E aí [Música] E aí E aí e quando a gripe espanhola chegou ao Brasil há mais de um século houve que receitasse quinino substância usada no tratamento da malária sem eficácia comprovada mais recentemente surgiu um medicamento com propriedades semelhantes ao que Nino a cloroquina Não é piada pessoal é parte da eletrizante história do Brasil que está no livro A bailarina da morte da minha convidada antropólogo e Historiador a com a também Historiador a Heloísa Starling seja bem-vinda lillian Schwartz obrigada por você aí participa com a hashtag provoca o Lili que sacada foi essa entre esses
dois Paralelos gripe espanhola de 1918 convide 2019 cê tá querendo esfregar na nossa cara que a gente não aprende nada com a história não tá querendo esfregar que nós pioraram e E por que você citou o exemplo do sal de quinino foi impressionante porque eu não sabemos que a cloroquina não é indicada para corrigir 19 ela é indicada para malária e de repente nós começamos ver o seu nos jornais um monte de coisa para a saúde que nem o saúde que eu e mediatamente fui a geladeira pegar minha água tônica ali saúde e 500 eu
faço história biológica mas não sou bióloga né E aí fomos perguntar para os médicos que nós achamos lindo Belo Horizonte uma propaganda que se chamava cloroquina então a gente perguntar de fato é a mesma composição qual é a diferença pasta porque em 1918 não havia Autoridade Sanitária ou os presidentes de estado Como eram chamados os governadores ou os presidentes que indicassem o sal de 500 ao contrário e hoje nós temos um 13 dentes que indica a garota-propaganda portuguesa assim com a caixinha do livro mostra para Ema O pior é que não tem nossos não sei
se funciona mas a gente tentos o Pedro nava escreveu sobre a gripe espanhola quatro quintos dos cariocas no chão na cama ou na enxerga dos hospitais nós estamos gravando aqui na semana em que as UTI do Rio voltar a ficar cheias Por que que a história se repete então Ultimate slider que ao instalador Você gosta que eu gosto muito cientista política Ele disse que a história não se repete mas ela pode dar uma lição eu acho que a história muda EA história se repete né em 1918 por exemplo Tás a os brasileiros dizemos não à
gripe espanhola não chega no Brasil país é tropical quente né a mesma história que nós estamos vivendo em 2020 no que se refere à doença eu acho que Nós estamos uma sociedade ocidental é uma sociedade preparada parar ter saúde nós não estamos preparados para a morte tão pouco tá doente então toda doença coletiva que entra toda premia toda epidemia é sempre recebida Com altas doses de negação primeira relação é essa eu não tenho não é mas negação é muito diferente de negacionismo então diria que negação existiu em 18 não existiu negacionismo porque ninguém negacionistas é
uma política deliberada quando o estado resolve não olhar um 18 não havia Ministério da Saúde tem um pouco SUS e 18 eles sabiam dos sintomas da doença mas eles não tinham conhecimento para saber dá pra ter notícia da causa Então as pessoas ficaram muito atrapalhadas mas logo que puderam aplicaram uma profilaxia que foi impressa em todos os jornais brasileiros então o jornalismo fez um papel fundamental em 18 como e agora em 2020 e de lag 18 é a crise fez surgir uma instituição que depois se tornou o ministério da saúde né O que que nós
temos que aprender agora envia a pelo menos obedecer o ministro da saúde ou deixar ali no carro nós vamos deixar eu acho que se o ministro da saúde e o presidente não atrapalharem a gente já fica satisfeita né eu dei aqui 18 eles quiseram da crise um propósito né porque transformaram uma falta numa realidade Demorou mas foram criadas várias secretarias Até que em 30 se instala o ministério da saúde que é fundamental num país do tamanho do Brasil um país com proporções continentais você que tem que fazer agora a gente tem que aprender com a
experiência que nós não estamos fazendo agora com a chegada da cor gente não aprendeu a gente não aprendeu que gripe não acaba por decreto a gente não aprendeu que gripe não acaba quando é minha não acaba na base do Talking Tom a minha também não acaba politizando Nega eu vou tomar a vacina de Oxford não vou tomar vacina chinesa e a gente tem que aprender a lidar com a boa informação quem pode nos tirar desse lugar a ciência e Justamente a ciência tem sido tanta tão atacada pelo nosso atual governo Então nós vamos ter que
