, mano, porque eu falo: “Mano, tio, como que a pessoa pensou nisso aqui, tá ligado? Que que rolou
isso aqui pra pessoa tirar da mente dela que é isso aqui que tá acontecendo?” Então, tenho levado as coisas mais tranquilas assim mesmo, sabe? Porque eu sei que muita coisa na mídia é doido, só que é difícil, né, mano, porque os fãs acreditam nessas paradas, né? [Foquinha] É, então. [Veigh] Realmente, é um caminho sem volta. [Foquinha] Mas você geralmente não tem polêmica nem nada, você é bem de boas. [Veigh] Tipo… Tá em uns ou outros ali, mas eu sei quem eu sou de fato e acredito que meus fãs mesmo entendem o que eu faria e
o que eu não faria, tá ligado? Então eu falo: “Mano, vocês sabem qual que é a minha brisa, hein, mano? Então, qualquer coisa que sai dessa contramão aí, não falo nem pra não acreditar, mas pensa bem, tá ligado? Porque é isso, tem coisa que é muito doida”. [Foquinha] Pelo amor de Deus, esses anéis, essas coisas, não vai perder! Mas o que que eu ia falar sobre isso? Do… [Veigh] Do Whats? [Foquinha] Não, não era isso. Ah, não, uma coisa que eu tô aqui, que eu quero falar é que você é todo misterioso, que a gente
não sabe nem tua idade, que você fica com o mistério da idade. [Veigh] Até no Google minha idade tá errada, mano. [Foquinha] Que isso, não é aqui que você vai ter que falar, você sabe, né? [Veigh] Então, não, a questão é o seguinte, vou te explicar. É um macete, né, mano. É um macete. Quando as pessoas sabem tudo sobre você, você fica desinteressante, tá ligado? Então, por exemplo, a parada de… com quem você tá se relacionando, com quem você tem andado muito junto, pá, tipo, é tudo meio que segredo, assim, né? As pessoas não sabem
ao certo de fato o que que aconteceu. As pessoas viram um beijo no Rock in Rio, mas elas sabem, de fato? Se foi um romance, se não era, se foi simples uma encenação, então sempre deixa esse ar nas coisas, porque as pessoas geram fic, geram várias coisas do que elas acham, tá ligado? E é nessas que às vezes surge uma fofoca muito louca também, né, mano? Que, puts, aí é foda também. Mas é o bem e o mal da situação também. E a idade é uma delas, mano. Sempre quando nós tá trocando ideia assim, pá,
chegou alguém: “Ei, qual que é a sua idade?” Mano, a idade não costumo falar, não. Aí gera uma curiosidade na pessoa. [Foquinha] É, então. [Veigh] Que é tão absurda que eu fico: “Mano, mas… você tem certeza que você quer mesmo saber minha idade?” Tipo assim, você agora. [Foquinha] Eu fiquei curiosa, pô. Não fala por quê? Eu tô assim. [Veigh] Então é meio que isso. Gerar essa curiosidade aí. E é muito engraçado, mano. Porque tipo, aí as pessoas vêm: “Essa idade aqui no Google”. Eu: "não, é isso mesmo", eu nem discordo, só deixo. [Foquinha] Eu vi
que tem duas, você nasceu em 2000 ou 2001. [Veigh] Então eu só deixo rolar. [Foquinha] Olha, eu também não quero saber. Tô nem aí. [Veigh] Tem certeza? [Foquinha] Eu tô tranquila… E aqui, morrendo de curiosidade. Tá bom, não vai falar. [Veigh] Ah, vamos deixar pro final. [Foquinha ri] Vamos deixar pro final. Tá, então vamos pro próximo. Puxar aqui. "Seria minha dupla num reality". [Veigh] Minha dupla num reality? Porra, mano… Papo reto. [Foquinha] Tipo, rolou um BBB. Vai ser BBB de dupla, né, o próximo. [Veigh] Tasha e Tracie. Nossa, as minas já iam logo bigodar o
