Boa noite irmãos vamos dar sequência então começar fazendo uma oração pai Celeste em nome de Jesus nós agradecemos ao Senhor por mais esse dia por mais essa noite pela presença de cada um aqui e pela oportunidade de termos tempo para pensar sobre a realidade sobre o mundo sobre filosofia a luz do Senhor e pedimos a graça do discernimento novamente ó Deus em nome de Jesus amém gente eh eu acho que eu tava muito otimista no primeiro dia e eu esperava já ter passado pela parte três ontem mas eh realmente eu percebi que precisava de mais
tempo pra gente expor a questão da crítica transcendental então só recapitulando no primeiro dia a gente falou um pouco sobre a vida e a obra de de herm deever no segundo dia nós começamos falando um pouquinho sobre a genealogia do pensamento de deivd e isso nos levou à questão da relação do pensamento de dot com a filosofia transcendental canana eh naturalmente não é o único Pensador com o qual Qual o deiv interagiu mas por causa dessa questão do método transcendental a gente precisava passar por ele e aí entramos na crítica transcendental de deiv começamos no
segundo dia falando sobre o primeiro problema transcendental que era aquela questão da relação entre o pensamento ingênuo ordinário e o pensamento teórico e a estrutura dos dois depois a gente falou sobre os outros dois problemas transcendentais eh o o segundo sendo a partir de que ponto de referência a síntese entre o aspecto lógico e não Lógico é feita para produzir conceitos teóricos e entramos então no terceiro problema transcendental como se faz a autorreflexão que é o pensamento sobre esse ponto de referência das sínteses teóricas E chegamos Então à questão da relatividade do pensamento teórico em
relação à religião religião no sentido da sua relação com o incondicionado com o absoluto não a religião no sentido das práticas litúrgicas simplesmente ou costumes religiosos ou a moral assim por diante que é claro que a religião como fenômeno histórico tem uma série de dimensões mas aí é religião no sentido da sua orientação existencial em direção aquilo que que você considera absoluto ou incondicionado ou a fonte última ou a fonte suprema do sentido Então a partir da do terceiro problema transcendental a gente percebe que não é possível contemplar o ego ou contemplar o self utilizando
como caminho o pensamento teórico porque é da natureza do pensamento teórico fragmentar a estrutura da realidade e construir eh eh digamos assim capturar a realidade de forma eh parcial Então isso é um traço eh estrutural do pensamento teórico por isso ele não é apropriado para nos dar a capacidade de contemplar o o ego Central Então como que a gente contempla o ego Central Não por meio de teoria mas do reconhecimento da fonte absoluta do sentido aqui fica muito claro então a diferença de um pensamento eh secular que pretende ser autônomo e o pensamento e Cristão
nesse sentido é que o pensamento secular quando trata o o ponto arquimediano da síntese como sendo a própria razão teórica ele tende a aquela dimensão da realidade que tá sendo abstraída como a fonte suprema do sentido e absolutizar aquela dimensão agora por que essa dimensão é escolhida como a fonte absoluta do sentido isso não pode ser justificado pelo procedimento teórico isso é um ato de fé e de devoção religiosa quando então o materialista toma a dimensão física da realidade como absoluta para explicar todas as coisas ele confia nesse eh essa dimensão que ele e Abstrai
Ou trata ela como a fonte suprema do sentido de certa forma ele acredita em si mesmo também porque ele confia no seu ídolo que no caso é o artefato teórico que é a teoria materialista Então existe um elemento de confiança absoluta e de autto engano né E também um elemento de idolatria nesse procedimento de buscar dentro dos objetos do pensamento teórico a fonte última do sentido então de que forma o Cristão venceria isso ele vence isso na verdade se negando a encontrar a fonte absoluta do sentido entre as suas próprias obras ou seja entre os
artefatos teóricos que ele produz bom então onde é que a realidade de Deus é encontrada é encontrada no para usar a linguagem aí do hussel é encontrada no mundo da vida da existência então na medida que se encontra Deus nesse contexto então o homem sabe da origem absoluta do sentido que é o próprio Deus e por isso mesmo evita se enganar com seus artefatos teóricos isso não significa que eles serão desprezados eh lembra da imagem que eu usei desde o início do Telescópio eles servem para aprofundar ampliar Nossa compreensão desses vários aspectos da realidade mas
é impossível que eles tenham esse efeito positivo se a experiência ordinária ou ingênua que é resultado do do aparelho cognitivo que Deus já nos deu é ignorada então o telescópio te dá uma uma visão muito mais distante do que os olhos mas sem os olhos você não enxerga por nenhum telescópio isso é impossível então Eh mesmo quando nós temos a ciência para aprofundar e ampliar nossa visão das coisas a ciência não nos faz superar ou tornar obsoleta a experiência ordinária ou experiência ingênua que é a experiência na qual a gente e encontra a realidade na
sua concret na sua integralidade que é onde nós eh temos autoconsciência é Onde nós encontramos uns aos outros e é onde Deus se manifesta também E é assim que a gente encontra Deus por meio do Evangelho não é uma teoria né Deus se apresenta por meio da palavra de Deus se apresenta por meio eh de Jesus Enfim então e é importante ter isso em mente que o o conhecimento teórico tem o seu valor mas ele é secundário e quando ele é tratado como primário isso revela uma uma uma orientação religiosa idólatra eh no coração então
esse era o ponto de D dizer que não existe pensamento teórico religiosamente autônomo porque se você se eh se recusa a a a confiar em Deus e ter em Deus o ponto de partida para toda sua compreensão de realidade ou a até mais a gente deve dizer a sua relação absoluta com Deus a partir do coração então você não tem como resistir a tentação de tratar uma das dimensões da realidade como a fonte absoluta do sentido mas no fim você precisa ter uma fonte absoluta do sentido Essa é a questão para fazer sínteses teóricas você
tem que assumir um ponto de partida e toda crítica do do de tem como foco o esse problema da comunicação teológica perdão comunicação filosófica como é que diferentes escolas de pensamento vão realmente se comunicar se elas não examinarem as raízes espirituais das suas construções então o o ponto de D com esse discurso é que uma comunicação eh teórica real ou filosófica real fosse feita entre di diferentes escolas de pensamento claro que do ponto de vista Cristão ela ela tem um elemento crtico crítico naturalmente crítico mas um pensamento não é realmente crítico se ele não examinou
seus fundamentos e não encontrou as raízes pré teóricas da sua Constituição e a a o Dogma da Autonomia religiosa do pensamento é uma ilusão não passa de uma ilusão a ideia de que a a razão teórica por assim dizer do nada produz teorias eh verdadeiras sobre a realidade ela está enraizada no coração do homem o o homem a partir do coração é que realiza atos esté atos biológicos atos e atos afetivos atos políticos e atos econômicos e também realiza atos intelectuais e entre os atos intelectuais está o pensamento teórico Mas é o mesmo centro que
realiza tudo isso então pessoas estão por trás das ideias por isso não existem ideias neutras pessoas estão por trás das ideias corações estão por trás das ideias então não existem ideias neutras bom nós vamos avançar aqui para um outro ponto do deiv que faz parte da sua crítica transcendental que é a explanação de quais são os movimentos espirituais ou motivos espirituais que dominam o pensamento ocidental então ele começa no seu argumento procurando fazer uma uma discussão Como eu disse um argumento transcendental para mostrar as estruturas do pensamento teórico e a sua relação com o pré
teórico com a dimensão religiosa assim por diante a certa altura de procura dar um exemp exemplificar historicamente isso o que isso significa então ele vai mostrar como na história do pensamento ocidental eh o pensamento humano ficou realmente eh eh ou se mostrou dependente de orientações religiosas fundamentais Então esse esse é o tema dos das raízes religiosas do pensamento né ou dos motivos base do pensamento como o do fala nós vamos vamos falar sobre isso depois vamos falar sobre o que D chama de ideia cosmonov que são quais são as ideias centrais que eh expressam a