aprender a ouvir quem Alvin e os especialistas o general para instalar na pasta da Saúde eu não tenho nada contra os Generais ele deve ser ótimo para guerra defender território Mas vamos combinar que nós dois que ele não é um especialista numa não via pública como nós estamos vivendo tá gente tem que aprender com a boa informação o seu nome na fibra história em média em fim de lhe apetecer sê Lebron com na grandes orgias e Oi gente me dá é a ciência está organizando alô aí quando o bicho pega para valer vem assim Milagres
e culpados né Essa O Milagre a cloroquina o culpado é a China O que é isso linda não toda epidemia história da epidemia uma história de bodes expiatórios no caso da gripe espanhola a os aliados devolveram a ideia de que eram os alemães que estavam criando a gripe espanhola ainda com um Requinte que eles viam de submarino usou na bom dos animais soltava uma fumaça Verde uma maravilha do leonilson fake News Total então o que que acontece a gente sempre quem é o bode expiatório o próprio nome gripe espanhola a Espanha não foi a primeira
o que aconteceu como a gripe história no último ano da primeira guerra mundial em 18 e começa a atacar tanto Alemanha ficou inglês comuns E aí todo mundo ficou quieto não é muito ou seja foi uma censura prévia com medo que os inimigos atacassem a Espanha não estava na guerra então não tinha a imprensa Seara começou a anunciar levou a fama EA famoso cria cria foi a melhor notícia ficou com a forma mais na Espanha o nome Qual era gripe francesa é complicado né agora essa pandemia ela ela veio em 1918 passou é todo mundo
Baixou a guarda veio uma segunda onda que matou mais gente ainda aí é bom lembrar que ela infectou um quarto da população mundial já ter uns 17 milhões de pessoas agora na convite tá pintando essa segunda onda o que que nos esperam eu não sou melhor é muito difícil dizer o que nos espera o que a gente deveria esperar vou vou inverter a gente não tem e esperar que o governo se precavesse né Não dá para esperar a eleição infelizmente né Não dá não dá para agradar ser querer ser popular em cima da pandemia tanto
que nós já vivemos um momento depois de oito meses mais agora né é que isso sempre acontece quando uma autoridade é assaltada por uma epidemia uma pandemia não tem jeito ou ela cresce muito ela cara e nós estamos vendo os governos que estão se dando mal com a pandemia como governo bolsonaro no governo Donald trump assim como estamos vendo o governo que estão se dando bem não por coincidência de mulheres não é na Nova Zelândia Taiwan Cingapura Alemanha que são dirigentes que falam com a população a gente tem um novo desafio quando a vacina chegar
a história das vacinas Tais é uma história de rebeliões desde o começo já no século 17 adultos quem tá começando antes até antes de começar a aplicar o Lilian que que será que o pessoal das redes sociais está falando da gente hein vamos ver é o Sidney Miguel depois de mais 100 anos água da gripe espanhola e da Revolta das vacinas É temos a impressão de que a humanidade pouco ou Nada aprendeu como se explica isso é essa pergunta que me Faço sempre é a função do francês que eu gosto muito de se chama Pô
vem chamam atenção de que em 1918 dizendo E depois da primeira guerra mundial a sociedade ocidental de um jeito de sequestrar a morte matou a morte de que maneira a tornando a morte quase que invisível aos olhos dos saudáveis ou seja os sinos pararam de badalar os nomes dos Mortos deixaram de entrar corridos nos jornais agora seria impossível mas já existiu é a tal da morte da morte é a morte da mãe [Música] E aí [Aplausos] o instituais a agora só tem grandes que tu és celebridades né O que tu acha tem que ser curtos
pequenos queremos hospitais que são muito bons mas alguma maneira eles escondem também a doença Então o que acontece na minha opinião é quem 18 ocorreram ao mesmo tempo não sai nessa a mortandade da primeira guerra mundial como imensa mortalidade da gripe espanhola isso causou uma reação porque diante disso muitas vezes se faz um silêncio as pessoas não conseguem narrar Pedro nava que você citou ele só na rua adulto e como adulto ele narra a sua infância Érico Veríssimo idem na forma que a gente não consegue eu acho que é a questão da insegurança e do