bagulho. [Foquinha ri] [Veigh] Já logo: “Não, quem tá é nós.” Boa, boa. [Foquinha] Nossa, eu ia amar. [Veigh] Cê é louco. Ia ser a bagunça. As minas é zica. Nós tem uma faixa junto, muito foda, Amarrou. [Foquinha] É boa demais. [Veigh] Eu gosto muito dessa faixa. [Foquinha] Do álbum delas, né? [Veigh] É. Quando eu cantei no evento que elas fizeram, eu falei: “Mano, que isso, muito da hora, muito da hora, mano.” Mas seria, né, o nosso trio, nós ia formar o bonde. Se nós fosse da mesma escola, nós seria os parceiros do bagulho, que nós
ia causar, mano, certeza, certeza. [Foquinha] Tem alguma história com elas, assim? [Veigh] Mano, com as meninas nem tanto, a gente se trombava mais, tipo, pra trampo mesmo. Só que tá ligado aquele apego de parceiro que você fala assim: Caramba, parece umas minas que eu já conheço de uma cota, tá ligado? Então tem gente que às vezes bate umas ideias que você fala: “Mano, gosto dessa pessoa, tá ligado? Eu gosto dela sem muita coisa, não precisa de muita coisa.” Agora tem gente que tem tanta coisa e ao mesmo tempo você fala: “Pô, não bateu as ideias,
tá ligado?” Mas elas é esse tipo de pessoa, mano, que bate as ideias nesse ponto. Por mais que nós não tá na coletividade lado a lado, dia a dia, as pessoas que tipo, passa o tempo que for, consideram a mesma fita ainda, sem novidade. Tanto elas quanto os moleques da EX, tá ligado? Que é a gravadora das meninas do Kyan, pá. Os moleques também, passa tempo, mano, não tromba, mas quando tromba é a mesma batida ainda. [Foquinha] Elas são demais. Você iria pra um reality? [Veigh] Nunca. [Foquinha] Nunca, né? Tão misterioso assim, todo cheio dos
negócio… [Veigh] Acho mal demais reality. Ah, desculpa, pessoas… [Foquinha] Mas você assiste? [Veigh] Ah… Não assisto, mas meio que jogam na minha cara o reality, né? [Foquinha] Não tem como não ver nada. [Veigh] Ainda mais no Twitter, né. Que chegava as coisas direto assim. [Foquinha rindo] Sim. Mas é engraçado, é engraçado ver, mas participar não é uma parada que eu… eu já fui meio que… Que cotado pra ir pro Big Brother, sabia? [Foquinha] Ah, é? Quando? [Veigh] Tipo assim, não chegou de fato… o convite de fato, pá, mas qual que é a fita? [Foquinha] Uma
sondagem. [Veigh] Qual que é a fita? A rapaziada que cuidava das redes sociais de um outro participante veio me mandar mensagem, tipo: “Pô, tô sabendo que o nome dele vai estar, a gente queria se oferecer pra cuidar das redes sociais dele e tudo mais.” [Foquinha] Eita! [Veigh] Só que jamais na minha vida eu ia pra um reality. [Foquinha] Não imaginava também. [Veigh] Mas se eu fosse, acho que eu ganhava, hein, mano. [Foquinha] A confiança! Você acha? [Veigh] Eu acho. [Foquinha] Não sei, tem que ver no dia a dia ali. [Veigh] Eu ia zoar muito os
outros, e Brasil gosta de zoeira, mano. A verdade é essa. O pessoal gosta de bagunça. [Foquinha] Eu acho que você ia bem também. [Veigh] Você ia pra reality? [Foquinha] Eu não. [Veigh] Não, né? [Foquinha] Hoje não. [Veigh] É difícil, né? [Foquinha] É… Um BBB assim, não, é difícil. [Veigh] É, né. [Foquinha] Eu queria apresentar um negócio lá, é da hora, mas estar ali… [Veigh] Eu já apareci lá também, num projeto que teve lá, umas provas lá e apareceu uma fotinha lá, mas participar mesmo… Tô fora. [Foquinha] "Chamaria quem pra me defender de um cancelamento". [Veigh]