Adesão do coração a um certo absoluto e que consequentemente controlam a construção das teorias e depois a gente vai falar sobre concluir falando um pouquinho sobre eh fé e racionalidade a partir dessa perspectiva Então vamos lá raízes religiosas do pensamento ocidental eh segundo do duas orientações religiosas fundamentais sob influência de dois poderes espirituais centrais deram origem a duas cidades na verdade isso aqui vocês devem reconhecer logo como o pensamento de Agostinho né a Cidade de Deus e a cidade do homem e a cidade do de Deus tá voltada para o serviço de Deus e para
o abandono do orgulho e a cidade do homem tá voltada para a vontade de poder a vontade de domínio isso é é afirmar de forma muito clara e límpida e na na Cidade de Deus de Agostinho né então você tem duas cidades tivas mund ativas Day a orientação espiritual de cada cidade é revelada em motivos religiosos fundamentais então a cidade do homem não adora sempre os mesmos Deuses embora a Cidade de Deus Adore sempre ao mesmo Deus a cidade do homem tem seus Ídolos e a questão é buscar esses essas forças espirituais a diferença básica
entre motivo base bíblico e os motivos base apóstatas é que o primeiro tem um caráter integral e os últimos são irrecuperavel gentee dualistas Então esse é um outro ponto muito importante para deivd é que eh toda vez que alguém absolutização Temporal da realidade criada e trata aquilo como Divino isso vai gerar um problema na relação como a outra dimensão da realidade criada se você absolutização e nega que ela seja relativa às outras você corta as conexões de sentido entre essa dimensão e a outra então isso vai gerar uma tensão toda vez que se cria um
ídolo é um jeito de do de falar isso também toda vez que se cria um ídolo um contra ídolo é formado você absolutismo uma dimensão da realidade A outra dimensão da realidade resiste a ser reduzida a essa dimensão por assim dizer ela resiste a ser reduzida então isso cria polarizações então um traço de todo motivo eh religioso idólatra é que ele produz eh polarizações dualismos irredutíveis atenção existe uma diferença entre dualismo e dualidade tá e nós vamos falar sobre isso mas nós vamos falar um pouco sobre esses dualismos eh do pensamento eh ocidental então e
enfim esses dualismos mostram os as dificuldades de você buscar construir eh a vida organizar a vida em torno de Ídolos Então vamos começar falando sobre o primeiro motivo que é o motivo base matéria e forma então de onde vem isso a religião pré homérica deific a dimensão biótica da experiência e tratava o fluxo biológico da vida como realidade Suprema e era às vezes chamado de riler que não é exatamente matéria no sentido da física contemporânea feita de átomos e tal mas a substância informe e sem que está em um fluxo constante então era assim que
a religião pré-homérico via as coisas e daí o culto era era um culto voltado pra terra e pras forças e da natureza em Oposição a essa compreensão espiritual surgiu a religião Olímpica e você tem nas teogonias eh gregas esse essa esse conflito que você tem também no Oriente próximo de caus e Cosmos então a esse esse conflito que aparece nas teogonias eh eh mostra a origem dualista Do Motivo religioso grego então na religião Olímpica se deific a dimensão cultural da vida privilegiando a ordem a beleza a permanência ou a forma a gente diz então daí
dessas duas ideias a ideia de Rê que é a matéria informe e de morf que é a forma você tem o famoso a famosa expressão né para quem estuda teologia medieval o ilem morfismo que foi eh na verdade e estabilizado em Aristóteles e depois Tomás jaquin usou isso para construir sua antropologia então vejam aqui a como pensava a religião do fluxo então aqui é uma citação de anaximander aquilo que não tem forma limitante ou definitiva as coisas Retornam àquilo que as originou conforme o seu destino pois elas pagam uma outra penalidade e a retribuição de
sua injustiça na ordem do tempo Então essa é a religião do fluxo e da e e da a ausência de forma definitiva então quando existe uma forma essa forma existe às custas de do do restante da realidade e aí uma linguagem jurídica usada para descrever isso eh ela vai ter que pagar por isso e ela paga por isso perdendo a sua forma para eh eh ao longo do tempo para outras formas mas no final todos pagam da mesma forma tudo aquilo que tem estrutura se desmancha no fluxo e eh Vital e permanente então aí disso
surgiu o motivo matéria forma né você tem a religião que depois foi descrito isso por nit né como o apolínio e o dionisíaco você tem a religião da forma que ligada à cidade à beleza à ordem e você tem a religião da natureza ligada aos impulsos E bióticos e esse esses essas duas dimensões da espiritualidade grega e as dependendo do Pensador um uma delas recebia O Privilégio dependendo do momento histórico uma delas recebia a preeminência eh isso dois filósofos em particular entre vários eh se tornaram famosos como defensores dos polos né então você tem parmenides
geleia de um lado que defendia a visão da forma da racionalidade ele tratava a esfera por exemplo como a a forma perfeita e e a descrição do do próprio ser E você tem o pensamento heraclitiano que entendia que tudo é fluxo então nos fragmentos de hierar Então você tem por exemplo essa essa esse eh esqueci a expressão agora mas enfim essa frasezinha sumiu a palavra polemos é o pai de todos pólemos é o pai de todos a guerra é o pai de todos então daí você tem a ideia de que a o fluxo e a
tensão dialética estão por trás de todas as realidades do mundo temporal Então essa é essa é visão heraclitiana da realidade E aí vocês vão reconhecer que isso tem uma uma contrapartida no no pensamento dialético né contemporâneo e então nós temos essa ênfase na permanência na unidade na transcendência na forma e você tem esse pensamento que favorece o fluxo a materialidade a tensão e como como sintetizar essas duas visões porque elas absoluti dimensões diferentes da realidade né uma uma absoluti a racionalidade a outra absoluti a experiência do do fluxo biológico então eh uma síntese eventualmente foi
produzida então vocês devem conhecer essa esse quadro né a escola de Atenas de Rafael então é famoso o chefer cita isso às vezes existe uma eh uma versão disso que você pode ver na Inglaterra victorian Albert mas eh vejam quem tá no meio aí né quem são esses dois sujeitos são eh Aristóteles e Platão porque eles são os principais responsáveis por essa síntese e Aristóteles que vem depois de Platão é que Quem produz mesmo hilemorfismo então é essa essa síntese em que eh o o fluxo recebe um lugar e ao mesmo tempo o ser imutável
recebe um lugar então a ele com concebe a realidade como uma estrutura em que entre o não ser e o ser absoluto existe o Devir que é uma escala de de de do ser que vai da potência a atualidade pura o ser é atualidade pura e tudo que vem antes é potência e na última ponta é o é o não ser né na na ponta por assim dizer né não é assim que ele representava a coisa mas é uma forma da gente compreender então ele sintetizou com isso as duas coisas existe o Devir e existe
a atualidade existe a imutabilidade e a racionalidade eh então esses motivos foram eh fundidos aí com Platão e Aristóteles mas são fusões eh que são bem mal resolvidas geram uma série de anomalias porque realmente é muito difícil estabelecer esse ponto de contato entre matéria e forma e você encontra isso claramente no platonismo né que influenciou muito o mundo helenista e nós os desdobramentos disso a gente encontra na bíblia por exemplo uma visão unificada do ser humano não é possível nesse sistema eh eh em em Aristóteles e o a essência do homem vai ser identificada na
sua alma racional e a matéria nesse sentido ela é Ela não é essencial E você tem essa mesma questão no caso do do Platão do P pensamento Platônico e essa o impacto negativo disso a gente encontra nas páginas do novo testamento por exemplo naquela naquele problema de Coríntios Capítulo 15 de alguns cristãos helenistas que achavam que não tinha ressurreição dos mortos e depois você tem o gnosticismo que bebeu desse pensamento e negava isso negava a ressurreição dos mortos porque não faz sentido que a alma racional fique presa permanentemente à matéria né então a questão é
que Rê é inferior e está distante metafisicamente da forma e do ser e quanto mais você avança mais distante você fica da do fluxo e da da materialidade só que a visão Bíblica do ser humano não tem nada a ver com isso a matéria é boa tão boa quanto o espírito e os dois estarão sempre juntos né esse é essa a expectativa da Ressurreição então isso não se encaixa bem nesse nesse sistema apesar das tentativas a religião pré-homérico deific a dimensão biótica da experiência e a religião Olímpica a dimensão cultural e a racionalidade e esses