imprevisível eu penso que nós estamos vivendo um momento do hoje sem amanhã e é muito duro isso porque a gente não consegue fazer uma nós não conseguimos planejar nós e Enfim então tá visionário que vamos fazer no ano que vem isso causa um grande silêncio Nossa você nos disse que nós não conseguimos é olhar o amanhã o que que você sugere para quem tá com esse sentimento em casa agora eu sugeria que as pessoas com muita responsabilidade né e guardando as as diretrizes que tentassem se adaptar e praticar o planejamento né ou você é muito
importante você conseguir planejar você conseguir ensaiar sua vida Horizonte você tem um Horizonte esse medo Exatamente porque a reação diante do medo é sempre a suspensão não queria encarar não querem encarar Porque nós não somos só a sociedade que não quer encarar a morte como nós somos a sociedade da eterna Juventude e as pessoas não podem ver e ser porque de repente o juventude virou um valor e feliz se virou a falta de valor né Nós temos exemplos de sociedades 15 anos vocês traz na África quantas sociedade sociedade de Ouro BA por exemplo é uma
sociedade em que os ancestrais que tudo eu dizer conversa com krenak sobre o que ele acha dos rituais da Morte ele fala que os rituais da morte São rituais de vida então a gente tem que parar com essa coisa de que somos todos os atletas que somos todos feitos de corpo são e começar a lidar com a insegurança pandemias né além dessa morte Ela traz obviamente crise econômica e tem gente que usa a economia com pretexto para ser contra isolamento né como a gente tá vendo aí é mas sem isolamento o impacto econômico é pior
né a a gripe espanhola mostrou isso também amor é porque é assim em vez foi impressionante como tudo foi fechado a mesma história né quer dizer pessoas com máscaras quase ninguém na rua a os hotéis restaurantes as escolas as igrejas fecharam muito mais rapidamente do que 2020 então a história muito semelhante e a gente sabe que quanto mais nós praticamos isolamento mas a gente sai da crise claro que toda a pandemia produz uma crise Nós estamos vendo eu não vou negar isso os dados dos empregos São absolutamente alarmantes né Mas é por isso que a
gente precisa de um governo que possa nos dar diretrizes né que possam parar a sociedade né e possa sobretudo tarde ser desculpa como a a gente fala de doença coletiva ela tem a ver com a coletividade portanto não importa o que eu acho eu li li acho né O que importa é que se eu não cumprir eu vou afetar a minha coletividade né olha no próximo bloco e nós vamos ter uma conversa aqui que o Brasil já tentava recuperar debaixo do tapete Há muitos séculos o impacto da escravidão a dívida histórica o tal racismo estrutural
participar dessa conversa necessária na hashtag E provoca E aí E aí e o Brasil é o que tem talher de prata o é aquele que só come com a mão ou será que o Brasil é o que não come o Brasil gordo na contradição os versos de a cara do Brasil do compositor e arranjador Celso viáfora são cheios de perguntas assim a Lilian Soares minha convidada escreveu Brasil uma biografia aliás biografia Não autorizada o você me corrija Se eu estiver errado e Geralmente eu estou tá a partir da biografia que inclui europeus tem a isso
os 520 anos agora antes né dos 50 mil anos de história pelo menos de povos originais eu quero que você me esclareça Quando que o Brasil vai sair da infância uma primeira quer dizer que eu escrevi junto com eles estarem esse meu também faz uns dois meses nós escrevamos e um é propositadamente não começa com a chegada dos europeus né começa a justamente mostrando que quando os europeus invadiram o Brasil Brasil já era densamente povoado para você ter uma ideia a população ameríndia não é da Costa era semelhante a população da Península Ibérica na mesma
época então isso também o que fala oficialmente da nossa realidade para muitos milhares Eram todos os 300 milhares pelo menos e essa pessoa que nós sabemos né agora só pergunta quando nós vamos sair da adolescência né eu penso eu tô sou times que eu tava falando da infância eu e tivemos dificuldade tratar dessa eu sou uma pessoa de biografias né escrever a biografia do pintor francês nicolas-antoine Neve escrever a biografia de Dom Pedro a biografia de Lima Barreto não é e o Brasil é uma biografia é diferente muito difícil nós somos ao mesmo tempo um
