[Música] Olá alunos a gente vai falar um pouquinho agora sobre o movimento muito importante que começou na Alemanha e que acabou se espalhando por outras regiões da Europa que é o romantismo alemão e que influenciou vários filósofos importantes aqui pra gente vai influenciar inclusive o nosso próximo filósofo que é o niet e pra gente compreender bem as ideias do Romantismo alemão eu separei para vocês alguns conceitos importantes os filósofos do Romantismo alemão eles visam romper com a modernidade o que eu quero dizer com romper com a modernidade a idade moderna ela surge muito na base
do renascimento e depois essa base vai se consolidar no Iluminismo Então essa ideia de que o esclarecimento Como diz né Kant e alguns outros filósofos que colocam o papel da Razão como algo fundamental Isso vai ser questionado pelos filósofos do Romantismo alemão o legal do Romantismo alemão é que esse rompimento da modernidade tira o homem nessa dessas zona de conforto a gente se colocou num pedestal a gente se colocou como seres importantes fundamentais no universo e o romantismo alemão vem dizer que o homem Ele não tem essa importância toda que na verdade em relação ao
universo o homem Ele pode ser considerado insignificante esses caras que foram chamados de filósofos da tempestade do ímpeto como eu coloquei aqui para vocês eles vão trazer uma valorização dos aspectos mais irracionais o sonho as emoções também fazem parte da da realidade também são importantes pro ser humano Então o que importa não é apenas a razão a razão é uma parte da realidade é uma parte que a gente pode duvidar inclusive se ela aparece realmente em sua forma pura o homem sente o homem sofre o homem chora o homem grita o homem faz coisas que
não dependem exclusivamente da razão e É nesse sentido que a gente vai discutir aqui as ideias de um dos caras mais importantes do Romantismo alemão que é o schopenhauer o schopenhauer ele é um filósofo que vai fazer uma crítica ao Hegel pro schopenhauer o Hegel se preocupou em tentar sistematizar explicar todas as coisas e Hegel e Kant nesse sentido né eles são muito parecidos que eles tentam criar respostas tudo bem diferentes pra realidade mas que se aproximam quando eles tentam valorizar a razão e tentam observar essa realidade sistematizar essa realidade o chopen vai questionar para
que sistematizar para que pensar que o ser humano tem tanto poder assim para que dar um um peso pra ciência que talvez a ciência não tenha e o schopenhauer na sua crítica ele acaba criando a ideia da vontade a vontade universal que rege todos nós que tá acima do ser humano ela não passa de um ímpeto cego como um ímpeto cego violento não respeita as nossas vontades individuais e ela está acima das nossas vontades individuais e o schopenhauer ele afirma que ela não tá preocupada com a ordem com o equilíbrio e muito menos com a
plenitude o que traz a gente a uma consideração muito interessante o Iluminismo tinha como bases A Busca da Felicidade da Igualdade da Liberdade da Fraternidade e os filósofos do Romantismo alemão eles negam Ah todos esses aspectos na sua forma plena ou seja não é possível ter Felicidade Plena na vida porque o universo não está preocupado com a Plenitude qualquer ideia de Felicidade Plena qualquer ideia de liberdade plena de igualdade plena é falsa porque o universo ele se transforma o tempo todo o universo ele traz pra gente alguns momentos de caos é importante perceber que esse
caos tá muitas vezes acima da nossa vontade e acima da nossa compreensão então schopenhauer ele tenta colocar o homem no seu devido lugar e nesse processo é interessante que a gente percebe que pro shopenhauer não existe solução a solução para ele seria o mais próximo de uma solução se é que a gente pode falar disso se iia aceitação aceitar que essa Vida é transitória aceitar que tudo muda o tempo todo e a gente pode buscar sim um consolo através da arte a arte como Consolação da nossa alma a gente tem que lidar com as coisas
como elas se apresentam a nós a gente não pode ficar criando mundos imaginários e perfeitos porque a vida Ela traz as suas atribulações o universo por exemplo pode simplesmente continuar sem a presença do seu ser humano ser humano pode entrar em extinção hoje pode cair um cometa pode acontecer alguma catástrofe que a raça humana ela se não se desenvolva mais e o universo continuaria sua jornada tranquilamente é importante ter vontade individual é importante é importante fazer planos é importante mas é importante também aceitar que os seus planos podem ser frustrados a qualquer momento que provavelmente