motivos então receberam essa síntese eh depois nós temos um outro motivo base muito importante surgindo na cultura ocidental que é o motivo eh bíblico ou judaico Cristão a criação queda redenção e consumação eh então isso aqui vocês devem ter ouvido já em outros momentos né n não sei quem aí já leu a criação restaurada livro do Albert walters quem conhece esse livrinho ó esse livro é muito importante o filinho da cultura Cristã a criação restaurada outro livro é muito importante também é eh a visão transformadora de Brian walsh e Richard Midon também da cultura Cristã
todos os dois são livros que eh explicam esse motivo base cristão criação que é de Redenção o w focaliza as bases bíblicas e o e o o al Midon enfatiza como isso deve organizar a nossa visão de mundo então são dois livros bastante úteis nesse sentido bom então o que que nós temos aí o motivo base bíblico nasceu da revelação redentiva de Deus em Cristo aplicada a nós pelo Espírito Santo e ele tá representado Como Eu mencionei no Credo apostólico isso era uma ênfase muito grande de Herman baving todo o cosmo nessa visão é criado
exn hilo por Deus e é completamente bom e ordenado por suas leis soberanas a queda alienou a criação de Deus mas não anulou Essa ordem de leis que Deus estabeleceu paraa criação que do gente vai chamar de cosmonov e o homem por que se afastou de Deus no pecado tornou-se o que Calvino chama de fábrica e dolorum a fábrica de Ídolos a redenção envolve a recriação do homem como novo homem isso acontece na pessoa de Jesus dois nomes muito importantes na Constituição do motivo base eh ou na explicitação desse motivo base bíblico em termos de
discurso teológico foram Irineu de Lyon e Agostinho de ripon né outros foram importantes mas vale mencionar esses Irineu de Leon por causa na diversos aeses da sua eh e seu conceito da recapitulação e seu combate ao gnosticismo com a afirmação de que toda a criação vai ser reunida ao seu Criador por meio de Jesus então daí a ideia da recapitulação eh de todas as coisas então isso é muito importante eh Irineu foi um dos mais importantes teólogos cristãos no combate do gnosticismo que sob influência do motivo grego negava a unidade de graça natureza e de
eh criação e Redenção Então os gnósticos tendiam a tratar a matéria como algo eh e eh ir redimí-la que é uma coisa que acontecia muito você tem isso por exemplo então isso foi chamado de a blasfêmia creatoris a blasfêmia do Criador e esses pais antigos rejeitaram essa afirmação e no lugar disso Colocaram uma uma visão de uma integralidade da da Redenção então a redenção eh salva a totalidade da criação a redenção se dirige a totalidade da criação ou existe uma unidade então de natureza e graça isso gente é fundamental para o cristianismo e o gnosticismo
quase engoliu o cristianismo e nos dois primeiros séculos então foi um um perigo real que a igreja sofreu outro teólogo importante Agostinho de hipona aí viveu de 354 430 eh por causa da sua doutrina da Graça a sua doutrina da Graça deixava muito claro que a queda atingiu a totalidade da criação a partir do coração do homem então a redenção também se dirige eh à totalidade das coisas não existe nada que não precise ser tocado eh pela graça Então por causa do pensamento de Agostinho Esse é um ponto importante E a tradição reformada herdou Esse
aspecto existe uma suspeita de contra a autonomia humana contra a capacidade do homem de eh se bastar ou de realizar qualquer coisa de forma autônoma em relação a Deus eh E isso se aplia aplica Claro a a questão da salvação mas se aplica também ao resto da vida toda a vida depende da ação Divina da presença Divina E aí falando já como seguidor do Caip depende da Graça comum e mas também pra salvação é necessária a graça e especial e sem o auxílio da Graça especial o homem não pode responder não é capaz de responder
a Deus então essa Teologia da Graça e da natureza é muito importante ela tem muitas implicações paraa nossa visão de fé e cultura paraa nossa visão de quais as áreas da vida que devem ser tocadas pelo evangelho e assim por diante Então esse é o motivo base eh criação que é de Redenção depois surgiu um outro motivo religioso que é o motivo de natureza e graça eu não penso que seja errado talvez nisso seja até mais otimista do que o deiv e me aproximo nisso ao chefer eu não acho que é inadequado falar em natureza
e gra graça como um teosa útil para nós desde que a gente não esteja falando de um dualismo de natureza e graça então Eh sheer fala sobre a Unidade de natureza e graça que se manifestou na reforma protestante mas quando do critica o motivo natureza e graça ele critica um dualismo é um dualismo que surgiu eh foi sendo gestado na igreja antiga e realmente nasceu na Idade Média que div a realidade em dois andares um nível superior que é o nível da Graça e o nível inferior que é o nível da natureza por causa Deão
enfraquecida da quessa é Quest toda aão agostiniana peru fora idade MD e agostinismo se enfraqueceu bastante então se tornou possível a certa altura conceber a natureza como sendo é capaz de atingir seus próprios fins Essa foi a a mudança crucial é uma questão foi uma questão de de dos efeitos do pecado e uma questão de teleologia começou-se a pensar sobre a natureza como sendo ela ela não seria capaz de chegar a Deus mas ela seria capaz de atingir seus fins naturais sem o auxílio Sobrenatural Então o que falta a natureza falta o dom Sobrenatural para
atingir o reino eh Divino para enfim o dom Sobrenatural é a graça o termo é usado para descrever isso era dono superum eh era uma graça acrescentada mas a natureza não teria sido estruturalmente corrompida no que se refere aos seus próprios fins daí Seria possível se imaginar então que a natureza poderia correr eh na sua seguir na sua direção no curso normal e não precisaria da Graça especial para atingir o seu propósito bom essa visão segundo dov é um motivo base dualista resultante da tentativa de síntese entre o motivo bíblico e o motivo grego mas
resultante de um enfraquecimento na nas doutrinas do pecado e da Graça então um um Agostiniano mais forte tende a suspeitar desse tipo de procedimento Então esse dualismo é possibilitado pela divisão da da criação eh ou da realidade melhor dizendo em dois andares né então você tem um andar da Graça e um andar da natureza se a natureza é capaz de alcançar seus próprios fins E então a razão natural também capaz de alcançar seus próprios fins então a gente pode adotar uma teoria sobre a realidade que vem do pensamento não Cristão eh e a gente simplesmente
fazer uma adaptação da teologia Cristã a esse sistema filosófico então eh a ideia de que haveria uma luz natural da razão que seria suficiente para construir por exemplo uma metafísica e uma ou uma física e assim por diante eh ela ela tornava essa crença tornava plausível a síntese da Fé com um sistema filosófico construído por essa luz natural da Razão n então a queda foi visto como vista como mera perda da Graça Sobrenatural e esse motivo introduziu a possibilidade da Autonomia segundo argumenta Herman de então e quem teria sido o principal responsável por essa síntese
medieval do já alega que seria Tomás ja Aquino Tomás ja Aquino teria efetivado isso quando para responder à filosofia islâmica que estava entrando ali na Europa ele constrói a sua síntese do pensamento cristão da teologia Cristã com a filosofia aristotélica E aí você tem o o escolasticismo eh tomista e Então essa síntese medieval eh nessa suposição de que a graça aperfeiçoa a natureza mas não destrói a natureza só que isso era visto num outro sentido né que é verdade que a graça aperfeiçoa e não anula a natureza Sem dúvida nenhuma Mas a questão era que
faltava um reconhecimento de que o pecado distorceu a natureza então a graça restaura e e aperfeiçoa a a natureza e não apenas aperfeiçoa eh então fic nós ficamos com esses dois níveis uma esfera da Revelação que é a esfera das coisas celestes Deus da Alma o nível superior e a esfera da autoridade da Razão da criação do visível da das categorias filosóficas e o nível inferior eh esse motivo de natureza e graça ele eventualmente seria questionado pelo movimento nominalista que rejeitava a filosofia de Aristóteles como forma de descrever Deus e a relação de Deus com
o mundo então a na filosofia de Aristóteles tinha um elemento intelectualista vocês sabem né Como Eu mencionei essa ideia de que Deus que é atualidade pura é também a fonte da razão e de todas as formas e quanto mais racional um ser é mais próximo ele tá de Deus quanto menos racional mais distante ele tá de Deus é por isso que Aristóteles pensava que eh O homem é superior à mulher né acho que eu já contei esse caso aqui para vocês por que que o homem seria superior porque a mulher é mais emocional e mais