país super organizado e um país absolutamente tradicional né do tempo da do tempo da temporalidade A Jangada como diz o grande Gilberto Gil né Nós somos um país de hábitos né de costumes a muito marcados por uma população indígena uma população negra né e te amo eu falei isso você sabe melhor do que eu que alta tecnologia chega aqui muito rapidamente então é dificuldade de entender esse país é porque não é do Ó ele é doer e esse é o paradoxo não é um país dos paradoxos e ambiguidades em um país de ambivalência que fazer
com esses paradoxos acho que é enfrentá-los né se a gente falar que da nossa condene o Brasil não é um país pobre é um país de pobres e nós sabemos que nós quando saímos da pandemia e vamos sair mais pobres e mais desiguais moro num país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza William Nós dois somos brancos privilegiados estamos aqui conversando você e fundadora de uma editora é escreve sobre desigualdade é quando você escreve sobre desigualdade não existe aí uma contradição que não como cidadã desse país acho que é um pouco que Angela Davis
disso ele Carneiro ou seja o anti-racismo não basta você dizer que não é racista nós estamos um outro momento agora uma questão moral é preciso ser anti-racista e como nós somos anti-racistas cada um do seu lugar e eu penso que fazendo uma história Tô fazendo uma fotografia das teorias raciais né que foram tão estiveram tão em voga no Brasil desmontando o mito da democracia racial eu tento cumprir com o meu caminhãozinho pequeno né para desmontagem dessa linguagem perversa que é o racismo você já viveu algum momento que você esteve com a desigualdade a muitos momentos
né ou seja durante um bom tempo eu estudei um jogo na favela de Heliópolis que chamava Preto contra Branco era um jogo que durante muito tempo não tinha nenhum problema todo mundo tudo terminado em cerveja e eu tava mais para entender a quem eram os preços quem era o brancos que eles tocavam de lugar todo momento depois as coisas ficaram mais enrijecidos eu e muitas vezes é hora juizo colocar E aí andar e viver e trabalhar nesses lugares você vive a o trabalho em clubes de leitura nas penitenciárias brasileiras femininas história do Brasil é uma
história de desigualdade né Lima Barreto quando foi internado em 1418 Manicômio ele dizia eu olho para todo lado e tudo é negro eu entrando na nas penitenciárias traz tudo é nele tudo é negro e Pobre cadeira na estação o Brasil é o lixo que consome ou uma nada criação o historiador a e o Brasil entende os acadêmicos Eu lembro que ainda quando era o vai entrar álbum O Nosso ministro da deseducação ele citou o exemplo da antropologia de uma maneira ele falou assim imagina seu pai se dedica ao seu filho faz ele estudar e ele
entra e diz que vai entrar na universidade estudar antropologia E aí eu ver gente eu virei agora evento de parasitismo né ou seja o governo esse governo que esse é o governo obscura artista porque ele menospreza a informação Arrumei umas prezar informação ele procura tratar com desdém os jornalistas os cientistas e os acadêmicos de uma forma de uma forma geral o que ele não entendi é que a gente precisa de menos opinião e mais informação eu quero ter a sua visão sobre essas eleições municipais recentes que nós tivemos onde dois derrotados muito claros não é
bolsonaro e o PT Você acredita que isso pode significar assim - polarização é a polarização nos não nos ajuda nem de um lado nem de outro lado não é apogeu toda a polarização é burra Na minha opinião porque ela de alguma forma torna tudo muito instante a todas as pessoas o bolsonaro apostou não foram em frente derreteram o que sinaliza que ele está sofrendo a com relação ao PT o que também está pagando pela pelo que aconteceu nada a questão da corrupção essa forma que são muito forte eu trato no meu livro sobre o autoritarismo
e vamos ver eu tenho que ficar agora temos aí um novo cenário para se montar a temos 2022 logo aí vem aqui eu tô mais animada para 2012 a semana muito importante né Tailon 22 será queremos eleições 22 é um ano da avaliação da política de cotas nós temos que ficar de olho isso é muito importante o Brasil mudou muito com as contas a gente vai ter que entrar com o país mesmo evento dois é centenário da morte de Lima Barreto enfim muito significado segunda Chevrolet que é a primeira pessoa que falou contra é dessa