vão ser frustrados porque a sua vontade individual ela está abaixo da vontade Universal e o queia mostrar para vocês um texto que é bem legal sobre as reflexões do schopenhauer sobre essa questão da transitoriedade imaginemos por um instante que a humanidade fosse transportada a um país utópico onde os pombos voem já assados onde todo o alimento cresça do solo espontaneamente onde cada homem encontre sua amada ideal e a conquiste sem qualquer dificuldade ora nesse país muitos homens morreriam de tédio ou se enfocaram nos galhos das árvores enquanto outros se dedicariam a lutar entre si a
se estrangular a se assassinar uns aos outros o que o schopenhauer quer dizer pra gente nessa passagem é que Justamente a a a as dificuldades romper essas dificuldades buscar planejar traz pro ser humano um sentido traz pro ser humano uma vontade de de de se superar uma vontade de ir atrás dos seus sonhos mas ao mesmo tempo a gente tem que aceitar a transitoriedade e a a Fatalidade as coisas vão acontecer como tem que acontecer e muitas vezes isso não tá na sua alçada de resolver né quer dizer não está a a a à sua
disposição ali para você resolver tem coisas que a gente deve simplesmente aceitar e um outro filósofo também muito importante desse movimento na verdade ele não é alemão mas ele entra aqui por conta dessas influências que ele também traz é o soren Kirk guard o Kirk guard pra gente ele é muito valioso que ele vai falar da condição humana que é justamente fazer as nossas escolhas o tempo todo o Kirk guardardes tá um pouco preocupado com essa impessoalidade da ciência se a gente for lembrar um pouquinho do método do Francis Bacon a gente precisaria obviamente deixar
de lado quem a gente é a gente viu que o David hilme criticou isso mas ao mesmo tempo nenhum outro filósofo resolveu essa questão e o Kirk gard ele diz o seguinte é impossível fazer uma ciência que se distancie de quem eu sou eu Eu sou um ser humano como todos os outros eu sinto né eu eu eu ao mesmo tempo que eu penso eu sou uma unidade que não pode ser desconsiderada e o mais interessante é que para ele a verdade tá na subjetividade então a verdade não tá eh fora da gente a verdade
tá nas nossas impressões a verdade seria pessoal aí e o Kirk gard ele é importante ao falar das escolhas porque ele vai criar um termo que é muito legal porque vai ser usado mais tarde na psicologia também que é o termo chamado angústia as nossas escolhas elas levam as nossas angústias por quê Porque se a condição humano é fazer escolha se a gente tá escolhendo tudo o tempo todo com essas escolhas vem a responsabilidade de saber se a gente fez a escolha certa ou não e muitas pessoas ficam angustiadas em tentar provar para elas mesmas
que essa escolha foi certa ou não existem algumas formas diferentes de lidar com essas escolhas então existem três formas três estádios como que gard diz que são três tipos de sujeito o primeiro sujeito é um sujeito conhecido como sujeito estético o sujeito estético é aquele que em relação às escolhas ele tem tanto medo de escolher e de se dar mal que ele deixa a escolha na mão dos outros e aí ele sofre porque ele não é o dono de si mesmo não é o Senhor das suas escolhas mas também não vem essa responsabilidade absurda que
possa criar angústia é um medo excessivo da angústia o sujeito estético ele tenta o tempo todo não se apegar a um caminho né ele tenta observar e deixar mesmo nas nas questões mais simples deixar que os outros escolham por ele então é uma espécie de fuga da angústia existem pessoas que agem como sujeitos estéticos o tempo todo né para não criar esse vínculo de responsabilidade outro sujeito importante aqui é o sujeito ético como a própria palavra já diz ético traz pra gente uma preocupação às vezes excessiva é um cara que faz uma escolha ele acha