mutável por causa da das emoções Isso significa que na escala do ser ela tá mais próxima do não ser ela tá mais sujeita ao Devir agora como o homem supostamente é mais racional nem sempre a gente sabe né mas como o homem supostamente é mais racional então ele tá mais próximo do do ser mais próximo da atualidade então ele é metafisicamente superior mas enfim essa visão é intelectualista visão de Deus né então espera-se que com a filosofia racional a gente possa descrever como Deus é e o que ele faz eh eh os nominalistas como William
deham negavam isso e diziam que a vontade de Deus é que estabeleceu a ordem do mundo a vontade absoluta de Deus a potestas absoluta então isso significa que não é possível inferir numa cadeia de ser como é que Deus é afinal de contas usando a racionalidade e e descrever as razões porque Deus por exemplo estabeleceu esses 10 mandamentos a gente não sabe a sua vontade absoluta que estabeleceu então ele corta essa conexão filosófica do nível superior com o nível eh inferior eh então a gente tinha esses dois andares Como Eu mencionei a graça e a
natureza eh e a metafísica aristotélica servia para fazer a amarração mas aí chegou o pensamento nominalista e destruiu essa amarração E isso gerou uma crise porque ficou o mundo sobrenatural e as coisas da igreja e as coisas espirituais de um lado e as coisas seculares de outro lado sem uma conexão entre as duas então isso deu as condições para que o andar inferior fosse reivindicado pelo que viria a ser o humanismo secular então acabamos eh nós temos terminamos na idade média com essa divisão em processo né de acontecer e aí entra um outro motivo que
é o quarto motivo base religioso o motivo natureza e liberdade que enol dois ideis o Ide de personal livre e oal de ciência segundo de o ideal de personalidade Liv é que engendrou oal de ciência que depois entrou em choque com ele e criou-se então o dualismo como nós vamos ver eh a origem disso é o pensamento renascentista Então por um lado nós temos a crise do do pensamento escolástico medieval e por outro lado nós temos a emergência do pensamento renascentista Eu gosto muito de citar o pico de la mirandola que era um Pensador Cristão
com muitos insights interessantes e úteis na na minha opinião em termos de Antropologia filosófica mas no discurso sobre a dignidade humana que eu já mencionei aqui o pico faz essa eh essa proposta de que o homem seria aquele ente que tem em si todas as sementes de todas as orbis de todas as esferas do do ser mas que não está preso a nenhuma delas e por isso mesmo ele pode se autod definir ele pode decidir se ele vai ser como um anjo ou como uma besta fera por exemplo E então Eh hernest cassirer no livro
eh eh no livro sobre a eh o homem e o Cosmos da na filosofia do do renascimento ele discute eh ele atribui a pico Dea mirandola eh uma inversão fundamental pra gente entender o o mundo moderno que é a inversão da relação de ser e Ação até essa altura se pensava que o o a ação dos entes decorre do seu ser então o que eles fazem resulta do que eles são mas com o pico com essa concepção de liberdade que emerge ali essa relação é invertida não só com o pico mas com outros autores da
época e começ a se se pensar no caso do ser humano que eh o ser é que decorre da ação do homem ou seja o que o homem faz é que o constitui então surge uma espécie de ideal e prometeico de liberdade em que o homem acredita que ele vai dar a si mesmo um destino e vai dar a si mesmo uma identidade e a essa altura isso não é formulado em termos tão radicais Mas isso é claramente formulado na cultura eh contemporânea então começa a emergir esse ideal de liberdade também o conceito de liberdade
dos eh nominalistas a partir da ideia de de Deus como potestas absoluta ou seja da Liberdade divina como puro arbítrio essa concepção foi Projetada na antropologia filosófica e o homem passou a ser visto também quando é livre como sendo eh puro arbítrio e a visão de da Liberdade da Soberania Divina antes do do nominalismo era diferente havia uma relação eh muito clara entre o que Deus faz e o que Deus é e com essa visão arbitrária da liberdade então o homem começa a imaginar a sua liberdade como sendo eh a eh a o livramento de
toda restrição externa o que é ser livre ser livre é não não existirem compulsões não existirem limites e dentro do espaço que eu construí para mim eu eu puder eu posso exercitar o meu arbítrio e fazer em outras palavras o que eu o que eu quero Então essa concepção de liberdade com a liberdade como ausência de normas como arbítrio ela foi construída aí no final da idade média quando você tem a ruptura dessa síntese Escolástica E aí Quando surge o renascimento e isso acaba se fundindo com a visão elevada do ser humano do cristianismo para
produzir o ideal de personalidade livre esse ideal de personalidade livre nasce no Renascimento chega a sua adolescência ou a sua Juventude no Iluminismo e chega a cilidade no século XX Na minha opinião eh bom mas falando sobre o desenvolvimento desse ideal de personalidade livre eh eh entre os produtos eu vou dar apenas um exemplo aqui porque haveria muito o que dizer Esse ideal de personalidade livre se mostra em áreas diferentes mostra na epistemologia se mostra na ética se mostra na na arte na experiência estética mas eu vou dar aqui um exemplo do campo da filosofia
e descart é um é o É paradigmático nesse sentido porque ele é esse filósofo que eh para combater o o pirronismo o ceticismo filosófico decide usar a próprio questionamento a própria dúvida como ferramenta Então em vez de ficar tentando justificar para para os os pistas as eh a validade das crenças e a realidade do conhecimento Ele Decide usar o método da dúvida Então vamos duvidar de tudo até a gente encontrar uma certeza absoluta a partir da Razão Pura e depois que a gente encontrar essa certeza a gente reconstrói o Edifício do saber então daí que
veio aquela dúvida metódica até que ele chegou ao cógito ergosum e penso logo existo né Vocês já ouviram falar e a partir dessa crença fundamental que eh mostrou segundo descart a autoevidente aí ele reconstrói o Edifício do saber o que que é interessante no procedimento cartesiano é que ele acredita que a melhor forma de construir o edifício eh das crenças é por um processo totalmente controlado e autoconsciente enquanto existem crenças no seu Edifício que estão lá sem você saber porque estão lá então você não é realmente eh não tem como justificar esse o seu saber
ele usava a imagem de uma casa né se você tem uma casa que você comprou e essa casa já passou por muitas modificações um puxadinho aqui um encanamento ali e tal e você não tem a planta da casa você não consegue usar a casa PR seus fos você não consegue nem mexer numa situação dessa o que que é melhor fazer essa é a ilustração que descart usa derruba a casa e faz outra casa no lugar se você fizer outra casa do zero você saberá Onde estão todas as coisas onde estão os alices as colunas o
encanamento e assim por diante você sabe tudo se você reconstruir a casa então é interessante essa ideia que o homem começa a pensar que para ser senhor de si ele precisa desconstruir tudo que existe e reconstruir a partir dos seus próprios poderes Racionais Então esse procedimento vai se espalhar para o pensamento político paraa moral e pro pensamento estético e para todas as áreas da vida social eh da na na Europa então então René descart é muito importante nesse sentido é porque ele expressa já esse motivo da personalidade livre do homem sendo senhor de si mesmo
o motivo da Autonomia agora é interessante como ele concebe a própria natureza humana A partir dessa visão então ele imagina que o homem tem um centro racional que é a res cogitans é a substância pensante que é esse penso logo existo é é essa substância pensante ele acredita que ela existe só que ela é puramente imaterial é um pensamento Qual a relação disso com o corpo físico não tava claro isso então descart teve que construir um longo raciocínio para justificar a existência do corpo físico e reconectar o corpo físico com a mente porque eu não
sei se vocês sabem mas no processo da dúvida descart duvidou metodologicamente até da existência do corpo físico então depois que ele provou que existe a mente racional ele ainda tinha que provar que existia corpo e provar que o corpo estava ligado na mente né inclusive ele tinha uma teoria de que o lugar onde a mente e o corpo se conecta na GL pineal e tal ele tinha uma visão assim mas fora isso ele imaginou duas coisas completamente diferentes a substância racional seria simples é a res cogitans e existe o a matéria que é a res
extensa né que é o é o corpo material que inclusive ele descrevia em termos espaciais isso é um reducionismo matemático que ele praticava na sua visão Da materialidade mas aí ele ficou com a visão do antropologia filosófica da seguinte forma Existe uma substância distância racional e material e simples e existe uma estrutura mecânica que a gente descreve matematicamente geometricamente que é o corpo e Deus coordena essas duas coisas então esse essa foi a antropologia que ele produziu essa antropologia diz deivd já revela para onde tá indo o ideal de personalidade livre é que para impor