maneira no Brasil você escreveu As barbas do Imperador sobre o meu personagem favorito da história do Brasil Dom Pedro Segundo é qual foi o legado dele e onde Ele pisou na bola mas não vai destruir a ilusão que eu tenho deixou uma provoca então eu vou provocar você né Vamos lá tá bom eu não Pedro Segundo foi um monarca criado que nasceu o rei isso faz tremenda diferença porque ele foi criado para ser uma outra pessoa lá na agenda de um rei nunca uma lição é só uma lição nunca uma refeição é só uma reflexão
nunca uma anotação no caderno porque ele já essa dupla fez ou duplo o corpo do ver o que o eles são por exemplo com cara de se ele é uma reflexão totalmente planejada né eles são os monarcas são os primeiros marketeiros né então tempo foi isso né ele teve um ensino bastante interessante falava a língua né e todo mundo queria conhecer ambientalista queria conhecer um mundo no entanto Dom Pedro poderia ter abolido a escravidão antes não existe história dos e se isso acontecesse Mas hoje nós sabemos que ele o seu não adianta ele dizer que
aboliu a escravidão no passo é um lugar é a mesma coisa que você tinha que o Brasil tinha que ter feito isso não 78 coisa da guerra do Paraguai ele poderia ter aberto mão inclusive do seu poder antes você acha que poderia né Poderia ter aberto né estamos um terreno perigoso grupo certo mas eu acho que não quer mais interessante a gente avaliar é que ele cai como um monarca muito popular Ele só não foi mais porque ele deixou com que as questão da escravidão que a grande contradição da sociedade brasileira é a questão e
ele permitiu que o Brasil fosse o último país a abolir a escravidão maio de 88 foi o ato mais popular do império e foi também o último que a monarquia a partir de Então tinha seus dias contados é uma tragédia você apontar essa falha gravíssima dele porque um cara que trouxe tecnologia funil o Brasil foi o primeiro país até telefone fotografia uma era o ambientalista e deixou escorregar essa chance Isabel Só falta você tá Feião Feião vão para todo mundo só falta gente cara galera tá comentando tá assim nessa p**** dessa Abolição que saco cara
cara Essa garota não serve para impressionante Sua família é um coco para a sua história no Brasil começa com italianos e judeus franceses né da sua família e chegaram que eles queriam a minha família italiana veio de Milão veio Eles vieram antes da guerra eram Comerciantes escolher no Brasil o outro lado é o lado francês como todos os franceses eles dois lados Deus mas como todos os franceses eles achavam que eles eram acima de tudo francês e que a guerra não discriminaria como judeus ele só fugiram já com a guerra dado em 43 eles moravam
em Luxemburgo naquela altura porque tinham recursos né eles vieram ao Brasil o caso francês porque era o pai estava aberto muito pais estavam fechados né os judeus mas meu pai um francês Liberal né como minha mãe eles nunca me deixaram eles fizeram sempre que estudassem em escolas públicas né eles diziam que não queremos que estudar que eu tinha que ser uma cidadã do meu mundo eu devo muito a eles aos dois que achar se você é morando no Brasil tinha que ser né que todos filmes que brasileiros Eles vieram ao Brasil buscar Esperança né vieram
buscar a Utopia boa Utopia da Liberdade num país em que aprendemos com tantos Anos de Escravidão que a liberdade era muito difícil de obter e ainda mais difícil de manter eles encontraram eles encontraram né ele se deram bem no Brasil a se adaptar o Brasil gostaram do Brasil a meu pai já faleceu minha mãe não estranho muito o Brasil de hoje em dia então Lilian Soares Me diga o que é a vida a vida gente essa experiência passageira que parece infinito enquanto você tá nela mas que tem esse duplo movimento da temporalidade é a vida
que nem as nossas férias que encontra isso eu Thomas mann Na Montanha Mágica quando a gente está vivendo as férias a gente diz assim gente como passou rápido mal comer E no entanto na memória O que que a gente lembra do dia a dia ou do tempo diz contínuo das férias eu acho que a vida é isso ela passa rápido né experiência e fica profunda na nossa memória e o Lilian dá uma dica para os políticos o que que eles devem fazer para entrar na história Olha vou lá a canária acho que é uma seu
lado que las que gosto muito ela disse que a política é uma coisa muito séria para ficar na mão dos políticos então que se deve fazer para ficar na história um se informarem acho que político tem obrigação de ser bem informado né dois passar diretrizes Claras para os seus eleitores conversar com os eleitores falar com os eleitores com um bom político é isso é assim que ele vai ficar para memória amor obrigado pela entrevista obrigado a você tá bom E aí [Música] E aí [Música] o Joaquim Nabuco Historiador colega da minha convidada escreveu há 120