Ah, o Djonga, né. [Foquinha] Puts, é! Ele vem já com papo. [Veigh] Já vem com o papo reto. “Não, isso aqui, isso aqui, isso aqui. Boa, boa, mano”. E quem não ouviu o pretão, filho, esquece. O homem fala, o mundo, não tem jeito. [Foquinha] Ele fala, ele fala mesmo. [Veigh] Eu tenho uma foto com ele, mano… No Face, é mó engraçado porque eu fui pro show dele, eu e meu DJ. E aí eu pedi uma foto com ele, assim… [Foquinha] Lá atrás. [Veigh] Lá atrás, é uma foto sorrindo, assim, comigo. E eu fiquei mó feliz
esse dia, mano, mó feliz mesmo. Eu cheguei em casa, eu postei, tipo: Esse dia era pra eu ter ido pra igreja, não era pra eu ter ido pro show. Eu postei "eu com o Djonga, mas era pra eu ter ido pra igreja nesse dia". [Foquinha ri] [Veigh] E aí, esses tempos, eu postei essa foto com essa legenda, pá. [Foquinha] Muito boa. [Veigh] Aí ele republicou, né? Hoje a gente é parceiro, assim. Cê é louco, gosto demais dele. [Foquinha] Mas você nem trampava ainda com isso? [Veigh] Não, nem trampava com música. [Foquinha] E como tirou foto
com ele? [Veigh] A gente foi assistir o show, tá ligado? Aí eu consegui achar um lugar lá que conseguimos entrar e dar um salve nele. [Foquinha] Não, e vem cá, que a Duquesa veio aqui e ela contou a história que ela invadiu também os bastidores do Djonga. [Veigh] É mesmo? Aí confirmou, então. [Foquinha] Muito bom. [Veigh] Confirmou. Brotei lá, consegui tirar foto com ele, aí ele repostou e ele falou assim, tipo, ele quis expressar isso, né? "Já pensou você tratar mal alguém e ele vira o Veigh", tá ligado? [Foquinha] Muito bom. [Veigh] Então, tipo assim…
Várias outras pessoas, vários artistas já trataram mal nós lá atrás que nem sabem, mano, muita gente nem imagina isso que aconteceu, tá ligado? E eu nunca esqueço e eu sou muito rancoroso mesmo, mano. [Foquinha ri] Você é virginiano, né? Fez aniversário agora. Não sei se tem a ver. Você também não entende nada de signo? [Veigh] Entendo nada, umas pessoas que tentam me explicar aí às vezes, mas bagulho de descendente e não sei o quê, a lua em minguante. Vambora… [Foquinha] Você já descobriu que horas você nasceu? [Veigh] Eu nem sei, mano, que horas eu nasci.
Tem um pessoal que quer saber qual que é sua descendente… Descendente é qual? Você nasceu que dia, que hora? Eu, mano, eu não sei, mano, que hora eu nasci. Eu não sei. [Foquinha] Dona Miriam vai saber. Dona Miriam vai contar pra gente. A gente vai fazer esse mapa astral. [Veigh] Por favor, mano. [Foquinha] Devia ter pedido antes. [Veigh] Mapa astral que fala? [Foquinha] É, mapa astral. [Veigh] Meu Deus, não entendo nada disso. Mas eu falo nas músicas, falo de signo. [Foquinha] Por isso que perguntei. "Quer me falar de signo, nem sei o que significa"… [Foquinha]
Na música também você fala, não lembra agora qual que você fala que você não sabe que hora você nasceu. [Veigh] Ah, é mesmo. [Foquinha] Tem alguma das suas músicas… [Veigh] Mano, tem umas três músicas que eu falo que eu tenho muita raiva de não saber, mas eu também não procuro saber. [Foquinha] Também não tá nem aí pra saber, é isso. E Djonga também, vocês estão juntos nos feats também, né? [Veigh] Estamos, cê é louco, nós temos uma faixa que eu acho meu melhor verso, eu acho que foi nessa faixa aí que a gente soltou no