sobre a natureza o domínio da mente racional e a afirmação da Liberdade o homem começa a conceber o mundo como um sistema mecânico por que isso porque um sistema mecânico você descreve conhece a estrutura desmonta remonta Então você controla como é que o eu racional pode expandir sua liberdade no mundo através da expansão do controle esse motivo tá muito claro por exemplo em um dos principais Defensores do novo método científico no processo da revolução científica que é Francis Bacon então Francis Bacon vai é de de quem vem essa frase frase famosa né que conhecimento é
poder Mas é por causa da ideia que ele apresenta no novo organo de que o a verdadeira conhecimento é o que nos dá a capacidade de compreender como a natureza funciona e sujeitar a natureza aos nossos propósitos Então a gente tem autores que começam a pensar o mundo como um sistema mecânico e também como um sistema mecânico que deve pode e deve ser controlado tendo em vista os interesses humanos então aí você já tem isso no René descart só que no Ren decart existe uma tentativa de juntar as duas coisas né com a glândula pineal
no meio como eu disse mas logo depois Isso já é questionado Então pensa aí um um contemporâneo de René descart como Thomas Robs que era um materialista e que defendia que tudo que o homem faz inclusive seu pensamento é fruto do mecanismo Não Existe uma substância racional independente da matéria tudo que existe é o mecanismo é a máquina natural então Eh começa a ver um um debate entre esses dois polos entre os que defendem que existe uma alma racional que transcende a matéria mas a matéria é um sistema mecânico o mundo natural é um sistema
mecânico a ser controlado e o pessoal que começa a dizer que só existe o sistema mecânico não tem nada dessa alma racional eh que transcende ou uma liberdade além da materialidade vocês vão encontrar algo disso com mais detalhes no raízes da cultura ocidental do rond de e também nos livros do chefer que são mais introdutórios né como a morte da razão e ou como viveremos então Eh o dvid eu tô usando essa ilustração ele fala de vários autores mas aqui a gente tem um exemplo de que o motivo da da Liberdade começa a gerar um
dualismo ele começa a Gerar uma anomalia com essa visão da da do mundo como sistema mecânico que a gente poderia eh controlar Então veja o que doves diz aqui no raízes da cultura ocidental quando se tornou aparente que a ciência determinou Toda a realidade como uma cadeia contínua de causa e efeito Ficou claro que nada na realidade oferecia lugar para Liberdade humana pois se o próprio homem pertence à natureza então ele não pode plausivel ser livre e autônomo a natureza e a liberdade o ideal de ciência e o ideal de personalidade se tornaram inimigos uma
genuína reconciliação interna Entre esses dois motivos antagônicos seria impossível desde que Ambos são religiosos e assim absolutos então Gente esse é o exemplo que Eu mencionei eh só corrigir isso aqui esse é o exemplo que Eu mencionei do ídolo e do contra ídolo você absoluti uma dimensão da experiência isso gera uma absolutização do outro lado e depois você não consegue mais eh sintetizar eh as duas coisas bom depois disso acontece uma bifurcação que nós temos por um lado a proposta de ciência que o descart que René descart apresenta e e e muitos outros vão defender
que é uma visão mecanicista da ciência a partir de um método geométrico né de ou matemático geométrico matemático de leitura da realidade a certa altura surge um Pensador muito importante Jean Batista Vico um Pensador italiano viveu aí de 1668 a 1744 que se opõe à absolutização desse método mecanicista da das baseado nas ciências físicas e a questão toda é Como entender o mundo humano na opinião de Vico esse essa abordagem que se desenvolveu nas ciências naturais não é adequada para explicar a natureza humana né E você tem muitas anomalias como essas tentativas das quais Robs
foi apenas um pontapé inicial de explicar tudo na vida humana como um sistema físico e mecânico havia muitos esforços gente de construir a física social olha que coisa então isso continua até no século eh eh XIX mas essas tentativas né de construir uma física social por exemplo a a imagem dos dos métodos das ciências eh na naturais mas o que acontece com o Vico o Vico apresenta o famoso argumento do Criador que até hoje muitos filósofos consideram como a melhor fundamentação paraas ciências humanas Professor Ivan Domingues por exemplo eh da Universidade Federal de Minas Gerais
tem escrito bastante sobre epistemologia das ciências humanas e ele eh no começo do seu trabalho apresenta o argumento de Vico como o argumento básico para para fundamentar as ciências humanas e qual é esse argumento eh de que quem conhece a obra é o seu autor quem conhece por exemplo uma cadeira muito bem É o sujeito que cortou a madeira que trabalhou com a madeira que fez o projeto testou viu se a cadeira dava conta então o autor da obra é quem conhece melhor Olha quem conhece exaustivamente a natureza material Deus Deus que Criou isso aí
agora o homem nunca vai conhecer de forma extensiva e completa esse mundo porque foi Deus que fez esse mundo mas existe algo que o homem pode compreender exaustivamente o que é a história porque a história é feita pelo homem Então essa essa é a ciência que pode ser completa e a ciência sobre a qual o homem pode ter um conhecimento eh eh eh perfeito então Aqui nós temos a ciência nova ou os princípios da ciência nova e isso é muito importante paraa construção do que nós chamamos de ciência hoje que é o argumento do Criador
o argumento do factum o que que ele supõe que o mundo é feito ou mundo humano melhor dizendo o mundo humano é feito então começa a se imaginar nesse a esse momento que o mundo não humano foi feito por Deus mas o mundo humano é feito pelo homem e Deus não tem nada a ver com o mundo humano Esse é o grande problema das ciências humanas que não era ainda visão de Vico mas vai se desenvolver n ão então aqui gente nós temos essa bifurcação veja aqui o que diz de no raízes da cultura ocidental
sobre esse movimento deve-se compreender que essa visão historicista de mundo foi Originalmente projetada no que foi realmente uma oposição dialética entre imagem naturalista da realidade que nasceu de uma ênfase excessiva no ponto de vista natural científico matemático da física clássica bom não tá aqui mas e a outra imagem né historicista a eh da Liberdade tanto esse naturalismo quanto a visão historicista da realidade tem sua origem comum na Revolução copernicana do pensamento filosófico iniciada por descart ambos resultaram de uma demolição metódica de uma dada ordem estrutural da experiência humana baseada na ordem Divina da criação a
ideia moderna da Liberdade autônoma da personalidade no tocante ao seu pensamento e a sua atividade era incompatível com a aceitação de qualquer ordem estrutural Pois uma ordem da criação dada significa teonomia bom o que que é questão de doed ele vai mostrar que a partir de Vic se desenvolve a ideologia historicista que é a crença de que tudo que o homem vive na sua vida social é um produto cultural e historicamente localizado Essa é a tese historicista que começa a se desenvolver a partir desse período então com isso a ideia de uma ordem criacional de
uma ord creaciones começa a se dissolver e o homem começa a pensar que as instituições sociais valores conceitos e assim por diante estão eh absolutamente eh encapsulados pelo momento histórico veja é diferente dizer que existe exista uma dimensão histórica das coisas a gente pode dizer isso que as coisas têm localização histórica e tem uma certa relatividade histórica Então isso é o que a gente chama de consciência histórica mas consciência histórica para os modernos é outra coisa consciência histórica é você saber que tudo que você pensa hoje é construído pelo processo histórico e que não tem
valor universal O que é absolutamente irracional porque o próprio historicismo é uma teoria é uma teoria que é construída como qualquer outra teoria não faz sentido como que se localiza historicamente o historicismo n se tudo é historicamente localizado o historicismo também é historicamente localizado não faz sentido mas isso pegou a é uma ideologia essa ideologia pegou e se expandiu para vários vários Campos aqui somos confrontados com a fonte do historicismo moderno pois se a história no seu sentido próprio é a história da cultura humana e a cultura em si mesma é uma realidade histórica abrangendo