anos o seguinte a escravidão permanecerá por muito tempo como uma característica Nacional do Brasil Abolição tinha só doze anos Hoje quase um século e meio depois da lei que deveria ter libertado os escravos o Brasil ainda é o país da desigualdade racial Onde foi que a gente rola Lilian só que na boca na figura a laranja lá longe escreveu um ótimo nível não é uma figura muito onde Valente mesmo massangana que é parte do texto que você citou aqui porque Joaquim Nabuco escreveu né sobre Abolição pediu pela Abolição legal ah mas ele mesmo nesse texto
tem uma posição muito brasileira porque ele pega e fala eu que tomei o meu leite não sei o da mãe escrava dando uma visão romântica da mãe escala e é muito difícil da gente encarar uma vez que essas todas essas fotos que nós vemos da mãe escravizada falta sempre uma pessoa como que ela pode ser uma mama de leite é porque o filho dela não está sendo amamentado e que está sendo colocado na roda dos expostos então o que que aconteceu no Brasil é essa essa coisa essa mitologia no Brasil na mitologia que a escravidão
aqui foi boa não foi boa não existe não existe um sistema que pressupõe a posse de uma pessoa por outra pessoa que seja bom um existe a ou então essa ideia depois dos anos 30 do mito da democracia racial tudo isso fez com que os brasileiros se defender assim muito dessa ideia e tentar se tornar invisível essa ideia depois também foram brancos e por isso que nós brancos Temos que falar desse tema porque o racismo foi criado pelos brancos existem atores e existem atrizes e não existem atores negros e nem atrizes negras a segunda existe
a pro Branco né Toda Amarelo né ator vermelho nem ator malaio existe ator Tá certo E como que nós brancos devemos abordar esse tema eu penso que nós brancos temos que atuar como irmãos como Aliados nessa luta porque a questão racial não é uma questão dos negros só nós não vamos ter uma democracia enquanto nós fomos tão racistas democracia o sistema primeiro vem da Grécia ele já era imperfeito mas ele se pauta em dois conceitos de igualdade e liberdade como é que nós vamos ter temos uma democracia aqui se nós não temos igualdade né então
qual é o nosso papel nosso papel é mudar o currículo da personagem escolas ou atuar nas escolas para que elas usem ação afirmativa para que mudem os seus currículos para que mudem as formas de contar história para que inclui romances escritos por pessoas negras tá que de alguma maneira mudem todo o seu exo léxico para o contar histórias no plural né esse é um papel nosso o nosso também é incluir a população a população no ambiente corporativo no meu caso ambiente Universitário ou seja abrir mão de seus privilégios brancos dos quais nós temos dificuldade né
não sequer percebemos né Nós precisamos aprender abrir mão nós temos aí governantes negando racismo né e eu tô falando do presidente do vice-presidente Mourão que eu tinha eu te juro eu tinha uma esperança que ele tinha algum discernimento de quem é o chefe dele mas ele ele nega que ele seja se o quê que isso acontece Então essa é um episódio muito triste né que se refere a morte do Beto Freitas lá no Carrefour de Porto Alegre a essa foi uma morte filmada nada não mostra terrível não seja que e ela foi Espetacular risada com
deve ser feita se debatendo no chão com muito sangue antes muito durante muitos minutos com uma pessoa filmando e afastando os demais até onde a nossa comunicação perversa foi né e o todos os dados Tais mostram parece um país desigual Mas por que que os negros na pandemia morreu mais que moram em lugares com menor infraestrutura tem a menos acesso a uma medicina de prevenção têm menos acesso à água potável nós sabemos muitas vezes tem menos uma acesso à internet nós sabemos que a cada 4 brasileiros não têm acesso então nós estamos contando uma história
antiga Nós somos o segundo país com maior população de origem africana só P vemos na Nigéria se você colocar os dados do IBGE se você colocar Os Pretos e pardos como eles devem estar porque fazem parte da mesma família negra eles correspondem a 56 por cento. Um da população brasileira Então nós não estamos falando e minorias nós estamos falando de maiorias Mas elas são minorias na representação Será que nós já entendemos o que que é racismo estrutural não Então explique de uma forma simples para a gente entender nada mais nada menos de mostrar como o
