e aí e aí o olá pessoal esse é o 4º encontro do nosso minicurso sobre a questão das normas linguísticas baseado no livro que o publiquei pela parábola né norma culta brasileira desatando alguns nós e nos encontros anteriores nós destacamos a importância de distinguir norma culta e norma padrão para isso nós apresentamos o próprio conceito de norma elaborado pelos estudos linguísticos o e vimos que as duas dimensões nesse conceito e usamos dois adjetivos para reforçar para classificar essas dimensões de um lado nós temos a norma normal que nós podemos qualificar normal e de outro lado
a norma normativo a norma normal que ela é constituída por um conjunto de fenômenos linguísticos fonológicos morfossintáticos lexicais que são correntes são costumeiros são habituais são comuns são característicos são normais não é dos falantes de uma de uma determinada comunidade de fala o português brasileiro por exemplo temos um conjunto muito grande e normas normais e vale mencionar como exemplo as normas rurais as normas da periferia urbana as normas urbanas tradicionais as normas juvenis as normas da população mais idosa as normas regionais e assim por diante é a forma normativa por sua vez nós destacamos que
ela é um fenômeno decorrente dos esforços socioculturais e políticos relativos a padronização linguística ou seja as sociedades contém se grande número de normas normais mais para determinadas práticas de linguagem essas sociedades constrói historicamente um padrão notem que o padrão não é para todas na para uniformizar todas as práticas de linguagem não é para determinadas práticas de linguagem e outros termos fica as sociedades fazem elas definem estipulam alguns comportamentos linguísticos como os mais adequados a determinadas práticas de linguagem cria-se então uma norma normativa uma norma padrão e esclarecidas essas duas dimensões do conceito de norma dos
estudos linguísticos nós então distinguimos a chamada norma culta da norma-padrão a norma culta é a norma normal na que os falantes urbanos letrados usam em situações monitorados de fala e de escrita e a norma padrão é a norma normativa estipulada pirata em determinadas práticas esportivas em especial em determinadas práticas da escrita monitorada em outras palavras a norma culta é a expressão viva de determinados segmentos sociais e em situações ditas monitoradas mais formais e por isso mesmo a norma culta é heterogênea na ela varia de acordo por exemplo com os gêneros textuais e discursivos e textuais
em que estávamos com os quais estamos envolvidos numa determinada situação seria por isso talvez melhor é usar sempre o termo no plural né normas cultas já norma-padrão código é uma codifi cação relativamente abstrata uma baliza relativamente homogênea para servir de referência a projetos políticos e ou socioculturais de uniformização bom e nós temos também que uma das áreas em que se buscou paralisação foi a ortografia relativa correspondente a cada uma das línguas europeias modernas foi uma essa padronização do fotografia foi uma necessidade que se impôs é a partir da invenção da imprensa tipos móveis no século
no século 15 a a invenção da imprensa viabilizou a criação do livro como nos conhecemos hoje e da indústria do livro na importando da circulação ampla do do material escrito era preciso então padronizar a ortografia para que os veículos pudessem circular amplamente o contexto social bom e nós temos também que relação aos aspectos mostra os sintáticos e lexicais da norma padrão das línguas europeias modernas foram seguidos diferentes critérios em alguns casos a fixação da norma-padrão tomou como referência estágios mais antigos da língua geralmente a variedade usada por escritores chamados de plásticos é uma perspectiva bastante
conservadora e foi comum nas línguas românicas francês de espanhol no italiano português e outros casos porém tomou-se como referência a língua contemporânea é uma perspectiva menos conservadora mais pragmática e essa foi a perspectiva que prevaleceu na fixação da norma padrão das línguas germânicas em especial inglês e o alemão e o inglês e alemão foram as traduções da bíblia que deram o modelo para nova padrão no caso alemão a tradução da bíblia feita pelo lutero no século 16 e no caso do inglês a chamada tradução autorizada do rejane foi feita no século 17 e nesses dois
casos o que se tomou como referência não foi uma variedade antiga da língua mas foi a usada a época das traduções pelos segmentos mais letrados da população é a base de todas elas seja da perspectiva conservadora seja da perspectiva menos conservadora mais pragmática foi sempre mesmo retirar os fenômenos codificar a partir da das normas cultas na perspectiva conservadora uma norma culta antiga na perspectiva pragmática uma norma culta corrente o últimos argumentar portanto que a norma padrão sairá sempre das variedades cultas as normas e outras palavras fixa-se o código para determinadas práticas nocivas tendo a norma
normal dos falantes e traduz em situações mais monitoradas como referência vai se portanto teoricamente em princípio das normas cultas para a norma-padrão o que vai variar então são os os critérios mas conservadores ou me deu mais conservadores ou mesmo anacrônicos ou artificiais em alguns casos e mais contemporâneos e atualizados em outros é a escolha do critério vai determinar também o maior ou menor sucesso para a implantação da nova patrão o e mesmo o maior ou menor alcance social e quanto a sociedade vai acolher desse projeto padronizador no caso do toscano por exemplo que depois ficou