todos os aspectos normativos da vida temporal humana segue-se que todas as nossas normas e valores e o todo de nossas instituições não são nada mais do que produtos históricos de uma mente cultural específic em uma fase particular do seu desenvolvimento então isso aqui é muito importante pra gente compreender o mundo contemporâneo né então gastando mais tempo com o dualismo de natureza e liberdade então gente o humanismo renascentista procura a autonomia absoluta do homem depois da ruptura da síntese medieval o ideal de ciência é produzido como caminho para realizar a liberdade do homem a por meio
do controle lembre-se que a liberdade é Concebida como arbítrio e consequentemente ela se expressa no controle a ciência naturalista materialista conduz no entanto esse é o nosso ponto Agora a uma negação do ideal de personalidade em ideologias antih humanistas então o o materialismo e o mecanicismo foram a primeira manifestação disso A negação de que o homem tivesse eh uma transcendência em relação ao mecanismo da natureza ele seria só uma parte do mecanismo da natureza a certa altura há uma tentativa de síntese dos dois ideais no pensamento de Manuel Kant que eh imaginou um uma esfera
dos eh fenômenos que é a esfera que a ciência com a qual a ciência é capaz de trabalhar e você tem uma esfera dos números que do númen perdão que a gente eh com a qual a gente trabalha por meio de uma racionalidade prática e a gente acredita então como postulados da Razão prática na realidade de Deus na existência da Liberdade existência da moralidade e assim por diante só que esse campo inteiro da Razão prática é inacessível à Ciência então ele ele como que força um armistício quando ele divide eh por meio da sua crítica
transcendental ele estabelece um limite cognitivo e diz nós não podemos saber sobre o mundo dos números mas a gente tem que postular essas coisas pra vida funcionar e o que que a gente sabe é o mundo dos fenômenos mas aí a ciência dá conta de tudo então você fica com o universo na verdade em dois andares e o chefer ataca muito isso no livrinho dele lá morte da razão é o universo em que tem o mundo da ciência que você alcança e racionalmente pela tecnologia e controla e assim por diante e o mundo do espírito
que é o mundo que fica além do conhecimento que fica no nível do postulado e depois isso tudo vai esse mundo superior vai se tornando cada vez mais etério cada vez mais etério com as as Os questionamentos sobre existência do de valores morais sobre a racionalidade dos valores morais o questionamento da crença em Deus e o questionamento da crença na Liberdade Então esse esfera superior começa a ficar sem sentido até a gente chegar no que o chefer chama de linha do desespero né em que o homem Ele eh não tem nenhum sentido cognitivo a partir
da ciência mas ele não pode viver sem o nível superior então ele dá saltos né pro nível superior gente o col da síntese caniana vai levar a uma hegemonia do historicismo no campo da liberdade e uma hegemonia do cientificismo no campo da natureza então divide radicaliza e você divide dois Campos eh o né repetindo esse ponto a aguda separação entre as esferas de natureza do mundo fenomênico e da Liberdade do mundo numênico vai levar a ruptura de da síntese caniana eh por causa de uma tensão interna e essa contradição atual entre pós-modernismo e cientificismo então
o que que nós temos aqui atenção dois andares eh a o ideal de personalidade livre no mundo do pensamento se manifesta no historicismo hoje nas várias formas de variedade de historicismo e o ideal de controle científico da natureza se reflete no naturalismo científico e segundo egbert kirman também no eh eh no eh tecnicismo da nossa cultura moderna então a gente às vezes ele às vezes chama isso de eh ideal tecnocientífico e não apenas ideal científico mas ideal tecnocientífico que é o ideal de controle da realidade agora gente esses dois sistemas estão em contradição e a
questão é é muito importante a gente entender essa essa eh contradição eh segundo nos termos que do coloca eu vou fazer uma pequena Uma Breve citação aqui ela tá ali na frente de novo mas acho que é importante a gente eh mencionar quando se tornou aparente que a ciência determinou Toda a realidade como uma cadeia contínua de causa e efeito Ficou claro que nada na realidade oferecia um lugar para Liberdade humana o querer pensar e agir humanos requeriam as mesmas explicações humanas que mecânicas perdão que as exigidas para explicar os movimentos de uma máquina pois
se o o próprio homem pertence à natureza então ele não pode plausivel ser livre e autônomo a natureza e a liberdade o ideal de ciência e o ideal de personalidade se tornaram então inimigos uma genuína reconciliação interna Entre esses dois motivos antagônicos seria impossível desde que Ambos são religiosos e assim absolutos bom gente Onde que tá a contradição é que a afirmação de que o homem é livre na sua atividade eh cultural e que que ele transcende a natureza ela é tomada emprestada ela não pode ser reconstruída a partir dos ideais eh modernos ela é
tomada na verdade emprestada da cultura judaico-cristã ou a gente poderia até dizer também da cultura greco-cristã ela é tomada emprestada essa afirmação da da Liberdade humana então o homem se vê como Digno como senhor de si como autor do seu destino só que isso não faz sentido se você não imaginar que o homem foi feito à imagem de Deus e e por isso ele tem transcendência não faz sentido porque se você corta a relação do homem com Deus e o homem não é definido por uma relação com o Deus transcendente então tudo o que resta
é o quê é a natureza Ok então o homem constrói uma uma tecnociência para controlar a natureza expandir sua liberdade e assim se realizar no mundo mas a questão é que se o homem não vem de Deus ele vem da própria natureza que ele pretende controlar então é impossível estabelecer uma barreira contra o o avanço do da do ideal de controle técnico científico sobre a própria imagem humana se o homem não é definido a partir de Deus ele é definido pela mesma natureza que essa tecnociência está tá fragmentando e controlando então o destino do ideal
de personalidade livre sem Deus é a sua contradição é a sua negação como que isso vai se manifestar de várias formas do século XX duas eh que a gente pode citar aqui bem eh eh eh para quem tá informado aí pelos desdobramentos filosóficos recentes vai ser fácil reconhecer um é É A negação da assim chamada filosofia do sujeito é a tendência na filosofia moderna de negar que a subjetividade tenha qualquer significado e consequentemente que exista Liberdade um outro movimento interessante é o movimento transhumanista e ou e outro movimento também associado que é o movimento siborg
que acredita que a gente deve dominar completamente a natureza humana para transcendê-lo então são movimentos que mostram a contradição entre o ideal de controle tecnocientífico e a afirmação de liberdade humana Então esse é o ideal de natureza e liberdade que de descreve e que Francis popularizou tanto gente eh o historicismo vai eu vou falar um pouquinho sobre ele porque ele é muito importante no livro eh tanto no raiz da cultura ocidental como no livro Crepúsculo pensamento eh ocidental fala bastante do histor a gente percebe que o historicismo teve uma assim uma série de manifestações então
Aqui nós temos Vico né como um ponto de partida eh Inicial E aí você tem uma série de respostas que também são historicistas mas são muito diferentes entre si Então você tem o historicismo de eh como abordagem de historiografia em Hank por exemplo leupold Von han foi um dos dos Pais da da historiografia eh moderna então a tinha uma escola historicista OK mas essa o que a gente chama de historicismo aqui não é o historicismo da história não é uma ideologia historicista que é um negócio mais amplo nós temos o historicismo do romantismo e do
movimento romântico que eh negava eh a racionalidades absolutas e tava preocupado com o sentimento e com com o estético e com a experiência das particularidades e com a localidade histórica das coisas então é um traço do Romantismo que eh é muito importante em oposição ao iluminismo racionalista né mas era um traço historicista quem fala muito sobre isso é um cara que foi influenciado eh eh pelo pelo eh his pelo romantismo que é o o o isah Berlin né o famoso fundador do wolfson College em Oxford e tem um livro importante The Roots of romanticism as
raízes do Romantismo ele fala sobre por isso o romantismo teve uma conexão também por causa da ênfase do elemento nacionalista que começou a crescer em círculos românticos então tem uma relação com o Nacional socialismo eh niet obviamente no seu perspectivismo histórico e o romantismo influenciou a tradição hermenêutica então aí você tem essa linha de conexão aí né de schim de dte e que todos formulando dte particularmente formulando os mente das ciências humanas e aí a tradição hermenêutica segue depois com o pensamento rer Liano e o existencialismo e assim por diante e e também tem outras