muitas vezes que a escolha que ele fez não é uma escolha correta ele sabe das outras escolhas que ele poderia ter feito mas ele assume a escolha que ele fez mesmo que para isso ele sofra então é muito interessante a gente pegar o exemplo de um homem que casou com uma mulher e ele sabe que ele não gosta tanto dessa mulher mas ele Olha aquele caminha e fala não eu escolhi eu casei eu vou até o final ele fica sempre olhando os outros possíveis caminhos então ele olha e fala Ah beleza eu poderia ser solteiro
poderia estar com a fulaninha com a ciclan mas eu escolhi eu vou até o nessa escolha ele compra essa responsabilidade mas ele sofre no meio desse caminho também porque ele fica olhando e fica comparando tudo que ele perdeu tudo que ele não conseguiu eh trilhar né porque automaticamente quando a gente escolhe um caminho a Gente Tá negando os outros as outras possibilidades e por isso o Kirk diz que o sujeito mais livre da angústia o sujeito mais tranquilo nesse sentido é o sujeito religioso e não tem nada a ver gente sujeito religioso com a a
a alguma religião alguma doutrina o catolicismo não o sujeito religioso tem esse nome porque ele dá uns chamados salto de fé ele dá um salto no escuro ele escolhe ele compra essa escolha dele ele pula de cabeça nela e que se danem as consequências o legal do sujeito religioso é que ele não tá preocupado com os outros caminhos que ele não escolheu ele tá preocupado com aquele caminho que ele escolheu porque aquele caminho é o caminho dele é o único que para ele naquele momento foi possível é um ímpeto é um Se jogar é um
é é um momento que você eh arrisca tudo que você tem e mostra toda a sua fragilidade escolhendo aquele caminho né e e sabendo que existem outros caminhos mas não se preocupando com eles como o sujeito estético faz então o sujeito religioso ele traz pra gente aí o que o Kirk gard coloca muitas vezes como um modelo a ser seguido né como uma pessoa que ela se banca que ela se determina que ela segue o caminho dela e que venham as consequências Então nesse sentido kirg é importante filósofo do do Romantismo alemão porque ele coloca
as escolhas como a condição humana máxima que a gente faz o tempo todo todos os dias bom pessoal vamos então fazer uma revisão do que a gente acabou de ver bom alunos a gente viu na aula de hoje então sobre o romantismo mão que esse movimento foi um movimento que vai influenciar outros grandes filósofos e que traz pra gente aí uma ideia de que a razão ela não é 100% confiável que existem outros outras forças em jogo como por exemplo as emoções o sonho o ímpeto e esses filósofos conhecidos como Cavaleiros do ímpeto e da
Tempestade são filósofos muito importantes pra gente poder analisar aí algumas ideias que concernem ao mundo humano e que desviam um pouco o foco né do Hegel do cant do bacon que a gente analisou até agora a gente viu as ideias do schopenhauer schopenhauer fala de uma vontade Universal que seria um ímpeto cego violento que não respeita o ser humano porque tá acima dele e essa vontade Universal independente da nossa vontade individual que é importante também existir ela vai cumprir o seu destino ela vai atropelar a gente do jeito que ela quiser do jeito que ela
necessitar E quanto a isso não há o que fazer a não ser aceitar a Fatalidade a trânsito aidade da vida e buscar na arte um consolo pra nossa alma o Kirk gard é foi o nosso segundo filósofo dessa aula ele também obviamente Faz parte dessa corrente embora não seja alemão o Kirk gard ele traz pra gente a questão das escolhas as o que a gente escolhe por exemplo e eh não é tão importante o importante é como a gente escolhe é como a gente encara escolha se ela gera angústia pra gente ou não existem três
tipos de sujeito pro Kirk gard o sujeito estético que é aquele que tem medo das escolhas que ele tem medo da responsabilidade então é é uma pessoa mais superficial nesse sentido o sujeito ético que faz a escolha e cumpre ela até o fim mesmo sabendo dos outros caminhos e sofrendo pelos outros caminhos em volta e o sujeito religioso que faz um salto de fé e nesse sentido ele elimina a angústia ele se banca ele vai de cabeça nas suas escolhas sabe que existem outros caminhos possíveis mas não se importa com com eles e nesse sentido
cumpra aí as suas escolhas sem sofrer tanto bom gente por hoje é isso eu espero que vocês tenham gostado e até a nossa próxima aula sobre niet que foi influenciado pelos filósofos do Romantismo alemão [Música]