álbum dele, que é “A Lua”. Nossa, essa faixa é demais, mano. Gosto demais, demais. [Foquinha] Muito bom, bom demais. Tá acabando, temos só Matuê e Duq. [Veigh] Tuê e Duq. [Foquinha] Vamos ver. [Veigh] Caramba, tomara que não tenha nada ruim, mano. Eu não tenho nada ruim pra falar deles. [Foquinha] "Não gostaria de sentar junto num voo de 15 horas". [Veigh] Aí é foda, mano. Aí, eu sabia que ia chegar o BO, mano. Porra, não gostaria de sentar junto em um voo de 15 horas… [Foquinha] Vai ter que ter uma… [Veigh] É que um voo de
15 horas. Eu não gostaria nem de estar no voo de 15 horas, né? Agora, sentar junto num voo de 15 horas, deixa eu ver. [Foquinha] Pensa aí. Fala muito, dorme muito. A gente vai zoar muito junto… [Veigh] Deixa eu ver. Deixa eu ver um porquê, acho que, mano… Puts, acho que eu e a Duq ia falar bastante. [Foquinha] Ia. [Veigh] Mas, é… Sabe por quê? É o seguinte, o Tuê é mais quietinho, tá ligado? Mais de boa. Acho que eu e a Duq ia zoar tanto. Que ou ela ou eu eles iam ter que parar
nós descer do avião. Num voo de 15 horas, alguém ia ter que descer, mano. Porque sempre, quando se tromba, nós conversa bastante, tá ligado? Agora, o Tuê é mais quietinho, mais relax, pá, não sei o quê. 333… [cantando] Imagina esse cenário… [Foquinha] Essa é muito boa, hein. [Veigh] O Tuê é mais calminho. Já dá um trago no beck, já fica tranquilo, pá, pá, pá. Tuê já ia dormir, já. Também tem isso, eu podia colocar ele porque ele já ia dar um trago no beck, já ia capotar. E eu ia ficar lá moscando no bagulho. [Foquinha]
É, também é bom. [Veigh] Agora ficou difícil, mano. [Foquinha] Agora lascou. Aí você que se enrolou agora. [Veigh] Mano… Puts, gora… Mano, eu vou colocar Duq, nós vai ser expulso, mano. [Foquinha] Puxa ali pra mim, por favor. [Veigh] Acho que tudo bem se… [Foquinha] Puxa ali pelo ladinho. [Veigh] Por aqui? Ah, tá. Acho que tudo bem se… Se nós não… né? Você sabe que o pessoal resgatou pra mim o que ela te escolheu? Faria meu próximo feat. [Veigh] É? Ah, mas isso daí nós já vai, de fato. [Foquinha] E cadê? Por que não saiu até
agora? [Veigh] O foda é o seguinte, mano, o problema do feat é por conta da correria, tá ligado? Isso que impede, às vezes. Tem muita gente que eu queria já ter feito, já gravado… [Foquinha] Eu imagino. [Veigh] Só que é tanta coisa. Eu devo tanta voz pra muita gente da hora que eu fico assim: “Caramba, mano…” Às vezes a pessoa acha que eu tô tratando de qualquer jeito, mas espero que entenda também que não é isso, tá ligado? Às vezes eu fico até com vergonha, mano, de depois falar assim: “Caramba, mano, foi mal a demora,
pá.” [Foquinha] Mas eu quero esse. A Duq, eu acho que é uma das artistas que eu mais escuto. [Veigh] Cê é louco, a Duq, mano, ela está amassando o mundo. [Foquinha] O show dela foi um absurdo aqui em São Paulo. [Veigh] Está amassando o mundo. [Foquinha] O que será que sobrou? [Veigh] Ah… Sobrou o que sobrou aí, né, mano? Vamos ver. [Foquinha] "Mandaria uma DM pra fofocar". Puxa ali pra mim, por favor. [Veigh] O Tuê não é muito de fofoca, não, mano. [Foquinha] É mais o Daniel, né? [Veigh] Mais eu e o Fafá, de fofoca.