versões Então você tem a tradição hermenêutica na sociologia em Max weever por exemplo mas todos devem muito ao historicismo e você percebe a a matriz historicista claramente presente ali na visão de que tudo no no mundo humano é construído você tem outras versões disso então existe o o outro historicismo diferente do do de desse esse historicismo eh do herde que é o historicismo hegeliano que é é dialético então aí ele tem uma fusão racionalista Então existe a ideia de que é uma tensão elemento heraclitiano né existe uma tensão na história nesse processo de antíteses e
sínteses na qual o espírito absoluto vai se revelando até uma uma consumação né no no infinito mas na verdade é na na na em Jesus ou na ideia de do Cristo Você tem uma maturação desse espírito né então Eh existe ess esse processo dialético mas que é o processo do espírito né E esse historic hegeliano Richard H ele é um exemplo curioso do dentro do pragmatismo americano em que ele fala que o elemento historicista do seu pensamento veio do heg agora houve então Marxismo né que é o uma inversão do historicismo hegeliano ou do do
eh da dialética hegeliana para uma dialética materialista mas era um historicismo também porque também parte da ideia de que tudo no no mundo humano é feito então qual é a definição padrão do homem na no pensamento marxiano homofaber não é isso é o trabalha que realiza atividade cultural Então tudo todo a o mundo humano é visto como uma construção Por isso mesmo ele pode ser desfeito e refeito grams depois vai dizer isso né no na abertura dos seus cadernos eh do cá do cárcer ele diz que o Marxismo é o historicismo absoluto Então isso é
interessante muitas pessoas se ocupam em combater o o Marxismo mas é importante entender que existem outras coisas além do Marxismo coisas mais amplas e o historicismo é um problema anterior e o os problemas do Marxismo são parte do do do próprio eh historicismo então aqui eu fiz uma ironia aqui com o livro do William James variedades da experiência religiosa Então vamos ver aqui a a uma lista das experiências historicistas Opa falta um sess aqui não é isso não tá certo tudo bem então Eh nós temos é uma síntese rápida o ideal renascentista de personalidade livre
Vico com a ciência nova historicismo alemão conservador historicismo perspectiv perspectivista você encontra em niet encontra algo assim também embora com fontes distintas na antropologia cultural e claro niet é um dos Pais do do que às vezes é chamado de pós-modernismo né que é que tem esse traço historicista agora você tem o historicismo dialético que e e o dialético materialista que briga com o pós-modernismo né uma corrente diferente e o historicismo marxiano humanista aí eu vou aproveitar e falar um pouco aqui de grams que eu já tinha mencionado antes então aqui eu vou fazer uma citação
do livro de Moreira que é um especialista em grams sobre esse historicismo grams seguindo Marx argumenta que a natureza humana é o conjunto das relações sociais e assim ele afirma a transigência da assim chamada natureza humana a natureza humana não é anterior à história é um fato histórico que pode ser verificado dentro de certos Limites com métodos filológicos e críticos em termos simples o historicismo gramano é a visão de que todos os fenômenos sociais existem como aspecto de um processo e assim o método histórico é o único científico mas o método histórico não é meramente
uma narrativa de eventos é antes o estudo da transitoriedade das formas sociais de acordo com uma rede de necessidade eh muito interessante essa definição aqui muito precisa mas Vejam as conexões implicadas né n nessa nessa explanação então eh a natureza humana é um fato histórico é transitória e é resultado então de ações humanas do trabalho cultural humano lembam lembrem-se da proposta que Eu mencionei lá atrás do pico que foi interpretada eh por casser como a inversão do ser eção Então esse é o Esse é o mantra tá gente é o mantra os filósofos modernos às
vezes vão numa direção vamos na outra trazem ideias inovadoras Mas você se identifica ou localiza esses pensadores em termos dos motivos base quando você encontra Esse mantra na invenção do ser e ação e a suposição de que o homem é o autor e de se mesmo por conta própria eh é certamente o trabalho humano constrói sim a sua identidade a questão é até que ponto no pensamento moderno o homem é o autor absoluto de si ou deveria ser o autor absoluto de si mas atenção Esse é o ideal de liberdade que se expressa no pensamento
político na moral e nas ciências humanas mas o ideal de ciência naturalista se opõe a isso do ponto de vista naturalista o homem é um produto de processos impessoais materiais e não é capaz de transceder a matéria Então existe uma contradição entre o materialismo dos positivistas lógicos por exemplo e e o historicismo existencialista no na primeira metade do século XX por exemplo isso é muito claro que existe uma contradição eh eu não não sei quantos de vocês lembram eh ho já falar do livro em posturas intelectuais eh que foi escrito quando um cientista publicou um
artigo eh muito lido em que ele fez uma propôs uma eh uma ironia Na verdade uma interpretação eh quântica da das eh quântica hermenêutica da de questões de de humanidades e assim por diante fez uma salada linguística com a linguagem da física e a linguagem de autores pós-modernos e o artigo dele foi muito elogiado por eh autores pós-modernos como derd eh Júlia cristeva e outros e aí se eu não tô enganado são esses mais alguns e aí logo depois passou um tempo Ele publicou um artigo desmascarando o próprio artigo que ele tinha feito e dizendo
que aquilo tudo era era uma fraude e ele fez isso para mostrar a fraude do pensamento pós-moderno então isso aconteceu assim eu lembro quando isso saiu no no Jornal Estado de Minas eh no no assim eu eu era ainda adolescente tá fiquei chocado com aquele aquele fato né Eh então esse conflito tá presente entre esses dois essas duas articulações né vou dar um exemplo contemporâneo disso na Biologia ou ou eh ou a partir da da ciência biológic surgiu um discurso para explicar todo o comportamento humano ou parte dos comportamentos humanos chamado sociobiologia depois dele se
desenvolveu um outro chamado psicologia evolucionária que procura mostrar como o comportamento humano pode ser explicado como fruto de um processo evolucionário darwiniano Então existe essa explicação essa explicação foi muito rejeitada pelo pessoal das ciências humanas porque segundo eles ela naturaliza o comportamento sexual Vocês já viram isso essa conversa que certos discursos naturalizam o comportamento ou seja tratam o comportamento como um fruto de forças naturais e consequentemente algo necessário e assim por diante Então existe esse discurso mas existe um outro discurso que diz que que eh a a Sexualidade humana e as questões de gênero não
tem base biológica que é o pessoal da ideologia de gênero né então vou citar aqui judit butler que escreveu o livro problema de gênero at ela fala sobre isso veja que interessante e olha quem que ela vai citar o gênero é sempre um feito ainda que não seja obra de um sujeito tido como pré-existente à obra no desafio de repensar as categorias de gênero fora da metafísica da substância é Mister considerar a relevância da afirmação de niet em genealogia da moral de que não há ser por trás do fazer do realizar e do tornar-se o
fazedor é uma mera ficção acrescentada à obra a obra é tudo numa aplicação que o próprio niet não teria antecipado ou aprovado nós afirmamos como corolário não há identidade de gênero por trás das expressões de gênero essa identidade é performa construída pelas próprias expressões tidas como seus resultados Olha o que é isso é a velha inversão de ser e Ação a natureza humana é construída ela não não existe algo dado não existe uma cosmonov uma estrutura ordenadora pra vida humana ela é feita Olha que curioso isso então você tem de um lado os biólogos dizendo
que o comportamento sexual e o gênero são produto de um processo evolucionário natural e por outro lado você tem uma professora de Filosofia e americana da Universidade de da Califórnia em ber tô enganado dizendo que e o comportamento sexual e também o gênero são construções eh culturais e históricas e a não existe Natureza Humana o homem se faz gente obviamente essas visões são incompatíveis e por isso ess os autores dos dois Campos não não conversam não há conversa aliás há choque conflitos ataques e assim por diante desses dois Campos O que é isso eu eu
