Demanda, desejo e alienação em Lacan | Christian Dunker | Falando nIsso 107

[Música] bem-vindos ao nosso canal YouTube com Falando nisso de hoje e a pergunta de Ricardo Slow caro chistian o que é demanda alienação e desejo em Lacan bom H são três conceitos fundamentais no Lacan e em verdade a noção de desejo ela estava presente em Freud a partir da da ideia de vun né o sonho é uma realização de desejo Mas desejo como vun o Lacan traz pra psicanálise um aprofundamento dessa dessa noção eh ao falar do desejo como begir como a Hegel falava do desejo e junto com essa apropriação hegeliana vem a ideia de

que o desejo é um processo que passa por momentos de alienação alienação tem dois sentidos principais O primeiro é a enteron né ou seja exteriorização então a gente pode dizer que o desejo está alienado no sentido de que ele está exteriorizado no outro ele está projetado no outro ele está depositado no outro então eu o critico porque no fundo não consigo reconhecer o meu desejo ali mas ela está está em forma alienada mas também a alienação se diz endung ou seja estranhamento ou quando eu me encontro com o desejo e eu não consigo perceber que

ali há um desejo e eu então frequentemente atribuo isso ao desejo do outro então nós temos aí uma segunda forma de alienação que é uma forma que o lac ã vai postular como de certa maneira Universal isso ele também toma do Hegel a partir da Leitura que ele faz por um comentador do Hegel chamado CJF ou seja o desejo humano é o desejo do outro é o desejo do Desejo do outro e aí nós chegamos a um ponto de convergência das duas figuras fundamentais da alienação né que é essa ideia de que o nosso desejo

é possuir o desejo do outro né é possuir o desejo do outro naquilo que doou desejo do outro se objetiva existem então formas de objetivação do desejo na imagem ah na pessoa eh no gozo mas fundamentalmente essa alienação estrutural tem que ver com o fato de que o desejo se aliena em significantes ele se aliena na linguagem ele se aliena em enunciações e enunciados ele se aliena nas trocas sociais e nas formas simbólicas que são sobredeterminado pela linguagem então a gente pode dizer assim o que que é a demanda senão esse estado de alienação do

desejo em que ele deixa de ser um processo metonímico que vai se deslocando em relação a uma falta que aparece a cada Contagem significante porque um significante está articulado a um significado ele se encadeia com outro significante que tem um outro significado e nós eh na demanda tentamos estabilizar essa relação entre significantes e significados e entre os significantes e a sua significação por isso a nossa alienação na demanda é uma alienação na significação da demanda ou seja o que o outro está pedindo de nós aqui vem uma uma precisão teórica Ou seja a manda não

é o pedido mas é justamente aquilo que de inconsciente atravessa e condiciona os pedidos então no seminário 19 o Lacan vai formalizar a estrutura da demanda dizendo é uma é uma volta é uma é um processo de eh retorno sobre si mesmo em forma de um touro né onde a cada vez você tem um pedido né eu peço que você recuse aquilo que eu te ofereço porque não é isso então uma demanda tem quatro tempos o tempo do pedido o tempo da recusa e o tempo do oferecimento e o tempo do não é isso então

toda a demanda tá marcada por um reencontro com um não é isso e não é isso de novo e não é isso mais uma vez Então no momento em que a demanda gira ela vai construindo no seu vazio Central ã uma espécie de de perímetro de perímetro interno que em topologia a gente chama de alma e que a gente pode associar então com o processo do desejo a análise ela Visa Sobretudo desalienar o desejo da demanda separar o desejo da demanda eh fazer com que ali onde eu neuroticamente identifico o meu desejo com a demanda

do outro se produz uma separação e ali é onde eu reconheço o desejo do outro eu me separe dele em relação à demanda que eu H coloco em e em circulação esse desmembramento essa separação é o objetivo é o o horizonte de conclusão de uma análise né o Ponto Central nesse processo de alienação é justamente o que já falamos aqui em outro Falando nisso o objeto a não é por outro motivo que ele é o objeto que é causa do desejo mas também condensador de gozo ele adquire Essa dupla função é importante marcar então que

esse processo de desalienação e ele requer condições ele requer um um trabalho um trabalho de interpretação de escuta um trabalho de separação de si e dois planos relativos ao reconhecimento é passar do desejo de reconhecimento que é o desejo egóico é o desejo de de de de ter a sua imagem amada pelo outro a figura fundamental da demanda é o amor né onde a gente fala em demanda a gente vai falar em amor então a gente tem neuroticamente essa demanda de ser reconhecido e que a análise vai inverter vai dialetizadas do desejo a segunda figura

muito importante nesse processo de separação entre desejo e e demanda esse processo de desalienação é justamente aquilo que não pode ser reconhecido aquilo que fracassa em ser reconhecido então a diferença sexual h a castração ah oou vazio todas essas figuras que o Lacan vai trazer a baila para pensar o final do tratamento e a dissolução da transferência tem uma relação íntima com esse limite do que podemos reconhecer mas que não obstante faz parte da nossa experiência quem tiver interesse em desenvolver essa essa essa questão Eu recomendo dois seminários Lacan o seminário 5 as formações do

inconsciente E o seminário 19 ou pir que são dois momentos muito muito distintos da teorização ã lacaniana posso ainda eh sugerir a vocês ã um trabalho muito muito agudo de comentário da relação entre desejo manda num numa parte mais e mais avançada do Lacan que é um texto chamado let então há esse comentário do meu xará Cristian né lect de 1972 que saiu pela e que é um texto vamos dizer assim definitivo em termos de comentário sobre a relação entre desejo demanda e alienação separe-se rein vistam aliem se desali falando nisso se inscrevendo aqui em

no aquon movebo até a [Música] próxima