[Foquinha] Mas se pegar o WhatsApp ou a DM com ele vai encontrar o quê? Só sobre trampo. [Veigh] É tipo: “E aí, lindão.” Ele fala assim… [Foquinha] Ele é calmão. "E aí, lindão, queria agradecer aí, tá? Por ter participado." "É nóis, Tuê, tamo junto, meu parceiro. Vambora.” Só parada de progresso, de trampo, tá ligado? Às vezes uma parada ali sobre o trampo que tava pra sair do álbum, né, mano? Agradecendo sobre. E eu fiquei uns dias lá na casa dele também, nós fizemos umas três, quatro faixas lá. Aí uma foi a que saiu no álbum
também. Então, foi muito da hora lá. "Vou passar e te buscar de manhã, tal". Aí chegou lá com o carrão dele, que ele gosta de uns carros esportivos também. Ele chegou lá com a nave, eu falei: “Caraca, que doideira.” Nem tinha carro ainda, mas foi um bagulho bem da hora. Mas, mano… Duq, ó, aqui pra você pegar visão, hein, mano, não gostaria de estar junto com você num voo de 15 horas, mas, mano, você entenda que não é por bagulho ruim, mano. Pelo amor de Deus, eu amo você, mano, você sabe que eu amo você,
mano. [Foquinha] Ela passou por isso. [Veigh] É, né? [Veigh] Aqui é o seguinte, é que você é minha amiga, tá ligado? E aí nós ia bagunçar muito, ia ser expulso. Tem que me explicar, né, mano, porque é foda. [Foquinha] Tá tudo certo, tá tudo certo… E falando do Matuê, é… A música de vocês tá estourada. [Veigh] Aham. [Foquinha] Mas você fala que muitos conhecem o Veigh, mas o Thiago não. [Veigh] Certo. [Foquinha] Então me fala aí, pra gente finalizar, a diferença do Veigh e do Thiago. [Veigh] Mano, na verdade, o Veigh e o Thiago que
eu falo na música é mais relacionado a pessoas que me conhecem aonde eu estou hoje, que não viram o meu passado. Não porque eu sou duas pessoas ao mesmo tempo, tá ligado? Então, eu acredito que muita gente que me vê onde eu tô hoje vê o pedestal que, graças a Deus, eu consegui atingir. Às vezes, elas acham que é só aquilo, tá ligado? Que eu consegui alcançar aquilo e… tá tudo bem, eu só vivi aquilo a minha vida toda. Mas, na realidade, não. Sou um mano que veio lá do fundão da Zona Oeste de Itapevi,
trabalhando muito em várias coisas, mano. Lavando louça, servindo pessoa. A minha mãe já limpou muita casa dos outros, tá ligado? Trampando na 25, muita coisa que formou quem eu sou hoje, sabe? Então, tipo, não dá pra você me julgar por quem eu sou hoje. Você tem que ver toda a minha caminhada lá atrás, entende? E na música eu quero dizer mais sobre isso, né, mano? Que hoje são novos tempos, assim. Mas o Thiago e o Veigh continuam sendo a mesma pessoa, mano. Eu sou o mesmo mano lá de trás. Eu não vou te tratar melhor
do que outra pessoa só porque você é artista ou não. Vou tratar você da mesma forma, mano. Você vai ser a mesma pessoa. Eu sou o cara que vai estar na rua trocando ideia com os parceiros e no outro dia vai estar em Lisboa fazendo show pra 80 mil pessoas, tá ligado? E tá tudo bem, mano. Não preciso ser mais do que isso. Eu falo pros meus fãs sempre que eu não sou diferente de ninguém e ninguém é diferente de mim. Então, se eu tô conseguindo conquistar um carro, uma casa, fazendo tudo que eu consigo,
tudo que eu sonhei em ter hoje, tá ligado? Por que eles não vão conseguir, mano? Qual que é a diferença entre mim e eles, entende? Eu tento fazer com que isso não seja uma distância muito longa entre o Tiago e os fãs, assim, entre a rapaziada que me ouve. Então, não quero que eles sintam essa distância. Eu tô aqui, mano. Você vai me trombar, você vai ser como se fosse um parceiro meu, mano. Meus fãs podem falar, mano, a rapaziada que já me encontrou pode falar. Se eu não conseguir tirar uma foto, às vezes é
pela correria. Se não consigo dar uma atenção, trocar um papo, é pela correria. Mas eu ainda sou o mesmo mano, só mudo o tempo que eu não tenho mais. [Foquinha] Muito bom, você é demais. [Veigh] É nóis. [Foquinha] Cara, adorei, adorei nosso papo, adorei te conhecer. Você é muito foda. Tudo que falam de você é real. Você é muito sangue bom. Obrigado, merece o mundão. Estarei aqui. [Veigh] Nós todos, vambora. Pra cima, é nóis, vambora, tropinha. [Foquinha] Olha só, gente, esse foi o último episódio da temporada. Ai, gente, ó, eu amei essa temporada, foi tudo.
Ó, essa temporada deveria chamar lendas, que só trouxe lenda aqui. Tá tudo no meu canal, então pra quem perdeu algum vídeo aqui, alguma entrevista, é só ver, fazer a maratona. E em breve eu volto, que é só um hiatinho, assim, pra dar uma descansada, que eu volto já, até a próxima, é nóis. ♪