tô só dando ilustração de que o o dualismo de natureza e liberdade continua vivo e ativo no planeta Terra aí continua aí operante continua acontecendo e ele é o resultado da apostasia do homem moderno que decidiu eh construir o pensamento teórico eh construir a identidade fora da fé em Deus e também construir o pensamento teórico de forma supostamente autônoma o que que qual o problema aqui quando o sujeito tenta descrever o que o homem é essencialmente a partir da biologia o que ele está fazendo ele está fazendo uma antítese Como Eu mencionei para vocês uma
abstração do campo biológico uma antítese desse campo com as categorias Da Lógica e uma síntese biológica e aí ele toma essa síntese teórica que é um artefato que ele produziu e ele tenta descrever o que ele é a partir dessa síntese e ele tenta encontrar sua essência e o fundamento da vida humana nessa síntese o que que é isso uma idolatria do pensamento que produz reducionismos e empobrece a natureza humana o inverso Isso é o que acontece também quando alguém tenta mostrar por meio de alguma teoria da ação cultural eh e criativa ou por uma
teoria sociológica eh mas o procedimento é o mesmo você faz uma abstração do campo histórico formativo histórico cultural e você constrói uma teoria sobre eh a cultura e dentro dessa teoria da cultura você explica como a natureza humana se constitui e você tenta encontrar a si mesmo encontrar o ser humano dentro daquela teoria que você construiu eh O que que a gente devia pensar que a história tem um papel explicando uma dimensão da natureza humana e a Biologia pode ter um papel explicando uma outra dimensão da natureza humana mas nenhuma delas pode dar a essência
da natureza humana Essa é a questão então a crítica ao Dogma da Autonomia e da razão é na verdade um grande auxílio ao pensamento não é uma tentativa de controlar o pensamento com a religião é um é um esforço de Liber o pensamento de teorias reducionistas na ciência e na filosofia quer dizer ninguém tá dizendo que você não vai mais usar antropologia cultural e não vai ou não vai usar eh eh teoria da linguagem e não vai usar biologia para explicar o que o homem é não é só que você não vai ter a pretensão
de esgotar o a as estruturas da vida humana as leis e as instituições e a essência da vida humana e uma um desses sistemas é simplesmente isso então que que você produz com isso uma abertura multidisciplinar ou uma abertura transdisciplinar Essa é é a ideia então gente como parte dessa idolatria do pensamento você tem ciências humanas de um lado e as Ciências Naturais de outro é por isso que geralmente a os professores do departamento de física não conversam com os professores do departamento de eh sociologia eh e há uma suspeita mútua eh e e também
o a as roupas também são bem diferentes né os estilos Morais são bem diferentes né Eh isso é anedótico bom qual é a ideia cosmonov do pensamento Cristão eh bom o que que eu quero dizer com a ideia cosmonov eh ideia cosmonov na visão de de São aquelas crenças que eh expressam na sua ciência o que é que você considera a fonte absoluta do sentido São essas crenças que expressam O que é a fonte absoluta do sentido e qual relação que você tem com ela então são crenças fundamentais elas estão na raiz de de uma
cosmovisão então na visão de deiv cada um desses motivos base envolve uma ideia cosmica e a o cristianismo bíblico e a a visão que Redenção envolve também uma ideia cosmonov ele chamava às vezes também de ideia base transcendental ideias transcendentais são a resposta subjetiva à influência espiritual fundamental que dirige eh o pensamento elas fixam o pensamento teórico sobre os pressupostos eh Supra teóricos os três problemas transcendentais que nós examinamos na na aula de ontem estabelece as três condições necessárias para o pensamento teórico são eles a coerência do sentido cósmico captada na experiência ordinária o ego
supratemporal que é o coração e o arqu que é a fonte absoluta do sentido três ideias são as três ideias transcendentais então toda a cosmovisão influencia o pensamento do filósofo do cientista por meio dessas três ideias transcendentais elas é que direcionam fazem o cara se fixar espiritualmente em um motivo religioso os motivos base religiosos fornecem então ao ego o conteúdo religioso supr teórico das ideias transcendentais e desse modo controlam o curso imanente do pensamento filosófico ó Por que que o ego precisa de um conteúdo quero lembrar vocês atenção que o ego ou coração é quem
eh por trás do pensamento teórico é quem identifica uma esfera da experiência ou a esfera do sentido usando a análise lógica destaca essa esfera faz uma síntese lógica com aquela esfera e cria uma imagem conceptu daquela dimensão da experiência Quem realiza essa ação or Quem realiza essa ação é o homem a partir do coração então o ego tem uma pré-compreensão sobre o que é o absoluto e qual a relação que ele tem com a absoluto que o controla o influencia quando ele está fazendo essa síntese Obrigado as três ideias transcendentais compõem a v d lembre
dessa expressão eh essa expressão holandesa que Eu mencionei aqui o do cunhou vets de ideia leges ou ideia de lei ou ideia primeiro lugar Claro quem é a fonte absoluta do sentido é Deus Deus na sua vontade Soberana e revelado na pessoa de Jesus é quem estabeleceu o mundo como estabeleceu ele fez o mundo por causa de Jesus para Jesus e estabeleceu a estrutura multicolorida do mundo que nós conhecemos Qual é o ponto arquimediano de toda a experiência cognitiva e do próprio pensamento teórico é o coração o coração é que realiza os atos cognitivos e
que tem as experiências cognitivas aí a razão a razão não existe o que existe é a racionalidade é uma dimensão da experiência humana a gente fala de razão no sentido lato mas no sentido estrito Não Existe uma substância racional existe o coração e ele tem uma função racional que é a racionalidade é é uma função então o o ego humano que é o ponto de concentração de todas as funções temporais é a unidade radical e integral de todas essas funções e a partir do Ego o homem reconhece a presença de Deus e também reconhece o
mundo como criação é a partir do coração que o homem reconhece a pessoalidade do outro e se reconhece como pessoa e o cosmo o cosmo é a diversidade de sentido mas essa diversidade é coerente e não há contradição na estrutura da realidade isso é importante Porque nas visões atenção que eu vou dizer nas na nos motivos base dos religiosidades eh não cristãs como o Divino não é reconhecido como transcendente o homem tende a tratar uma dimensão dessa realidade como divina e isso gera o contra ídolo porque você isso eh e gera a tentativa de reduzir
a outra dimensão a essa e não tem jeito de reduzir então o que que isso faz divide a realidade então o exemplo do dualismo eh eh matéria forma eh nesse dualismo o homem ou ora era visto como matéria ou ora visto como uma substância racional que vai se libertar da matéria e não tem síntese existe uma contradição entre a alma racional e o corpo material então o problema das visões pagã da realidade é que elas quebram a unidade da realidade porque elas divinizam uma dimensão da realidade e costumam inclusive identificar o mal como uma outra
dimensão da realidade agora na visão judaico cristã como o Divino é visto como transcendente em relação ao mundo então você passa a tratar todos os aspectos da realidade como relativos entre si Isso significa que você não tem que absolutizar nenhum deles consequentemente isso não vai gerar a tentativa de reduzir um outro à aquele Então não vai haver uma visão conflitiva das diversas dimensões da realidade então a ideia cosmica da cristã e enfim ela envolve uma visão de de a partir de Jesus a visão Bíblica do homem como um ser totalmente integrado cujo centro se volta
para Deus e define o seu destino e o mundo como uma estrutura de significado estabelecida pela palavra e pelo comando Divino Essa é a visão eh Bíblica da realidade e que governa o pensamento Cristão quem gosta aí de filosofia vai reconhecer que discuti iu esses esse essas ideias transcendentais mas para ele elas eram ilusões e e transcendentais né e não não é possível Aliás quando você tenta pensar e como se fossem conhecimento então isso gera uma série de Ilusões transcendentais Mas enfim isso tem a ver com o Dogma da autonomia da Razão no próprio cant
que impediu ele de reconhecer que o pensamento teórico tem pressuposições eh supr teóricas então gente o sentido cósmico vem de Deus por meio do homem numa ordem temporal divinamente estabelecida bom acho que tá eh eu não sei se se o pastor Cleiton tá aqui nós já estamos na hora do intervalo sim então vamos para intervalo gente depois nós voltamos