racismo faz parte da nossa estrutura mas profunda ela é parece como se você que pegar em qualquer um pega os dados do objeto médicos as nossas pesquisas a gente vai ver como o racismo se a presença aonde aonde que apresentam na saúde na educação se apresenta nas datas de nas vidas de nascimento nos níveis de morte nós estamos matando uma geração de jovens negros nas nossas periferias os números são de guerra civil guerra civil da Síria do Iraque do iene Ah e não olhamos não nos damos conta você foi nem olhar em moradia Veja onde
moram As populações negras Se nós formos olhar transporte vejam quantos ônibus as pessoas negras tomam quanto tempo ela demora para chegar ao trabalho então por isso que é estrutural porque ele aparece em todas as nossas estruturas mais fundamentais é você também já disse que o Brasil vive uma amnésia não é isso é sobre a escravidão o que contribui para essa amnésia acho que a questão da reparação é uma questão muito forte no Brasil deveria ser reparação a política de cotas é uma política de reparação ou seja as políticas de cotas são políticos e provisórios eu
e elas precisam desigualar para igualar a não faz estão desigual como o Brasil como é que nós podemos falar em meritocracia nem autocracia no Brasil já disse algumas vezes mas é a melhor metáfora é quando nós vamos ter uma corrida de 100 metros uma parte das pessoas que começam lá no 50 m e a outra parte que começa atrás né Qual é o mérito aí gente né como é que a gente pode falar em critérios universais se você tem uma parte dos brasileiros que estudam na escola privada que em viagem ao exterior aprendem línguas e
uma parte muito capaz muito inteligente do brasileiros que é obrigado a trabalhar durante o dia não tem essa esperei não pode pagar por uma aula de línguas e vai prestar o mesmo vestibular e isso é universal para mim não é que nem corrida de 100 metros Então essa é uma forma de reparação Qual é a outra forma de reparação importante políticas de memória né ou seja nós precisamos trabalhar com alto orgulho dessas populações o que senti uma criança quando todos os heróis são brancos quando a população negra quando aparece ela imposições serviçais não a gente
precisa mudar essa história que a gente precisa contar histórias que falem por exemplo das nossas origens a vieram da África não atenda os trabalhadores escravizados ao contrário por isso que eu uso tem um escravizadas porque ninguém foi escravo no passado as pessoas moraram no Congo moraram na Nigéria morar em Moçambique morar em Angola muitas Nações que vieram para cá essa história que a gente precisa contar e com as populações africanas vieram tecnologias porque que eles eram tão usados por exemplo a é porque sabe um fazer em gêmeos vieram filosofias vieram cosmologia vieram religiões piano padrões
padronagens estéticas vieram de toda uma linguagem com a qual nós que a qual duas vivemos hoje com a música a música língua tá capoeira tá tudo lá então é política de reparação também serão a política de memória como Dias Grande até o alho-francês falou e no Brasil Mário Medeiros As populações negras que falassem duas vezes porque falei assim fisicamente e falasse na memória Então essa é uma política de reparação da maior importância reparação histórica abordada Oi boa tarde tudo bem é seguinte ultimamente quando as pessoas vêm que eu sou branca descobre que eu sou branca
reparam nisso Elas têm me disse que eu tenho uma dívida histórica e eu queria saber como é que eu faço para quitar essa dívida o rock quadradinho preto no Instagram não serve não é muito menos usar uma voz branca para dizer bacana forever existe com certeza uma dívida histórica Quem deve pagar essa dívida todos mais que é cidadania é bom eu gosto né cidadania é uma franquia da da República é o seja a cidadania a gente prática todo dia cada um do seu lugar eu como cidadã tô mudando os meus currículos por exemplo eu cansei