identificado é conhecido como italiano como língua italiana o critério foi altamente conservadoras as discussões sobre a questão da língua já ocorreram já no século 16 e qual foi a posição vitoriosa puxão vitoriosa foi a que defendia que se devia tomar como base do padrão o toscano do século 14 de duzentos anos antes e porquê aquela referência diga de 200 anos o que foi naquele toscano que os escritores da época como dante petrarca e boccati escrevendo os seus textos que é importante altamente conservador qual foi a consequência e descer esse processo paralisador a consequência foi que
pouca gente percentual mínimo de falantes chegou a dominar esse padrão assim fixar e ele ficou muito rarefeito sem maior sucesso social se maior acolhida sociocultural isso ocorreu tanto pela anacronismo e artificialismo do modelo do código como pela ausência na península itálica de um sistema educacional abrangentes até praticamente o fim da segunda guerra mundial e já o inglês padrão fixados em anacronismos e artificialismo ganhou amplo alcance social diz fundido que foi progressivamente e com relativo sucesso por um sistema escolar de crescente abrangência social já chegamos então o nosso caso ou seja a fixação da nova padrão
relativa o português brasileiro o critério que foi infelizmente anacrônico e artificial nossa mão padrão foi sendo fixada no final do século 19 e começo do século 20 e emergiu das várias polêmicas linguísticas que marcaram aquele que vive histórico e nessas política apareceram duas posições uma defende uma norma padrão identificada com as normas cultas praticadas pela elite letrada brasileiro havia nessa posição a defesa de um abrasileiramento do padrão e a figura mais emblemática foi a do escritor josé de alencar e a outra posição recusava terminantemente qualquer proposta de a brasileira né por várias razões que nos
prova do livro amor curtir aqui mas estão exploradas no livro esse grupo defendia que nós brasileiros deveríamos nós brasileiros devíamos em matéria de língua total e eterna vassalagem aos portugueses tomava então com o modelo a norma escrita dos autores do romantismo português no início do século 19 e mais atrás a índia dos autores do século 16 considerados clássicos figuras emblemáticas desse grupo foram os intelectuais e políticos joaquim nabuco e rui barbosa qual foi qual foi a posição vencedora foi a posição contrária ao abrasileiramento do padrão e em consequência dorme padrão do português brasileiro se constituiu
com características anacrônicas e artificiais oi e aí consequência ainda podemos dizer que hoje passado mais de um século e tanto do esforço padronizador do século 19 e ele foi o projeto e no fundo fracassou se preferir excessivamente o sucesso linguístico dos falantes brasileiros urbanos elétricos ele nunca conseguiu de fato se implantar é muito tanto na mão do centro por listas esportivo há anos a soprar do livro a que me referi então norma culta brasileiro recupera essa fatídica história mostro as razões para o conservadorismo da elite letrada brasileira do século 19 e acompanha essas polêmicas destaco
também a curiosa a posição machado de assis que era nem dele nem catatola um pouco lá um pouco caro né e as flores debates que ocorreram do século 20 em especial depois da semana de arte moderna de 1922 e os embargos a propósito da norma padrão brasileiro sempre foram bastante sanguíneos entre gosta basta lembrar entre outras a famigerada polêmica liderada por rui barbosa a propósito da redação o nosso primeiro código civil contudo apesar disso importa se dia sempre houve aqueles que resistiram desde o início ao que se chamava então de excesso de lusitanista na norma
padrão é a primeira geração de escritores modernistas tomou a questão da língua como uma um dos pontos essenciais do seu projeto estético e criticou intensamente a distância entre a norma padrão e a norma culta no brasil figura emblemática que foi o escritor mar de bar e essa resistência e essa crítica contribuíram sem dúvida para uma relativa abertura da literatura brasileira contemporânea para as características das nossas normas cultas e esse fato fez os nossos melhores gramáticos da segunda metade do século 20 flexibilizado um pouco os juízos normativos quebrando pelo menos em parte a rigidez da tradição
excessivamente conservador olá tudo isso não significa que nossa confusão normativo esteja resolvida apesar da flexibilização que acabamos de destacar ainda que eles continuam a se orientar exclusivamente pelo que eu tenho chamado de norma curta um apego excessivo aos anacronismos e artificialismos da norma-padrão lusitanização o paradoxo que nos acompanha é este a norma-padrão codificada no século 19 não conseguiram se estabelecer de fato entre nós no entanto o imaginário imaginário e que nós brasileiros não cuidamos da língua e falamos mal português se consolidou os discursos dele relativa circulação social e apesar do fracasso do projeto paralisador do
século 19 ainda não conseguimos um resgate bom senso que nos permita retomar resolver a questão da norma normativa brasileira até o nosso próximo 1