ajudar a História do Pensamento brasileiro na USP não tinha uma mulher não sou negro sim e Lima Barreto porque eu estudo Lima Barreto há muito tempo mas o que você vê tá ruim do que não tinha até agora virando a esquina eu agora assim a entrada a política de cotas nas universidades têm um papel fundamental agora a gente pode dizer que já temos a nas federais no mar a raça negra mas ainda não temos o que uma maioria de docentes são uma minoria e temos ainda corro currículos muito coloniais e muito europeus e muito masculinos
lá então até agora isso não acontece o seu livro O espetaculo das raças ele fala de uma preocupação dos intelectuais lá no começo do século 20 e deixou o Brasil mais branco né Tem gente que ainda pensa assim não nega eu sempre digo que as teorias do branqueamento eram teorias científicas na época esse racismo científico passou dos anos 30 para cá até hoje a uma teoria do senso comum eu tenho muito medo de barata voadora e teoria do senso comum porque teoria do senso comum é uma tendência super forte porque ela pega né gente parece
que faz sentido faz todo sentido então no Brasil você tem essa essa e pensa com essa ideia de que você tem populações que são subordinadas mesmo que você tem populações que tem que ser inferiorizados mesmo e não tem isso é um pensamento você me desculpe ter mais um pensamento estúpido porque nós temos 56 por cento. Um da nossa população não sendo utilizado da maneira da maneira como poderia eu acho que você foi muito boazinha de falar estúpido à vontade de falar uma coisa muito pior porque tem hoje tem gente contra a vacina sem falando em
Terra plana Sim nós temos um risco de voltar um racismo científico ou nós já estamos nele olha eu acho que os temos que existiram no final do século 19 e no começo do século 20 ou nas políticas de Eugenia porque a no Rio de Janeiro Renato kehl que era da faculdade de medicina a foi a África do Sul e trouxe o modelo do ataque como modelo é excelente eu acho que a gente vive no momento né com essa nova língua nova que não é tão nova né nova no Brasil dos direitos civis né que só
começa no Brasil nos anos 70 e o e menino tem um papel revolucionário em plena ditadura militar né 78 Ah eu acho que vai ser mais difícil alguém vender essa ideia do Darwinismo racial da Eugenia e tudo mais mas isso não impede que os teóricos do senso comum ou os teóricos das fake News faça um Ressurge esse tipo de teoria não é porque nós sabemos você sabe mais que eu que você o meu mestre em comunicação que as redes sociais muitas estão criando mundos para É né mas enfim tenhamos uma sociedade civil mais forte eu
sou uma pessoa que boto muita fé na sociedade civil brasileira em vários momentos da história do Brasil nós nos perdemos e já nos encontramos né então é hora tem mais uma aqui do Mundo Paralelo das redes sociais para você um bora lá tá tu cobra ele faz uma pergunta difícil vamos ver se eu entendi ó assim como do veneno da cobra se faz o soro e com vírus se desenvolve as vacinas não estarão nos próprios preconceitos e no nosso jeito de discriminar tudo que necessitamos para lutar por uma sociedade que valoriza e diferenças e combata
desigualdades aí tá com da questão a gente sabe que o princípio da vacina é que você inocula doença um paciente numa versão mais fraca e que é ao inocula a própria doença no paciente que você produz um dia é mais imune mas uma reação eu penso que a sociedade brasileira ficou muito tempo a longe da vacina do racismo não é porque o que é grave na sociedade brasileira todo o racismo é ruim mas o nosso racismo é que nem é terrível porque o gastos brasileira pautado no que aquele que florestan Fernandes falava ainda nos anos
70 e ficar bem ele tem dito agora né nesse momento quer contar conceito pautado no preconceito de ter preconceito Ou seja eu não tenho preconceito mas você tem todo mundo aqui que tá conosco tem né e o tato também então quê que é isso cria não cria uma reflexibilidade né não cria uma auto-reflexão porque eu me apoio na ideia de que é o meu amigo a minha mãe meu pai meu tio o meu marido que eles é que são racistas a gente tô enrolando Há muitos séculos é isso praticamos o ar e a 187 por
isso que eu acho que essa metáfora do Tatu é maravilhosa que eu acho que a gente tem que parar de com esse autoengano e tem que ter racismo na veia para a gente conseguir sentir né Olha eu vou ter que fazer um intervalo aqui porque no próximo bloco o papo é sobre um biografado da Historiador a Lilian Soares o Brasil esse país que na minha visão se recusa a sair da infância Vou conferir com ela ou seria da adolescência deu seu palpite aí na hashtag provoca a